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PRÁTICAS INDUSTRIAIS Escola: ARQUITETURA, ENGENHARIA E TI (EAETI) Curso: Engenharia Mecânica Professor: Samuel Deoteronio da Silva AULA 3: VARIÁVEIS ATUANTES NO PROCESSO DE USINAGEM Movimentos na Usinagem Movimento de corte (c): É o movimento entre a ferramenta e a peça que provoca remoção de cavaco durante uma única rotação ou um curso da ferramenta. Geralmente este movimento ocorre através da rotação da peça (torneamento) ou da ferramenta (fresamento). Movimento de avanço (f): É o movimento entre a ferramenta e a peça que, juntamente com o movimento de corte, possibilita uma remoção contínua do cavaco ao longo da peça. Movimentos na Usinagem Movimento efetivo de corte (e): Resultante dos movimentos de corte e avanço, realizados ao mesmo tempo. Movimentos na Usinagem Movimento de aproximação: realizado entre a peça e a aresta de corte, por meio do qual ambas se aproximam antes da usinagem. Movimento de ajuste: realizado entre a peça e a aresta de corte para determinar a espessura de material a ser retirada. Movimento de correção: realizado entre a peça e a aresta de corte para compensar o desgaste da ferramenta ou outra variação (térmica, por exemplo). Movimento de recuo: realizado entre a peça e a aresta de corte com o qual a ferramenta, após a usinagem, é afastada da peça. Movimentos Passivos na Usinagem Tanto os movimentos ativos como passivos são importantes, pois eles estão associados a tempos que, somados, resultam no tempo total de fabricação. Movimentos na Usinagem Direção dos movimentos no torneamento: Direção dos movimentos Direção dos movimentos na furação: Direção dos movimentos Direção dos movimentos no fresamento tangencial discordante. Direção dos movimentos Percursos da ferramenta na peça Percurso de corte (Lc): é o espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção de corte. Percurso de avanço (Lf): é o espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção de avanço. Nos casos em que há movimento de avanço principal e lateral, devem-se distinguir os componentes do percurso de avanço. Percurso efetivo (Le): é o espaço percorrido pelo ponto de referência da aresta cortante sobre a peça, segundo a direção efetiva de corte. Velocidades Velocidade de corte (vc): é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta cortante da ferramenta, segundo a direção e o sentido de corte. = diâmetro da peça ou da ferramenta em mm = número de rotações por minuto (rpm) Velocidades Velocidade de avanço (vf): é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta cortante da ferramenta, segundo a direção e o sentido do avanço. = avanço em mm/rev (mm por revolução) = número de rotações por minuto (rpm) Velocidades Velocidade efetiva de corte (ve): é a velocidade instantânea do ponto de referência da aresta cortante da ferramenta, segundo a direção e o sentido efetivo do corte. = velocidade de corte = velocidade de avanço Dados de um torneamento cilíndrico: o Comprimento a usinar: 500 mm. o Diâmetro da peça: 80 mm o Velocidade de corte recomendada: 32 m/min o Avanço: 0,8 mm/rot o Profundidade: 3 mm o Rotações disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150 – 175-200 rpm. Calcular a rotação apropriada. Exemplo 127,3 rpm A rotação mais apropriada é de 120 rpm • é calculada para 120 rpm ࢉ Cálculo do tempo ativo: = tempo de corte (min) = percurso de avanço (mm) = velocidade de avanço (mm/min) Tempos de usinagem Cálculo dos tempos passivos: Os tempos passivos nem sempre podem ser calculados. Geralmente são estimados por técnicas específicas que estudam os movimentos e a cronometragem dos tempos a eles relacionados, estabelecendo os chamados tempos padrões. Tempos de usinagem Dados de um torneamento cilíndrico: o Comprimento a usinar: 500 mm. o Diâmetro da peça: 80 mm o Velocidade de corte recomendada: 32 m/min o Avanço: 0,8 mm/rot o Profundidade: 3 mm o Rotações disponíveis no torno: 70 – 100 – 120 – 150 – 175-200 rpm. Calcular o tempo ativo de corte. Exemplo ࢉ O tempo ativo de corte é de 5,2 minutos. Conceitos auxiliares Plano de trabalho (Pfe): é o plano que, passando pelo ponto de referência, contém as direções de corte e de avanço. Nele se realizam os movimentos que tomam parte na retirada de cavaco. Conceitos auxiliares Ângulo da direção de avanço ( ): formado entre a direção de avanço e a direção de corte. Nem sempre a direção de avanço é perpendicular à direção de corte, assim, por exemplo, no fresamento, esse ângulo varia durante o corte. Ângulo da direção efetiva de corte ( ): formado entre a direção efetiva de corte e a direção de corte. Conceitos auxiliares Fresamento tangencial concordante: Conceitos auxiliares Superfícies em usinagem principal e secundária: Grandezas de corte São as grandezas que devem ser ajustadas na máquina direta ou indiretamente. Avanço: O avanço ( ) é o percurso de avanço em cada volta (mm/rev.) ou em cada curso da ferramenta. No caso de ferramentas que possuem mais de um dente, como a fresa, distingue-se ainda o avanço por dente ( ), que representa o percurso avanço de cada dente medido na direção do avanço da ferramenta. = número de dentes Avanço: O avanço por dente pode ser decomposto no avanço de corte ( ) e no avanço efetivo de corte ( ). Grandezas de corte Profundidade ou largura de usinagem ( :( É a profundidade ou largura de penetração da ferramenta na peça, medida em uma direção perpendicular ao plano de trabalho. Penetração de trabalho ( :(ࢋ É a penetração da ferramenta em relação à peça, medida no plano de trabalho em uma direção perpendicular à direção de avanço. Penetração de avanço ( :(ࢌ É a grandeza de penetração da ferramenta medida no plano de trabalho e na direção de avanço. Grandezas de corte Cálculo da Seção Transversal de Corte: = área da seção transversal de um cavaco a ser removido [mm²] = profundidade ou largura de usinagem, medida perpendicularmente ao plano de trabalho [mm] Seção Transversal de Corte Taxa de Remoção de Material A taxa de remoção de materiais TRM é definida a partir de 3 parâmetros. = velocidade de corte (m/min) = avanço de corte (m) = profundidade ou largura de usinagem (m) Conceitos auxiliares referentes à peça Superfície de Corte: são as superfícies geradas na peça pela ferramenta. As superfícies de corte que permanecem na peça constituirão as superfícies trabalhadas. Superfície principal de corte: é a superfície gerada pela aresta principal de corte da ferramenta. Superfície lateral de corte: é a superfície gerada pela aresta lateral de corte da ferramenta. Grandezas relativas ao cavaco Largura de corte (b): é a largura da seção transversal de corte a ser retirada, medida na superfície de usinagem. é o ângulo de posição da aresta principal de corte. Espessura de corte (h): é a espessura calculada na seção transversal de corte a ser retirada. Seção transversal de corte (A): é a área calculada na seção transversal de um cavaco a ser retirado. Grandezas relativas ao cavaco ௦ఞ ଶ ଶ Largura de corte (b): Espessura de corte (h): Seção transversal de corte (A): Geometria da ferramenta de corte As normas que tratam da geometria da cunha de corte de ferramentas de usinagem são a NBR 6163 e a DIN 768. PARTES CONSTRUTIVAS DE UMA FERRAMENTA Cunha Cortante ou Gume Cortante: é a parte da ferramenta na qual o cavaco se origina através do movimento relativo entre a ferramenta e peça. As arestas que limitam as superfícies da cunha são arestas de corte. Estas podem ser retilíneas, angulares ou curvilíneas. Geometria da ferramenta de corte SUPERFÍCIES: Superfícies de folga: são as superfícies da cunha cortante que defrontam com as superfícies de corte. São também chamadas superfícies de incidência. Estas superfícies podem ter um chanfro junto à aresta de corte. Superfície de saída: é a superfície da cunha cortante, sobre a qual ocavaco se forma. Geometria da ferramenta de corte ARESTAS Aresta principal de corte: é a aresta de corte cuja cunha de corte correspondente indica a direção de avanço no plano de trabalho. Aresta secundária de corte: é a aresta de corte, cuja cunha de corte correspondente não indica a direção de avanço no plano de trabalho. Geometria da ferramenta de corte PONTAS Ponta de corte: é a ponta na qual se encontram a aresta principal e a lateral de corte de uma mesma superfície de saída. Arredondamento da ponta: é feito com um raio r, medido no plano de referência da ferramenta. Chanframento da ponta: No lugar do arredondamento da ponta de corte é executado um chanframento. GEOMETRIA DA CUNHA DE CORTE Geometria da cunha de corte Geometria da cunha de corte SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA Para a determinação dos ângulos na cunha cortante emprega-se um sistema de referência. Este sistema de referência é constituído por três planos ortogonais, passando pelo ponto de referência da aresta cortante. São eles: plano de referência, plano de corte e plano de medida. Geometria da cunha de corte SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA Plano de referência da ferramenta: é o plano perpendicular à direção admitida de corte; Plano de corte da ferramenta: é o plano perpendicular ao plano de referência que é tangente ou contém a aresta de corte da ferramenta; Geometria da cunha de corte SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA Plano ortogonal da ferramenta ou plano de medida: é o plano ortogonal aos planos de referência e de corte da ferramenta; Plano admitido de trabalho: é o plano perpendicular ao plano de referência da ferramenta, definido pelas direções de avanço e de velocidade de corte; Geometria da cunha de corte ANGULOS NA CUNHA CORTANTE Esses ângulos servem para a determinação da posição e da forma da cunha cortante. Devem-se distinguir também os ângulos do sistema efetivo de referência e os ângulos do sistema de referência da ferramenta. Os símbolos dos ângulos do sistema efetivo de referência levam o índice . Geometria da cunha de corte ANGULOS MEDIDOS NO PLANO DE REFERÊNCIA Ângulo de Posição : é o ângulo entre o plano de corte e o plano de trabalho, medido no plano de referência. Controla o comprimento atuante na aresta de corte da ferramenta (ângulo pequeno = cavaco fino e maior força de corte). Ângulo de Ponta : é o ângulo entre os planos de corte correspondentes – planos principal e lateral de corte – medido no plano de referência. Geometria da cunha de corte ANGULOS MEDIDOS NO PLANO DE CORTE Ângulo de Inclinação : é o ângulo entre a aresta de corte e o plano de referência, medido no plano de corte. Geometria da cunha de corte ANGULOS MEDIDOS NO PLANO DE MEDIDA DA CUNHA CORTANTE Ângulo de Folga : também é chamado de ângulo de incidência, é o ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte, medido no plano de medida da cunha cortante. Geometria da cunha de corte ANGULOS MEDIDOS NO PLANO DE MEDIDA DA CUNHA CORTANTE Ângulo de Cunha : é o ângulo entre a superfície de folga e a superfície de saída, medido no plano de medida da cunha cortante. Geometria da cunha de corte ANGULOS MEDIDOS NO PLANO DE MEDIDA DA CUNHA CORTANTE Ângulo de Saída : é o ângulo entre a superfície de saída e o plano de referência, medido no plano de medida da cunha cortante.
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