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Ética e Reprodução Humana

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ÉTICA NA SAÚDE
Aula 5- ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA 
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 1 – A influência do
avanço das tecnologias com os
problemas éticos sobre
reprodução humana.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 2 – Os principais 
conceitos sobre objetivos da 
reprodução e geração da vida.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 3 – Alguns procedimentos 
e a legislação sobre reprodução 
assistida. 
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
▪ Assunto 4 – O aborto
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 1 – A influência do avanço das tecnologias com os 
problemas éticos sobre reprodução humana.
Sempre que a tecnologia avança, seja em que campo for,
ela trás consigo outros fatores paralelos à evolução do
conhecimento. O mais pragmático destes fatores está no
próprio uso destas novas tecnologias. Assim como o laser
pode ser usado para curar, pode também ser utilizado para
fins bélicos. Não podemos confundir a tecnologia em si,
com o uso que se fará dela.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
O fato é que novas tecnologias implicam em novas
ferramentas que podem alterar hábitos, eliminar ou
transformar comportamentos, inaugurar novas
possibilidades e uma série infindável de ações que
se transformam em função delas.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Os frequentes avanços tecnológicos na área da saúde
se, por um lado, têm propiciado imensos benefícios
para a sociedade, por outro lado, têm também feito
surgir novos problemas e questões éticas a serem
discutidas e consideradas. Novas questões que
surgem a partir de novas possibilidades de
intervenção do homem sobre os fatos.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Assim tem sido em relação às alternativas de
manipulação genética, no desenvolvimento de técnicas
de transplantes e também nos aspectos relacionados à
fertilização e reprodução humana.
Manipulação genética = está diretamente relacionada
com o processo de manipulação dos genes num
organismo. Geralmente envolvem o isolamento, a
manipulação e a introdução de DNA num denominado
“corpo de prova”.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Estes procedimentos levantam não apenas questões
éticas individuais, relativas aos direitos da pessoa e ao modo
como pretendem se beneficiar destas tecnologias, mas
também nos incitam às questões relativas à saúde coletiva, na
medida em que, em geral, estas tecnologias vêm associadas a
novos instrumentos de diagnóstico e tratamento e, por isso,
implicam em princípios de justiça e alocação de recursos na
área de saúde que, normalmente são escassos e caros.
*
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 2 – Os principais conceitos sobre objetivos 
da reprodução e geração da vida.
As questões éticas envolvidas nos procedimentos 
ligados à reprodução humana abarcam uma série de 
aspectos, mas seu conceito básico é: o objetivo da 
reprodução é a geração da vida. 
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
O que pode ser considerado “vida humana”?
Em que momento a vida biológica deve ser reconhecida
como pessoa?
Vida humana para a Igreja católica:
1987 - A Igreja Católica possui um extenso documento
intitulado “Instrução sobre o respeito à vida humana em
suas origens e a dignidade da procriação em resposta a
determinadas questões da atualidade” .
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Neste documento (Donum Vitae) datado de 1987, fica
formalmente estabelecido que, pela perspectiva da
Igreja, o início da vida humana se dá no momento em
que ocorre a fecundação.
2008 - Mais recentemente, em 2008, publica outro
documento sobre aspectos de Bioética ligados à
dignidade humana onde reforça este entendimento.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
A partir de 2008 considera como lícitas as
tecnologias de fertilização que auxiliam os casais a
procriarem desde que estas respeitem a preservação
do ato procriativo em si e considera moralmente
ilícitas as tecnologias que dissociam a procriação do
ato sexual como a criogenia ou a fecundação “in
vitro”.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Além da perspectiva eclesiástica há ainda outros
critérios de abordagens mais direcionadas aos
aspectos do desenvolvimento embrionário. Alguns
destes critérios vinculam o início da vida humana:
•Ao início dos batimentos cardíacos (3 a 4 semanas).
•Ao surgimento da atividade do tronco cerebral (8
semanas).
•Ao início da atividade neocortical (12 semanas).
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
•Ao surgimento dos movimentos respiratórios (20
semanas).
•Ao aparecimento do ritmo sono-vigília (28
semanas).
•Há ainda quem defenda que o ser humano se
caracteriza apenas a partir do surgimento da
consciência e do “comportamento moral” (18 a 24
meses pós-parto).
*
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 3 – Alguns procedimentos e a legislação 
sobre reprodução assistida 
Independente da questão da gênese do ser humano,
talvez o mais importante tema ético da atualidade no
que se refere à reprodução, seja mesmo o debate sobre
os procedimentos de reprodução assistida. J. Goldim
relata que desde o século XVIII já existem relatos
médicos sobre a tentativa de realização deste tipo de
intervenção.
