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Aula-07-Direito-Constitucional-Auditor-TCDF-2-MP-e-Funções-essenciais-à-Justiça-v2

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Aula 07 
Curso: Direito Constitucional 
Professor: Jonathas de Oliveira 
 Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 07 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 55 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1- O Ministério Público ......................................................................... 3 
2- A advocacia pública ....................................................................... 23 
3- A advocacia privada ....................................................................... 29 
4- A defensoria pública ...................................................................... 31 
5- Questões Comentadas ................................................................... 34 
6- Lista de Exercícios ......................................................................... 43 
7- Gabarito ........................................................................................ 54 
8- Referencial Bibliográfico................................................................ 55 
 
 
Olá amigos! 
 
Esta aula complementa a anterior e “fecha” o ciclo de estudo do Título IV 
da Constituição Federal de 1988. 
Sugerimos que se mantenha um bom nível de concentração e de revisões 
deste e dos tópicos já apresentados. 
 
Dito isso, avancemos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 07 – Funções Essenciais à Justiça. 
http://www.exponencialconcursos.com.br/
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2009%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20MP%20e%20Funções%20essenciais%20à%20Justiça.docx%23_Toc455498004
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2009%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20MP%20e%20Funções%20essenciais%20à%20Justiça.docx%23_Toc455498005
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2009%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20MP%20e%20Funções%20essenciais%20à%20Justiça.docx%23_Toc455498006
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2009%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20MP%20e%20Funções%20essenciais%20à%20Justiça.docx%23_Toc455498007
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file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2009%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20MP%20e%20Funções%20essenciais%20à%20Justiça.docx%23_Toc455498009
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2009%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20MP%20e%20Funções%20essenciais%20à%20Justiça.docx%23_Toc455498010
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2009%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20MP%20e%20Funções%20essenciais%20à%20Justiça.docx%23_Toc455498011
 Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 07 
Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 55 
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 O Capítulo IV da Constituição Federal nos apresenta as funções essenciais 
à Justiça. 
 De acordo com Mendes e Branco (2010), o Poder Judiciário desempenha 
papel central para contrabalancear os Poderes Legislativo e Executivo na forma 
e nos limites constitucionalmente definidos. Todavia, como meio de limitação 
do próprio Poder Judiciário, recusa-se que ele possa agir, de regra, por iniciativa 
própria (de ofício). 
A jurisdição depende assim de provocação externa para ser exercida. E a 
prerrogativa de movimentar o Judiciário mostra-se, pois, essencial. Disso deriva 
a relevância da ação dos entes e pessoas que oficiam perante os juízos e que, 
por isso, exercem funções essenciais à Justiça. 
São, pois, nos dizeres de Silva (2005), entes e agentes (públicos ou 
privados) propulsores da atividade jurisdicional do Estado. 
 
 A Constituição Federal as descreve nos seus art. 127 a 135: 
 
 
 O Ministério Público é, de longe, a mais exigida em concursos. 
 
 Historicamente, desde o Império se fazia referência à figura dos 
promotores e procuradores de justiça. A atuação destes, todavia, era esparsa e 
desprovida de uma disciplina normativa própria consolidada. 
 Mais recentemente, já no período republicano, o substrato legal referente 
ao Ministério Público passou a ganhar corpo. 
 A Constituição Federal de 1967 passou a tratá-lo no mesmo Capítulo do 
Judiciário, tendo ambas instituições, contudo, atribuições bastante distintas. 
Funções essenciais à Justiça
Ministério Público
Advocacia 
Pública
Advocacia
Defensoria 
Pública
1- O Ministério Público 
 
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 Posteriormente, a Emenda Constitucional nº 1/69 (também conhecida 
como Constituição Federal de 1969) alocou o Parquet1 no Capítulo referente ao 
Poder Executivo. 
 Somente com o advento da Constituição Federal de 1988 o Ministério 
Público passou a ser tratado como instituição independente e autônoma em 
relação aos três Poderes, além de ter suas competências alargadas e lhe terem 
sido outorgadas garantias e atributos análogos aos Poderes da República 
(autonomia financeira, administrativa e orçamentária, independência funcional, 
prerrogativas idênticas às da Magistratura, etc.), conforme veremos a seguir. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
SEÇÃO I 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
(1) O Ministério Público desempenha papel de relevo em diversas ocasiões, por 
exemplo, quando: 
(i) o PGR representa junto ao STF para que haja intervenção por violação aos 
princípios constitucionais sensíveis; 
(ii) o PGR é ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos 
de competência do STF (o que se reproduz, com especificidades, nos demais 
tribunais); 
(iii) o PGR suscita junto ao STJ que se desloque para a Justiça Federal inquérito 
ou processo que trate de grave violação aos direitos humanos; 
(iv) atua nas ações civis públicas. 
 
 
Os interesses individuais indisponíveis são aqueles de que seus titulares 
não podem dispor, ou seja, não podem renunciar, alienar ou transmitir a 
qualquer título. 
 
1 Termo jurídico que se refere ao Ministério Público e a seus membros (promotores e 
procuradores de justiça). 
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São interesses maiores da própria coletividade, como os ligados ao direito 
à vida, à liberdade e à cidadania. 
Nascem e desenvolvem-se independentemente da vontade individual dos 
seus titulares que deles gozam. 
Nesse sentido, exemplificativamente, o STF já decidiu que o Ministério 
Público é parte legítima para ajuizar ação civil pública visando ao fornecimento 
de medicamentos de uso contínuo a portador de determinada doença (RE 
605.533). 
 Também dispõe de legitimidade ativa ad causam para ajuizar, em favor 
de terceiros, o habeas corpus (HC 69.889). 
 O STJ, por seu turno, já sumulou entendimento (Súmula nº 601) no 
sentido de que o Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa 
de direitos difusos,coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda 
que decorrentes da prestação de serviço público. 
 Verifica-se possível, pois, a atuação do MP nas causas de interesse 
particular, porém, impregnadas de relevante natureza social. 
 Isto porque, em última análise, discute-se não um direito privado em 
específico, mas uma causa que é comum a inúmeros outros cidadãos. 
 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público [...] 
 
 
 No que diz com a unidade, importante ponderar que não pode o membro 
do Ministério Público estadual exercer função de membro do Ministério Público 
Federal ou de qualquer outro ramo do Ministério Público da União. A divisão 
orgânica constitucionalmente estabelecida entre Ministério Público da União e 
P
ri
n
c
íp
io
s
 i
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s
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tu
c
io
n
a
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 M
P
Unidade
Embora existam diferentes ramos, os membros 
do MP agem como um órgão único, integrando 
uma mesma vontade
Indivisibilidade
Dentro de cada ramo, os membros do MP podem 
ser substituídos uns pelos outros em sua 
atuação, sem prejuízo do munus jurídico-
processual que lhe é típico
Independência funcional
Sempre respeitados os limites legais, cada 
membro do MP é livre para formar seu 
convencimento jurídico-técnico sem observância 
a limitações hierárquicas e afins
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Ministério Público dos Estados não pode ser afastada sob o argumento da 
unidade. 
 Quanto à independência funcional, esta prevalece para resolver 
questões em que se verificam manifestações diferentes de membros do 
Ministério Público atuando no mesmo grau de jurisdição. Se o promotor, por 
exemplo, em sede de alegações finais, argumenta em prol da absolvição do réu, 
isso não impede – dada a garantia da independência – que outro promotor, ante 
sentença absolutória, contra ela interponha apelação (HC 69.957). Ou seja, de 
regra, a pretensão de um órgão do Ministério Público não vincula os demais. 
 Evidentemente, a independência funcional, ao lado dos princípios da 
unidade e indivisibilidade, pode ocasionar situações de conflito, o que exigirá 
uma solução legislativa que preserve as finalidades últimas que justificam a 
própria existência do Ministério Público. 
 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169 [limites com 
despesa de pessoal ativo e inativo de todos os entes], propor ao Poder 
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-
os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política 
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e 
funcionamento. 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o 
Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em 
desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo 
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual. 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou 
especiais. 
 
