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Direitos Humanos

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E SUA PROTEÇÃO
1
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
 Os direitos humanos sempre surgiram das
necessidades de cada tempo e da luta empreendida
para conseguir efetivá-los através de leis.
2
normas e de 
pactos 
para a sua 
organização 
econômica 
política, social e 
até religiosa
 Conforme a sociedade foi se tornando mais complexa,
foi evidenciando a necessidade do estabelecimento de:
3
 O direito, para ser o instrumento social direcionado à
construção de uma sociedade justa e pacífica, tem que
evoluir conforme os anseios e demandas da sociedade.
VALE DIZER QUE: 
 É necessário, dentro de uma perspectiva histórica que
haja uma identificação entre a aquisição de direitos e a
constante evolução na formação de identidades coletivas.
 É nesse sentido que os direitos humanos, pilares
fundamentais da construção da democracia, vêm se
construindo e aprimorando.
4
• Código de Hamurabi (Khammu-rabi, rei da Babilônia,
séc. 18 A.C.);
• Código de Manu (séc. 11 A.C. legislação do mundo
Indiano);
• Lei Mosaica (Lei de Deus (dez mandamentos) e Lei de
Moisés);
• Lei das XII Tábuas (Plebeus em Roma) que foi a
expressão do povo através dos tribunos romanos.
No contexto histórico as normas que regiam o comportamento
dos homens durante séculos tiveram um caráter religioso
provido de inspiração divina. Assim foram elaborados (o) (a):
5
 Com a conquista dos direitos humanos delimitou-se a
expansão e afirmação dos direitos civis (aqui incluído o
direito à liberdade, sua principal bandeira), direitos
políticos e de proteção da propriedade e da vida numa
perspectiva de enfrentamento ao poder do Estado,
que, ao tempo, era opressor.
PRIMEIRO MOMENTO
6
 Vieram os direitos relacionados à participação política,
de universalização dos direitos à livre organização,
expressão e voto (a perspectiva, aqui, já seria de
inserção no Estado).
SEGUNDO MOMENTO
7
 No século XVIII esses direitos tinham um cunho
individualista (primeira geração), mas a partir do séc.
XIX surge a vertente social dos direitos humanos,
juntamente com a industrialização.
 A Declaração de Independência (1776) dos Estados
Unidos da América e a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão (1789) da Assembleia
Constituinte Francesa, constituem a vertente liberal e
individualista da história dos Direitos Humanos.
8
 Pode-se, numa evolução histórica, atribuir os direitos
humanos ao surgimento do Estado de bem-estar
social, das medidas de proteção social (dos
desempregados, dos menores, dos idosos e dos
inválidos) e dos mecanismos de universalização à
educação, à saúde, e à moradia.
TERCEIRO MOMENTO
 O Estado figurou, nessa etapa, como parceiro dos
indivíduos, como garantidor de seus direitos.
9
Após a Segunda Guerra Mundial, foi criada a
ONU – Carta da ONU, tendo como principal
objetivo a proteção da paz e segurança
internacional e a disseminação e
encorajamento do respeito aos direitos
humanos e liberdades fundamentais.
10
 Em 10 de dezembro de 1948, proclamou-se, em
São Francisco da Califórnia, na Assembleia Geral
das Nações Unidas, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH), que no caráter
abrangente dos seus trinta artigos visam garantir
não somente os direitos civis, mas também os
direitos sociais.
 Os direitos humanos são atualmente uma concepção
universal. Estes direitos emanam da dignidade do
homem, conceito aceito por todas as civilizações.
11
Direitos Difusos, para alguns autores, seria a
associação dos direitos humanos a uma perspectiva
ecológica, em princípio.
Há, porém, uma tendência a ampliar essa visão se
considerarmos a realidade social.
QUARTO MOMENTO
Inserção de muitos e novos sujeitos e objetos do direito,
como grupos sexuais, étnicos, etários, que também, e de
igual importância, são titulares de direito.
12
CONCEITOS E DEFINIÇÕES
 Conjunto de normas e regras impostas ou
convencionadas, com a finalidade de disciplinar a
convivência das pessoas na sociedade.
DIREITO
13
Derivam da dignidade e do valor inerente à pessoa humana. 
