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BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL E S C O L A C IV IL CURSO DE FORMAÇÃO A U LA – E P IL EP SI A E C O N V U LS Ã O EPILEPSIA E CONVULSÃO Ataques epiléticos e convulsivos: Nosso cérebro contém bilhões de neurônios que se comunicam e exercem suas funções através da geração constante de impulsos elétricos. A crise convulsiva, ou crise epilética, surge quando ocorre um distúrbio na geração destes impulsos elétricos cerebral, normalmente causada por uma temporária atividade elétrica dentro do sistema neurogênico, pode ser atribuída á abuso de álcool, drogas, contusão forte na cabeça ou na maioria dos casos é de origem hereditária da vitima. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m RESGATE Convulsão: Define-se como abalos musculares de parte ou de todo o corpo, decorrente do funcionamento anormal do sistema nervoso central. • Proteger a vítima; • Proteger a língua com um pedaço de pano; • Cabeça colocada lateralmente; • Se em 05 minutos não passar, transportar para o hospital. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m Nem toda crise convulsiva é causada por um quadro de epilepsia, podemos citar algumas doenças que podem provocar crise convulsiva sem que se caracterizem como um quadro de epilepsia, porem existem casos sem causas conhecidas: • Febre; • Meningite; • Drogas; • Hipoglicemia; • Anóxia (falta de O²) • Trauma; • Desidratação grave; • Insuficiência renal avançada; • Alterações hidroeletrolíticas. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Na epilepsia existem fases que a vitima passa até o termino da crise, essas fases são caracterizadas de um aumento ou diminuição da contração muscular, o que define um fenômeno positivo e negativo. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises generalizadas São aquelas cuja semiologia inicial indica o envolvimento de áreas encefálicas amplas de ambos os hemisférios cerebrais, o termo convulsão, significa episódios de contração muscular excessiva e anormal, mantida ou interrompida, usualmente bilateral. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises parcial A crise parcial complexa, correspondente ao que se chamava epilepsia do lobo temporal, é uma descarga epileptiforme focal que se origina em um dos lobos temporais e que posteriormente se dissemina para os lobos temporais dos dois hemisférios cerebrais. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises tônico-clônicas As crises tônico-clônicas chamadas crises de grande mal são caracterizadas por contração tônica simétrica e bilateral seguida de contração clônica dos quatro membros usualmente associadas a fenômenos autonômicos como apneia, liberação esfincteriana, sialorréia e mordedura de língua, durante cerca de 1 a 3 minutos. Na fase de contração tônica o ar pode ser expulso através da glote fechada, o que resulta no grito epiléptico, logo após esse período a vitima se manifesta com confusão mental e sonolência. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises tônico-clônicas Não tente imobilizar seus membros, deixa o paciente se debater, procure apenas proteger a cabeça para evitar contusões; Se o paciente estiver se sufocando com a própria língua, NUNCA ponha a mão dentro da boca para tentar ajudá-lo, ele pode subitamente contrair violentamente a mandíbula, e você pode perder os dedos, o simples ato de girar a cabeça para o lado é suficiente para a língua desobstruir as vias aéreas, isso também impede que o paciente se afogue na própria saliva. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises tônico-clônicas Após a crise é normal o paciente permanecer desacordado por algum tempo, coloque-o de lado e deixe-o dormir. Nunca ofereça nada para beber ou comer logo após a crise, nesta fase o paciente pode não conseguir engolir direito, sofrendo risco de aspirar o alimento ou o líquido. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises motoras inibitórias Embora raramente observados como manifestações críticas, paresia de membros ou períodos de afasia (crises afásicas) podem ser decorrentes de descargas epilépticas repetitivas envolvendo o córtex motor. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises clônicas Crises clônicas são caracterizadas pela ocorrência de mioclonias repetidas a intervalos regulares, rítmicas, na frequência de 2-3 c/s ocorrendo durante vários segundos a minutos. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Com sinais motores elementares clônicos São caracterizadas por contrações musculares que recorrem de forma regular a intervalos menores do que 1 a 2 s, com sinais motores elementares clônicos são originadas, quase sempre, pela ativação do córtex motor primário contralateral. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises hemiclônicas São crises que apresentam todas as características clínicas das crises generalizadas tônico-clônicas, porém as manifestações motoras são observadas unicamente ou de modo predominante em um só lado do corpo. Quando estas crises são prolongadas podem cursar com dano hemisférico, configurando a síndrome da hemiconvulsão-hemiplegia-epilepsia. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises tônicas Ocorre contração muscular mantida com duração de poucos segundos a minutos. Em geral, as crises tônicas duram de 10 a 20 segundos e podem comprometer apenas a musculatura axial (crises tônicas axiais) ou também a das raízes dos membros (crises tônicas axorizomélicas) ou então todo o corpo, configurando a crise tônica global. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises motoras tônicas assimétricas São crises em que a contração desigual ou assíncrona de grupos musculares de ambos os lados do corpo produz posturas assimétricas decorrentes da contração tônica de um único membro, de um hemicorpo ou dos quatro membros. Usualmente breves, durando 10 a 40s, têm início abrupto e podem ser acompanhadas por grito ou murmúrio. A consciência em geral é preservada e não há confusão pós crítica. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises de ausências típicas Consistem de breves episódios de comprometimento de consciência acompanhados por manifestações motoras muito discretas como automatismos orais e manuais, piscamento, aumento ou diminuição do tônus muscular e sinais autonômicos, duram cerca de 10 a 30 segundos e apresentam início e término abruptos, ocorrendo, em geral, várias vezes ao dia, são desencadeadas por hiperventilação por 3 a 5 minutos em um paciente não tratado. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises de ausências atípicas Nestas crises o comprometimento da consciência é menor, o início e término são menos abruptos e o tono muscular mostra- se freqüentemente alterado, em geral, não são desencadeadas pela hiperpnéia. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises de ausências mioclônicas Crises de ausências acompanhadas de perda de consciência e manifestações motoras importantes que incluem abalos mioclônicos bilaterais dos ombros, braços e pernas associados à contração tônica discreta a qual ocasiona elevação dos membros superiores, os mais acometidos pelo fenômeno motor. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Espasmos Denominados espasmos epilépticos, são caracterizados por contração tônica rápida, com duração de 1 a 15 segundos, da musculatura do pescoço, tronco e membros podendo assumir caráter em flexão ou em extensão, esta contração é usualmente mais mantida do que as mioclonias, masnão tão prolongada como nas crises tônicas (sua duração é de 1s). Podem ocorrer formas limitadas com contração da musculatura facial ou queda da cabeça. No lactente, são freqüentemente acompanhados de choro e quando não presenciados pelo médico podem ser confundidos com cólicas, um diagnóstico que pode retardar a terapêutica adequada comprometendo o prognóstico. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises mioclônicas São contrações musculares súbitas, breves (< 100 ms), que se assemelham a choques, podem afetar a musculatura facial, o tronco, uma extremidade, um músculo ou um grupo muscular e podem ser generalizadas, ocorrendo de forma isolada ou repetida. As crises mioclônicas são freqüentemente precipitadas por privação de sono, despertar ou adormecer w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Mioclonias palpebrais Consiste em contrações rápidas das pálpebras ao fechamento dos olhos, o que ocasiona piscamento rápido, acompanhado de desvio dos globos oculares para cima. Este fenômeno pode aparecer de forma isolada ou ser acompanhado de crises de ausências muito breves com duração de apenas alguns poucos segundos. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises mioclono-atônicas Encontradas principalmente em epilepsias da infância, estas crises são caracterizadas por abalos mioclônicos nos membros superiores, geralmente em flexão, seguidos de perda do tono muscular com queda da cabeça e flexão dos joelhos. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Mioclonias negativas São episódios curtos (< 500 ms) de atonia muscular provavelmente decorrentes de inibição súbita da inervação tônica dos motoneurônios alfa. Na maioria dos casos descritos na literatura o fenômeno de mioclonias negativas generalizadas esteve presente em anormalidades cerebrais difusas como na doença de Lafora e nas encefalopatias mitocondriais enquanto as mioclonias negativas focais ocorrem em distúrbios da região perirrolândica, como nas displasias corticais e na síndrome de Rasmussen. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises atônicas Caracterizadas por perda ou diminuição súbita do tono muscular envolvendo a cabeça, tronco, mandíbula ou membros, as crises atônicas são decorrentes de perda do tônus postural podendo promover queda lenta se o indivíduo estiver em pé. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises focais São aquelas cujas manifestações clínicas indicam o envolvimento inicial de apenas uma parte de um hemisfério cerebral, podem, com a propagação das descargas, evoluir para crises tônico-clônicas generalizadas, é o que se chama crise focal com generalização secundária. Os sinais subjetivos que antecedem uma crise observável e que o paciente é capaz de descrever constituem a aura que pode ocorrer de forma isolada constituindo uma crise sensitivo- sensorial. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises motoras focais Crises motoras são aquelas nas quais os fenômenos motores constituem a manifestação predominante na semiologia crítica. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises com mioclonias negativas focais Caracterizam-se por breves períodos de atonia focal com perda do tônus postural que podem ser evidenciados quando o paciente exerce uma atividade tônica com a parte do corpo afetada pelo fenômeno motor negativo. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises focais sensitivo-sensoriais Incluem sintomas simples, ou seja, aqueles que envolvem apenas uma modalidade sensorial primária (elementares) e mais elaborados (complexos). w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Com sintomas sensitivo-sensoriais elementares Neste fenômeno epiléptico é representado por auras (uma vez que tratam-se de manifestações subjetivas, que não são detectáveis por um observador), entre elas figuram crises sensitivas (parestesias, dor e sensações viscerais como a sensação epigástrica) e as crises sensoriais (visuais, auditivas, olfatórias, gustativas). w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Com sintomas experienciais Consistem de alucinações multissensoriais que configuram “experiências” e incluem fenômenos perceptuais afetivos (medo, depressão, alegria e mais raramente, raiva) e manifestações neumônicas envolvendo ilusões e alucinações cuja qualidade é similar àquelas experimentadas normalmente, porém reconhecidas pelo indivíduo como algo que ocorre fora do contexto real e às vezes de conteúdo extraordinariamente vívido. Neste grupo encontramos fenômenos como déjà e jamais vu, déjà e jamais entendu, déjà e jamais vécu (sensação de familiaridade e estranheza de cenas, sons e experiências de vida), estados de sonho e alucinações complexas. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises com automatismos hipercinéticos O movimento afeta principalmente a parte proximal dos membros, o que resulta em movimentos importantes os quais, quando rápidos, parecem violentos. Incluem movimentos como pedalar, de impulsão pélvica e de balanceio de todo ou de parte do corpo. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises gelásticas Nestas crises o riso, de caráter incomum, estereotipado e inapropriado, constitui o fenômeno complexo mais importante das manifestações críticas, associadas aos hematomas hipotalâmicos, podem também ser verificadas em epilepsias dos lobos frontal ou temporal. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO Crises secundariamente generalizadas Consistem de crises tônico-clônicas generalizadas geralmente assimétricas precedidas pela versão da cabeça e dos olhos para o lado contralateral ao início crítico. w w w . b r a s i l f l a m e . c o m EPILEPSIA E CONVULSÃO E S C O L A C IV IL INSTRUTORES BOMBEIROS MATHEUS NAIDEG OMAR DE MACEDO
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