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Elaborar uma PESQUISA sobre “SOCIEDADES COMERCIAIS”, considerando as normas da ABNT.
1. Conceito; terminologia, classificação das sociedades.
 A sociedade comercial pode ser conceituada como sendo a pessoa jurídica de direito privado não estatal, que tem por objeto social a exploração de atividade comercial ou a forma de sociedade por ações. Podemos citar o art. 20 do Código Civil que indica que a pessoa jurídica não se confunde com as pessoas que a compõem. É o "Contrato mediante o qual duas ou mais pessoas se obrigam a prestar contribuição para o fundo social destinado ao exercício do comércio, com a intenção de partilhar os lucros entre si" (C. Mendonça)
Além disso, a sociedade é o contrato em que duas pessoas ou mais se obrigam a unir esforços ou recursos para a obtenção de um fim comum, ou celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados, também podem exercer a atividade de empresários os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.
Ademais, a primeira divisão que pode ser feita é em Sociedade não Personificada (embora constituída oral ou documentalmente, não formalizou o arquivamento ou registro) e Sociedade Personificada (legalmente constituída e registrada em órgão competente, adquirindo personalidade formal, podendo ser chamada de pessoa jurídica).
Por fim, conclui se que o CC de 2002 prevê dois tipos de Sociedades não Personificadas: Sociedade Comum (explora uma atividade econômica, mas sem registro, sendo conhecida como sociedade de fato ou sociedade irregular) e Sociedade em Conta de Participação (é um contrato de investimento comum em que duas ou mais pessoas se reúnem para a exploração de uma atividade econômica. 
2. Personalidade jurídica: problemas da personificação e efeitos da personalidade jurídica.
 O art. 50 do Código Civil tratou da desconsideração da personalidade jurídica, dispondo: "Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certa e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica".
Assim, o efeito imediato da personalização da pessoa jurídica é o de estabelecer a separação patrimonial e obrigacional entre a pessoa jurídica e os seus sócios e/ou administradores. Alem disso ,a responsabilidade obrigacional da pessoa jurídica decorre das relações contratuais em que participa na qualidade de parte, no exercício da manifestação de sua vontade ou extracontratualmente, nos termos da lei, produzindo efeitos obrigacionais somente em relação a ela. Desta forma, em razão da personalização, tais efeitos obrigacionais repercutem exclusivamente na pessoa jurídica e não nos membros que a compõem, assim como os das obrigações destes nela não refletem, uma vez que ninguém pode ser responsabilizado pelas obrigações de outrem. 
De modo que a desconsideração da personalidade jurídica só será juridicamente admissível quando, através do conjunto probatório, for possível denotar-se a presença de elementos que levem à conclusão de terem os sócios agido com intenção dolosa, infringindo leis, ou se ficar comprovada a extinção irregular da empresa, a não integralização do capital, ou ainda nas hipóteses em que houver confusão entre a pessoa jurídica e a pessoa física dos sócios.
Por conseguinte, se a pessoa jurídica participa de qualquer relação jurídica, na condição de credora ou devedora, somente ela estará vinculada e não os seus sócios e/ou administradores. São os efeitos da personalização e constitui a regra geral. A exceção está prevista em lei como situações excepcionais.
3. Contrato da sociedade empresária: elementos, natureza jurídica, intangibilidade do capital social, princípio da maioria e alteração do contrato social.
O instrumento de contrato social de uma sociedade empresária deve conter, no mínimo, os seguintes elementos: título; preâmbulo; corpo do contrato; cláusulas obrigatórias (Lei 8.934/1994); fecho. O instrumento contratual não poderá conter emendas, rasuras ou entrelinhas.Obrigatoriamente constará do preâmbulo do instrumento de constituição social a qualificação completa dos sócios, pessoas físicas ou jurídicas e ou de seus representantes. Caso qualquer dos sócios seja representado por procurador, deve vir no preâmbulo do instrumento a qualificação completa do mesmo.
Ainda, o corpo do instrumento do contrato social conterá o nome empresarial (poderá ser razão social ou denominação social - a razão social deve ser composta com sobrenome ou nome civil completo ou abreviada de, pelo menos, um dos sócios); capital da sociedade, a participação de cada sócio e a forma e o prazo de sua integralização; município da sede, com endereço completo, bem como o endereço das filiais ,declaração precisa e minuciosa do objeto social; prazo de duração da sociedade; data de encerramento do exercício social, quando não coincidente com o ano civil; nomeação do administrador, devidamente qualificado.
