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Focus Concursos ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO Aula 01 Ética no Serviço Público Parte II

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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO 
Buenas, meu povo, vamos iniciar o estudo dessa matéria fenomenal que é Ética e 
Conduta Profissional, que apesar de não representar uma pontuação expressiva na sua 
prova, serve para manter uma base de acerto alta, para que tu possas fazer a 
diferença nas outras matérias específicas, ok! 
Bom, apesar de o edital não trazer a parte geral da Ética, ou seja, conceitos, 
princípios, origem histórica e etc., vou te mostrar uma diferença básica entre ÉTICA, 
MORAL e DIREITO, a qual julgo importante para que você entenda todo o desenrolar 
da matéria, ou seja, antes de entrarmos no estudo dos decretos 1171/94 e 6029/07, 
iremos aprender a base de tudo. 
Observe o círculo abaixo: 
Ou seja, estamos diante de esferas diferentes, com características diferentes e 
com níveis de aplicações diferentes. Diante disso, podemos seguir as seguintes 
afirmações: 
- A ética é um primado ou uma base, e a moral são aspectos exteriores de condutas;
- A ética é permanente, e a moral é temporal;
- A ética é teórica, e a moral é prática, daí porque a moral é o objeto da ética;
- A ética é costume ou tradição de uma sociedade, a moral é a exteriorização da ética;
- A moral é uma faculdade, uma consciência individual, o direito é coercitivo, obrigatório;
- Uma atitude cem por cento legal, pode ser imoral ou antiética, pois são esferas
diferentes.
O Decreto 1171/94 é aplicado a todos os servidores públicos civis do PODER 
EXECUTIVO FEDERAL, Tal como está na descrição do referido decreto. Porém, 
devemos fazer uma interpretação lato sensu, e aplicar essas regras também para os 
chamados EMPREGADOS PÚBLICOS, os quais compõem a Administração Pública 
INDIRETA FEDERAL. 
Regras Deontológicas 
São primados maiores, princípios norteadores, bases de um ensinamento ético que 
deverá ser levado em consideração, mesmo antes de se entrar no serviço público federal, 
DIREITO 
MORAL 
ÉTICA 
ÉTICA- É um conceito teórico, entre certo ou errado, bom ou 
ruim, justo ou injusto, que o ser humano adquire logo nos 
primeiros anos de vida e carrega consigo até final, servindo de 
base para suas atitudes. Reflete, pois, uma tradição ou um 
costume de uma sociedade como um todo. 
MORAL- É a aplicação prática dos princípios éticos adquiridos, 
é pessoal, temporal e depende do ambiente onde se vive, 
sendo literalmente uma conveniência da pessoa, em fazer só o 
que é certo e não o que é errado (exteriorização da ética). 
DIREITO- É a ultima ratio, última tentativa de se regular uma 
sociedade, quando se normatiza por LEIS, o que é certo ou 
errado, OBRIGANDO a todos a seguirem esses ditames. 
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pois não são necessariamente um dever ou uma vedação, são mais que isso! 
 
O estudo dessas regras passa pela leitura atenta do decreto, não há outra forma de 
memoriza-las, faremos então, alguns comentários naquelas que mais são cobradas em 
provas de concurso, ei-las: 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são 
primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou 
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. 
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e 
da tradição dos serviços públicos. 
 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. 
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o 
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o 
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da 
Constituição Federal. 
 
Lembre-se que são cinco paralelos, que você, como servidor público deve levar em 
consideração, toda vez que irá praticar um ato, ou seja: deve analisar se o ato é: o legal e 
o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, 
mas principalmente entre o honesto e o desonesto. Caso a banca “esqueça” de algum 
desses cinco, marque a questão como errada, pois primados maiores que norteiam nossas 
atitudes no setor público, e não podem ser desconsideradas, certo! 
 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o 
mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio 
entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar 
a moralidade do ato administrativo. 
 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou 
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que 
a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua 
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade. 
 
