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Modelos e Técnicas na Educação de Surdos

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CAPÍTULO 2
Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
A partir da perspectiva do saber fazer, são apresentados os seguintes objetivos 
de aprendizagem:
 3 Obter conhecimento acerca das metodologias e técnicas 
implantadas na modernidade na educação de Surdos.
 3 Repensar uma educação bilíngue na educação inclusiva para Surdos.
26
 Deficiência Auditiva e Libras
26
27
Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
27
 Capítulo 2 
conTexTualização
 
A educação e sua pedagogia não compreenderam ou desconheceram 
os métodos próprios para o ensino de sujeitos Surdos. Isso se deve ao fato 
de o espaço educacional estar permeado de ações de controle e poder e de 
visão fonocêntrica de supervalorização da língua oral e da cultura não-surda 
Como salienta Skliar (1998), a problemática da vida escolar e acadêmica foi 
baseada nos modelos ouvintes, ou “ouvintismo”, que culminam na “negação” 
e no “assujeitamento”, nas palavras de Foucault (1987, 2007), e do pós-
colonialismo, termo usado por Bhabha (2005).
A progressão histórica a partir do ato punitivo do Congresso de Milão, 
que culminou no fechamento dos internatos e dos institutos e na criação de 
programas de política educacional nas escolas de Surdos, modificou todo o 
panorama da educação e da pedagogia que concerne à área da surdez, ou 
seja, anulou a experiência visual. 
Historicamente, no movimento da filosofia oralista, foram implantadas 
várias metodologias sob a perspectiva clínica terapêutica. A educação, o 
currículo e a metodologia educacional para Surdos, por meio de experiência 
visual, foram postos de lado para se envolver nos treinamentos da oralização. 
O que era coletivo passou a ser individual. Os recursos da oralização até a 
Comunicação Total foram totalmente aceitos nas salas de aulas. Atualmente, 
a educação bilíngue está sendo implantada aos poucos e utilizada em poucos 
estados do Brasil. Vamos expor, cronologicamente, como essas práticas foram 
implantadas.
Modelo oralisTa e suas Técnicas
A criação do primeiro Imperial Instituto de Surdos-Mudos, atual Instituto 
Nacional de Educação de Surdos, por decreto imperial, no Rio de Janeiro, foi 
reproduzida dos modelos europeus, como: asilo e sistema de internato com 
currículo adequado e adaptado de acordo com as suas características.
Ao longo de muitos anos, muitas instituições particulares foram criadas 
em caráter de assistencialismo, pois o governo não atendia a demanda do 
número existente de pessoas portadoras de deficiência. A educação especial 
era voltada à prática de assistencialismo e sem currículo definido. 
Em 1957, o governo federal assumiu a educação especial, 
transformando-a em um órgão especial e, a partir de então, implantou uma 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1961, objetivando a 
28
 Deficiência Auditiva e Libras
28
educação dos “excepcionais” no sistema geral de ensino, tanto na esfera 
federal como em associações não governamentais. Em um dos artigos da lei, 
incluía a “integração” das pessoas portadoras de deficiência na comunidade, 
assegurando-lhes o direito de receber educação. Na década de 70, os estados 
do Brasil passaram a incluir os tratamentos especiais nas escolas.
Para ter melhor controle governamental a respeito da educação especial, 
foi criado o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), vinculado 
ao Ministério de Educação e Cultura, em 1973. Com a promulgação da 
Constituição de 1988, foram inseridos vários capítulos, artigos, incisos sobre 
educação, habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência, 
graças aos movimentos políticos e sociais. (BRASIL.MEC, 2008).
No ano de 1861, com a saída do primeiro diretor surdo, Eduard Huet, 
do Imperial Instituto de Surdos, esse Instituto passou por várias fases, com 
os regimentos alterados, revogando vários decretos, até a década de 50. A 
gestão do governo Getúlio Vargas impulsionou o Instituto Nacional de Surdos-
Mudos a implantar o primeiro Curso Normal, em 1951, para a formação de 
professores para Surdos, com três anos de duração, por meio de orientação 
pedagógico-emendativa. Em 1957, o Instituto Nacional de Surdos-Mudos 
passou a denominar-se de Instituto Nacional de Educação de Surdos, pela 
Lei 3.198, de 6 de julho de 1957, segundo o relatório anexado à carta da 
Professora e ex-Diretora do INES, Ana Rimoli Dória:
de que o surdo é mudo, via de regra, porque não tendo 
ouvido nunca a voz humana, não pode imitá-la falando; e por 
outro lado a certeza de que o surdo é passível de receber 
a mesma educação, embora por processos diferentes, dos 
que falem e ouçam (DÓRIA, 1956).