Trata-se do princípio através do qual a vontade da maioria sobrepõe-se à vontade da minoria. Desta forma, faz-se necessário regular as deliberações sociais com o intuito de impedir um possível abuso de poder por parte dos sócios. Portanto o princípio da prevalência assegura que a sociedade existe em benefício de seus sócios e, como nenhum membro está investido de poderes para decidir pelos interesses alheios, há de prevalecer sempre a vontade do maior número de membros, contrariando o menor número de membros, admitindo-se que cada um esteja a julgar segundo o seu próprio e individual interesse.
Mas também, isto posto, do ponto de vista jurídico, conforme se depreende do princípio da intangibilidade, umas das principais funções do capital social é a de mensurar a contribuição dos sócios, de modo a funcionar como um fundo de garantia dos credores,assenta-se na ideia da limitação da responsabilidade dos sócios.  Tem semelhança com a constituição de um patrimônio separado ou autônomo, que passará a suportar, a eventual ação dos credores, nos limites de sua constituição, para preservar sua integridade. Por tal motivo, patrimônio separado e responsabilidade limitada se conjugam em unidade permanente e indissolúvel, tal como “irmãos siameses”, segundo comentários de Sylvio Marcondes.
Pode-se afirmar que são os mesmos os requisitos exigidos para o registro de instrumento de alteração contratual e para o instrumento de constituição social, principalmente, no que se refere ao preâmbulo e quanto ao seu corpo.Deve-se, entretanto, no instrumento de alteração contratual, mencionar as alterações pretendidas e no caso de consolidação, deve ser inserida uma nova redação, conforme a alteração efetuada. 
Ainda, no caso de redução do capital social, devido a perdas irreparáveis, o instrumento de alteração contratual deverá ser firmado pelos sócios, onde se formalizará a redução, com a diminuição proporcional do valor nominal das quotas (artigos 1.082 e 1.083, CC/2002).
Portanto, as alterações contratuais, quando registradas por instrumento particular, serão assinadas por todos os sócios e por duas testemunhas, salvo na hipótese de determinação majoritária.Cumpre deixar claro que em hipótese alguma os registros de instrumentos de alterações sociais representam a constituição de nova sociedade.
4. Tipicidade das sociedades de pessoas: sociedade simples, sociedade cooperativa, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade de capital e indústria, sociedade em conta de participação.
A sociedade em comum se encontra regulamentada entre os arts. 986 e 990, do Código Civil. Trata-se do nome jurídico atribuído pelo Código Civil às antigamente denominadas sociedade de fato (comcontrato verbal ou nulo) e sociedade irregular (com contrato escrito, mas ainda não registrado).A sociedade ter personalidade jurídica. São sociedades personificadas: a) a sociedade simples; b) a sociedade em nome coletivo; c) a sociedade em comandita simples; d) a sociedade limitada; e) a sociedade anônima; f ) a sociedade em comandita por ações; e g ) a sociedade cooperativa.
A Sociedade Simples é a sociedade constituída por pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados, não tendo por objeto o exercício de atividade própria de empresário (art. 981 e 982). Além disso, são sociedades formadas por pessoas que exercem profissão intelectual (gênero, características comuns), de natureza científica, literária ou artística (espécies, condição), mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa (§ único do art. 966)..
A Sociedade Empresária tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro, inclusive a sociedade por ações, independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. Isto é, Sociedade Empresária é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, constituindo elemento de empresa. 
A Sociedade Cooperativa é uma associação de, no mínimo, 20 (vinte) pessoas com interesses comuns, economicamente organizada de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.Entretanto, a partir de 11.01.2003, por força do Novo Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002), artigo 1.094, inciso II, deixou de haver número mínimo de associados fixado em lei, sendo necessário apenas que haja associados suficientes para compor a administração da cooperativa, levando em conta a necessidade de renovação.
A sociedade em nome coletivo é um tipo societário onde todos os sócios são solidários e todos respondem ilimitadamente pelas dívidas da sociedade, ou seja, a dívida da sociedade pode atingir os bens dos sócios. De acordo com o art. 1.039 do Código Civel, essa sociedade é constituída, necessariamente, por pessoas físicas. A administração desta sociedade cabe exclusivamente aos sócios, não podendo um terceiro exercer este papel administrativo (art. 1.042, Código Civil).A sociedade em nome coletivo deve ser registrada no órgão competente, motivo pelo qual tem personalidade jurídica e tem nome empresarial. 
