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VIRGÍNIA DE CARLI 
ATM 2018/2 
MEDULA ESPINHAL 
 
É uma massa cilindroide, mede 45 cm no homem, e um pouco menos na mulher. Inicia ao 
nível do forame magno. Termina, nos caucasianos entre L1-L2, e nos negros entre L2-L3.É 
importante saber o final da medula, para que se possa introduzir uma agulha sem o risco de 
lesão medular. A medula termina afilando-se, para formar um cone – CONE MEDULAR - 
que continua com um delgado filamento meníngeo ate o FILAMENTO TERMINAL. O 
cone medular forma um ângulo agudo. Há a emissão de 31 pares de nervos raquidianos, e 
TODOS são MISTOS. 
FORMA E ESTRUTURA GERAL: é achatada no sentido antero-posterior. A medula é 
mais larga do que profunda. Não possui calibre uniforme → dilatações → 
INTUMESCÊNCIAS. Existe a Intumescência Cervical e a Intumescência Lombar. Essas 
intumescências correspondem às áreas em que a medula faz conexão com as grossas raízes 
nervosas do plexos braquial (MS) e lombossacral (MI). 
A superfície da medula apresenta sulcos longitudinais que a percorrem em toda sua extensão: 
 Sulco Mediano Posterior : fica no meio e posteriormente; é menos profundo. 
 Fissura Mediana Anterior: fica no meio e anteriormente; é mais profunda. 
 Sulco Lateral Anterior: fica na lateral, mas mais anteriormente. Fazem conexão as 
raízes ventrais dos nervos espinhais. 
 Sulco Lateral Posterior: fica na lateral, mas mais posteriormente. Fazem conexão as 
raízes dorsais dos nervos espinhais. 
 Sulco Intermédio Posterior: existente na medula cervical; situado entre o sulco 
mediano posterior e o sulco lateral posterior. Ele continua em um septo intermédio 
posterior no interior do funículo posterior. 
Na medula: substância cinzenta (acúmulo de corpos neuronais – melanina) → dentro; 
substância branca(acúmulo de mielina – gordura) → fora. A substância cinzenta possui a 
forma de um H → H Medular. Nela, distinguimos de cada lado 3 colunas que aparecem como 
cornos, e que são chamados: Corno ou Coluna Posterior → sensitivo; Corno ou Coluna 
Anterior → Motor; Corno ou Coluna Lateral → SNAutônomo. Esse último só aparece na 
medula torácica. O SNA da região torácica é tão forte que chega a ter um corno próprio. 
No centro da subst. cinzenta há o Canal Ependimário, que é um resquício do tubo neural do 
embrião. Nele circula o líquido cefalorraquidiano. 
A subst. branca é formada por fibras, a maioria delas, mielínicas, que sobem e descem na 
medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: 
 Funículo Anterior: situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. 
 Funículo Lateral: situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior. 
 Funículo Posterior: situado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. 
Esse último é ligado à subst. cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical 
da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em 
Fascículo Grácil e Fascículo Cuneiforme. 
CONEXÕES COM OS NERVOS ESPINHAIS: Nos sulcos lateral anterior e lateral 
posterior fazem conexão os pequenos filamentos nervosos (filamentos radiculares) que se 
unem para formar, as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais, respectivamente. As duas 
raízes se unem para formar os nervos espinhais, que são mistos. Em seguida, esses nervos se 
dividem, para que uma parte vá para a região ventral e outra para região dorsal. Porém as duas 
partes são mistas. 
TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR: No adulto, a medula não ocupa todo o canal 
vertebral. Ela termina em L1-L2 (caucasianos) e em L2-L3(negros). Abaixo desse nível, o 
canal vertebral contem apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos 
espinhais, que dispostas em torno do cone medular e filamento terminal, constituem em 
conjunto a CAUDA EQUINA. A ≠ de tamanho entre a medula e a coluna vertebral e a 
disposição das raízes dos nervos espinhais mais caudais resultam de ritmo de crescimento ≠ 
em sentido longitudinal. Até 4° mês vida intra-uterina → crescimento igual(medula ocupa 
todo o comprimento do canal vertebral). A partir dai, coluna começa a crescer mais rápido, 
principalmente em sua porção caudal. Como as raízes nervosas mantém as relações com os 
respectivos forames intervertebrais, ocorre o ALONGAMENTO das raízes e ↓ do ângulo que 
elas fazem com a medula. Esses fenômenos são mais acentuados na porção caudal da medula, 
levando à formação da cauda equina. 
Outra consequência da ≠ de ritmo de crescimento entre medula e coluna é o afastamento dos 
segmentos medulares das vertebras correspondentes. Por exemplo, no adulto, as vertebras T11 
e T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares de mesmo nome, mas sim com 
os segmentos lombares. 
 
