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LIsta 22_A era da pós-verdade

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A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Lista
22
1
PROFESSORA: Thais Pio 
NOME:
REDAÇÃO 
EXTENSIVO ALFA 2019
Redação • Extensivo Alfa • Lista 22
“Dado que o uso do termo [pós-verdade] não mostrou nenhum sinal de desaceleração, eu 
não ficaria surpreso se ‘pós-verdade’ se tornasse uma das palavras definidoras dos nossos 
tempos”
Casper Grathwohl 
Presidente da Oxford Dictionaries 
O.J. Simpson e a justiça pós-moderna
Separe um tempo e veja O Povo contra O. J. Simpson, 
primeira temporada da série American Crime Story disponível 
no Netflix. Você não vai se arrepender.
A série reconstrói com rara competência o “julgamento 
do século”, evento que parou os EUA em meados dos anos 90 
criando uma experiência hipnotizante sobre um dos pontos de 
inflexão da história recente. É talvez o primeiro e mais icônico 
julgamento pós-modernista em que o que menos importava era 
decidir se o réu cometeu ou não o crime.
(…)
Orenthal James Simpson, um dos grandes astros do 
esporte de todos os tempos, matou a facadas em 12 de junho 
de 1994 a ex-esposa Nicole Brown. O crime aconteceu na porta 
da casa dela após anos de abusos, assédio e agressões brutais. 
O ex-atleta, uma das maiores celebridades do país, acabou 
inocentado num julgamento transformado em circo midiático e 
político no qual sua responsabilidade pelas mortes foi colocada 
em segundo plano. No mesmo episódio, o amigo de Nicole e 
provável amante Ron Goldman acabou morto também.
Alguns dos mais caros advogados que o dinheiro pode 
comprar foram contratados para fazer o impossível: absolver O. 
J. Simpson de um crime com tantas provas de sua autoria que é 
difícil imaginar um homicídio com mais evidências apontando 
para a culpa do réu que este. Some-se ao uso pioneiro de 
provas de DNA na perícia o histórico de agressões, perseguição 
a qualquer novo namorado de Nicole e a incapacidade do astro 
de aceitar o fim da relação. A lembrança deste julgamento 
serve de reflexão para um mundo cada vez mais mergulhado na 
pós-verdade e na politização de tudo em nome da “justiça 
social”.
Para entender o contexto político-social da época, é 
preciso voltar um pouco no tempo, mais precisamente em 
março de 1991 quando o taxista negro Rodney King (1965-2012) 
foi brutalmente espancado por policiais brancos de Los 
Angeles sob a acusação de dirigir em alta velocidade. Não 
havia internet como conhecemos hoje, os celulares estavam 
nascendo e câmeras de vídeo eram um luxo para poucos, por 
isso flagrantes em vídeo de agressões policiais não eram 
comuns, mesmo que habituais na vida real.
O vídeo do linchamento de King, gravado por uma 
testemunha, tomou conta do noticiário. Um ano depois, a 
absolvição dos policiais envolvidos gerou uma das maiores 
ondas de protestos violentos da história americana. Depois de 
três dias de ataques, Los Angeles estava em chamas e com 
prejuízos avaliados em mais de US$ 1 bilhão. Ao final, 58 
mortos, 2.800 feridos e mais de 3.000 estabelecimentos 
comerciais depredados, saqueados ou incendiados. A segunda 
maior cidade dos EUA estava traumatizada, amedrontada e 
atônita.
Los Angeles ainda não havia se recuperado quando um 
dos seus moradores mais amados e ilustres, um negro 
californiano que chegou ao topo do sucesso e da fama, é 
acusado de matar a própria mãe dos seus filhos, uma modelo 
bem mais jovem. branca e loira. Todas as evidências 
Lista
22
Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 2
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
apontavam para O. J. Simpson como único responsável pelo 
esfaqueamento de Nicole Brown e Ron Goldman. Um dos 
maiores ícones da comunidade negra americana estava prestes 
a cair.
É neste instante que entram em cena um “time dos 
sonhos” de advogados, inicialmente liderados por Robert 
Shapiro e depois por Johnnie Cochran, advogado-celebridade 
engajado na causa dos direitos civis e defensor, entre outros, 
de Rosa Parks, Michael Jackson e Snoop Dogg. Shapiro e 
Cochran tomaram a decisão que mudaria o rumo do julgamento: 
o uso sem escrúpulos do race card, o discurso racialista que iria 
politizar a decisão, inflamar o público e livrar o autor de um 
duplo homicídio da cadeia.
Num momento que resume a série, Johnnie Cochran diz aos 
outros advogado de Simpson que “provas não vencem no final. 
Jurados seguem a narrativa que faz mais sentido. Estamos aqui 
para contar uma história. Nosso trabalho é contar uma história 
melhor que o outro lado.” Não é uma guerra de fatos, provas e 
evidências, é uma guerra de narrativas.
Simpson nunca havia sido um ativista das causas de 
direitos civis, muito pelo contrário. Ele evitava ao máximo 
declarações políticas e ainda dizia que não era preto ou branco, 
era um americano de sucesso e queria ser visto como tal. 
Impossível não lembrar de Wilson Simonal e da má vontade da 
intelligentsia com o cantor mais popular do Brasil no final dos 
anos 60 por conta da sua distância dos movimentos políticos, o 
que gerava acusações de “alienado” e de serviçal do regime e da 
“Casa Grande”.