A sociedade em comandita simples é a caracterizada pela existência de dois tipos de sócios: os sócios comanditários e os comanditados.Os sócios comanditários têm responsabilidade limitada em relação às obrigações contraídas pela sociedade empresária, respondendo apenas pela integralização das quotas subscritas. Contribuem apenas com o capital subscrito, ficando alheios a administração da empresa.Já os sócios comanditados contribuem com capital e trabalho, além de serem responsáveis pela administração da atividade de empresa. Sua responsabilidade perante terceiros é ilimitada, devendo saldar as obrigações contraídas pela sociedade. A firma ou razão social da sociedade somente pode conter nomes de sócios comanditados, passando a responder de forma ilimitada.A matéria é regida nos artigos 1.045 a 1.051 do Código Civil.Artigo 1045.
O sócio de indústria e capital, tem obrigação de especificar o que são atividades estranhas à sociedade, para que o sócio de indústria não corra riscos, assim como, para que os sócios capitalistas tenham a exata noção da participação nos lucros do “sócio de indústria”.A regra do artigo 1.007 do novo Código determina que o sócio, que contribua apenas com o seu trabalho, somente participe dos lucros “na proporção da média do valor das quotas”, salvo estipulação em contrário, prevista, evidentemente no contrato social ou em acordo de quotistas, devidamente averbado.Por conseguinte, nos parece que essa estipulação, apesar de constar ressalvada, deve ter caráter obrigatório, para que não gere verdadeiras distorções no momento da divisão de lucros entre os sócios.
Na Sociedade em Conta de Participação, o sócio ostensivo é o único que se obriga para com terceiro; os outros sócios ficam unicamente obrigados para com o mesmo sócio por todos os resultados das transações e obrigações sociais empreendidas nos termos precisos do contrato.Quando duas ou mais pessoas, sendo ao menos uma comerciante, se reúnem, sem firma social, para lucro comum, em uma ou mais operações de comércio determinadas, trabalhando um, alguns ou todos, em seu nome individual para o fim social, a associação toma o nome de sociedade em conta de participação, acidental, momentânea ou anônima; além disso, pode provar-se por todo o gênero de provas admitidas nos contratos comerciais.São reguladas pelos artigos 991 a 996 do Novo Código Civil  (Lei 10.406/2002).
5. Sociedade Limitada: constituição da sociedade, quota social, sócio-quotista, administração da sociedade.
A sociedade limitada (LTDA) é aquela formada por duas ou mais pessoas, podendo ser pessoa natural ou jurídica, com capital social dividido em quotas. Está é regulada pelo Código Civil nos artigos 1052 e 1087. A responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor de suas quotas, mas todos os sócios respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Ainda, o total obtido da soma das importâncias pagas por cada sócio na formação da Sociedade corresponde ao capital social da sociedade limitada que é fracionado em quotas. Os sócios de comum acordo estabelecem o valor de cada quota, sendo que a divisão da importância paga por cada sócio pelo valor da quota resultará no número de quotas detidas por cada sócio na Sociedade. 
Assim, os sócios de uma sociedade limitada, ao firmarem o contrato social, assumem obrigações e adquirem direitos decorrentes diretamente das suas respectivas manifestações de vontade em celebrar o contrato de sociedade e, indiretamente, das relações jurídicas nascidas entre os próprios sócios e entre cada sócio e a própria sociedade como ente com personalidade jurídica.
Além disso, a administração pode ser exercida por sócio ou não sócio devidamente nomeado. O nome empresarial a ser adotado poderá ser firma ou denominação, acrescido da palavra final ‘limitada’, por extenso ou abreviada (LTDA). “A sociedade limitada quando usar firma se não individualizar todos os sócios, deverá conter o nome de pelo menos um deles, acrescentando-se “e companhia” e a palavra ‘limitada”, por extenso ou abreviados.
Por conseguinte, temos a figura do administrador a qual é de extrema importância para a sociedade limitada, pois é através dele que a sociedade desenvolve suas atividades empresarias (poder de gerência) e expressa sua vontade social (poder de representação), gerando direitos e obrigações perante terceiros. Contudo, deverá um contrato social evitar que o administrador tenha poderes amplos e genéricos, devendo haver algumas limitações e principalmente, aprovação e anuência dos sócios para a prática de certos atos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CRUZ, André Santa. Direito empresarial, volume único. 9. Rio de Janeiro Método 2019 1
recurso online ISBN 9788530985523.
MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 13. Rio de Janeiro Atlas 2019 1
recurso online ISBN 9788597020380.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito empresarial. 9. Rio de Janeiro Atlas 2019 1 recurso
online ISBN 9788597020731.
http://www.portaltributario.com.br/guia/scp.html
https://www.jucees.es.gov.br/sociedade-limitada-constituicao/

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