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EPIDEMIOLOGIA 05 E 06 Indicadores de Saúde, natalidade e mortalidade

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EPIDEMIOLOGIA AULAS 05 E 06
INDICADORES DE SAÚDE
São necessários para que possamos entender como vai o bem-estar do nosso povo. São medidas que contém informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões relacionadas às condições de vida da população e ao desempenho do sistema de saúde (casos, óbitos, nascidos vivos, etc). Isto é, informaçõe sobre a saúde da nossa população que possam ser avaliadas sistematicamente.
Base matemática das medidas utilizadas na construção de indicadores epidemiológicos. Principais usos na descrição das condições de saúde e de vida de uma população, avaliação de intervenções, investigações epidemiológica.
Grupos de indicadores de saúde (OMS)
Traduzem diretamente a situação de saúde (ou sua falta) em um grupo populacional.
Ex, mortalidade e morbidade.
Referem às condições ambientais que influem a área de saúde.
Ex, abastecimento de água, rede de esgotos.
Medem os recursos materiais e humanos relacionados às atividadades de saúde.
Ex, número de profissionais de saúde, de leitos hospitalares em relação á população.
A qualidade dos indicadores depende de alguns fatores:
Validade: Capacidade de representar sinteticamente o fenômeno considerado. Ex, anemia e medida de Hb, glicemia em jejum.
Confiabilidade: Obtênção de resultados semelhantes, quando a mensturação é repetida (reprodutibilidade ou fidedignidade). Ex, ECG para cardiopatia chagásica.
Representatividade: cobertura populacional.
Obediência a ética: sigilo, malefícios.
Simplicidade, facilidade de obtênção e custo compatível: banco de dados informatizados.
Principais modalidades de indicadores de saúde
Morbidade
Mortalidade
Nutricionais (avaliação dietética)
Demográficos (composição da população em termos de idade e sexo)
Condições socioeconômicas (taxa de analfabetismo)
Saúde ambiental (abastecimento de água e esgoto)
Serviços de saúde (proporção de médicos por habitantes)
Indicadores relativos às condições ambientais (serviços de saneamento básico)
Utilizados para inferir o estado de sáude da população, relação com doenças de veiculação hídrica e por contaminantes ambientais, exemplos: 
Proporção da população com acesso a rede de abastecimento de água, com acesso a rede de esgoto, com acesso a serviços de coleta de resíduos sólidos
Proporção da população exposta a contaminantes ambientais (mercúrio, chumbo)
Indicadores relativos a serviços de saúde
Recursos disponíveis: Disponibilidade, utilização. Nº de médicos por 1000 habitantes, de leitos, unidades de saúde por 10000 habitantes, % de ocupação de leitos.
Serviços de saúde prestados à população: % da população de crianças suscetíveis vacinadas (cobertura vacinla), nº de consultas de pré-natal por 1000 mulheres grávidas.
Indicadores
Proporção: fração na qual o numerador é um subconjunto do denominador, geralmente expressa em percentual (ex, mortalidade proporcional por idade)
Taxa: o número de casos é relacionado ao tamanho da população a qual eles procedem (estima o risco), ex, taxa de mortalidade geral.
Número de casos no intervalo de tempo/população sob risco no intervalo de tempo x constante
Razão: fração na qual o numerador não é um subconjunto do denominador (óbitos por tuberculose/óbitos por meningite)
Mortalidade
Taxa ou coeficiente de mortalidade geral
Número total de óbitos no período / população total, na metade do período x 1000
Taxa de mortalidade por causa específica (por sexo, idade, causa de doença/agravo)
Número de óbitos por sexo, idade ou causa no período / população do mesmo sexo, idade ou total, na metade do período x 100000
Taxa ou coeficiente de mortalidade geral: Estima o risco de morrer a que está sujeita uma pessoa de uma determinada área, num determinado ano. Seu valor é afetado pela composição etária da população. Populações velhas (países desenvolvidos) - maior CMG que aquele verificado em populações jovens. Padronização - para comparar áreas com diferentes estruturas populacionais.
Taxa de mortalidade padronizada: Método direto é a aplicação dos pesos sobre os coeficientes específicos por idade, da população estudada. Divide-se o total de óbitos esperados pelapopulação ádrão total, obtendo-se o CMG padronizado. 
