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Arcenio Artur Munguambe TECNICA 22

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Arcenio Artur Munguambe 
 
Trabalho de campo 
 
 
Técnicas de Expressão Oral e Escrita 
 
Tema: Articulação sintáctica do texto 
 
 
Discente: Arcenio Artur Munguambe 
 
 
 Docente: __________________ 
 
 
 
 
 
Xai - Xai, Abril de 2020 
 
 
Índice 
1. Introdução............................................................................................................................ 
1 
1.1. objectivos 
................................................................................................................................ 1 
1.1.1. Geral 
.................................................................................................................
............... 1 
1.1.2. Específicos 
.................................................................................................................
..... 1 
1.2. Metodologia................................................................................................................
............ 2 
2.2. Os Fatores de Textualidade .................................................................................................. 3 
2.2.1. Coesão textual ................................................................................................................ 3 
2.2.1.1. Modalidades da Coesão ................................................................................................ 5 a) 
Coesão referencial ......................................................................................................... 5 
b) coesão sequencial........................................................................................................... 5 
2.2.2. Coerência textula ........................................................................................................... 6 
2.2.1. A coerência textual depende ..................................................................................................... 7 
a) A continuidade ................................................................................................................................. 7 
b) A progressão ...................................................................................................................................... 
7 
c) Não contradição................................................................................................................................ 
7 
d) A articulação ..................................................................................................................................... 
7 
2.3. Conectores discursivos e Marcadores discursivos ............................................................ 8 
 
2.3.1. Marcadores discursivos 
................................................................................................. 8 a) Funções dos Marcadores 
............................................................................................... 8 
2.3.2. Conectores discursivos 
.................................................................................................. 9 a) Funções dos conectores 
................................................................................................................... 9 3. Conclusão ou 
considerações finais ............................................................................ 11 
Referências Bibliográfica ......................................................................................................... 12 
1 
 
1. Introdução 
O presente trabalho tem como tema, Articulação sintáctica do texto os estudos. em foco na 
textualidade, marcadores e conectores discursivos. 
Partindo de uma base estruturalista, a Linguística Textual defendeu por certo tempo que 
os textos apresentavam algumas características que lhes possibilitavam ser lidos/interpretados. 
Essas características eram apontadas como definidoras das qualidades que um texto deveria 
ter (Novais, 2009). 
Um texto bem construído e, naturalmente, bem interpretado, vai apresentar aquilo que 
Beaugrande e Dressier chamam de textualidade, conjunto de características que fazem, de um 
texto, e não uma sequência de frases. Esses autores apontam sete aspectos que são responsáveis 
pela textualidade de um texto bem constituído: coesão, coerência e interferência. 
Os estudos direcionados a marcadores discursivos (doravante MD) e conectores têm aumentado 
bastante na área textual com a mudança de foco da estrutura do texto para seus aspectos 
discursivos. A partir dos avanços da semântica, da pragmática e da análise do discurso, 
observase uma tendência a ultrapassar o estudo limitado às estruturas gramaticais da oração e a 
estender ao texto, já que é nele que o estudo gramatical encontra sua atualização e seu sentido 
(Vez, 2000,) 
Os conectores discursivos é uma categoria funcional de palavras ou expressões ao serviço da 
conexão de segmentos do discurso. Explicitam a relação que une um determinado segmento do 
texto, tipicamente bem delimitado na superfície textual, ao seu cotexto, realizando no discurso 
um significado essencialmente de natureza instrucional ou procedimental, e não vero-funcional. 
A conexão que sinalizam pode estabelecer-se ao nível local (interfrásico) ou em níveis globais 
intermédios (Morais, 2010: 268) 
1.1.objectivos 
1.1.1. Geral 
 Trazer conhecimento das Articulação sintáctica do texto; 
 
1.1.2. Específicos 
• Definir textualidade (coesão e coerência textual) e marcadores e conectores 
discursivos; 
2 
 
• Falar das funções e importância da coerência e coesão textual; Falar das 
funções dos marcadores e conectores discursivos. 
 
