Buscar

EPIDEMIOLOGIA 1 Fatores determinantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EPIDEMIOLOGIA AULA 01
FATORES DETERMINANTES
Determinantes: Dependendo dos fatores, vai definir o grau de uma possível patologia, a chance desta ocorrer.
Alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer, acesso aos bens e serviçoes essenciais.
Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país.
Fator de risco: agentes, componentes, atributos, que podem levar a uma doença, ou contribuir para o risco de adoecemento e manutenção dos agravos de saúde. Podem ser modificados, seu efeito pode ser prevenido. Ex. Obesidade, hipertensão arterial e diabetes para doenças coronarianas.
Marcador de risco: atributos inevitáveis, fora da possibilidade de controle (atributos genéticos, idade, grupo étnico).
DISTRIBUIÇÃO DOS ATRIBUTOS
Refere-se à análise quanto ao tempo, pessoas, lugares e grupos de indivíduos afetados.
Saúde: completo estado de bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. É a habilidade do indivíduo de viver de uma forma que seja aceitável para ele e para o grupo em que vive. Habilidade em identificar e realizar aspirações, satisfazer necessidades e mudar ou cooperar com o meio ambiente. Saúde é um importante recurso para viver o dia-a-dia, não o objetivo da vida. É um conceito positivo que enfatiza recursos pessoais e sociais, assim como capacidades físicas.
População: grupos de indivíduos definidos por um conjunto de características sociais, culturais, econômicas, geográficas e históricas.
Doença: uma condição do corpo, ou de alguma de suas partes ou órgãos, cujas funções encontram-se pertubadas ou prejudicadas. Em epidemiologia clínica, a doença é definida através de sinais e sintomas.
Agente etiológico: no modelo sistêmico o conceito extrapola o de agente ou fator etiológico clássico, onde um agente pode ser não só um microorganismo, mas um poluente químico, um gene, estado de stress, e outros que possam levar a doença ou agravo à saúde.
Agravo à saúde: significa qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas, e lesões auto ou heteroinflingidas.
Medir saúde e doença é fundamental para a prática da epidemiologia, Diversas medidas são utilizadas para caracterizar a saúde das populações. O estado de saúde da população não é totalmente medido em muitas partes do mundo, e essa falta de informações constitui um grande desafio para os epidemiologistas. Existe dificuldade em medir saúde, para avaliar o nível de saúde de uma população buscam-se os dados negativos (não-saúde): morte, doença, agravos.
MEDINDO A FALTA DE SAÚDE
Um importante fator a considerar no cálculo das medidas de ocorrência de doenças é o total de pessoas expostas, ou seja, indivíduos que podem vir a ter a doença/agravo. Idealmente, esse número deveria incluir somente pessoas que são potencialmente suscetíveis de adquirir a doença/agravo em saúde. Por exemplo, homens não deveriam ser incluídos no cálculo da ocorrência de câncer uterino, ou desconsiderar locais em que não existe o mosquito Aedes para contar casos.
POPULAÇÃO DE RISCO
São as pessoas susceptíveis a determinadas doenças, são chamadas de população em risco e podem ser estudadas conforme fatores demográficos, geográficos e ambientais. Por exemplo, acidentes de trabalho só ocorrem em pessoas que estão trabalhando. Assim, a população em risco é constituída somente por trabalhadores.
BASES HISTÓRICAS
Hipócrates analisava as doenças em bases racionais, afastando-se do sobrenatural e relacionando com o meio ambiente (raciocínio ecológico atual). 
John Graunt fez tabelas mortuárias de Londres, separou a mortalidade por sexo e região.Pai da demografia ou das estatística vital. Fez cálculos para identificar se uma população era saudável ou não.
Pierre Louis fez um método estatísitco para instigação clínica das doenças, como da letalidade da pneumonia. Deve saber o número de mortes, e dividir pelo número de casos da doença (não de pessoas susceptíveis). Avaliar assim, a eficácia no tratamento (levou ao abandono de tratamentos arriscados, como o uso de sangrias que aumentava o óbito quando usado para tratar pneumonia, por exemplo).
Louis Villerné pesquisou a etiologia social das doenças através do estudo da saúde dos trabalhadores das indústrias de algodão, lã e seda.
Teoria do miasma: “doença” viria do ar, do ambiente.
William Farr trabalhava no escritório do registro geral da Inglaterra. Informações de mortalidade (grandes desigualdades regionais e sociais nos perfis de saúde). Institucionalizou a estatística médica.
John Snow “pai da epidemiologia” estudou a ocorrência da cólera em Londres, que seria transmitida pela companhia de abastecimento de água das residências da cidade.
Louis Pasteur “pai da bacteriologia”
Epidemiologia no século XX: influência da microbiologia (teoria do germe)
Brasil: Oswaldo Cruz combate a febre amarela, peste e varíola e Carlos Chagas que definiu uma nova entidade nosológica, a Doença de Chagas, pelo estudo de apenas um caso clínico.
Começou a preocupação com saneamento ambiental (uso de avenidas largas), vetores e reservatórios de agentes (ciclo dos parasitas, prevenção).
Ecologia e a multicausalidade das doenças (agente, hospedeiro e ambiente).
Epidemiologia moderna: Uso dos sistemas de informações. Faz parte a epidemiologia nutricional, ou seja, aspectos nutricionais que poderiam causar doenças. James Lind era um cirurgião escocês, que estudou a prevenção do escorbuto a partir de aspectos nutricionais (primeiro ensaio clínico da história da medicina), mesmo sem saberem o que são vitaminas. Takai estudou a prevenção do beribéri através de um estudo experimental.
Método empírico: sem comprovação científica.
Epidemiologia na segunda metade do século XX: Crescente importância das doenças crônico degenerativas como causa de morbidade e mortalidade.
Determinação das condições de saúde das populações (inquéritos de morbidade na população).
Investigações etiológicas: busca sistemática de fatores antecedentes ao aparecimento das doença, agentes ou fatores de risco.
Estudo de Framingham (estudo de coorte)
Hábito de fumar na etiologia do câncer de pulmão (estudo caso-controle).
Avaliação da utilidade e segurança das intervenções propostas para alterar a incidência ou evolução da doença através de estudos controlados.
Estudos experimentais: estreptomicina no tratamento da TB, fluoretação da água na prevenção da cárie e da vacina contra a poliomielite)
Com o tempo, ocorrem mudanças nos padrões de mortalidade. Atualmente no Brasil, as principais causas são: Doenças cardiovasculares, neoplasias, causas externas (segurança pública).
Epidemiologia moderna: 
Desenvolvimento delineamentos e técnicas de coleta e análise de dados (rigor metodológico para evitar variáveis confundidoras). Exemplo, estudo de Framinghan (5.200 casos acompanhados por décadas).
Ensaios clínicos analisam a eficácia de tratamentos, por exemplo. Como no caso da vacina contra a poliomielite no início dos anos 50. Vacinas, medicações etc só podem ser liberados após ensaios clínicos que avaliem os efeitos e segurança destes.
Uso da informática.
Situação atual: tendências
Epidemiologia clínica “medicina baseada em evidências”
Epidemiologia social: sociologia, desigualdades sociais e saúde.
Epidemiologia clínica: Epidemiologia preocupada com a evolução e o desfecho (história natual) das doenças nos indivíduos e nos grupos populacionais. A aplicação dos princípios e métodos epidemiológicos no manejo de problemas encontrados na prática médica com pacientes, levou ao desenvolvimento da epidemiologia clínica. Anamnese é epidemiologia.

Continue navegando