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA: A dura- máter envolve toda a medula, como se fosse um 
dedo de luva, o Saco Dural. Cranialmente, a dura-máter espinhal continua com a dura-máter 
craniana, caudalemente termina em Fundo de Saco (nível de S2). Prolongamentos laterais da 
dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, continuando com o tecido 
conjuntivo(epineuro)que envolve esses nervos. A aracnoide está justaposta à dura-máter. A 
pia-máter está aderida ao tecido nervoso da superfície da medula, e penetra na fissura mediana 
anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, 
formando um filamento esbranquiçado chamado de Filamento Terminal.Esse filamento 
perfura o fundo-de-saco dural e continua, caudalmente, ate o hiato sacral. 
A pia máter (ARACNOIDE) forma de cada lado da medula uma prega longitudinal 
denominada LIGAMENTO DENTICULADO, que se dispõe em um plano fronta ao longo de 
toda a medula. Ele prende a medula ao canal vertebral. Na medula o liquor também está 
presente no espaço subaracnóideo. 
MEDULA SEGMENTAR: Parte anterior → nervos somáticos; Parte Posterior → Nervos 
Sensitivos. Parte Intermediária → Vegetativa. 
ARCO REFLEXO: Ocorre com estímulos muito fortes de manutenção da vida. Possui dois 
neurônios, um Aferente(sensitivo) e um Eferente(motor). Porém, pode haver no arco reflexo, 
um neurônio a mais → o Neurônio de Conexão ou Internuncial, que será discutido 
posteriormente. 
TIPOS DE SENSIBILIDADE: O embrião é tridérmico: 
 ┌ Epicrítica – discriminatória → predomina nas polpas digitais 
 │ (oque é?) 
ECTODERMA - EXTEROCEPTIVA - estímulos da pele, região externa do corpo. 
 │ ┌ Frio 
 │ ┌ Temperatura 
 │ ├ Dor └ Calor 
 │ ┌Termoalgesica 
 └ Protopática. 
 └ Contato – não tem certeza do que foi – não 
 discriminatório. 
São ativados por agentes como calor, frio, tato, pressão, luz e som 
 ┌ Consciente – vai p/ encéfalo. 
MESODERMA – PROPRIOCEPTIVA - tônus da musculatura,tendões,ligamento e capsulas 
 └ Inconsciente - vai p/ cerebelo. articulares. 
 
 
ENDODERMA - INTEROCEPTIVA – vísceras, musculatura lisa e vasos → dá origem a 
sensações pouco localizadas, como fome, sede, prazer sexual e dor visceral. 
 
ZONAS DAS SENSIBILIDADES – as sensibilidades exteroceptivas, proprioceptivas, e 
interoceptivas tem aferência/ comunicação com uma zona especifica da medula. 
 
Tipo de sensibilidadeZona da Medula p/ “Aferencia” 
EXTEROCEPETIVA CABEÇA DO CORNO POSTERIOR DA 
MEDULA 
PROPRIOCEPTIVA COLO DO CORNO POSTERIOR DA 
MEUDLA 
INTEROCEPTIVA BASE DO CORNO POSTERIOR DA 
MEDULA 
 
Assim, a eferência muda de zona. Se for visceromotra ou somatomotora. 
 
Tipo de Eferência Zona da Medula p/ Eferência 
VISCEROMOTORA BASE DO CORNO ANETRIOR DA 
MEDULA 
SOMATOMOTORA CABEÇA DO CORNO ATERIOR DA 
MEDULA 
 
 O primeiro neurônio de uma via é chamado de Protoneurônio. 
 O segundo neurônio de uma via é chamado de Deutoneurônio. 
 Tudo que é relacionado ao cérebro → lado oposto 
 Tudo que é relacionado ao cerebelo → mesmo lado → Ipselateral. 
 
MEDULA COMO LUGAR E TRÂNSITO: 
Vias meduloencefalicas - feixes ascendentes → via espinocortical: são mais longitudinais do 
que transversa 
Vias encefalomedulares - feixes descendentes → via corticoespinhal: são mais longitudinais 
do que transversas. 
 
FEIXES ASCENDENTES: existem as vias exteroceptivas, as proprioceptivas, e as 
interoceptivas. 
 
TIPO DE SENSIBILIDADE VIA DE CONDUÇÃO ASCENDENTE 
Exteroceptiva Epicrítica Lemnisco-Medial. 
Exteroceptiva Protopática Termoalgesica Feixe Espinotalâmico Lateral 
Exteroceptiva Protopática de Contato Feixe Espinotalâmico Anterior 
Proprioceptiva Consciente Lemnisco-Medial (= epicrítica) 
Proprioceptiva Inconsciente Espino-cerebelar Anterior (cruzado) 
Espino-cerebelar Posterior (direto) 
Interoceptivas Não são topograficamente Individualizadas 
 
FEIXES DESCENDENTES: Existem as vias piramidais e as extra-piramidais (relacionada 
com o bulbo). 
 Todas as vias serão estudadas mais profundamente na aula de vias de condução.

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