Como ídolo do país, Simpson era também cobrado pelos 
líderes dos movimentos negros mas nunca se identificou com 
eles, até que a instrumentalização do discurso político de cunho 
racialista foi visto como oportunidade para a criação de uma 
narrativa em que o negro de sucesso havia sido incriminado 
injustamente pela polícia racista da cidade.
O julgamento de Simpson passou a ser o julgamento da 
polícia de Los Angeles e das tensões raciais do país, numa 
reviravolta que só seus lendários advogados poderiam 
conseguir. O réu resistiu no início, mas acabou aceitando a 
estratégia e o resultado você já sabe qual foi. Simpson só foi 
condenado pelas mortes de Nicole e Ron num processo civil 
movido meses depois.
Depois de ver a série da Netflix, tente assistir também o 
estupendo documentário criado pela ESPN O. J. Simpson Made 
In America, vencedor do Oscar da categoria neste ano. É um 
complemento importante para clarear algumas informações 
pouco exploradas pela série da Netflix, naturalmente mais 
preocupada com entreter o público do que propriamente dar 
um quadro geral de todos os fatos envolvidos. O trabalho 
monumental realizado em O. J. Simpson Made In America não 
deixa dúvidas da culpa de Simpson pelo assassinato da mãe de 
seus filhos e do companheiro.
Morta aos 35 anos na porta de casa, com os filhos 
pequenos do lado de dentro dormindo, Nicole Brown não teve 
a justiça que merecia e até hoje ninguém foi responsabilizado 
criminalmente por seu assassinato, assim como Ron 
Goldman. As vítimas, lembrando a antropologia da violência 
desenvolvida por René Girard, foram dadas em sacrifício e 
serviram como bodes expiatórios para uma cidade dividida e 
conflagrada pelo oportunismo político de ativistas e 
advogados.
O Povo contra O. J. Simpson não é apenas 
entretenimento de primeira qualidade, é também um registro 
histórico assustador de como vidas humanas podem ser 
menosprezadas em nome de narrativas políticas ou 
interesses dos mais mesquinhos e imorais, como a absolvição 
de um homicida covarde e brutal.
O mundo pós-modernista, em que narrativas valem 
mais que a busca da verdade objetiva dos fatos, começa com 
discursos filosóficos aparentemente inofensivos e de 
interesse meramente acadêmico, mas idéias têm 
consequências e, neste caso, desaguam na absolvição de um 
assassino. O.J. Simpson escapou da justiça criminal naquele 
momento, mas desde 2008 está preso, cumprindo pena por 
assalto, sequestro e formação de quadrilha.
A luta por boas causas, quando aparelhada e 
instrumentalizada politicamente, acaba sempre em barbárie. 
As mortes de Nicole e Ron não acabaram com as tensões 
sociais, muito menos serviram para evitar o aparecimento ou 
o fortalecimento de radicais (…)
por Alexandre Borges [ 12/05/2017]
www.gazetadopovo.com.br
Orenthal James "O.J." Simpson (São 
Francisco, 9 de julho de 1947) é um ex-
jogador de futebol americano e ator 
norte-americano.
Em 1995 foi acusado do assassinato 
de sua ex-mulher Nicole Brown e de 
seu amigoRonald Goldman. Foi 
absolvido após um longo julgamento, 
que recebeu grande destaque na 
mídia.
Em setembro de 2007, voltou a ter problemas com a lei 
após ser preso em Las Vegas, Nevada, e posteriormente 
acusado de diversos crimes, entre eles assalto à mão 
armada, sequestro e formação de quadrilha. 
Julgado culpado, foi condenado a 33 anos de prisão, sendo 
15 anos por sequestro, 6 anos por porte de arma durante o 
crime e 12 anos por roubo. 
Em 20 de julho de 2017, Simpson ganhou liberdade 
condicional perante uma comissão de quatro julgadores, 
com unanimidade a favor de sua soltura.
https://pt.wikipedia.org/wiki/O._J._Simpson
Lista
22
Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 3
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Após muita discussão, debate e pesquisa, a Palavra do 
Dicionário de Oxford de 2016 é pós-verdade – um adjetivo 
definido como “um termo que relaciona ou denotando 
circunstâncias em que os fatos objetivos são menos influentes 
na formação da opinião pública do que a emoção e a crença 
pessoal".
O conceito de pós-verdade surgiu nas décadas 
passadas, mas o Oxford Dictionaries constatou uma onda de 
frequência este ano no contexto do referendo da UE no Reino 
Unido e as eleições presidenciais nos Estados Unidos. Também 
se associou a um substantivo particular, na frase política pós-
verdade.
A pós-verdade passou de um termo periférico para a 
condição de centro no comentário político, agora sendo 
frequentemente usado por grandes publicações sem a 
necessidade de esclarecimento ou definição em suas 
manchetes.
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Definição: pós-verdade (post-truth) Uma breve história da pós-verdade
A palavra composta pós-verdade exemplifica uma 
expansão no significado do prefixo "pós", que se tornou cada 
vez mais proeminente nos últimos anos. Ao invés de 
simplesmente se referir ao tempo após uma situação ou evento 
específico – como em pós-guerra – o prefixo na pós-verdade 
tem um significado mais parecido com "pertencer a uma época 
em que o conceito especificado tornou-se sem importância ou 
irrelevante”. Esta nuance parece ter se originado em meados 
do século 20, em formações como pós-nacional (1945) e pós-
racial (1971).