(1) A redação dos parágrafos acima é essencialmente a mesma que a aplicável, 
por meio do art. 99, ao Poder Judiciário. 
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 Desse modo, a Constituição Federal concede ao Ministério Público a 
denominada autonomia FAO (funcional, administrativa e de proposta 
orçamentária). 
 
 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
 
 
 
 
(1) Cumpre destacar que não há vínculo ou subordinação institucional, 
administrativa, orçamentária ou processual entre o MP da União e o MP dos 
Estados. 
 Em mais de uma ocasião, o Supremo Tribunal reconheceu a legitimidade 
ativa autônoma de Ministério Público estadual para ajuizar ações no Supremo 
Tribunal, sem que se exija a ratificação da petição inicial pelo Procurador-Geral 
da República, que é chefe do MPU (vide Rcl 7.101). 
(2) Assim como não existe “Justiça Municipal” também não há “Ministério 
Público Municipal”. O que existe são núcleos dos Ministérios Públicos da União e 
dos Estados que atuam na circunscrição jurídica dos Municípios. 
(3) Em sede de controle de constitucionalidade (ADI 789), o STF já manifestou 
entendimento que o Ministério Público junto ao TCU é instituição que não 
integra o Ministério Público da União. 
 Analogamente, os Ministérios Públicos junto aos Tribunais de Contas dos 
Estados, não integram os Ministérios Públicos daqueles entes. 
 O rol do art. 128 da Constituição Federal é taxativo e a arquitetura 
institucional por ele delineada não comporta interpretação extensiva. 
 O fundamento constitucional dos denominados “Ministérios Públicos de 
Contas” são outros, a saber, os art. 73, § 2º, I, e art. 130 da CF/88. 
 
 
MP da União
MP Federal MP do Trabalho MP Militar
MP do DF e 
Territórios
MP dos Estados
Ministério Público Não inclui os Ministérios 
Públicos junto aos 
Tribunais de Contas 
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 Vejamos agora as disposições constitucionais a respeito dos chefes de 
cada instituição, quais sejam, o Procurador-Geral da República (MP da União) e 
os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados (MP dos Estados). 
 
 
 
Nos termos da Lei nº 8.625/932 e da Lei Complementar nº 75/933 cada 
ramo do MPU terá seu Procurador-Geral, podemos dizer, seu chefe imediato, 
indicado como segue. 
Não se perca de vista aqui que o Procurador-Geral da República é o 
chefe máximo da instituição Ministério Público da União. 
 
Procurador-
Geral do 
Trabalho 
Nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre 
membros da instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 
anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante 
voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de 
Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma 
recondução, observado o mesmo processo. 
 
2 Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e dispõe sobre normas gerais 
para a organização do Ministério Público dos Estados. 
3 Dispõe sobre a organização, as atribuições e o Estatuto do Ministério Público da União 
– “Lei Orgânica do Ministério Público da União”. 
PGR (§§1º, 2º e 4º)
• Chefe do MPU (Federal + Trabalho
+ Militar + DFT)
• Nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes de
carreira, maiores de 35 anos, após
aprovação de seu nome pela
maioria absoluta do Senado
Federal
• Mandato de 2 anos
• Permitida a recondução (várias)
• A destituição do PGR, por
inicativa do Presidente da
República, deverá ser precedida de
autorização da maioria absoluta
do Senado Federal
PGJ (§§3º e 4º)
• Chefe do MPE
• Os MP dos Estados formam lista
tríplice dentre integrantes da
carreira, na forma da leirespectiva,
para escolha de seu Procurador-
Geral, que será nomeado pelo
Chefe do Poder Executivo
• Mandato de 2 anos
• Permitida 1 recondução
• Os Procuradores-Gerais de Justiça
nos Estados poderão ser
destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder
Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva
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Se não houver número suficiente de candidatos com mais de 
5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice o membro 
que contar mais de 2 anos na carreira. 
Procurador-
Geral da 
Justiça 
Militar 
Nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre 
membros da instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 
anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante 
voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de 
Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma 
recondução, observado o mesmo processo. 
Se não houver número suficiente de candidatos com mais de 
5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice o membro 
que contar mais de 2 anos na carreira. 
Procurador-
Geral 
Eleitoral 
É o Procurador-Geral da República. 
Procurador-
Geral de 
Justiça do 
DF e 
Territórios 
Será nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes com mais de 5 anos de exercício nas funções da 
carreira, que compõem lista tríplice elaborada pelo Colégio de 
Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de 2 
anos, permitida uma recondução, precedida de nova lista 
tríplice. 
 
 
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada 
aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as 
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a 
seus membros: 
 
(1) Da leitura do art. 61, § 1º, II, “d” c/c art. 128, § 5º temos que é 
competência concorrente entre do Presidente da República e do PGR a 
iniciativa da “Lei Orgânica” do Ministério Público da União. 
 
A fim de preservar a autonomia da instituição, o constituinte dotou os 
membros do Ministério Público de garantias que lhe são específicas. De forma 
análoga ao que ocorre com o Judiciário, emerge a necessidade de reforçar a 
independência do Parquet em relação aos demais Poderes ou influências 
externas. 
 Noutra mão, também impôs vedações que lhe são próprias, o que, em 
última análise, também visa a preservar a autonomia e a correção ético-
profissional de seus membros. 
 
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I - as seguintes garantias: 
 
 
Tratam-se das mesmas garantias conferidas aos membros do Judiciário. 
 
Aqui (o que também vale para aquele Poder), importa observar que: 
i) a vitaliciedade não excepciona o membro do Ministério Público da regra geral 
da aposentadoria compulsória por idade; 
ii) a irredutibilidade não isenta o membro do Ministério Público de ter seu 
subsídio gravado dos encargos tributários e previdenciários gerais. 
 Inclusive, é possível que haja uma redutibilidade indireta do subsídio caso 
sejam majoradas as cargas tributárias (como o imposto de renda, por exemplo) 
e previdenciárias (como por meio de um aumento da alíquota). 
Além disso, o princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos 
não possibilita, sem lei específica, reajuste automático de vencimentos, como 
simples decorrência da desvalorização da moeda, provocada pela inflação (AI-
AgRg 490.396). 
O que a Constituição Federal preserva, em essência, é a irredutibilidade 
nominal do subsídio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Garantias
funcionais dos 
membros do MP
I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não 
podendo perder o cargo senão por sentença judicial 
transitada em julgado
II - inamovibilidade, salvo por motivo de 
interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente do MP, pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa
III - irredutibilidade de subsídio [observadas as 
diretrizes constitucionais]
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II - as seguintes vedações: 
 
* O art. 29, § 3º, do ADCT, numa regra de transição, estabelece uma norma de exceção: 
“poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do 
Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto 
às vedações, a situação jurídica na data desta”. 
Ou seja, os membros do MP admitidos antes da promulgação da CF/88 puderam 
optar pelo regime anterior à Carta Magna, no qual era permitido exercer outra função ou 
cargo público de importância equivalente ou superior na administração pública, assim como 
exercer a advocacia. 
 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, 
parágrafo único, V [quarentena de saída]. 
 
