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MANUAL de Redação e Gramática docx

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1
MANUAL de 
Redação e Gramática
para o Enem
 
SILAS VENTURA
1
No mundo da escrita, não importa quem você 
é, muito menos o que você dita. Daqui pra 
frente, somos todos construtores!
Silas Ventura de Castro
Graduando em Letras 
26/07/2018
1
SUMÁRIO
DICAS ESSENCIAIS PARA COMEÇAR A ESCREVER..............................................................................
TIPOS DE TEXTO............................................................................................................................................
CAPACIDADES PARA A ELABRAÇÃO DE UM TEXTO..........................................................................
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO TEXTO......................................................................................................
ESTÉTICA DA REDAÇÃO...........................................................................................................................
EMPREGO CORRETO DE ALGUMAS PALAVRAS..................................................................................
EMPREGO DA SEMÂNTICA......................................................................................................................
EMPREGO DA PONTUAÇÃO.....................................................................................................................
EMPREGO DA CRASE.................................................................................................................................
TIPOS DE INTRODUÇÃO.............................................................................................................................
TIPOS DE DESENVOLVIMENTO................................................................................................................
TIPOS DE CONCLUSÃO...............................................................................................................................
1
DICAS ESSENCIAIS PARA COMEÇAR ESCREVER
✓ Leia !
A leitura tem o papel fundamental na hora de escrever uma dissertação. Sua principal função será produzir na 
mente do estudante um vocabulário vasto e evitando assim um grave erro de redação, que o chamamos de 
“pobreza de vocabulário”. Este erro, por sua vez, provoca outro ainda pior: Repetição de palavras. Além 
disso, a leitura o auxiliará na hora de escrever as palavras de forma correta. Evitando os erros de escrita, 
assim como acentuação, pontuação e emprego de letras.
✓ Desenvolva o seu senso crítico
Há aquelas pessoas que não se preocupam em exercitar o seu senso crítico, isto pode ser um grande problema 
na hora de escrever. Pois o texto para o qual irá discorrer necessitará de pelo menos mais de um ponto de 
vista em relação ao assunto abordado. Então tome cuidado, se você é daqueles que “não está nem aí para o 
que acontece no mundo ou na sociedade”. Geralmente, pessoas assim, não tem opinião formada. Portanto, é 
necessário que além da leitura o autor do texto procure analisar o assunto com mais aprofundamento, sempre 
observando-o de forma imparcial .
✓ Desperte a sua curiosidade
Um das formas de ajudar a redigir um texto é despertando a curiosidade sobre o assunto. O aluno poderá fazer 
isso elaborando perguntas como: 
- Qual é a origem de tal acontecimento ? 
- Ou como se deu tal fato? 
- Ou porque de existe determinada coisa? 
- Qual a importância de determinado fator para a sociedade? 
- O que isto representa na atualidade? 
- O que isto representava no passado? 
- Qual era a relevância que possuía? 
- Quais são os pontos positivos e negativos? 
- Quais são as possíveis soluções para tal problema? 
Entre outras perguntas. Dessa forma, formará várias pontes para as possíveis respostas sobre o mesmo 
assunto, e terá bastante conteúdo para desenvolver o seu texto.
✓ Elabore um roteiro
O roteiro é um rascunho propriamente dito que o estudante o faz antes de escrever a redação. Em outras 
palavras, é um caminho pelo qual ele irá trilhar no momento da escrita. Os itens básicos que devem conter 
num roteiro são: Tese( o pensamento base do qual será elaborado o desenvolvimento), que deve está contida 
na introdução; os argumentos que serão abordados no desenvolvimento e as soluções que deverão constar na 
conclusão.
Segundo Arlete Salvador, autora da obra Como escrever para o enem da editora contexto, de 2014, enfatiza 
quais são os itens que devem conter num roteiro:
1
● O assunto geral da dissertação.
● O tema específico sobre o qual vai escrever.
● Sua opinião (tese) sobre o tema.
● Os argumentos para justificar a tese.
● As propostas de intervenção social.
● Ideias para a conclusão.
✓ Faça ! Mas principalmente, REFAÇA !
Note que a ênfase maior dessa frase está na última palavra, que deriva do verbo REFAZER. Pois bem, um 
dos segredo para o sucesso dos maiores escritores que já existiram, como Drummond, estava ligado ao 
processo de fazer, desfazer e refazer seus textos. Enquanto pensamos que esses escritores simplesmente 
tinham uma ideia e a lançavam no papel; muitas vezes passavam dias a finco, agarrados com apenas um texto, 
até encontrar o que eles entendiam por perfeição. Para isso escreveu Olavo Bilac, poeta parnasiano:
 “Longe do estéril turbilhão da rua, 
Beneditino, escreve! No aconchego 
Do claustro, na paciência e no sossego, 
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! 
[...]”
Lembre-se da frase citada acima, no início deste material: ...Daqui pra frente somos todos construtores. Neste 
caso, comparei o trabalho da construção de um texto ao de uma construção civil. Onde, muitas vezes, o 
construtor impregna esforço e dedicação para que a construção seja bem sucedida. No nosso caso, será 
necessário que o aluno após construir seu texto, leia-o e releia-o repetidas vezes. Esse processo de releitura o 
fará identificar os possíveis erros. Depois disso, refaça-o!
...Para ler mais...
A um Poeta
Longe do estéril turbilhão da rua, 
Beneditino, escreve! No aconchego 
Do claustro, na paciência e no sossego, 
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! 
Mas que na forma de disfarce o emprego 
Do esforço; e a trama viva se construa 
De tal modo, que a imagem fique nua, 
Rica mas sóbria, como um templo grego. 
