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Aula-05-Direito-Constitucional-Auditor-TCDF-2-Poder-Executivo

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Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 05 
 
Aula 05 
Curso: Direito Constitucional 
Professor: Jonathas de Oliveira 
Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 05 
 
Sumário 
1- Poder Executivo ............................................................................... 3 
2- Questões comentadas ................................................................... 33 
3- Lista de Exercícios ......................................................................... 43 
4- Gabarito ........................................................................................ 53 
5- Referencial Bibliográfico................................................................ 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 05 – Poder Executivo. 
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2007%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20Poder%20Executivo.docx%23_Toc454472006
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2007%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20Poder%20Executivo.docx%23_Toc454472007
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2007%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20Poder%20Executivo.docx%23_Toc454472008
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2007%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20Poder%20Executivo.docx%23_Toc454472009
file:///C:/Users/Jonathas/Desktop/Jonathas/Exponencial%20Concursos/ICMS%20MA%20-%20FCC/Aula%2007%20-%20Direito%20Constitucional%20ICMS%20MA%20-%20Poder%20Executivo.docx%23_Toc454472010
Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 05 
 
 Conforme nos ensina Silva (2005), o Poder Executivo detém por função 
típica a execução de atos de chefia: de Estado (por exemplo, celebrando 
tratados internacionais), de governo e de administração (por exemplo, 
elaborando e gerenciando as políticas públicas em diferentes áreas). 
 Ressalte-se que, embora o conceito de administração pública perpasse 
todos os Poderes, é no Poder Executivo que se concentram os órgãos que 
conduzem as políticas públicas de Estado e de governo. 
 Atipicamente, o Poder Executivo ainda legisla, como na hipótese de 
elaboração de leis delegadas e medidas provisórias, e “julga”. 
Neste segundo ponto, destaque-se que o julgamento na esfera 
administrativa não possui exatamente todas as características da função 
jurisdicional em sentido estrito. 
 Ao contencioso administrativo falta principalmente o atributo da 
definitividade, de forma que, de regra, a decisão em âmbito administrativo 
pode ser reapreciada na esfera judicial. 
 Assim, é tecnicamente mais preciso afirmar que o Poder Executivo 
exerce “função atípica de natureza jurisdicional”. 
 
 No Brasil, conforme já anotamos, predomina o sistema de governo 
presidencialista, marcado, dentre outros fatores, pela unicidade do Poder 
Executivo. Não há distinção entre Chefe de Estado e Chefe de governo, 
estando ambos atributos centrados numa mesma pessoa. 
 O exercício do Poder é monocrático, existindo apenas um Chefe, no 
caso, o Presidente da República. 
 
 Outro importante elemento é a inexistência de necessidade de confiança 
do Congresso Nacional para que o Presidente da República seja investido no 
cargo e nele permaneça1. 
 Inexistem institutos como a moção de confiança ou a moção de 
censura, que, no parlamentarismo, podem inclusive levar à destituição do 
governo. 
 
1 No atual contexto conhecido como “presidencialismo de coalização”, é certo que uma forte 
base parlamentar aliada tem se tornado condição para certo padrão de governabilidade. 
No entanto, não há previsão constitucional expressa de que o Poder Legislativo interfira no 
Executivo, para além do mecanismo de freios e contrapesos, e em nível estrutural, como se 
verifica no parlamentarismo. 
1- Poder Executivo 
 
Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 05 
No Brasil, a responsabilidade política do Presidente diz com o povo e 
não estritamente com o parlamento, ao contrário do que ocorre em outros 
países. 
Assim, o Presidente não pode por ser destituído ao arbítrio político 
subjetivo do Congresso Nacional, mas apenas na forma e nas hipóteses 
taxativamente previstas na Constituição Federal. 
 
Pois bem. 
 Vamos ver o que nos tem a dizer a nossa Lei Magna. 
 
 
CAPÍTULO II 
DO PODER EXECUTIVO 
Seção I 
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado 
pelos Ministros de Estado. 
 
(1) Primeiramente, cumpre observar que os artigos acima tratam da esfera da 
União. 
Todavia, por simetria, nos Estados-membros e DF, temos que o Poder 
Executivo é exercido pelo Governador, auxiliado por seus Secretários 
estaduais e distritais. Já no plano municipal, pelo Prefeito, auxiliado também 
pelos Secretários municipais. 
A norma do art. 77 é extensiva. 
Reforçamos ainda que o exercício do Poder é monocrático. Os Ministros 
de Estado são auxiliares do Presidente da República, podendo ser por ele 
nomeados e exonerados livremente (ad nutum). 
 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-
á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no 
último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao 
do término do mandato presidencial vigente. 
 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início 
em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. 
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(1) Válido aqui visualizar o esquema geral das eleições para o cargo de Chefe 
do Executivo. 
 Presidente e Vice 
Presidente da 
República 
Governador e Vice 
Governador de 
Estado ou do DF 
Prefeito e Vice 
Prefeito de 
Município 
Tempo de 
mandato 
4 anos + 
possibilidade de 1 
reeleição 
subsequente 
4 anos + 
possibilidade de 1 
reeleição 
subsequente 
4 anos + 
possibilidade de 1 
reeleição subsequente 
Data do 
primeiro 
turno da 
eleição 
Primeiro domingo 
de outubro do ano 
anterior ao término 
do mandato dos que 
devam suceder ou 
do término de 
mandato próprio 
(em caso de 
reeleição) 
Primeiro domingo 
de outubro do ano 
anterior ao término 
do mandato dos que 
devam suceder ou do 
término de mandato 
próprio (em caso de 
reeleição) 
Primeiro domingo 
de outubro do ano 
anterior ao término 
do mandato dos que 
devam suceder ou do 
término de mandato 
próprio (em caso de 
reeleição) 
Data do 
segundo 
turno da 
eleição 
Se houver, no 
último domingo de 
outubro do referido 
ano 
Se houver, no último 
domingo de outubro 
do referido ano 
Se houver, no último 
domingo de outubro 
do referido ano; e 
apenas no caso de 
Municípios com 
mais de duzentos 
mil eleitores 
Posse 1º de janeiro do ano 
subsequente ao da 
eleição 
1º de janeiro do ano 
subsequente ao da 
eleição 
1º de janeiro do ano 
subsequente ao da 
eleição 
 
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente 
com ele registrado. 
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por 
partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os 
em branco e os nulos. 
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, 
far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, 
concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-seeleito aquele 
que obtiver a maioria dos votos válidos. 
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(1) O parágrafo primeiro importa dizer que não há eleição cruzada para os 
cargos de Presidente República e Vice-Presidente. 
Ao contrário do que já tivemos no Brasil em outros momentos 
históricos, atualmente, o Vice-Presidente será sempre aquele registrado junto 
ao vencedor do pleito à Presidente. 
(2) No mais, atente-se que a maioria necessária é de votos válidos. 
Por exemplo, suponha-se que o candidato “A” obteve 40% do total de 
votos (sem qualquer discriminação). 
Estará ele eleito? Depende da quantidade votos válidos. 
Imaginemos o seguinte quadro. 
 
Votos brancos 10% 
Votos nulos 15% 
Total de votos 
inválidos 
25% 
 
Votos obtidos sem 
discriminação 
40% 
Votos obtidos com 
discriminação 
(contabilizados apenas 
os válidos) 
~53% 
 
Ou seja, o candidato “A” obteve mais que a maioria absoluta (50% + 1) 
dos votos válidos, então será eleito! 
As questões de Direito Constitucional não serão cobradas assim. 
Contudo, a explanação ajuda no entendimento do processo. 
 
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou 
impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o 
de maior votação. 
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo 
lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais 
idoso. 
 
(1) Na remotíssima possibilidade de haver empate também no segundo turno, 
será considerado eleito o candidato mais idoso (art. 110 da Lei nº 4.737/65). 
 
