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Apostila de Ética Profissional - Completa

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SEDI
Secretaria de 
Estado de
Desenvolvimento
Econômico e
Inovação
	
	ITEGO 
Célio Domingos Mazzonetto
(62) 3307-1700
SEDI
Secretaria de 
Estado de
Desenvolvimento
Econômico e
Inovação
Técnico em Man e Sup de Informática
Ética Profissional
Caro estudante! 
Este caderno apresenta conteúdos importantes sobre a disciplina de Ética Profissional, com objetivo de proporcinar noções sobre a ética profissional e social, preceitos fundamentais de ordem moral e de convívio. Conteúdo indispensável para o exercício profissional daqueles que pretendem-se inserir no mercado de trabalho. Na área de tecnologia, a ética torna necessária no momento da análise do problema, venda do produto e serviços, venda de promessas e orçamento financeiro, para não gerar conflitos principalmente quando trata-se do suporte e serviços.
No trabalho, quando um agromerado de pessoas convivem, dividem e compartilham situações, as relações podem sofrer certos atritos, é neste momento que precisamos conhecer nosso conceito ético de direitos e deveres para minimizar os conflitos
É imprescindível, para alcançar sucesso na disciplina, que você busque estudar este material, consultar outros materiais sobre o assunto trabalhado na aula e solicitar ajuda do tutor, sempre que surgirem dúvidas. Empenhe-se em seus estudos e lembre-se: o seu sucesso só depende de você. Um curso à distância não acontece se o aluno não tomar a iniciativa.
Atenciosamente,
Heder Vieira de Lima
Professor
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
 Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Atividades: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. 
Mídias integradas: sujestões de vídeos e filmes relacionado ao conteúdo aplicado.
Dicas: Métodos inteligentes e alternativos que facilitam a sua vida.
Sumário
1.	NOÇÕES GERAIS DE DIREITO	8
1.1.	Breve conceito de direito?	8
1.2.	Direito objetivo e direito subjetivo	9
2.	DIREITO CIVIL	11
2.1.	Fatos e atos jurídicos	12
2.2.	Direito de propriedade	12
2.2.1.	Propriedade intelectual	13
2.2.2.	Propriedade industrial	14
2.2.3.	Patentes	15
2.2.4.	Marcas	16
2.3.	Direito de propriedade	18
2.3.1.	Origem e evolução das micro e pequenas empresas no Brasil	18
2.3.2.	Contratos de prestação de serviços	20
3.	DIREITO DO TRABALHO	22
3.1.	Conceito de empregador e empregado	22
3.2.	O direito do trabalho	23
3.3.	Direitos individuais do trabalho	23
3.4.	Direitos coletivos de trabalho	23
4.	DIREITO CONSTITUCIONAL	24
5.	ÉTICA	27
5.1.	O que é ética	27
5.2.	Princípios e normas éticas	29
5.3.	Ética social, família, empresa, nação e globalização	31
6.	CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL E EMPRESARIAL	34
6.1.	Códigos de ética	34
6.1.1.	O código de ética profissional	34
6.1.2.	O código de ética empresarial	37
6.2.	A responsabilidade social	39
6.3.	O direito autoral	41
6.4.	Código de defesa do consumidor	43
6.4.1.	Direitos básicos do consumidor	45
7.	ASPECTOS JURÍDICOS DA INTERNET	46
7.1.	Liberdade de informação na Internet, mensagens eletrônicas, habeas data e a privacidade	46
7.2.	Os códigos de ética e o acesso não autorizado	49
8.	HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO	53
8.1.	Higiene do trabalho	53
8.2.	Segurança do trabalho	55
Referência	59
Currículo do Professor	61
Apresentação da disciplina
Disciplina: Ética Profissional (carga horária: 40h).
Ementa: Discussão dos múltiplos usos da Ética: na profissão de informática, nas organizações e na sociedade. Legislação aplicada a informática.
Tem como competência Conhecer os conceitos, princípios e valores da ética profissional, boas relações interpessoais no ambiente de trabalho e a legislação aplicada à área de informática.
Será aplicado os princípios éticos nas relações profissionais e regras básicas de relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho; a legislação específica da área de informática no desenvolvimento das atividades inerentes à área da informática.
E lembre-se: Aprofunde seus conhecimentos compartilhando suas dúvidas e conhecimentos com seus tutores e colegas. Use esse material como base e busque conhecimentos em outras fontes. 
Bom Estudo! 
	
UNIDADE I
	Noções gerais de direitos; direito civil;
	10 horas
	UNIDADE II
	Direito do trabalho; Direito constitucional
	10 horas
	UNIDADE III
	Ética.
	10 horas
	UNIDADE IV
	Aspectos jurídicos da internet
	10 horas
	
	Total
	40 horas
1. NOÇÕES GERAIS DE DIREITO
Direito
Conjunto de normas que regulam o funcionamento e a organização da Administração Pública, bem como o seu relacionamento com os cidadãos.
"direito", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/direito [consultado em 12-05-2020].
1.1. Breve conceito de direito?
Em todo instante e em qualquer parte que esteja, o cidadão está às voltas com o fenômeno do direito, seja para a defesa de uma causa própria ou para exigir reparação contra um prejuízo que tenha sofrido. Seu modo de agir ou sua abstenção diante de determinada situação é determinado em função do que lhe convém. Daí o direito, que regula as relações dos indivíduos na sociedade, minimizando ou reduzindo o conflito de interesses.
Quando um conjunto de pessoas se organiza em pequenos grupos, ou isoladamente, em determinado território, fica estabelecida uma pequena sociedade, na qual seus elementos passam a interagir, direta ou indiretamente, uns com os outros.
Desta interação podem ocorrer interferências positivas ou negativas que afetam interesses e geram conflitos, se não houver regras preestabelecidas de relacionamento.
A conduta individual ou coletiva é regida por critérios éticos, morais e de direito. Quando em sociedade, o indivíduo assume as regras morais de forma a garantir o seu bem-estar, regras essas que são seguidas espontânea e naturalmente. Por exemplo, a devolução de um objeto perdido ao dono é ato moral quando feito de forma espontânea.
Por outro lado, nessa mesma sociedade, o indivíduo assume a conduta estabelecida pelas regras instituídas pelo Estado, que são cumpridas por existir uma coação, ou seja, uma pena pelo seu não cumprimento. Por exemplo, uma infração de trânsito.
Em ambos os casos, o indivíduo tem a liberdade de tomar uma decisão, de cumprir ou não as regras estabelecidas, mas as consequências podem ser distintas, sofrer condenação moral ou judicial. A sanção pelo descumprimento da regra moral é a da consciência, e a coercibilidade imposta pela norma é característica do direito, e é formulada em códigos e leis.
1.2. Direito objetivo e direito subjetivo
A palavra “direito” é comumente empregada em vários sentidos diferentes, segundo:
• Sentido objetivo: por direito, pode-se entender a norma ou o conjunto de preceitos em vigor num determinado país, de direito constitucional, de direito civil, de direito do trabalho, etc. Nesse sentido, denomina-se o direito também como direito positivo, ao qual se opõe o chamando direito natural, conjunto de princípios racionais de justiça que inspiram o primeiro; 
• Sentido subjetivo: por direito, pode-se também entender a faculdade que assiste a quem a norma de direito ampara. O direito do credor com relação ao devedor, o direito do autor com relação ao plagiador, etc., são exemplos de direitos empregados no sentido subjetivo. Nesse sentido, é o interesse juridicamente protegido. Tal direito, entretanto, não pode existir se o outro, o direito objetivo, também não existe;
• Sentido de fato social: por direito, pode-se entender igualmente o fenômeno jurídico resultante das relações humanas e decorrentes da vida social. O direito, nesse sentido, é olhado sob um prisma puramente sociológico;
• Sentido idealista: por direito, pode-se entender, ainda, a ideia de justiça, verdadeira aspiração moral, toda orientada para o direito natural. Neste sentido, pode-sefalar no sentimento do direito. 
• Sentido de ciência: por direito, pode-se entender, finalmente, o corpo sistematizado de princípios que constituem a chamada ciência do direito.
A noção de “direito” está associada à noção de “justiça”, cujo objeto consiste em dar a cada um o que lhe pertence. No cotidiano, o indivíduo quase sempre se sente injustiçado, por ser incapaz de discernir sobre a natureza da violação de seu direito. 
Quando observados os preceitos legais, a sociedade passa a usufruir dos benefícios de uma ordem social, que assegura a coesão dessa sociedade, implicando no equilíbrio de interesses opostos existentes. 
A justiça pode ser comutativa, distributiva ou social, conforme explica Paupério (2003): 
• justiça comutativa, bilateral, que diz respeito às permutas ou trocas, e seu fim é estabelecer a igualdade das relações entre os particulares; 
• à justiça distributiva cabe repartir os bens e os encargos sociais, mediante uma distribuição equitativa, de acordo com seus méritos e habilidades; 
• justiça social, que implica na contribuição de cada um para a realização do bem comum. Sua atenção está voltada para o bem geral da sociedade.