Para ampliar a ação da educação e fornecimento de professores 
especializados para as classes, foram firmados convênios com os estados 
de Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo. Em cada ano 
se formavam vários professores e estes eram distribuídos para cada estado 
mediante convênio. Ao mesmo tempo, foi criado o primeiro livro técnico, 
chamado de “Introdução à Didática da Fala”, e entrou em funcionamento 
o Centro de Logopedia destinado à assistência das crianças surdas que 
possuíam problemas fonatórios.
Problemas fonatórios – são as várias alterações fonatórias 
(som e letras) encontradas em pessoas Surdas: dificuldades para 
controle da função respiratória, dificuldades para controle global do 
pitch e loudness e padrões prosódicos alterados.
O surdo é mudo, via 
de regra, porque não 
tendo ouvido nunca a 
voz humana, não pode 
imitá-la falando; e por 
outro lado a certeza de 
que o surdo é passível 
de receber a mesma 
educação, embora por 
processos diferentes, 
dos que falem e 
ouçam.
29
Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
29
 Capítulo 2 
Seguindo a metodologia e a filosofia oralista, foi criado o Serviço de 
Estimulação Precoce para atendimento de bebês, em 1970; Cursos de Estudos 
Adicionais aos professores de diversos estados do Brasil para trabalhar na 
área da surdez, em 1980. Em 1993, pelo ato ministerial, o INES passou a ser 
um centro nacional de referência na área da surdez. Atualmente temos Curso 
de Especialização.
Entre os anos de 1880 até 1990, o turno da escola especial era integral 
e de internato (para quem morava em lugares de grande distância). O sujeito 
Surdo estudava em um turno e no outro turno ficava para receber reforço 
escolar, atendimento em fonoaudiologia e outras atividades extracurriculares, 
como curso de bordado, de marcenaria, de cozinha, de pintura e outros ofícios, 
como aprendiz. 
Os exemplos explicitados pela autora Costa (1994) da prática educacional 
e da metodologia mais conhecida ainda são utilizados nas classes especiais, 
nas classes mistas ou nas classes de integração, em algumas escolas atuais. 
Os dados reconhecidos são as sinopses das diversas orientações e técnicas, 
conforme a proposta curricular para deficientes auditivos do Centro Nacional 
de Educação Especial (CENESP). Essas são divididas em duas categorias 
(COSTA, 1994): método unissensoriais e método multissensorial.
a) Método unissensoriais 
São os aspectos básicos do oralismo, como leitura dos lábios, 
fonoarticulação e treinamento auditivo, que utilizam apenas um canal ou uma 
informação sensorial. São eles:
• Leitura Labial – é uma leitura que consiste em adquirir as habilidades para 
captar as palavras oralmente, por meio de decodificação dos movimentos 
labiais e das articulações do emissor.
• Fonoarticulação – também pode ser chamada de mecânica da fala. Os 
Surdos são chamados, e apelidados também pela comunidade Surda, 
como “fala de papagaio”. Envolve a leitura labial, movimento, articulação 
da fala e, por sua vez, envolve o som e o ritmo. Treina-se bastante para 
articular todos os fonemas, comexercícios de respiração, inspiração, 
expiração, relaxação e movimentação de língua, mandíbula, palato, lábios 
e bochechas.
• Treinamento auditivo – Consiste em treinar a estimulação sonora com 
a exposição de ruídos e sons ambientais. Implica a exploração máxima 
dos resíduos auditivos para identificar, discriminar, associar, reproduzir e 
localizar os sons de duração, frequência, intensidade e ritmo diferentes e 
sons da fala.
Métodos 
unissensoriais são 
os aspectos básicos 
do oralismo, como 
leitura dos lábios, 
fonoarticulação, 
treinamento auditivo, 
método Tadoma e 
Pollack.