 Apesar da lógica geral do art. 77 ser bastante simples, façamos um 
esquema para fixar o entendimento. 
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1º turno
Sim
É eleito Presidente da 
República
Não
Haverá 2º turno com os dois 
candidatos mais votados
Algum candidato obteve a maioria 
dos votos válidos?
Antes do 2º turno houve morte, 
desistência ou impedimento legal de 
candidato?
Sim
Convoca-se, dentre os 
remanescentes, o de maior votação. 
Se os remanescentes estiverem 
empatados, convoca-se o mais idoso.
Não
Prossegue o 2º turno com os dois 
candidatos mais votados no 1º turno
2º turno
Sim
É eleito Presidente da 
República
Não, houve 
empate
É eleito Presidente da 
República o candidato mais 
idoso
Algum candidato obteve a 
maioria dos votos válidos?
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Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em 
sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender 
e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo 
brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. 
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o 
Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver 
assumido o cargo, este será declarado vago. 
 
(1) Um lembrete: a supracitada sessão do Congresso Nacional é conjunta (se 
analisarmos o critério de parlamentares presentes) e extraordinária (se 
analisarmos o aspecto da habitualidade). 
 
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-
á, no de vaga, o Vice-Presidente. 
 
(1) A diferença entre ambos é bem simples: 
 
 
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou 
vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao 
exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado 
Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
 
(1) Se recordam que alguns cargos públicos a Constituição Federal destina 
exclusivamente a brasileiro nato? Pois bem, está aí um dos motivos! 
Impedimento
• É temporário
• Ex.: por motivo de doença 
Vaga
• É definitivo
• Ex.: perda do cargo por 
impeachment, morte, renúncia, não 
comparecimento para posse dentro 
do prazo de 10 dias da data fixada, 
ausência do País por mais de 15 dias 
(sem licença do Congresso Nacional)
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Observe-se que a ordem do art. 80 prioriza os representantes do povo 
(Presidente da Câmara dos Deputados) aos representantes dos Estados-
membros e DF (Presidente do Senado Federal). 
 
 
 Em recente julgado, em sede de controle concentrado de 
constitucionalidade (ADPF 402 MC-REF), o STF assentou posicionamento de 
que os substitutos eventuais do presidente da República a que se refere o art. 
80 da Constituição Federal, caso ostentem a posição de réus criminais 
perante aquela Corte, ficarão impossibilitados de exercer o ofício de 
Presidente da República. 
A decisão considerou a exigência de preservação da respeitabilidade das 
instituições republicanas. 
Assim, os substitutos eventuais do Presidente da República, se tornados 
réus criminais perante o STF, não podem ser convocados para o desempenho 
transitório do ofício presidencial, pois não teria sentido que, ostentando a 
condição formal de acusados em juízo penal, venham a dispor de maior poder 
jurídico. 
Tornados réus criminais perante o Supremo, os substitutos não ficarão 
necessariamente afastados dos cargos de direção que exercem na Câmara dos 
Deputados, no Senado Federal e no Supremo Tribunal Federal. Na realidade, 
Só brasileiro 
nato pode 
ser
Presidente e Vice-Presidente 
da República
Presidente da Câmara dos 
Deputados
Presidente do Senado Federal
Ministro do Supremo Tribunal 
Federal
Da carreira diplomática
Oficial das Forças Armadas
Ministro de Estado da Defesa
Podem exercer o 
cargo de Presidente 
da República 
Cargo estratégico: 
relações exteriores 
Cargos estratégicos: 
defesa nacional 
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apenas sofrerão interdição para o exercício do ofício (em caráter substitutivo) 
de Presidente da República. 
 
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-
se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. 
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a 
eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo 
Congresso Nacional, na forma da lei. 
§ 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus 
antecessores. 
 
(1) Tomemos um exemplo para facilitar o entendimento. 
Presidente e Vice Presidente da República empossados em 1º de janeiro de 
2019 
Ocorre vaga (Presidente + Vice) em 
10 de abril de 2019 
Ocorre vaga (Presidente + Vice) em 
10 de abril de 2021 
 Será feita nova eleição direta 
 Prazo de 90 dias 
 Será feita nova eleição 
indireta (pelo Congresso 
Nacional) 
 Prazo de 30 dias 
 Um macete para memorizar os prazos é intuir que se a vacância ocorre 
nos dois últimos anos, exige-se maior celeridade na ocupação do cargo. Daí as 
eleições indiretas e em prazo mais exíguo. 
(2) Vamos fazer mais um exercício de reflexão aqui. 
Poder-se-ia questionar se a previsão de eleições indiretas presente no 
art. 81 afronta ou não o voto direto, secreto, universal e periódico previsto no 
art. 60, §4º, II, cláusula pétrea expressa da nossa Constituição Federal. 
 Pois bem. 
 Válido aqui destacar quea jurisprudência da nossa Corte Maior não 
aceita a tese do doutrinador Otto Bachof que entende existir hierarquia entre 
normas constitucionais originárias (o que em tese possibilitaria a existência de 
normas constitucionais originárias inconstitucionais). 
Deste modo, no caso em apreço, em se tratando de duas normas 
constitucionais originárias aparentemente conflituosas, na tarefa de 
hermenêutica constitucional cabe ao intérprete compatibilizá-las, adotando os 
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princípios da unidade da Constituição e de sua conformidade funcional de 
modo a compreender que ambas são plenamente válidas. 
 As medidas de exceção trazidas pelo próprio constituinte originário não 
debilitam o regramento geral por ele também instituído. 
 
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem 
licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior 
a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
 
(1) A ausência do Presidente da República do País é uma causa temporária 
que fraqueja o cumprimento, pelo chefe do Poder Executivo, dos deveres e 
responsabilidades inerentes ao cargo, ainda que seja substituído. 
 Disso deriva a necessidade de autorização do Congresso Nacional para 
ausências prolongadas. 
 Nessa esteira de raciocínio, o prazo constitucional é expresso. 
 E, por simetria, já decidiu o STF (ADI 738) que afronta os princípios 
constitucionais da harmonia e independência entre os Poderes e da liberdade 
de locomoção norma estadual que exige prévia licença da Assembleia 
Legislativa para que o governador e o vice-governador possam ausentar-se do 
País por qualquer prazo. 
 As normas dos entes subnacionais, neste aspecto, devem seguir o 
modelo federal, somente se justificando a necessidade de autorização prévia 
quando o afastamento exceder a quinze dias. 
 
1- (CESPE / Juiz Substituto TJ – AM / 2016 / 
Adaptada) Julgue o item abaixo. 
No texto constitucional, a afirmação de que o Poder Executivo é exercido pelo 
presidente da República, auxiliado pelos ministros de Estado, indica que a 
função é compartilhada, caracterizando-se o Poder Executivo como colegial, 
dependendo o seu chefe da confiança do Congresso Nacional para permanecer 
no cargo. 
Resolução: Errado. A chefia do Poder Executivo é exercida, no âmbito da 
União, monocraticamente pelo Presidente da República. Os Ministros de Estado 
são apenas seus auxiliadores, porém, como veremos, podem ser por ele 
nomeados e exonerados livremente. 
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 Além disso, a legitimidade do mandato do Presidente da República vem 
do voto popular, não sendo necessário, a rigor, confiança do Congresso 
Nacional para que ele o exerça. 
2- (CESPE / Agente Técnico-Administrativo da DPU 
/ 2016) Em relação aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e à 
Defensoria Pública (DP), julgue o item a seguir. 
A responsabilidade do chefe de governo e a temporariedade do seu mandato 
caracterizam, entre outros aspectos, a forma republicana de governo. 
Resolução: Correto. Lembremos uma distinção inicial nos nossos estudos: 
 
3- (CESPE / TCE – RN – Conhecimentos Básicos / 
2015) A respeito das competências do Poder Executivo e do Poder Judiciário, 
julgue o seguinte item. Na hipótese de vacância dos cargos de Presidente e de 
Vice-Presidente da República, nos últimos dois anos do período do mandato 
presidencial, será feita, pelo Congresso Nacional, a eleição para os dois 
cargos, trinta dias depois da última vaga. 
Resolução: Correto! 
 