DIREITOS HUMANOS
universais
inalienáveis
igualitários
14
 São inerentes a cada ser humano, não podem ser
tirados ou alienados por qualquer pessoa;
 Todos têm os direitos humanos em igual medida –
independente do critério de:
 raça; cor; sexo, idioma, religião, política ou outro tipo
de opinião, nacionalidade ou origem social,
propriedades, nascimento ou outro status qualquer.
DIREITOS HUMANOS
15
 “Direitos humanos”, “direitos do homem”, ”liberdades
públicas” ou “direitos fundamentais”, são todos
aqueles direitos inerentes e universais destinados ao
ser humano.
16
 É o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e
sociais estabelecidos na constituição.
CIDADANIA
17
 Os direitos e deveres de um cidadão devem andar
sempre juntos, uma vez que, ao cumprirmos nossas
obrigações permitimos que o outro exerça também
seus direitos.
 Exercer a cidadania é:
 ter consciência de seus direitos e obrigações e lutar
para que sejam colocados em prática.
 estar em pleno gozo das disposições constitucionais.
18
 A Constituição da República Federativa do Brasil,
intitulada Constituição cidadã promulgada em 5 de
outubro de 1988, pela Assembleia Nacional
Constituinte, consolidou a democracia, após os anos
da ditadura militar no Brasil.
19
 A cidadania está relacionada com a participação social,
porque remete para o envolvimento em atividades em
associações culturais (como escolas) e esportivas.
 A ideia de cidadão aparece junto com a ideia de
democracia representativa, que é a primeira
manifestação real do cidadão, que queria participar da
vida política de forma ativa.
 Cidadão era aquele a quem se atribuía os direitos
políticos, o direito de participar ativamente da vida
política do país em que vive.
20
 A ideia de cidadão vai sendo modificada quando inicia
a internacionalização dos direitos humanos, em 1948.
 A criação da ONU (Organização das Nações Unidas)
surge principalmente para assumir um papel de
controle da paz.
21
 Passam então a figurar como cidadãos aqueles que
não somente possuíam direitos e deveres civis e
políticos, mas aqueles que habitavam o âmbito da
soberania de um estado e deste estado recebiam uma
carga de direitos.
22
 Ir e vir em todo território nacional em tempo Paz;
 Igualdade perante a Lei;
 Não ser torturado e de não receber tratamento
desumano ou degradante;
 Ter preservada a sua intimidade, vida particular,
honra, imagem, inviolabilidade de seu domicílio,
correspondência, comunicações telegráficas, de
dados e telefônicas;
COMO CIDADÃO VOCÊ TEM DIREITO DE:
23
 Liberdade de expressão de atividade artística,
intelectual, cientifica, literária e de comunicação;
 Reunião e às liberdades políticas e religiosas;
 Receber Informação;
 Propriedade.
24
 Votar para escolher nossos governantes e nossos
representantes nos poderes executivos e legislativo;
 Cumprir a leis;
 Respeitar os direitos sociais de outras pessoas;
 Prover o seu sustento com o seu trabalho; alimentar
parentes próximos que sejam incapazes;
COMO CIDADÃO VOCÊ TEM O DEVER DE:
25
 Educar e proteger nossos semelhantes;
 Proteger a natureza;
 Proteger o patrimônio comunitário;
 Proteger o patrimônio público e social do país;
 Colaborar com as autoridades.
COMO CIDADÃO VOCÊ TEM O DEVER DE:
26
Os direitos fundamentais não se perdem com o tempo,
não prescrevem, uma vez que são sempre exercíveis e
exercidos, não sendo perdidos pela falta de uso
(prescrição).
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
IMPRESCRITIBILIDADE 
27
 São direitos intransferíveis, inegociáveis, porque não são de
conteúdo econômico-patrimonial;
 Se a ordem constitucional os confere a todos, deles não se pode
desfazer, porque são indisponíveis.
INALIENABILIDADE
28
 Não se renunciam direitos fundamentais;
 Alguns deles podem até não ser exercidos, pode-se deixar de
exercê-los, mas não se admite quesejam renunciados.”
IRRENUNCIABILIDADE
29
 Os direitos de outrem não podem ser desrespeitados
por nenhuma autoridade ou lei infraconstitucional,
sob pena de responsabilização civil, penal ou
administrativa.
INVIOLABILIDADE 
30
 Está vinculada ao princípio da liberdade, conduzido
pela dignidade da pessoa humana, os mesmos devem
possuir como sujeito ativo, todos os indivíduos,
independente da raça, credo, nacionalidade, convicção
política, a coletividade jurídica em geral.