Não se mostre na fábrica o suplício 
Do mestre. E, natural, o efeito agrade, 
Sem lembrar os andaimes do edifício: 
Porque a Beleza, gêmea da Verdade, 
Arte pura, inimiga do artifício, 
É a força e a graça na simplicidade.
1
FONTE: Olavo Bilac
TIPOS DE TEXTO
Para exercício da escrita, o estudante precisa primeiro saber a diferença entre os tipos de texto existentes. 
Segundo o renomado escritor Evanildo Bechara, os três tipos de textos mais utilizados são: DESCRITIVO, 
NARRATIVO E DISSERTATIVO, sendo que este último divide-se em: dissertativo-expositivo e 
dissertativo-argumentativo. Os quais veremos a seguir:
✓ Texto Descritivo
Segundo Bechara, “ a descrição assemelha-se ao retrato. Num retrato observam-se detalhes. Numa 
descrição, é preciso que o autor chame a atenção para determinadas características do ser.
A descrição procura transmitir ao leitor a imagem que se tem de um ser mediante a percepção dos cinco 
sentidos: tato, gustação, olfato, visão e audição.
Exemplo: 
“Eram sapatos de homem, de bico fino, sem cadarço, de couro marrom. Ainda novos. Porém recobertos 
de uma poeira fina, parecendo açúcar de confeiteiro”.
(Heloisa Seixas, revista de Domingo, Jornal do Brasil, 21/10/2001)”.
✓ Texto narrativo
Já no texto narrativo, o Ilustre professor afirma: “ a narração é a forma de composição que consiste no relato 
de um fato real ou imaginário. É coo se acabássemos de assistir a um filme e contássemos a história sem 
colocar a nossa opinião.
O texto narrativo compõe-se de exposição, enredo e desfecho; os elementos centrais são as personagens, as 
ações e as ideias. 
Exemplo:
Há coisas que só acontecem nos Estados Unidos. A Federal Aviation Association, FAA, investiga como um 
poro – isso mesmo, um porco – de 135 kg conseguiu embarcar na primeira classe de um Boeing 757. E mais, 
nele viajou por seishoras. Segundo os relatos, o animal foi embarcado no dia 17 de outubro no voo 107 sem 
escalas da companhia US Airways que saiu da Filadélfia para Seatle”. (Jornal do Brasil, 1/11/2000)”.
✓ Texto dissertativo
Ainda segundo Evanildo Bechara, “a dissertação é a forma de composição que consiste na posição pessoal 
sobre determinado assunto.
Quanto a formulação dos textos, o discurso dissertativo pode ser:
a) Expositivo: Consiste numa apresentação, explicação, sem o propósito de convencer o leitor. Não há 
intenção expressa de criar debate, pela contestação de posições contrárias às nossas.
Exemplo: 
“Eu, se tivesse um filho, não me meteria a chefiá-lo como se ele fosse um soldado de chumbo. Teria que 
lhe dar uma certa autonomia, para que pudesse livremente escolher seu clube de futebol, procurar os seus 
livros, opinar à mesa, sem que esta aparência de liberdade fosse além dos limites. Não queria que 
1
parecesse um ditador, nem tampouco um escravo. Os meninos mandões e os meninos passivos são duas 
deformações desagradáveis”. ( Edições O cruzeiro – O Vulcão e a Fonte)
b) Argumentativo: consiste numa opinião que tenta convencer o leitor de que a razão está do lado de 
quem escreveu o texto. Para isso, lança-se mão de um raciocínio lógico, coerente, baseado na 
evidência de provas. (ESTE É O UTILIZADO PELA REDAÇÃO DO ENEM)
Exemplo:
“Em geral as pessoas morrem por volta dos trinta anos e são sepultadas por volta dos setenta. Leva 
quarenta anos para os outros perceberem que aquela pessoa está morta. Lembre-se: a vida é sempre uma 
incerteza. Somente o que é morto é certo, fixo, sólido.” 
(Revista Motivação e Sucesso, Empresa ANTHROPOS Consulting)”.
 ...A DICA É...
RESUMO
LEITURA= FORMAÇÃO DA CAPACIDADE MORFOSINTÁTICA (estrutura textual)
DISCUSSÃO = CAPACIDADE CRÍTICA
CURIOSIDADE= CAPACIDADE DE ARGUMENTAÇÃO POR MEIO DA ELABORAÇÃO DE 
PERGUNTAS E PESQUISAS
CAPACIDADES PARA A ELABORAÇÃO DE UM TEXTO
a) CAPACIDADE CRÍTICA
- Deve ser a primeira capacidade. Deve vir antes das demais.
- Destruir a “concepção do piolho”. Ou seja, aquele que vai na cabeça dos outros.
- Formação da opinião própria
Para melhor entendimento do tópico, sugiro que você leia o texto abaixo:
b) CAPACIDADE DE ARGUMENTAÇÃO
A lógica é: eu só vou ter argumentos para comentar o assunto se eu tiver conhecimento sobre 
ele. Para tanto, o aluno deve estar atento aos seguintes pontos:
- Como fazer uma pesquisa?
- Quais perguntas devo fazer?
- Como extrair a o assunto essencial de um texto motivador?
Observe o seguinte texto, que dá algumas orientações básicas de como fazer uma pesquisa:
c) CAPACIDADE MORFOSSINTÁTICA (estrutura textual)= O termo morfossintaxe abrange, 
basicamente, as duas partes da compreensão de uma gramática( podendo existir elementos de outras 
partes também); ou seja, morfologia e sintaxe. A morfologia diz respeito à estruturação e 
classificação das palavras, enquanto a sintaxe está ligada a função que essas palavras exercem nas 
orações. Podemos classificar este tipo de capacidade nas seguintes subdivisões:
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO TEXTO
1
a) Coerência Textual
A coerência textual pode ser basicamente definida como um princípio de não contradição e 
de entendimento, pois se refere às ideias lógicas que dão sentido ao texto.