A pós-verdade parece ter sido usada pela primeira vez 
neste sentido em um ensaio de 1992 do falso dramaturgo 
sérvio-americano Steve Tesich, na revista The Nation. 
Refletindo sobre o escândalo Irã-Contra e a Guerra do Golfo 
Pérsico, Tesich lamentou que "nós, como pessoas livres, 
decidimos livremente que queremos viver em mundo da pós-
verdade". Há evidências de que a expressãp "pós-verdade" seja 
usada antes do artigo de Tesich, mas, aparentemente, com o 
significado literal "depois que a verdade era conhecida", e não 
com a nova implicação de que a própria verdade tornou-se 
irrelevante.
Traduzido de https://en.oxforddictionaries.com/word-of-the-year/
word-of-the-year-2016
Lista
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Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 4
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Fake News e a Pós-Verdade
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Caso 1: a pizzaria Comet Ping Pong – "Pizzagate"
Caso 2: Obama e o Estado Islâmico
Caso 3: o acordo entre o governo colombiano e as Farc
Caso 4: *o Impeachment de Dilma Rousseff e as eleições de 
2018
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Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 5
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Gêneros literários
No Brasil, 80% acreditam no que leem nas redes sociais, 
diz pesquisa 
Por Fabio Murakawa e Cristiane Agostine | Valor 
 – 15/02/2017 
BRASÍLIA - Pesquisa CNT/MDA publicada nesta quarta-feira 
(15) mostrou que 80% dos brasileiros acreditam nas 
informações que veem ou leem nas redes sociais. Destes, 
78,5% acreditam apenas algumas vezes e 1,5% acreditam 
totalmente, em comparação a 17,9% que dizem não acreditar. 
Outros 2,1% não sabem ou não responderam. 
O questionário deu quatro opções como meio de informação 
em que o entrevistado tem mais confiança sobre as 
informações que recebe, lê ou vê: Google (que foi escolhido 
por 56,5%), WhatsApp (17,2%), Facebook (12,4%) e Twitter 
(1,6%). Não souberam ou não responderam 12,1%.
Quando questionados sobre se acreditam nas informações 
que leem ou veem na internet, 80,2% disseram acreditar 
apenas algumas vezes e 3,1%, totalmente, ante 16,3% que 
disseram não acreditar. 
Essas respostas foram dadas por um universo de 70,8% do 
total de entrevistados que disseram utilizar internet, ante 
29,2% que disseram não usar. Dos que acessam a rede, 78,8% 
o fazem diariamente, 17,2% alguns dias por semana, 2% 
alguns dias ao mês e, 1,9%, raramente.
Ao todo, 64,9% dos entrevistados acessam a internet em 
busca de redes sociais, enquanto 51,2% procuram por 
notícias. Uma fatia de 18,3% utiliza a rede para lazer, 15,6% 
para fins profissionais, e 7,6% para fins educacionais; 7,1% 
usam internet para acessar e-mail, e 4,1% para pagar contas 
em bancos virtuais. 
Dentre as redes sociais mais usadas, estão o Whatsapp 
(87,1%), o Facebook (78,3%), o Youtube (33,7%), o Twitter 
(11,6%) e o Instagram (2,6%). Ao todo, 4% não utilizam redes 
sociais. 
A pós-verdade e as redes sociais
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Pare de confiar no seu feed do Facebook
Os filtros-bolha continuam a prejudicar o debate 
Os filtros-bolha continuam a prejudicar o debate 
As personas nas redes sociais estão se isolando cada vez mais 
em bolhas particulares, indispostas a buscar dados que 
contradigam suas opiniões formadas e adestrando os 
algoritmos para que continuem alimentando o que elas já 
entendem como a verdade absoluta.
Em um artigo publicado na Wired, o diretor de marketing da 
empresa de software WorkZone, Mostafa El-Bermamawy, 
relata como poucas informações e artigos favoráveis a Donald 
Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, chegavam ao 
seu feed – embora a presença online do republicano fosse 
bem superior à da adversária, Hillary Clinton.
"Percebi que o segundo artigo mais popular publicado nas 
redes sociais nos últimos seis meses com as palavras 'Donald 
Trump', intitulado 'Por que eu vou votar em Donald Trump', foi 
compartilhado 1,5 milhão de vezes. Ainda assim, a história 
nunca chegou ao meu newsfeed do Facebook", relata. 
"Perguntei aos meus colegas liberais de NOva Iorque, e todos 
eles disseram que nunca o leram", conta.
O resultado todos conhecem: ninguém cujo voto era favorável 
a Clinton esperava a derrota da democrata, visão validada 
inclusive por pesquisas eleitorais.
O Facebook é utilizado como fonte primária de notícias por 
61% dos chamados millenials quando o assunto é governo e 
política, aponta o centro de pesquisas Pew. No Brasil, cerca 
de 70% dos brasileiros usam a rede social como fonte 
principal de informação, segundo a Quartz. Mesmo assim, o 
Facebook não se define como um meio de comunicação e, 
geralmente, evita se responsabilizar pelo conteúdo 
disseminado. Isso mudou na última semana, quando o próprio 
Mark Zuckerberg anunciou medidas para combater as notícias 
falsas – especula-se que elas tiveram peso na decisão 
eleitoral.
Um levantamento do Buzzfeed Brasil aponta, por exemplo, 
que as notícias falsas referentes à operação Lava-Jato 
obtiveram mais engajamento na rede social do que as 
reportagens verídicas. Segundo o levantamento, 10 das 
notícias falsas mais compartilhadas somaram 3,9 milhões de 
interações, enquanto entre as verdadeiras o volume chegou a 
2,7 milhões. Ainda há o problema marginal das manchetes: 
poucos leitores sequer abrem os links para terem acesso às 
informações apuradas.