UNIVERSALIDADE 
31
 Ao desenvolver seu papel de agente garantir das
políticas sociais, o Estado deve garantir o máximo de
efetivação dos direitos fundamentais.
EFETIVIDADE 
32
 Direitos fundamentais estão vinculados uns aos outros,
não podendo ser vistos como elementos isolados, mas
sim como um todo, um bloco que apresenta
interpenetrações;
 As várias previsões constitucionais, apesar de
autônomas, possuem diversas intersecções para
atingirem suas principais finalidades.
Exemplo: a liberdade de locomoção está relacionada
à garantia do habeas corpus e ao devido processo legal.
INTERDEPENDÊNCIA
33
 Os direitos fundamentais devem ser interpretados em
conjunto, e não de forma isolada, não havendo
hierarquia entre eles, com a finalidade de se alcançar
os objetivos previstos pelo legislado constituinte.
COMPLEMENTARIDADE
34
A IMPORTÂNCIA E A VALIDADE DOS DIREITOS HUMANOS 
NO MUNDO
VALIDADE 
NO MUNDO
QUEM DEVE 
PROTEGÊ-LOS?
A QUEM SE 
DESTINAM?
35
A QUEM SE DESTINAM OS DIREITOS HUMANOS?
 A todos os seres humanos, indistintamente,
independentemente de sexo, raça, cor, nacionalidade
ou religião.
QUEM DEVE PROTEGÊ-LOS? 
 O Estado e todos os seres humanos, pois os direitos e
deveres são de todos.
 O encarregado da aplicação da lei é a figura
emblemática do Estado e tem o papel de proteger e
garantir os direitos humanos.
36
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
 A Declaração aprovada pela Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas em 1948, em Paris,
proclama os direitos fundamentais da humanidade.
37
 Que o RECONHECIMENTO da dignidade inerente a
todos os membros da família humana e seus direitos
iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da
justiça e da paz no mundo;
CONSIDERANDO
PREÂMBULO
38
 Que o DESPREZO e o DESRESPEITO pelos direitos do homem
resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da
Humanidade, e que o advento de um mundo em que os homens
gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de
viverem a salvo do temor e da necessidade;
39
 SER ESSENCIAL que os direitos do homem sejam
protegidos pelo império da lei, para que o homem não
seja compelido, como último recurso, à rebelião
contra a tirania e a opressão;
 SER ESSENCIAL promover o desenvolvimento de
relações amistosas entre as nações;
40
 QUE OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS reafirmaram,
na Carta, sua fé nos direitos do homem e da mulher, e
que decidiram promover o progresso social e melhores
condições de vida em uma liberdade mais ampla;
 QUE OS ESTADOS MEMBROS se comprometeram a
promover, em cooperação com as Nações Unidas, o
respeito universal aos direitos e liberdades
fundamentais do homem e a observância desses
direitos e liberdades;
41
 QUE UMA COMPREENSÃO COMUM desses
direitos e liberdades é da mais alta importância para
o pleno cumprimento desse compromisso.
42
A Assembleia Geral das Nações Unidas
proclama a presente "Declaração Universal
dos Direitos do Homem”(...):
43
 Todos os homens nascem livres e iguais em
dignidade e direitos.
São dotados de razão e consciência e devem agir em
relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
ARTIGO 1
44
ARTIGO 2
I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as
liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de
qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou
social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
45
ARTIGO 2
II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na
condição política, jurídica ou internacional do país ou
território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um
território independente, sob tutela, sem governo próprio,
quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
46
 Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à
segurança pessoal.
ARTIGO 3
47
 Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a
escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos
em todas as suas formas.
ARTIGO 4
48
 Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento
ou castigo cruel, desumano ou degradante.
ARTIGO 5
49
 Todo homem tem o direito de ser, em todos os
lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
ARTIGO 6
50
 Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem
qualquer distinção, a igual proteção da lei.
 Todos têm direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e
contra qualquer incitamento a tal discriminação.
ARTIGO 7
51
 Todo o homem tem direito a receber dos tribunais
nacionais competentes remédio efetivo para os atos
que violem os direitos fundamentais que lhe sejam
reconhecidos pela constituição ou pela lei.
ARTIGO 8
52
 Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou
exilado.
