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Recomendações do Crefito-3 sobre normas contra infecção por coronavírus FISIOTERAPEUTAS E TERAPEUTAS OCUPACIONAIS BIOSSEGURANÇA Sumário Caro fisioterapeuta e caro terapeuta ocupacional, O ano de 2020 foi impactado com a pandemia do Coronavírus. Mas, queremos que ele fique marcado pela bravura de nossos colegas que estão nas frentes de batalha por todo o Estado. Nem todos sabem, mas a minha especialidade e todos os meus anos de vida profissional, foram nas áreas Cardiorrespiratória e na Terapia Intensiva, e durante 30 anos compus o Serviço de Fisioterapia do InCor - HC. FMUSP, lidando exclusivamente com pacientes de alta complexidade. Daí veio minha preocupação, e, por conseguinte de todos os diretores, de mobilizar o maior número possível de profissionais do estado de São Paulo para reforçarmos o Departamento de Fiscalização do Crefito-3, sobretudo com a finalidade de garantir a todos os colegas que estão nas frentes de combate ao Coronavírus, toda a segurança necessária e que ele tem direito. São Paulo tem o maior dos Conselhos Regionais do Sistema Coffito/Crefitos, nem assim, sozinhos seríamos capazes de cobrir todo o estado. Por isso, convidamos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para formarem o time da Coordenação da Frente de Fiscalização Especial. E todos eles responderam de imediato, e sem hesitar, ao chamado do Crefito-3. O trabalho deles é de organizar conteúdos, buscar informações atualizadas, construir cartilhas e manuais de orientação, realizar mapeamento de hospitais, bem como recrutar e o treinar os agentes fiscais especiais para atuar na fiscalização in loco, e assim tornar a ação ainda mais poderosa. Seria pouco se o Crefito de São Paulo optasse por ficar na expectativa e na torcida para tudo dar certo com os profissionais que estão na linha de frente. Seria mostra de despreparo, se o Crefito-3 ousasse estruturar essa ação isoladamente. Portanto, optamos por reforçar o nosso time com centenas de fiscais que estarão lutando por mais segurança a todos os que estão nessa luta de combate ao Coronavírus, em especial, aqueles colegas que estão nos hospitais. Desta forma, aplaudimos a todos que se juntaram a nós, agradecemos a cada fisioterapeuta e a cada terapeuta ocupacional que não fugiu do seu juramento, e que ao salvar inúmeras vidas, deixou registrado o seu nome na história, e assim, reconhecidos como “os profissionais que fizeram toda a diferença no enfrentamento dessa pandemia”. Força a todos! Higienização das mãos ............................................................... 4 Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIS)......5 Gerenciamento de Equipamentos e Pacientes ..........................6 Controle da Dispersão de Aerossóis durante a ventilação mecânica invasiva (VMI)................................................................7 Controle da Dispersão de Aerossóis durante a ventilação mecânica não vasiva (VMNI) ........................................................8 Fontes .............................................................................................9 EXPEDIENTE CREFITO-3 - Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 3ª Região Serviço Público Federal Área de Jurisdição: Estado de São Paulo Rua Cincinato Braga, 277, Bela Vista - São Paulo SP CEP 01333-011 www.crefito3.org.br 0800 750 59 00 - ouvidoria@crefito3.org.br DIRETORIA: Presidente: Dr. José Renato de Oliveira Leite Vice Presidente: Dr. Adriano Conrado Rodrigues Diretor Secretário: Dr. Eduardo Filoni Diretor Tesoureiro: Dr. Elias Ferreira Porto Diretor de Fiscalização: Dr. Luiz Fernando de Oliveira Moderno CONSELHEIROS EFETIVOS: Dr. Adriano Conrado Rodrigues - 4413-TO • Dr. Demosthenes Santana Silva Junior - 84416-F • Dr. Eduardo Filoni - 31611 - F • Dr. Elias Ferreira Porto - 34739-F • Dr. Gerson Ferreira Aguiar - 116520-F • Dr. José Renato de Oliveira Leite - 8595-F • Dr. Luiz Fernando de Oliveira Moderno - 9080-F • Dra.Tatiani Marques - 6747-TO • Dra. Susilene Maria Tonelli Nardi - 2981-TO. CONSELHEIROS SUPLENTES: Dr. Albertino Torrani Filho - 93061-F • Dr. Alexandre Martinho - 84389-F • Dra. Cristina Maria da Paz Quaggio - 1588-TO • Dr. Jonatas da Silva Souza - 81345-F • Dr. Kleber Renato da Silva Pelarigo - 6492-TO • Dr. Leandro Lazzareschi - 26122-F • Dra. Renata Cristina Rocha - 3043-F. COORDENAÇÃO DA FRENTE: Dr. Augusto Cruz, Dr. Celso Carvalho, Dra. Cintia Johnston, Dra. Dimaima Vitória, Dra. Fernanda Camargo, Dr. Marcos Cesar, Dr. Roberto Navarro, Dra. Vanessa Ferracini. Dr. José Renato de Oliveira Leite Presidente do Crefito-3 CREFITO -3 / MARÇO DE 2020 CREFITO -3 / MARÇO DE 2020 1 2 4 5 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs): Sabe-se que a higienização das mãos é uma das principais medidas de prevenção e propagação de infecções relacionadas aos cuidados de biossegurança. Assim, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda-se que os profissionais fisioterapeutas e terapeuta ocupacionais realizem a lavagem das mãos nos cinco momentos: 1. Antes do contato com o paciente; 2. Antes da realização de procedimento asséptico; 3. Após exposição a fluidos corporais; 4. Após contato com o paciente; 5. Após contato com áreas próximas ao paciente. Cabe ressaltar que as mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde devem ser frequentemente higienizadas, utilizando-se: água corrente e agentes antissépticos (sabonete líquido e álcool gel 70%). Assim, a higienização das mãos possui as