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Direito Administrativo - Desapropriação

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DESAPROPRIAÇÃO
INTERVENÇÃO ESTATAL NA 
PROPRIEDADE PRIVADA 
INTERVENÇÃO SUPRESSIVA:
Desapropriação/Expropriação
INTERVENÇÃO RESTRITIVA:
Limitação administrativa à propriedade;
Servidão administrativa;
Tombamento;
Ocupação temporária;
Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
Requisição de bens.
FORMAS DE INTERVENÇÃO NA 
PROPRIEDADE PRIVADA
CONCEITO
Desapropriação é o procedimento administrativo ou
processo judicial previsto na Constituição da
República e regulamentado em lei, por força do qual o
Estado transfere para si propriedade de outrem,
mediante, via de regra, justa e prévia indenização em
dinheiro, com fundamento em relevante interesse
coletivo consubstanciado em necessidade ou utilidade
pública, ou, ainda, interesse social.
Art. 5º. […]
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante
justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos
nesta Constituição;
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
II – desapropriação;
Na Constituição da República
Competências sobre Desapropriação
⚫Para legislar sobre a matéria: UNIÃO, a competência privativa, mas que pode
ser delegada aos Estados e DF, sobre questões específicas de interesse destes
entes. (art. 22 da CRFB).
⚫Para declarar a utilidade (ou necessidade) pública ou o interesse social do
bem: DE TODOS OS ENTES FEDERATIVOS, por meio de Decreto (art. 6º do
DL nº 3.365/41).
⚫Para declarar interesse social do imóvel para Reforma Agrária: UNIÃO,
competência exclusiva (art. 184 da CRFB).
⚫Para declarar interesse social do imóvel para Reforma Urbana: MUNICÍPIO,
competência exclusiva (art. 182, §4º, III da CRFB).
LEGISLAÇÃO SOBRE DESAPROPRIAÇÃO
.
Decreto-Lei nº 3.365/1941 (Lei Geral sobre Desapropriação);
Lei nº 4.132/1962 (Desapropriação por interesse social);
Lei nº 8.257/1991 (Desapropriação de imóveis onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas);
Lei nº 8.629/1993 (Desapropriação rural, por interesse social, para
fins de reforma agrária);
Lei Complementar nº 76/1993 (procedimento judicial da
desapropriação rural, por interesse social, para fins de reforma
agrária)
ESPÉCIES DE DESAPROPRIAÇÃO
São pressupostos para desapropriação:
UTILIDADE PÚBLICA: quando a desapropriação do bem atende a mera
conveniência do Poder Público, sem ser imprescindível.
Ex: imóvel desapropriado para construção de um prédio público qualquer.
NECESSIDADE PÚBLICA: decorre de situação de urgência ou emergência,
cuja solução exija a desapropriação de determinado bem.
Ex: imóvel desapropriado para salvaguardar a segurança nacional em caso de
calamidade pública.
INTERESSE SOCIAL: é aquela realizada para a propriedade atender à sua
função social.
Ex: construção casas populares
Utilidade Pública (No DL 3.365/41)
Art. 5o. Consideram-se casos de utilidade pública:
a) a segurança nacional;
b) a defesa do Estado;
c) o socorro público em caso de calamidade;
d) a salubridade pública;
e) a criação e melhoramento de centros de população, seu abastecimento
regular de meios de subsistência;
f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, das águas e da
energia hidráulica;
g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas de saúde,
clínicas, estações de clima e fontes medicinais;
h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradouros públicos; a
execução de planos de urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem
edificação, para sua melhor utilização econômica, higiênica ou estética; a
construção ou ampliação de distritos industriais;
[...]
Utilidade Pública (No DL 3.365/41)
Art. 5o. Consideram-se casos de utilidade pública:
[...]
j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;
k) a preservação e conservação dos monumentos históricos e artísticos, isolados
ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas
necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos ou
característicos e, ainda, a proteção de paisagens e locais particularmente dotados
pela natureza;
l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos e outros
bens moveis de valor histórico ou artístico;
m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;
n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso para aeronaves;
o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de natureza científica, artística ou
literária;
p) os demais casos previstos por leis especiais.