ARTIGO 9
53
 Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma
justa e pública audiência por parte de um tribunal
independente e imparcial, para decidir de seus direitos
e deveres ou do fundamento de qualquer acusação
criminal contra ele.
ARTIGO 10
54
 I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o
direito de ser presumido inocente até que a sua
culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei,
em julgamento público no qual lhe tenham sido
assegurada todas as garantias necessárias a sua
defesa.
ARTIGO 11
55
II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou
omissão que, no momento, não constituíam delito
perante o direito nacional ou internacional.
Também não será imposta pena mais forte do que
aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato
delituoso.
ARTIGO 11
56
 Ninguém será sujeito a interferências na sua vida
privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataques a sua honra e
reputação.
 Todo o homem tem direito à proteção da lei contra tais
interferências ou ataques.
ARTIGO 12
57
I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e
residência dentro das fronteiras de cada Estado.
II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país,
inclusive o próprio, e a este regressar.
ARTIGO 13
58
I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de
procurar e de gozar asilo em outros países.
II) Este direito não pode ser invocado em casos de
perseguição legitimamente motivada por crimes de
direito comum ou por atos contrários aos objetivos e
princípios das Nações Unidas.
ARTIGO 14
59
I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua
nacionalidade, nem do direito de mudar de
nacionalidade.
ARTIGO 15
60
 Os homens e mulheres de maior idade, sem
qualquer restrição de raça, nacionalidade ou
religião, tem o direito de contrair matrimônio e
fundar uma família.
ARTIGO 16
61
I) Gozam de iguais direitos em relação ao casamento,
sua duração e sua dissolução.
II) O casamento não será válido senão com o livre e
pleno consentimento dos nubentes.
III) A família é o núcleo natural e fundamental da
sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do
Estado.
ARTIGO 16
62
I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em
sociedade com outros.
II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua
propriedade.
ARTIGO 17
63
 Todo o homem tem direito à liberdade de
pensamento, consciência e religião; este direito
inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a
liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo
ensino, pela prática, pelo culto e pela observância,
isolada oucoletivamente, em público ou em
particular.
ARTIGO 18
64
 Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e
expressão; este direito inclui a liberdade de, sem
interferências, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e ideias por quaisquer meios,
independentemente de fronteiras.
ARTIGO 19
65
I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e
associação pacíficas.
II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
associação.
ARTIGO 20
66
I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo
de seu país diretamente ou por intermédio de
representantes livremente escolhidos.
II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço
público do seu país.
ARTIGO 21
67
III) A vontade do povo será a base da autoridade do
governo; esta vontade será expressa em eleições
periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto
secreto ou processo equivalente que assegure a
liberdade de voto.
ARTIGO 21
68
 Todo o homem, como membro da sociedade, tem
direito à segurança social e à realização, pelo esforço
nacional, pela cooperação internacional e de acordo
com a organização e recursos de cada Estado, dos
direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis
à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua
personalidade.
ARTIGO 22
69
I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de
emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à
proteção contra o desemprego.
II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a
igual remuneração por igual trabalho.
ARTIGO 23
70
III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma
remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure,
assim como a sua família, uma existência compatível
com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se
necessário, outros meios de proteção social.
IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a
neles ingressar para proteção de seus interesses.
ARTIGO 23
71
 Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive
a limitação razoável das horas de trabalho e a férias
remuneradas periódicas.
ARTIGO 24
72
I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida
capaz de assegurar a si e a sua família, saúde e bem
estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação,
cuidados médicos e os serviços sociais
indispensáveis, e direito à segurança em caso de
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou
outros casos de perda de meios de subsistência em
circunstâncias fora de seu controle.
ARTIGO 25
73
II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e
assistência especiais.
 Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do
matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
ARTIGO 25
74
Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será
gratuita, pelo menos nos graus elementares e
fundamentais. A instrução elementar será obrigatória.
I) A instrução técnica profissional será acessível a todos,
bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
ARTIGO 26
75
II) A instrução será orientada no sentido do pleno
desenvolvimento da personalidade humana e do
fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas
liberdades fundamentais. A instrução promoverá a
compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações
e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades
das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero
de instrução que será ministrada a seus filhos.
ARTIGO 26
76
I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da
vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar
do progresso científico e de fruir de seus benefícios.
II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses
morais e materiais decorrentes de qualquer produção
científica, literária ou artística da qual seja autor.
