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SEMI PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL 07

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Participação e 
Controle Social
Autor: Flávia Mello Magrini
Tema 07
Conselhos Gestores – Principais 
Limites quanto à Participação e 
ao Controle Social
seç
ões
Tema 07
Conselhos Gestores – Principais Limites 
quanto à Participação e ao Controle Social
Como citar este material:
MAGRINI, Flávia Mello. Participação e Controle 
Social: Conselhos Gestores – Principais Limites 
quanto à Participação e ao Controle Social. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 07
Conselhos Gestores – Principais Limites 
quanto à Participação e ao Controle Social
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Contexto político da década de 2000 – eleição do governo petista na Presidência da 
República.
• Principais limites às potencialidades dos Conselhos Gestores.
• Necessidade de mudança de agenda dos estudos sobre os conselhos para além do 
seu próprio funcionamento.
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro “Conselho Gestores e 
Participação Sociopolítica”, da autora Maria da Glória Gohn, Editora Cortez, 2011, Livro-
Texto n°.
Roteiro de Estudo:
Profa Flávia Mello MagriniParticipação e Controle Social 
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conselhos Gestores – Principais Limites quanto à 
Participação e ao Controle Social
Na aula passada você estudou a emergência e as principais características dos 
conselhos gestores no âmbito das políticas públicas no Brasil. Nesta aula, você aprofundará 
o estudo sobre os conselhos gestores, buscando compreender as possibilidades e os 
limites deste mecanismo institucional dentro de um projeto democrático participativo e com 
controle social.
Esta aula está dividida em três momentos. Primeiramente você estudará, rapidamente, o 
contexto político a partir da década de 2000, com a eleição de um governo petista para a 
Presidência da República. Feita essa contextualização, você terá acesso aos levantamentos, 
informações e análises de Maria da Glória Gohn (2011) e de Luciana Tatagiba (2002) sobre 
as realidades dos conselhos gestores. Posteriormente, verificará a proposta de atualização 
nesse debate e os caminhos sugeridos por Carla Almeida e Luciana Tatagiba (2012).
Relembrando, os Conselhos Gestores foram concebidos no contexto da redemocratização 
brasileira, tendo grande importância desde então devido à possibilidade de gerar uma 
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais as principais alterações institucionais participativas no governo de Luiz Inácio 
Lula da Silva?
• A existência dos conselhos gestores garante a prática democrática?
• A composição paritária é suficiente para garantir igualdade no processo decisório?
• A capacitação dos conselheiros é fator importante na sua atuação nos conselhos 
gestores?
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
nova institucionalidade pública, com potencial emancipatório, ao trazer a sociedade civil às 
arenas decisórias.
É inegável que a criação deste mecanismo participativo, por si só, representa importante 
conquista da sociedade civil. Mas passada a euforia que os vislumbres de transformação 
social desse momento de transição proporcionaram, entretanto, emerge novo desafio: 
confrontar tal projeto participativo com a realidade política e social brasileira.
A garantia constitucional de mecanismos participativos, assim como a criação e a 
reestruturação de instituições no sentido de promover essas mudanças, apesar de 
necessários, não seriam suficientes para garantir sua efetividade. A partir de então, portanto, 
colocam-se em prova as possibilidades reais de se apreender mudanças que consistiriam 
em democratizar não só o aparelho de Estado, mas o próprio tecido social brasileiro – 
complexo em sua heterogeneidade e em histórica cultura política autoritária e clientelista. 
(MAGRINI, 2012).
Esse desafio, principalmente no que concerne às políticas sociais, é ainda maior quando 
defrontado com a reforma neoliberal que passa a ser empreendida no Brasil na década 
de 1990. O contexto de ferrenha crise político-econômica no qual o país estava imerso no 
período, somado a imposições internacionais de medidas de ajustamento macroeconômico 
dos países em desenvolvimento que passavam dificuldades – formuladas pelo Consenso 
de Washington –, obrigou o país a repensar suas diretrizes, como você já estudou em aulas 
anteriores.