Interesse Social – Lei nº 4.132/62
Art. 2º. Considera-se de interesse social:
I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem correspondência com as
necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros de população a que deve ou
possa suprir por seu destino econômico;
II - VETADO;
III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e
trabalho agrícola:
IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com a tolerância expressa ou
tácita do proprietário, tenham construído sua habilitação, formando núcleos residenciais de
mais de 10 (dez) famílias;
V - a construção de casas populares;
VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária, pela conclusão de obras e
serviços públicos, notadamente de saneamento, portos, transporte, eletrificação
armazenamento de água e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas socialmente
aproveitadas;
VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas
florestais.
VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas características, sejam apropriados
ao desenvolvimento de atividades turísticas.
TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO
⚫ORDINÁRIA
⚫ INTERESSE SOCIAL (URBANÍSTICA E RURAL)
⚫POR ZONA
⚫CONFISCATÓRIA
⚫INDIRETA
DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA
Constituição da República 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes.
§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
[...]
DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA
Decreto Lei nº 3.365/41
Art. 2º. Mediante declaração de utilidade pública, todos os bens poderão
ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios, Distrito Federal
e Territórios.
§ 1o A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só se tornará
necessária, quando de sua utilização resultar prejuízo patrimonial do
proprietário do solo.
§ 2o Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e
Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios
pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização
legislativa.
§ 3º […]
A União pode desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal
e dos municípios;
Um Estado pode desapropriar bens de um município, desde que
se trate de município situado em seu território;
Os municípios e o Distrito Federal não podem desapropriar bens
das demais entidades federativas;
A União não pode ter os seus bens desapropriados.
Portanto, podemos afirmar que: 
Somente os entes federativos 
podem desapropriar bens?
Art. 3
o
(DL nº 3.365/41). Os concessionários (e permissionários) de
serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que
exerçam funções delegadas de poder público poderão promover
desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei
ou contrato.
Ex: Petrobras, ANEEL, ANTT, etc
Essas entidade possuem somente a competência executória (desde
que autorizadas em lei ou contrato).
DESAPROPRIAÇÃO URBANÍSTICA
Essa hipótese de desapropriação que possui carátersancionatório e
pode ser aplicada ao proprietário de solo urbano que não atenda à
exigência de promover o adequado aproveitamento de sua propriedade,
nos termos do plano diretor do município. (MA)
Antes da desapropriação, o município deve cumprir as três etapas:
⚫ Exigir o adequado aproveitamento do bem imóvel;
⚫ Ordenar a edificação ou o parcelamento compulsório;
⚫ Estabelecer o IPTU progressivo no tempo.
Desapropriação urbanística 
Na Constituição da República
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de
seus habitantes. [...]
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para
área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do
solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de
até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
da indenização e os juros legais.
DESAPROPRIAÇÃO RURAL
A desapropriação rural tem por fim transferir para o Poder
Público imóvel qualificado como rural, para fins de reforma
agrária, ou qualquer outro fim compatível com a política
agrícola e fundiária. (MA)
COMO SABER SE UM IMÓVEL É RURAL?
Direito Administrativo: critério do uso/destinação dada ao bem imóvel.
Direito Tributário: critério da localização do imóvel.
Desapropriação Rural (Sanção)
Na Constituição da República
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia
e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua
emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de
reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de
rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária,
assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária
no exercício.
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
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Desapropriação Rural 
Na Constituição da República
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma
agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde
que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade
produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a
sua função social.
DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA 
Ocorre a assim chamada “desapropriação por zona” (ou “desapropriação
extensiva”) quando o poder público expropria uma extensão de área
maior do que a estritamente necessária para a realização de uma obra
ou serviço, com a inclusão de áreas adjacentes que ficam reservadas para
uma dessas duas hipóteses:
a) ulterior continuação do desenvolvimento da obra ou do serviço – isto
é, desapropria-se uma área maior do que aquela que inicialmente será
efetivamente utilizada, de sorte que, depois, seja possível ampliar a
abrangência da atividade estatal (obra ou serviço); ou
b) para serem alienadas depois que, em decorrência da obra ou do
serviço, ocorrer a sua valorização.
Desapropriação por Zona
Decreto Lei nº 3.365/41 
Art. 4o A desapropriação poderá abranger a área contígua necessária ao
desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizarem
extraordinariamente, em consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a
declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, mencionando-se quais as
indispensáveis à continuação da obra e as que se destinam à revenda.
Parágrafo único. Quando a desapropriação destinar-se à urbanização ou à
reurbanização realizada mediante concessão ou parceria público-privada, o edital de
licitação poderá prever que a receita decorrente da revenda ou utilização imobiliária
integre projeto associado por conta e risco do concessionário, garantido ao poder
concedente no mínimo o ressarcimento dos desembolsos com indenizações, quando
estas ficarem sob sua responsabilidade.