seguintes finalidades: remoção de sujidade, suor, oleosidade e da microbiota da pele; E como tal, tem o objetivo de interromper a transmissão de infecções veiculadas pelo contato, bem como promover a redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas. Considerando o elevado risco de contaminação dos profissionais da saúde em ambientes infectados pelo 2019-nCOV, recomenda-se a utilização de dispositivos ou equipamentos de proteção individual (EPIs), segundo a recomendação do Ministério da Saúde e de acordo com o Protocolo de Manejo Clínico para o Novo Corona Vírus (2019-nCOV). Entre os EPIs, destacam-se: óculos de proteção individual e/ou protetor facial individual; gorro; máscara de proteção respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3µ (dentre eles, tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3); luvas de procedimento e avental impermeável de mangas longas. Importante lembrar que, ao realizar procedimentos geradores de aerossóis, como por exemplo, intubação traqueal, aspiração de secreção das vias aéreas superiores (nasal, oral e/ou traqueal), instituição de ventilação não invasiva, manobras de reanimação cardiopulmonar, ventilação manual antes da intubação, indução de escarro (tosse), e/ou durante coletas de amostras de secreções de vias aéreas, deve-se utilizar todos os EPIs de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde (descritos acima). Nos casos do atendimento de paciente internado em ambiente hospitalar, que não está sob suspeita e/ou confirmação do 2019-nCOV, recomenda-se que os profissionais utilizem máscara cirúrgica e óculos de proteção individual. CREFITO -3 / MARÇO DE 2020 CREFITO -3 / MARÇO DE 2020 3 4 6 7 GERENCIAMENTO DE EQUIPES E PACIENTES: CONTROLE DA DISPERSÃO DE AEROSSÓIS DURANTE A VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA (VMI) Considerando o momento de real necessidade da frente de Fisioterapia Hospitalar ao combate do 2019-nCOV, recomenda-se que os profissionais Fisioterapeutas atuantes nos casos suspeitos e confirmados da doença, tenham conhecimento especializado e habilidades para tomada de decisão. Considerando o alto risco de transmissão do 2019-nCOV, recomenda-se que os profissionais considerados grupo de risco não devem entrar na área com pacientes contaminados e/ou suspeitos do 2019-nCOV. A organização da equipe nos atendimentos hospitalares devem considerar os profissionais que se enquadramnos grupos de risco; este profissionais devem ser organizados nos atendimentos de pacientes que não estão sob suspeita e/ou confirmação de contaminação do 2019-nCOV, são eles: • Portadores de doenças respiratórias significativas; • Imunossuprimidos; • Idosos com idade acima dos 60 anos; • Doenças cardíacas e/ou diabates; • Imunodeficiências como neutropenia maligna disseminada e/ou estão em tratamento que gera imunodeficiência e; • Gestantes IMPORTANTE: Sabe-se que mulheres grávidas apresentam potencial risco de complicações frente a qualquer doença respiratória; todavia ainda não existem informações suficientes sobre o impacto do 2019-nCOV em gestantes e/ou para o feto. Considerando o risco da dispersão de aerossóis nas Unidades de Terapia Intensiva e Unidades de Pronto Atendimento com paciente intubados e submetidos à ventilação mecânica invasiva, recomenda-se a utilização de trocadores de calor e umidade (HME); filtros trocadores de calor e umidade (HMEF) e; filtros barreira (HEPA), nas seguintes situações: Ventiladores Mecânicos com Filtro HEPA acoplado a válvula exalatória: Utilizar trocador de calor e umidade (HME) conectado a peça “Y” do circuito de ventilação mecânica. Ventiladores Mecânicos sem Filtro HEPA acoplado a válvula exalatória: Utilizar Filtro e trocador de calor e umidade (HMEF) com capacidade de barreira bacteriana e viral maior ou igual a 99,99%. Na ausência do HMEF, recomenda-se a utilização de trocador de calor e umidade (HME) conectado a peça “Y” do circuito de ventilação mecânica, acrescido de filtro barreira (HEPA) conectado entre a entrada da válvula exalatória e o ramo expiratório do circuito de ventilação. CREFITO -3 / MARÇO DE 2020 CREFITO -3 / MARÇO DE 2020 5 8 9 CONTROLE DA DISPERSÃO DE AEROSSÓIS DURANTE A VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA (VMNI) FONTES Ao instituir a Ventilação Mecânica Não Invasiva (VMNI), recomenda-se que os profissionais utilizem em seus pacientes, a interface do tipo “face total sem válvula exalatória” ou preferencialmente do tipo “Capacete”, associado ao dispositivo de ventilação mecânica com o ramo duplo e com a utilização de filtro, segundo o recomendado anteriormente no item IV. Preferencialmente, esses recursos devem ser aplicados em pacientes alocados em leitos de isolamento respiratório com pressão negativa, conforme recomendação da Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR). IMPORTANTE: As recomendações (nacionais e internacionais) sobre a utilização de VMNI na 2019-nCOV indicam que a sua aplicação possui baixo grau de recomendação, aumenta a dispersão de partículas de aerossóis e apresenta elevado risco de contaminação. Contudo, em algumas situações específicas definidas pela equipe multiprofissional, mediante a realização de um teste de resposta rápida, com duração máxima de 30 minutos, e seguindo rigorosamente as recomendações contidas inicialmente no texto acima (vide item V), a instituição da VMNI poderá ser implementada. DOS AGENTES FISCAIS ESPECIAIS DO CREFITO-3 FRENTE DE COORDENAÇÃO
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