Um dos primados mais interessantes do código de ética, o qual te mostra que sua 
remuneração vem de TODOS, inclusive de você mesmo! Então valorize as horas 
empenhadas no serviço público. 
 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser 
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da 
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se 
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na 
conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom 
conceito na vida funcional. 
 
A questão que mais cai em prova, sem dúvida alguma, é sobre esse princípio. Atente que o 
código sempre busca filiar a vida funcional à vida privada do servidor. Logo, o conceito de 
serviço público estende e atinge sua vida particular. Isso é importante, pois não basta para 
o código, você ser um ótimo servidor, se todo o dia ao sair do trabalho, vai beber no bar, 
frequentar lugares não condizentes com sua posição social, ser visto com pessoas que 2
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andam à margem da lei, ou seja, como o próprio inciso afirma, a conduta do dia-a-dia em 
sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo 
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato 
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão 
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, 
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração 
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito 
do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade 
humana quanto mais a de uma Nação. 
 
Incrivelmente, mas já vi candidatos errarem questões do tipo: O servidor não pode 
omitir ou falsear a verdade, salvo para beneficiar o governo. Por favor, meu povo, é claro 
que o servidor NÃO PODE OMITIR A VERDADE, NEM FALSEÁ-LA, NEM EM PROL DO 
CIDADÃO, NEM PARA O GOVERNO OU PARA SI MESMO, OK! 
 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público 
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos 
direta ou indiretamentesignifica causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a 
qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má 
vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, 
mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas 
esperanças e seus esforços para construí-los. 
 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao 
setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer 
outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a 
ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos 
serviços públicos. 
 
Outra questão que cai muito em prova, atenção quando o assunto for FILA, anote: 
 
 
 
 É ATITUDE ANTIÉTICA 
 
LONGAS FILAS É ATO DE DESUMANIDADE 
 
 E CAUSA GRAVE DANO MORAL 
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XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, 
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os 
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir 
e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. 
 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de 
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações 
humanas. 
 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, 
respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber 
colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o 
engrandecimento da Nação. 
 
 
 
DEVERES E VEDAÇÕES 
 
Antes de estudarmos esse paralelo, aprenda uma coisa: tanto os deveres quanto as 
vedações são tidas como OBRIGAÇÕES, a diferença entre ambas é que os DEVERES são 
OBRIGAÇÕES DE FAZER ao passo que as VEDAÇÕES são OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER! 
 
Observe o quadro abaixo e tente assimilar o máximo possível, caso sinta uma 
dificuldade na prova, em distinguir se o caso ali postado é dever ou vedação, aplique a 
regra acima, e verá que a solução está em enquadrar a situação em obrigação de fazer ou 
não fazer, para definir se é dever ou vedação, respectivamente. 
 