Se alguém disser: “Fui ao cinema porque não gosto de filmes”, facilmente se percebe que não há coerência, 
isto é, não há sentido: se a pessoa não gosta de filmes, não faz sentido ir ao cinema!
Quando um texto está sem sentido, diz-se que é incoerente. Portanto, a coerência textual está relacionada ao 
sentido das ideias do texto, explicitada por relações lógicas e não contraditórias.
A coerência é um dos princípios de interpretabilidade, isto é, o texto é coerente para as pessoas que 
conseguem interpretá-lo, atribuir sentido a ele. Por isso, para estabelecer a coerência, isto é, para que o texto 
tenha sentido, são necessários alguns fatores, tais como:
● conhecimento de mundo;
● conhecimento da língua;
● reconhecimento da intencionalidade do texto (intenção);
● conhecimento de fatores de contextualização;
● reconhecimento da intertextualidade, entre outros.
Para a interpretação e compreensão de textos literários, isto é, para a atribuição de coerência a gêneros como 
poesia, música, pintura, entre outros, o conhecimento de mundo é um dos principais fatores.
Inúmeros textos só podem ser compreendidos se o leitor possuir conhecimento prévio sobre o assunto. Como 
exemplo, pode ser citada a música “Rosa de Hiroshima”, escrita por Vinícius de Moraes e Gerson Conrad. De 
maneira poética, os compositores induzem a refletir sobre as vítimas do ataque nuclear a Hiroshima.
Se o leitor não tiver conhecimento prévio sobre os fatos históricos da Segunda Guerra Mundial, em que as 
cidades de Hiroshima e Nagasaki foram bombardeadas com a tão temível bomba atômica, dificilmente 
atribuirá coerência à música.
No texto, os autores não fazem referência direta a esse fato histórico e retratam a bomba de forma poética, 
como, por exemplo, “a anti-rosa atômica”, “rosa estúpida”.
Assim, se não tiver conhecimento sobre este triste episódio, o leitor não atribuirá coerência à poesia, que diz 
ainda.
Elementos de coerência textual
Além dos fatores já vistos, necessários para conferir sentido ao texto, existem outros elementos de coerência, 
tais como a intencionalidade e a intertextualidade.
Intertextualidade
A intertextualidade é um dos mais importantes elementos de coerência textual, pois é muito usada em textos 
literários, anúncios publicitários, charges, obras de arte, entre outros gêneros textuais. Se o leitor não 
reconhecê-la, pode não atribuir coerência ao texto.
A intertextualidade é muito importante para o estabelecimento da coerência. Ela ocorre quando um texto faz 
referência direta ou indireta a outro texto que já existe.
Os dois tipos básicos de intertextualidade são a paráfrase e a paródia.
Na paráfrase, o autor retoma a mesma ideia do texto original, porém com palavras diferentes. Na paródia, a 
forma e a estrutura do texto podem ser semelhantes às do original, mas o conteúdo é diferente.
A paródia questiona o conteúdo do texto original e a paráfrase mantém o conteúdo do “texto base”, 
mudando apenas sua estrutura e forma.
Intencionalidade
Reconhecer a intencionalidade discursiva de um texto significa entender as intenções comunicativas do 
outro. Muitas vezes, a intenção é justamente expressar o oposto do que está escrito.
A palavra discursiva refere-se à língua na prática.
Leia a tira de Hagar, de Chris Browne.
1
A fala de Helga: “pão e água ou ir jantar fora” não significa exatamente que o casal tenha essas opções para o 
jantar, pois “pão e água” não é uma refeição muito apetitosa. Na verdade, sua intenção era dizer que não tinha 
nada para jantar.
Da mesma forma, a fala de Hagar não significa exatamente o que ele disse, pois, na realidade, não havia 
escolha, portanto ele foi irônico.
Assim, reconhecer a intencionalidade discursiva é uma habilidade fundamental de leitura, pois auxilia o 
leitor a compreender o texto.
b) Coesão Textual
Em um texto, cada enunciado se relaciona com os demais enunciados para compor um sentido global. Essas 
relações dotam o texto de coesão e podem ser gramaticais, léxicas e semânticas.
Relações entre enunciados
No interior de um texto, há três tipos de relação entre os enunciados: gramaticais, léxicas e semânticas. Essas 
relações não só tornam o texto coeso, como também promovem coerência, correção e variedade, criando a 
trama linguística sobre a qual repousam as ideias.
Algumas das relações gramaticais entre os enunciados de um texto podem manifestar-se por meio de 
fenômenos concretos: a elipse e a dêixis.
 
A elipse:
Denomina-se elipse a supressão de um elemento léxico que não altera o sentido do enunciado. Os elementos 
léxicos omitidos podem ser palavras, sintagmas ou orações.
No geral, a elipse é deduzida a partir de uma informação precedente, que indica a omissãode algo. O que é 
suprimido – o conteúdo da elipse – nem sempre é importante. A elipse costuma ocorrer em duas 
circunstâncias:
● Quando um elemento léxico já apareceu antes, no texto, e é facilmente identificável. É o caso, por 
exemplo, da omissão do sujeito em uma oração, quando as orações anteriores tinham o mesmo 
sujeito. Exemplo:
A professora chega à escola, deixa a bolsa na sala dos professores e entra na classe.
1
● Quando o elemento léxico pode ser facilmente deduzido pelo contexto. Exemplo:
Já sabem como fazer, lentamente e em voz bem alta.