1.2.Metodologia 
Para Fonseca, apude Gerhardt, et al., (2009, p 1), methodos significa organização, e logos, 
estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos 
caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer 
ciência. 
Devido a natureza dos objectivos do trabalho, tem com o procedimento técnico, ou seja, a 
maneira pela qual obtemos os dados necessários para a elaboração da pesquisa. o presente 
estudo terá sua delimitação caracterizada como pesquisa bibliográfica. 
pesquisa Bibliográfica: Quando elaborada a partir de material já publicado, constituído 
principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, 
boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, com o objetivo de 
colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o assunto da 
pesquisa. Prodanov, et al., 2013, 55). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
2. Quadro Teórico 2.1.Textualidade 
Segundo Cavalcante (2011), entende-se por texto toda e qualquer unidade de linguagem dotada 
de sentidos, que realiza uma função comunicativa destinada a certo grupo de pessoas, levandose 
em consideração as especificações de uso, a época e os aspectos culturais dos envolvidos no 
processo de enunciação. 
 Para Jota (1981, p. 324): Texto é qualquer tipo de enunciado analisável, seja um simples 
monossílabo, seja todo o material linguístico de uma comunidade.” Ao escrever o conceito de 
texto, o autor cita o nome de Louis Hjelmslev, que foi um linguista dinamarquês, para quem o 
texto significava qualquer enunciado, mesmo que formado por apenas um monossílabo, 
contanto que dotado de significação. 
2.2.Os Fatores de Textualidade 
Os fatores de textualidade são os seguintes: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, 
informatividade e relevância. Onde os que serão tratados neste trabalho são coerência e coesão 
textual. 
2.2.1. Coesão textual 
O termo coesão textual, assegura a articulação entre sequências textuais e a continuidade 
semântica garantindo a consistência interna do texto. Incluem-se neste termo mecanismoscomo: as cadeias de referências, os conectores intra e interfrásicos, a compatibilidade entre 
tempos verbais e os adjuntos adverbiais (Lopes, 2005). 
De acordo com o mesmo autor, os conectores são um instrumento fulcral da coesão textual, na 
medida em que asseguram a sequencialização semântica do texto sinalizando diferentes tipos 
de conexões ou relações discursivas. Estes podem interligar duas proposições no interior de 
uma frase complexa ou interligar frases sintaticamente independentes. 
coesão textual refere-se ao modo como os componentes superficiais do texto (palavras; frases; 
períodos; parágrafos) se encontram ligados entre si. 
4 
 
a) Coesão Frásica 
Respeita à ligação entre os componentes da frase. Verifica-se ao nível da concordância entre o 
nome e os seus determinantes, entre o sujeito e o verbo, entre o sujeito e os seus predicadores, 
bem como ao nível da ordem dos vocábulos na oração e ao nível da regência nominal e verbal. 
 Exemplos: 
Moçambique esta de quarente de 30 dias por causa do COVID-19 que devasta o mundo. 
Moçambique. por causa do COVID-19 que devasta o mundo. esta de quarente de 30 dias O 
homem admirava a bailarina que dançava com um olhar lânguido. 
O homem, com um olhar lânguido, admirava a bailarina que dançava. 
O homem admirava a bailarina que, com um olhar lânguido, dançava. 
Ele preside ao grupo. (tem lugar de honra) 
Ele preside o grupo. (dirige como presidente) 
 
b) Coesão Interfrásica 
Consiste na articulação relevante e adequada de frases ou de sequências de frases (segmentos 
textuais). A coesão interfrásica é assegurada pelos marcadores discursivos (articuladores ou 
conetores). 
Exemplo: 
 A páginas 282 do manual adotado encontra-se uma listagem bastante completa de marcadores 
discursivos e respetiva significação. 
c) Coesão Temporal 
 A coesão temporal é assegurada pela sequencialização dos enunciados de acordo com uma 
lógica temporal que é assegurada através do emprego adequado dos tempos verbais, do uso de 
advérbios/expressões adverbiais que ajudam a situar o leitor no tempo e do uso de grupos 
nominais e preposicionais com valor temporal. 
 Exemplos: 
Quando ela acordou já ele tinha saído de casa. 
Só começarei a estudar amanhã; agora estou a jogar PSP. 
Choveu durante todo o dia. Estive a ler até às oito horas. 
d) Coesão Referencial 
Este tipo de coesão refere-se a um conjunto de termos/expressões que remetem para a mesma 
entidade presente no texto. Assim, a coesão referencial realiza-se através de: 
5 
 