 
DEVERES VEDAÇÕES 
Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, 
função ou emprego público de que seja titular. 
O uso do cargo ou função, facilidades, 
amizades, tempo, posição e influências, 
para obter qualquer favorecimento, para si 
ou para outrem 
Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e 
rendimento, pondo fim ou procurando 
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, 
principalmente diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo 
setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário. 
Prejudicar deliberadamente a reputação de 
outros servidores ou de cidadãos que deles 
dependam 
Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a 
integridade do seu caráter, escolhendo sempre, 
quando estiver diante de duas opções, a melhor e a 
mais vantajosa para o bem comum 
Ser, em função de seu espírito de 
solidariedade, conivente com erro ou 
infração a este Código de Ética ou ao 
Código de Ética de sua profissão 
Jamais retardar qualquer prestação de contas, 
condição essencial da gestão dos bens, direitos e 
serviços da coletividade a seu cargo. 
Usar de artifícios para procrastinar ou 
dificultar o exercício regular de direito por 
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral 
ou material. 
Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços 
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato 
com o público. 
Deixar de utilizar os avanços técnicos e 
científicos ao seu alcance ou do seu 
conhecimento para atendimento do seu 
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 mister 
ter consciência de que seu trabalho é regido por 
princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos 
permitir que perseguições, simpatias, 
antipatias, caprichos, paixões ou interesses 
de ordem pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados 
administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores 
ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, 
respeitando a capacidade e as limitações individuais 
de todos os usuários do serviço público, sem 
qualquer espécie de preconceito ou distinção de 
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho 
político e posição social, abstendo-se, dessa forma, 
de causar- lhes dano moral 
pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou 
receber qualquer tipo de ajuda financeira, 
gratificação, prêmio, comissão, doação ou 
vantagem de qualquer espécie, para si, 
familiares ou qualquer pessoa, para o 
cumprimento da sua missão ou para 
influenciar outro servidor para o mesmo 
fim ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor 
de representar contra qualquer comprometimento 
indevido da estrutura em que se funda o Poder 
Estatal 
alterar ou deturpar o teor de documentos 
que deva encaminhar para providências 
resistir a todas as pressões de superiores 
hierárquicos, de contratantes, interessados e outros 
que visem obter quaisquer favores, benesses ou 
vantagens indevidas em decorrência de ações 
imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las 
iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que 
necessite do atendimento em serviços 
públicos 
zelar, no exercício do direito de greve, pelas 
exigências específicas da defesa da vida e da 
segurança coletiva 
desviar servidor público para atendimento 
a interesse particular 
ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que 
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, 
refletindo negativamente em todo o sistema 
retirar da repartição pública, sem estar 
legalmente autorizado, qualquer 
documento, livro ou bem pertencente ao 
patrimônio público 
comunicar imediatamente a seus superiores todo e 
qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, 
exigindo as providências cabíveis 
fazer uso de informações privilegiadas 
obtidas no âmbito interno de seu serviço, 
em benefício próprio, de parentes, de 
amigos ou de terceiros 
manter limpo e em perfeita ordem o local de 
trabalho, seguindo os métodos mais adequados à 
sua organização e distribuição 
apresentar-se embriagado no serviço ou 
fora dele habitualmente 
participar dos movimentos e estudos que se 
relacionem com a melhoria do exercício de suas 
funções, tendo por escopo a realização do bem 
comum 
dar o seu concurso a qualquer instituição 
que atente contra a moral, a honestidade 
ou a dignidade da pessoa humana 
apresentar-se ao trabalho com vestimentas 
adequadas ao exercício da função 
exercer atividade profissional aética ou 
ligar o seu nome a empreendimentos de 
cunho duvidoso 
manter-se atualizado com as instruções, as normas 
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde 
exerce suas funções 
 
cumprir, de acordo com as normas do serviço e as 
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou 
função, tanto quanto possível, com critério, 
segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa 
ordem 
 
facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por 
quem de direito 
 
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exercer com estritamoderação as prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de 
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos 
usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos 
 
abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, 
poder ou autoridade com finalidade estranha ao 
interesse público, mesmo que observando as 
formalidades legais e não cometendo qualquer 
violação expressa à lei 
 
divulgar e informar a todos os integrantes da sua 
classe sobre a existência deste Código de Ética, 
estimulando o seu integral cumprimento. 
 
 
 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA 
 
Bom, chegamos ao final do estudo desse decreto 1171/94, e afirmo, sem medo de 
errar, que esses últimos incisos são os mais importantes para quem faz concurso público, 
por motivo muito simples, quantidade de questões sobre essa comissão de ética é 
infinitamente maior que qualquer outra parte desse decreto, então muita atenção agora, 
ok! 
 
Atente para essas observações abaixo, as quais confirmam a criação e aplicação da 
COMISSÃO DE ÉTICA, observe: 
 
XVI - Em todos os órgãos e 
entidades da Administração Pública 
Federal direta, indireta autárquica e 
fundacional, ou em qualquer órgão 
ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público, deverá 
ser criada uma Comissão de Ética, 
encarregada de orientar e aconselhar 
sobre a ética profissional do servidor, 
no tratamento com as pessoas e com 
o patrimônio público, competindo-lhe 
conhecer concretamente de 
imputação ou de procedimento 
susceptível de censura. 
XXIV - Para fins de apuração do 
comprometimento ético, entende-se por 
servidor público todo aquele que, por força de 
lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste 
serviços de natureza permanente, temporária ou 
excepcional, ainda que sem retribuição 
financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder 
estatal, como as autarquias, as fundações 
públicas, as entidades paraestatais, as 
empresas públicas e as sociedades de economia 
mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o 
interesse do Estado. 
 