Nesse exemplo, extraído de um texto que reflete o âmbito escolar, foi omitida a forma verbal leiam, que pode 
ser deduzida pelo contexto (antes o professor havia dito: Bem, e agora vamos começar a leitura de um 
poema).
Também é prática corrente suprimir acontecimentos importantes no desenvolvimento de uma história. 
Nos textos literários, encontram-se com frequência saltos no tempo com os quais o autor corta o 
desenvolvimento da ação, para retomá-la depois, deixando não dito o que aconteceu no intervalo. Esse tipo de 
supressão pode ocorrer por diversos motivos: o fato suprimido pode ser doloroso, difícil de abordar ou 
simplesmente se deseja apresentar a informação de forma enigmática e misteriosa. Exemplo:
Quando Maria voltou para Fortaleza, um ano depois, tudo havia mudado.
A dêixis
Dêixis é a função representada por certos elementos linguísticos que consiste em indicar ou fazer referência 
a algo presente na situação de comunicação ou no enunciado.
Em todas as línguas existem formas que servem para fazer referência aos diferentes elementos que aparecem 
numa situação de comunicação. Em português, por exemplo, isso ocorre por meio de elementos denominados 
dêiticos, que podem ser pronomes pessoais, demonstrativos ou possessivos, além de advérbios de lugar e 
de tempo.
Os dêiticos são usados com muita frequência, tanto no discurso oral como no escrito; eles aparecem em mais 
de 90% das orações de qualquer língua. Existem diversos tipos de dêixis, dependendo do termo a que se 
referem. Pode-se encontrar dêixis social, quando a expressão designa um falante durante uma conversação, 
pessoal, de lugar e de tempo.
A dêixis funciona por meio de dois mecanismos distintos, a anáfora e a catáfora, ambos utilizados, no 
discurso, para fazer referência a algum elemento presente no próprio discurso.
● Denomina-se anáfora ao fenômeno pelo qual uma palavra remete a um elemento anterior do 
discurso, ao qual ela representa. Exemplo:
Temos um novo companheiro. E uma grande alegria para todos. Vamos recebê-lo com uma salva de palmas.
As palavras anafóricas são unidades gramaticais sem significado próprio. Seu significado é dado, 
precisamente, pelo elemento léxico a que fazem referência. Assim, no exemplo anterior, o pronome lo remete 
a um novo companheiro. As palavras que com maior frequência funcionam como termos anafóricos são 
os pronomes pessoais, alguns demonstrativos e possessivos, os relativos e os advérbios, que têm um valor 
referencial (aqui, ali, então, entre outros).
● A catáfora é o fenômeno que consiste em antecipar uma parte do discurso ainda não expressa.
Ele disse o seguinte: que renunciaria.
Relações léxico-semânticas entre enunciados
É possível identificar nos textos várias classes de palavras essenciais para expressar um significado. Assim, 
por exemplo, os substantivos expressam realidades concretas ou ideias abstratas, e os adjetivos explicam as 
características, estados e qualidades dos seres nomeados pelos substantivos que acompanham.
Para que os textos cumpram os requisitos de adequação, coerência, coesão e correção, devem conter um 
vocabulário rico, variado, adequado, preciso e próprio. Do ponto de vista do significado, as palavras que 
compõem os enunciados se relacionam de diversas maneiras: podem ser substituídas, com a finalidade de dar 
maior variedade à expressão de um mesmo conceito, e podem ser repetidas, para dotar o texto de unidade.
A substituição
As relações léxico-semânticas entre enunciados de um texto se manifestam especialmente mediante o 
fenômeno da substituição de um elemento léxico por outro equivalente. Essa substituição se produz, 
sobretudo, em duas circunstâncias:
1
● Quando, entre os dois elementos léxicos – o que substitui e o substituído –, existe uma relação 
de contiguidade (como a que se dá entre o todo e suas partes) ou de semelhança. Exemplo:
A criança parecia um coelhinho assustado. O coelhinho nos olhava com desconfiança.
A substituição decorrente da contiguidade ou semelhança é o principal mecanismo de criação das metáforas.
● Quando, entre os elementos léxicos – o que substitui e o substituído –, há uma relação de 
siginificado(como sinonímia, antonímia e hiperonímia). Exemplo:
Vesti seu suéter. Era um agasalho bem grande
A recorrência léxica
A recorrência léxica consiste na repetição de uma mesma palavra em diferentes enunciados de um texto. 
Constitui um dos elementos fundamentais para que seja cumprido o requisito da coesão textual. Exemplo:
Inês comprara um vestido para a festa. Estava convencida de que seria o vestido mais bonito de todos.
A recorrência léxica pode ser entendida também como uma figura retórica.
A recorrência semântica
Em um texto, aparecem reiteradamente elementos de coesão semântica, relacionados com o significado das 
palavras que o compõem. Há quatro classes para as relações de significado entre termos: sinonímia, 
antonímia, hiperonímia e hiponímia.
Sinonimia
Dois termos são sinônimos quando, em determinado contexto, são intercambiáveis sem que haja variação no 
significado do enunciado. Exemplo:
Augusto iniciou/começou a leitura do poema.
Alguns sinônimos são intercambiáveis em todos os contextos e, portanto, têm exatamente o mesmo 
significado. Porém o normal é que dois termos sinônimos tenham algumas acepções comuns e outras 
diferentes e, por isso, não sejam equivalentes em todos os contextos. A palavra mestre, por exemplo, pode 
substituir professor na frase “O mestre escreveu na lousa” (O professor escreveu na lousa), porém não em 
“Portinari foi um mestre dos pincéis” (Portinari foi um professor dos pincéis). Assim, a sinonímia consiste na 
identidade total ou parcial do significado das palavras.