 
Seção II 
Das Atribuições do Presidente da República 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da 
administração federal; 
MONARQUIA
• Vitaliciedade
• Hereditariedade
• Irresponsabilidade política 
do Chefe de Estado/governo
(não há prestação de contas 
das decisões ou crime de 
responsabilidade)
REPÚBLICA
• Temporariedade
• Eletividade
• Responsabilidade política 
do Chefe de Estado/governo 
(há prestação de contas das 
decisões e crime de 
responsabilidade)
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(1) No parlamentarismo, os Ministros de Estado geralmente integram um 
gabinete executivo chefiado pelo Primeiro Ministro (chefe de governo). 
No entanto, no presidencialismo, seu status é bem mais modesto, 
podendo ser nomeados e exonerados de acordo com a discricionariedade do 
Presidente da República (ad nutum). 
 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta 
Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
 
(1) O Presidente da República, salvo exceções, desempenha relevante papel 
no processo legislativo, sendo necessária sua iniciativa e/ou sanção sobre as 
matérias listadas no art. 48, art. 61, §1º, dentre outros, da Constituição 
Federal. 
(2) No que diz com o inciso IV em particular, deve-se observar que um dos 
atributos centrais que diferem o poder regulamentar do poder legiferante (de 
produção das leis) é o da novidade. 
 As leis, fontes primárias do direito, de forma geral, são caracterizadas 
por determinações gerais e com certo grau de abstração. Tratam de hipóteses, 
como regra, que não têm destinatários específicos/determinados. Nesse 
sentido, muitas delas carecem de pormenorizações que possibilitem sua 
correta “execução” no mundo real. 
 É esse o ânimo dos decretos regulamentares (fontes secundárias) 
previstos na segunda parte do inciso IV. Eles complementam e particularizam 
(sem inovar, nem muito menos contrariar) o molde geral estabelecido pelas 
leis. 
 Uma ilustração nos ajuda a compreendê-los melhor: 
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Portanto, a finalidade da competência regulamentar a que diz o art. 84, 
IV, é a de produzir normas requeridas para a execução de leis quando estas 
demandem uma atuação administrativa a ser desenvolvida dentro de um 
espaço de liberdade deixado pelas próprias leis. 
O molde geral está na lei. Ao decreto, por seu turno, cabe, de acordo 
com a diretriz legal, propiciar sua fiel execução e aplicação. 
Válido ainda rever: 
 
 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983
Art.1º - A Carteira de Identidade emitida por órgãos de Identificação dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios tem fé pública e validade em todo o território
nacional. [...]
Decreto nº 89.250, de 27 de dezembro de 1983
[...] Art . 3º A Carteira de Identidade terá as dimensões 10,2 cm X 6,8 cm, e será
confeccionada em papel filigranado ou fibra de garantia, em formulário plano ou
contínuo, impressa em talho doce e off-set , com fundo em verde claro e texto na
cor verde.
Parágrafo Único A Carteira de Identidade conterá, ainda, as seguintes
características de segurança:
a) tarja em talho doce na cor verde;
b) fundo numismático;
c) perfuração mecânica da sigla do órgão de identificação sobre a fotografia do
titular;
d) numeração tipográfica, seqüencial,no verso, para controle do órgão
expedidor. [...]
Constituição Federal de 
1988
Normas supralegais
Normas legais 
(leis e outras espécies)
Normas infralegais 
(decretos regulamentares e 
outras espécies)
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a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
 
(1) Este inciso costuma ser bastante cobrado. Ressalte-se que os decretos 
acima evocados não são regulamentares. 
 A doutrina convencionou denominá-los decretos autônomos. 
Pode-se dizer que são atos normativos primários, equivalentes às leis 
e mesmo passíveis de controle concentrado de constitucionalidade (ADI 
3.232). São fontes primárias do direito, possuem status legal, e extraem seu 
fundamento de validade diretamente da Constituição (vamos lembrar da 
pirâmide de Kelsen aqui). 
 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus 
representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo 
do Congresso Nacional; 
 
(1) A acreditação é o ato discricionário, formal e oficial por meio do qual 
determinado Estado recebe o representante diplomático de outro. 
Assim, o Estado acreditante é aquele que envia seu representante 
diplomático a outro. 
Já o Estado acreditado é aquele que recebe a representação 
diplomática. 
 Ver art. 49, I. 
 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
 
(1) Para que o candidato já se aclimate ao que será abordado em aula futura, 
vale fazer as primeiras distinções entre os supracitados mecanismos de 
restauração da ordem pública previstos no inciso IX. 
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X - decretar e executar a intervenção federal; 
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por 
ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e 
solicitando as providências que julgar necessárias; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos 
órgãos instituídos em lei; 
 
(1) O indulto é instituto de direito penal de alcance coletivo e concedido 
espontaneamente pelo Presidente da República. É uma espécie de ato de 
clemência, e pode ser total (quando extingue a punibilidade e encerra o 
cumprimento da condenação) ou parcial (quando apenas reduz a pena). 
 Por sua vez, a comutação de penas é medida que substitui uma pena de 
caráter mais gravoso por outra mais branda. 
ESTADO DE DEFESA
• Cabimento para preservar ou
prontamente restabelecer a ordem
pública ou a paz social
comprometidas por:
(i) grave e iminente instabilidade
institucional;
(ii) calamidades de grandes
proporções na natureza
• Locais restritos e determinados
(sempre)
• Possibilita restrições quanto aos
direitos de: a) reunião, ainda que
exercida no seio das associações; b)
sigilo de correspondência; c) sigilo
de comunicação telegráfica e
telefônica; d) ocupação e uso
temporário de bens e serviços
públicos, na hipótese de calamidade
pública, respondendo a União pelos
danos e custos decorrentes.
ESTADO DE SÍTIO
• Cabimento para:
(i) comoção grave de repercussão
nacional;
(ii) ocorrência de fatos que
comprovem a ineficácia de medida
tomada durante o estado de defesa;
(iii) declaração de estado de guerra
ou resposta a agressão armada
estrangeira.
• Local: generalizado pelo território
nacional (posteriormente à
publicação do decreto, são definidas
áreas abrangidas)
• Possibilita as seguintes restrições:
a) obrigação de permanência em
localidade determinada; b) detenção
em edifício não destinado a
acusados ou condenados por crimes
comuns; c) restrições relativas à
inviolabilidade da correspondência,
ao sigilo das comunicações, à
prestação de informações e à
liberdade de imprensa, radiodifusão
e televisão, na forma da lei; e)
suspensão da liberdade de reunião;
f) busca e apreensão em domicílio;
g) intervenção nas empresas de
serviços públicos; h) requisição de
bens.
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 A aplicação de ambos institutos deve respeitar determinados limites 
legais. 
 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus 
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
 
(1) As Forças Armadas são instituições nacionais permanentes e regulares, 
organizadas sob a égide da hierarquia e da disciplina, e que atuam sob a 
autoridade suprema do Presidente da República. 
 Ver art. 142 
 
 Os incisos XIV, XV, XVI e XVII, prosseguem nos trazendo a competência 
para que o Presidente da República nomeie os ocupantes de determinados 
cargos públicos. Vejamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente da República 
nomeia 
Após aprovação do Senado 
Federal (XIV) 
- Ministros do STF e 
demais Tribunais 
Superiores (STJ, TST, 
STM...) 
- Governadores de 
Territórios 
- Procurador-Geral da 
República 
- Presidente e os 
diretores do banco 
central e outros servidores, 
quando determinado em lei 
Outros Magistrados, 
nos casos previstos na 
Constituição (XVI) 
 
Ministros do Tribunal de 
Contas da União (XV) 
* O PR nomeia 1/3 dos 
Ministros, sendo dois 
alternadamente dentre 
auditores e membros do 
Ministério Público junto ao 
Tribunal, indicados em lista 
tríplice pelo Tribunal, 
segundo os critérios de 
antiguidade e merecimento 
 
 
O Advogado-Geral da 
União (XVI) 
 
Membros do Conselho 
da República (XVII) 
* O PR nomeia 2, 
dentre cidadãos 
brasileiros natos 
 
 
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Além das competências já arroladas também compete privativamente 
ao Presidente da República: 
 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo 
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das 
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou 
parcialmente, a mobilização nacional; 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente; 
 
(1) Os elementos que ensejam uma guerra são de natureza extremamente 
atípica e demandam solução emergencial. Daí a possibilidade de, caso o 
Congresso Nacional esteja em recesso, do Presidente da República declará-la 
sem sua intervenção prévia. 
 Ver art. 21, IV. 
 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de 
diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta 
Constituição; 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias 
após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício 
anterior; 
 