ARTIGO 27
77
 Todo o homem tem direito a uma ordem social e
internacional em que os direitos e liberdades
estabelecidos na presente Declaração possam ser
plenamente realizados.
ARTIGO 28
78
I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade,
na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua
personalidade é possível.
ARTIGO 29
79
II) No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem
estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei,
exclusivamente com o fim de assegurar o devido
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem
e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem
pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma,
ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das
Nações Unidas.
ARTIGO 29
80
 Nenhuma disposição da presente Declaração pode
ser interpretada como o reconhecimento a qualquer
Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado
à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui
estabelecidos.
ARTIGO 30
81
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E OS DIREITOS HUMANOS
 A dignidade da pessoa humana é considerada como
o fundamento último do Estado brasileiro que existe
para garantir e promover a dignidade de todas as
pessoas.
82
Tratamento digno significa - tratamento apropriado, 
adequado, decente. 
Todos os direitos humanos decorrem da dignidade da 
pessoa humana.
83
 Para que uma pessoa, desde sua infância, possa viver,
crescer e desenvolver suas potencialidades
decentemente, ela precisa de:
 adequada saúde, alimentação, educação, moradia,
afeto.
 liberdade para fazer suas opções profissionais,
religiosas, políticas, afetivas, etc.
 Esse conjunto de necessidades e capacidades nada mais
é que o conteúdo dos direitos humanos, reconhecidos, por
essa razão, como princípios e direitos fundamentais na
Constituição Brasileira.
84
 O princípio da dignidade da pessoa humana está
previsto na Constituição de 1988, no Título II, “Dos
Direitos e Garantias Fundamentais:”
 Direitos individuais e coletivos (Capítulo I, Artigo
5º);
 Direitos sociais (Capítulo II, Artigos 6º a 11);
 Direitos de nacionalidade (Capítulo III, Artigos 12 e
13);
 Direitos políticos (Capítulo IV, Artigos 14 a 16).
85
 A Constituição de 1988 em seu Artigo 4º, inciso II, é a
primeira em nossa história a estabelecer a
prevalência dos direitos humanos como princípio do
Estado brasileiro em suas relações internacionais.
 Ao afirmar esse princípio, o Estado brasileiro
compromete-se a respeitar e a contribuir na
promoção dos direitos humanos de todos os povos,
independentemente de suas nacionalidades.
86
 Essa orientação internacionalista se traduz nos
princípios da(o):
 prevalência dos direitos humanos;
 autodeterminação dos povos;
 repúdio ao terrorismo e ao racismo;
 cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade.
87
O PROFISSIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA 
FRENTE AOS DIREITOS HUMANOS
88
 A Segurança Pública é atualmente um dos maiores
problemas que afetam a qualidade de vida dos
brasileiros.
 A violência, antes limitada aos grandes centros
urbanos, avança aceleradamente até nas mais
distantes localidades do interior do Brasil.
89
 Aliado a esse crescimento da criminalidade, realça-
se o papel dos Direitos Humanos no contexto atual
de Segurança Pública, frente a necessidade de
combate à criminalidade crescente e ao respeito ao
princípio da dignidade da pessoa humana, erigido a
objetivo fundamental da República Federativa do
Brasil.
90
As garantias legais previstas durante a execução da
pena, assim como os direitos humanos do preso, estão
previstos em diversos estatutos legais.
 Em nível mundial:
 convenções, como a Declaração Universal dos
Direitos Humanos;
 Declaração Americana de Direitos e Deveres do
Homem e a proteção das garantias do homem
preso.
PROMOÇÃO E PROTEÇÃO
91
 Legislação Brasileira específica:
 Lei de Execução Penal – os incisos de I a XV do art. 41,
que dispõem sobre os direitos infraconstitucionais
garantidos ao sentenciadono decorrer da execução penal.
 Estatuto executivo-penal:
 a execução da pena privativa de liberdade deve ter por
base o princípio da humanidade;
 qualquer modalidade de punição desnecessária, cruel
ou degradante será de natureza desumana e contrária
ao princípio da legalidade.
92
CONDUTA ÉTICA E LEGAL NA APLICAÇÃO DA LEI
O CCEAL foi adotado pela Assembleia Geral das Nações
Unidas no dia 17 de dezembro de 1979, através da
Resolução 34/169.