Em 2003, com um partido de esquerda sendo eleito para o governo federal brasileiro – o 
Partido dos Trabalhadores (PT), através da figura de Luís Inácio Lula da Silva – e, com 
um contexto econômico de maior estabilidade que o sucesso do Plano Real proporcionou, 
são vistos sinais de mudança. Assumindo o compromisso de recuperar o diálogo entre 
Estado e organizações da sociedade civil na tomada de decisões e formulação de diretrizes 
políticas no país, o governo afirma que estaria colocando novamente em pauta um projeto 
participativo, deliberativo. (MAGRINI, 2012).
De fato, o governo petista passou a valorizar a utilização de arranjos institucionais cuja 
função seria retomar e revalorizar a participação das organizações da sociedade civil em 
arenas políticas, principalmente instituindo o diálogo com estas organizações na formulação 
de diretrizes de políticas públicas; indo além do simples estabelecimento de parcerias com 
o terceiro setor na execução dessas políticas. 
8
Dentre esses arranjos institucionais, destacam-se a criação de Secretarias Especiais com 
status de Ministério – Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Secretaria Especial de 
Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR); a realização de diversas Conferências 
para deliberação sobre Planos Nacionais de Políticas para diversas áreas; o estímulo à 
criação e ao funcionamento de Conselhos, assim como de Orçamentos Participativos (OP). 
(MAGRINI, 2012).
Apesar da clara mudança de orientação do governo petista em diversos aspectos em 
relação ao governo anterior – peessedebista, de Fernando Henrique Cardoso –, diversas 
são as pesquisas que apontam um continuísmo da orientação política macro-econômica 
neoliberal. Não se discutirá aqui o mérito desse debate, pois envolveria exaustivas 
análises, não apenas das atuações desses governos, mas também as localizando em suas 
conjunturas nacionais e internacionais; mas é importante fazer esta ressalva de que apesar 
das muitas expectativas por transformações sociais em torno da eleição do governo petista, 
e de mudanças observáveis, ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Feito esse último movimento de contextualização política, será retomada a discussão sobre 
os conselhos gestores em si. 
Como bem coloca Tatagiba (2002, p. 55): 
[...] é preciso saber até onde a dinâmica real de funcionamento dos conselhos 
tem permitido que estes princípios inovadores se traduzam em práticas políticas 
inovadoras no âmbito da gestão dos negócios públicos.
A preocupação no entendimento da dinâmica por trás dos conselhos gestores tem sido 
agenda de pesquisa de importantes estudiosos. E, ainda segundo Tatagiba (2002), esta 
bibliografia tem indicado que muitas são as dificuldades neste sentido; ou seja, na prática 
tem sido muito difícil reverter a centralidade do Estado na definição das políticas e das 
prioridades sociais. 
Esta dificuldade encontrada pelos conselhos é de diferentes ordens e pode variar de acordo 
com a cultura política ou a conjuntura local. Gohn (2012, p. 93) afirma, por exemplo, que 
em ”municípios sem tradição organizativo-associativa os conselhos têm sido apenas uma 
realidade jurídico-formal”. 
A seguir, foram listados os pontos que a autora considera como necessidades e lacunas no 
que diz respeito aos Conselhos Gestores (GOHN, 2011, p. 99 – 100):
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
1. Definição mais precisa das competências e atribuições dos conselhos gestores.
2. Necessidade de instrumentos jurídicos de apoio às suas deliberações.
3. Definição maisprecisa do que seja participação de um representante nos conselhos.
4. Necessidade de capacitação dos conselheiros (a participação, para ser efetiva, deve ser 
qualificada).
5. Igualdade de condições de participação (acesso às informações e remuneração para 
sua atividade).
Agregando ao debate trazido por Gohn (2011), serão mencionados alguns pontos destacados 
por Tatagiba (2002). 