(1) O inciso XXIII é basicamente um prelúdio do que dispõem os incisos I a 
III do art. 165: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais.http://www.exponencialconcursos.com.br/
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XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; 
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; 
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições 
mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de 
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, 
que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
 
(1) Esquematizemos o diversas vezes exigido parágrafo único: 
 
 
4- (CESPE/ Analista Judiciário do TRT da 8ª Região 
/ 2016 / Adaptada) Com base nas disposições da Constituição Federal de 
1988, julgue o item subsequente. 
A CF admite excepcionalmente a edição, pelo presidente da República, de 
decreto como fonte normativa primária, o chamado decreto autônomo. 
Resolução: Correto. O decreto autônomo é um ato normativo primário 
porque sua força normativa deriva diretamente da Constituição Federal. 
Presidente da República pode
delegar para
VI – dispor, mediante decreto, 
sobre: 
a) organização e
funcionamento da 
administração federal, quando 
não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção 
de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou 
cargos públicos, quando vagos;
XII - conceder indulto 
e comutar penas, com 
audiência, se 
necessário, dos órgãos 
instituídos em lei;
XXV - prover os 
cargos públicos 
federais, na forma da 
lei;
Ministros de 
Estado
Procurador-Geral 
da República
Advogado-Geral 
da União
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Assim, situa-se hierarquicamente no mesmo nível das leis, e não abaixo delas. 
É figura que pode inovar no ordenamento jurídico, nos casos previstos na 
CF/88, criando direitos e obrigações. 
5- (CESPE/ Agente Administrativo da DPU / 2016) 
Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988, julgue o item 
subsequente. 
Cargos públicos vagos podem ser extintos por meio de decreto presidencial, 
sendo dispensável a edição de lei em sentido estrito. 
Resolução: Correto! Isso se dá por meio dos decretos autônomos. 
6- (FCC / Procurador do Município de São Luiz – MA 
/ 2016) Com vistas a otimizar o funcionamento da Administração federal, por 
meio da redução de custos e redistribuição de funções, o Presidente da 
República pretende, entre outras providências: 
I. promover a extinção de cargos em órgãos da Administração direta; 
II. promover a extinção de Secretarias com status de Ministério; 
III. submeter os órgãos e pessoal responsáveis pela gestão de pessoal em 
cada Ministério a um órgão central de recursos humanos, diretamente 
vinculado à Presidência da República. 
Em conformidade com a Constituição da República, poderá o Presidente da 
República adotar, mediante decreto, apenas as medidas previstas em: 
a) II, desde que não implique extinção de cargos; e III, desde que não 
implique aumento de despesa nem criação de órgãos. 
b) II, desde que os ocupantes de cargos efetivos estáveis sejam realocados 
em outros órgãos da Administração; e III, desde que não implique aumento 
de despesa nem criação de órgãos. 
c) I, desde que vagos os cargos; e III, desde que não implique aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos. 
d) I, desde que se trate de cargos em comissão; e II, desde que os ocupantes 
de cargos efetivos estáveis sejam realocados em outros órgãos da 
Administração. 
e) I, desde que vagos os cargos; e II, desde que não implique extinção de 
cargos efetivos. 
Resolução: Alternativa C. No caso I, o Presidente está extinguindo funções 
ou cargos públicos, quando vagos (art. 84, VI, b). 
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Já no caso III, está dispondo sobre a organização e funcionamento da 
administração federal, não implicando isso aumento de despesa nem criação 
ou extinção de órgãos públicos (art. 84, VI, a). 
 A opção II, por sua vez, não pode ser tratada mediante decreto uma 
vez que os órgãos estão sendo extintos. 
7- (CESPE / Técnico Judiciário do TRT da 8ª Região 
/ 2016) Acerca das competências do presidente da República, assinale a 
opção correta. 
a) A nomeação dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho realizada pelo 
presidente da República depende da aprovação da Câmara dos Deputados. 
b) Compete ao presidente da República exercer o comando supremo das 
Forças Armadas. 
c) A celebração de tratados, convenções e atos internacionais pelo presidente 
da República está sujeita a referendo do Senado Federal. 
d) Cabe ao presidente da República, de forma discricionária, nomear 
embaixadores. 
e) A nomeação e a exoneração de ministros de Estado pelo presidente da 
República dependem da aprovação do Congresso Nacional. 
Resolução: Alternativa B. É a previsão do art. 84, XIII. 
 Questão bastante direta. 
a) A nomeação dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho realizada pelo 
presidente da República depende da aprovação da Câmara dos Deputados do 
Senado Federal. 
c) A celebração de tratados, convenções e atos internacionais pelo presidente 
da República está sujeita a referendo do Senado Federal Congresso Nacional. 
d) Cabe ao presidente da República, de forma discricionária, nomear 
embaixadores Chefes de missão diplomática são indicados pelo Presidente e 
aprovados pelos Senadores por voto secreto após arguição secreta. 
e) A nomeação e a exoneração de ministros de Estado pelo presidente da 
República independem da aprovação do Congresso Nacional. 
8- (CESPE / Analista Técnico Administrativo do 
MPOG / 2015) No que se refere ao Poder Executivo, julgue o item 
subsequente. 
Na Constituição Federal, as competências privativas do presidente da 
República são elencadas em rol taxativo. 
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Resolução: Errado. O Presidente da República pode exercer outras 
atribuições previstas na Constituição e não listadas no art. 84. Veja-se, por 
exemplo, o art. 68 que trata das leis delegadas. 
 
 
Seção III 
Da Responsabilidade do Presidente da República 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República 
que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
 
(1) Crimes de responsabilidade são infrações de natureza político-
administrativa cometidos por determinados agentes políticos (o Presidente da 
República e seu Vice, Ministros de Estado, dentre outros definidos pela lei nº 
1.079/1950). 
A rigor, não são crimes em sentido estrito, e sim condutas ou 
comportamentos de conteúdo político, apenas tipificados e nomeados como 
crimes, sem que tenham essa natureza penal. 
A sanção nesses casos é substancialmente política: perda do cargo, 
inabilitação para exercício de cargo público e inelegibilidade para cargo 
político. 
Observe-se que a lista que segue não é taxativa (o texto constitucional 
fala “especialmente”), cabendo à lei federal eventualmente definir outras 
condutas como crimes de responsabilidade, assim como aprofundar as 
respectivas normas de processo e julgamento. 
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Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que 
estabelecerá as normas de processo e julgamento. 
 
(1) STF - Súmula Vinculante nº 46 – A definição dos crimes de 
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e 
julgamento são da competência legislativa privativa da União. 
 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços 
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o 
Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado 
Federal, nos crimes de responsabilidade. 
 Rever processo de impeachment. 
 
§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime 
pelo Supremo Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo 
Senado Federal. 
§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver 
concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular 
prosseguimento do processo. 
Crimes de 
responsabilidade 
cometidos pelo 
Presidente da 
República (atentar 
contra)
a existência da União (I)
o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder 
Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes 
constitucionais das unidades da Federação (II)
o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais 
(III)
a segurança interna do País (IV)
a probidade na administração (V)
a lei orçamentária (VI)
o cumprimento das leis e das decisões judiciais (VII)
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(1) Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias do §2º, o julgamento não 
estiver concluído, o processo não será encerrado. Tampouco haverá 
resolução de mérito. Apenas o afastamento do Presidente será derrubado. 
(2) Vale ainda ressaltar que o julgamento final prolatado pelo Senado Federal 
nos crimes de responsabilidade tem natureza política, sendo irrecorrível e 
definitivo, não havendo qualquer possibilidade de o Poder Judiciário alterá-lo. 
Em homenagem à separação de Poderes, o Judiciário somente poder 
verificar o respeito às regras procedimentais, jamais o mérito da decisão (MS 
21.689/DF). 
(3) Importante também destacar que, segundo jurisprudência do STF (MS 
21.689/DF), a renúncia ao mandado pelo presidente da República não 
prejudica (por suposta perda de objeto) o processo de impeachment 
eventualmente em curso, já iniciado. 
 
