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FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO

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1.0 Introdução 
Entre os onze sistemas do corpo humano, o sistema nervoso e sistema endócrino são os que desempenham funções mais importantes de regulação e manutenção. Em destaque, o sistema nervoso além de auxiliar na regulação (homeostasia), desempenha funções de percepção, memórias e comportamentos, além disso, os movimentos voluntários e controla os órgãos de maneira autonômica. 
Esse sistema, possui três funções básicas: sensorial, integradora e motora. A função sensitiva, ocorre quando diversos tipos de informações são captados por receptores sensitivos, e então as levam instantaneamente essas informações e estímulos para o encéfalo ou para medula espinhal. Já na função integradora, realizam a análise, processamento e armazenamento desses estímulos, enviando uma resposta a situação que está ocorrendo. Por fim, a função motora, é a última resposta do sistema nervoso para o estímulo, ou seja, neste momento ele provoca uma resposta motora adequada, ativando órgãos efetores (glândulas e músculos), podendo, por exemplo, ocorrer a contração de um músculo ou secreção de glândulas. 
O sistema nervoso, está organizado entre duas subdivisões principais o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC consiste no encéfalo e na medula espinhal, é responsável pelo processamento de inúmeras informações, origem de pensamentos, emoções e memórias. Já o SNP, inclui todo tecido nervoso fora do SNC, nervos, gânglios, plexos entéricos e receptores sensoriais. O periférico, ainda é divido em Parte Somática, Entérica e Autônoma. Além disso, o Sistema Autônomo ainda é subdividido em Simpático e Parassimpático, sendo estes o foco deste trabalho. 
Esquema Sistema Nervoso Humano. Fonte: https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana02.pdf
2.0 Sistema Nervoso Periférico 
A parte eferente do SNP, como visto na imagem acima pode ser dividida entre Neurônios Motores Somáticos (SNC), que controlam os músculos esqueléticos e que tem uma ação voluntária e Neurônios Autonômicos (SNA), que controlam os músculos lisos e cardíacos e as glândulas, ou seja, tem um controle involuntário. 
2.1 Sistema Nervoso Autônomo (SNA) 
O SNA, normalmente, atua de forma autônoma, sem controle consciente do córtex cerebral, é controlado basicamente pelo hipotálamo e pelo tronco encefálico. (TORTORA, 2017) 
	O sinal principal para SNA tem origem nos neurônios sensoriais autônomos, esses neurônios estão relacionados e monitoram condições internas, como por exemplo, o nível de CO2 no sangue, grau de estiramento de paredes de órgãos internos. Existem também os neurônios motores autonômicos, que regulam as atividades nos tecidos efetores, que são os músculos cardíacos e lisos e as glândulas, tanto para estimular quanto para inibir. (TORTORA, 2017)
2.1.2 Divisão do Sistema Nervoso Autônomo 
	A divisão autônoma é subdivida em simpático e parassimpático, esta divisão foram inicialmente descritas pelo médico grego Claudios Galeno (130-200 DC). As principais diferenças anatômicas são os pontos de origem da via no SNC e a localização dos gânglios autonômicos. (SILVERTHORN, 2010, 389)
	Inicialmente, existem dois neurônios motores em qualquer via autonômica, que é o Neurônio pré-ganglionar, onde seu corpo celular está no encéfalo ou na medula e seu axônio está no SNC como parte de um nervo espinhal ou cranial, ele se estende até um gânglio autônomo para fazer sinapses como neurônio pós ganglionar, este se situa totalmente fora do SNC. O axônio desse neurônio pós-ganglionar se encontra no músculo efetor (músculo liso, cardíaco ou glândula). 
	Dessa forma, pode-se dizer que os neurônios pós-ganglionares conduzem impulsos nervosos do SNC para os gânglios autônomos, os neurônios pós-ganglionares retransmitem esses sinais para os efetores. (TORTORA, 2017, 284).