Essas três espécies de justiça integram o conceito da justiça participativa, que visa a despertar a atenção das pessoas com relação à obrigação de cada um participar de forma livre e consciente, promovendo maior e melhor interação social.
2. DIREITO CIVIL
“O direito civil é um ramo do direito privado. Trata-se de um conjunto de normas jurídicas que regula as relações entre as pessoas e entre estas e seus bens. Tais relações surgem no âmbito da família, referem-se às obrigações que se criam entre os indivíduos, seja em razão de lei, seja em função de contratos, ou seja, em decorrência de fatos alheios à vontade humana.” (Campos, 2006).
O Código Civil é dividido em duas partes, geral e especial. Na parte geral estão os artigos que versam sobre as pessoas (naturais e jurídicas), os bens (quanto à classificação) e os fatos jurídicos (negócios jurídicos, atos jurídicos lícitos e ilícitos e da prova). Na parte especial estão os artigos relativos ao direito e obrigações, ao direito da empresa, ao direito das coisas, ao direito da família, às sucessões.
Os temas tratados no Código Civil são amplos e pretendem englobar as situações relacionadas às relações de entes privados. Dentre as situações expressas no referido código, ficam evidenciadas as características de personalidade e da capacidade do indivíduo e os conceitos identificadores das pessoas jurídicas. 
Como nem todas as pessoas possuem aptidões para o exercício de seus direitos e obrigações, o Código Civil trata especificamente desse tema, ao estabelecer os casos em que tais pessoas ficam impedidas, por falta de maturidade, por exemplo, de decidir o que lhes é conveniente, no tocante a seus direitos. 
No caso da pessoa jurídica, segundo Campos (2006), “sua existência começa com a inscrição de seus atos constitutivos, estatutos sociais, contrato social ou compromissos no registro público competente e termina com sua dissolução ou falência”. 
Em partes específicas, o Código Civil define, por exemplo, a forma de funcionamento, a composição das sociedades empresariais e os tipos de empresas no país, além de tratar das obrigações e dos contratos e do direito das coisas, como a posse e a propriedade de imóvel.
2.1. Fatos e atos jurídicos
Durante sua existência, o homem pratica atos voluntários ou involuntários, que podem ser classificados de bons ou maus e provocar benefícios ou danos a si próprio ou a outrem. Dos atos decorrem os fatos, os acontecimentos, que por sua vez também podem ser prejudiciais ou não. 
No tocante aos aspectos jurídicos, Campos (2006) traz as seguintes definições:
· Ato jurídico – é o ato humano voluntário que produz efeitos regulados em lei, sem que o agente tenha intenção de produzir efeitos jurídicos, mas sim com ato de mero poder. Exemplo: a fixação de um domicílio. 
· Fatos jurídicos – são os acontecimentos da vida em virtude dos quais as relações de direito nascem, se modificam ou se extinguem. Exemplo: o falecimento de uma pessoa. 
· Negócio jurídico – é o ato humano voluntário, pelo qual o agente tem o propósito de realizar efeitos jurídicos em seu interesse. Exemplo: os contratos em geral, tais como o de compra e venda.
Tais definições jurídicas atestam a importância que se deve prestar aos atos praticados durante o cotidiano, de forma a se evitar consequências negativas resultantes de tais atos.
2.2. Direito de propriedade
A propriedade pode ser considerada como resultante do trabalho individual ou de antepassados, e faz parte das tendências da natureza humana. Desde cedo, na primeira infância, o ser humano procura guardar aquilo que o agrada, e com o passar do tempo procura, por meio de esforço pessoal, adquirir e conservar os bens necessários para a satisfação de suas diferentes necessidades. 
O conceito de propriedade também pode ser compreendido como o direito que uma pessoa tem sobre alguma coisa, de forma que possa usar, dispor e fruir desse bem, além de reavê-lo quando lhe for retirado indevidamente, ou ser indenizado, no caso de alguém lhe causar dano total ou parcial. 
Em princípio, são consideradas como propriedades os bens tangíveis, as coisas materiais, como as canetas, os automóveis, as roupas, etc. Com o passar dos tempos, o fruto da criatividade humana também passou a ter valor e a ser considerado como propriedade, no caso, imaterial. As obras literárias, as músicas, os programas de computador estão classificados dentro do conceito de bens imateriais, os quais também merecem especial atenção quanto a sua proteção. Daí a constituição do direito intelectual. 
São diversos os tipos de propriedades, cada uma delas com um aspecto característico, como as públicas e as privadas, agrícolas, industriais, rurais, urbanas, de bens de produção e de consumo, de uso pessoal ou coletivo. Certas categorias são destinadas à apropriação pública, como as praias, os lagos, os rios, as praças, etc. 
Dentre as propriedades especiais, destacam-se aquelas asseguradas por lei, tais como os proprietários de inventos, marcas, obras literárias, entre outras.
2.2.1. Propriedade intelectual
Segundo definição da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), constituem propriedade intelectual as invenções, obras literárias e artísticas, os símbolos, os nomes, as imagens, os desenhos e modelos utilizados pelo comércio. 
As questões pertinentes ao direito autoral e da propriedade industrial estão inseridas no contexto da propriedade intelectual. Os temas referentes às marcas e patentes, ao desenho industrial e às indicações geográficas, por exemplo, estão sob a esfera da propriedade industrial. No tocante aos aspectos relacionados às obras artísticas e literárias, à cultura imaterial e aos domínios da Internet, estes são da alçada do direito autoral.
2.2.2. Propriedade industrial
Figura 1 - Lei de Propriedade Industrial
Desde o advento da Revolução Industrial, ocorrida na segunda metade do século XVIII, a sociedade vem presenciando um acelerado processo de inovação tecnológica e se beneficiando com seus resultados práticos, como a utilização de máquinas, equipamentos e utensílios cada vez mais utilitários e econômicos. 
A mutação da técnica industrial promoveu um intenso incremento na produtividade, com a redução de custos de produção e o consequente aumento na oferta de novos produtos e serviços. 
Toda essa evolução foi, e continua sendo, viabilizada graças aos novos inventos, às novas descobertas científicas e às criações tecnológicas, gerando riquezas materiais com os novos produtos e serviços, os novos modelos de utilidade e a adição de valores agregados aos produtos então existentes. 
Nesse cenário, os inventores e criadores careciam de proteção jurídica para obter alguma recompensa por suas criações, e as organizações também buscavam proteção contra o uso indevido por terceiros das criações geradas por suas equipes de trabalho. 
Após décadas de tentativas e debates sobreo tema, por parte de comunidades empresariais, governamentais e representativas dos inventores e autores, passou a vigorar a lei que regula os direitos e as obrigações relativos à propriedade industrial, a Lei nº. 9.279, de 14 de maio de 1996. 
Conforme expresso no art. 2º da lei, a proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país, efetua-se mediante: 
I. concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; 
II. concessão de registro de desenho industrial; 
III. concessão de registro de marca;
IV. repressão às falsas indicações geográficas;
V. repressão à concorrência desleal.
Quanto à titularidade, o artigo 6º da lei define: Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta lei.
2.2.3. Patentes
Após anos de investimento em pesquisas, desenvolvimento, produção, marketing e demais recursos intelectuais, materiais e humanos, uma determinada organização lança novos produtos no mercado atraindo a atenção dos consumidores, e também dos concorrentes. 
Para evitar ou minimizar as perdas decorrentes da ação de competidores capazes de copiar esses produtos e vendê-los a custos menores, a empresa dispõe de um importante dispositivo de proteção, a patente. 
De acordo com a definição do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), patente é: Um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação.
Texto disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/patente/pasta_oquee
A autoria da patente pertence ao inventor, pessoa física, que deve proceder ao depósito de pedido de patente no órgão responsável pelo registro, para obter a titularidade do invento a nível nacional. Com isso, o então titular da patente, durante sua vigência, passa a ter o direito de impedir o uso, a fabricação, ou a exploração comercial da sua criação. Caso o inventor trabalhe em determinada empresa para quem o produto foi criado, esta poderá requerer o pedido da patente.
Cabe ao titular da patente o pagamento das anuidades, durante sua vigência e, após concedida a patente, deve iniciar a comercialização ou a exploração do produto patenteado. 
Dentre os requisitos de patenteabilidade destacam-se: 
• a novidade do invento, por não ter sido revelado ao público através de qualquer meio de comunicação; 
• aplicação industrial, por meio da produção do invento para o consumo; 
• atividade inventiva que permita a constituição de produto ou processo inédito no mercado, capaz de promover melhora substancial em comparação a algum outro existente.
2.2.4. Marcas
Segundo Kotler e Armstrong (1988), marca é “um nome, termo, signo ou símbolo ou design, ou uma combinação desses elementos, para identificar produtos ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e diferenciá-los dos de seus concorrentes”. 
O entendimento das funções da marca vem evoluindo ao longo dos anos, acompanhando o progresso industrial, de tal forma que hoje contribui decisivamente para o sucesso das organizações. 