§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o 
Presidente da República não estará sujeito a prisão. 
§ 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser 
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
(1) Os dois parágrafos acima são especialmente interessantes. Vale dizer, o 
Presidente da República possui imunidade formal quanto à prisão (§3º) e 
irresponsabilidade penal relativa (§4º). 
Nesses termos, em caso de crimes comuns, o Chefe do Executivo 
Federal, enquanto não cesse a investidura na presidência, apenas pode ser 
responsabilizado caso a infração tenha correlação com o exercício das funções 
presidenciais (HC 83.154/SP). 
 
O artigo 86 da CF/88 é importantíssimo e vale a pena esquematizá-lo. 
 Válido destacar que, simetricamente e por expressa disposição 
constitucional e legal, os governadores de Estado e prefeitos de Municípios 
também detêm algumas dessas prerrogativas. 
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 Os crimes de responsabilidade do Presidente da República e dos 
Governadores dos Estados estão definidos na Lei nº 1.079/1950. 
 Já os crimes de responsabilidade dos Prefeitos de Municípios estão 
elencados no Decreto-Lei nº 201/1967. 
 
9- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos 
Deputados / 2014) A respeito da organização do Estado e dos poderes, 
julgue o próximo item. 
Se uma constituição estadual caracterizar como crime de responsabilidade a 
ausência injustificada de secretário de Estado convocado pela assembleia 
legislativa para dar explicações sobre fato relevante, essa norma será 
constitucional, uma vez que a CF assim dispõe em relação aos ministros de 
Estado. 
Presidente da 
República
Imunidade formal quanto ao processo - para 
crimes de responsabilidade 
(art. 86, caput)
Prerrogativa de foro para julgamento - para 
crimes comuns
(art. 86, caput c/c art. 52, I, e 102, I, b)
Imunidade formal quanto à prisão
(art. 86, §3º)
Irresponsabilidade penal relativa
(art. 86, §4º)
Governador de 
Estado
Imunidade formal quanto ao processo - para 
crimes de responsabilidade
(simetria e lei nº 1.079/1950)
Prerrogativa de foro para julgamento - para 
crimes comuns
(art. 105, I, a)
Prefeito de 
Município
Prerrogativa de foro para julgamento - para 
crimes comuns
(art. 29, X e Súmula nº 702 do STF)
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Resolução: Errado. Não vamos tentar aplicar a simetria aqui. Nem tudo pode 
ser transposto para o nível dos entes subnacionais. 
 É o caso, por exemplo, da competência para definição de hipóteses que 
configuram crime de responsabilidade, que compete unicamente à União. 
10- (CESPE / Analista de Gestão Educacional – SEDF 
/ 2017) Julgue o próximo item, relativo ao Poder Executivo. 
Na hipótese de o presidente da República, antes da vigência do seu mandato, 
praticar um homicídio, a acusação terá de ser admitida por dois terços da 
Câmara de Deputados para, posteriormente, poder ser submetida a 
julgamento perante o Senado Federal. 
Resolução: Errado. Trata-se da irresponsabilidade penal relativa do 
Presidente, pois somente alcança os ilícitos penais praticados antes ou durante 
seu mandato, porém, sem relação com a função presidencial. 
11- (CESPE/ Analista Judiciário do TRT da 8ª Região 
/ 2016 / Adaptada) Com base nas disposições da Constituição Federal de 
1988, julgue o item subsequente. 
A renúncia ao mandado pelo presidente da República prejudica, por perda de 
objeto, o processo de impeachment eventualmente em curso, acarretando a 
sua extinção automática. 
Resolução: Errado. Uma vez iniciado o processo de impeachment, eventual 
renúncia ao mandado pelo Presidente da República não prejudica o julgamento 
em curso. Assim, mesmo que já tenha aberto mão de seu mandato, o (ex) 
Presidente poderá ser inabilitado, por oito anos, para o exercício de função 
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
12- (CESPE / Juiz Substituto do TJ – DFT / 2015 / 
Adaptada) Julgue o item abaixo. 
É lícita a prisão em flagrante de governador de estado da Federação que 
cometa tentativa de homicídio, uma vez que os governadores não gozam da 
prerrogativa extraordinária da imunidade a esse tipo de prisão. 
Resolução: Correto! 
 De acordo com o STF (ADI 978/PB), o conteúdo material dos preceitos 
inscritos no art. 86, 3º e 4º, da Constituição Federal, por serem unicamente 
compatíveis com a condição institucional de Chefe de Estado, são apenas 
extensíveis ao Presidente da República e não aos demais Chefes do Executivo 
(Governadores e Prefeitos). 
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13- (CESPE / Advogado da União / 2015) Acerca de 
aspectos diversos relacionados à atuação e às competências dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da República e da AGU, 
julgue o item a seguir. 
Caso um processo contra o presidente da República pela prática de crime de 
responsabilidade fosse instaurado pelo Senado Federal, não seria permitido o 
exercício do direito de defesa pelo presidente da República no âmbito da 
Câmara dos Deputados. 
Resolução: Errado. O STF entende que, no decurso do juízo de 
admissibilidade na Câmara dos Deputados, deve ser dada oportunidade ao 
Presidente para se defender (MS-MC-QO 21.564/DF, 1992). 
Todavia, para além da jurisprudência da Suprema Corte, devemos nos 
lembrar que aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5.º, LV). 
Assim figurando no polo passivo do processo político de impeachment, 
devem ser concedidas ao Presidente as oportunidades para exercer seu direito 
de defesa. 
 
 
Voltemos ao texto constitucional com a disciplina acerca dos Ministros 
de Estado. 
 
Seção IV 
DOS MINISTROS DE ESTADO 
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 
vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. 
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições 
estabelecidas nesta Constituição e na lei: 
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da 
administração federal na área de sua competência e referendar os atos e 
decretos assinados pelo Presidente da República; 
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; 
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no 
Ministério; 
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou 
delegadas pelo Presidente da República. 
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(1) Vamos aproveitar e relembrar um dado importante no que concerne às 
exigências de idade para ocupação de determinados cargos públicos: 
 
 
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos 
da administração pública. 
 
(1) É muito comum ouvirmos dizer que “o Presidente criou mais um 
Ministério”. Devemos filtrar o senso comum e recordarmos que a criação 
formal de órgãos e ministérios, tal como sua extinção, depende de lei e esta 
será editada pelo Poder Legislativo nos termos do art. 48, XI. 
 O que compete ao Presidente da República é a iniciativa do projeto de 
lei que disponha sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública (art. 61, §1º, II, “e”). 
 
14- (CESPE / Técnico Judiciário do TRE – PI / 2016) 
A respeito das atribuições do presidente da República e dos ministros de 
Estado, assinale a opção correta. 
a) O ministro da Defesa, que exerce o comando supremo das Forças Armadas, 
deve nomear os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
Para ser 
eleito é 
preciso
a idade mínima de:
35 anos para Presidente e Vice-
Presidente da República e Senador
30 anos para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito 
Federal
21 anos para Deputado Federal, 
Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz
18 anos para Vereador
Para ser 
nomeado é 
preciso
a idade mínima de 21 anos para Ministro de Estado
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b) As atribuições dos ministros de Estado incluem o dever de orientar, 
coordenar e supervisionar os órgãos e as entidades da administração federal 
na área de sua competência. 
c) Os cargos de ministro de Estado, de livre nomeação pelo presidente da 
República, devem ser ocupados por brasileiros natos, maiores de vinte e um 
anos de idade, no pleno exercício de seus direitos políticos. 
d) Compete privativamente ao presidente da República sancionar, promulgar 
e fazer publicar as leis, e aos ministros de Estado expedir decretos para a 
regulamentação das leis. 
e) Compete privativamente ao presidente da República determinar, mediante 
decreto, a criação de cargos públicos remunerados. 
Resolução: Alternativa B, conforme o art. 87, I, da CF/88. 
 O proble da “A” é que quem exerce o comando supremo das Forças 
Armadas é o Presidente da República, competência que não pode ser 
delegada. 
 Já a opção “C” erra por uma razão bastante simples: ministro de Estado 
não precisa ser brasileiro nato. 
 A alternativa “D”, por sua vez, erra já que todas as competências 
descritas são do Presidente da República e não podem ser delegadas. 
 Por fim, a opção “E” erra, pois, a criação de cargos públicos sempre se 
dá mediante lei. 
15- (FGV / Procurador do Município – Niterói / 2014) 
Em relação aos Ministros de Estado e aos atos praticados no exercício de suas 
competências constitucionais, assinale a afirmativa correta. 
a) As instruções normativas que eles venham a editar não estão sujeitas ao 
controle concentrado de constitucionalidade. 
b) Não estão constitucionalmente obrigados a referendar atos praticados pelo 
Presidente da República. 
c) Devem ser escolhidos dentre brasileiros natos, maiores de vinte e um anos 
e no exercício dos direitos políticos. 
d) Devem prestar às comissões do Congresso Nacional informações atinentes 
às suas atribuições. 
e) Somente devem referendar os projetos de lei e as medidas provisórias 
assinadas pelo Presidente da República. 
Resolução: Alternativa D. Questão tranquila, cujo resposta encontramos no 
art. 50 da CF/88. Quanto às demais, vejamos os erros. 
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a) As instruções normativas que eles venham a editar não estão sujeitas ao 
controle concentrado de constitucionalidade. Estão sim sujeitos ao controle de 
constitucionalidade concentrado os atos normativos, cujas espécies 
compreendem, inclusive, a função regulamentar do Executivo. 
b) Não estão constitucionalmente obrigados a referendar atos praticados pelo 
Presidente da República. CF/88, art. 87, parágrafo único, I. 
c) Devem ser escolhidos dentre brasileiros natos, maiores de vinte e um anos 
e no exercício dos direitos políticos. 
e) Somente devem referendar os projetos de lei e as medidas provisórias 
assinadas pelo Presidente da República. Dentre outros atos. 
 