 
 Considerando o perfil institucional do Ministério Público, a Constituição 
Federal lhe conferiu determinadas funções em rol não taxativo. 
 O Parquet pode, assim, agir e intervir, preventiva ou posteriormente, em 
ações de diversas naturezas (penais, cíveis, dentre outras). 
 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
 
(1) Excepcionalmente, na omissão do MP num caso concreto, tal restrição 
poderá ser “relaxada” – ver art. 5º, LIX e art. 129, §1º. 
Vedações
funcionais aos 
membros do MP
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, 
honorários, percentagens ou custas processuais
b) exercer a advocacia*
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer 
outra função pública, salvo uma de magistério
e) exercer atividade político-partidária
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei
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II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas 
necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses 
difusos e coletivos; 
 
(1) Vamos lembrar que direitos difusos são aqueles cujos titulares são 
indeterminados e indetermináveis. São direitos transindividuais 
(ultrapassam a esfera do indivíduo), de natureza indivisível, e que têm por 
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. 
 Exemplos de direitos difusos são os da criança e do adolescente, dos 
povos indígenas, dos idosos e dos portadores de necessidades especiais. 
Já os direitos coletivos são aqueles cujos titulares são 
indeterminados, porém, determináveis. Também são transindividuais e de 
natureza indivisível. Todavia, seu titular é grupo, categoria ou classe de pessoas 
ligadas entre si ou com a parte contrária. 
Exemplos de direitos coletivos são os direitos de determinados 
consumidores de bens ou serviços (por exemplo, pais de alunos matriculados 
numa determinada escola), proprietários de um determinado modelo de 
automóvel (que, exemplificativamente, apresentou necessidade derecall), 
moradores de um conjunto habitacional ou condomínio, dentre muitos outros. 
 
(2) Podemos também aproveitar a oportunidade e rever os aspectos nucleares 
da ação civil pública (observe-se que o MP não é o único legitimado ativo desse 
tipo de ação): 
 
Titulares são indeterminados e
indetermináveis
Exemplo: No caso da poluição dos
rios de uma cidade, causada por
lançamento de esgoto in natura
por uma grande indústria da
região, todos os moradores da
região, de forma indeterminada e
indeterminável, têm seu direito ao
meio ambiente violado. São
direitos que mesmo atingindo
alguém em particular, alcançam
praticamente todos.
Titulares são indeterminados,
porém determináveis
Exemplo: No caso de um defeito
mecânico de uma marca de
automóvel, de determinado ano
de fabricação, o direito é coletivo,
mas os sujeitos são
determináveis (os adquirentes do
veículo).
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 Em se tratando da proteção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, o STF já asseverou, por 
exemplo, que o MP tem legitimidade para promover ação civil pública cujo 
fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidade escolares (Súmula 
nº 643). 
 Também possui legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública que 
tenha por objeto a condenação de agente público ao ressarcimento de prejuízos 
causados ao erário (RE 629.840 AgR) e em defesa de menores (AI 698.478). 
 Não menos importante, o Parquet é parte legítima para questionar, em 
sede de ação civil pública, a validade de benefício fiscal concedido pelo Estado 
a determinada empresa (RE 586.705 AgR), bem como os chamados Termos de 
Acordo de Regime Especial (RE 576.155), que normalmente disponibilizam aos 
pleiteantes tratamento tributário diferenciado, na forma de regimes especiais 
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Objeto e 
objetivo
Tutelar, dentre outros interesses difusos e coletivos 
(rol não taxativo), ações relacionadas:
- ao meio ambiente
- ao consumidor
- a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico
- à ordem econônima
- à ordem urbanística
Legitimados 
ativos
- o Ministério Público
- a Defensoria Pública
- a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios
- a autarquia, empresa pública, fundação ou 
sociedade de economia mista
- a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos 
termos da lei civil
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção aos objetos acima relacionados
Legitimados 
passivos
Pessoas físicas ou jurídicas que lesionem ou 
ameaçem lesionar os bens tutelados
Competência 
para julgar
O foro do local onde ocorrer o dano
Admite 
liminar?
Sim
Não é 
cabível para
Pretensões que envolvam:
- tributos e contribuições previdenciárias;
- o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS 
ou outros fundos de natureza institucional cujos 
beneficiários podem ser individualmente 
determinados
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de tributação (alterando, por exemplo, formas e prazos de recolhimento dos 
tributos devidos). 
 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para 
fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta 
Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações 
indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma 
da lei complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei 
complementar mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito 
policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações 
processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis 
com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a 
consultoria jurídica de entidades públicas. 
 
(1) Reforce-se que o rol de atribuições conferidas ao Ministério Público pelo art. 
129 da CF não é taxativo (numerus clausus), mas exemplificativo (numerus 
apertus). 
 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste 
artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto 
nesta Constituição e na lei. 
 
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da 
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo 
autorização do chefe da instituição. 
 
(1) Destaque-se não haver a possibilidade de agentes não pertencentes à 
carreira exercerem as funções próprias do Ministério Público. 
 Assim, não se admite a designação de promotores ou procuradores ad 
hoc, ou seja, que não são constitucional e legalmente investidos e competentes 
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para exercer as funções institucionais do MP, o que afrontaria ao princípio do 
promotor natural (art. 5º, LIII). 
 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á [...] 
 
 
(1) Nos termos da Resolução nº 04/06 do CNMP, é considerada como atividade 
jurídica, desempenhada exclusivamente após a obtenção do grau de bacharel 
em direito, aquela exercida por ocupante de cargo, emprego ou função, inclusive 
de magistério superior, nos quais prepondere a interpretação e aplicação de 
normas jurídicas. 
São admitidos, no cômputo do período de atividade jurídica, os cursos de 
pós-graduação na área jurídica realizados pelas Escolas do Ministério Público, 
da Magistratura e da Ordem dos Advogados, de natureza pública, fundacional 
ou associativa, reconhecidos pelas respectivas instituições, bem como os cursos 
de pós-graduação reconhecidos pelo Ministério da Educação, desde que 
integralmente concluídos com aprovação. 
Além disso, a comprovação da exigência do período de três anos de 
atividade jurídica deverá ser formalizada no ato da inscrição definitiva do 
concurso por intermédio de documentos e certidões que demonstrem 
efetivamente o exercício da atividade jurídica no período exigido. 
 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93 
[disposições relativas à carreira da magistratura]. 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. 
 
 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas 
aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma 
de investidura. 
Ingresso na 
carreira
Mediante 
concurso público 
de provas e
títulos
Com a 
participação da 
Ordem dos 
Advogados do 
Brasil em todas 
as fases
Exigindo-se do 
bacharel em 
Direito, no 
mínimo, 3 anos
de atividade 
jurídica
Obedecendo-se, 
nas nomeações, à 
ordem de 
classificação
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(1) O STF possui diversos julgados (vide, dentre outros, MS 27.339/DF, ADI 
328/SC e ADI 3.315/CE) em que se ressalta que o Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas não tem qualquer vínculo com o Ministério Público 
comum (da União e dos Estados). 
Compete aosMinistérios Públicos de Contas atuar na qualidade de custos 
legis (fiscais da lei) no âmbito dos respectivos Tribunais de Contas, auxiliando 
na fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
Administração Pública, e desempenhando ações diversas para fins de proteção 
do erário. 
O ingresso na carreira é feito no cargo de procurador, mediante concurso 
público de provas e títulos, enquanto a promoção aos cargos de procurador-
geral e subprocurador-geral se dá, alternadamente, por antiguidade e 
merecimento. 
 