Os três problemas – filtros-bolha, notícias falsas de amplo 
impacto e o péssimo hábito de ler apenas as manchetes – 
concorrem para o fenômeno que o Dicionário Oxford elegeu 
como palavra do ano: Pós-Verdade. A verdade factual dá lugar 
Lista
22
Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 6
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
a argumentos de apelo emocional e crenças pessoais, tudo 
isso reforçado com dados parciais e notícias de aparente 
credibilidade. O fenômeno não é novo, mas ganhou uma 
dimensão extrema em 2016, após o referendo conhecido como 
Brexit e a eleição presidencial nos Estados Unidos.
'Idiota confiante'
O efeito Dunning-Kruger parece ter se espalhado em escala 
viral. O próprio David Dunning, cientista que nomeou o efeito 
mais conhecido como a síndrome do "idiota confiante", sugeriu 
que as redes sociais e os três problemas elencados acima 
estão apresentando reflexos reais e perigosos quando tudo se 
mistura com política. "Em muitos casos, a incompetência não 
deixa as pessoas desorientadas, perplexas ou cautelosas. Em 
vez disso, os incompetentes são abençoados com uma 
confiança inapropriada, impulsionada pelo que eles acham 
que é conhecimento", alega.
Esse não é um fenômeno exclusivo de pessoas que declaram 
voto por um candidato ou defendem uma determinada 
posição. Todos estão sujeitos a extrapolarem seu limite de 
conhecimento e opinar sobre o que não entende, provocando 
efeitos reais na vida das pessoas. "A maneira como 
concebemos ignorância – como a falta de conhecimento – nos 
leva a pensar que educação é um antídoto natural. Mas 
educação também pode produzir confiança ilusória", afirma.
Inundação
Quando se compara o efeito Dunning-Kruger com o potencial 
de disseminação oferecido pelo Facebook – relembrando: 
utilizado como fonte primária de notícias por sete em cada 10 
pessoas – o prognóstico não é animador. Se tudo o que 
aparece no feed das pessoas confirma o que elas pensam, 
aquilo passa a ser verdade, já que o contraditório é mantido à 
distância pelos algoritmos que mapeiam as preferências 
individuais.
"Como um liberal novaiorquino, meu feed estava repleto de 
hashtags como #ImWithHer ou #FeelTheBern somados a 
algumas manchetes do tipo 'Obama é o maior', que eu ficava 
feliz em ler", conta Mostafa. "Quando entramos na fase de 
debates, meu feed passou a exibir escândalos de Trump e os 
motivos pelos quais eu deveria apoiar Clinton. Eu acessava 
artigos apenas de veículos liberais, como o New York Times e 
o Washington Post. Eu sei que é importante ser cético com a 
mídia, mas mesmo um olhar crítico fica menos aguçado com a 
propaganda de apenas um lado", conta.
Nos Estados Unidos, veículos de comunicação tradicionais, 
em geral, assumem preferências políticas e apoio a 
candidatos em editoriais. É uma maneira de deixar o leitor 
ciente do que está lendo. Mas o Facebook não é um veículo de 
comunicação, não tem ingerência sobre o conteúdo nem se 
responsabiliza. "Na vida real, comunidades já são segregadas 
por cor, classes, e visões políticas e culturais. Facebook, 
Google e outras redes são nossas comunidades online, e elas 
são similarmente segregadas. Precisamos lembrar a nós 
mesmos que existem pessoas no outro lado da tela que 
querem ser ouvidos e podem pensar e sentir como nós, mas 
chegar a diferentes conclusões", conclui Mostafa.
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-
internet-e-os-filtros-bolha-nao-somos-tao-livres-assim/63661/
A crise do jornalismo da era da pós-
verdade 
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Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 7
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Gêneros literários
A Indústria Cultural
Dialé&ca do esclarecimento	 (1947)	 –	 Considerado	 como	 a	
pedra	 angular	 das	 ideias	 que	 5veram	 por	 berço	 a	 Escola	 de	
Frankfurt,	 esse	 livro	 é	 uma	 crí5ca	 filosóficae	 psicológica	 de	
amplo	 espectro	 das	 categorias	 ocidentais	 da	 razão	 e	 da	
natureza,	 de	 Homero	 a	 Nietzsche.	 "A	 expressão	 'indústria	
cultural'	foi	empregada	pela	primeira	vez	nesse	livro,	saudado	
como	 um	 clássico	 desde	 sua	 publicação	 em	 1947."(Google	
Books)
Theodor W Adorno e Max Horkheimer
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Lista
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Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 8
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Revisão Teórica
Relação tema-tese
Dentre as relações estabelecidas em um texto 
dissertativo-argumentativo, a Relação Tema-Tese é a 
mais importante delas.
Nesse critério, verificam-se os seguintes aspectos:
1 - a compatibilidade entre o tema mais abrangente da 
proposta e a tese construída pelo autor do texto;
2 - a compatibilidade entre os recortes temáticos da 
proposta e a tese construída pelo autor do texto.
Por extensão, define-se por Fuga Temática a 
incompatibilidade entre o tema mais amplo da 
proposta e da tese. Já por Tangenciamento, define-
se o tratamento parcial dos recortes obrigatórios 
determinados pela proposta.