Um dos princípios dos Conselhos é a composição paritária. Entretanto, a paridade não 
é suficiente para garantir o equilíbrio no processo decisório, pois existem as seguintes 
dificuldades: 
a) Dificuldades dos atores em lidar com a pluralidade (diversidade interna). Muitas vezes, 
dispositivos legais acabam excluindo a possibilidade de representação de certos grupos de 
interesse (estipulando regras excludentes no processo de eleição dos conselheiros). Estas 
exclusões arranham a representatividade e legitimidade dos conselhos. Muitas vezes está 
em jogo a própria noção de participação, que em diversos casos está atrelada unicamente 
à disputa por recursos.
b) Relação entre conselheiro – entidade. No caso dos conselheiros governamentais, 
costuma existir um vínculo muito frágil entre estes representantes e seus órgãos de origem. 
Além disso, muitas vezes o Estado acaba enviando para as reuniões com os conselhos 
pessoas pouco preparadas e com pouco poder de decisão, o que acaba esvaziando 
politicamente estes espaços. 
Em relação aos representantes não governamentais, também há uma tendência a fragilizar 
seu vínculo com a entidade de origem. Normalmente existe a eleição e as ONGs, entidades 
e movimentos acabam se afastando dos conselhos. 
c) Qualificação dos conselheiros. Como ressalta Tatagiba (2002, p. 71), o “grande desafio 
nas experiências participativas é construir mecanismos capazes de minorar os efeitos das 
desigualdades sociais no interior dos processos deliberativos.”.
10
LEITURAOBRIGATÓRIA
Como você pode perceber, há uma ampla gama de dificuldades encontradas na realidade dos 
conselhos gestores. Em estudo recente, Almeida e Tatagiba (2012) explicitam, entretanto, 
que analisar os conselhos através apenas de suas dinâmicas internas não seria suficiente. 
Para elas, haveria a necessidade de analisar o ambiente mais amplo em que se situam, ou 
seja, as conexões que estabelecem – ou não – com as demais instituições e públicos ao 
seu redor. Partindo desse argumento, as autoras afirmam que seria necessário ampliar a 
audiência pública dos conselhos gestores na sociedade e no Estado; sendo urgente rever 
a rotina burocrática que acaba consistindo preponderantemente na agenda dos conselhos, 
de forma que eles posicionem novamente ao centro o exercício da política. 
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Acesse o site da Corrupteca – Biblioteca Internacional da Corrupção.
Disponível em: <http://nupps.usp.br/corrupteca/>. Acesso em: 2 jan. 2014.
A Corrupteca é uma biblioteca digital especializada em corrupção desenvolvida e mantida 
pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da Universidade de São Paulo 
(USP).
Leia o artigo Os Conselhos Gestores sob o crivo da política: balanços e perspectivas, de 
Carla Almeida e Luciana Tatagiba (2012).
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-
66282012000100005&script=sci_arttext>. Acesso em: 2 jan. 2014.
Neste artigo as duas autoras trazem uma nova perspectiva à análise sobre o funcionamento 
desses conselhos.
LINKSIMPORTANTES
http://nupps.usp.br/corrupteca/
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-66282012000100005&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-66282012000100005&script=sci_arttext
11
Leia o artigo O Orçamento Participativo e a teoria democrática: um balanço crítico, de 
Leonardo Avritzer.
Disponível em: <http://www.democraciaejustica.org/cienciapolitica3/sites/default/files/
orcameto_participativo_e_teoria_democratica_-_leoardo_avritzer.pdf>. Acesso em: 2 jan. 
2014.
Neste artigo você compreenderá melhor o que representam os OPs no contexto atual 
brasileiro.
Leia a entrevista com o sociólogo Lúcio Kowarick - Vulnerabilidade e (Sub)Cidadania na 
Sociedade.
Disponível em: <http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/625/499>. 
Acesso em: 2 jan. 2014.
Nesta entrevista, Kowarick traz pontos de grande relevância teórica e política para a 
compreensão da problemática relacionada à cidadania na sociedade brasileira atual.
Vídeos Importantes: 
Assista à entrevista com o sociólogo Zygmunt Bauman no programa Fronteiras do 
Pensamento.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A>. Acesso em: 2 jan. 
2014.
Bauman é conhecido mundialmente por seu conceito de Modernidade líquida, em que 
as ideias de emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e comunidade estão 
propensas a mudar com rapidez e de forma imprevisível.