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ÉTICA NA SAÚDE
No entanto, apenas em 1978, com o nascimento de
Louise Brown (que ficou notoriamente conhecida
como o primeiro “bebê de proveta”) na Inglaterra,
as técnicas de fertilização “in vitro” chegaram ao
conhecimento do grande público e também
ganharam mais interesse nas pesquisas médicas
especializadas.
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ÉTICA NA SAÚDE
O nascimento desta criança foi de tal importância para
o desenvolvimento cientifico e tecnológico na área da
saúde que foi instituído na Inglaterra, em 1981, um
comitê de investigação sobre fertilização humana e
embriologia, vinculado ao Ministério da Saúde britânico
com o objetivo de desenvolver um relatório sobre as
implicações éticas, sociais e legais provenientes da
utilização desta nova biotecnologia.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
O resultado deste comitê foi a publicação, três anos após
sua instalação, do chamado Relatório Warnock (em
referência a Mary Warnock, presidente do comitê). Grande
parte dos aspectos da Bioética e do Biodireito atuais é
pautada no texto deste relatório.
A partir da década de 90 as sociedades médicas mundiais
passaram a inserir diretrizes éticas relativas às tecnologias
de reprodução em suas normatizações.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
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No Brasil, em 1992, o Conselho Federal de Medicina,
seguindo as mais avançadas legislações mundiais e
igualmente fundamentado no Relatório Warnock,
instituiu com a Resolução CFM 1358/92, as Normas
Éticas para Utilização das Técnicas de Reprodução
Assistida.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Atualmente, está em vigor a Resolução CFM
1957/2010 que revoga a anterior (após 18 anos)
alterando alguns poucos aspectos, dentre os principais a
substituição do termo “pré-embriões” por “embriões” e
a introdução de um item que afirma que: “Não constitui
ilícito ético a reprodução assistida post mortem desde
que haja autorização prévia específica do (a) falecido
(a) para o uso do material biológico criopreservado, de
acordo com a legislação vigente”.
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ÉTICA NA SAÚDE
Uma série de ramificações temáticas de cunho ético
está associada, de modo mais ou menos direto à
questão da reprodução assistida. Existem aspectos
éticos vinculados ao:
Consentimento informado.
Seleção de sexo da criança.
A doação de espermatozoides,óvulos, embriões.
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A seleção dos embriões com bases na evidência da
possibilidade de doenças congênitas.
A maternidade substitutiva.
A clonagem.
A criopreservação de embriões.
E muitos outros.
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ÉTICA NA SAÚDE
Ainda que em função de todos os avanços do
Biodireito, tenhamos hoje uma legislação bastante
rica em relação ao tema, as consequências éticas,
legais e mesmo tecnológicas da fertilização "in
vitro" ainda precisam ser bem melhor definidas em
muitos aspectos.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
A questão da doação de gametas, por exemplo:
A Resolução CFM 1957/10 institui que a doação
deve preservar o anonimato entre receptores e
doadores. O argumento principal é de que isso
evitaria problemas futuros relativos às situações
emocionais e legais com repercussões no
desenvolvimento psicológico da criança..
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ÉTICA NA SAÚDE
Esta perspectiva, no entanto, também não é
consensual. Enquanto alguns especialistas
acreditam que ela permite aos pais criar seus filhos
exclusivamente em função de suas influências
socioculturais, outros discordam e afirmam que o
desconhecimento da origem genética interfere na
completa percepção de sua identidade pessoal.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Em alguns países o anonimato não é obrigatório e
ainda assim, não há uma posição técnica definida em
relação aos benefícios ou não deste sigilo para o
desenvolvimento psicossocial da criança e/ou para o
acompanhamento clínico de futuros problemas
congênitos que venha a apresentar.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Outra questão associada à reprodução assistida
envolve a possibilidade de gestação em casais
homossexuais femininos. A legislação autoriza que
mulheres utilizem sêmen doado para gestação
independente da existência de vínculo familiar
formal.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Há, no entanto, intenso debate ético neste aspecto,
que envolve o conceito de família, a admissão do
casamento entre homossexuais e a equivalência de
procedimentos para adoção e fertilização. No Brasil,
assim como em muitos outros países, a adoção de
crianças por homossexuais tem sido admitida
legalmente, o que indica também a tendência à
aceitação da fertilização assistida para casais
homossexuais femininos.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
Desta forma, por uma perspectiva ética, seria lícito
estabelecer uma equivalência entre o que poderia
ser chamado, segundo Goldim, de “fertilização
legalmente assistida” (adoção) e a fertilização
assistida pela concepção médica de intervenção
clínica no processo.
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ÉTICA NA SAÚDE
As questões éticas envolvidas seriam então,
fundamentalmente as mesmas:
•Até onde deve ir a intervenção do Estado em adoções ou
doações de gametas (espermatozoides e óvulos) feitas de
modo informal (algumas com forte apelo comercial)?