30
 Deficiência Auditiva e Libras
30
• Método Tadoma – consiste em usar as informações táteis (percepção de 
vibrações) para surdocego e também, em alguns casos, para sujeitos 
surdos.
• Método Pollack – objetiva aumentar o número de possibilidades na 
utilização do canal auditivo para que possa armazenar os estímulos 
sonoros com as informações adequadas. Preocupa-se em desenvolver a 
atenção perceptual sobre os estímulos visuais.
b) Método multissensorial
Utiliza-se para usar informações sensoriais com os dois órgãos dos 
sentidos (visuais/auditivas, visuais/táteis, auditivas/táteis) na educação dos 
Surdos. Utilizam-se várias alternativas, como pistas visual e tátil (via auditiva 
óssea), que são:
• Método Sander – procede ao treinamento auditivo associando-o com as 
informações visuais.
• Método Guberina – procede ao treinamento dos movimentos ginástico-
rítmicos no ensino da articulação de fonemas, com o auxílio de fones de 
ouvido, amplificadores com filtros e vibradores (para exploração das vias 
auditivas aérea e óssea).
• Método Verbatonal – favorece a entonação e a pausa na emissão das 
frases.
• Método Perdoncini – dá ênfase à reeducação educativa. Trabalha-se com 
um analisador cinético composto de microfone unido a um analisador 
acústico. Quando o som é emitido de modo reduzido, acende-se uma 
lâmpada verde. Ao contrário, acende-se uma luz roxa. Tem a finalidade de 
os Surdos aprenderem a discriminar a acentuação das palavras.
A metodologia oralista ainda é praticada, tendo em vista que algumas 
escolas particulares e públicas, em caráter assistencial, praticam a metodologia 
clínica terapêutica dentro dos turnos escolares e em grades extracurriculares. 
Isso envolve os profissionais da terapia da fala, como fonoaudiologia, no 
quadro profissional. Para sustentar essa metodologia, os profissionais recebem 
subsídio do SUS – Sistema Único de Saúde.
O método 
multissensorial
baseia-se em 
informações sensoriais
com os dois órgãos
dos sentidos (visuais/
auditivas, visuais/
táteis, auditivas/táteis)
na educação dos
Surdos.
31
Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
31
 Capítulo 2 
A técnica de leitura labial: ”ler” os lábios por meio de captação 
dos movimentos dos lábios dos locutores quando está falando 
com palavras simples, pequenas ou frases curtas, de modo mais 
simples, claramente e devagar. A pesquisa comprovou que a 
maioria de Surdos só consegue captar e ler 20% da mensagem 
através da leitura labial (MARTINS, 2004). A captação em sentido 
contínuo e sem interrupção impossibilita a captação e leitura 
de todas as informações. Geralmente os surdos “deduzem” ou 
“adivinham” as mensagens de leitura labial através do contexto já 
condicionado e conhecido.
É importante salientar que, com a nomenclatura na área da Surdez 
elaborada por Sassaki (2009), além dessas particularidades dos sujeitos 
Surdos “também existem pessoas surdas ou com deficiência auditiva que são 
indiferentes quanto a serem consideradas surdas ou deficientes auditivas” e “a 
origem dessa diversidade de preferências está no grau da audição afetada”.
Se você quiser conhecer mais sobre as nomenclaturas pelo 
Sassaki, acesse o site:
h t t p : / / s e n t i d o s . u o l . c o m . b r / c a n a i s / m a t e r i a .
asp?codpag=8322&canal=opiniao
 Excepcional: A palavra era utilizada para todas as pessoas 
portadoras de deficiência.
Integração: Significa o estabelecimento de formas comuns 
de vida, de aprendizagem e de trabalho entre pessoas deficientes 
e não-deficientes. Integração significa ser participante, ser 
considerado, fazer parte de, ser levado a sério e ser encorajado. 
Orientação: Costa (1994) esclarece que a utilização da 
palavra Método deve ser entendida como orientação.