Embora possam ser diferenciadas anatomicamente, essas divisões são mais distinguidas pelas ações que cada uma está mais ativa, como será visto posteriormente. (SILVERTHORN, 2010)
3.0 Sistema Nervoso Simpático 
	Os neurônios simpáticos, têm seus corpos celulares nos doze segmentos torácicos, e nos dois ou três primeiros nos lombares da medula, por isso também é chamado de sistema toracolombar ou ainda pode ser nomeado de sistema ortossimpatico. Após deixarem a medula, os axônios pré-ganglionares simpáticos se estendem até um gânglio simpático, neste local esses neurônios fazem sinapses com os neurônios pós-ganglionares. Um único neurônio axônio pré-ganglionar pode fazer sinapse com vinte ou mais neurônios pós-ganglionares, esse tipo de ação explica o motivo pelo respostas simpáticas afetam órgãos por todo corpo quase simultaneamente, a maioria desses axônios atuam na cabeça. (TORTORA, 2017) 
Esses neurônios estão distribuídos para as glândulas sudoríferas, para os músculos lisos dos olhos, para os vasos da face, para túnica do nariz e para glândulas salivares, no tronco, uns poucos neurônios pós-ganglionares do simpático suprem o coração, pulmões e brônquios, também suprem os músculos lisos dos folículos pilosos na pele. (TORTORA, 2017) (GUYTON, 2017) No abdome, axônios que deixam os gânglios pré-vertebrais seguem os cursos de várias artérias até os efetores abdominais e pélvicos.
	A parte simpática, também inclui parte da glândula suprarrenal (medula glândula suprerrenal), elas se desenvolvem a partir do mesmo tecido embrionário (TOROTORA), elas são de alguma forma células neuronais modificadas que secretam epinefrina e neuroepinefrina na corrente sanguínea. (GUYTON, 2017). Esses hormônios circulam por todo o corpo e intensificam as respostas obtidas pelos neurônios pós-ganglionares simpáticos. 
3.1 Atividades Simpáticas 
	As atividades simpáticas são atividades durante o estresse físico ou emocional, o tônus simpático “seguram” atividades físicas vigorosas, e produzem muito ATP, ao mesmo tempo reduz as funções corporais e aumentam o armazenamento de energia. Além disso, o medo, constrangimento ou raiva também estimulam a parte simpática. Pode-se dizer que essas ativações ocorrem em situações de exercício, emergência, excitação e embaraço, luta e fuga. 
4.0 Sistema Nervoso Parassimpático
Os impulsos nervosos parassimpáticos se originam de núcleos dos nervos cranianos e de seguimentos sacrais da medula espinhal, por isso também é chamada de parte craniossacral. Aproximadamente, 75% de todas as fibras nervosas do parassimpático passam pelo nervo vago (GUYTON, 2017). 
Os nervos vagos suprem de nervos parassimpáticos do coração, os pulmões, o esôfago, o estômago, todo intestino delgado, metade proximal do colón, o fígado, vesícula biliar, o pâncreas, os rins e as porções superiores dos ureteres. Assim como as fibras parassimpáticas também vão para esfíncter pupilar, musculo ciliar do olho, glândulas parótidas. Além disso, as fibras sacrais parassimpáticas atuam nos nervos pélvicos internos e externos, como a bexiga, reto, colo descendente e causam ereção. (GUYTON, 2017). 
	Em comparação com os axônios pré-ganglionares a maioria dos pós-ganglionares parassimpáticos, são muitos pequenos e curtos, os gânglios terminas se situam nas paredes órgãos efetores autônomos, por isso são chamados de gânglios terminais. Dessa maneira, a resposta parassimpática é localizada num único órgão efetor. (TORTORA, 2017)
4.1 Atividades Parassimpáticas
As atividades do parassimpático realçam as atividades de repouso e digestão, essas atividades conservam e restauram a energia. Nesses intervalos calmos, os impulsos parassimpáticos vão para as glândulas do sistema digestório e para o músculo lisos do trato gastrointestinal, isso permite que alimentos fornecedores de energia sejam digeridos e absorvidos. As respostas parassimpáticas podem ser resumidas em salivação, lacrimejamento, micção, digestão e a defecção. Além disso, a diminuição da frequência cardíaca, diâmetro das vias respiratória e também das pupilas. (TORTORA, 2017,).