A força da marca, como propulsora do desenvolvimento dos negócios, pode ser avaliada pelos valores que são atribuídos a muitas delas. Hoje, existem marcas mais valiosas do que todo o conjunto dos demais ativos de uma empresa.
Conforme estabelece o INPI: 
A marca registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo em todo o território nacional em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo tempo, sua percepção pelo consumidor pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços por ela identificados.
Texto disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/marca/marca 
Para que a empresa possa obter ganhos com a marca, é necessário que a mesma seja registrada, sendo o registro válido por dez anos, e podendo ser renovado por iguais e sucessivos períodos. 
De acordo com sua finalidade de uso, a legislação brasileira instituiu três tipos de marcas: as de produto ou serviço; as de certificação, que validam a conformidade do produto com relação à normas específicas; e as coletivas, relativas a produtos de uma mesma organização. Quanto à forma de apresentação, as marcas são classificadas como:
· nominativas: composta por algarismos, letras ou palavras;
· figurativas: apresentada por meio de imagem, figura ou desenhos;
· mista: quando associa os elementos nominativos e figurativos;
· tridimensionais.
As marcas notoriamente conhecidas e as de alto renome recebem proteção especial, conforme os artigos 125 e 126 da Lei da propriedade industrial.
Para uma proteção efetiva de uma marca, recomenda-se um estudo atento do que dispõe a referida lei e uma assessoria jurídica para o acompanhamento do processo de registro.
2.3. Direito de propriedade
2.3.1. Origem e evolução das micro e pequenas empresas no Brasil
Não se pode afirmar com precisão o momento em que as micro e pequenas empresas surgiram no Brasil. As poucas informações disponíveis estão nas obras de historiadores, como Caio Prado Jr., em que constam informações referentes à atividade produtiva na época colonial em pequenas propriedades privadas, além de pontos de comércio ainda incipientes. 
O crescimento das atividades voltadas à agricultura de subsistência gerou, ao longo dos anos, uma série de pequenas empresas que, ainda embrionárias, participariam ativamente das principais atividades econômicas. 
O Brasil colônia crescia produzindo suprimentos para a Coroa, em Portugal, e depois para os centros urbanos que se formavam ao largo da costa, centros estes que se expandiram intensamente a partir da chegada de D. João VI e sua comitiva ao Brasil, no ano de 1808. 
A partir daquele ano, as atividades empresariais se multiplicavam nas diversas regiões do país, e tiveram impulso graças ao início das operações do primeiro banco no Brasil, em 1809, que passaria a emitir notas bancárias. Com o advento da República e a expansão das atividades produtivas, com destaque para os ciclos do café e da borracha, cujos produtos eram exportados e contribuíram para a geração de divisas para o país.
Nos anos 1950, o Brasil já diversificava sua pauta de exportação, devido ao aumento da produção de manufaturados.
Nos anos 70/80, ocorreu um grande crescimento da economia brasileira, conhecido, na época, como “Milagre Econômico”.
A partir de então, e até atualmente, a economia brasileira vem crescendo e atravessando as turbulências das crises econômicas que se sucederam.
Durante todo esse período, dos tempos coloniais até hoje, as micro e pequenas empresas vêm se constituindo em importante sustentáculo do crescimento e do desenvolvimento nacional.
Dados estatísticos, elaborados e divulgados pelo SEBRAE, demonstram que o segmento das micro e pequenas empresas representava, em 2004, 25% do Produto Interno Bruto (PIB), gerava 14 milhões de empregos, correspondentes a 60% do emprego formal, e constituía 99% dos seis milhões de estabelecimentos formais existentes.
Atuando em mercados de crescente competitividade, essas pequenas e médias organizações careciam de tratamento diferenciado para atuar junto às grandes corporações.
Até o ano de 1984, as micro e pequenas empresas não contavam com legislação específica, quando entrou em vigor o estatuto da microempresa, Lei nº 7.256 daquele ano.
Atualmente, vigora a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, que institui o estatuto da microempresa e da empresa de pequeno porte, “favorecendo-as com tratamento diferenciado e simplificado nos campos administrativo, fiscal, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial”:
Cerca de dois milhões de microempresas e empresas de pequeno porte se beneficiam dessa lei, uma vez que, por não possuírem os benefícios de produção em grande escala, possuem menor capacidade econômico financeira.
Para fins de enquadramento no SIMPLES – Sistema Integrado e Pagamento de Impostose Contribuições de Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, considera-se microempresa, a pessoa jurídica que aufira receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) por ano, e empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica que aufira receita bruta superior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou inferior a R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) por ano.
Texto disponível em: < http://www.biblioteca.sebrae.com.br >
2.3.2. Contratos de prestação de serviços
O crescente desenvolvimento das atividades empresariais, notadamente numa época em que os relacionamentos virtuais se ampliam com grande rapidez, exige uma postura cautelosa e preventiva por parte de todos que, direta ou indiretamente, promovem qualquer tipo de transações, compra, venda, locação, etc. Para se evitar contratempos, desgastes e conflitos, e gerar harmonia e confiança entre os parceiros de negócios, é de vital importância a adoção de um instrumento capaz de promover segurança jurídica nas relações, o contrato. 
Ao estabelecer, formalmente, os direitos e deveres que vinculam as partes envolvidas, o contrato permite afiançar o comprometimento referente aos compromissos assumidos, sejam eles societários, comerciais ou de outra categoria. 
Os contratos que formalizam os acordos entre as pessoas, conforme vontade para sua realização, podem ser expressos de forma escrita ou oral e devem obedecer aos pressupostos legais.
Segundo Campos (2006), direito contratual é um conjunto de regras que se dispõe a regular as declarações de vontade das pessoas, estabelecendo um vínculo jurídico com o fim de resguardar, modificar ou extinguir direitos e obrigações.
3. DIREITO DO TRABALHO
3.1. Conceito de empregador e empregado
De acordo com o que estabelece a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), “considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige prestação pessoal de serviços”. A partir dessa definição, depreende-se que qualquer organização ou profissionais liberais que admitam empregados são considerados empregadores. 
A mesma legislação trabalhista atesta: 
É considerado empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário, não havendo distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre trabalho intelectual, técnico e manual (CLT art. 3º, parágrafo único). 
Quanto ao empregado, este só o pode ser na condição de pessoa física, sendo contratado para prestação de serviços de forma contínua, não podendo ser de formas eventuais ou ocasionais, diferentemente dos serviços prestados por pessoa jurídica. 
Também, conforme institui a lei trabalhista, o vínculo entre o empregador e o empregado deve ser formal, ou seja, firmado por meio de contrato entre as partes, de forma clara, espontânea e consensual, desde que vá de encontro às disposições de proteção ao trabalho e respectivos contratos coletivos estabelecidos na referida lei. 
Tanto o empregador quanto o empregado devem possuir algumas características, específicas às responsabilidades e atribuições, como, por exemplo, o empregador, como um empreendedor, assume os riscos de sua atividade econômica, cujo resultado pode ser positivo ou negativo. Ao admitir um empregado para a prestação de determinado serviço, mediante o pagamento da respectiva remuneração, fica impedido de transferir tais riscos ao referido empregado, podendo, entretanto, dirigir suas atividades e definir que as mesmas sejam desempenhadas de acordo com as normas disciplinares internas da empresa. 
O empregado deve subordinação ao empregador, ou seja, se sujeita a sua dependência. Quando sujeita-se a si próprio, o trabalhador sem vínculo empregatício é denominado autônomo. 
O vínculo empregatício é reconhecido quando o empregado é um trabalhador que presta pessoalmente os serviços, quando existe a subordinação a outrem e recebe remuneração sob a forma de salário e não é eventual.
3.2. O direito do trabalho
Segundo Alonso, Castrucci e López (2006), o direito do trabalho é um conjunto de normas que regula as relações entre empregadores e empregados, estabelecendo os recíprocos direitos e obrigações decorrentes dessa atividade.
3.3. Direitos individuais do trabalho
Ao dispor sobre os direitos sociais, em especial o direito do trabalho, a Constituição Federal garante aos trabalhadores a relação de emprego contra a demissão injusta ou arbitrária, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o seguro-desemprego, férias anuais, repouso semanal remunerado, salário mínimo, licença-maternidade, aviso prévio e aposentadoria, dentre outros. 
Além disso, o trabalhador tem direito à carteira de trabalho e previdência social, ao registro de empregados em livros de registros especificados pelo Ministério do Trabalho, à jornada de trabalho predefinida por lei e a remuneração pelos serviços prestados.
3.4. Direitos coletivos de trabalho
A lei também garante diversos direitos coletivos, conquistados ao longo dos anos por meio das ações promovidas por sindicatos e demais entidades representativas de trabalhadores, como associações e sociedades profissionais, dentre os quais: liberdade de associação profissional ou sindical, direito de representação na empresa e direito de greve:
4. DIREITO CONSTITUCIONAL
O direito constitucional é um ramo do direito público que tem por objeto estudar, de forma sistematizada, os princípios e as normas fundamentais da ordenação jurídica do país. A norma fundamental é a Constituição, por meio da qual se conhecem os direitos fundamentais do ser humano e suas respectivas garantias referentes às regras básicas da ordem social e econômica. Tais direitos e garantias são fundamentados por meio do primeiro item analisado pela Constituição Federal, o da dignidade humana.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I – a soberania;
II – a cidadania; 
III – a dignidade da pessoa humana;
[...]
