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Fatores sociais da criminalidade pronto

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FATORES SOCIAIS DA CRIMINALIDADE
Fatores mesológicos: fatores externos que influenciam na gênese delitiva.
	Infância abandonada: lares desfeitos, pais separados, crianças órfãs... que transformam-se em pedintes profissionais, dependentes químicos, criminalizados...
	Pobreza. Emprego, desemprego e subemprego: as estatísticas criminais demonstram que há uma relação de proximidade entre a pobreza e a criminalidade. Óbvio que não significa dizer que a pobreza é um fator condicionante da criminalidade, tendo em vista os crimes do “colarinho branco”. No entanto, necessário é observar os crimes contra o patrimônio.
TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
CAPÍTULO I
DO FURTO
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:    
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Tais crimes (furto, roubo, estelionato...) são praticados por uma imensa maioria semialfabetizada, pobre, quando não miserável (nutrem ódio ou aversão àqueles que detêm posses e valores). Tais sentimentos fazem crescer uma tendência criminal violenta no indivíduo.
Causas da pobreza: má distribuição de renda, desordem social, grandes latifúndios improdutivos (função social da propriedade: CF, art. 5º, XXII “a propriedade atenderá a sua função social”)... 
Entre 55 e 90 milhões de pessoas passaram à condição de pobreza extrema em 2009 no Brasil, devido à recessão mundial. Pesquisas apontam que cerca de 54 milhões de brasileiros são pobres.
	Meios de comunicação. Habitação: meios de comunicação em massa (televisão). Banalização da violência em todos os horários. Consumismo. Estética. Beleza. Bens materiais. Status...
Descumprimento do art. 221 da CF:
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Sensacionalismo de certo programas policiais. 
Condições desfavoráveis de habitação ou moradia: proliferação de favelas, cortiços, casas de tapera, de pau a pique etc, propiciam o desrespeito ao próximo, empurrando pessoas que vivem nesta situação à prostituição, ao tráfico de drogas, aos crimes contra o patrimônio e contra a vida...
	Migração: o movimento interno populacional dentro de um país pode causar dificuldades de adaptação em face da diferença de costumes, usos, hábitos, valores, etc. de uma região para outra, causando desorientação que poderá, diante de uma situação anormal, obter como resposta uma conduta delituosa. Dificuldades para o mercado de trabalho, fomentando a criminalidade. 
	Crescimento populacional - escola de Chicago: o aumento das taxas criminais por áreas geográficas é proporcional ao crescimento da respectiva densidade demográfica populacional. 
	Preconceito: ideia negativa pré-concebida. Discriminação. “A doutrina da superioridade baseada em diferenças raciais é cientificamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e perigosa. Não existe justificação para a discriminação racial, em teoria ou na prática, em lugar nenhum” (Nestor Sampaio Penteado Filho). Ausência de tolerância, que é a harmonia dos opostos, a igualdade na diferença, a convivência pacífica dos desiguais. 
	Educação: a educação e o ensino são fatores inibitórios da criminalidade.
	Classes sociais. Mal-vivência: segundo Hilário Veiga da Carvalho (1973), mal-vivência é “um grupo polimorfo de indivíduos que vivem à margem da sociedade, em situação de parasitismo, sem aptidão para o trabalho, em razão de causas endógenas e exógenas que representam um perigo social”. O Estado trata-os como “vadios”, é a vadiagem do art. 59 da Lei das Contravenções Penais:
Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita:
        Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses.
       Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, que assegure ao condenado meios bastantes de subsistência, extingue a pena.
 
Nas palavras de Afrânio Peixoto (1953): “um vagabundo pobre é um vagabundo, mas um vagabundo rico é um rico excêntrico...”.
Por isso, no tempo da “polícia de costumes”, era comum que o cidadão levasse todo o tempo a sua Carteira de Trabalho e Previdência Social de modo a evitar ser detido pela polícia sob a alegação de vadiagem o que, na verdade, justificava a “prisão para averiguação” muito utilizada pela ditadura Vargas e pela ditadura militar de 1964-1985. O mais grave desse fato é que tal tipo penal permanece incólume até hoje! O Estado não permite que alguém decida “não trabalhar” e pune criminalmente essa conduta omissiva… (texto extraído do site Justificando.com).
Exercício: 
Tema: Criminalização da pobreza e revogação do art. 60 da Lei das Contravenções Penais.
	Como ocorreu a revogação do art. 60 da Lei das Contravenções Penais?
 Este artigo caiu em desuso, a sociedade se modificou, se tornou inadequada em desacordo com os direitos fundamentais, como a dignidade da pessoa humana, defendidos com tanta avidez por nossa constituição, acabou tendo uma votação para revogação deste artigo.
	Por que ocorreu a revogação? 
 Com o decorrer do tempo, modificou-se radicalmente a opinião da doutrina a respeito da contravenção de mendicância: passou-se a considerá-la uma forma de preconceito social, denominada “criminalização da pobreza”; foi tida também como inconstitucional, por limitar a liberdade sem que houvesse necessidade comprovada, ou seja, sem que existisse a lesão ou a ameaça de lesão a bens jurídicos protegidos (desobediência ao princípio da ofensividade ou da lesividade).

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