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Ação declaratória de inexistência de débito c

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE VOLTA REDONDA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SÉRGIO..., nacionalidade..., estado civil..., profissão..., portador da cédula de identidade RG n.º..., inscrito no CPF/MF sob o n.º..., residente e domiciliado na rua..., bairro..., cidade de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, por intermédio de seu advogado (instrumento de mandato anexo), com endereço profissional na rua..., bairro..., cidade..., onde recebe intimações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor 
Ação declaratória de inexistência de débito , indenização por danos morais e pedido de tutela de urgência,
 com fundamento nos arts.19º, I, 300 e 319, do Código de Processo Civil/2015, combinado com art.14 do Código de Defesa do Consumidor, em desfavor de ALFA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF..., sob o n.º ..., com sede na rua..., bairro..., cidade de São Paulo, no estado de São Paulo, pelas razões de fato e de direito que passo a expor:
I – DA JUSTIÇA GRATUITA
Primeiramente, cumpre manifestar aos autos de que a autor faz jus à concessão do beneficio da gratuidade de Justiça, conforme a presente declaração de hipossuficiência (Doc. Anexo), haja vista que não possui rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento do sustento da sua família, conforme assegura a Lei 1.060/50 e o art.99 do Código de Processo Civil.
 II– DOS FATOS
 O autor é usuário dos serviços de telefonia da empresa ré, tendo recebido dela carta de cobrança, informando que sua fatura, vencida no mês de julho de 2011, no valor de R$ 749,00 (setecentos e quarenta e nove reais), encontravase vencida e em aberto e, caso não houvesse o pagamento no prazo de 15 dias após o recebimento do comunicado, seu nome seria lançado nos Cadastros dos Órgãos de Proteção de Crédito. Ocorre que, consultando sua documentação, o autor encontrou a fatura outrora cobrada, devidamente paga e enviando-a via fax à empresa ré, a fim de comprovar o pagamento e, consequentemente, resolver a pendência. Entretanto, em momento posterior, ao tentar comprar um veículo mediante financiamento, o autor, teve seu pedido de crédito negado por constar o seu nome inscrito no Cadastro de maus pagadores, em razão do débito acima descrito, fato que lhe causou grande constrangimento, o qual o autor já havia comprovado o pagamento. Dessa forma, o autor não teve alternativa se não à de se valer da propositura da presente demanda para ver os seus direitos garantidos.
III – DO DIREITO
Importante expressar nesta peça inicial, a relação de consumo entre a autora como consumidora, e a ré como fornecedora de serviços, preceitos básicos da relação consumerista expressa nos artigos 2ºe 3º do Código de Defesa do Consumidor, senão vejamos:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se o consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
A relação consumerista entre as é evidente, tornando-se o Código de Defesa do Consumidor alicerce para analise da vulnerabilidade da autora em detrimento da ré.
Diante da negativação indevida, a ré responde pelo dever de indenizar, respaldado no artigo 6º VI do diploma consumerista, onde expressa que é um direito básico do consumidor a efetiva reparação do dano moral causado.
Já em seu artigo 14, trás a baila a responsabilidade do fornecedor de serviços, a reparação dos danos causados, independentemente de culpa:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Nossa Constituição estabelece também o dever de indenizar, onde há violação da honra e da imagem, sendo cristalino no caso em comento, do qual vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Neste diapasão, cabe expor a responsabilidade civil objetiva da ré em suportar o dano moral, onde a autora cabe tão somente à comprovação do dano e o nexo de causalidade, não sendo necessária comprovação da culpa ou dolo do ato ilícito praticado. Ou seja, dano moral presumido, “in re ipsa”, pois decorre da indevida inscrição do nome da autora no cadastro de inadimplentes, afetando a sua dignidade e sua honra subjetiva perante a sociedade.
Acerca da ilicitude do ato, nosso atual Código Civil prevê em seus artigos a seguir mencionados, a obrigação de indenizar:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Conforme explanado, as leis vigentes que tratam do referido assunto são incontestáveis quanto à ocorrência do ato ilícito e sua consequência.