Tese 6: A internet vem cada vez mais sendo utilizada 
como uma forma de autopromoção e para o 
estabelecimento de relacionamentos amorosos.
PROPOSTA 2:
O excesso de cirurgias plásticas em uma sociedade de 
padrões estéticos opressores impostos pela mídia 
(Famema 2017)
Tese 1: a banalização dos procedimentos operatórios 
plásticos é resultado de uma confluência de fatores que 
envolvem não apenas a mídia e os padrões estéticos por 
ela impostos, mas também a fragilidade da autoestima de 
jovens e mulheres e a permissividade dos órgãos públicos 
de saúde. 
Tese 2: o excesso de cirurgias plásticas tornou-se uma 
tendência pelo fato de as mulheres cada vez mais 
buscarem a perfeição estética.
Tese 3: a mídia é a grande responsável pela popularização 
dos procedimentos estéticos pois cada vez mais vincula 
em sua programação esse tipo de conteúdo.
Tese 4: os padrões estéticos cada vez mais difundidos 
pela mídia são responsáveis pelo adeoecimento psíquico 
de jovens e mulheres.
Observe alguns exemplos de propostas de redação 
(diretivas e teses) e algumas possíveis abordagens 
compatíveis ou não com o que foi proposto:
PROPOSTA 1:
Selfies: mecanismo de interação social ou narcisismo em 
excesso? (Famerp 2017):
Tese 1: as selfies podem ser consideradas mecanismos de 
interação social na medida em que refletem certa 
tendência contemporânea, em que as imagens ganham 
papel central nas formas de relacionamento. 
Tese 2: as selfies podem ser consideradas um elemento 
simbólico do comportamento narcísico na medida em que 
refletem certa tendência contemporânea de valorização 
do individualismo e dos padrões ideias de beleza.
Tese 3: ainda que as selfies possam ser consideradas 
símbolos do comportamento narcísico, sua principal 
função é promover a interação social na medida em que 
refletem certa tendência contemporânea, em que as 
imagens ganham papel central nas formas de 
relacionamento. 
Tese 4: as selfies são elementos simbólicos do 
comportamento narcísico e, ao mesmo tempo, um 
mecanismos de interação social, na medida em que 
refletem certa tendência contemporânea à valorização do 
individualismo e ao uso das imagens como principal 
recurso de comunicação nas formas de relacionamentos 
modernos.
Tese 5: as selfies vêm se tornando uma tendência na 
sociedade contemporânea pela difusão da internet e das 
redes sociais. 
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Lista
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Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 9
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
T
Redação nota
Proposta: o voto deveria ser facultativo no Brasil? (UNESP 2018)
Grilhões da ignorância
O atual cenário político do Brasil caracteriza-se por uma grave crise de representatividade, sendo que uma 
parcela expressiva da população contribui para a descrença nas instituições políticas e nos governantes. Nesse 
sentido, é possível perceber um crescente desinteresse por parte dos indivíduos no que diz respeito ao exercício 
da cidadania no interior da sociedade, o que é alarmante em um país que sustenta uma democracia relativamente 
recente. Entretanto, mesmo diante dessa conjuntura, manter a obrigatoriedade do voto para garantir a 
participação política de todos é ser negligente com as reais causas que fomentam o descaso dos cidadãos, 
impedindo que o problema seja combatido de modo eficaz e favorecendo a perpetuação da crise política nacional.
Embora muitos acreditem que o voto obrigatório é a garantia do exercício pleno da cidadania,essa não é a 
realidade no Brasil. Isso porque grande parte dos eleitores não vota de forma crítica e consciente, sendo muitas 
vezes, manipulada por falsas promessas de candidatos ou incentivada a escolher seus representantes através de 
recomendações de pessoas próximas. Dessa forma, muitos indivíduos vão às urnas e exercem seu direito ao voto 
de maneira irrefletida, apenas por obrigação, com receio de serem penalizados. Sendo assim, a obrigatoriedade do 
voto apenas mascara a realidade do quadro político brasileiro, em que os cidadãos pouco se interessam pelos 
assuntos que envolvem a coletividade devido à falta de educação e conscientização a respeito da importância do 
voto como ferramenta fundamental para operar mudanças na sociedade.
Como consequência da atitude de votar de forma irresponsável apenas para cumprir com a obrigatoriedade 
da lei, diversos políticos corruptos conseguem chegar às esferas do poder, agravando a crise em que se encontra 
o país. Tal situação se estabelece na medida em que a alienação política permite que o cidadão seja facilmente 
cooptado por discursos eleitorais sem, contudo, pesquisar sobre a vida dos candidatos que pretende eleger. O 
resultado disso pode ser evidenciado perante as investigações realizadas pela Operação Lava-Jato da Polícia 
Federal, na qual diversos governantes que já possuíam precedentes de má conduta no âmbito político foram 
acusados de cometer crimes de corrupção. Tendo em vista esse cenário, estabelece-se ainda mais descrença no 
sistema político nacional, contribuindo para que o eleitor, obrigado a votar, continue a exercer tal direito de modo 
inconsciente, alimentando um ciclo vicioso que afeta o país e a vida de seus cidadãos.
Diante da alienação política de boa parcela da população brasileira, atitude que acarreta consequências 
graves para o país, é possível perceber que a obrigatoriedade do voto pouco contribui para um efetivo 
fortalecimento da democracia nacional. Faz-se salutar, portanto, que o voto seja facultativo e, mais importante, 
que seja oferecida uma educação sólida a cada indivíduo, desde cedo, no sentido de incentivar a participação 
política através do voto de modo refletido, crítico e responsável. Além disso, é preciso dar continuidade às ações 
que visam a combater a corrupção das esferas do poder, permitindo que a descrença na política seja superada. 