•É moralmente ética a seleção de características físicas das
crianças por parte dos futuros pais adotivos ou fertilizados?
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ÉTICA NA SAÚDE
LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
A Resolução RDC nº 29 de 12 de maio de 2008, da ANVISA:
“Aprova o regulamento técnico para o cadastro nacional
dos Bancos de Células e Tecidos Germinativos (BCTG) e o
envio da produção de embriões humanos produzidos por
fertilização in vitro e não utilizados no respectivo
procedimento.
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ÉTICA NA SAÚDE
LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Congresso Nacional PL 1184/2003 (trechos)
Art. 1º Esta Lei regulamenta o uso das técnicas de
Reprodução Assistida (RA) para a implantação artificial de
gametas ou embriões humanos, fertilizados in vitro, no
organismo de mulheres receptoras.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, atribui-se a
denominação de:
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
I – embriões humanos: ao resultado da união in vitro de
gametas, previamente à sua implantação no organismo
receptor, qualquer que seja o estágio de seu
desenvolvimento;
II – beneficiários: às mulheres ou aos casais que tenham
solicitado o emprego da Reprodução Assistida;
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
III – consentimento livre e esclarecido: ao ato pelo
qual os beneficiários são esclarecidos sobre a
Reprodução Assistida e manifestam, em documento,
consentimento para a sua realização, conforme
disposto no Capítulo II desta Lei.
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Art. 2º A utilização das técnicas de Reprodução Assistida será
permitida, na forma autorizada nesta Lei e em seus
regulamentos, nos casos em que se verifique infertilidade e
para a prevenção de doenças genéticas ligadas ao sexo, e
desde que:
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ÉTICA NA SAÚDE
LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
I – exista indicação médica para o emprego da Reprodução
Assistida, consideradas as demais possibilidades terapêuticas
disponíveis, segundo o disposto em regulamento;
II – a receptora da técnica seja uma mulher civilmente capaz,
nos termos da lei, que tenha solicitado o tratamento de
maneira livre, consciente e informada, em documento de
consentimento livre e esclarecido;
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LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
III – a receptora da técnica seja apta, física e
psicologicamente, após avaliação que leve em conta sua
idade e outros critérios estabelecidos em regulamento;
IV – o doador seja considerado apto física e mentalmente,
por meio de exames clínicos e complementares que se façam
necessários.
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ÉTICA NA SAÚDE
LEGISLAÇÃO SOBRE REPRODUÇÃO ASSISTIDA
Parágrafo único. Caso não se diagnostique causa definida
para a situação de infertilidade, observar-se-á, antes da
utilização da Reprodução Assistida, prazo mínimo de espera,
que será estabelecido em regulamento e levará em conta a
idade da mulher receptora.
Art. 3º É proibida a gestação de substituição (barriga de
aluguel).
*
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ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 4 – O aborto
No sentido inverso da reprodução como criação da
vida, o aborto se associa a ela pelo enfoque
conceitual ou ideológico do princípio da vida
humana e de quando a interrupção gestacional é
simplesmente um procedimento clínico e quando
passa a ser um crime contra a vida.
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ÉTICA NA SAÚDE
• Existem condições previstas na legislação brasileira
para a autorização de abortos legais (estupro e
risco de vida materno) e propostas que flexibilizam
estas condições estendendo-as à existência de
anomalias fetais que implicam na possibilidade de
doenças congênitas graves e irreversíveis
(anencefalia, por exemplo).
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ÉTICA NA SAÚDE
•Naturalmente que todas estas motivações ou
condições, independente de aspectos legais, são
profundamente conflitantes em termos éticos, pois
implicam no direito a impedir o desenvolvimento da
vida em função de critérios nem sempre absolutos.
•O código penal brasileiro, que em seu artigo 128
desqualifica o aborto como crime em caso de gestação
proveniente de estupro não especifica até que
momento da gestação esta pode ser interrompida.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
* O Código Penal Brasileiro também não estabelece
os procedimentos legais necessários para a
qualificação comprovada do estupro. Assim, a
existência de um boletim de ocorrência policial
contra um suposto sujeito desconhecido pode
facilmente promover uma autorização legal para o
aborto.
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ÉTICA NA SAÚDE
Os debates éticos a respeito do aborto estão longe
de ser encerrados e tanto naesfera jurídica quanto
filosófica dificilmente encontraremos consenso em
um aspecto que depende tão diretamente de
valores morais, religiosos e culturais.
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ÉTICA NA SAÚDE
O fato é que, existe uma premência neste tema que
não pode aguardar as conclusões ideológicas dos
debates. Esta premência é o imenso número de
mulheres que todos os dias recorre a abortos em locais
impróprios e profundamente arriscados do ponto de
vista da preservação de sua própria integridade em
função dos impedimentos legais de recorrerem ao
sistema oficial de saúde.