LINKSIMPORTANTES
http://www.democraciaejustica.org/cienciapolitica3/sites/default/files/orcameto_participativo_e_teoria_democratica_-_leoardo_avritzer.pdf
http://www.democraciaejustica.org/cienciapolitica3/sites/default/files/orcameto_participativo_e_teoria_democratica_-_leoardo_avritzer.pdf
http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/625/499
http://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A
12
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Explique porque os Conselhos Gestores 
foram concebidos no contexto da redemo-
cratização brasileira.
Questão 2:
Das alternativas a seguir todas dizem res-
peito a dificuldades na operacionalização 
dos conselhos gestores, EXCETO:
a) Falta de tradição participativa da 
sociedade civil.
b) Falta de exercício prático das atividades 
a serem desempenhadas nos conselhos.
c) Falta de interesse do poder Executivo 
na criação de conselhos.
d) Desconhecimento por parte da maioria 
da população quanto às possibilidades 
dos conselhos.
e) Concepções oportunistas que têm 
feito dessa área um campo de disputa e 
tensões acerca de objetivos predefinidos.
Questão 3:
Considere os seguintes itens:
I. Relacionados diretamente à questão ur-
bana.
II. Aqueles que decorrem da prestação de 
serviços urbanos.
AGORAÉASUAVEZ
13
III. Orçamento Participativo.
IV. Aqueles que abrangem políticas focali-
zadas em grupos da população.
Dos itens acima, quais correspondem a 
categorias de conselhos gestores urbanos 
propostas por Gohn (2011)?
a) Apenas II, III e IV.
b) Apenas I e IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I.
e) I, II e IV.
Questão 4:
Uma área _______ para o ___________ 
no século XXI e para a melhoria da qualida-
de de vida nas cidades é a ___________.
Assinale a alternativa que contém as pala-
vras adequadas para preencher as lacunas 
da frase acima:
a) pouco relevante; desenvolvimento 
social; educação.
b) estratégica; desenvolvimento social; 
educação.
c) interessante; desenvolvimentismo; 
educação.
d) estratégica; desenvolvimentismo; 
economia.
e) interessante; desenvolvimento social; 
economia.
Questão 5:
De um lado, os conselhos são formas de 
__________ do poder – demandada pela 
___________ –, mas de outro, eles são 
fruto da crise das instituições públicas que 
implicam diminuição de custos e transfe-
rência de _________ na solução dos pro-
blemas locais para os _________.
Assinale a alternativa que contém as pala-
vras adequadas para preencher as lacunas 
da frase acima:
a) descentralização; população; respon-
sabilidade; cidadãos.
b) centralização; presidenta; recursos; 
políticos.
c) descentralização; população; respon-
sabilidade; políticos.
d) centralização; população; responsabili-
dade; cidadãos.
e) descentralização; presidenta; recursos; 
políticos.
Questão 6:
Leia o artigoArticulação entre os conse-
lhos de políticas públicas – uma pauta a 
ser enfrentada pela sociedade civil, de Ra-
quel Raichelis. Disponível em: <http://ige-
AGORAÉASUAVEZ
http://igepp.com.br/uploads/arquivos/apu_93.pdf
14
pp.com.br/uploads/arquivos/apu_93.pdf>. 
Acesso em: 2 jan. 2014. 
Este artigo é interessante por trazer outro 
importante desafio dos conselhos gesto-
res. Qual é este desafio e por quê?
Questão 7:
Imagine que você, cidadão brasileiro repre-
sentante da sociedade civil, após estudar 
tantas questões envolvendo democracia 
participativa, resolve procurar informações 
institucionais na internet para iniciar um 
processo de consolidação de informações 
que lhe permita se posicionar de forma 
qualificada em alguma discussão. 
Escolha um tema com o qual, de preferên-
cia, não tenha afinidade (educação, saúde, 
mulheres, raça, meio ambiente, entre ou-
tros) e inicie sua pesquisa na internet, bus-
cando informações governamentais. 
Alguns dos pontos que você deverá consi-
derar: existe alguma Secretaria ou Ministé-
rio específico? Foi fácil localizar algum site 
governamental sobre o tema? As informa-
ções estavam sistematizadas e organiza-
das, facilitando o seu acesso? No site ha-
via alguma referência a conselhos? 