Tanto é que nosso Egrégio Tribunal de Justiça é pacífico quanto ao entendimento do dever de indenizar perante o ato ilícito, vejamos:
APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E TUTELA ANTECIPADA. INSCRIÇÃO NOS CADASTROS RESTRITIVOS DE CRÉDITO. PROCEDÊNCIA NA ORIGEM. 1. RECURSO DA RÉ. 1.1. APLICABILIDADE DAS NORMAS DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR. 1.2. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. DANO MORAL INDENIZÁVEL E IN RE IPSA. 2. APELO ADESIVO DO AUTOR. 2.1. AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA TEMÁTICA COM PARTE DA MATÉRIA OBJETO DA APELAÇÃO. RELATOR VENCIDO NESTE PONTO. ANÁLISE DOS TEMAS. 2.2. JUROS DE MORA DE 1% (UM POR CENTO) AO MÊS. DIES A QUO. DATA DO ATO ILÍCITO. EXEGESE DO ARTIGO 398 DO CÓDIGO CIVIL. CORREÇÃO MONETÁRIA PELO INPC A CONTAR DO ARBITRAMENTO. DICÇÃO DA SÚMULA 362 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. 2.3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VERBA QUE DEVE SER MANTIDA EM 15% (QUINZE POR CENTO) DO VALOR DA CONDENAÇÃO. EXEGESE DO ARTIGO 20, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 3. PONTO DE IRRESIGNAÇÃO COMUM. VALOR DA VERBA INDENIZATÓRIA. QUANTUM DE R$20.000,00 (VINTE MIL REAIS) QUE SE MOSTRA ADEQUADO. OBSERVÂNCIA DOS CRITÉRIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. SOCIEDADE EMPRESÁRIA QUE NÃO ADOTOU AS CAUTELAS NECESSÁRIAS. INCLUSÃO DO NOME DO CONSUMIDOR NOS CADASTROS DE INADIMPLENTES POR DÍVIDA INEXISTENTE. 4. RECURSO DA RÉ CONHECIDO E DESPROVIDO. RECURSO DO AUTOR CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. (TJSC, Apelação n. 0300839-18.2015.8.24.0022, de Curitibanos, rel. Des. Raulino Jacó Brüning, j. 07-07-2016).
Assim, acerca da presunção do danomoral, já decidiu este mesmo Tribunal de Justiça de Santa Catarina:
RESPONSABILIDADE CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. SUPOSTA COBRANÇA DE SERVIÇO DE TELEFONIA FIXA JÁ CANCELADO E INSCRIÇÃO DO NOME DA AUTORA EM CADASTRO DE ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. INSURGÊNCIA DE AMBAS AS PARTES. ALEGADA PELA RÉ A HIGIDEZ DO DÉBITO. INSUBSISTÊNCIA. CANCELAMENTO DO SERVIÇO INCONTROVERSO NOS AUTOS (CPC/1973, ART. 302). AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FATOS ALEGADOS PELA PARTE AUTORA NA INICIAL. PARTE RÉ, ADEMAIS, QUE NÃO TROUXE AOS AUTOS A GRAVAÇÃO DA CONVERSA TELEFÔNICA NA QUAL A AUTORA ALEGA QUE FOI CANCELADO O SERVIÇO. FATO DO SERVIÇO CARACTERIZADO. DANO MORAL PRESUMIDO. DEVER DE INDENIZAR. INSURGÊNCIA DE AMBAS AS PARTES NO TOCANTE AO QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO (R$ 10.000,00). VALOR QUE DIANTE DO CASO CONCRETO ESTÁ AQUÉM DE UMA JUSTA REPARAÇÃO E NÃO SE MOSTRA PEDAGOGICAMENTE EFICAZ. INOBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. MAJORAÇÃO PARA R$ 25.000,00. INTELIGÊNCIA DO ART. 5º, X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E DOS ARTS. 186 E 927 DO CÓDIGO CIVIL. SENTENÇA REFORMADA. RECURSO DA AUTORA PROVIDO. RECURSO DA RÉ DESPROVIDO. (TJSC, Apelação n. 0300437-34.2015.8.24.0216, de Campo Belo do Sul, rel. Des. Marcus Tulio Sartorato, j. 09-08-2016).
É sabido que os prejuízos suportados pela autora são incontestáveis quanto a sua reparação, mas a mera inclusão do seu nome no cadastro de inadimplentes gera a obrigação de indenizar.
Desta forma, a autora não pode suportar por ato ilícito acarretado por outrem, onde foi inscrito seu nome no rol de maus pagadores, recaindo o dever de indenizar.
Acerca desta negativação indevida, importante abrir parênteses no fato de que mesmo ela sequer recebeu notificação do SERASA quanto à inclusão de seu nome nos registros.
Tal ato torna-se inválida sua inscrição, pois conforme dispõe o entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, do qual há de conter a prévia notificação ao devedor acerca da inscrição que será realizada.
Súmula 359 STJ: Cabe ao órgão mantenedor do cadastro de proteção ao crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição.
Perante o quantum indenizatório a título de indenização por dano moral, deverá sem dúvida atender ao dano experimentado pela autora. Neste sentido, requer-se ao prudente juízo o arbítrio a fim de que decida de forma a proporcionar a autora o reparo causador e, em contrapartida, desestimular o cometimento de novos ilícitos pela ré.