Logo, as CE são aplicadas a TODOS os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal, ficando responsável pela orientação e aconselhamento dos servidores e 
empregados públicos, sobre o assunto ÉTICA! Cabendo a ela também, se for o caso, a 
aplicação da ÚNICA sanção possível de ser aplicada em caso descumprimento de preceito 
ético, qual seja, a CENSURA! 
 
Para finalizar, destacamos a FINALIDADE da existência dessas Comissões de Ética, 
pois uma vez aplicada, ao servidor ou empregado público, a sanção de CENSURA, ele não 
sentirá, pelo menos de pronto, o impacto dessa medida. Pois, ela refletirá no 
prosseguimento de suas carreiras, dado que antes de toda e qualquer progressão ou 
promoção, o setor responsável pelo quadro de carreira deverá consultar a CE para verificar 
se há ou não impeditivo de conduta daquele servidor ou empregado. 
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E cuidado, mesmo que a prova lhe afirme que a decisão que pune um servidor ou 
empregado por conduta antiética é administrativa e por ser assim enquadrada prescinde 
de fundamentação bem como de publicação, marque isso como uma assertiva ERRADA! 
 
Atente para o fato que mesmo sendo uma decisão administrativa, ela precisa ser 
obrigatoriamente FUNDAMENTADA E PUBLICADA, sendo assinada por todos os 
integrantes da comissão, com ciência do faltoso. 
 
 
 
Nosso estudo prossegue na análise do Decreto 6029 de 01/02/2007, o qual 
modificou consideravelmente o Decreto 1171/94, já estudo anteriormente. As principais 
informações estão copiladas neste material e espero realmente ajudar na conquista de sua 
merecida vaga! 
 
 
Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal 
 
Finalidade: promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do 
executivo federal, divulgando, orientando e aplicando a ética em toda a sua estrutura. 
 
 
COMPOSIÇÃO 
COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA – CEP 
COMISSÕES DE ÉTICA - CE 
COMISSÕES DE ÉTICA EQUIPARADAS - CEE 
 
Sendo que a principal comissão é a CEP, a qual cabe a gerência e organização de 
todo o sistema de gestão, aplicado somente no âmbito do PODER EXECUTIVO FEDERAL! 
Esses representantes se reúnem ao menos uma vez por ano, sob a coordenação da CEP. 
 
Pois bem, a principal parte de estudo deste decreto é a diferença entre a CEP e as 
CE, que você verá com nitidamente neste paralelo que montamos pra melhorar o seu 
estudo, veja: 
 
 CEP CE 
COMPOSIÇÃO 07 (sete) Brasileiros. 03 (três) servidores/empregados 
públicos. 
NOMEAÇÃO Presidente da República Chefe maior do órgão ou entidade 
MANDATO 03 (três) anos, não 
coincidentes. 
03 (três) anos, não coincidentes. 
REQUISITOS Idoneidade moral; Reputação ilibada; 
Notória experiência em administração 
pública. 
Ser servidor ou empregado do quadro 
permanente do órgão ou entidade. 
SECRETARIA 
EXECUTIVA 
Vinculada à Casa Civil da Presidência 
da República. 
Vinculada à sede do órgão ou 
entidade 
 I - atuar como instância 
consultiva do Presidente da República 
e Ministros de Estado em matéria de 
ética pública; 
 
II - administrar a aplicação do 
Código de Conduta da Alta 
I - atuar como instância consultiva 
de dirigentes e servidores no âmbito de 
seu respectivo órgão ou entidade; 
 
II - aplicar o Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal, aprovado 
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COMPETÊNCIA 
Administração Federal, devendo: 
 
a) submeter ao Presidente da 
República medidas para seu 
aprimoramento; 
 
b) dirimir dúvidas a respeito de 
interpretação de suas normas, 
deliberando sobre casos omissos; 
 
c) apurar, mediante denúncia, ou 
de ofício, condutas em desacordo com 
as normas nele previstas, quando 
praticadas pelas autoridades a ele 
submetidas; 
 