Partindo do preceito constitucional, o trabalhador deve ter sua dignidade respeitada, visto ser o trabalhador um ser humano. Para Marques (2002, p. 147), “o princípio da dignidade humana busca propiciar melhores condições de vida ao empregado. Na dignidade humana se valoriza o trabalho humano; na igualdade ou não discriminação se combatem as desigualdades ou permite-se alguma diferença, desde que legítima e justificada”.
É por meio do trabalho que a maioria dos indivíduos obtém os recursos necessários para sua existência e sobrevivência, como a alimentação, a saúde e a educação. Nos momentos atuais, o trabalho é visto como atividade dignificante e gratificante para o indivíduo, diferentemente dos idos tempos, quando o trabalho estava associado à escravidão ou a uma atividade “menos nobre”. 
A Constituição Federal faz-se, portanto, cada vez mais importante por proporcionar garantias ao trabalhador e ao profissional das mais diversas áreas e setores das atividades humanas. 
O empregador tem poderes para gerir a empresa e estabelecer as relações desta para com os empregados de forma limitada, ou seja, não tem o direito de se opor aos dispositivos constitucionais, nem contrariar os preceitos previstos nas legislações trabalhista, administrativa ou comercial, dentre outras. Os direitos individuais devem ser respeitados, notadamente aqueles previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), quando existe uma relação de prestação de serviços pactuada entre as partes. 
O direito da liberdade de expressão intelectual, artística e científica, mais um dos direitos individuais, é assegurado desde que não comprometa os temas relacionados aos direitos intelectuais e de propriedade intelectual, pois o empregador também deve estar atento aos aspectos relacionados às invenções e criações de seus empregados. 
O dispositivo constitucional que versa sobre a liberdade de açãoprofissional deve ser observado com a maior atenção pelo empregador, pois, segundo a Constituição Federal de 1988, “confere liberdade de escolha de trabalho, de ofício e de profissão, de acordo com as propensões de cada pessoa e na medida em que a sorte e o esforço próprio possam romper as barreiras que se antepõem à maioria do povo. Confere, igualmente, a liberdade para exercer o que fora escolhido, no sentido apenas de que o Poder Público não pode constranger a escolher e a exercer outro”. 
Num cenário de grandes transformações na sociedade, em que o acelerado desenvolvimento tecnológico contribui para profundas mutações nas relações de trabalho, empregadores e empregados podem contar com o apoio e o suporte de organizações criadas por eles próprios para a elaboração de estudos e propostas que possam levar ao aperfeiçoamento dessas relações. Tais documentos, elaborados e formatados dentro de associações representativas das classes patronais e trabalhadoras, são poderosos e importantes instrumentos orientadores para os legisladores trabalharem na atualização e modernização dos textos constitucionais.
5. ÉTICA
5.1. O que é ética
Segundo o Dicionário Aurélio, ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”. 
Durante o exercício de nossas atividades pessoais e profissionais, estamos sujeitos às opiniões próprias e de terceiros acerca de regras de conduta comportamentais, insuficientes para definir as formas de agir nas mais diversas situações. Então, em algum momento, surge um dilema de como proceder com colegas de trabalho, amigos, parentes e com todos aqueles que, direta ou indiretamente, nos relacionamos. Agir bem ou mal, voluntária ou involuntariamente, é um dos desafios que se sucedem continuamente, principalmente quando os conceitos de ”ética” e de “moral” são mal compreendidos, mal interpretados ou desconhecidos. 
Derivada do grego, ethos significa costume. De origem latina, moral significa usos e costumes. 
Em suas origens gregas, a “ética” se propunha a auxiliar o homem a cultivar um bom caráter, influenciando as boas práticas pessoais. Com isso seria possível o alcance da felicidade, por meio da prática da ética. 
Em sua obra Ética a Nicômaco, Aristóteles (século IV a.C.) formula uma pergunta para si próprio: “qual o bem supremo que podemos conseguir em todos os atos de nossa vida?”, e responde: “a palavra que designa o bem supremo, aceita por todos, é a felicidade e, segundo a opinião comum, viver bem, agir bem, é sinônimo de ser feliz.” 
Mas esse tema, estudado e debatido durante os séculos, continua a gerar controvérsias, face aos diferentes processos de mudança dos costumes e das culturas que se sucedem ao longo dos tempos. 
Nos tempos atuais, em que presenciamos um acentuado processo migratório, motivado pela crescente onda de globalização, e um intenso intercâmbio de pessoas, ideias e culturas, proporcionado pelas novas tecnologias de transportes de pessoas e de informações, a assimilação dos conceitos éticos se torna cada vez mais complexa. 
Nesse cenário, a conduta humana vem sendo cada vez mais observada, comentada e julgada. Quando boa, uma conduta é considerara moral ou ética, e qualificada como imoral ou antiética, a conduta má: 
Como, em tão pouco tempo, assimilar e praticar princípios éticos e morais, vistos e interpretados sob diferentes pontos de vista? Como se adaptar à moral de uma sociedade específica? São questões que fustigam as mentes daqueles que aspiram à felicidade, buscando interagir da melhor maneira possível com seus semelhantes e com a natureza que o cerca: 
“Moral” é o conjunto das prescrições e normas admitidas numa época por determinada sociedade (Lalande, 1993).
“Ética” é a ciência da conduta humana, segundo o bem e o mal, com vistas à felicidade (Alonso, Castrucci e López, 2006). 
Dotado de faculdades superiores, o ser humano capaz de formular e disseminar ideias e conhecimentos, de prever atos e suas respectivas consequências, de emitir julgamentos de atos e fatos pessoais e coletivos, se vê na busca da felicidade, condicionado a adaptar-se às condições temporais, sociais e ambientais do meio onde vive. 
Segundo Alonso, Castrucci e López (2006), são faculdades superiores do homem, a inteligência, a vontade e a amorosidade: 
Inteligência - mediante a inteligência, o ser humano conhece os outros seres e a si próprio; 
Vontade - é a faculdade que permite ao ser humano determinar-se, decidir-se, optar por isto ou aquilo, por agir bem ou agir mal; 
Amorosidade - é a aproximação envolvente do ser humano com as outras pessoas.
5.2. Princípios e normas éticas
No Dicionário Houaiss, encontramos algumas acepções para o termo “princípios”, tais como, ditame moral; regra, lei, preceito; dito ou provérbio que estabelece norma ou regra; proposição elementar e fundamental que serve de base a uma ordem de conhecimentos; proposição lógica fundamental sobre a qual se apoia o raciocínio.
Durante seu processo evolucionário, iniciado em tempos remotos, o ser humano vem buscando a satisfação de suas necessidades fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização, o que não deixa de ser, de certa forma, a busca pela felicidade. 
Mas, para a realização desse ideal de felicidade, o homem envolveu-se em diversos conflitos, devido à escassez de recursos capazes de satisfazer a suas necessidades. Muitas vezes o homem viu-se obrigado a disputar com outrem aquilo que poderia garantir sua sobrevivência ou mesmo impor sua superioridade. 
Desde aquela época, passando por vários períodos da História até o momento atual, a decisão do agir moralmente é prerrogativa livre e soberana do indivíduo que, consequentemente, é responsabilizado por seus atos, bons ou maus, considerando os costumes da época e do local onde exerce suas atividades pessoais e profissionais. 
Com o passar do tempo, o homem foi aprendendo que a instituição e a adoção de princípios particulares e gerais seriam de vital importância para viabilizar a conquista da felicidade, mesmo que efêmera e fugidia. Tais princípios foram estabelecidos por estudiosos da natureza humana, em especial os filósofos gregos dos anos 500 a.C., e de demais estudiosos que se seguiram até o período atual. 
Os princípios clássicos da ética social dizem respeito:
· à dignidade humana, que independe de posses, dos cargos e dos títulos;
· ao direito de propriedade, correspondente ao direito das pessoas possuírem bens visando ao atendimento de suas necessidades;
· à primazia do trabalho, atividade realizada pelo homem para sua subsistência e crescimento como pessoa;
· à primazia do bem comum, o conjunto de condições sociais que permite e favorece aos membros da sociedade o seu desenvolvimento pessoal e integral;
· à solidariedade que promove a inclusão social;
· subsidiariedade, na qual o subsídio corresponde ao auxílio dado, que estimula e promove a participação ativa de todas as pessoas e de todos os grupos sociais nas esferas superiores, econômicas, políticas e sociais, de cada país e do mundo.
Na atualidade, nos deparamos com inúmeras normas de comportamento criadas e estabelecidas de acordo com interesses de grupos de pessoas, para atender à finalidades diversas e específicas. Muitas dessas normas são transformadas em lei, de acordo com a expressão espontânea e formal dos integrantes de uma comunidade ou sociedade. As leis de trânsito são exemplos da formalização de normas que visam a manter organizado o fluxo de pessoas e veículos em uma determinada localidade ou região, garantindo os direitos individuais e coletivos dos membros de uma sociedade. 