 
 Avançando, nossa Constituição Federal dispõe sobre o Conselho Nacional 
do Ministério Público. 
 O abaixo transcrito art. 130-A foi inserido no texto constitucional pela EC 
nº 45/2004, no contexto da chamada “Reforma do Judiciário”. 
 No seu bojo, está a necessidade de conferir maior eficiência à atuação 
dos membros do MP, em especial reforçando-se mecanismos de controle 
administrativo do Parquet. 
Ao Conselho cabe orientar e fiscalizar todos os ramos do Ministério Público 
brasileiro: o Ministério Público da União, que é composto pelo Ministério Público 
Federal, Ministério Público Militar, Ministério Público do Trabalho e do Distrito 
Federal e Territórios; e o Ministério Público dos Estados. 
 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze 
membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a 
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de 
dois anos, admitida uma recondução, sendo: 
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§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados 
pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. 
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da 
atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do 
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: 
I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, 
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou 
recomendar providências; 
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante 
provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros 
ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-
los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao 
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de 
Contas; 
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do 
Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços 
auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, 
podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção ou 
a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada 
ampla defesa; 
IV - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de 
membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos 
de um ano; 
V - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias 
sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o 
qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 
O PGR membro nato, preside o CNMP
4 membros do MPU
assegurada a representação de cada uma de suas 
carreiras [ou seja, 1 de cada ramo] [dentre estes será 
escolhido o corregedor do CNMP]
3 membros do MPE - [dentre estes será escolhido o corregedor do CNMP]
2 juízes 1 indicado pelo STF + 1 indicado pelo STJ
2 advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB
2 cidadãos
de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados 1
pela Câmara dos Deputados e 1 pelo Senado Federal
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§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, 
dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a 
recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas 
pela lei, as seguintes: 
I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos 
membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
III - requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes 
atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
oficiará junto ao Conselho. 
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, 
competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado 
contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços 
auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério 
Público. 
 
1- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – 
GO / 2017) No modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, 
entendeu-se ser indispensável a existência de determinadas funções essenciais 
à justiça. Nesse sentido, a CF considera como funções essenciais à justiça: 
a) o Poder Judiciário, o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia e 
as polícias civil e militar. 
b) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública, a advocacia e 
as polícias civil e militar. 
c) o Poder Judiciário e o Ministério Público. 
d) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública e a advocacia. 
e) o Poder Judiciário, o Ministério Público e a defensoria pública. 
Resolução: Alternativa D, conforme arranjo definido pelo constituinte nos arts. 
127 a 135. 
2- (CESPE / Técnico Judiciário TJ – CE /2014 / 
Adaptada) Julgue o item abaixo: 
O Ministério Público, instituição permanente que desempenha atividade 
essencial à função jurisdicional do Estado, é subordinado administrativamente 
ao Poder Judiciário. 
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Resolução: Errado. Ao contrário das advocacias públicas e da defensoria 
pública, que integram o Poder Executivo, o Ministério Público não integra 
nenhum Poder, é autônomo. 
3- (CESPE / Auxiliar Institucional – IPHAN / 2018) 
Acerca da organização dos poderes do Estado, julgue o item subsequente. 
O Ministério Público é órgão do Poder Judiciário. 
Resolução: Errado. 
As funções essenciais à Justiça são órgãos autônomos em relação ao 
Poder Judiciário, não estando a ele subordinadas sob qualquer plano. 
Como registramos, para possibilitar uma efetiva prestação jurisdicional, 
é preciso que outras instituições e indivíduos atuem paralelamente com o Poder 
Judiciário. Todavia, errôneo afirmar que fazem parte dele ou a ele se 
subordinam. 
4- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – PI / 2016) 
Com referência aos princípios e às garantias do Ministério Público (MP), assinale 
a opção correta. 
a) Dado o princípio da unidade, os membros do MP podem ser substituídos uns 
pelos outros, desde que sejam da mesma carreira. 
b) Em decorrência do princípio da independência funcional, cada um dos 
membros do MP vincula-se somente à sua convicção jurídica, quando se trata 
de assunto relacionado com sua atividade funcional. 
c) Em razão da inamovibilidade, assegura-se aos membros do MP que não 
sejam removidos em nenhuma hipótese. 
d) Dada a vitaliciedade, os membros do MP não podem ser destituídos do cargo, 
ainda que alcancem a idade para a aposentadoria compulsória.e) Em decorrência do princípio da indivisibilidade, os promotores e os 
procuradores integram um só órgão, sob a direção de um só chefe. 
Resolução: Alternativa B. A independência funcional é verdadeira medida de 
autonomia de convicção, na medida em que os membros do Ministério Público 
não se submetem a nenhum poder hierárquico no exercício de seu mister, 
podendo agir, no processo, e dentro dos limites legais, da maneira que melhor 
entenderem. Assim, o chefe da instituição no máximo edita medidas de caráter 
administrativo e correicional, mas nunca que interfiram (ou manipulem) 
diretamente na atuação típica dos promotores e procuradores. 
 Vejamos os erros. 
a) Dado o princípio da unidade indivisibilidade, os membros do MP podem ser 
substituídos uns pelos outros, desde que sejam da mesma carreira. 
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c) Em razão da inamovibilidade, assegura-se aos membros do MP que não 
sejam removidos em nenhuma hipótese, exceto por motivo de interesse público, 
mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público por voto 
da maioria absoluta de seus membros, desde que lhe seja assegurada ampla 
defesa. 
d) Dada a vitaliciedade, os membros do MP não podem ser destituídos do cargo, 
ainda que alcancem a idade para a aposentadoria compulsória exceto, após 
findo o estágio probatório, por sentença judicial transitada em julgado. 
e) Em decorrência do princípio da indivisibilidade unidade, os promotores e os 
procuradores integram um só órgão, sob a direção de um só chefe. 
5- (CESPE / Técnico Judiciário TJ – CE /2014 / 
Adaptada) Julgue o item abaixo: 
São princípios institucionais do Ministério Público a seletividade, a uniformidade 
e a independência funcional. 
Resolução: Errado. Os princípios institucionais do MP são a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional. O que a maior parte das bancas 
tenta, vez ou outra, fazer, é trocar o significado dos princípios acima ou inventá-
los. Portanto, atenção! 
6- (CESPE / Auditor do TCE – RN / 2015) No que se 
refere à organização dos poderes, ao controle de constitucionalidade e às 
funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir, considerando entendimentos 
dos tribunais superiores. 
Aos membros do Ministério Público junto a tribunal de contas estadual aplicam-
se os mesmos direitos, vedações e formas de investidura dos promotores de 
justiça, uma vez que estão vinculados, em termos administrativos, ao respectivo 
Ministério Público estadual. 
Resolução: Errado. Os procuradores dos Ministérios Públicos junto aos 
Tribunais de Contas estaduais não têm qualquer vínculo com o Ministério Público 
comum (União e Estados) (ADI 3.315 /TO). 
7- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – GO / 2015) 
Em relação ao Poder Judiciário e às funções essenciais à justiça, julgue o 
seguinte item. 
O Ministério Público Eleitoral é parte integrante do Ministério Público da União, 
tem estrutura própria e é composto por procuradores investidos no serviço 
público mediante aprovação em concurso próprio para a respectiva carreira. 
Resolução: Errado! O MP eleitoral não tem uma estrutura própria, mas uma 
composição mista, com representantes do Ministério Público Federal e Estadual. 
O Procurador-Geral Regional da República exerce a função de Procurador-Geral 
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perante o Tribunal Superior Eleitoral e indica Procuradores da República para 
atuarem perante o TSE e os TREs. Em primeira instância atuam os Promotores 
Eleitorais, que integram o Ministério Público Estadual. 
8- (CESPE / Agente Administrativo do TCE – RO / 
2013) Julgue o item abaixo: 
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende o 
Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar, o Ministério Público do 
Distrito Federal e Territórios, mas não abrange o Ministério Público junto ao TCU 
nem o Ministério Público do Trabalho. 
Resolução: Errado. 
 O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que 
compreende o Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar, o Ministério 
Público do Distrito Federal e Territórios, mas não abrange o Ministério Público 
junto ao TCU nem e abrange também o Ministério Público do Trabalho. 
9- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – 
GO / 2017 / Adaptada) Julgue o item abaixo. 
A exigência constitucional de que o chefe do Ministério Público da União, 
procurador-geral da República, pertença à carreira significa que ele, para o 
exercício do cargo, pode pertencer tanto ao Ministério Público Federal quanto 
ao estadual. 
Resolução: Errado. 
 O procurador-geral da República, sendo chefe do Ministério Público da 
União, deve ser membro de carreira do MPU, o qual se desdobra nos seguintes 
ramos: 
 