O método indireto (RMP) é quando se conhece apenas o nº total de óbitos, sem detalhamento por faixa-etária. Tomam-se ocmo pesos as taxas de mortalidade específicas por faixas etárias da população padrão. É o total de óbitos observados/total de óbitos esperados x 100
Taxa de mortalidade por causas específicas: Estima o risco de morrer a que está sujeita uma pessoa de uma determinada área por uma determinada causa. Expressa força (morte) da causa em questão. Não abrangem todo o espectro de eventos que acometem a população (doença ou agravo de alta incidência com baixa letalidade). Podem substituir indicadores de morbidade quando estes não estão disponíveis. Podem ser úteis na comparação entre regiões/cidades/países.
Mortalidade proporcional (%): Estima a fração de contribuição de determinada causa ou categoria com relação ou total de óbitos. Útil na comparação entre as doenças de uma determinada região, mas não em relação a outras cidades ou países.
Mortalidade proporcional por causas: Número de óbitos por determinada causa no período / total de óbitos no período x 100
Por sexo: Número de óbitos por sexo no período/total de óbitos no período x 100
Por idade: Indicador de Swaroop e Uemura ou razão de mortalidade proporcional (RMP). Número de óbitos de indivíduos com 50 anos ou mais de idade / total de óbitos no período x 100 
1º nível (RMP >75%): países ou regiões onde 75% ou mais da população morre com 50 ano ou mais de idade, típico de países desenvolvidos.
2º nível (50 > RMP > 74%): países com certo desenvolvimento econômico e regular organização dos serviços e de saúde.
3º nível ( 25 > RMP > 49%): países em estágio atrasado de desenvolvimento das questões econômicas e de saúde.
4º nível (RMP <25%): países ou regiões onde 75% ou mais dos óbitos ocorrem em pessoas com menos de 50 anos, característico de alto grau de subdesenvolvimento.
Curvas de Nelson de Moraes (sanitarista brasileiro)
Por grupos etários (5): 
- Menores de 1 ano
- 1 a 4 anos
- 5 a 19 anos
- 20 a 49 anos
- 50 anos ou mais
TIPO 1: Nível de saúde muito baixo, predomínio de óbitos de jovens e adultos (60%), proporção de óbitos <1 ano grande (20%), formação de N.
TIPO 2: Nível de saúde baixo, predomínio de óbitos nas faixas infantil e pré-escolar (60%), forma de J invertido.
TIPO 3: Nível de saúde regular, aumento da proporção de óbitos +50 anos (40%), proporção de óbitos infantis menor (35%), forma de V.
TIPO 4: Nível de saúde elevado, predomínio quase absoluto de óbitos de indivíduos mais velhos (70%), forma de J.
Taxa de mortalidade infantil: Reflete as condições de desenvolvimento socioeconômico e infra-estrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para a atenção à saúde materna e da população infantil. Um dos indicadores de saúde mais sensíveis à sua situação de saúde e a condição social. População < 1 ano bastante vulnerável à condições de vida intra e extra uterina. Período de maturação fisiológica e imunológica. Demanda nutricional e susceptibilidade a diversos patógenos elevadas. 
Interpretação: > 50 é alta, 20-49 é média e <20 é baixa.
Número de óbitos de menores de 1 ano no período / número de nascidos vivos no período x 1000
Taxa de mortalidade neonatal: Número de óbitos de crianças entre 0 e 28 dias / número de nascidos vivos no período x 1000
Causas referentes a má assistência ao pré-natal e parto (demora de atendimento, falta de vagas em hospitais, ausência de pessoal capacitado para o atendimento do recém-nascido). Crianças com baixo peso (menos de 2.500g), nascidas de mães fumantes, alcoolistas ou drogadas, gravemente desnutridas ou que tiveram graves problemas de saúde durante a gestação. Ou crianças com má formação congênita (proveniente de problemas gestacionais, algumas vezes produzidos por doenças infecciosas das mães), má formação genética, quenasceram prematuramente, nascidas de portadoras de HIV positivo não tratadas.