Após esta experiência, relate em poucas 
linhas suas impressões. 
Questão 8:
Tatagiba (2002), ao analisar os problemas 
encontrados na realidade dos conselhos 
gestores, afirma que: Muitas vezes está em 
jogo a própria noção de participação, que 
em diversos casos está atrelada unicamen-
te à disputa por recursos.
Resgatando o conceito de esfera pública 
discutido em aulas anteriores, explique a 
afirmação acima.
Questão 9:
Quais as principais inovações institucionais 
– no que concerne à democracia participa-
tiva – criadas pelo governo de Luiz Inácio 
Lula da Silva?
Questão 10:
Pensando nas lacunas que devem ser su-
peradas na realidade dos conselhos gesto-
res, qual a importância que as Universida-
des podem ter?
AGORAÉASUAVEZ
http://igepp.com.br/uploads/arquivos/apu_93.pdf
15
Você estudou o contexto político a partir da década de 2000, com a eleição de um 
governo petista para a Presidência da República. Feita essa contextualização, passou por 
análises de Maria da Glória Gohn (2011) e de Luciana Tatagiba (2002) sobre as realidades 
dos conselhos gestores, para posteriormente verificar a proposta de atualização neste 
debate e os caminhos sugestionados por Carla Almeida e Luciana Tatagiba (2012).
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
ALMEIDA, Carla; TATAGIBA, Luciana. Os conselhos gestores sob o crivo da política: 
balanços e perspectivas. São Paulo: Serv. Soc. Soc., no 109, 2012. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000100005&lng=en&nr
m=iso>. Acesso em: 2 jan. 2014.
AVRITZER, Leonardo. Sociedade Civil e participação no Brasil democrático. In. AVRIT-
ZER, Leonardo (Org.) Experiências Nacionais de Participação Social. São Paulo: Cortez, 
2009.
GOHN, Maria da Glória. Conselhos Gestores e Participação Sociopolítica. Editora Cortez, 
2011.
MAGRINI, Flávia Mello. Conferências de Políticas para as Mulheres – Potencialidades e 
Limites Participativos. São Carlos: Dissertação (Mestrado em Ciência Política) – PPGPOL, 
UFSCar, 2012. 
REFERÊNCIAS
FINALIZANDO
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000100005&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000100005&lng=en&nrm=iso
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000100005&lng=en&nrm=iso
16
REFERÊNCIAS
MORONI, José Antônio. O direito à participação no governo Lula. In. AVRITZER, Leonar-
do (Org.) Experiências Nacionais de Participação Social. SP: Cortez, 2009.
TATAGIBA, Luciana. Os conselhos gestores e a democratização das políticas públicas 
no Brasil. In: DAGNINO, Evelina (org.). Sociedade civil e espaços públicos no Brasil. São 
Paulo: Paz e Terra; 2002. p. 47-103.
Heterogeneidade: o termo foi utilizado como sinônimo de diversidade.
Tecido social: termo utilizado como sinônimo de sociedade.
Plano Real: segundo definição do Ministério da Fazenda (Disponível em: <http://www.
fazenda.gov.br/portugues/real/planreal.asp>. Acesso em: 2 jan. 2014)
O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais 
bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para combater 
casos de inflação crônica. Combinaram-se condições políticas, históricas e 
econômicas para permitir que o Governo brasileiro lançasse, ainda no final de 
1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, o plano 
resultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição 
da antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994.
Conferências: segundo conceituação de Moroni (2009), as Conferências são: 
[...] espaços institucionais de deliberação das diretrizes gerais de determinada 
política pública. São mais amplos que os conselhos, envolvendo outros sujeitos 
políticos que não estejam necessariamente nos conselhos, razão pela qual têm 
também caráter de mobilização social. (MORONI, 2009, p. 115).
Orçamento Participativo: é um modelo de instituição participativa cuja decisão de iniciá-la 
é sempre do prefeito. 