10- (IBFC / Analista de Promotoria do MPE – SP / 
2013) Relativamente às garantias e às vedações impostas aos membros do 
Ministério Público, pode-se afirmar corretamente que: 
a) A inamovibilidade garante ao promotor de justiça, de modo absoluto, a 
impossibilidade de remoção sem seu consentimento. 
MP da União
MP Federal MP do Trabalho MP Militar
MP do DF e 
Territórios
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b) Aos promotores de justiça é vedado exercer outro cargo ou função, inclusive 
o magistério, salvo, neste último caso, se estiverem disponibilidade. 
c) A irredutibilidade de subsídio garante aos membros do Ministério Público 
imunidade tributária de imposto sobre a renda e proventos de qualquer 
natureza. 
d) Aos membros do Ministério Público é vedado dedicar- se à atividade político-
partidária, bem como receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou 
participação em processo e honorários. 
e) A vitaliciedade é equivalente à estabilidade, posto que os membros do 
Ministério Público e os servidores públicos podem perder o cargo não só por 
decisão judicial, como também por processo administrativo e mediante 
procedimento de avaliação periódica de desempenho. 
Resolução: Alternativa D. O erro da “A” é que tal regra pode ser excepcionada 
por interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente no MP, 
pelo voto da maioria absoluta dos membros, sempre assegurada ampla defesa. 
 Já a alternativa “B” erra uma vez que os promotores (assim como os 
procuradores) de justiça podem exercer o magistério mesmo que não estejam 
em disponibilidade. Já a opção “C” erra uma vez que a irredutibilidade (nominal) 
do subsídio não os dispensa de recolherem o IR na fonte. 
 Por fim, a opção “E”, bastante simples, é que ambos institutos não se 
confundem. Sendo vitalícios, os membros do MP podem perder o cargo apenas 
mediante decisão judicial transitada em julgado. 
11- (FGV / Técnico do MPE – RJ / 2016) O Ministério 
Público de determinado Estado da Federação, com base no art. 129, III, da 
Constituição da República Federativa do Brasil, instaurou procedimento 
investigatório para apurar informações de que determinada indústria estava 
despejando poluentes, sem qualquer tratamento, em um rio que, além de 
abrigar variada fauna, era utilizado por inúmeras pessoas como fonte exclusiva 
de água potável. 
No exemplo narrado, a investigação busca proteger uma modalidade de 
interesse: 
a) coletivo. 
b) difuso. 
c) individual homogêneo. 
d) social disponível. 
e) coletivo transacionável. 
Resolução: Alternativa B. Note-seque os titulares do direito agredido são 
indeterminados e indetermináveis. Assim, trata-se de interesse difuso. 
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12- (CESPE / Analista Administrativo do TCE – ES / 
2013 / Adaptada) Julgue o item abaixo: 
A Constituição Federal estabelece, de forma taxativa, as garantias, os 
impedimentos e as funções institucionais do Ministério Público. 
Resolução: Errado. O rol do art. 129 é exemplificativo (numerus apertus) e 
não taxativo (numerus clausus). 
 Isso não significa que as funções institucionais do MP podem ser 
ampliadas sem critério. Claro que não! 
 No entanto, desde que guardem consonância com o múnus (“função”) 
público delineado pela CF/88, as atribuições do MP podem abranger outras 
hipóteses. 
13- (CESPE / Procurador Federal – AGU / 2013) Julgue 
o item abaixo: 
Os membros do Conselho Nacional de Justiça e os membros do Conselho 
Nacional do Ministério Público serão, todos eles, nomeados pelo presidente da 
República e exercerão os seus respectivos mandatos por dois anos, admitida 
somente uma recondução. 
Resolução: Errado. No caso do CNJ, exceto o seu Presidente (que também é o 
Presidente do STF), todos são, de fato, nomeados pelo Presidente da República. 
Esse é o erro da questão. 
 Já no caso do CNMP, com efeito, todos os seus membros são nomeados 
pelo presidente da República e exercerão os seus respectivos mandatos por dois 
anos, admitida somente uma recondução. 
 
 
 
A advocacia pública no Brasil é composta por três carreiras centrais: a 
Advocacia Geral da União, as Procuradorias dos Estados-membros e do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Residualmente, ainda temos outras organizações que exercem funções 
típicas de advocacia pública, como por exemplo as procuradorias no âmbito do 
Poder Legislativo, as procuradorias de algumas autarquias estaduais, dentre 
outras, que não são foco deste estudo. 
 
 
 
2- A advocacia pública 
 
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Seção II 
DA ADVOCACIA PÚBLICA 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através 
de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-
lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e 
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
Executivo. 
 
 
 
Lembremos que, ao Ministério Público, por não se subordinar a, nem 
compor nenhum Poder, incluso o Executivo, é vedada a representação judicial 
e a consultoria jurídica de entidades públicas (art. 129, IX), tarefa que compete, 
no plano federal, à Advocacia-Geral da União (AGU). 
 
A atuação contenciosa da AGU se dá por meio da representação judicial 
e extrajudicial da União (Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, e dos 
órgãos públicos que exercem função essencial à justiça), além de suas 
autarquias e fundações públicas. 
A representação judicial é exercida em defesa dos interesses dos 
referidos entes nas ações judiciais em que a União figura como autora, ré ou, 
ainda, terceira interessada. A representação extrajudicial é exercida perante 
entidades não vinculadas à Justiça, como órgãos administrativos da própria 
União, Estados ou Municípios. 
 