As normas escritas, como os códigos de ética, são de grande importância, notadamente no aspecto educativo, porém não devem ser substituídas pelas normas naturais, estabelecidas pelas famílias para a formação das pessoas. 
Em todos os agrupamentos familiares, tribais, citadinos, nacionais ou internacionais,a criação e a adoção de princípios da ética social são de profunda importância no tocante aos aspectos comportamentais do indivíduo em sociedade, bem como do comportamento das organizações em diferentes níveis, naturezas e dimensões.
5.3. Ética social, família, empresa, nação e globalização
O núcleo familiar é a sociedade primordial e fundamental, na qual o ser humano recebe as primeiras lições para sua formação e educação. Essas primeiras lições influenciarão seu comportamento e suas atitudes no convívio com seus semelhantes por toda sua vida.
Nos últimos anos, notadamente a partir dos anos 1950, o núcleo familiar vem sofrendo fortes desgastes em função de impactos provocados pelo elevado ritmo do crescimento populacional, no qual a luta pela subsistência se acirra intensamente. Nesse cenário, as famílias se desagregam muito cedo, com a saída precoce das crianças e dos adolescentes do ambiente doméstico para o mercado de trabalho, geralmente informal, sem que possam ter assimilado os conceitos de formação e educação básicos fornecidos por seus pais que, por sua vez, também sacrificam sua responsabilidade formadora na busca pelos recursos para a subsistência do grupo. 
Os integrantes do núcleo familiar passam, então, a desenvolver atividades internas e externas para a sobrevivência do grupo. A criação de pequenas hortas e de animais para o abate é uma atividade que, realizada conjuntamente e com vistas ao bem comum, constitui-se em atividade organizacional ou empresarial. Essas incipientes organizações empresariais, ao evoluírem com o passar dos anos, são consideradas essenciais para a existência da sociedade e para o desenvolvimento humano. 
Segundo Linton (1971, p. 107), a sociedade pode ser definida como: “...todo o grupo de pessoas que vivem e trabalham juntas durante um período de tempo suficientemente longo para se organizarem e para se considerarem como formando uma unidade social, com limites bem definidos”. 
Todo o processo econômico de formação e distribuição de riquezas, originado das sociedades mais primitivas, do núcleo familiar até a sociedade de capital surgida no século XV, foi fundamentado por meio de ações empreendedoras e empresariais, que promoveram as mudanças visando à melhoria das condições de produção e da distribuição de produtos e serviços para o bem comum. 
A integração dos núcleos familiares, por vínculos de parentesco e de interesses econômicos e políticos, vem ocorrendo desde a formação do primeiro agrupamento, as tribos. Do crescimento das tribos, e da reunião de diversas delas, surgiu a cidade, onde a ética, como ciência, começou a ser elaborada, no século V a.C. A partir do crescimento dos agrupamentos humanos, a educação geral das pessoas evoluiu e regrediu, sucessivamente, notadamente no sentido ético. 
A partir da Idade Moderna, iniciada em 1453 com a tomada de Constantinopla pelos turcos, surgem as primeiras nações, onde grupos tribais sediados em determinados territórios tomam consciência de suas raízes comuns, etnia, língua e culturas próximas. A nação, então, é composta por famílias e agrupamentos situados em determinado território e que possuem características comuns, e passam a ter uma forma de governo com vistas ao bem de toda a coletividade. 
Com o crescimento e o fortalecimento das nações, em diversos continentes, surgem as primeiras associações internacionais da iniciativa privada, e as organizações transnacionais, que culminam com o início da organização internacional no século XIX. Em 1945, é criada a Organização das Nações Unidas (ONU), com a finalidade de manter a paz e a cooperação entre as nações. 
Dentre os órgãos do sistema das Nações Unidas, direta ou indiretamente voltados para os temas da ética, pode-se destacar:
· Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR);
· Comissão de Direitos Humanos (CDH);
· Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS);
· Comissão para o Desenvolvimento Social (CsocD);
· Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW);
· Departamento das Operações de Manutenção da Paz (DPKO);
· Agência para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA); 
· Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Com o crescimento das relações internacionais, originado da migração dos povos, passando pela conquista e submissão de nações, e no qual se destaca as relações comerciais, a globalização vem se impondo e impactando, diretamente, o cotidiano das pessoas. 
A globalização atual é resultante das novas tecnologias da informática e das telecomunicações, que permitem um crescente e intenso inter-relacionamento cultural, político, econômico e social entre os povos. Atrelado aos benefícios proporcionados pela tecnologia facilitadora da interação global, surgem também mais e maiores conflitos éticos.
6. CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL E EMPRESARIAL
6.1. Códigos de ética
A ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação do comportamento de pessoas e organizações (Maximiniano, 2004).
Em todo e qualquer tipo de relacionamento, constatamos diversos tipos de comportamentos pessoais ou coletivos fundamentados em valores adquiridos durante a formação familiar, educacional e profissional, além daqueles ditados pelos diversos segmentos da sociedade em que se desenvolve e atua o indivíduo. Mas, em todos esses comportamentos, ajustáveis a cada situação, existe uma marca pessoal própria que identifica cada ser humano, demonstrado em cada atitude ou gesto.
Nesse cenário há a busca de um comportamento ideal para cada situação, definido por meio de padrões ou códigos de conduta estabelecidos, formal ou informalmente, por grupos sociais, profissionais ou organizacionais. Tais códigos, com suas normas e regras de conduta, por definirem o que é permitido, aceito e válido em ocasiões distintas, são conhecidos como códigos de regulação ou regimentos. Quando sustentados por princípios éticos têm-se os “códigos de ética”, que servem para nortear ações pessoais e organizacionais válidas em qualquer contexto da sociedade.
6.1.1. O código de ética profissional
A ética da área de exatas
Ética profissional é um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão (Sá, 2005).
Todo o trabalho individual influencia e recebe influências do meio onde é praticado, daí a importância do estabelecimento de um conjunto de valores e princípios que, fundamentados em condutas éticas, orientem as ações para o exercício das atividades profissionais e empresariais com vistas ao bem comum de toda uma sociedade. 
Tais valores e princípios, inerentes à cultura de uma empresa, podem ser formalizados e expressos por meio de um determinado código de ética, cujo conteúdo é formado por um conjunto de políticas e práticas específicas que devem servir de parâmetro para determinados comportamentos e tornar claras as responsabilidades. 
Os aspectos referentes ao respeito às leis do país, à transparência nas relações com seus públicos internos (dirigentes e funcionários) e públicos externos (clientes, fornecedores, comunidade e demais stakeholders) devem ser abordados no código de ética, notadamente aqueles relacionados com os consumidores, por estarem sujeitos ao que estabelece o Código de Defesa do Consumidor e a reparação de danos causados pelas práticas de propaganda e de danos ambientais.
Numa época em que o elevado e crescente índice da capacidade de armazenamento, tratamento, difusão e captação de informações vem assumindo proporções de grande vulto, graças à célere evolução da tecnologia da informação e da comunicação, os temas da privacidade e da transparência são fundamentais, uma vez que devem estabelecer e fazer cumprir o código de ética, definido por Sá (2005) como “um acordo explícito entre os membros de um grupo social. E deve descrever um modelo de conduta para seus membros”. 
Nesse cenário, se fazem presentes, e cada vez mais atuantes, as organizações representativas de diversas categorias profissionais, como os conselhos federais e regionais que buscam, na criação e no estabelecimentode normas de condutas éticas pautadas pela integridade e pela observância das leis, dos regulamentos e padrões, o reconhecimento de suas competências e atribuições. 
Para muitos autores, a ética profissional estaria relacionada ao estudo e à regulação do relacionamento do profissional com seus clientes, fornecedores e parceiros, visando à dignidade humana e à construção de um bom ambiente sociocultural no qual possa exercer sua profissão. 
Na área da informática, as questões relativas à influência do computador na vida das pessoas, a pirataria de software e o direito autoral dos sistemas e programas são os que mais comumente afetam os profissionais do setor. 
A intensificação do uso dos computadores nos ambientes domésticos e empresariais agiliza o processo de execução das atividades, ao mesmo tempo em que provoca profundas alterações nas formas de relacionamentos, agora mais virtuais do que reais. Enquanto isso, as empresas e profissionais produtores de software têm prejuízos incalculáveis com a pirataria. Mesmo considerando a crescente utilização de software livre, que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído sem restrição, os desenvolvedores de outros aplicativos, como os jogos eletrônicos, se ressentem da redução de suas receitas em decorrência da pirataria. 
No tocante à natureza jurídica dos softwares e suas tratativas, o tema vem sendo amplamente discutido por diversos segmentos da sociedade, na busca da preservação dos direitos de seus desenvolvedores e proprietários. 