FINEP: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
32
 Deficiência Auditiva e Libras
32
Modelo de coMunicação ToTal e suas 
Técnicas
Comunicação Total é o título dado à filosofia da comunicação pelo norte- 
americano Roy Holcomb (1967, apud HAWKINS; BRAWNER, 1997) em 
substituição à palavra método (SCOUTEN, 1984, apud HAWKINS; BRAWNER, 
1997). Nos anos de 1970 e em seus dez anos de observação e de prática, as 
escolas surdas norte-americanas e suas organizações viam a possibilidade 
de praticar a filosofia de comunicação dentro de programas educacionais 
como “uma comunicação simultânea que é a fórmula mais adequada para 
a comunicação utilizando como um dos ajustes educacionais para crianças 
Surdas” (KAPLAN, 1996, apud HAWKINS; BRAWNER, 1997). 
A Comunicação Total, na sua concepção, foi criada para atender todas 
as necessidades de comunicação dos sujeitos Surdos. Foi uma “transição” da 
educação oralista para a educação bilíngue. A Comunicação Total consiste na 
aplicação de todos os recursos e aspectos comunicativos, como no caso de 
falar e sinalizar ao mesmo tempo. De acordo com Denton (apud FREEMAN; 
CARBIN; BOESE, 1999, p. 171), a definição sobre a Comunicação Total:
A Comunicação Total inclui todo o espectro dos modos 
linguísticos: gestos criados pelas crianças, língua de sinais, 
fala, leitura orofacial, alfabeto manual, leitura e escrita. 
A Comunicação Total incorpora o desenvolvimento de 
quaisquer restos de audição para a melhoria das habilidades 
de fala ou de leitura orofacial, através de uso constante, 
por um longo período de tempo, de aparelhos auditivos 
individuais e/ou sistemas de alta fidelidade para amplificação 
em grupo.
Essa filosofia virou moda aqui no Brasil na década de 80 (CICCONE, 
1999), quando foi trazida por alguns profissionais que foram visitar a Gallaudet 
University (Estados Unidos) e ficaram impressionados com a nova filosofia, 
passando a impulsionar a sua prática em todos os estados do Brasil.
Há profissionais que favorecem, por comodismo, o uso de 
“português sinalizado”, que é uma mistura de duas línguas: a língua 
portuguesa e a língua de sinais. Essa prática é denominada de 
“bimodalismo” e objetiva o desencorajamento do uso inadequado 
da língua de sinais brasileira, por causa da gramática distinta da 
língua portuguesa. 
A Comunicação Total 
inclui todo o espectro 
dos modos linguísticos: 
gestos criados pelas 
crianças, língua de 
sinais, fala, leitura 
orofacial, alfabeto 
manual, leitura e 
escrita.
33
Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
33
 Capítulo 2 
BilinguisMo
Com a introdução de Estudos Culturais, de Estudos Surdos e de Estudos 
Linguísticos e dos eventos realizados nos estados do Brasil, apresentou-
se uma nova proposta educacional mais ou menos viável, pois a questão 
linguística ainda permeia a discussão: pouca pesquisa sobre a língua de sinais 
e poucos profissionais que envolvem a questão linguística.
A educação bilíngue consiste em dar habilidade aos sujeitos de se 
comunicar em duas línguas, sendo que uma língua pode predominar sobre 
a outra. Atualmente, não temos uma verdadeira proposta bilíngue. Algumas 
escolas utilizam a proposta bilíngue mesclando-a com outros métodos, 
como a comunicação total e a utilização de Intérprete de Língua de Sinais 
Brasileira nas salas de aula. Mas ainda há fatores importantesque atrapalham 
o desenvolvimento cognitivo das crianças Surdas, pelos dois motivos: a língua 
de sinais é distinta da língua portuguesa e deve ser ensinada separadamente e 
nunca as duas juntas; e segundo, os Intérpretes de Língua de Sinais Brasileira 
são como uma “caixa preta” que só repassam as informações do emissor e do 
receptor de forma mecânica e não há afeto e contato linguístico entre aluno e 
intérprete de língua de sinais.
Há provas científicas, porém poucas, de que a educação bilíngue 
proporciona mais habilidades para percepções mentais, cognitivas e visuais 
e capacidade para analisar os conceitos de modo subjetivo e objetivo às 
informações recebidas.
Com a introdução de novos espaços para pesquisadores Surdos, a 
proposta bilíngue vai caminhando aos poucos até chegar a uma resposta 
adequada para a educação e, em consequência, para o novo parâmetro da 
pedagogia dos Surdos.