III – dirimir dúvidas de 
interpretação sobre as normas do 
Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal de que trata 
o Decreto no 1.171, de 1994; 
 
IV - coordenar, avaliar e 
supervisionar o Sistema de Gestão da 
Ética Pública do Poder Executivo 
Federal; 
 
V - aprovar o seu regimento 
interno; e 
 
VI - escolher o seu Presidente. 
pelo Decreto 1.171, de 1994, devendo: 
 
a) submeter à Comissão de Ética 
Pública propostas para seu 
aperfeiçoamento; 
 
b) dirimir dúvidas a respeito da 
interpretação de suas normas e deliberar 
sobre casos omissos; 
 
c) apurar, mediante denúncia ou 
de ofício, conduta em desacordo com 
as normas éticas pertinentes; e 
 
d) recomendar, acompanhar e 
avaliar, no âmbito do órgão ou entidade 
a que estiver vinculada, o 
desenvolvimento de ações objetivando 
a disseminação, capacitação e 
treinamento sobre as normas de ética e 
disciplina; 
 
III - representar a respectiva 
entidade ou órgão na Rede de Ética do 
Poder Executivo Federal a que se refere 
o art. 9o; e 
 
IV - supervisionar a observância do 
Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e comunicar à 
CEP situações que possam configurar 
descumprimento de suas normas. 
 
 
 
Algumas observações importantes: 
 
- No caso do mandato, apesar de ambas terem o mesmo prazo, cuidado que a 
possibilidade de RECONDUÇÃO é prevista somente para a CEP, não cabendo, pois, para as 
demais CE. 
 
- Apesar de o decreto apresentar mandatos diversos de um, dois ou três anos, lembre-se 
que eles foram usados para conceder o chamado MANDATO NÃO COINCIDENTE,para os 
PRIMEIROS MEMBROS, não mais sendo aplicado nos dias de hoje! 
 
- No que tange aos SUPLENTES, há previsão para sua escolha somente para as CE, no 
mesmo formato e quantidade dos titulares. 
 
- A atuação no âmbito das comissões não enseja qualquer remuneração para seus 
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante 
serviço público. 
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Legitimados: A apuração de conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes 
pode ser por representação (fundamentada) ou de ofício, em ambos os casos sempre 
garantida a ampla defesa e o contraditório. Os legitimados para representar contra agente 
público, sobre conduta ética, junto às comissões: 
 
 Qualquer cidadão; 
 Agente público; 
 Pessoa jurídica de direito privado; 
 Associação; 
 Entidade de classe. 
Entende-se por agente público, para os fins 
deste Decreto, todo aquele que, por força de lei, 
contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços 
de natureza permanente, temporária, excepcional 
ou eventual, ainda que sem retribuição financeira, 
a órgão ou entidade da administração pública 
federal, direta e indireta. 
 
Atente-se para o fato que o procedimento que apura a atitude ética do agente é 
administrativo, e como tal, aplica-se o chamado princípio da OFICIALIDADE, IMPÚLSO 
OFICIAL, o que responde aquela fatídica pergunta que: não tendo representação de 
quaisquer dos legitimados, pode a comissão abrir processo diretamente, sem 
motivação externa? Claro que sim, as comissões não dependem dessa representação 
para atuarem na apuração de atitudes antiéticas dos agentes públicos sob o seu 
manto de competência. 
 
ATENÇÃO: Quais as providências que a comissão de ética deve tomar se concluir por 
falta ética? 
 
“Se a conclusão for pela” existência de falta ética, além das 
providências previstas no Código de Conduta da Alta 
Administração Federal e no Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, as 
Comissões de Ética tomarão as seguintes providências, no 
que couber: 
 
I - encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou 
função de confiança à autoridade hierarquicamente superior 
ou devolução ao órgão de origem, conforme o caso; 
 
II -- encaminhamento, conforme o caso, para a 
Controladoria-Geral da União ou unidade específica do 
Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de que 
trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 2005, para 
exame de eventuais transgressões disciplinares; e 
 
III - recomendação de abertura de procedimento 
administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir.” 
 