[...] A soberania passa a ser partilhada com um conjunto de assembleias regionais 
e temáticas que operam a partir de critérios de livre participação. Todos os 
cidadãos são tornados, automaticamente, membros das assembleias regionais 
e temáticas com igual poder de deliberação. (AVRITZER, 2009, p. 37).
A principal experiência de OP até hoje ocorreu na cidade de Porto Alegre a partir de 1990.
GLOSSÁRIO
http://www.fazenda.gov.br/portugu es/real/planreal.asp
http://www.fazenda.gov.br/portugu es/real/planreal.asp
17
Questão 1
Resposta: Como já foi estudado, o Brasil viveu um longo período de autoritarismo e 
pauperização social. Esta conjuntura acabou levando à emergência de diversos 
movimentos no país a partir da década de 1970. Organizados primeiramente em torno de 
suas particularidades, mas unidos em torno da reivindicação pela redemocratização no 
país, essas organizações da sociedade civil conseguiram consolidar diversas conquistas 
no texto constitucional brasileiro (Constituição Federal de 1988). Dentre estas conquistas 
insere-se a criação de mecanismos de participação e controle social. Os conselhos 
gestores colocam-se entre estes mecanismos.
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Como já estudado, é possível verificar uma proliferação de conselhos desde a década de 
1990. Isso porque existem legislações que articulam a existência de conselhos ao repasse 
de verba federal aos estados e municípios. Dessa forma, esta é a única alternativa incorreta.
Questão 3
Resposta: Alternativa E.
Gohn (2011) sistematiza os conselhos gestores urbanos em quatro categorias. Além dos itens 
I, II e IV, a quarta categoria seria dos conselhos na área da cultura. Orçamento Participativo 
não é um tipo de conselho, mas um modelo institucional de participação distinto.
Questão 4
Resposta: Alternativa B.
Nesta questão é destacada a importância da educação para o desenvolvimento social.
GABARITO
18
Questão 5
Resposta: Alternativa A.
A questão traz a problemática envolvendo a possibilidade emancipatória que os conselhos 
representam – através da descentralização de poder – num contexto neoliberal de 
transferência de responsabilidade pelas políticas sociais para os cidadãos.
Questão 6
Resposta: No referido artigo a autora traz a importante questão da fragmentação das 
políticas sociais e a lógica da setorização, e como esta lógica acompanha a criação dos 
conselhos gestores. 
Questão 7
Resposta: Esta questão não tem uma resposta exata. Espera-se que você acesse os sites 
das Secretarias e Ministérios específicos, contribuindo com análises sobre a facilidade ao 
acesso e à decodificaçãodas informações. Você estudou bastante sobre a importância 
na democratização do acesso às informações para que os cidadãos tenham possibilidade 
de participarem efetivamente dos processos decisórios (conselhos gestores, orçamentos 
participativos). Assim, é importante esse tipo de análise.
Questão 8
Resposta: Considerando o conceito habermasiano de esfera pública, os espaços públicos 
deveriam comportar a interação entre os mais diversos grupos organizados da sociedade 
que, através do debate, chegariam a consensos sobre os problemas coletivos da sociedade. 
Quando a participação é vista apenas como disputa por recursos, esses espaços (conselhos) 
não estão cumprindo sua função democratizante participativa e passam a funcionar 
meramente como mais um locus de disputa entre grupos de interesse, locus este em que 
aqueles com mais poder levam vantagem.
Questão 9
Resposta: Dentre as principais inovações do referido governo federal petista, pode-se 
destacar: a criação de Secretarias Especiais com status de Ministério – Secretaria de Políticas 
para as Mulheres (SPM), Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial 
(SEPPIR); a realização de diversas Conferências para deliberação sobre Planos Nacionais 
GABARITO
19
GABARITO
de Políticas para diversas áreas; o estímulo à criação e ao funcionamento de Conselhos, 
assim como de Orçamentos Participativos (OP).
Questão 10
Resposta: Além de contribuir estudando os limites e ajudando a propor estratégias para 
superar as lacunas nos conselhos gestores, as Universidades podem promover cursos de 
capacitação para os conselheiros, assim como para a população em geral, de forma que os 
habilite ao exercício de seus direitos sociais e políticos.

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