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NOVIDADES NA LEGISLAÇÃO SOBRE O ABORTO 
ABRIL DE 2012
Supremo decide por 8 a 2 que aborto de feto sem 
cérebro não é crime
Após dois dias de debate, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu na quinta-feira (12/04/12) que grávidas de fetos
sem cérebro poderão optar por interromper a gestação com
assistência médica. Por 8 votos a 2, os ministros definiram
que o aborto em caso de anencefalia não é crime.
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ÉTICA NA SAÚDE
Para a maioria do plenário do STF, obrigar a mulher manter
a gravidez diante do diagnóstico de anencefalia implica em
risco à saúde física e psicológica. Aliado ao sofrimento da
gestante, o principal argumento para permitir a interrupção
da gestação nesses casos foi a impossibilidade de sobrevida
do feto fora do útero.
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ÉTICA NA SAÚDE
“Aborto é crime contra a vida. Tutela-se a vida em
potencial. No caso do anencéfalo, não existe vida possível.
O feto anencéfalo é biologicamente vivo, por ser formado
por células vivas, e juridicamente morto, não gozando de
proteção estatal. [...] O anencéfalo jamais se tornará uma
pessoa. Em síntese, não se cuida de vida em potencial, mas
de morte segura. Anencefalia é incompatível com a vida”,
afirmou o relator da ação, ministro Marco Aurélio Mello
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ÉTICA NA SAÚDE
Os ministros se preocuparam em ressaltar que o
entendimento não autoriza “práticas abortivas”, nem obriga
a interrupção da gravidez de anencéfalo. Apenas dá à mulher
a possibilidade de escolher ou não o aborto em casos de
anencefalia. “Faço questão de frisar que este Supremo
Tribunal Federal não está decidindo permitir o aborto. [...]
Não se cuida aqui de obrigar. Estamos deliberando sobre a
possibilidade jurídica de um médico ajudar uma pessoa que
esteja grávida de feto anencéfalo de ter a liberdade de
seguir o que achar o melhor caminho”, disse Cármen Lúcia.
*
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ATIVIDADE PROPOSTA
“As estatísticas são pouco confiáveis, mas os especialistas
admitem que sejam realizados anualmente cerca de um
milhão de abortos clandestinos no Brasil. As complicações
decorrentes de abortos malfeitos, sem condições de higiene
ou segurança, representam a quarta causa de morte
materna.
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ATIVIDADE PROPOSTA
Cerca de 200.000 mulheres morrem em consequência de
hemorragias e infecções. O cenário foi bem pior em um
passado não muito distante. Na década de 80, os abortos
clandestinos podem ter chegado a 4 milhões por ano. Uma
série de fatores se combinou para reduzir esse número. Os
mais efetivos foram o aperfeiçoamento dos métodos
anticoncepcionais e a disseminação no país de políticas de
planejamento familiar”.
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ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA
Baseado nas afirmações que ressaltamos, leia as
afirmativas que se seguem e avalie quais se
relacionam corretamente com esta questão de
Saúde Pública e a legislação sobre o aborto no
Brasil.
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ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA
I – A legislação criminaliza o aborto fora dos casos previstos
de risco de vida materno ou de gravidez consequente de
estupro, mas na prática esta penalização ocorre em
raríssimos casos, ficando a cargo das mulheres (ou do casal)
a decisão particular de efetuar ou não a interrupção da
gravidez.
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ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA
II – O aborto é executado de modo ilegal nas mais
diferentes condições de higiene e segurança. Desde
clínicas caras e muito bem aparelhadas para as
classes mais favorecidas até os lugares mais
sórdidos e insalubres possíveis.
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ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA
III – A ocorrência de aborto em números
exorbitantes demonstra a urgência em se
estabelecer, além de uma melhor política de
controle e planejamento familiar, também uma
legislação que regule esta prática de modo menos
ideológico e mais voltado para a segurança da
população.
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
ÉTICA NA SAÚDE
ATIVIDADE PROPOSTA - RESPOSTA
As afirmativas I, II e III estão corretas.
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ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
▪ Assunto 1 – A influência do
avanço das tecnologias com os
problemas éticos sobre
reprodução humana.
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RESUMINDO
▪ Assunto 2 – Os principais
conceitos sobre objetivos da
reprodução e geração da vida.
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RESUMINDO
▪ Assunto 3 – Alguns procedimentos 
e a legislação sobre reprodução 
assistida. 
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RESUMINDO
▪ Assunto 4 – O aborto
ÉTICA E REPRODUÇÃO HUMANA – AULA5
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Explorando o tema
Acesse o link:
http://www.ghente.org/temas/reproducao/artigos.htm
E saiba mais sobre reprodução assistida!
Até a aula de Revisão para a AV1! 
Bons estudos!!!

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