Já a atuação consultiva da AGU se dá por meio do assessoramento e 
orientação dos dirigentes do Poder Executivo Federal, de suas autarquias e 
fundações públicas, para dar segurança jurídica aos atos administrativos que 
serão por elas praticados, notadamente quanto à materialização das políticas 
públicas, à viabilização jurídica das licitações e dos contratos e, ainda, na 
proposição e análise de medidas legislativas (Leis, Medidas Provisórias, 
Decretos e Resoluções, entre outros). 
Representação 
judicial e extrajudicial
União (inclui todos os Poderes)
Consultoria e 
Assessoramento
Poder Executivo, somente
Atualmente, é a Lei Complementar nº 73/93 
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Além disso, desenvolvem-se atividades de conciliação e arbitramento, 
cujo objetivo é o de resolver administrativamente os litígios entre a União, 
autarquias e fundações, evitando, assim, a provocação do Poder Judiciário. 
 
 
 Nos termos da LC nº 73/93 a Advocacia-Geral da União apresenta a 
seguinte composição: 
 
 
 
§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, 
de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores 
de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que 
trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. 
 
Órgãos de direção 
superior
o Advogado-Geral da União
a Procuradoria-Geral da União e a 
da Fazenda Nacional
a Consultoria-Geral da União
o Conselho Superior da Advocacia-
Geral da União
a a Corregedoria-Geral da 
Advocacia da União
Órgãos de execução
as Procuradorias Regionais da União e as da 
Fazenda Nacional e as Procuradorias da União e as 
da Fazenda Nacional nos Estados e no DF e as 
Procuradorias Seccionais destas
a Consultoria da União, as Consultorias Jurídicas 
dos Ministérios, da Secretaria-Geral e das demais 
Secretarias da Presidência da República e do 
Estado-Maior das Forças Armadas
Órgão de assistência 
direta e imediata ao AGU
o Gabinete do Advogado-Geral da 
União
Órgãos vinculados
as Procuradorias e Departamentos Jurídicos das 
autarquias e fundações públicas (ex.: a 
Procuradoria do Banco Central)
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(1) Observe-se que o AGU é escolhido, dentro dos limites constitucionais, de 
forma relativamente discricionária pelo Presidente da República, podendo 
inclusive ser cidadão que não componha a carreira da instituição. 
 Já o ingresso nas classes iniciais da carreira (exemplo: Advogado da 
União, Procurador-Geral da Fazenda Nacional ou Procurador do Banco Central) 
depende de concurso de provas e títulos. 
 
 
Diz-se que os membros do Ministério Público atuam como custos legis 
(“fiscais ou curadores da lei”) ou, ainda, como custos iuris (“fiscais ou 
curadores da ordem jurídica”), isso porque ostentam condição de órgão 
interveniente em inúmeras ações nas quais é necessária sua atuação para 
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. 
 Noutro giro, a Advocacia-Geral da União, especificamente na figura de 
seu chefe, o Advogado-Geral da União, ostenta a posição de defensor legis 
(“defensor da lei”). Isso porque, no âmbito do controle concentrado de 
constitucionalidade, de regra, a ele incumbe defender a norma impugnada. 
 Portanto, cuidado com os termos. 
 
§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da 
União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em 
lei. 
 
(1) Como explica Alexandre (2012), dívida ativa é uma espécie de registro de 
valores que as Fazendas Públicas têm o direito de exigir judicialmente de 
determinado sujeito passivo. Trata-se de um crédito passível de cobrança 
forçada (executável) desde o momento que se esgota o seu prazo para 
pagamento e até que ocorra a prescriçãoda ação. Nesse interstício ele deve ser 
inscrito nos cadastros de dívida ativa, para que seja providenciada a cobrança 
judicial com posterior ordem de execução fiscal. 
 Contudo, a referida inscrição normalmente não é feita pelo mesmo órgão 
fiscalizador que efetuou o lançamento do crédito tributário. Ela é feita, em regra, 
pelas procuradorias dos entes respectivos e, em âmbito federal, pela 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 
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Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em 
carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e 
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas 
as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das 
respectivas unidades federadas. 
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada 
estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de 
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das 
corregedorias. 
 
(1) As procuradorias-gerais dos Estados-membros e do DF exercem, 
observadas determinadas especificidades, atividades análogas às da Advocacia-
Geral da União em âmbito federal. 
Conforme já decidiu o Supremo, o Procurador-Geral de determinado 
Estado ou do DF, cargo de livre nomeação e exoneração pelo Governador, 
também pode ser escolhido ou não entre os membros de carreira da instituição 
(ADI 291). 
 
 
 No âmbito do Ministério Público da União, os membros do Parquet são 
todos denominados procuradores. 
 Nos Estados-membros, são denominados promotores e procuradores. 
Aqueles, em se tratando de status institucional, são equivalentes aos juízes. 
Estes, aos desembargadores. 
 Por seu turno, no contexto da advocacia (pública e privada) o termo 
“procurador”, quando empregado, é sinônimo de “advogado”. 
 
14- (CESPE / Advogado da União / 2015) Acerca de 
aspectos diversos relacionados à atuação e às competências dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da República e da AGU, julgue 
o item a seguir. 
Compete à AGU a representação judicial e extrajudicial da União, sendo que o 
poder de representação do ente federativo central pelo advogado da União 
decorre da lei e, portanto, dispensa o mandato. 
Resolução: Correto. Para o STF, uma vez subscrito o ato por detentor do cargo 
de advogado da União, dispensável é a apresentação de instrumento de 
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mandato, ou seja, da procuração, ao contrário do que ocorre com os advogados 
em geral (AO 1.757/PA). 
15- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região / 
2016 / Adaptada) Julgue o item abaixo. 
O advogado-geral da União, chefe da AGU, é eleito pelos seus pares para 
mandado de dois anos não renováveis. 
Resolução: Errado. 
De acordo com a Constituição Federal, o cargo de Advogado-Geral da 
União, observados limites etários, o notável saber jurídico e a reputação ilibada, 
comporta provimento através de nomeação pelo Presidente da República, a qual 
será livre, podendo, inclusive, recair em pessoa que não integre a carreira de 
Advogado da União. 
Ao contrário do Ministério Público, em que a chefia da instituição 
obrigatoriamente recai sobre integrante da carreira, no caso da AGU, a indicação 
do Advogado-Geral é bastante flexível. 
16- (FGV / Analista Judiciário do TJ – RJ / 2014) 
Determinada lei estadual, editada no corrente ano, com o objetivo de aumentar 
a eficiência na representação judicial da Administração Pública, dispôs que as 
execuções fiscais passariam a ser promovidas pela “Procuradoria da Fazenda 
Estadual”, estrutura orgânica criada pela referida lei, vinculada à Secretaria de 
Estado de Fazenda e totalmente autônoma em relação à Procuradoria-Geral do 
Estado, a quem caberia a representação dos demais interesses estatais. À luz 
desse quadro, é correto afirmar que a lei estadual é: 
a) inconstitucional, pois a Procuradoria da Fazenda Estadual deveria ser órgão 
integrante do Ministério Público. 
b) constitucional, pois a lei estadual pode dispor livremente sobre as matérias 
de interesse do Estado. 
c) inconstitucional, pois a Procuradoria da Fazenda Estadual deveria estar 
diretamente subordinada ao Chefe do Poder Executivo. 
d) constitucional, pois a Procuradoria da Fazenda Estadual está 
constitucionalmente vocacionada à defesa dos interesses fazendários do Estado. 
e) inconstitucional, pois o Estado não pode criar Procuradorias autônomas e 
desvinculadas da Procuradoria-Geral do Estado. 
Resolução: Alternativa E. A CF/88 determina que na execução da dívida ativa 
de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 
Deste modo, simetricamente, na execução da dívida ativa de natureza 
tributária, a representação dos Estados caberá à Procuradoria Geral do Estado. 
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17- (FGV / Analista de Procuradoria da PGE – RO / 
2015) De acordo com o texto da Constituição da República de 1988, aos 
Procuradores dos Estados: 
a) é assegurada vitaliciedade após três anos de efetivo exercício, mediante 
avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório 
circunstanciado das corregedorias. 
b) é assegurada vitaliciedade após dois anos de efetivo exercício, mediante 
avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório 
circunstanciado das corregedorias. 
c) aplica-se a obrigatoriedade de concurso público de provas e títulos para 
ingresso na carreira, com a participação de representante do Poder Judiciário 
em todas as suas fases. 
d) aplica-se a obrigatoriedade de concurso público de provas e títulos para 
ingresso na carreira, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
todas as suas fases. 
e) incumbe a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, 
em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, 
de forma integral e gratuita, aos necessitados. 
Resolução: Alternativa D, nos termos do art. 131, §2º. 
 Os Procuradores Estaduais (advogados públicos dos Estados) não são 
dotados de vitaliciedade, mas apenas de estabilidade. Assim, erradas as opções 
“A” e “B”. 
 Já a opção “C” erra uma vez que a participação requerida no concurso 
para Procurador Estadual é da OAB e não de representante do Judiciário. 
 Por fim, a opção “E” erra ao fazer uma miscelânea de competências dos 
Procuradores, do Ministério Público e da Defensoria Pública. 
 