Neste sentido, nosso Tribunal aduz sobre a equiparação:
A configuração do dano moral condiciona-se à comprovação, apenas, da ilegalidade do ato praticado, com o ressarcimento correspondente não se subordinando à prova da produção, para a parte lesada, de prejuízos efetivos, posto serem esses prejuízos presumidos e operando-se, pois, in re ipsa. O valor compensatório do dano moral há que representar, acima de tudo, uma efetiva forma de atenuar os prejuízos anímicos experimentados pela lesada, sem implicar para esse um enriquecimento sem causa. De outro lado, dentro de feições nitidamente pedagógicas, o quantum reparatório há que representar uma eficaz advertência ao ofensor, quanto a não se aceitar a conduta assumida ou a lesão dela proveniente. Não observadas a contento essas diretrizes, o quantitativo ressarcitório dos danos morais impõe-se elevado. (TJSC, Apelação Cível n. 2014.091278-4, de Laguna, rel. Des. Trindade dos Santos, j. 26-02-2015).
Importante frisar, Excelência, de que não há débitos da autora junto à ré. Não existe mais relação consumerista entre ambos, pois quando existia, foi devidamente sanada,conforme pagamento anexados nesta peça.
Neste direito que a autora almeja, de declarar a inexistência de uma relação jurídica, diz o art. 19 do Código de Processo Civil:
Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
Evidenciado através da robusta juntada de provas, é clara a inexistência de vínculo junto à ré, bem como sua negativação indevida do nome da autora no rol de inadimplentes.
IV – DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA
A autora preenche os requisitos para concessão e deferimento dos efeitos da tutela de urgência, tendo em vista que seu nome está inscrito no rol de maus pagadores sem haver nenhum débito, como também tem a confirmação junto à ré através das gravações de que não há nenhum saldo a ser quitado.
Como pressupostos necessários à concessão da tutela de urgência, contem-se a prova inequívoca capaz de gerar a verossimilhança das alegações e a irreparabilidade ou a difícil reparação do dano causado à autora, onde tal prova encontra-se demonstrado no documento já anexado que atesta a inscrição indevida de seu nome no cadastro de proteção ao crédito, realizada pela ré.
Os danos irreparáveis ou de difícil reparação estão explanados nos fatos e fundamentos jurídicos da ação, pois a inscrição indevida viola direito consumerista, denigrindo a imagem da autora perante o comércio, transpassando visão negativa de sua pessoa e impedindo-a de efetuar negociações a prazo.
Em virtude da inclusão do nome em órgão de proteção ao crédito vem requerer perante este Juízo, a concessão da tutela de urgência, nos termos do artigo 300, do Código de Processo Civil, inaudita altera parte, para que seja determinado à ré que exclua e se abstenha de inscrever o nome da autora nos órgãos de proteção ao crédito, bem como em qualquer outro órgão semelhante, sob pena de multa diária a ser fixada por este Juízo.
IV – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
O Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 6º, inciso VIII, contempla dentre os direitos básicos inerentes ao consumidor, à facilitação da defesa de seus direitos, inclusive a inversão do ônus da prova ao seu favor, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência.
No presente caso, a autor possui o direito de ter invertido o ônus da prova, uma vez que ele, na qualidade de consumidor, constitui a parte hipossuficiente da relação, haja vista que não possui o conhecimento técnico da ré, enquanto fornecedora e prestadora de serviços. Deste modo, a autora merece, desde já, ter acolhido o pedido de inversão do ônus da prova.
No entanto, requer a inversão do ônus da prova para que a ré traga a este juízo a ligação de protocolo nº 201641589219 a fim de reafirmar a veracidade da alegação, visto que a autora não reconhece a cobrança dos valores, bem como sua negativação no cadastro de inadimplentes.
IV – DOS PEDIDOS
Diante do anteriormente exposto, tem a presente para REQUERER:
A- Deferimento da tutela de urgência, a fim de retirar o nome da autora do Órgão de Proteção ao Crédito tendo em vista a negativação indevida, sob pena de multa diária a ser fixada por este Juízo;
B- Concessão dos benefícios da gratuidade da justiça;
C- A inversão do ônus da prova, na forma do art. 6º, VIII do CDC, ficando ao encargo da ré a produção de todas as provas que se fizerem necessárias ao andamento do feito, em especial a apresentação do comprovane de pagameno
D- O recebimento da presente ação devidamente instruída com os documentos que acompanham, determinando-se o registro e autuação;
E- Declarar inexistente qualquer débito, tendo em vista o cancelamento realizado pela autora, conforme demonstrado nesta inicial;
F- Procedência da ação, condenando a ré ao pagamento do montante de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) a título de indenização por danos morais, atualizados a partir do evento danoso, de acordo com a Súmula 54 do STJ;
G- Citação da ré por AR, para que apresente resposta no prazo legal, sob pena de confissão e revelia;
H- Provar o alegado por todos os meios de provas e direitos admitidos, incluindo depoimento pessoal, testemunhal e produção de prova documental;
I- A condenação da ré ao pagamento das despesas e custas processuais e, em casode recurso, honorários sucumbenciais na ordem de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação;
Dá-se a presente o valor da causa em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local………….daa
Advogado
OAB/……...

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