No que diz respeito à privacidade e à proteção das informações das empresas e profissionais responsáveis pelo provimento dos serviços de tecnologia da informação devem, então, buscar a garantia, por meios técnicos ou legais, e a inviolabilidade dos referidos serviços, principalmente quando este ato for cometido por alguém que fira os preceitos éticos e morais. 
Importante ressaltar que a violação de um contrato de licença de software ou de qualquer outro que envolva a propriedade intelectual, como trabalhos literários, fotografias e vídeos, pode trazer riscos legais contra a empresa e contra o indivíduo responsável. Cabe lembrar também que, em muitos casos, infrações éticas graves são crimes sujeitos às leis penais do país. 
Primar pela segurança física e virtual da rede e dos equipamentos, pela confidencialidade e integridade das informações, pelo treinamento e aprimoramento pessoal e de terceiros, quanto ao uso correto e adequado dos equipamentos e sistemas e, principalmente, pela orientação das consequências decorrentes do não cumprimento do estabelecido no código de ética profissional e/ou empresarial, são atitudes esperadas, se não exigidas, daqueles que atuam num dos mais importantes e significativos setores da economia, a informática.
6.1.2. O código de ética empresarial
Uma organização é um sistema de trabalho que transforma recursos em produtos e serviços (Maximiniano, 2004).
As organizações constituídas pelo homem fornecem os mais diversos produtos e serviços para a comunidade em geral e proporcionam condições de subsistência para os que ali trabalham, como dirigentes e funcionários, por meio do pagamento de algum tipo de remuneração. Além disso, investidores e acionistas também são remunerados por meio da participação nos resultados obtidos pelo empreendimento. 
De importância capital para o crescimento e o desenvolvimento das sociedades, a atividade empresarial abrange diversos tamanhos, tipos e setores, como padarias, fábricas, escritórios contábeis, instituições de ensino, igrejas e órgão públicos, dentre outros. 
Cabe destacar diversas instituições que não visam ao lucro, formadas por associações, fundações e demais movimentos engajados, principalmente nos aspectos voltados para fins assistenciais e preservacionistas. 
Com o advento da Revolução Industrial, no século XVIII, e a consequente mecanização da produção, as relações de trabalho sofrem profundas transformações, notadamente no tocante ao relacionamento entre empregadores e empregados. Com a priorização do capital e dos bens de produção, em detrimento do trabalho, surgem os conflitos éticos. A dignidade humana, princípio ético fundamental, é colocada a prova. As condições de trabalho, aviltantes e exaustivas, impostas aos trabalhadores, com o aumento do rendimento do trabalho e do acelerado acréscimo da produção, comprometem os resultados obtidos.
Tais condições de trabalho foram sendo gradualmente contestadas por diferentes setores da sociedade, que passaram a se organizar na busca por soluções alternativas, capazes de promover um equilíbrio justo nas relações trabalhistas. 
Desde aquela época até os tempos atuais, continuam a ocorrer graves comportamentos antiéticos por todo o tipo e tamanho de empresa, dentre elas as multinacionais, ocasionando grandes prejuízos, notadamente no aspecto referente à imagem empresarial perante a sociedade:
Tudo isso tem levado muitas empresas a criarem códigos de ética, auditorias, programas de treinamento e contratação de assessorias especializadas em ética, códigos do consumidor, políticas de valorização dos empregados e outros (Alonso, Castrucci e López, 2006).
O resultado desses esforços começa a ter efeito a partir dos anos 1960, nos Estados Unidos, onde o conceito de ética nos negócios passa a evoluir com intensidade, motivado principalmente pelas pressões às indústrias automobilísticas, efetuadas por movimentos ligados aos direitos dos consumidores que questionavam a segurança dos produtos, a proteção do meio ambiente e o comportamento de alguns empresários, que nada ou pouco se preocupavam com as implicações negativas de suas condutas profissionais. 
Nas décadas de 1960 e 1970, o ensino da ética é impulsionado nas universidades americanas, com especial ênfase à ética nos negócios. Em fins dessa última década, são incentivadas as criações de códigos de ética corporativos, para minimizar ou reduzir os conflitos de padrões éticos de diversas culturas, então mais interdependentes. 
A partir da década de 1980, formam-se redes acadêmicas de estudos da ética na Europa e nos Estados Unidos, universalizando e disseminando o conceito.
No Brasil, na década de 1990, é criado o Centro de Estudos de Ética nos Negócios pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Em 1998, também em São Paulo, é criado o Instituto Ethos, de empresas e responsabilidade social. E, em 2003, é fundado o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, que tem como objetivo a promoção da melhoria no ambiente de negócios. 
Atualmente, os conceitos e princípios da ética empresarial, admitidos e assumidos por crescente número de empresas, são de vital importância na formulação e implantação das estratégias empresariais. Os códigos de ética empresarial, além de formalizar compromissos, também são instrumentos de comunicação de seus valores e práticas para todos aqueles que, direta ou indiretamente, se relacionam com a empresa. A atenção especial aos aspectos relacionados ao meio ambiente e à responsabilidade social na condução dos negócios, constitui-se em diferencial competitivo, que contribui decisivamente para o crescimento e a sobrevivência das empresas num cenário de alta competitividade.
(...) a introdução da reflexão ética nas organizações serve para elucidar as questões que suscitam polêmicas ou controvérsias morais, sem o quê, corre-se o risco de patinar na indefinição e de estimular abusos por parte do corpo funcional. Ao revés, se houver respostas consistentes aos dilemas, a nervura central da cultura organizacional será consolidada, porque tais respostas transformam-se em orientações emblemáticas; dizem o que justo e injusto, certo e errado, lícito e ilícito; esclarecem o que se espera dos funcionários e dos dirigentes; demarcam os padrões culturais validados pela organização; anunciam o que será recompensado e inibem possíveis racionalizações individuais, ao formular proibições e licenças (Srour, 1998).
6.2. A responsabilidade social
Responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma organizaçãodeve ter com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico(....) Assim, numa visão expandida, responsabilidade social é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade (Ashley, 2002).
O princípio da responsabilidade social está apoiado na concepção de que as empresas, criadas por integrantes da sociedade, utilizam os recursos dessa mesma sociedade afetando, positiva ou negativamente, a qualidade de vida das pessoas. Os efeitos causados pela poluição e pela degradação ambiental acelerada nos últimos anos estimularam o debate acerca de tais problemas. 
Fundamentada em amplos estudos científicos produzidos pela comunidade acadêmica, em especial a partir da década de 1960, empresas e instituições representativas dos diversos segmentos sociais passaram a ter mais consciência dos malefícios produzidos pela atividade empresarial descontrolada, política, econômica, técnica e eticamente. O trabalho infantil e a divulgação de produtos nocivos à saúde são exemplos de condutas antiéticas frequentes. 
Com a mobilização da sociedade pelas causas sociais, em especial pelas causas ambientais, a comunidade empresarial começou a perceber que a prática dos valores éticos, a transparência de suas relações com seus públicos, a integridade de suas atividades administrativas e produtivas são capazes de trazer melhores retornos em termos de produtividade e lucratividade, dentre outros indicadores de desempenho.
No tocante à ética empresarial e à responsabilidade social, Srour (2000) define duas “frentes”:
Na frente interna das empresas, equacionam-se os investimentos dos proprietários (detentores do capital) e as necessidades dos gestores e dos trabalhadores. Na frente externa, são levadas em consideração as expectativas dos clientes, fornecedores, prestadores de serviços, fontes de financiamentos (bancos, credores), comunidade local, concorrentes, sindicatos de trabalhadores, autoridades governamentais, associações voluntárias e demais entidades da sociedade civil.
Daí decorre que a empresa deve desenvolver e implementar, programas que beneficiem a comunidade, principalmente aquela em que está inserida, por sofrer direta e imediatamente as reações por atitudes e comportamentos antiéticos. 
Para a aferição do comprometimento das empresas com as causas sociais e ambientais, foram criados alguns indicadores que consistem na adoção e na implantação de normas de qualidade, como as certificações ISO 14000 (referente à gestão ambiental), a ISO 9000 (relativa à gestão da qualidade) e a AS8000, que atesta a qualidade das relações de trabalho, como o trabalho infantil, discriminação, segurança e saúde dos trabalhadores, dentre outros fatores. Esta última certificação está fundamentada nas convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Legislação do país, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Declaração dos Direitos da Criança. 
Como consequência de um novo posicionamento da sociedade com relação às questões sociais, muitas empresas brasileiras estão adotando posturas socialmente responsáveis, de modo consciente ou por conveniência, para poder atuar num mercado cada vez mais exigente por produtos, serviços e comportamentos éticos.
6.3. O direito autoral
Segundo Campos (2006), a proteção do direito do autor vem consagrada na Constituição Federal, em seu artigo 5º, incisos XXVII a XXIX, dizendo que ao autor pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmitindo-se esses direitos aos herdeiros no tempo que a lei fixar. Também é assegurado aos autores de inventos industriais, o privilégio de registrá-los em órgãos públicos, para fazer valer, perante terceiros, seu direito exclusivo de exploração por determinado tempo. Com isso, fica assegurado também pela lei o direito dos autores de obter a reparação por perda e danos que lhes forem causados por terceiros, em razão do uso indevido ou desautorizado do bem de seu criado, o qual pode se utilizar da ação de busca e apreensão, com efeitos imediatos de cessação do abuso. 