Não é um tratado, mas pertence à categoria dos
instrumentos que proporcionam normas orientadoras aos
governos sobre questões relacionadas com Direitos
Humanos e justiça criminal.
93
 Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei
devem cumprir, a todo o momento, o dever que a
lei lhes impõe, servindo a comunidade e
protegendo todas as pessoas contra atos ilegais,
em conformidade com o elevado grau de
responsabilidade que a sua profissão requer.
ARTIGO 1.º 
94
ARTIGO 2.º 
No cumprimento do seu dever, os funcionários
responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar e
proteger a dignidade humana, manter e apoiar os
direitos fundamentais de todas as pessoas.
95
Os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei só podem empregar a
força quando tal se afigure estritamente
necessário e na medida exigida para o
cumprimento do seu dever.
ARTIGO 3.º 
96
 As informações de natureza confidencial em poder
dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei
devem ser mantidas em segredo, a não ser que o
cumprimento do dever ou as necessidades da
justiça estritamente exijam outro comportamento.
ARTIGO 4.º 
97
Nenhum funcionário responsável pela aplicação da lei pode
infligir, instigar ou tolerar qualquer ato de tortura ou qualquer
outra pena ou tratamento cruel, desumano ou degradante, nem
invocar ordens superiores ou circunstanciais excepcionais, tais
como o estado de guerra ou uma ameaça à segurança nacional,
instabilidade política interna ou qualquer outra emergência
pública como justificação para torturas ou outras penas ou
tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
ARTIGO 5.º 
98
ARTIGO 6.º 
 Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei
devem assegurar a proteção da saúde das pessoas
à sua guarda e, em especial, devem tomar medidas
imediatas para assegurar a prestação de cuidados
médicos sempre que tal seja necessário.
99
ARTIGO 7.º 
 Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei
não devem cometer qualquer ato de corrupção.
 Devem, igualmente, opor-se rigorosamente e
combater todos os atos desta índole.
100
 Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei
devem respeitá-la presente Código. Devem,
também, na medida das suas possibilidades, evitar
e opor-se vigorosamente a quaisquer violações da
lei ou do Código.
ARTIGO 8.º 
101
 Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei
que tiverem motivos para acreditar que se produziu
ou irá produzir uma violação deste Código, devem
comunicar o fato aos seus superiores e, se
necessário, a outras autoridades com poderes de
controle ou de reparação competentes.
102
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei podem
deparar com o uso da força em determinados momentos,
porém o uso arbitrário da força constitui violações do
Direito Penal e dos Direitos Humanos.
Não importa como as violações sejam vistas, elas
prejudicarão de fato o sensível relacionamento entre a
organização e toda a comunidade a que estiver servindo.
O abuso não pode e não deve ser tolerado.
103
 Quando uma organização recorre a violações da lei
para aplicá-la ou manter a ordem pública, perde sua
credibilidade e sua autoridade.
 Um agente responsável pela aplicação da lei que
exceda no uso da força ou que seja corrupto, pode
fazer com que a organização inteira seja denominada
violenta ou corrupta, porque o ato individual será visto
como ato da Instituição.
104
Ato 
Discricionário
Ato Legítimo
Ato Legal
PROFISSIONAL
Uso da 
Violência
Uso da 
Força
Impulso 
Arbitrário
Ato Ilegal
Ato Ilegítimo
AMADOR
Atividade
Profissional
105
 As palavras chaves na aplicação da lei serão
negociação, mediação, persuasão, resolução de
conflitos.
 Comunicação é o caminho preferível para se
alcançar os objetivos de uma aplicação da lei
legítima.
106
Uso de Armas de Fogo
 O uso de armas de fogo com o intuito de atingir
objetivos legítimos de aplicação da lei deve ser
considerada uma medida extrema.
 Os encarregados da aplicação da lei não usarão
armas de fogo contra indivíduos, exceto:
107
 legítima defesa ou defesa de outrem contra ameaça
iminente de morte ou ferimento grave;
 para impedir a perpetração de crime particularmente
grave que envolva séria ameaça à vida;
 efetuar a prisão de alguém que represente tal risco e
resista à autoridade, ou para impedir a fuga de alguém
que represente tal risco;
108
Uso de Armas de Fogo
 apenas nos casos em que outros meios menos
extremos se revelem insuficientes para atingir tais
objetivos.