 
 
A legislação infraconstitucional considera pressuposto processual a 
capacidade postulatória das partes que compõem o processo. 
Essa capacidade nada mais é que a aptidão para a prática de atos 
processuais em juízo (apresentar petições, provas, alegações etc.), e somente 
se faz presente quando a parte goza do denominado jus postulandi ou quando 
esteja representada por quem o detenha, vale dizer, por um advogado. 
Regra geral, apenas o advogado inscrito na Ordem dos Advogados do 
Brasil, a Defensoria Pública e o Ministério Público detêm capacidade 
3- A advocacia privada 
 
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 www.exponencialconcursos.com.brpostulatória, ressalvados alguns atos como por exemplo a impetração de habeas 
corpus, a postulação nos juizados especiais (até determinado valor da causa), 
e as ações na Justiça do Trabalho, que podem ser apresentadas e impulsionadas 
pessoalmente pelas partes interessadas. 
 
SEÇÃO III 
DA ADVOCACIA 
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo 
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites 
da lei. 
 
(1) Destaque-se que o advogado tem imunidade material relativa. Desde que 
não cometa crime de injúria, calúnia, difamação e desacato, pode manifestar 
suas opiniões livremente no curso do processo. 
Válido ainda destacar que a participação do advogado pode ser 
contornada em determinadas situações. 
Por exemplo, a impetração de habeas corpus e o pedido de revisão 
criminal podem ser feitos pelo próprio réu. Além disso, no processo 
administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica por advogado não ofende a 
CF/88 (Súmula Vinculante nº 5). 
 
 A Lei nº 8.906/1994 (“Estatuto da OAB”) dispõe sobre o estatuto geral 
da advocacia privada. 
 Dentre diversas outras disposições, interessante destacar que a referida 
lei aduz serem nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não 
inscrita na OAB (art. 4º). 
De regra, o advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do 
mandato por meio de procuração. Contudo, afirmando urgência, pode atuar sem 
procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável 
por igual período (art. 5º, §1º). 
No rol dos direitos do advogado, além de ampla liberdade ao exercício de 
sua atividade precípua, incluem-se ter mantida a inviolabilidade de seu 
escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho e 
de sua correspondência (relativa ao exercício da advocacia); poder comunicar-
se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos 
civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; ter a presença de 
representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao 
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade 
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e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; e não ser 
recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de 
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em 
prisão domiciliar (vide art. 7º). 
 
18- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – PI / 2016) 
Julgue o item abaixo. 
Devido ao fato de o advogado exercer função essencial à administração da 
justiça, é indispensável sua presença para a prática de todos os atos em juízo. 
Resolução: Errado. Diversas são ocasiões em que é admitida a dispensa de 
advogado para a prática de atos em juízo. Além dos exemplos acima, o STF 
(ADI 1.127-8/DF), já entendeu que não é necessária a presença do advogado 
nos Juizados de Pequenas Causas (causas de até vinte salários mínimos), na 
Justiça de Paz e na Justiça do Trabalho (para determinados atos processuais). 
19- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região / 
2013 / Adaptada) Julgue o item abaixo. 
Considerando que, de acordo com a CF, o advogado é indispensável à 
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no 
exercício da profissão, nos limites da lei, é correto afirmar que tal preceito 
representa uma norma constitucional de aplicabilidade imediata que poderá 
sofrer regulamentação legislativa. 
Resolução: Correto. Trata-se de norma de eficácia contida e de aplicabilidade 
imediata. 
 
 
 
Lembremos o que estabelece o art. 5º da nossa Constituição Federal: 
 
[Art. 5º] LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita 
aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
 
 Nessa orientação, em prol dos hipossuficientes, a Defensoria Pública 
emerge como instituição nuclear, conferindo maior eficácia à pretensão de 
isonomia no acesso ao Judiciário prevista na Constituição Federal. 
Válido ressaltar que, entre os modelos de assistência jurídica dos Estados 
contemporâneos, o Brasil adotou o sistema salaried staff model, o que significa 
4- A defensoria pública 
 
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que incumbe aos advogados (defensores) públicos a prestação de assistência 
jurídica integral e gratuita aos necessitados, recebendo aqueles agentes 
públicos uma remuneração fixa (por subsídio) para o desempenho da função, e 
não caso a caso, como ocorre com os advogados na iniciativa privada. 
 
SEÇÃO IV 
DA DEFENSORIA PÚBLICA 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do 
regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção 
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e 
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e 
gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta 
Constituição Federal. 
 
Em reiteradas oportunidades (vide ADIs 3892 e 4270, dentre outras) o 
STF já julgou inconstitucionais normas estaduais que regulavam a prestação 
de serviços de assistência judiciária aos necessitados – o que, nos termos 
constitucionais, é de competência da Defensoria Pública – pela Ordem dos 
Advogados do Brasil, em substituição àquela instituição. 
No lugar de criar, implantar e estruturar a respectiva Defensoria Pública, 
os entes basicamente firmaram convênios com as respectivas seccionais da 
Ordem dos Advogados do Brasil para que esta instituição prestasse o chamado 
serviço de "defensoria pública dativa". 
 Todavia, conforme definiu a Suprema Corte, não podem os entes 
quererem burlar a configuração desenhada pelo poder constituinte e, em seu 
lugar, “emprestarem” advogados da OAB. 
 Quando muito, tem-se admitido a participação coadjuvante da OAB (por 
meio dos chamados advogados dativos) de forma a suplementar a atuação da 
Defensoria Pública ou para suprir eventuais carências desta, o que deve ser 
visto como solução temporária até que o ente organize e invista na Defensoria 
Pública de modo a atender satisfatoriamente suas demandas. 
 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito 
Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos 
Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a 
garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das 
atribuições institucionais. 
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§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia 
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e 
subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do 
Distrito Federal. 
§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que 
couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição 
Federal. 
 