A lei do direito autoral, nº 9.610, reeditada em 1998, está sendo muito comentada e discutida, mas é pouco conhecida e compreendida, principalmente por aqueles que produzem obras literárias, artísticas, científicas e intelectuais. 
Casos de violação dos direitos autorais são cada vez mais frequentes, como a falta de créditos em textos, ilustrações, fotografias e composições musicais, dentre outras. A prática dessas violações ocorre de forma voluntária e involuntária, pelo desconhecimento da lei, desconhecimento esse que não isenta de punição pelo ato cometido. 
Com o progresso acentuado da tecnologia, são disponibilizados a cada instante centenas ou milhares de recursos de fácil utilização e manejo que auxiliam na produção de obras diversas. Tais recursos, entretanto, também são utilizados para a reprodução de outras tantas obras publicadas ao longo dos tempos, como aquelas que são copiadas quase que no mesmo instante em que são criadas.
A lei do direito autoral determina que seja creditada a autoria de um trabalho intelectual para que não ocorra uma violação do direito moral do autor da obra criada. Esse crédito deve ser efetuado mesmo quando ocorre um processo de cessão ou licenciamento de direito patrimonial, pois o reconhecimento da autoria da obra é irrenunciável e inegociável. 
Visando a evitar questionamentos legais, é recomendável a realização de contratos de cessão de direitos patrimoniais, mediante condições específicas, para a disponibilização de qualquer criação intelectual. 
Para que determinada obra possa ser protegida, é necessário que, de acordo com o expresso no artigo 7º da referida lei, sejam “expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro”. 
A lei também determina que os direitos patrimoniais do autor, que lhe permite usar desses direitos para fins de benefícios econômicos, perdurem por 70 anos, contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucessória da lei civil. Decorrido esse prazo de proteção, a obra passa a pertencer ao domínio público. 
A leitura e o estudo da lei são de fundamental importância para os criadores de trabalhos intelectuais que, no entanto, devem contar com a assistência jurídica específica para que possa ter as garantias legais sobre suas obras.
A lei do direito autoral está disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/l9610.html
6.4. Código de defesa do consumidor
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final (Art. 2º do Código de Defesa do Consumidor)
Nos tempos em que as relações comerciais eram essencialmente personalizadas, quando vendedores e consumidores se conheciam, prevalecia a confiança nas relações de consumo. A publicidade, meramente informativa na época, era feita pelos vendedores, que deveriam conhecer muito bem os produtos e serviços ofertados, pois em muitas circunstancias era ele próprio o responsável pela orientação de uso do referido produto ou o prestador do serviço contratado. 
Com a ampliação da produção devido à industrialização, a publicidade passou a ser destinada ao crescente mercado consumidor, composto por milhões de pessoas que são atingidas simultaneamente por mensagens sobre as características, as vantagens e os benefícios oferecidos pelos mais variados produtos e serviços. 
O mercado se despersonaliza e com isso compradores e vendedores tornam-se desconhecidos, enquanto que a publicidade cumpre o seu papel de exercer influência sobre os consumidores para o ato de consumo de determinados produtos ou a utilização de serviços específicos. 
Nesse cenário, no qual as organizações se valem dos mais simples aos mais sofisticados meios de publicidade, apoiados em pesquisas sobre o comportamento do consumidor e nas teorias de motivações de compra, o consumidornem sempre percebe sua importância como propulsor do crescimento e da ampliação de toda uma cadeia produtiva. 
O homem é consumista por natureza: “ao comprar um alimento, ao procurar um médico, ao contratar um serviço, estamos sempre consumindo. Consumimos até mesmo ao dormir, porque utilizamos o produto do trabalho de outras pessoas materializado em nosso lençol, em nosso travesseiro, em nossa cama, em nossa casa (...). Somos todos consumidores e é quase impossível escapar dessa condição – pelo menos numa sociedade organizada, em que o homem não se relaciona diretamente com a natureza.”(Lazzarini, 1999, p.7 apud Cesca; Cesca, 2000, p. 41). 
Assim, sujeito ao assédio permanente pelo setor produtivo, por meio das campanhas publicitárias, o consumidor passou a merecer também a atenção dos órgãos governamentais, de forma a ter proteção contra as falsas promessas dos anunciantes, como as relativas à qualidade do produto, os apelos tendenciosos e as propostas quase que fictícias de vendas a preços baixos. Sem invalidar a importância da autoproteção exercida pelo próprio consumidor. 
O direito do consumidor é um conjunto de regras jurídicas que visa a equilibrar as relações decorrentes do consumo de bens e serviços, preservando os interesses do consumidor (Campos, 2006). 
Com o Código de Defesa do Consumidor, transformado na Lei 8.078 em 11 de fevereiro de 1990, as empresas passaram a criar setores de atendimento ao consumidor, que, quando bem estruturados, constituem-se em valorosas alavancas de negócios. O sistema de atendimento ao consumidor, além de atender às reclamações dos consumidores, tem a função de orientar quanto à melhor forma de operação e de utilização dos produtos. 
Segundo Cesca e Cesca (2000), antes da vigência da lei de defesa do consumidor, as relações do consumidor eram tuteladas por ramos do direito civil, do direito comercial e por algumas leis esparsas. Ao infringir um preceito de ordem penal, o comerciante ou comerciário estava sujeito ao Código Penal. 
Diante de um quadro atual, no qual existe monopólio de fornecedores, ausência de concorrência e informações distorcidas sobre bens e serviços e, principalmente, a preponderância de poderes nos relacionamentos, o Código de Defesa do Consumidor vem se constituindo em um poderoso agente na restauração e manutenção do equilíbrio de forças nas relações comerciais.
6.4.1. Direitos básicos do consumidor
Segundo Campos (2006), o Código do Consumidor tem por escopo defender os interesses do consumidor, considerado a parte mais fraca da relação de consumo. Suas normas se prestam a atingir as seguintes finalidades: 
· proteger o consumidor quanto a prejuízos à saúde e à segurança;
· educar o consumidor sobre o consumo adequado, com liberdade de escolha;
· prestar informação adequada e clara sobre produtos, sua composição, especificação, suas características e qualidades;
· proteger contra publicidade enganosa;
· a modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou excessivamente onerosas;
· a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
· acesso ao judiciário para busca da reparação de danos;
· a facilidade da defesa do consumidor, com inversão do ônus da prova, observada a verossimilhança e hipossuficiência;
· adequada prestação dos serviços públicos em geral.
7. ASPECTOS JURÍDICOS DA INTERNET
7.1. Liberdade de informação na Internet, mensagens eletrônicas, habeas data e a privacidade
A liberdade de comunicação consiste num conjunto de direitos, formas, processos e veículos, que possibilitam a coordenação desembaraçada da criação, expressão e difusão do pensamento e da informação (Silva, 1991).
Atualmente, vivemos um momento no qual a liberdade de informação pela Internet se faz mais presente e almejada, apesar da censura imposta por alguns países, conforme pôde ser constatada durante as Olimpíadas de Pequim 2008. 
Paralelamente a este fato, é crescente e generalizada a preocupação com a invasão indiscriminada e o roubo de informações dos usuários da rede, que se mostra cada vez mais vulnerável, apesar dos altos investimentos em segurança efetuados pelas organizações de diferentes portes e setores. 
A necessidade de comunicação e interação com os demais membros da sociedade, demonstrada ao longo da história da humanidade, impulsionou o homem a desenvolver, continuamente, novos meios de comunicar a sua forma de expressão. Conforme descrição do Prof. José Cretella Junior, “a necessidade da comunicação humana leva o homem a difundir ideias e opiniões, primeiro, de modo direto, mediante a utilização de recursos primários, depois, com o advento gradativo da técnica, por meio de todos os instrumentos adequados à transmissão da mensagem.” 
Com a globalização, essa necessidade de comunicação vem impulsionando a necessidade de mais informações, que passam a se constituir em bens valiosos. Daí a importância cada vez maior das atividades de armazenamento, processamento e transmissão de informações, estarem apoiadas em modernos e complexos equipamentos e sistemas de informática e de telecomunicações. 
Ante essa nova perspectiva, a proteção dos direitos fundamentais das pessoas, que aspiram pela liberdade de informação concomitantemente a sua privacidade, deve ser priorizada por meio da formulação e implementação de preceitos éticos e legais fundamentais para o bem comum de toda a sociedade, mesmo reconhecendo a disparidade entre a rapidez da evolução dos meios de comunicação e a do ordenamento jurídico. Conforme afirma o Prof. José Afonso da Silva: 
“Nesse sentido, a liberdade de informação compreende a procura, o acesso, o recebimento e a difusão de informações ou ideias, por qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo cada qual pelos abusos que cometer.” 