 
educação Bilíngue para surdos
Em diversos estudos, Skliar (1997), Moura, Lodi e Pereira (1993) e Quadros 
(1997), e muito outros, argumentavam que a educação bilíngue é necessária 
para que “a criança possa ter um desenvolvimento cognitivo-linguístico 
paralelo ao verificado na criança ouvinte” (MOURA, LODI, PEREIRA, 1993, 
p.1). Para que a criança possa ter um desenvolvimento cognitivo-linguístico, 
é necessário esquecer a estimagtização que gira em torno da criança Surda 
ou do indivíduo Surdo em referência à surdez que carrega. “Não é o grau de 
surdez que importa, mas sim - em termos cruciais - a idade ou estágio em que 
ocorre.” (SACKS, 2002, p. 21).
A educação bilíngue 
consiste em dar 
habilidade aos sujeitos 
de se comunicar em 
duas línguas, sendo 
que uma língua pode 
predominar sobre a 
outra. 
34
 Deficiência Auditiva e Libras
34
Para que a criança surda possa alcançar o rendimento linguístico e a 
competência comunicativa, faz-se necessária a implantação de uma proposta 
bilíngue, pois sendo filho de pais ouvintes (90% de Surdos convivem com a 
família não-surda), tem que viver, pelo resto da vida, a sua condição bilíngue.
A proposta do bilinguismo surgiu nos fins da década de 70, quando os 
sociólogos, filósofos e políticos, através dos movimentos sociais dos Surdos, 
criaram a proposta bilíngue de educação de Surdos, em vários estados do 
Brasil e também internacionalmente. Isso mostra claramente que o sujeito 
Surdo vive duas condições: duas línguas (bilíngues, por o Brasil dominar a 
língua portuguesa, majoritária e oral) e duas culturas (bicultural, pelas duas 
culturas distintas: cultura não-surda e cultura Surda). 
Na abordagem educacional do bilinguismo, reconhece-se que as crianças 
Surdas são os sujeitos interlocutores naturais de uma língua e que podem se 
adaptar a outra língua sem prejudicar o desenvolvimento cognitivo-linguístico. 
Por isso, há um movimento social da comunidade Surda, que, ao lançar a 
manifestação, publicou um documento intitulado: “A educação que Nós os 
Surdos queremos”, em Porto Alegre, em 1999, reivindicando a língua de sinais 
brasileira como uma língua oficial (mais tarde oficializada, em 2002) é que 
esta língua seja ensinada desde os primeiros dias de vida da criança como 
primeira língua. A comunidade Surda reconhece que a língua oficial do Brasil 
é o português, no entanto, pede que para os Surdos seja reconhecido como 
ensino e aprendizagem de segunda língua. Igualmente defende que a língua 
de sinais brasileira deve ser adquirida, preferencialmente, pelos Surdos adultos 
e pelo convívio com outros Surdos da mesma comunidade. Para assegurar a 
efetiva comunicação das crianças Surdas, os pais devem aprender a primeira 
língua dos Surdos para que possam ser entrosados de maneira mais íntima e 
sem depender de outros fatores externos. A língua oral ou da escrita aprendida 
dentro de casa seria considerada como a segunda língua das crianças Surdas.
A EDUCAÇÃO QUE NÓS SURDOS QUEREMOS
DOCUMENTO ELABORADO PELA COMUNIDADE SURDA 
A PARTIR DO PRÉ-CONGRESSO AO V CONGRESSO LATINO-
AMERICANO DE EDUCAÇÃO BILÍNGUE PARA SURDOS, 
REALIZADO EM PORTO ALEGRE/RS, NO SALÃO DE ATOS DA 
REITORIA DA UFRGS, NOS DIAS 20 A 24 DE ABRIL DE 1999
 [...]
A educação que Nós 
os Surdos queremos 
é que esta língua 
seja ensinada desde 
os primeiros dias de 
vida da criança como 
primeira língua.
35
Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
35
 Capítulo 2 
 AS CLASSES ESPECIAIS PARA SURDOS
 
Se não houver escolas de surdos no local e for necessário 
programa de surdos a distância com classes especiais para surdos 
ou em municípios polo, a comunidade surda recomenda que:
35. Nas classes especiais, que os surdos não sejam tratados como 
deficientes, mas como pessoas com cultura, língua e comunidade 
diferente.