 
Concluindo o Capítulo específico sobre o Poder Executivo, nossa Carta 
Magna volta-se para a disciplina de dois importantes órgãos de consulta do 
Presidente da República. 
 A incidência nas provas costuma ser basicamente literal. Portanto, 
algumas releituras são mais que necessárias. 
 (A ordem original de alguns incisos foi reajustada para fins didáticos). 
 
Seção V 
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL 
Subseção I 
Do Conselho da República 
[...] 
Subseção II 
Do Conselho de Defesa Nacional 
 
Conselho da República (art. 89) Conselho de Defesa Nacional (art. 91) 
Membros 
O Presidente da República + 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos 
Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - o Ministro da Justiça; 
O Presidente da República + 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos 
Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - o Ministro da Justiça; 
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V - os líderes da maioria e da minoria 
no Senado Federal; 
IV - os líderes da maioria e da 
minoria na Câmara dos Deputados; 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, 
com mais de trinta e cinco anos de 
idade, sendo dois nomeados pelo 
Presidente da República, dois eleitos 
pelo Senado Federal e dois eleitos 
pela Câmara dos Deputados, todos 
com mandato de três anos, vedada a 
recondução. 
[...] 
§ 1º - O Presidente da República poderá 
convocar Ministro de Estado para 
participar da reunião do Conselho, 
quando constar da pauta questão 
relacionada com o respectivo Ministério. 
[...] 
V - o Ministro de Estado da Defesa; 
VI - o Ministro das Relações 
Exteriores; 
VII - o Ministro do Planejamento; 
VIII - os Comandantes da Marinha, 
do Exército e da Aeronáutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Competência 
Pronunciar-se sobre: 
I - intervenção federal, estado de defesa 
e estado de sítio; 
II - as questões relevantes para a 
estabilidade das instituições 
democráticas. 
 
I - opinar nas hipóteses de declaração de 
guerra e de celebração da paz, nos 
termos desta Constituição; 
II - opinar sobre a decretação do estado 
de defesa, do estado de sítio e da 
intervenção federal; 
III - propor os critérios e condições de 
utilização de áreas indispensáveis à 
segurança do território nacional e opinar 
sobre seu efetivo uso, especialmente na 
faixa de fronteira e nas relacionadas com 
a preservação e a exploração dos recursos 
naturais de qualquer tipo; 
IV - estudar, propor e acompanhar o 
desenvolvimento de iniciativas 
necessárias a garantir a independência 
nacional e a defesa do Estado 
democrático. 
 
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O funcionamento do Conselho da República e do Conselho de Defesa 
Nacional está disciplinado, respectivamente, pelas Leis nº 8.041/1990 e 
8.183/1993. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16- (CESPE / Técnico do MPU / 2018) Com base nas disposições 
constitucionais acerca de princípios, direitos e garantias fundamentais, julgue 
o item a seguir. O presidente da República, embora nomeie os ministros que 
compõem o Supremo Tribunal Federal, não interfere na função jurisdicional 
desse órgão. 
Resolução: Correto. Nossa Constituição adotou a tripartição de Poderes, 
tendo cada Poder prerrogativas (funções) que lhes são próprias. Nesse 
contexto, inexiste previsão de atuação direta dos Poderes Executivo e 
Legislativo sobre a atividade TÍPICA jurisdicional, que fica a cargo somente do 
Judiciário, tendo como órgão de cúpula o STF. 
Inclusive, nos termos do art. 85, II, são crimes de responsabilidade os 
atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, 
especialmente, contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder 
Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da 
Federação. 
 
17- (CESPE / Diplomata / 2018 / Adaptada) Considerando a ordem 
constitucional brasileira, julgue (C ou E) o item seguinte. 
O Poder Executivo é pluripessoal, exercido pelo presidente e pelo vice-
presidente da República e pelos ministros de Estado. 
Resolução: Errado. No sistema presidencialista brasileiro o Poder Executivo é 
monocrático (unipessoal). 
No âmbito da União, o Presidente exerce tal Poder AUXILIADO pelos 
ministros de Estado, e acumula as funções de chefe de Estado e chefe de 
Governo. 
 
18- (CESPE / Auditor Estadual de Infraestrutura – TCM BA / 2018) A 
direção superior da administração federal é competência: 
a) comum do presidente da República, com o auxílio do Congresso Nacional. 
b) privativa do presidente da República, com o auxílio dos ministros de Estado 
e do Tribunal de Contas da União. 
c) comum do presidente da República, com o auxílio direto do Tribunal de 
Contas da União. 
d) privativa do presidente da República, com o auxílio do Congresso Nacional. 
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e) privativa do presidente da República, com o auxílio dos ministros de 
Estado. 
Resolução: Alternativa E, nos termos do art. 84, II, da CF/88. 
 
19- (CESPE / Agente da Polícia da Polícia Civil – PE / 2016) Assinale a 
opção correta no que se refere às responsabilidades do presidente da 
República estabelecidas na CF. 
a) Acusado da prática de crime comum estranho ao exercício de suas funções, 
cometido na vigência do mandato, o presidente da República será julgado pelo 
Supremo Tribunal Federal (STF) após deixar a função. 
b) O afastamento do presidente da República cessará se, decorrido o prazo de 
cento e oitenta dias, o Senado Federal não tiver concluído o julgamento do 
processo pela prática de crime de responsabilidade aberto contra ele; nesse 
caso, o processo será arquivado. 
c) A única possibilidade de responsabilização do presidente da República 
investido em suas funções se refere ao cometimento de infração político-
administrativa, não respondendo o chefe do Poder Executivo por infração 
penal comum na vigência do mandato. 
d) O presidente da República dispõe de imunidade material, sendo inviolável 
por suas palavras e opiniões no estrito exercício das funções presidenciais. 
e) A decisão do Senado Federal que absolve ou condena o presidente da 
República em processo pela prática de crime de responsabilidade não pode ser 
reformada pelo Poder Judiciário. 
Resolução: Alternativa E. Como já vimos, o julgamento final prolatado pelo 
Senado Federal tem natureza política, sendo irrecorrível e definitivo, não 
havendo qualquer possibilidade de o Poder Judiciário alterá-lo. 
 Passemos às demais. 
 A alternativa “A” erra, pois, durante o seu mandato, o Presidente da 
República não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de 
suas funções. 
 Já a opção “B” erra em seu final. Se, decorrido o prazo de 180 dias, o 
julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem 
prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
 A opção “C”, por sua vez, erra já que o Presidente da República pode 
sim responder a infração penal comum, desde que correlata ao exercício de 
suas funções. 
 Por fim, a opção “D” erra, pois, o Presidente não dispõe de imunidade 
material. 
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20- (CESPE / Escrivão de Polícia da Polícia Civil – PE / 2016) No 
regime presidencialista brasileiro, o presidente da República é o chefe de 
Estado e de governo da República Federativa do Brasil. As competências 
constitucionais do presidente da República incluem: 
a) editar decretos autônomos, nas hipóteses previstas na CF, atribuição que 
pode ser delegada ao advogado-geral da União. 
b) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, o advogado-geral da União. 
c) celebrar tratados, convenções e atos internacionais, independentemente de 
aprovação do Congresso Nacional. 
d) dar, de forma privativa, início ao processo legislativo deleis que disponham 
sobre criação de todo cargo, emprego e função dos Poderes da República. 
e) expedir decretos orçamentários que inovem a ordem jurídica. 
Resolução: Alternativa A. É a inteligência do art. 84, VI e parágrafo único. 
 Vejamos os erros. 
b) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, o advogado-geral da União. 
c) celebrar tratados, convenções e atos internacionais, independentemente de 
aprovação sujeitos a referendo do Congresso Nacional. 
d) dar, de forma privativa, início ao processo legislativo de leis que disponham 
sobre criação de todo cargo, emprego e função dos Poderes da República cada 
Poder, e, em alguns casos, mesmo órgãos autônomos (como o Ministério 
Público Federal e o Tribunal de Contas da União), dá início ao processo 
legislativo de leis que tratem sobre seus respectivos cargos, empregos e 
funções . 
e) expedir decretos orçamentários que não inovem a ordem jurídica. 
 
21- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal de Cuiabá – 
MT / 2016) Com o objetivo de assegurar a plena execução de lei que 
veiculava matéria de natureza tributária, o Presidente da República expediu o 
respectivo regulamento. 
Ocorre que esse ato normativo foi considerado pelo Congresso Nacional como 
exorbitante do poder regulamentar, o que o levou a sustá-lo. 
O Chefe do Poder Executivo, irresignado com o ocorrido, determinou que 
fossem adotadas as providências necessárias à submissão do decreto 
legislativo, que sustou o regulamento, ao controle concentrado de 
constitucionalidade exercido pelo Supremo Tribunal. 
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À luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto afirmar que 
esse decreto legislativo: 
a) não pode ser submetido ao referido controle, pois, ao aferir a 
compatibilidade do regulamento com a lei, sua essência enquadra-se no plano 
legal, não no constitucional. 
b) pode ser submetido ao referido controle, a exemplo do que ocorre com 
todos os atos normativos, de natureza legal ou infralegal. 
c) não pode ser submetido ao referido controle, pois não apresenta os 
atributos da generalidade e da abstração. 
d) pode ser submetido ao referido controle, pois aufere o seu fundamento de 
validade na Constituição e sua força normativa é negativa. 
e) não pode ser submetido ao referido controle, pois somente os atos 
normativos estão sujeitos a ele. 
Resolução: Alternativa D. 
 De acordo com o art. 49, V, da CF/88, é da competência exclusiva do 
Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa, o 
que se dá por meio de decreto legislativo. 
 Quanto à possibilidade de que haja controle concentrado de 
constitucionalidade do referido decreto, o STF tem posição bastante clara e 
didática, senão vejamos: 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO 
RIO GRANDE DO SUL - DECRETO LEGISLATIVO - CONTEUDO NORMATIVO - 
SUSPENSÃO DA EFICACIA DE ATO EMANADO DO GOVERNADOR DO ESTADO - 
CONTROLE PARLAMENTAR DA ATIVIDADE REGULAMENTAR DO PODER 
EXECUTIVO (CF, ART. 49, V) - POSSIBILIDADE DE FISCALIZAÇÃO 
NORMATIVA ABSTRATA - AÇÃO DIRETA CONHECIDA. REDE ESTADUAL DE 
ENSINO - CALENDARIO ESCOLAR ROTATIVO - PREVISÃO NO PLANO 
PLURIANUAL - ALEGADA INOBSERVANCIA DO POSTULADO DA SEPARAÇÃO 
DE PODERES - EXERCÍCIO DE FUNÇÃO REGULAMENTAR PELO EXECUTIVO - 
RELEVÂNCIA JURÍDICA DO TEMA - MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. 
- O CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE TEM OBJETO 
PRÓPRIO. INCIDE EXCLUSIVAMENTE SOBRE ATOS ESTATAIS PROVIDOS DE 
DENSIDADE NORMATIVA. A NOÇÃO DE ATO NORMATIVO, PARA EFEITO DE 
FISCALIZAÇÃO DA CONSTITUCIONALIDADE EM TESE, REQUER, ALÉM DE SUA 
AUTONOMIA JURÍDICA, A CONSTATAÇÃO DO SEU COEFICIENTE DE 
GENERALIDADE ABSTRATA, BEM ASSIM DE SUA IMPESSOALIDADE. 4- O 
DECRETO LEGISLATIVO, EDITADO COM FUNDAMENTO NO ART. 49, V, DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NÃO SE DESVESTE DOS ATRIBUTOS 
TIPIFICADORES DA NORMATIVIDADE PELO FATO DE LIMITAR-SE, 
MATERIALMENTE, A SUSPENSÃO DE EFICACIA DE ATO ORIUNDO DO PODER 
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EXECUTIVO. TAMBÉM REALIZA FUNÇÃO NORMATIVA O ATO ESTATAL QUE 
EXCLUI, EXTINGUE OU SUSPENDE A VALIDADE OU A EFICACIA DE UMA 
OUTRA NORMA JURÍDICA. A EFICACIA DERROGATÓRIA OU INIBITORIA 
DAS CONSEQUENCIAS JURIDICAS DOS ATOS ESTATAIS CONSTITUI 
UM DOS MOMENTOS CONCRETIZADORES DO PROCESSO NORMATIVO. 
A SUPRESSAO DA EFICACIA DE UMA REGRA DE DIREITO POSSUI 
FORÇA NORMATIVA EQUIPARAVEL A DOS PRECEITOS JURIDICOS QUE 
INOVAM, DE FORMA POSITIVA, O ORDENAMENTO ESTATAL, EIS QUE A 
DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR DE SUSPENSÃO DOS EFEITOS DE UM 
PRECEITO JURÍDICO INCORPORA, AINDA QUE EM SENTIDO INVERSO, 
A CARGA DE NORMATIVIDADE INERENTE AO ATO QUE LHE 
CONSTITUI O OBJETO. O EXAME DE CONSTITUCIONALIDADE DO 
DECRETO LEGISLATIVO QUE SUSPENDE A EFICACIA DE ATO DO 
PODER EXECUTIVO IMPÕE A ANALISE, PELO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL, DOS PRESSUPOSTOS LEGITIMADORES DO EXERCÍCIO 
DESSA EXCEPCIONAL COMPETÊNCIA DEFERIDA A INSTITUIÇÃO 
PARLAMENTAR. CABE A CORTE SUPREMA, EM CONSEQUENCIA, 
VERIFICAR SE OS ATOS NORMATIVOS EMANADOS DO EXECUTIVO 
AJUSTAM-SE, OU NÃO, AOS LIMITES DO PODER REGULAMENTAR OU 
AOS DA DELEGAÇÃO LEGISLATIVA. A FISCALIZAÇÃO ESTRITA DESSES 
PRESSUPOSTOS JUSTIFICA-SE COMO IMPOSIÇÃO DECORRENTE DA 
NECESSIDADE DE PRESERVAR, "HIC ET NUN", A INTEGRIDADE DO 
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES (...) (ADI-MC 748 RS). 
 Válido aqui destacar, em relação à opção “B”, que não é todo ato 
normativo infralegal que poderá ser submetido ao controle concentrado pelo 
STF. 
É sim possível um ato normativo, de natureza infralegal, ser objeto de 
ADI, ADO, ADC ou ADPF, no STF, desde que retire seu fundamento de 
validade diretamente da Constituição. Isso ocorre principalmente em duas 
hipóteses: (i) em relação aos decretos autônomos (art. 84, VI, CF/88) e (ii) 
quando o decreto regulamentar extrapolar sua competência, dispondo, além 
dos seus limites sobre matéria diretamente constitucional, o que é exatamente 
o caso concreto em análise. 
 