Ainda, combater a obrigatoriedade do voto é uma boa estratégia para mobilizar o Estado e os próprios partidos 
eleitorais a promoverem campanhas de conscientização política para os eleitores a fim de que eles votem, 
possibilitando, dessa maneira, que os grilhões da ignorância sejam rompidos.
Produção textual
Redação • Extensivo Alfa • Lista 21 10
Lista
22
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Modelo: VUNESP
Limite de linhas: 30
Texto 1
“Dado que o uso do termo [pós-verdade] não 
mostrou nenhum sinal de desaceleração, eu não ficaria 
surpreso se ‘pós-verdade’ se tornasse uma das palavras 
definidoras dos nossos tempos” [Casper Grathwohl - 
Presidente da Oxford Dictionaries em entrevistado jornal 
americano 'Washington Post']
Segundo a Oxford Dictionairies, a palavra vem 
sendo empregada em análises sobre dois importantes 
acontecimentos políticos: a eleição de Donald Trump como 
presidente dos Estados Unidos e o referendo que decidiu 
pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia, apelidada 
de “Brexit”.
Ambas as campanhas fizeram uso indiscriminado 
de mentiras, como a de que a permanência na União 
Europeia custava à Grã Bretanha US$ 470 milhões por 
semana no caso do Brexit, ou de que Barack Obama é 
fundador do Estado Islâmico no caso da eleição de Trump.
[https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/16/O-que-%C3%A9-
%E2%80%98p%C3%B3s-verdade%E2%80%99-a-palavra-do-ano-segundo-a-
Universidade-de-Oxford]
Texto 2
A palavra "Post-truth" não chega a ser nova (há uma 
década, pelo menos, ela já vem sendo empregada). Mas os 
estudiosos de Oxford perceberam que nos últimos tempos 
seu uso passou a ser mais frequente: em artigos 
acadêmicos, por escritores, nos jornais e, finalmente, nas 
ruas. Como em 2015, quando os “emojis” dominaram o 
mundo.
Pela definição do dicionário, pós-verdade quer 
dizer “algo que denota circunstâncias nas quais fatos 
objetivos têm menos influência para definir a opinião 
pública do que o apelo à emoção ou crenças pessoais”. Em 
outros termos: a verdade perdeu o valor. Não nos guiamos 
mais pelos fatos. Mas pelo que escolhemos ou queremos 
acreditar que é a verdade.
[http://oglobo.globo.com/opiniao/o-mundo-pos-
verdade-20522515#ixzz4S1GrIR95] — Adaptado
Texto 3
Saímos do domínio dos fatos para uma 
ensurdecedora guerra de slogans, certezas e dogmas. Um 
fundamentalismo comunicacional que prescinde de 
argumentação.
Verossimilhança e evidência são a matéria prima 
da pós-verdade e do pós-fato. Sua enunciação repetida e 
viralizada por muitos, sua expressão em imagens e memes 
antecipam o que queremos ver acontecer. Sua simples 
difusão e circulação, a quantidade de cliques e 
visualizações são o que dão legitimidade ao conteúdo que 
é exposto. A visibilidade máxima, o compartilhamento, o 
engajamento em comentários e cliques são a forma de 
legitimação do pós-fato e da pós-verdade. Algo que não 
necessariamente aconteceu, mas que a simples 
enunciação e circulação massiva produz um efeito de 
verdade.
A pós-verdade é a informação que buscamos para 
satisfazer nossas crenças e desejos. Como nas editorias de 
jornalismo em que o repórter sai a campo para encontrar 
as melhores “aspas” que comprovam um enunciado prévio. 
Fábrica de fatos e produção de notícias, mas que hoje 
ganha nas redes um poderoso complemento: a memética, 
a evidência instantânea, que produz sensações, ódio, riso, 
ridículo, inferiorização do outro através de uma imagem ou 
de um truísmo.
[http://revistacult.uol.com.br/home/2016/10/a-memetica-e-a-era-da-
pos-verdade/]
Com base nos textos apresentados e em seus próprios 
conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a 
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Por que nos submetemos à pós-verdade?
Exercício complementar
Lista
22
Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 11
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Modelo: VUNESP (prova original - Santa Casa 2018) 
Limite de linhas: 30
Texto 1
Pós-verdade. Este não chega a ser um termo novo. 
Tem uma década, pelo menos. Mas nos últimos tempos seu 
uso passou a ser mais frequente em artigos acadêmicos, nos 
jornais e, finalmente, nas ruas. Então, em 2016, o Dicionário de 
Oxford escolheu este termo como a palavra do ano. Pela 
definição do dicionário, significa “algo que denota 
circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência 
para definir a opinião pública do que o apelo à emoção ou às 
crenças pessoais”. Em outros termos: a verdade perdeu o 
valor. Não nos guiamos mais pelos fatos. Mas pelo que 
escolhemos ou queremos acreditar que é a verdade.
A palavra se tornou recorrente depois da surpresa do 
Brexit e da eleição presidencial nos Estados Unidos. Mas pode 
perfeitamente ser aplicada ao nosso momento político. Para o 
jornalismo, é uma má notícia. O terreno da internet tem se 
revelado fértil para a propagação de mentiras – sempre 
interessadas. Levamos tanto tempo para estabelecer uma 
visão “científica” dos fatos, construir a isenção do jornalista, a 
independência editorial e, de repente, vemos que o debate 
político se dá entre “socos e pontapés”. A pós-verdade arrasta 
o jornalismo, a política, a justiça, a economia, a nossa vida 
pessoal...