36. Seja incentivado, mostrado e estimulado o uso das línguas de 
sinais pelo surdo, indo ao encontro de seu direito de ser e de usar a 
comunicação visual para estruturar uma língua de sinais coerente.
37. A aquisição da identidade surda seja considerada de máxima 
importância, tendo em vista que a presença de professor surdo e 
o contato com a comunidade surda possibilitam ao surdo adquirir 
sua identidade.
38. Sejam introduzidas palestras sobre cultura surda nas escolas 
com classe especial para surdos.
39. Garanta-se atendimento adequado nas escolas onde há classe 
especial de surdos no sentido de acabar com sentimentos de 
menos-valia e que os surdos recebam ensino adequado.
40. Implantem-se sistemas de alarme luminoso, cabinas de telefone 
tdd ou fax em escolas com classe especial de surdos.
41. Promova-se a criação de um banco de dados sobre a situação 
dos direitos dos surdos, bem como sobre sua cultura e história, 
visando à promoção da identidade surda na escola com classe 
especial.
42. Apoie-se a definição de ações de valorização da comunidade e 
cultura surda na escola com classe especial.
43. Trabalhe-se com os surdos e suas famílias no sentido de que a 
família adquira a língua de sinais.
44. Seja implantado um Programa de Pais, garantindo o acesso à 
informação e assessoramento adequados.
36
 Deficiência Auditiva e Libras
36
[...]
Fonte: Texto extraído e adaptado de: <http://groups.google.com/group/acessodigital/
browse_thread/thread/5d5d3d2e8936949a?pli=>. Acesso em: 03 mai. 2009.
Caro(a) pós-graduando(a),
Você pode acessar o documento completo “a educação que 
nós surdos queremos” no site:
• http://groups.google.com/group/acessodigital/browse_thread/thread 
/5d5d3d2 e8936949a?pli=
Em concordância com Kyle (1999, p. 16), que afirma:
É relativamente óbvio que as crianças surdas deveriam 
ser bilíngues. Elas possuem uma língua natural visual e 
espacial que irão adquirir se forem agrupadas nas escolas. 
Elas vivem numa sociedade que é dominada pela língua 
falada e escrita. Para alcançar o potencial que é aparente 
em seu funcionamento cognitivo, precisam acessar a língua 
da maioria. A maioria dos grupos minoritários chegaram à 
mesma conclusão.
Inicialmente, a educação bilíngue, em termos de práticas metodológicas, 
deve ser aplicada com a língua de sinais como língua dominante e, ao mesmo 
tempo, assimilando, aos poucos, o acesso à língua portuguesa, na modalidade 
escrita ou de escrita de língua de sinais, dependendo da maturação e do 
desenvolvimento cognitivo-linguístico de cada criança, em qualquer situação.
O conceito do bilinguismo trabalha na introdução da aceitação da surdez 
como identidade natural e convencionada pela comunidade Surda e, assim 
sendo, poderá almejar, assim como as pessoas não-surdas, os diversos 
campos de atuação. O bilinguismo defende que os Surdos formem uma 
comunidade, com cultura e língua própria; e procura fazer entender que os 
Surdos têm as suas particularidades, a sua língua e a sua forma particular 
de se sentir e depensar, não ligando aos aspectos negativos da patologia da 
surdez. Também reforça a introdução do bicultural para que os Surdos possam 
obter conhecimentos acerca da sua língua com o objetivo de desenvolver a 
identidade cultural e ajudar a afirmar os seus valores culturais. Isso reforçará 
o melhor entrosamento no seio multicultural que hoje se expande no mundo. 
37
Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
37
 Capítulo 2 
Atividades de Estudos: 
1) Na sua cidade existem escolas bilíngues?
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2) Os professores ou escolas denominados de “bilíngues” usam a 
prática linguística distinta ou simultânea (uso da língua de sinais 
brasileira ou uso de português sinalizado)?