Uso de Armas de Fogo
O uso letal intencional de armas de fogo só poderá ser
feito quando for estritamente inevitável para proteger a
vida.
109
 O uso arbitrário de força e armas de fogo pelos
encarregados da aplicação da lei constitui violações
do direito penal de um país e dos direitos humanos
cometidas por aqueles que são chamados a manter
e preservar esses direitos.
110
 Conjunto de pessoas pertencentes a uma minoria que, por
motivação diversa, tem acesso, participação e/ou
oportunidade igualitária dificultada ou vetada, a bens e
serviços universais disponíveis para a população.
 São grupos que sofrem tanto materialmente como social e
psicologicamente os efeitos da exclusão, seja por motivos
religiosos, de saúde, opção sexual, etnia, cor de pele, por
incapacidade física ou mental, gênero, dentre outras.
CONCEITO
GRUPOS VULNERÁVEIS
111
Mulheres
Crianças e 
Adolescentes
Idosos
Portadores de 
deficiências ou 
necessidades 
especiais
Gays, Lésbicas, 
Bissexuais e 
Travesti e 
Transexuais
PRINCIPAIS PÚBLICOS
112
 Diz respeito a determinado grupo humano ou social
que esteja em inferioridade numérica ou em situação
de subordinação sócio econômica, política ou cultural,
em relação a outro grupo, que é majoritário ou
dominante em uma dada sociedade.
MINORIA X GRUPOS VULNERÁVEIS
MINORIA
113
 Uma minoria pode ser étnica, religiosa, linguística,
de gênero, idade, condição física ou psíquica.
 Minorias não são necessariamente perseguidas ou
dizimadas pelo grupo dominante, mas
historicamente existem numerosos casos de
perseguições.
114
Conjunto de pessoas que por questões ligadas a
gênero, idade, condição social, deficiência e orientação
sexual, tornam-se mais suscetíveis à violação de seus
direitos.
GRUPOS VULNERÁVEIS
115
• Mulheres;
• Crianças e
adolescentes;
• Idosos;
• População de rua;
• Pessoas com
deficiência física ou
sofrimento mental;
• Comunidade LGBTT.
São classificados em seis categorias:
116
 Existem outros grupos na sociedade em situação
de risco, porém, a vulnerabilidade neste caso é a
sujeição constante ao preconceito e à
discriminação, independente de outros fatores.
117
 A discriminação racial e étnica continua a ser um dos
maiores problemas de direitos humanos no mundo
atual, atingindo tanto minorias étnicas quanto, em
alguns casos, populações inteiras.
MINORIAS ÉTNICAS
118
 Muito da atenção internacional recaiu sobre o
apartheid na África do Sul, extinto em 1994.
 A luta contra o ódio étnico e racial continuou durante a
década de 1990 violentamente acometida pelos piores
conflitos étnicos jamais vistos nos Bálcãs e na região
dos Grandes Lagos na África.
119
MINORIAS ÉTNICAS
“Grupo de pessoas de comum ancestralidade,
diferenciada dos outros por características físicas tais
como tipo de cabelo, cor dos olhos e pele, estatura, etc"
(Dicionário Inglês Collins).
“Relativo ou característico de um grupo humano que
tem certostraços raciais, religiosos, linguísticos, entre
outros, em comum" (Dicionário Inglês Collins).
Raça
Étnico
120
 A Convenção Internacional sobre a Eliminação Racial
(Artigo1º) não define "raça", mas define "discriminação
racial" para designar:
 "qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência
baseadas na raça, cor, descendência, nacionalidade ou
origem étnica com o propósito ou efeito de anular ou
impedir o reconhecimento, o gozo ou o exercício, em pé
de igualdade, dos direitos humanos e das liberdades
fundamentais nos campos políticos, econômicos,
sociais e culturais ou qualquer outro da vida pública".
121
Etnia é explicitamente entendida sob esta definição pelo
termo "raça". Muitos tratados sobre os direitos humanos
se referem a "raça" e não utilizam a terminologia "etnia".
EXEMPLOS:
Índios Ciganos 
Judeus, dentre outros.
Comunidades negras 
remanescentes de quilombos
122
 São aquelas que usam uma língua
(independentemente de ser escrita) diferente da
língua da maioria da população ou da adotada
oficialmente pelo Estado.
 Não é considerado língua mero dialeto com sutis
diferenças em relação à língua predominante.