22- (CESPE / Oficial Técnico de Inteligência – ABIN / 2018) Acerca 
das normas constitucionais aplicáveis ao regime federativo brasileiro, julgue o 
próximo item. 
De acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal, é vedado 
aos estados instituir normas que condicionem à previa autorização da 
assembleia legislativa a instauração de ação penal contra governador por 
crime comum. 
Resolução: Correto. 
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 É pacífico na jurisprudência recente do STF (vide ADIs 4.362 e 5.540) 
que as Constituições Estaduais não podem condicionar a instauração de 
processo judicial por crime comum contra Governador à licença prévia da 
Assembleia Legislativa, diferentemente do que ocorre em âmbito federal. 
De acordo com a Corte, em se tratando de crime comum, a chamada 
“licença prévia” não pode ser estabelecida no plano estadual. Trata-se de 
norma de exceção ao princípio republicano cuja reprodução nas Constituições 
Estaduais é proibida. 
 
23- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – SE / 2015) Considere as 
seguintes situações, relativas ao exercício da chefia do Poder Executivo na 
esfera federal: 
I. Renúncia do Presidente da República no início do segundo ano de seu 
mandato. 
II. Viagem do Presidente da República ao exterior, por um períodode dez dias 
consecutivos, no fim do terceiro ano de mandato, sem que haja sido requerida 
autorização prévia do Congresso Nacional. 
III. Instauração, pelo Senado Federal, de processo para responsabilização do 
Presidente da República pelo suposto cometimento de crime de 
responsabilidade. 
IV. Recebimento de denúncia, pelo Supremo Tribunal Federal, para 
responsabilização do Presidente da República pelo suposto cometimento de 
infração penal comum. 
À luz da Constituição da República, o exercício da Presidência da República 
caberá ao Vice-Presidente da República nas situações retratadas em: 
a) I, na qualidade de substituto, enquanto se organizam eleições diretas para 
preenchimento do cargo vago; II, na qualidade de substituto, enquanto se 
organizam eleições indiretas para preenchimento do cargo vago; III e IV, na 
qualidade de substituto, enquanto perdurar o afastamento do Presidente da 
República, que não será superior a 180 dias. 
b) I, na qualidade de sucessor, até o fim do mandato; II, na qualidade de 
substituto, durante o período da ausência; III e IV, na qualidade de substituto, 
enquanto perdurar o afastamento do Presidente da República, que não será 
superior a 180 dias. 
c) I, na qualidade de substituto, enquanto se organizam eleições indiretas 
para preenchimento do cargo vago; II, na qualidade de substituto, enquanto 
se organizam eleições diretas para preenchimento do cargo vago; III e IV, na 
qualidade de sucessor, até o fim do mandato. 
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d) I e II, na qualidade de sucessor, até o fim do mandato; III e IV, na 
qualidade de substituto, até o término dos julgamentos respectivos, observado 
o prazo máximo de 180 dias para a conclusão de ambos. 
e) I, na qualidade de substituto, até o fim do mandato; II, na qualidade de 
sucessor, durante o período de ausência; III, na qualidade de substituto, até o 
término do julgamento respectivo, observado o prazo máximo de 180 dias 
para sua conclusão; IV, na qualidade de substituto, enquanto perdurar o 
afastamento do Presidente da República, que não será superior a 180 dias. 
Resolução: Alternativa B. Enquanto a substituição é ocupação temporária do 
cargo, a sucessão é definitiva. 
 Observe-se também a pegadinha no item “I”. A banca fala que a 
renúncia do Presidente da República se deu no segundo ano do mandato, 
tentando levar o candidato à lógica do art. 81. Porém, nesse caso, estando o 
Vice-Presidente em plenas condições de assumir, essa data pouco importa. 
Assim, aplica-se o disposto no art. 79 da CF/88. 
 
24- (CESPE / Analista Judiciário do TJ – CE / 2014) O presidente da 
República, mediante decreto, delegou aos ministros de Estado e ao advogado-
geral da União a competência para, após processo administrativo disciplinar, 
aplicar a penalidade de demissão a servidor público federal. Com referência a 
essa situação hipotética e com base na jurisprudência do STF, assinale a 
opção correta. 
a) O referido decreto está de acordo com a CF, pois a possibilidade de 
delegação da competência para prover cargos públicos federais abrange 
também a competência para demitir o servidor público. 
b) O decreto citado violou a CF, pois só há previsão de delegação para 
provimento de cargos públicos federais, e não para hipóteses de demissão. 
c) De acordo com o texto da CF, a referida delegação pode, sim, ser feita aos 
ministros de Estado, mas não pode ser estendida ao advogado-geral da União. 
Por isso, o decreto em questão padece do vício de inconstitucionalidade. 
d) As competências conferidas pelo texto da CF ao presidente da República 
são indelegáveis, motivo por que o decreto em apreço é inconstitucional. 
e) Considerando que, na hipótese em tela, o presidente da República agiu 
como chefe de Estado, a referida delegação não poderia ocorrer, no âmbito 
estadual, do governador para os secretários estaduais. 
Resolução: Alternativa A. O Presidente da República pode delegar a 
atribuição de demitir, no âmbito das respectivas pastas, os servidores públicos 
federais. 
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O Presidente da República detém competência para prover cargos 
públicos, que abrange também a de desprovê-los, a qual, portanto é 
suscetível de delegação a Ministro de Estado (lembremos que o Advogado-
Geral da União tem status de Ministro). 
Quanto à opção “E”, em particular, destacamos que, por simetria, este tipo de 
procedimento também seria admitido no nível dos Estados e DF. 
 
25- (CESPE / Instituto Rio Branco - Diplomata / 2017) Julgue o item 
subsequente. 
Ausentando-se do Brasil por período superior a quinze dias sem autorização do 
Congresso Nacional, o presidente da República poderá sofrer, como 
reprimenda mais gravosa, censura pelo Poder Legislativo. 
Resolução: Errado. 
O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença 
do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze 
dias, sob pena de perda do cargo. 
 
26- (CESPE / Auditor de Controle Externo do TCE – PA / 2016) O 
Congresso Nacional aprovou uma reforma administrativa proposta pelo 
presidente da República que reduziu o número de ministérios. Nesse contexto, 
o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da Previdência Social foram 
fundidos, tornando-se Ministério do Trabalho e Previdência Social. A partir 
dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
A referida reforma administrativa poderia ter se materializado com a edição de 
decreto autônomo, em decorrência do poder regulamentar do presidente da 
República. 
Resolução: Errado. Nos termos do art. 84 da CF/88, os decretos autônomos 
se prestam apenas para dispor sobre organização e funcionamento da 
administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação 
ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos. 
No caso concreto houve criação (fusão) de novo órgão, o que exorbita 
os limites de competência do decreto. 
 
27- (CESPE / Delegado de Polícia da PC – PE / 2016 / Adaptada) 
Julgue o item a seguir. 
Da forma republicana de governo adotada pela CF decorre a responsabilidade 
política, penal e administrativa dos governantes; os agentes públicos, 
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Curso: Direito Constitucional 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 05 
Prof. Jonathas de Oliveira 41 de 55 
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incluindo-se os detentores de mandatos eletivos, são igualmente responsáveis 
perante a lei. 
Resolução: Correto. A igualdade perante a lei, a periodicidade dos mandatos 
políticos e a responsabilização dos mandatários são características do princípio 
republicano. 
 Nesse contexto, a responsabilidade civil pode ensejar a reparação 
(indenização) pelo equivalente do prejuízo causado mais perdas e danos. Já a 
responsabilidade penal decorrerá de atuação típica, antijurídica e culpável do 
servidor público (em sentido amplo), comprovada por meio do devido 
processo legal. E a responsabilidade administrativa advém da violação aos 
deveres e vedações insertos nos estatutos daqueles que exercem função em 
cargo público. 
 Destaque-se que muito embora, durante seus mandatos, alguns desses 
agentes tenham prerrogativas especiais (imunidades relativas, foro por 
prerrogativa de função etc.), eles não estão isentos de responsabilização se 
verificado, processado e julgado fato a eles imputável. 
 
28- (FCC / Agente de Fiscalização à Regulação de Transporte – 
ARTESP /

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