 
 
ATENÇÃO: Lembrando que no caso do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal a pena é de censura e no caso do Código de Conduta da Alta 
Administração Federal a pena é de advertência se a autoridade ainda estiver no exercício 
do cargo ou censura, se não. 
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PRAZO: + 10 DIAS 
 
MOTIVO: ALEGAÇÕES FINAIS 
DO ACUSADO 
IMPORTANTE: O decreto 6029/07 traz apenas dois prazos para o procedimento de 
apuração de conduta ética, sendo obviamente aplicados a defesa do acusado. Observe o 
esquema abaixo e atente-se a facultatividade do segundo prazo. 
 
 
 
PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DE CONDUTA ÉTICA 
 
 
 
 
Assim, temos um prazo único de dez dias para a defesa, e caso surja documentos 
novos, após a apresentação da mesma, é obrigatório a abertura de novo prazo de dez dias. 
 
Lembre-se que concluída a apuração pela comissão, ela deverá pronunciar sua 
decisão fundamentada, pela condenação ou não do agente público. Nesse ínterim, o 
procedimento de apuração da conduta ética receberá a CLASSIFICAÇÃO SIGILOSA DE 
RESERVADO, a qual perdurará até a conclusão dos trabalhos pelas comissões. 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO > 
 
 
 
 
 
Ainda sobre o procedimento, atente para o fato atípico que não acontece em 
qualquer outro, de o acusado ter a oportunidade de verificar o conteúdo dos autos, sem 
mesmo ter sido notificado formalmente, vejamos: 
 
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é 
assegurado o direito de saber o que lhe está sendo imputado, 
de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos, no 
recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha 
sido notificada da existência do procedimento investigatório. 
DECISÃO 
FUNDAMENTADA 
PRAZO: 10 DIAS 
 
MOTIVO: DEFESA 
DO ACUSADO 
CASO SURJA FATO 
OU DOCUMENTO 
NOVO! 
As Comissões de Ética, sempre que constatarem a possível ocorrência de 
ilícitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de infração 
disciplinar, encaminharão cópia dos autos às autoridades competentes 
para apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência! 
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Ética| Ética no Serviço Público 
Prof. Luciano Franco |https://www.facebook.com/drlfranco 
PRICÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO 
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o 
de obter cópia dos autos e de certidão do seu teor. 
 
As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre matéria de 
sua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, 
do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ou do 
Código de Ética do órgão ou entidade. Caso isso aconteça, a solução será aplicar 
concomitantemente a ANALOGIA e os 
PÚBLICA, ou seja, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
Para finalizar, alguns detalhes importantes: 
 
- A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de sanções aplicadas pelas 
Comissões de Ética de que tratam os incisos II (as comissões de ética de que trata o 
Decreto 1171/1994) e III (as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e 
órgãos do Poder Executivo Federal) do art. 2o e de suas próprias sanções, para fins de 
consulta pelos órgãos ou entidades da administração pública federal, em casos de 
nomeação para cargo em comissão ou de alta relevância pública. 
 
- As normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e do Código de Ética 
do órgão ou entidade aplicam-se, no que couber, às autoridades e agentes públicos neles 
referidos, mesmo quando em gozo de licença. 
 
- As autoridades competentes NÃO poderão alegar sigilo para deixar de prestar 
informação solicitada pelas Comissões de Ética, pelo contrário, deverão facilitar ao 
máximo o serviço dessas comissões, dada a importância dos assuntos tratados por elas. 
 
OBS.: A infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética de que 
tratam os incisos II e III do art. 2o será apurada pela Comissão de Ética Pública. 
 
No mais, meu povo, insisto que no estudo de matérias jurídicas, necessário se faz 
uma leitura na chamada “lei seca”, ou seja, lei os decretos na íntegra, para dirimir 
quaisquer dúvidas, certo! 
 
Bons estudos e faça uma boa prova! 
 
 
 
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