5.0 Neurotransmissores
Os neurotransmissores são substâncias químicas liberadas pelos neurôniosdurante as sinapses. As fibras simpáticas e parassimpáticas secretam principalmente acetilcolina (colinérgicas) e norepinefrina (adrenérgicas). Todos os neurônios pré-ganglionares tanto do simpático como do parassimpático são colinérgicos, por isso irão excitar os neurônios pós-ganglionares de ambos os sistemas. Quase todos os neurônios do sistema parassimpático são colinérgicos. 
Dessa forma, pode-se concluir que as terminações nervosas do parassimpático secretam acetilcolina e do simpático secretam norepinefrina. Esses neurotransmissores, agem de maneiras diferentes em cada órgão. Dessa forma, estabeleceu-se essa relação:
- Acetilcolina transmissor parassimpático - colinérgicos; 
- Norepinefrina transmissor simpático - adrenérgicos; 
A liberação de um neurotransmissor, ocorre quando um potencial de ação, chega aos canais iônicos de Ca2+, onde esses se abrem, e esse cálcio entra na neurônio e o que tem na vesícula sai por exocitose, quando um neurotransmissor é liberado, ele se mistura com líquido intracelular até encontrar um receptor. A concentração do neurotransmissor em uma sinapse é o principal fator de controle que neurônio autonômico exerce sobre seu alvo. (SILVETHORN, 2010, 426)
5.1 Classificação de Neurotransmissores
Os neurotransmissores podem ser classificados da seguinte forma:
· Aminas: São neurotransmissores que derivam de aminoácidos diferentes, como o triptofano. Neste grupo estão: Norepinefrina, epinefrina, dopamina ou serotonina.
· Aminoácidos: Ao contrário dos anteriores (que derivam de aminoácidos diferentes), estes são aminoácidos. Por exemplo: Glutamato, GABA, aspartato ou glicina.
· Purinas: Pesquisas recentes indicam que purinas como ATP ou adenosina também atuam como mensageiros químicos.
· Gases: O óxido nítrico é o principal neurotransmissor deste grupo.
· Peptídeos: Peptídeos são amplamente distribuídos por todo o encéfalo. Por exemplo: endorfinas, dinorfinas e taquicininas.
· Ésteres: Acetilcolina é encontrada neste grupo.
5.2 Acetilcolina 
A acelticolina é sintetizada a partir da acetil+coA e recebida principalmente por Receptores Muscarínicos e Nicotínicos. Os receptores muscaríncos, utilizam a proteína G, como sinalizadores das células efetoras estimuladas por neurônios pós-ganglionares colinérgicas tanto do simpático como do parassimpático. Já os receptores nicotínicos são canais iônicos (Ca2+ ou K+) ativados por moléculas tanto presentes tanto nos neurônios pós e pré-glanglionares de ambos os sistemas, a resposta varia com subtipo do receptor.
5.3 Epinefrina e Noroepinefrina 
Sintetizadas a partir da tirosina e recebidos por duas classes de receptores adrenérgicos, os alfas e betas. Os primeiros estão subdivididos em, 1 e 2, e o segundo em 1, 2 e 3, ambos usam proteína G para sinalização. A noraepinefrina excita os alfas, e os betas em menor grau. Já a epinefrina excita os dois de maneira semelhante, por isso as respostas são diferentes nos órgãos efetores. Deve-se salientar que certas funções alfa são excitatórias e outras inibitórias, a mesma coisa acontece com os betas, por isso não podem ser associados exclusivamente a um tipo de ação. 
Dessa forma, podem ser resumidas no quadro abaixo: 
	
	Simpático
	Parassimpático
	Neurotransmissor
	Norepinefrina/Epinefrina
	Acetilcolina
	Receptores
	Adrenérgicos e 
	Colinérgicos muscaríncos e nicotínicos
	Sintetização
	Tirosina
	Acetil+CoA
6.0 Referências Bibliográficas
 
TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo Humano: Fundamento de Anatomia e Fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artemed, 2017.
SILVERTHORN, Unglaub Dee. Fisiologia Humana: Uma abordagem interna. 5. Ed. Porto Alegre: Artemed, 2010. 
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
ALVES, Caion. Neurotransmissores: O que são, Tipos e Funções. 26 de novembro de 2018. Disponível em: https://opas.org.br/neurotransmissores-o-que-sao-tipos-e-funcoes/. Acesso em 21 de abril de 2019.
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