Mortalidade neonatal precoce: Número de óbitos de zero a seis dias no período / número de nascidos vivos no período x 1000
Mortalidade neonatal tardia: Número de óbitos de crianças de 7 a 28 dias no período / número de nascidos vivos no período x 1000
Taxa de mortalidade pós-neonatal: Número de óbitos de crianças entre 28 dias e 1 ano / número de nascidos vivos no período x 1000
Crianças que sobreviveram aos primeiros 27 dias de vida e morreram posteriormente em consequência de doenças (patologias) anteriores, crianças que sofreram desmame precoce, não receberam vacinas adequadas, desnutridas (com maior facilidade de apresentar infecções), com problemas respiratórios, com doenças diarreicas (adquiridas por infecções transmitidas pela água, lixo ou falta de saneamento básico).
Variáveis de mortalidade infantil
Proporção de óbitos de crianças menos de 1 ano: Número de óbitos de menores de 1 ano no período / número total de óbitos no período x 1000
Obs, vantagem não necessita do valor da população total de nascidos vivos. Reflete condições sanitárias da região analisada.
Taxa de mortalidade perinatal: Número de óbitos entre 22 semanas de gestação e 7 dias de vida / número de natimortos e nascidos vivos no período x 1000
Obs, vantagem não necessita caracterizar natimorto e nascido vivo como é feito na taxa de mortalidade infantil neonatal. Trata-se de coeficiente muito utilizado por obstetras e neonatologistas. A desvantagem é a subnumeração de óbitos fetais tende a ser maior que a de óbitos de menores de um ano e é mais difícil de ser estimada.
Razão de mortalidade materna: Número de óbitos de mulheres por causas ligadas à gravidez, parto e puerpério no período / número de nascidos vivos no período x 100.000
Mortalidade materna ocorre por complicações da gravidez, do parto e do puerpério. Causas obstétricas diretas - Causas específicas da gravidez, parto ou puerpério (ex, pré eclâmpsia, toxemia gravídica e deslocamento da placenta). Predominam no aumento da mortalidade materna.
Causas obstétricas indiretas - Agravadas durante os períodos acima por outras doenças (ex, doenças cardiovasculares e diabetes). Predominam quando a mortalidade materna diminui.
Fecundidade: Fertilidade é a capacidade de gerar filhos. Toda mulher, teoricamente, tem essa capacidade, desde a menarca até a menopausa. Fecundidade é a realização do potencial de procriar, que pode ser alterado por esterilidade ou uso de métodos anticoncepcionais.
Taxa bruta (ou geral) de natalidade: Número de nascidos vivos no período / população na metade do período x 1.000
Taxa de fecundida específica por idade: Número de nascidos vivos, no período, de mulheres de um dado grupo etário / Número de mulheres do mesmo grupo etário, na metade do período x 1.000
Taxa total de fecundidade: Somatório das taxas específicas de fecundidade por faixas etárias, multiplicado pelo tamanho do intervalo, em anos, de cada faixa etária.
Expectativa de vida, esperança de vida ou vida média: Esse indicador representa o número esperado de anos a serem vividos, em média, pelos indivíduos integrantes de uma coorte. Resume a experiência de vida e morte e uma coorte. Calculada por instrumentos denominados tábuas de vida ou de sobrevivência (método de Kaplan Meier). Bom indicador de saúde, pois representa uma síntese do efeito da mortalidade em todas as idades e não sofre influência da estrutura da faixa etária da população.
APVP - Anos potenciais de vida perdidos: Traduz o número de anos perdidos por morte prematura. Cálculo requer conhecimento sobre a idade exata em que cada óbito ocorre. Dá-se peso somente aos eventos mórbidos que resultam em morte. Cálculo: estimativa média de anos perdidos por faixa etária x número de óbitos.
EXEMPLO: 
Idade limite estabelecida – 70 anos
Óbito de uma criança de 2 anos por sarampo = 68 APVP
Óbito de 2 adultos de 36 anos por AIDS = 68 APVP
Óbito de 4 adultos de 53 anos por infarto = 68 APVP
DALY - APVP ajustado para incapacitados: Agrega medidas de morbidade em ortalidade em um único valor. Calculado pela soma de anos perdidos de vida em função de mortes prematuras e dos anos de vida com alguma incapacidade, devida a problemas de saúde não fatais. Um ano com uma incapacidade “x” equivale a 0,5 anos de vida perdido (DALY). 
Burden of Disease - carga de doenças
O indicador DALY pretende expressar a carga total que a perda de saúde impõe aos países e às populações.
Estimativas populacionais: Método aritmético para o crescimento entre dois censos é tomado como constante, bastando calcular a média anual ou mensal de aumento da população.

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