Ao longo de um texto, é muito frequente que uma palavra seja substituída por um sinônimo ou por uma 
expressão sinônima. Exemplo:
Ouvi as risadas dos outros rapazes. Suas gargalhadas soaram em meus ouvidos como chicotadas.
Antonímia
Antonímia é a relação que se estabelece entre palavras do texto que têm significados opostos, Exemplo:
Pedro tinha boas recordações da viagem de formatura. Marta, no entanto, tinha péssimas.
Hiperonímia e hiponímia
Diz-se que um vocábulo A é hiperônimo de outro vocábulo B quando A designa o gênero e a classe a que 
pertence B. Por exemplo, flor é hiperônimo de rosa, e móvel é hiperônimo de mesa. E, inversamente, pode-se 
dizer que um vocábulo A é hipônimo de outro vocábulo B quando A designa um tipo de B. Assim,rosa, 
margarida e tulipa são hipônimos de for da mesma forma, mesa, armário e estante são hipônimos de móvel.
 
1
A substituição de uma palavra por seu hiperônimo ou por seu hipônimo é um mecanismo frequente 
para evitar repetições e contribuir para criar a coerência e a coesão que devem existir entre os 
elementos de um texto.
A organização informativa de um texto
Outro fator linguístico que contribui para a coesão textual é a organização informativa dos elementos do 
enunciado. Os componentes dos enunciados podem ser conhecidos (tema) ou desconhecidos (rema) para o 
receptor. O emissor do texto é que vai determinar como administrar a informação, segundo a finalidade de seu 
discurso e de acordo com o contexto.
Entende-se por tema aquilo de que trata a mensagem ou a informação que se considera conhecida pelos 
interlocutores. O rema, por sua vez, é a informação que se acrescenta ao tema ou o que se apresenta 
como informação nova.
Por exemplo,no enunciado a seguir:
Enquanto em enunciados como:
ESTÉTICA DA REDAÇÃO
A parte estética da redação está relacionada à organização visual que o seu texto deve conter, essa 
organização abrange:
- Caligrafia legível:
Evitar letras muito pequenas;
Evitar letras muito grandes (O tamanho considerado ideal das palavras na linha é o que fica na metade 
do espaço);
Evitar espaços pequenos entre as palavras (deixam as palavras muito agarradas);
Acentos fora das letras;
Acentos grafados de forma incorreta (ex: tio e c-cedilha)
- Espaço antes do parágrafo(igual em todos os parágrafos)
O tamanho desse espaço varia entre 2 e 3 centímetros (cuidado pra não exagerar e começar o texto na 
metade da linha).
- Texto não rasurado
Caso o aluno chegue a errar alguma palavra, o indicado a se fazer é: Risque de forma discreta uma 
linha no meio da palavra errada e em seguida reescreva-a corretamente.
Ex: poblema problema
O não indicado a se fazer: 
Usar corretivo;
Fazer garrancho grande ao redor da palavra;
Circular ou sublinhar a palavra;
1
- Quantidade igual ou aproximada de linhas em todos os parágrafos:
Sendo o máximo de linhas exigido – 30,
O aluno deverá tentar escrever ou 5 parágrafos de 6 linhas
Ou 6 parágrafos de 5 linhas
 ...A DICA É...
REGRA Nº 1: SE FOR ERRAR, ERRE NO RASCUNHO. É PRA 
ISSO QUE ELE SERVE.
REGRA Nº2: PASSE A LIMPO COM CALMA E ATENÇÃO 
PARA A FOLHA DE REDAÇÃO.
EMPREGO CORRETO DE ALGUMAS PALAVRAS
Demonstraremos aqui o emprego correto de algumas palavras:
✓ MAIS = Quantidade MAS = Contrariedade MÁS = Maldade
Ex: Coloque mais suco para mim.
Ex: Queria suco de acerola, mas só tem de limão.
Ex: Aqueles pessoas eram más.
✓ BOM( adjetivo/característica) contrário de MAU 
BEM (advérbio/estado) contrário de MAL
Ex: Você é um bom/mau rapaz.
Ex: João está bem/ mal de saúde
✓ ONDE = lugar AONDE = locomoção (uso do verbo IR)
Ex: Onde você estava?
Ex: Aonde quer que eu vá, você também irá.
✓ AFIM/ A FIM
1 - "Afim" é um adjetivo e significa igual, semelhante, parecido.
Suas ideias são afins.
Possuem temperamentos afins; por isso se relacionam tão bem.
2 - "A fim" faz parte da locução "a fim de", que significa para, com o propósito, com o intuito e indica 
finalidade:
Fez tudo aquilo a fim de nos convencer de sua inocência.
Apresentou-nos todas as propostas de pagamento a fim de vender os produtos
✓ AO INVÉS DE/ EM VEZ DE
1 - "Em vez de" indica substituição, troca. Por exemplo:
Em vez de estudar, ficou brincando com os amigos.
1
Em vez de ir ao cinema, fui ao teatro.
2 - "Ao invés de" indica algo inverso, contrário. Essa expressão supõe uma "oposição". Por exemplo:
Ao invés de ligar os fios na tomada, desligou-os.
Descemos, ao invés de subir.
✓ AGENTE = função/cargo/profissão A GENTE = (substantivo indicado por um artigo = pronome 
pessoal nós, SEMPRE empregado no SINGULAR)
Ex: Os agentes de endemias estão por todo o lugar, combatendo os focos do mosquito aedes aegypt. 
A gente(nós) também deve fazer a nossa parte.
✓ USO DOS PORQUÊS
Por que (SEPARADO E SEM ACENTO)
É a junção da preposição por com o pronome interrogativo que. Esta forma é utilizada em dois casos:
se, depois de seu emprego, houver um questionamento sobre a razão ou motivo de um determinado 
acontecimento;
se pudermos substituir pela expressão pelo(a) qual e variações. Exemplos:
A vitória por que lutei está próxima.