MINORIAS LINGUÍSTICAS
123
 São grupos que professam uma religião distinta da
professada pela maior parte da população, mas não
apenas uma outra crença, como o ateísmo.
 No Brasil existem as seguintes minorias: budistas,
muçulmanos, espíritas, praticantes de candomblé
(religião jeje-nagô ouioruba), dentre outras.
MINORIAS RELIGIOSAS
124
DIREITOS HUMANOS NO SISTEMA PRISIONAL
 A Declaração de Direitos Humanos prevê as
garantias fundamentais da pessoa humana, traz os
princípios de igualdade entre todos os homens,
além de liberdade, paz e justiça.
125
 O princípio de respeito ao preso considerado pela
Carta Magna de 1988 busca reprimir os maus
tratos, as torturas, as condições desumanas,
consoante o Capítulo III, do Art. 5º, além da
discriminação da própria sociedade.
126
Lei de Execução Penal (lei nº 7.210/84)
A assistência aos presos é dever do Estado:
Material
Saúde
Educacional
Jurídica Social
Religiosa
127
 A dignidade do preso é de fato um elemento
inalienável e irrenunciável, que reconhece,
respeita e os protege, pois é inerente a todo e
qualquer ser humano.
128
 O Estado tem a função de guiar os indivíduos
para preservá-lo e deve criar condições para seu
pleno exercício.
 De acordo com Muakad (1998, p. 24): “A prisão
deve ter o mesmo objetivo que tem a educação
da infância na escola e na família; preparar o
indivíduo para o mundo a fim de subsistir ou
convier tranquilamente com seus semelhantes”.
129
Segundo Albergaria (1993, p.50), a base para o
desenvolvimento do individuo encontra-se enraizado no
conhecimento.
 “Um dos objetivos da política criminal integrada na
política social será tentar a transformação da
instituição penitenciária em escola de alfabetização e
profissionalização do preso, para inseri-lo no
processo de desenvolvimento da Nação, a serviço do
bem comum. A administração penitenciária tem o
dever de ofertar ao preso todas as possibilidades de
instrução escolar e formação profissional.” 130
 Educar ou reeducar o presidiário é uma forma de
inclusão do mesmo ao âmbito social, fomentando
nele a vontade de promover algum
desenvolvimento para sua comunidade, através
de mérito próprio, contribuindo de alguma forma
para a criação de uma nova personalidade.
131
 Como regra para todos os cidadãos, os direitos do
preso são invioláveis, imprescritíveis e irrenunciáveis”
e devem ser garantidos pelo Estado visando assim
diminuir o regresso destes e consequentemente o
índice de violência e de criminalização no nosso país.
132
REFERÊNCIAS
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74-78, out./dez. 2007;
Bastos, R. L. Patrimônio Arqueológico, Preservação e Representação Sociais: Uma proposta para o País através da
análise da situação do Litoral Sul de Santa Catarina. Programa de Pós-graduação de arqueologia. Museu de
Arqueologia e etnologia. Faculdade de Filosofia, letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo. São Paulo:
2002;
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988;
_______ Ministério da Justiça. Curso Nacional de Multiplicador de Polícia Comunitária. Brasília, 2007;
_______ Declaração Universal dos Direitos Humanos. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia
Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948;
_______ Ministério da Justiça. Matriz Curricular Nacional para Ações Formativas dos Profissionais da Área de
Segurança Pública. Versão modificada e Ampliada. Brasília, 2008;
D’ÁVILA, Manuela. Os desafios do sistema prisional brasileiro. Artigo Congresso em Foco, 2011;
FRANZOI, Jackeline Guimarães Almeida. Dos Direitos Humanos: breve abordagem sobre seu conceito, sua história e
sua proteção segundo a Constituição Brasileira de 1988 e a nível internacional. Revista Jurídica Cesumar – v.3, n. 1 –
2003;
MOURA, Danieli Veleda. A crise do Sistema Carcerário Brasileiro e sua consequência na ressocialização do apenado;
PRUX, Paula. As ações afirmativas sob o enfoque dos Direitos Fundamentais. Fundação Escola do Ministério Público do
Paraná;
SILVA, Mazukyevicz R. S. N. O Papel do Agente Penitenciário na prevenção da violência e promoção dos Direitos
Humanos. Revista do Conselho de Criminologia e Política Criminal. Belo Horizonte: Ano 16 V.11, Nov/2010.
133

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