(1) As Defensorias Públicas(União, Estados e DF) gozam de autonomia FAO 
(funcional, administrativa e de proposta orçamentária), sendo-lhes aplicados, 
ainda, princípios institucionais de igual monta àqueles concebidos para o 
Ministério Público. 
 
20- (CESPE / Auxiliar Técnico de Controle Externo do 
TCE – PA / 2016) Acerca do Ministério Público e da defensoria pública, julgue 
o item seguinte. 
Ao defensor público estadual é assegurada a garantia de inamovibilidade. 
Resolução: Correto. Trata-se de previsão do art. 134, §1º, da CF/88. Todavia, 
válido destacar que, ao contrário dos magistrados e membros do MP, a 
Constituição Federal não assegurou aos defensores públicos a garantia da 
vitaliciedade. 
21- (CESPE / Defensor Público Estadual – PE / 2015) 
No que se refere ao tratamento conferido pela CF à DP, julgue o seguinte item. 
Aos defensores públicos empossados após a promulgação da CF é permitido o 
exercício da advocacia privada, desde que não conflitante com o exercício de 
suas atribuições institucionais. 
Resolução: Errado. É vedado ao defensor público o exercício da advocacia fora 
de suas atribuições institucionais. Para o STF, os § 1º e § 2º do art. 134 da 
Constituição do Brasil veiculam regras atinentes à estruturação das defensorias 
públicas, que o legislador ordinário não pode ignorar (ADI 3.043 / MG). 
 
 
 
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22- (CESPE / Analista de Controle Externo do TCE – MG / 2018) A 
unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios 
institucionais das seguintes carreiras que exercem funções essenciais à justiça: 
a) Ministério Público e auditoria dos tribunais de contas. 
b) Ministério Público e advocacia pública. 
c) Defensoria Pública e advocacia pública. 
d) Ministério Público e Defensoria Pública. 
e) advocacia pública e auditoria dos tribunais de contas. 
Resolução: Alternativa D. Os tribunais de contas não são funções essenciais à 
justiça. Assim, de plano, descartamos as opções “A” e “E”. 
 Por seu turno, a Constituição Federal não previu os princípios da unidade, 
indivisibilidade e independência funcional às advocacias públicas, razão pela 
qual podemos também facilmente descartar as opções “B” e “C”. 
 Tratam-se de princípios expressamente desenhados no âmbito do 
Ministério Público (art. 127, §1º) e Defensoria Pública (art. 134, §4º) apenas. 
 
23- (CESPE / Técnico Administrativo – ANTAQ / 2005) A Constituição 
Federal, visando, principalmente, evitar o arbítrio e o desrespeito aos direitos 
fundamentais do homem, previu a existência dos poderes do Estado e do 
Ministério Público, independentes e harmônicos entre si, repartindo entre eles 
as funções estatais e prevendo prerrogativas e imunidades para que bem 
pudessem exercê-las, bem como criando mecanismos de controle recíprocos, 
sempre como garantia da perpetuidade do estado democrático de direito. 
Alexandre de Moraes. Direito constitucional. São Paulo: Atlas, 11.ª ed., 2002 
(com adaptações). 
Tendo o texto acima como referência, julgue o seguinte item, a respeito da 
organização dos poderes. 
O Ministério Público é um extra-poder ligado funcionalmente ao Poder Executivo. 
Resolução: Errado. Com efeito, o Ministério Público pode ser compreendido 
como um “extra-poder”, vale dizer, uma instituição além dos Poderes da 
República (Executivo, Legislativo e Judiciário). 
 Todavia, a afirmativa erra uma vez que o MP não está ligado 
funcionalmente ao Executivo, tampouco aos demais Poderes. Trata-se de 
instituição orgânica e funcionalmente independente. 
 
5- Questões Comentadas 
 
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24- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal de Cuiabá – 
MT / 2016) Arnaldo, cidadão brasileiro, narrou ao órgão com atribuição do 
Ministério Público três situações fáticas listadas a seguir, cujos efeitos se 
projetavam sobre ele e solicitou a adoção das providências necessárias à sua 
superação. 
Fato I: o único vizinho de Arnaldo, uma vez por semana, escutava, por trinta 
minutos, músicas com o som elevado, que superava em muito os limites tidos 
como toleráveis; 
Fato II: uma indústria existente na cidade de Arnaldo despejou resíduos tóxicos 
no único rio da região, causando grande mortandade de peixes e impedindo o 
uso da água pela população; 
Fato III: outra indústria havia comercializado, exclusivamente na cidade de 
Arnaldo, um produto impróprio para o consumo, causando danos variados a 
todos os seus adquirentes. 
Com base no caso descrito, à luz das atribuições constitucionais de natureza 
extrapenal do Ministério Público e das características dos interesses envolvidos, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Todos os fatos poderiam ser investigados pelo Ministério Público, isso por se 
enquadrarem sob a epígrafe dos interesses individuais e coletivos de natureza 
indisponível. 
b) Somente os fatos II e III poderiam ser investigados pelo Ministério Público, 
pois têm, respectivamente, natureza de interesses difusos e de interesses 
coletivos. 
c) Nenhum dos fatos poderia ser investigado pelo Ministério Público, já que 
Arnaldo, por ser cidadão, teria legitimidade para o ajuizamento da ação popular. 
d) Somente os fatos I e II, isso por violarem o meio ambiente, tendo natureza 
essencialmente difusa, poderiam ser investigados pelo Ministério Público. 
e) Somente os fatos I e III poderiam ser investigados pelo Ministério Público, 
pois somente nesses casos seria possível identificar as vítimas dos ilícitos. 
Resolução: Alternativa B. 
 Vimos previamente que os direitos difusos são aqueles cujos titulares são 
indeterminados e indetermináveis, já os direitos coletivos são aqueles cujos 
titulares são indeterminados, porém determináveis. 
 Sabemos que de acordo com o art. 129, III, da CF/88, dentre outras, é 
função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil 
pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de 
outros interesses difusos e coletivos. 
 E por que o fato I não pode ser investigado pelo MP? 
 Porque o vizinho barulhento é o único vizinho de Arnaldo, não há interesse 
coletivo ou difuso envolvido. 
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A presença do MP é indispensável apenas nos casos em que haja interesse 
público ligado a uma das partes ou à natureza da questão. Não cabe ao 
Ministério Público tutelar os direitos individuais que se situam na órbita de 
interesse exclusivamente particular, sem danos ou repercussão no meio social, 
mas sim à pessoa. 
 
25- (CESPE / Técnico Judiciário – STF / 2008) Em ação penal ajuizada 
contra um cidadão, um promotor de justiça fez uma narração genérica dos atos 
que, a seu ver, haviam importado na configuração de um crime. O processo foi 
bastante demorado e transcorreram-se mais de 6 anos sem que sequer a 
sentença do juízo do primeiro grau de jurisdição tivesse sido prolatada. Um 
segundo promotor, que veio a substituir o primeiro, observou que o fato 
imputado ao cidadão na verdade não configurava crime e pediu ao juiz, em 
alegações finais, que reconhecesse a atipicidade da conduta, ou seja, que a 
conduta do cidadão não configurava qualquer delito. 
Tendo por base a situação hipotética descrita, julgue o item que se segue. 
O segundo promotor ofendeu o princípio da unidade do Ministério Público, pois 
não poderia atuar

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