_ Anáfora (gramatical) - Elemento que se interpreta em relação a um elemento lexical 
aparecido anteriormente no discurso – antecedente. 
Exemplo: 
A Marta faltou hoje à aula, mas ela nunca falta! 
A Marta teve negativa no teste de Técnicas, mas ela nuca tirou uma nota baixa! 
_ Catáfora - Designa um tipo particular de anáfora, em que o termo anafórico precede o 
antecedente. O elemento que antecede a anáfora e com o qual ela se referencia é chamado 
antecedente referencial. 
Exemplo: 
Ela nunca falta à aula, mas a Marta hoje faltou. 
Ela nunca tirou uma nota Baixa, mas a Marta teve negativa no teste de Tecnicas. 
2.2.1.1.Modalidades da Coesão 
Koch, tomando por base os mecanismos coesivos na construção do texto, estabelece a existência 
de duas modalidades de coesão. 
a) Coesão referencial 
Existe coesão entre dois elementos de um texto, quando um deles para ser interpretado 
semanticamente, exige a consideração do outro, que pode aparecer depois ou antes do primeiro 
(catáfora e anáfora, respectivamente) 
Exemplo: 
_ Ele era tão bom, o meu marido! (catáfora) 
_ O homem subiu as escadas correndo. Lá em cima ele bateu furiosamente à uma porta. 
(anáfora). 
b) coesão sequencial 
Conjunto de procedimentos linguísticos que relacionam o que foi dito ao que vai ser dito, 
estabelecendo relações semânticas e/ou pragmáticas à medida que faz o texto progredir. Os 
elementos que marcam a coesão seqüencial são chamados relatores e podem estabelecer uma 
série de relações: 
• implicação entre um antecedente e um conseqüente: se etc. 
• restrição, oposição, contraste: ainda que, mas, no entanto etc 
• soma de argumentos a favor de uma conclusão: e, bem como, também etc. 
6 
 
• justificativa, explicação do ato de fala: pois etc. 
• introdução de exemplificação ou especificação: seja...seja, como etc. 
• alternativa (disjunção ): ou etc. 
• extensão, amplificação: aliás, também etc. 
2.2.2. Coerência textula 
A coerência textual é a outra dimensão de conectividade entre as sequências textuais 
(Gonçalves, 2012). Koch & Travaglia (1999) referem que a coerência é o elemento que dá 
textualidade à sequência linguística, entendendo-se por textura ou textualidade aquilo que 
converte uma sequência linguística em texto. A coerência possibilita a distinção entre um texto 
e um não-texto sendo perspetivada pelo locutor/interlocutor, enquanto propósito comunicação. 
Um texto é coerente quando aquilo que ele transmite está de acordo com o conhecimento que 
cada locutor e interlocutor têm do mundo. 
A coerência depende, assim, das relações de sentido que se estabelecem entre as palavras. Essas 
relações devem obedecer a três princípios: o princípio da relevância, o princípio da não 
contradição e o princípio da não redundância ou não tautologia. 
a) Princípio da relevância 
 Exclui a representação de situações ou eventos que não estejam logicamente relacionados entre 
si. 
Exemplo: 
Primeiro, revejo o texto, depois faço um primeiro esboço e, por fim, planifico as minhas ideias. 
b) Princípio da não contradição 
 (exclui a representação de situações logicamente incompatíveis) 
Exemplo: o Júlio é alto e baixo, magro e 
gordo. meu marido é feio e lindo, escuro 
e claro. 
c) Princípio da não redundância 
(um texto não pode ser nulamente informativo) 
Exemplo: 
7 
 
_ Aproximei-me da casa, ou seja, aproximei-me da moradia dela, isto é, cheguei perto do sítio 
onde ela passava muito do seu tempo. 
_ sou casada, isto é, sou casada com meu marido. 
 
 
2.2.1. A coerência textual depende 
Existem alguns textos que apresentam algumas inadequações em relação à coerência. Para 
detectá-las, o professor de Língua Portuguesa, em uma de suas muitas atribuições que é a 
correção textual, deve estar atento às chamadas metarregras, que são ferramentas que auxiliam 
na análise e avaliação das falhas na coerência de um texto. 
 Assim, são metarregras: 
a) A continuidade 
É a retomada das ideias que acontecem no decorrer de um texto. Em outras palavras, é o 
conjunto de elementos constantes, repetidos de forma que não interfiram na elegância textual 
(estado agradável de ler o texto, tanto no que se refere ao seu conteúdo, quanto à suaforma) e 
nem canse o leitor, que proporcionam a determinação do texto como um todo único. 
b) A progressão 
 Essa metarregra consiste no acréscimo de informações novas aos elementos que foram 
retomados no texto, fazendo com que o seu sentido progrida, evolua. 
 c) Não contradição 
 Relaciona-se ao sentido do texto, de forma que aquilo que está sendo mencionado nele não 
pode se contradizer. 
 d) A articulação 
 É o modo como aquilo que está sendo dito no texto se relaciona entre si, havendo, às vezes, a 
necessidade da utilização de conectivos adequados 
 A coerência textual depende, principalmente da progressão temática (introdução da 
informação nova que faz evoluir o texto) e da continuidade semântica (recorrência da 
informação que assegura a unidade do texto). 
8 
 
