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Grupos Operativos de Pichon Riviere Enrique Pichon-Rivière nasceu em Genebra em 25 de junho de 1907 e faleceu em Buenos Aires em 16 de julho de 1977. (...) Inicia seus trabalhos num asilo de oligofrênicos, onde a primeira tarefa que realiza é a formação de uma equipe de futebol. Através desse tipo de recreação busca a ressocialização. (...) Em 1936 Começa a trabalhar no Hospital de Mercedes. Forma grupos, primeiro só com enfermeiros, dando-lhes noções básicas de psiquiatria e enfermagem para neuropsiquiatria e depois com os próprios pacientes. Criou então uma técnica que mais tarde denominou de "Grupos Operativos". (...) 1953 - Se vislumbra a passagem da Psicanálise para a Psicologia Social com o aparecimento do termo "social". Esta Escola originalmente estava dirigida a médicos e psicólogos. (...) 1956: Esteve presente nesta experiência chamada de "laboratório social", cerca de mil pessoas. A partir daí conceitualiza-se o trabalho de grupos operativos e o modelo que mais adiante desenvolverá na escola: a aula teórica, seguida do trabalho de grupo operativo. (...) 1970: Publicou alguns artigos: Psicologia da Vida Cotidiana; Da Psicanálise a Psicologia Social em três volumes. São eles: O processo Grupal, A Psiquiatria - Uma nova problemática e O Processo Criador. Compreensão Dialética da Realidade · Dialética: contradições que considera inerentes a todo grupo: · (a) Velho X Novo; · (b) Necessidade X Satisfação; · (c) Explícito X Implícito; · (d) Sujeito X Grupo; · (e) Projeto X Resistência à mudança. Espiral Dialética O processo grupal, bem como o processo de aprendizagem, se dá por meio de um permanente movimento de estruturação (rotina), desestruturação (mudança) e reestruturação (rotina), que pode ser representado por um cone invertido. Dentro deste cone pode-se representar o movimento que acontece entre o desejo de mudança, de entrar em contato com o novo, os medos e ansiedades que levam à resistência, entre o que está explícito no grupo e o que está implícito, seus conteúdos manifestos e latentes. Tal movimento acontece em idas e voltas no que Pichon-Rivière denominou espiral dialética. Cone Invertido O processo grupal, bem como o processo de aprendizagem se dá por meio de um permanente movimento de estruturação, desestruturação e reconstrução. Sendo representado por um cone invertido. Características dos G.O. · Conjunto de pessoas com um objetivo em comum; · A estrutura de equipe só se consegue a medida em se “opera”. Centrado na tarefa. · “Aprender” enquanto se aprende. · OPERATIVO TERAPÊUTICO. O mais importante no campo do conhecimento não é dispor da informação acabada, mas possuir “instrumentos” para resolver os problemas. O mais importante não é acabar a tarefa, mas como acabar, quais instrumentos foram utilizados A organização dos G.O. exige que se desarme estereótipos (Mecanismos de defesa da psicanalise) que funcionam como defesa da ansiedade. · Co-trabalho; co-pensar; co-autor: não há passividade e sim foco na potencialidade (ensino-aprendizagem). · Oferece “possibilidades” / pensar com liberdade (sem ansiedade estereotipada). · Cura ou faz adoecer: Condições humanas em que o trabalho é realizado; Tipo de vínculo construído (rel. interpessoais); Trabalho em si; Mobilidade nos papéis; Motivação para as tarefas; Disponibilidade de mudanças. (...) Pichon vem falar sobre dialética, construiu seu pensamento e suas teorias a partir de uma concepção dialética da realidade. Seu pensamento contém um posicionamento político-ideológico na medida em que concebe o ser humano como sujeito imerso numa realidade concreta, que pode transformá-la a partir de uma adaptação ativa, que envolve ação e criação. Seu conceito de adaptação não se relaciona à ideia de passividade, mas de ação humana orientada para a aprendizagem, para a mudança e para a transformação dessa mesma realidade, e é nesse sentido que o grupo irá instrumentalizar seus integrantes
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