DESAPROPRIAÇÃO CONFISCATÓRIA
A desapropriação confiscatória é aquela decorrente do
confisco de glebas de terras onde foram localizadas
culturas ilegais de plantas psicotrópicas e também qualquer
bem de valor econômico apreendido em decorrência do
tráfico ilícito de entorpecentes ou, ainda, onde houver
exploração de trabalho escravo.
Não existe qualquer indenização.
Desapropriação Confiscatória 
Na Constituição da República
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde
forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de
trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma
agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao
proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no
que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela EC nº 81/14)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de
trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação
específica, na forma da lei. (Redação dada pela EC nº 81/14)
Expropriação (Confisco)
Instituída pela CRFB;
Regulamentação: Lei nº 8.257/91 e Dec. nº 577/92;
Não há expedição de decreto expropriatório;
Competência privativa da União.
Sem indenização
Procedimento de Desapropriação 
(Regra Geral – DL 3.365/41)
Fase Declaratória: nesta fase se inicia a desapropriação, com a “[…]
“declaração expropriatória”, por meio da qual o Poder Público afirma a existência
de utilidade pública ou de interesse social na desapropriação de determinado
bem e expressa a sua intenção de ulteriormente transferir o respectivo domínio
para seu patrimônio, ou para o de outra entidade, sempre com a finalidade de
promover a satisfação do interesse público.” (MA)
Fase Executória: “Após a fase declaratória, em que é afirmada a intenção de
desapropriar o bem, por utilidade pública ou interesse social, o Poder Público
passa a agir efetivamente para ultimar a desapropriação, para completar a
transferência do bem para o expropriante e assegurar ao expropriado a devida
indenização. Essa é a fase executória da desapropriação.” (MA)
Procedimento de Desapropriação 
(Regra Geral – DL 3.365/41)
Desapropriação amigável: quando as partes chegam a um acordo, pela
via administrativa, o negócio jurídico será formalizado em escritura
pública ou por outro meio que a lei indique.
Desapropriação Judicial: Não havendo acordo, a discussão será pela
via judicial (Ação de Desapropriação) e somente será discutido o valor
ofertado, sendo vedado ao judiciário decidir sobre a declaração de
utilidade pública do imóvel (art. 9º do DL nº 3.365/41).
Imissão provisória na posse
Em regra: a imissão na posse deve se dar no momento em que
ocorre o ultimato do processo de desapropriação, com a
transferência jurídica do bem, após o pagamento da devida
indenização.
Porém, é possível a imediata imissão na posse quando declarada a
urgência e realizado o depósito prévio. (art.15 do DL 3.365/41)
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
Nome criado pela doutrina para aquelas desapropriações realizadas
irregularmente.
“É o fato administrativo por meio do qual o Estado se apropria do bem
do particular, sem qualquer observância dos requisitos da declaração e
da indenização prévia.” (MA)
Ex: áreas de propriedade particular utilizadas para alargamento de vias
públicas.
PRESCRIÇÃO: por se tratar de uma indenização, a jurisprudência tem
declinado para o prazo de 10 anos (do Código Civil) para que o particular
proponha a Ação por Desapropriação Indireta.
Tredestinação 
Ocorre quando o Poder Público expropriante dá ao bem desapropriado
uma destinação diferente daquela que esta prevista no decreto
expropriatório. (MA)
Tredestinação lícita: quando é mantida a finalidade de interesse público, mesmo que
diversa da destinação prevista no decreto.
Exemplo: o decreto expropriatório declarava a área de interesse público com a finalidade
de construir um escola e no lugar foi construído um hospital.
Tredestinação ilícita: quando a destinação do bem expropriado não atende ao interesse
público.
Exemplo: o decreto expropriatório declarava a área de interesse público com a finalidade
de construir um escola, mas o imóvel foi cedido para um particular explorar a área.
Retrocessão 
Art. 519 ( do CC). Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para
que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços
públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço
atual da coisa.
O expropriante tem a obrigação de oferecer ao expropriado (ex-
proprietário) o bem, pelo valor atual, a fim de que ele possa exercer o
direito de preferência.
Destaca-se que não caberá a retrocessão no caso de tredistinação
lícita, a retrocessão somente caberá decorrente de tredestinação
ilicíta.

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