(Luiz Cláudio Latgé. “O mundo pós-verdade”. http://oglobo.globo.com, 23.11.2016. 
Adaptado.)
Texto 2
Notícias falsas sempre circularam, sobretudo nos 
estratos menos expostos ao tradicional jornalismo e a outras 
formas de conhecimento verificável. A novidade é que as 
redes sociais da internet se mostram o veículo ideal para a 
difusão dessas notícias. Não apenas estapafúrdias, como seria 
de esperar, mas às vezesinventadas de modo a favorecer 
interesses e prejudicar adversários. A circulação instantânea, 
própria desse meio, propicia a formação de ondas de 
credulidade. Estimuladas pelos algoritmos das empresas que 
integram o oligopólio da internet, essas ondas conferem 
escala e ritmo inéditos à tradicional circulação de boatos. 
Dado que as pessoas, nas redes sociais, tendem a se agregar 
por afinidade de crenças, não é difícil que os rumores se 
disseminem sem ser confrontados por crítica ou contraponto.
O melhor antídoto contra as falsidades apresentadas 
como jornalismo é a prática do bom jornalismo, comprometido 
com a veracidade dos fatos que relata e com a pluralidade de 
pontos de vista no que concerne às questões controversas. 
Numa reportagem que serve como exemplo de jornalismo bem 
realizado, esse ano um repórter comprovou que existem no 
Brasil sites dedicados à exploração comercial de notícias 
falsas ou distorcidas. Embora haja remédios legais para 
reparar os excessos, a maioria dos casos passará 
despercebida no ruído incessante da internet.
O fenômeno se associa de modo preocupante à 
política. Exemplo máximo dessa maré é o presidente norte-
americano, Donald Trump, que move campanha obstinada 
contra os veículos dedicados ao jornalismo profissional. 
Bastaria isto para ressaltar a que tipo de interesses convém a 
confusão entre notícia e falsidade. No Brasil, guerras contra a 
imprensa são antigo costume de pessoas que não querem 
prestar contas de seus atos.
(“Mentiras em rede”. www.folha.uol.com.br, 26.02.2017. Adaptado.)
Texto 3
Na tese do jornalismo tradicional de todos os países, a 
“pós-verdade” disseminou-se por culpa da internet e das redes 
sociais. De acordo com a revista britânica The Economist, “a 
fragmentação das fontes noticiosas criou um mundo em que 
mentiras, rumores e fofocas se espalham com velocidade 
alarmante. Mentiras compartilhadas on-line, em redes cujos 
integrantes confiam mais uns nos outros do que em qualquer 
órgão tradicional de imprensa, rapidamente ganham aparência 
de verdade.”
É uma visão confortável que relativiza, quando não 
omite totalmente, a responsabilidade da própria imprensa na 
eclosão do fenômeno. “Os indivíduos e os veículos que mais 
alertam contra os perigos das ‘falsas notícias’ e da ‘política da 
pós-verdade’ são os maiores disseminadores delas”, resume o 
jornalista inglês Neil Clark. O máximo que esses veículos 
admitem é que alguns mecanismos do jornalismo que 
praticam não funcionam. “A busca da ‘imparcialidade’ na 
veiculação de notícias com frequência cria um falso equilíbrio, 
à custa da verdade”, afirma The Economist. Expostos a um 
jornalismo que cultiva o pensamento único, os brasileiros, por 
exemplo, não encontram uma segunda opinião para acreditar, 
visto que a prática basilar do jornalismo, de sempre ouvir o 
“outro lado” nos assuntos apurados, faz tempo que entrou em 
desuso por aqui. Não é pelo excesso de versões, portanto, 
senão pelo seu exato oposto, que a opinião pública nacional 
desacredita dos fatos e se nutre de factoides imaginários, 
cevados na ignorância e no preconceito.
A “pós-verdade” talvez expresse, no plano do 
jornalismo, a mesma perda de credibilidade que afeta a 
política. Uma imprensa que se acredita “a serviço do Brasil” 
padece hoje da desconfiança do público, que sabe que essa 
imprensa lê o mundo pela ótica estrita de seus interesses e 
que são eles que definem as notícias, não a importância dos 
fatos. O cidadão comum posiciona-se sobre um terreno 
movediço de informações, cada vez mais instável, e precisa 
angustiadamente da segurança das certezas. À era da “pós-
verdade”, portanto, corresponde um “pós-jornalismo”, que não 
mais duvida, pergunta, reflete e busca interpretar a 
complexidade do mundo, mas que afirma categoricamente, 
sentencia, reitera, constrói a realidade conforme os lobbies 
que faz ou defende. Na balbúrdia da vida digital, no caos 
informativo das redes sociais, ele é apenas uma fonte a mais 
de “convicções”, não uma bússola para a informação confiável. 
Mas, prepotente, prefere atacar a internet e demais 
distribuidores de conteúdos do que fazer a autocrítica dos 
próprios defeitos.
(Gabriel Priolli. “A era da pós-verdade”. www.cartacapital.com.br, 13.01.2017. 
Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios 
conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a 
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Os desafios do jornalismo na era da pós-verdade
Exercício complementar
Lista
22
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Redação • Extensivo Alfa • Lista 21 12
Modelo: PUC 
Limite de linhas: 30
Texto 1
Pós-verdade 
Em 2016, o dicionário de Oxford elegeu a palavra "pós-verdade" 
como o termo do ano. A palavra se refere a uma época em que 
os fatos objetivos têm menos influência e importam menos 
que os apelos às emoções e às crenças pessoais - se me 
parece bom ou se está de acordo com minhas crenças, então é 
verdadeiro. Com a internet, a criação de memes, boatos, 
montagens e fakes news disputam espaços de narrativas e 
influenciam todos os espectros do campo ideológico. Como 
consequência, o processo de desinformação aumenta, assim 
como a confusão entre fato e ficção - quando as mentiras se 
tornam verdades.
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/ciencia---
teoria-da-terra-plana-esta-cada-vez-mais-popular.htm
Texto 2
A Terra plana 
O movimento terraplanista ganhou força a partir de 2014, 
tornando-se um fenômeno da internet. O assunto começou a 
ser discutido em vídeos do Youtube e em grupos de Facebook 
dos Estados Unidos. Um dos maiores propagadores do 
movimento é o norte-americano Eric Dubay, autor do livro 200 
Provas de que a Terra não é uma Bola Giratória. "O horizonte 
sempre se afigura perfeitamente plano 360 graus ao redor do 
observador independentemente de altitude. Todas as 
filmagens amadoras de balão, foguete, avião e drones 
mostram um horizonte completamente plano acima de 20 
milhas de altitude. Apenas a NASA e outras agências espaciais 
governamentais mostram curvatura em suas fotos e vídeos 
falsos", escreve Dubay em sua prova número 1. Embora 
controversos, os questionamentos sobre consensos 
científicos começaram a se espalhar rapidamente para outros 
países. As explicações demonstram ter um forte potencial de 
persuasão, com um alcance sem precedentes. Ou seja, fazem 
sentido para muita gente. Existem grupos terraplanistas em 
redes sociais que já somam mais de 100 mil membros.
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/ciencia---
teoria-da-terra-plana-esta-cada-vez-mais-popular.htm
Texto 3
Contra as vacinas 
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial 
da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global 
neste 2019. Segundo números preliminares do órgão, os surtos 
de sarampo, doença altamente contagiosa, aumentaram 300% 
no mundo nos primeiros três meses deste ano em comparação 
ao mesmo período de 2018. O crescimento foi maior na África 
(700%) e na Europa (300%). Relatório do Unicef, órgão da ONU 
para a infância, cravou que 98% dos países reportaram 
aumento nos casos de sarampo, doença que ressurgiu em 
locais que até pouco tempo atrás estavam perto de erradicá-
la. Os três piores do ranking (que compara 2017 com 2018), 
respectivamente, foram Ucrânia, Filipinas e Brasil.
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2019/04/epidemia-de-
ignorancia-movimento-contra-vacinas-gera-preocupacao-mundial.html?
fbclid=IwAR0g6jkICbXFjm98e3tmcDSfX_ysFoRx7c7wH430jDouw7Z6zEKTx5uvTtY
Texto 4
Validade e falseabilidade 
O filósofo da ciência Karl Popper (1902-1994) defendeu que, se 
a ciência se baseia na observação e teorização, só se podem 
tirar conclusões sobre o que foi observado, nunca sobre o que 
não foi. Assim, se um cientista observa milhares de cisnes, em 
muitos lugares diferentes e verifica que todos os cisnes 
observados são brancos, isto não lhe permite afirmar 
cientificamente que todos os cisnes são brancos,pois, não 
importa quantos cisnes brancos tenham sido observados, 
basta o surgimento de um único cisne negro para derrubar a 
afirmação de que eles não existiriam. Assim, qualquer 
afirmação científica baseada em observação jamais poderá 
ser considerada uma verdade absoluta ou definitiva. Uma 
teoria científica, no máximo, pode ser considerada válida até 
quando provada falsa por outras observações, testes e 
teorias, mais abrangentes ou exatos que a original.
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-da-ciencia-karl-
popper-falseabilidade-e-limites-da-ciencia.htm
Os governos, os grandes veículos de comunicação e as 
instituições (políticas e sociais) estão passando por uma crise 
de credibilidade, em que as certezas dão lugar às dúvidas e aos 
questionamentos. Nem mesmo a ciência escapa desse 
processo e verdades estabelecidas pelo método científico 
também têm sido contestadas por grupos de pessoas, muitas 
vezes numerosos, no mundo inteiro. Por exemplo, é cada vez 
mais comum a desconfiança sobre temas como a forma da 
Terra, a eficiência das vacinas, a origem do vírus HIV, a 
evolução das espécies ou o aquecimento global. 
Recentemente, dois grupos têm se destacado nesses 
debates: os terraplanistas, que contestam a esfericidade do 
planeta, e os antivacinas, que consideram as vacinas, em 
maior ou menor grau, prejudiciais à saúde. Como você enxerga 
esses fatos? 
Com base nos textos apresentados e em seus próprios 
conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a 
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A ciência na era da pós-verdade.
Lista
22
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural
Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 13
RASCUNHO
Professora Thais Pio 
thais@base2.online
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11 97050 - 4444
http://.base2.online
Material de apoio: Base2 – Redação – Extensivo 2019
www.classroom.google. Código: 5wswdum
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Redação • Extensivo Alfa • Lista 22 14
A era da Pós-verdade 
e a Indústria Cultural

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