Exemplo: comprei um livro sobre o cosmos. O livro foi muito caro. Esta edição só se 
encontra à venda online. 
 A pontuação é também fundamental para a coerência do texto. Um texto mal pontuado é 
difícil de perceber, podendo tornar-se absolutamente incompreensível. 
Exemplo: 
Morra Salazar não faz falta à nação. 
MorraSalazar, não faz falta à nação. 
Morra Salazar? Não. Faz falta à nação. 
Salazar pode morrer não faz falta a mancão. 
Salazar pode morrer? Não. faz falta a mancão. 
2.3.Conectores discursivos e Marcadores discursivos 
2.3.1. Marcadores discursivos 
Os ‘marcadores do discurso’ são unidades linguísticas invariáveis, não exercem função 
sintática no marco da predicação oracional e possuem uma incumbência coincidente no 
discurso: o de guiar, de acordo com suas diferentes propriedades morfossintáticas, 
semânticas e pragmáticas, as inferências que se realizam na comunicação (Portolés, 1998). 
Martín e Portolés (1999) complementam que os MD têm certa mobilidade dentro do enunciado 
e se encontram geralmente entre pausas. Além disso, não podem ser coordenados entre si, não 
podem ser negados, carecem (a maioria) da possibilidade de receber especificadores e 
adjacentes complementários e têm uma relação sintática com a totalidade do sintagma nominal. 
Os marcadores discursivos são unidades linguísticas invariáveis que permitem estabelecer 
conexões entre enunciados, de modo a construir um discurso coeso e coerente. 
a) Funções dos Marcadores 
ordenar a informação: por um lado, por outro lado, em primeiro lugar, após, antes, depois, 
em seguida, seguidamente, até que, por último, para conclui. 
reformular o discurso, explicando-o ou retificando-o: ou seja, isto é, quer dizer, por outras 
palavras, quer dizer, ou melhor, dizendo melhor, ou antes, como se pode ver, é o caso de, como 
vimos, quer isto dizer, significa isto que, não se pense que, pelo que referi anteriormente. 
9 
 
reforçar e concretizar ideias: de facto, na verdade, na realidade, com efeito, por exemplo, 
efetivamente, note-se que, atente-se em, repare-se, veja-se, mais concretamente, é evidente que, 
a meu ver, estou em crer que, em nosso entender, certamente, decerto, com toda a certeza, 
naturalmente, evidentemente, com isto (não), pretendemos, por outras palavras, ou melhor, ou 
seja, em resumo, em suma. gerir a relação entre os interlocutores: ouve, olha, presta atenção. 
2.3.2. Conectores discursivos 
Os conectores do discurso têm a importante missão de proporcionar o estabelecimento da 
coesão textual ou discursiva, pois garantem uma articulação lógica entre os elementos das 
orações, frases e parágrafos. 
a) Funções dos conectores 
Adicionar / Enumerar: e; além disso; não só...mas também; depois; finalmente; seguidamente; 
em primeiro lugar; em seguida; por um lado...por outro; adicionalmente; ainda; do mesmo 
modo; pela mesma razão; igualmente; também; de novo. 
Sintetizar / Concluir: logo; pois; assim; por isso; por conseguinte; portanto; enfim; em 
conclusão; concluindo; em suma. 
Particularizar: especificamente; nomeadamente; por exemplo; em particular;... 
Explicar / Exemplificar: pois; porque; porquanto; por causa de; uma vez que; especificamente; 
nomeadamente; isto é; ou seja; quer dizer; por exemplo; em particular; como se pode ver; é o 
caso de; é o que se passa com;... 
Inferir: assim; consequentemente; daí; então; logo; pois; deste modo; portanto; em 
consequência; por conseguinte; por esta razão; por isso;... 
Substituir / Reformular: mais correctamente; mais precisamente; ou melhor; quer dizer; dito 
de outro modo; por outras palavras;... 
Contrariar / Opor / Restringir: porém; contrariamente; em vez de; pelo contrário; por 
oposição; ainda assim; mesmo assim; apesar de; contudo; no entanto; por outro lado;... 
Fim: para; para que; com o intuito de; a fim de; com o objectivo de;... 
Dúvida: talvez; é provável; é possível; provavelmente; porventura;... 
10 
 