A vitória pela qual lutei está próxima.
Por que (motivo/razão) você não foi ao shopping?
Por qual (motivo/razão) você não foi ao shopping.
Observe que, em caso do questionamento sobre o motivo ou razão, estes ficam subentendidos na 
frase.
Por quê (SEPARADO E COM ACENTO)
Essa forma é empregada somente no final da frase, com uso obrigatório do acento em quê. 
Exemplos:
Ela me chamou, mas não sei por quê.
Correr atrás do ônibus por quê?
Porque (JUNTO E SEM ACENTO)
Essa forma pode ser uma das conjunções subordinativas causais, subordinativas finais ou uma das 
conjunções coordenativas explicativas. Empregamos tal forma em frases afirmativas e respostas 
explicativas, que indiquem não só explicação, mas também causa ou finalidade. Podemos substituir a 
forma por pois ou como.
Faltei à aula porque estava doente.
Faltei à aula, pois estava doente.
Porque era pequeno, os colegas não chamavam para brincar.
Como era pequeno, os colegas não chamavam para brincar.
Porquê (JUNTO E COM ACENTO)
Forma empregada com o sentido de razão ou motivo. É sempre precedido por artigo ou pronome e 
também pode variar entre singular e plural, sendo, portanto, um substantivo. Exemplo:
1
Diga-me o porquê (o motivo) de você não querer ir ao médico.
✓ VIAGEM = substantivo VIAJAR = verbo
✓ MENOS E MENAS
MENAS NÃO EXISTE
Ex: Havia menos pessoas no trem.
Ex: Dessa vez falarei menos palavras.
✓ VAREIA OU VARIA
O correto é varia
Ex: A pena varia de um crime para outro.
✓ ESSE/ ESTE - ISSO/ISTO – DISSO/DISTO
Esse/isso e disso: designam palavras que já foram citados anteriormente.
Este/isto e disto: designam palavras que vão ser citadas em seguida.
✓ EMPREGO DA LETRA A:
A pode ser preposição:
Ex: Eu obedeço aos meus pais
A pode ser artigo definido:
Ex: A casa é azul.
A + H pode ser interjeição:
Ex: Ah! Quem me dera estar numa praia agora!
H + Á pode ser verbo HAVER/EXISTIR(tempo)
Ex: Há mais de 10 anos que não vejo meus pais.
✓ EMPREGO DE MIM e EU
Não se usa mim: ANTES DE VERBO NO INFINITIVO( AR,ER,IR)
Ex: Dê-me um copo de água para mim beber = ERRADO
Ex: Dê-me um copo de água para eu beber = CORRETO
...Para ler mais...
Timtim
Durante alguns anos, o tintim me intrigou. Tintim por tintim: o que queria dizer aquilo? 
Imaginei que fosse alguma misteriosa medida de outros tempos que sobrevivera ao sistema 
métrico, como a braça, a légua, etc. Outro mistério era o triz. Qual a exata definição de um 
triz? É uma subdivisão de tempo ou de espaço. As coisas deixam de acontecer por um triz, 
por uma fração de segundo ou de milímetro. Mas que fração? O triz talvez correspondesse a 
meio tintim, ou o tintim a um décimo de triz. Tanto o tintim quanto o triz pertenceriam ao 
obscuro mundo das microcoisas. Há quem diga que não existe uma fração mínima de matéria, 
que tudo pode ser dividido e subdividido. Assim como existe o infinito para fora - isto e, o 
espaço sem fim, depois que o Universo acaba - existiria o infinito para dentro. A menor 
1
fração da menor partícula do último átomo ainda seria formada por dois trizes, e cada triz por 
dois tintins, e cada tintim por dois trizes, e assim por diante, até a loucura.
Descobri, finalmente, o que significa tintim. É verdade que, se tivesse me dado o trabalho de 
olhar no dicionário mais cedo, minha ignorância não teria durado tanto. Mas o óbvio, às 
vezes, e a última coisa que nos ocorre. Está no Aurelião. Tintim, vocábulo onomatopaico que 
evoca o tinido das moedas. Originalmente, portanto, "tintim por tintim" indicava um 
pagamento feito minuciosamente, moeda por moeda. Isso no tempo em que as moedas, no 
Brasil, tiniam, ao contrário de hoje, quando são feitas de papelão e se chocam sem ruído. 
Numa investigação feita hoje da corrupção no país tintim por tintim ficaríamos tinindo sem 
parar e chegaríamos a uma nova concepção de infinito.
Tintim por tintim. A menina muito dada namoraria sim-sim por sim-sim. O gordo incontrolável 
progrediria pela vida quindim por quindim. O telespectador habitual viveria plim-plim por plim-plim. 
E você e eu vamos ganhando nosso salário tin por tin (olha aí, a inflação já levou dois rins). Resolvido 
o mistério do tintim, que não é uma subdivisão nem de tempo nem de espaço nem de matéria, resta o 
triz. O Aurelião não nos ajuda. "Triz", diz ele, significa por pouco. Sim, mas que pouco? Queremos 
algarismos, vírgulas, zeros, definições para "triz". Substantivo feminino. Popular. "Icterícia." Triz 
quer dizer icterícia. Ou teremos que mudar todas as nossas teorias sobre o Universo ou teremos que 
mudar de assunto. Acho melhor mudar de assunto. O Universo já tem problemas demais.
Fonte: Luiz Fernando Veríssimo
EMPREGO DA SEMÂNTICA
Significaçãodas Palavras
Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:
● SINÔNIMOS
As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Exemplos:
casa - lar - moradia - residência
longe - distante
delicioso - saboroso
carro - automóvel
Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente 
encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra.
Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e lar sejam 
sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase:
Comprei um novo lar.
Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de 
elementos que inter-relacionam as partes dos textos.
● ANTÔNIMOS
São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos:
mal / bem
ausência / presença
1
fraco / forte
claro / escuro
subir / descer
cheio / vazio
possível / impossível
Polissemia
Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos 
múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas:
cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca)
banco (instituição comercial financeira, assento)
manga (parte da roupa, fruta)
● HOMÔNIMOS
São palavras que possuem a MESMA PRONÚNCIA (algumas vezes, a mesma grafia), mas 
SIGNIFICADOS DIFERENTES. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:
cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente) séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)
cerrar (fechar) serrar (cortar)
cervo (veado) servo (criado)
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento) xeque (lance no jogo de xadrez)
círio (vela) sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar) sito (situado)
concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)
concerto (sessão musical) conserto (reparo)
coser (costurar) cozer (cozinhar)
esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em público)
espectador (aquele que assiste) expectador (aquele que tem esperança, que espera)
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)
1
● HOMÔNIMOS PERFEITOS
Possuem a MESMA GRAFIA e o MESMO SOM.
Por Exemplo:
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)
Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo)
Atenção:
Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre 
diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos.Observe os 
exemplos:
almoço (substantivo, nome da refeição)
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
gosto (substantivo)
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
● PARÔNIMOS
É a relação que se estabelece entre palavras que possuem SIGNIFICADOS DIFERENTES, mas são muito 
PARECIDAS NA PRONÚNCIA E NA ESCRITA. Veja alguns exemplos no quadro abaixo.
absolver (perdoar, inocentar) absorver (aspirar, sorver)
apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam mantimentos) dispensa (ato de dispensar)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) pião (tipo de brinquedo)
1
...Para ler mais...
CRÔNICA ENGRAÇADA
Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa 
bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
 
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, “em algum lugar 
que eu não tenha ido há muito tempo!” ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas…Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então, 
ela disse: “nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar”. Daí, comprei pra ela 
uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos 
divórcios começam com o casamento.
 
Eu me casei com a “senhora certa”. Só não sabia que o primeiro nome dela era “sempre”.
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: “O que tem na TV?”
 E eu disse: “Poeira”.
Fonte: Luíz Fernando Veríssimo
EMPREGO DA PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam 
reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as 
pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:
1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura;
2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas;
3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade.
Veja a seguir os sinais de pontuação mais comuns, responsáveis por dar à escrita maior clareza e 
simplicidade.
● VÍRGULA ( , )
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período. 
Geralmente é usada:
- Nas datas, para separar o nome da localidade.
Por Exemplo:
São Paulo, 25 de agosto de 2005.
1
- Após os advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase.
Por Exemplo:
– Você gostou do vestido?
– Sim, eu adorei!
– Pretende usá-lo hoje?
– Não, no final de semana.
- Após a saudação em correspondência (social e comercial).
Exemplos:
Com muito amor,
Respeitosamente,
- Para separar termos de uma mesma função sintática.
Por Exemplo:
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.
Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo.
- Para destacar elementos intercalados, como:
a) uma conjunção
Por Exemplo:
Estudamos bastante, logo, merecemos férias!
b) um adjunto adverbial
Por Exemplo:
Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.
Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução adverbial, principalmente 
quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o exija.
c) um vocativo
Por Exemplo:
Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.
d) um aposto
Por Exemplo:
Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.
e) Uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.)
Por Exemplo:
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípioem Deus.
- Para separar termos deslocados de sua posição normal na frase.
Por Exemplo:
O documento de identidade, você trouxe?
- Para separar elementos paralelos de um provérbio.
Por Exemplo:
Tal pai, tal filho.
- Para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo.
Por Exemplo:
As flores, eu as recebi hoje.
- Para indicar a elipse de um termo.
Por Exemplo:
Daniel ficou alegre; eu, triste.
- Para isolar elementos repetidos.
Exemplos:
A casa, a casa está destruída.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
- Para separar orações intercaladas.
Por Exemplo:
O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola.
- Para separar orações coordenadas assindéticas.
1
Por Exemplo:
O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém.
- Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações 
alternativas.
Exemplos:
Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio.
Vá devagar, que o caminho é perigoso.
Estuda muito, pois será recompensado.
As pessoas ora dançavam, ora ouviam música.
ATENÇÃO
Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a 
vírgula antes de sua ocorrência:
Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
Por Exemplo:
O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.
Neste caso, "O homem" é sujeito de "vendeu", e "A mulher" é sujeito de 
"protestou". 
Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar ênfase 
(polissíndeto).
Por Exemplo:
E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não seja da 
adição (adversidade, consequência, por exemplo)
Por Exemplo:
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
- Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais (quando estiverem antes da oração 
principal).
Por Exemplo:
Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir.
Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova.
- Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Por Exemplo:
A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo.
● PONTO E VÍRGULA ( ; )
O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase, 
indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar qu
e o período não terminou. Emprega-se nos seguintes casos:
- Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.
Por Exemplo:
O rio está poluído; os peixes estão mortos.
- Para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados por 
vírgula.
1
Por Exemplo:
O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra.
- Para separar itens de uma enumeração.
Por Exemplo:
No parque de diversões, as crianças encontram:
brinquedos;
balões;
pipoca.
- Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) , 
substituindo, assim, a vírgula.
Por Exemplo:
Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã.
- Para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção aparecer no meio da oração.
Por Exemplo:
Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas alguns.
DOIS-PONTOS ( : )
O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, 
geralmente:
- Para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção.