A reiterada liberdade de informação vem sendo acompanhada das indesejáveis mensagens que lotam as caixas de correio eletrônico, mesmo quando aceitas, como um preço a ser pago pela evolução. Entretanto, maiores são as preocupações com os roubos das informações pessoais, profissionais e empresariais, provocados por hackers, e até mesmo por pessoas com as quais nos relacionamos regularmente, motivados por desatenções nossas (descuidos com senhas, por exemplo) ou mesmo por má-fé.
Outros aspectos relevantes que devem ser considerados, são aqueles relacionados à difusão e comercialização indevida de informações confidenciais, tais como as relacionadas aos dados de contas bancárias e de cartões de crédito, além das referentes à pedofilia e às mensagens que incentivam a violência e as diversas formas de discriminação. 
O crescente acesso aos computadores e à Internet, também provocado pelos incentivos e ações vinculadas à inclusão digital de camadas cada vez maiores da população, provocou, simultaneamente, aumento no número de crimes praticados, até por quem não é considerado um especialista em utilização dos meios eletrônicos. 
A prática do delito, incentivada pelo sentimento de impunidade e até mesmo pela incapacidade da maioria das pessoas em utilizar adequadamente os novos produtos e serviços, que são disponibilizados em um ritmo sem precedentes na história. A necessidade da memorização de senhas, códigos, e a complexidade de tais bens, que aparentam simplicidades funcionais e operacionais, são outros fatores que contribuem para o aumento das transgressões realizadas pelos inescrupulosos. 
Com a apropriação, permitida ou não, dos dados pessoais, por parte de instituições idôneas e, em muitos casos, por aquelas que nem sempre são constituídas legalmente, a sociedade estava vulnerável sem dispor de um instrumento que lhe garantisse o acesso as suas informações particulares armazenadas em diferentes bases de dados, legais ou não. 
A partir da instituição do habeas data na Constituição Federal de 1988, art. 5º, LXXII, foi prevista a possibilidade de impetrar habeas data: para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou banco de dados de entidadesgovernamentais ou de caráter público; para a retificação de dados, quando não se prefirir fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
O habeas data, de origem apontada na legislação ordinária dos Estados Unidos em 1974 e alterada em 1978, visava a possibilitar o acesso do particular às informações constantes de registros públicos ou particulares permitidos ao público. 
Conforme conceitua o Prof. José Afonso da Silva , o habeas data “é um remédio constitucional que tem por objeto proteger a esfera íntima dos indivíduos contra: usos abusivos de registros de dados pessoais coletados por meios fraudulentos, desleais ou ilícitos; introdução nesses registros de dados sensíveis (assim chamados os de origem racial, opinião política, filosófica ou religiosa, filiação partidária e sindical, orientação sexual, etc.); conservação de dados falsos ou com fins diversos dos autorizados em lei”. 
Com o remédio constitucional habeas data, objetiva-se que todas as pessoas possam ter acesso às informações que o Poder Público ou entidades de caráter público, Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), por exemplo, possuam a seu respeito. 
Tão importantes quanto os fundamentos jurídicos voltados para a garantia dos direitos individuais, são os aspectos culturais e educacionais que devem ser priorizados visando à formação de pessoas conscientes de suas responsabilidades, e capazes de usufruir dos inumeráveis benefícios trazidos pelas inovações tecnológicas, sem o prejuízo das suas individualidades.
7.2. Os códigos de ética e o acesso não autorizado
Prevenir que atacantes alcancem seus objetivos através do acesso não autorizado ou uso não autorizado dos computadores e suas redes (Howard, 1997).
A segurança em um Sistema de Informação (SI) visa a protegê-lo contra ameaças à confidencialidade, à integridade e à disponibilidade das informações e dos recursos sob sua responsabilidade (Brinkley e Schell, 1995).
Os computadores e os sistemas de informação são uma parte do ambiente que pode afetar, positiva ou negativamente, a segurança de milhões de pessoas que utilizam os recursos computacionais e de telecomunicações diariamente. 
Os recentes avanços tecnológicos nessas áreas trazem benefícios incontáveis à sociedade, que passa a usufruir das comodidades oferecidas pela revolução digital, como a difusão e a disponibilização de informações globais em tempo real. 
A cada dia, mais e mais pessoas se integram à rede mundial de computadores e passam a compartilhar textos, sons, imagens e vídeos pessoais e profissionais. As organizações, de todos os portes e ramos de atividade, ampliam seus negócios transacionando produtos e serviços em diversas partes do mundo e utilizando os dispositivos, equipamentos, softwares e demais recursos tecnológicos. 
A capacidade de processamento, transporte e armazenamento das informações se amplia para quase todos os tipos de atividades. Boletins médicos, avaliações acadêmicas, condições meteorológicas, operações financeiras, músicas e poesias fluem rapidamente entre as pessoas através de cabos, e do ar. Enquanto isso, o aroma aguarda sua vez de fluir por essa rede integradora, e também dissociadora. 
Nesse mesmo cenário, outros fatores afrontam aqueles que fazem um bom uso dos recursos e das inovações disponibilizadas: a utilização de pessoas despreparadas, e de boa-fé, além dos referidos recursos e inovações para o exercício de atividades ilegais, destrutivas ou não autorizadas.
Além disso, tudo seria mais perfeito se não houvesse mais alguns inconvenientes, como a invasão da privacidade, a quebra da confidencialidade, a violação da integridade e a indisponibilidade, temporária ou definitiva, dos recursos do sistema. 
A vulnerabilidade do referido sistema, dos gestores, mantenedores e usuários é posta à prova a cada momento, daí a importância crescente de tudo aquilo que se refere, ou está relacionado, à segurança do sistema computacional, ou dos sistemas de informação. 
Os sistemas de informação são formados por muitos componentes que podem estar situados em diversos locais, tornando-os mais vulneráveis a muitos riscos ou ameaças potenciais. Essa vulnerabilidade é maior num mundo de computação em rede sem fio. 
As ameaças podem ser classificadas em não intencionais, relacionadas aos erros humanos, riscos ambientais e falhas de sistema, e intencionais, como as referentes ao roubo ou uso indevido de dados, fraudes na Internet, destruição por vírus e ataques semelhantes, dentre outros. 
Nesse cenário, uma política de segurança da informação serve como base ao estabelecimento de normas e procedimentos que garantam a segurança da informação, bem como determina as responsabilidades relativas à segurança dentro da empresa. Uma política de segurança também deve prever o que pode ou não ser feito na rede da instituição e o que será considerado inaceitável. Tudo o que descumprir a política de segurança é considerado um incidente de segurança. A elaboração dessa política deve ser o ponto de partida para o gerenciamento dos riscos associados aos sistemas de informação. Uma das normas mais utilizadas é a ISO 17799, que pode ser aplicada para empresas de qualquer tipo ou porte. 
Dente os objetivos da política de segurança pode-se destacar: a especificação das ações “seguras” e aquelas “não seguras”; os mecanismos de segurança, que visam a prevenir, detectar ou recuperar-se de ataques; a prevenção, que visa a impedir o sucesso dos ataques; a detecção, capaz de determinar que um ataque esteja ocorrendo ou que já ocorreu; e a recuperação, complexa porque a natureza de cada ataque é diversa. 
Neste momento, em que proliferam os ataques indiscriminados às pessoas ou às instituições, notadamente por meio de vírus ou pela violação dos direitos autorais, as atenções relativas à segurança e à proteção dos equipamentos e sistemas devem ser redobradas. O desconhecimento da legislação não exime de responsabilidade aqueles que, mesmo inadvertidamente, cometem pequenos delitos.
Observações “Capítulo IV - DOS CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS SISTEMAS INFORMATIZADOS.
Acesso não autorizado a rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado. 
Art. 285- A: Acessar, mediante violação de segurança, rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado, protegidos por expressa restrição de acesso: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 
Parágrafo único. Se o agente se vale de nome falso ou da utilização de identidade de terceiros para a prática do crime, a pena é aumentada de sexta parte. 
SUBSTITUTIVO (ao PLS 76/2000, PLS 137/2000 e PLC 89/2003).
Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código Penal Militar), a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, para tipificar condutas realizadas mediante uso de sistema eletrônico, digital ou similares, de rede de computadores, ou que sejam praticadas contra dispositivos de comunicação ou sistemas informatizados e similares, e dá outras providências.”
8. HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO
8.1. Higiene do trabalho
Um ambiente de trabalho pode ser caracterizado por suas condições físicas e materiais, além das psicológicas e sociais que afetam, direta ou indiretamente, os trabalhadores. Em muitas organizações, essas condições nem sempre são estabelecidas de acordo com critérios e especificações adequadas, provocando danos à saúde física e mental de todos aqueles envolvidos com a atividade produtiva, inclusive comprometendo a qualidade de suas vidas. 
As condições ambientais, formadas pelas ações das pessoas e por um conjunto de elementos formados pelas edificações, equipamentos, condições de iluminação, temperatura, qualidade do ar, e a limpeza, por exemplo, nem sempre são das mais favoráveis para o desempenho das atividades profissionais. 
Mesmo com todos os avanços tecnológicos, científicos, e de gestão de projetos, processos e de pessoas, os

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