Certeza: é evidente que; certamente; decerto; com toda a certeza; naturalmente; 
evidentemente;... 
Hipótese / Condição: se; a menos que; supondo que; admitindo que; salvo se; excepto;... 
Chamar a atenção: note-se que; atente-se em; repare-se; veja-se; constate-se;... 
Enfatizar: efectivamente; com efeito; na verdade; como vimos;... 
Opinar: a meu ver; estou em crer que; em nosso entender; parece-me que;... 
Reafirmar / Resumir: por outras palavras; ou melhor; ou seja; em resumo; em suma;... 
Semelhança: do mesmo modo; tal como; assim como; pela mesma razão;... 
Adicionar e agrupar elementos e ideia: além disso, e ainda, não só...mas também /como 
ainda, por um lado...por outro lado, nem...nem (negativa). 
Indicar uma consequência: por tudo isto, de modo que, de tal forma que, daí que, tanto...que, 
é por isso que, pela mesma razão, do mesmo modo que 
Comparar: como, conforme, também, tanto...quanto, tal como, assim como, pela mesma razão 
Insistir nas ideias já expostas: com efeito, efetivamente, na verdade, de facto 
Esclarecer, explicar uma ideia: quer isto dizer, isto (não) significa que, por outras palavras, 
isto é. 
Anunciar uma ideia de causa: Pois, pois que, visto que, já que, porque, dado que, uma vez 
que, por causa de 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
3. Considerações finais 
Em suma, Textualidade é a característica fundamental dos textos, orais ou escritos, que faz com 
que eles sejam percebidos como textos. Não é inerente a eles, pois uma mesma sequência 
linguística, falada ou escrita, pode ser considerada como texto legítimo por uns e parecer um 
absurdo, sem sentido, para outros. 
A coerência e a coesão são importantes fatores de textualidade. A coerência tem a ver com o 
conteúdo do texto, sua organização e sua articulação. Entender um texto é atribuir coerência a 
ele, é processá-lo com os conhecimentos e a habilidade de interpretação que se tem. Produzir 
um texto coerente é construí-lo de modo que pareça aos outros coerente. 
Os conectores e marcadores discursivos e algumas das teorias que abordam esses elementos. 
Grosso modo, apesar das diferenças estabelecidas entre os conceitos de conectores e MD, 
tratamos de uma classe de expressões linguísticas que reagrupa, além de certas conjunções de 
coordenação (mas, portanto, ora, então), certas conjunções e locuções conjuntivas de 
subordinação (porque, como, com efeito, em consequência, o que quer que 200 Gláuks seja 
etc.), grupos nominais ou preposicionais (apesar disso etc.), advérbios e locuções adverbiais (no 
entanto etc.) e algumas estruturas que possuem um esvaziamento semântico, como parece 
acontecer com seja como for. Essas expressões linguísticas possuem a função de contribuir para 
o estabelecimento de uma relação coesiva com, pelo menos, o enunciado que as precede no 
discurso. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
Referências Bibliográfica 
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aula de línguas no contexto brasileiro. Trabalhos em Lingüística Aplicada, Campinas. 
Gonçalves, E. M. O. T. (2012). Os Conectores Contra-argumentativos em Produções Escritas 
de Alunos de PLE: Um estudo de Caso. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Letras da 
Universidade do Porto, Porto. 
Gerhardt, T.E e Silveira, D.T. ( 2009). Metodologia de Pesquisa. 1ª edição. 
Koch, I.G.V. & Travaglia, L.C. (1999). Texto e Coerência. São Paulo: ed. Cortez. 
Lopes, M. C. V. (2005). Gramática da Língua Portuguesa 2º Ciclo do Ensino Básico – 5º e 6º 
Anos. Lisboa: Plátano Editora. 
Morais, M. F. A. (2011). Marcadores da Estruturação Textual – Elementos para a descrição do 
papel dos Marcadores Discursivos no processamento cognitivo do texto. Centro de Estudos em 
Letras. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real. 
Novais, A.E. (2009). Lidando com experiências genuinamente digitais: leitura, textualidade e 
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Hipertexto, Belo Horizonte, MG. 
Prodanov, C & Freitas, E. (2013) Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 
2ª edição. Rio Grande do Sul – Brasi. 
Vez, J. M. (2000). Fundamentos lingüísticos en la enseñanzade lenguas extranjeras. Barcelona: 
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