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A experiência da escola bilíngue partiu, através da pesquisa, da Suécia, 
Noruega e Dinamarca (JOKINEN, 1999), que foram os países que implantaram 
a abordagem bilíngue na educação dos Surdos. E, mais tarde, essa abordagem 
foi implantada em outros países, como Estados Unidos, França e alguns 
estados do Brasil.
38
 Deficiência Auditiva e Libras
38
A questão primordial e crucial da educação bilíngue é a aquisição da 
língua natural e espontânea aplicada nas escolas. Sabemos que, para estudar, 
aprender a ler e reconhecer a língua portuguesa como segunda língua, é 
imprescindível que a escola prepare uma metodologia e material pedagógico 
adequado para o aprendizado da língua portuguesa como segunda língua 
dos Surdos. O uso das duas línguas (bilíngues/bicultural) proporcionará, na 
educação dos Surdos, o desenvolvimento das competências linguísticas, 
de uma forma prazerosa, objetiva e adequada às duas línguas e às duas 
comunidades em que os sujeitos Surdos estão inseridos.
Jokinen (1999, p.116) afirma que:
No seu aprendizado/ensino da primeira língua é importante 
que os estudantes aprendam a usar sua língua para 
expressar seus pensamentos e sentimentos em milhares 
de formas diferentes, em diferentes contextos. Eles talvez 
brinquem com os aspectos formais da língua e podem 
focalizar esses aspectos em contextos particulares 
significativos.
A língua escrita é uma das modalidades que pode ser aprendida mais 
tarde, assim como ocorre com as crianças não-surdas. Pelo fato de os Surdos 
serem ágrafos e do acesso tardio à leitura e escrita de uma língua, a escrita 
é um dos pontos mais cruciais do desenvolvimento cognitivo-linguístico das 
crianças Surdas. Se as crianças Surdas forem expostas, em tenra idade, 
à língua escrita e visual, e com o conhecimento da estrutura gramatical 
e dos sinalários da língua de sinais (Escrita de Sinais), elas extrairão os 
significados do material escrito. A língua escrita, uma das modalidades da 
língua portuguesa, torna os sujeitos Surdos mais autônomos na coleta, leitura, 
procura e uso das informações gerais até as específicas, e essas informações 
permitem uma melhor integração na sua vida social, escolar, de trabalho e até 
acadêmica.
Acesse o site sobre Escrita de Língua de Sinais (SignWriting), 
que contém coisas interessantes para conhecer!: 
http://www.signwriting.org/library/history/hist010.html 
Sem o uso adequado do sistema bilinguismo na vida social e escolar dos 
sujeitos Surdos, certamente advirão futuras consequências, tais como:
- ausência de oportunidade de usar a variedade de linguagem;
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Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
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 Capítulo 2 
- ausência do planejamento para a solução de problemas;
- dependência da situação auditiva;
- presença de agressividade, desvio comportamental e o sujeito Surdo será 
rotulado como anti-social.
Estudos Culturais: são estudos sobre a diversidade dentro 
de cada cultura e sobre as diferentes culturas, sua multiplicidade 
e complexidade. São, também, estudos orientados pela hipótese 
de que entre as diferentes culturas existem relações de poder e 
dominação que devem ser questionadas.
Estudos Surdos: sob o ponto de vista cultural, entendem 
a cultura surda como algo presente, compondo: língua, história 
cultural, pedagogia dos surdos, artes, literatura, etc. Compartilham 
a teoria cultural que enfatiza a cultura surda e seus discursos são 
contra a ideia do surdo como sujeito deficiente, estereotipado e 
como cultura subalterna.
Estudos Linguísticos: é um grupo de estudo da aquisição 
de linguagem e de língua de sinais. Promove encontros, reuniões 
e seminários anuais, com a intenção de compartilhar informação 
científica e promover o progresso da pesquisa linguística de língua 
de sinais brasileira. 
Sinalários: é o conjunto de expressões que compõem o léxico 
da língua de sinais. É uma ferramenta para a escrita de língua de 
sinais (ELS).
proposTas educacionais na educação 
inclusiva
 
A proposta bilíngue na educação inclusiva está sendo utilizada em 
poucas cidades do Brasil (LACERDA, 2000) por vários motivos: dificuldade 
de organizar grupos de Surdos e de não-surdos com domínio de língua de 
sinais brasileira; resistência de pessoas não-surdas em aceitar a língua de 
sinais como a primeira língua dos surdos e, por último, a incompreensão da 
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 Deficiência Auditiva e Libras
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necessidade do uso de língua de sinais brasileira no trabalho com as pessoas 
Surdas. Apesar das dificuldades, a autora mostra que as experiências bilingues 
no atendimento educacional e inclusivo têm dado resultado satisfatório.
Para concretizar a proposta bilíngue nas escolas inclusivas, deve-se 
possibilitar:
a) a introdução da língua de sinais brasileira como primeira língua e o 
português (ou a língua majoritária) como a segunda língua;
b) a introdução, o mais cedo possível, da língua de sinais brasileira, na 
educação nas séries infantis e séries iniciais do ensino fundamental 
(SOUZA, 1998);
c) a exposição de LIBRAS garante aos Surdos o direito a uma língua de fato, 
e, em consequência, um funcionamento simbólico-cognitivo satisfatório e 
prazeroso;
d) o asseguramento do acesso dos Surdos às duas línguas, no contexto 
escolar, ou seja, respeitar a autonomia da Língua de Sinais e da língua 
majoritária do país, no nosso caso, o Português (QUADROS, 1997);
e) a proposta bicultural, já que a comunidade Surda, como a ouvinte, tem a 
sua cultura.
É importante que a escola ofereça, à criança Surda, oportunidade de 
adquirir a sua primeira língua, da mesma maneira como essa oportunidade é 
oferecida à criança ouvinte.
A cultura Surda deve ser inseridanos currículos escolares. A cultura 
do surdo é designada por Moura (2000) como representação linguística 
principalmente pela sua língua que tem propiciado a união dos surdos e 
continua viva nas comunidades. A história dos surdos mostra a necessidade de 
permanecerem unidos, de construírem uma identidade própria, “um lugar de 
direitos coletivos para a determinação própria” (p. 66) de seu grupo. A cultura 
dos surdos, assim entendida, revela-se no comportamento, valores, atitudes, 
estilos cognitivos e práticas sociais.
A nova modalidade e sua perspectiva Surda pressupõem o respeito e o 
reconhecimento de sua singularidade e especificidade humana, refletidos no 
direito de apropriação da Língua de Sinais da qual dependem os processos de 
identificação pessoal, social e cultural (SKLIAR, 1997). 
Considerando a característica de língua viva da LIBRAS, o instrutor surdo 
é o profissional mais habilitado a atualizar profissionais da escola em LIBRAS 
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Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
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 Capítulo 2 
e prepará-los para receber alunos surdos em suas salas de aula/escola, 
porque recebeu capacitação adequada para ensinar LIBRAS e pertence à 
comunidade que a utiliza (SOUZA; GÓES, 1999).
Hoje, com o movimento de inclusão, é cada vez maior a necessidade de 
se criar um espaço, junto às escolas, para os seus profissionais se atualizarem 
em LIBRAS ou conhecerem a língua capaz de aproximá-los e de auxiliá-los a 
compreender os alunos surdos incluídos e instrumentalizá-los para ensinar. 
Além disso, considerando a nova política educacional, esse trabalho deve 
vir integrado com um atendimento de apoio à família, visando a garantir o 
desenvolvimento educacional adequado aos alunos surdos.
Atividades de Estudos: 
Pesquise nas escolas:
1) As propostas bilíngues nas escolas inclusivas estão sendo 
adequadas para o atendimento escolar das crianças Surdas?
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2) Anote os pontos positivos e negativos da inclusão das crianças 
Surdas nas escolas inclusivas e discuta com seus colegas.
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alguMas considerações
A educação dos surdos e suas diversas metodologias foram permeadas 
por ações de controle, poder e de visão fonocêntrica, de supervalorização 
da língua oral e da cultura não-surda. Houve várias transições: Oralismo, 
Comunicação Total até culminar na Educação Bilíngue como método viável 
na Educação de Surdos, graças ao empenho e criação de vários estudos, tais 
como: Culturais, Surdos e Linguísticos. 
referências
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Modelos e Técnicas educacionais na 
educação de surdos
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 Capítulo 2 
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bilingüismo para surdos. In: SKLIAR, Carlos (Org). Atualidade da educação 
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