Por Exemplo:
"Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz :
– Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos)
- Para anunciar uma citação.
Por Exemplo:
Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade sim."
- Para anunciar uma enumeração.
Por Exemplo:
Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos.
- Antes de orações apositivas.
Por Exemplo:
Só aceito com uma condição: irás ao cinema comigo.
- Para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse.
Exemplos:
Marcelo era assim mesmo: não tolerava ofensas.
Resultado: corri muito, mas não alcancei o ladrão.
Em resumo: montei um negócio e hoje estou rico.
Obs.: os dois-pontos costumam ser usados na introdução de exemplos, notas ou observações. 
Veja:
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. 
Exemplos:
ratificar/retificar, censo/senso, etc.
Nota: a preposição "per", considerada arcaica, somente é usada na frase "de per si " (= cada 
um por sua vez, isoladamente).
Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: 
cedinho, melhorzinho, etc.
- Na invocação das correspondências.
Por Exemplo:
Prezados Senhores:
Convidamos todos para a reunião deste mês, que será realizada dia 30 de julho, no auditório 
da empresa.
Atenciosamente, 
A Direção
1
● PONTO FINAL ( . )
O ponto final representa a pausa máxima da voz. A melodia da frase indica que o tom é descendente. 
Emprega-se, principalmente:
- Para fechar o período de frases declarativas e imperativas.
Exemplos:
Contei ao meu namorado o que eu estava sentindo. 
Façam o favor de prestar atenção naquilo que irei falar.
- Nas abreviaturas.
Exemplos:
Sr. (Senhor)
Cia. (Companhia)
● PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
O ponto de interrogação é usado ao final de qualquer interrogação direta, ainda que a pergunta não exija 
resposta. A entoação ocorre de forma ascendente.
Exemplos:
Onde você comprou este computador?
Quais seriam as causas de tantas discussões?
Por que não me avisaram?
Obs.: não se usa ponto interrogativo nas perguntas indiretas.
Por Exemplo:
Perguntei quem era aquela criança.
Note que:
1) O ponto de interrogação pode aparecer ao final de uma pergunta intercalada, entre 
parênteses.
Por Exemplo:
Trabalhar em equipe (quem o contesta?) é a melhor forma para atingir 
os resultados esperados.
2) O ponto de interrogação pode realizar combinação com o ponto admirativo.
Por Exemplo:
Eu?! Que ideia!
● PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode exprimir 
surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc. Possui entoação descendente.
Exemplos:
Como as mulheres são lindas!
Pare, por favor!
Ah! Que pena que ele não veio...
Obs.: o ponto de exclamação substitui o uso da vírgula de um vocativo enfático.
Por Exemplo:
Ana! venha até aqui!
● RETICÊNCIAS ( ... )
As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza 
emocional. Empregam-se:
- Para indicar continuidade de uma ação ou fato.
Por Exemplo:
1
O tempo passa...
- Para indicar suspensão ou interrupção do pensamento.
Por Exemplo:
Vim até aqui achando que...
- Para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada.
Exemplos:
"Vamos jantar amanhã?
– Vamos...Não...Pois vamos."
Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade.
- Para realçar uma palavra ou expressão.
Por Exemplo:
Não há motivo para tanto...mistério.
- Para realizar citações incompletas.
Por Exemplo:
O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro:
"Deitado eternamente em berço esplêndido..."
- Para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor.
Por Exemplo:
"Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação 
eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre 
de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis)
Saiba que
As reticências e o ponto de exclamação, sinais gráficos 
subjetivos de grande poder de sugestão e ricos em matizes 
melódicos, são ótimos auxiliares da linguagem afetiva e 
poética. Seu uso, porém, é antes arbitrário, pois depende do 
estado emotivo do escritor.
● PARÊNTESES ( ( ) )
Os parênteses têm a função de intercalar no texto qualquer indicação que, embora não pertença 
propriamente ao discurso, possa esclarecer o assunto. Empregam-se:
- Para separar qualquer indicação de ordem explicativa, comentário ou reflexão.Por Exemplo:
Zeugma é uma figura de linguagem que consiste na omissão de um 
termo (geralmente um verbo)que já apareceu anteriormente na frase.
- Para incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.)
Por Exemplo:
" O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros" (Jean- Jacques 
Rousseau, Do Contrato Social e outros escritos. São Paulo, Cultrix, 1968.)
- Para isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos 
travessões.
Por Exemplo:
Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que 
os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.
- Para delimitar o período de vida de uma pessoa.
Por Exemplo:
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987).
- Para indicar possibilidades alternativas de leitura.
Por Exemplo:
Prezado(a) usuário(a).
- Para indicar marcações cênicas numa peça de teatro.
Por Exemplo:
Abelardo I - Que fim levou o americano?
João - Decerto caiu no copo de uísque!
Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!
1
(sai pela direita)
(Oswald de Andrade)
Obs.: num texto, havendo necessidade de utilizar alíneas, estas podem ser 
ordenadas alfabeticamente por letras minúsculas, seguidas de parênteses (Note que 
neste caso as alíneas, exceto a última, terminam com ponto e vírgula).
Por Exemplo:
No Brasil existem mulheres:
a) morenas;
b) loiras;
c) ruivas.
Os Parênteses e a Pontuação
Veja estas observações:
1) As frases contidas dentro dos parênteses não costumam ser muito longas, mas devem manter 
pontuação própria, além da pontuação normal do texto.
2) O sinal de pontuação pode ficar interno aos parênteses ou externo, conforme o caso. Fica 
interno quando há uma frase completa contida nos parênteses.
Exemplos:
É importante ter atenção ao uso dos parênteses. (Eles exigem um cuidado especial!)
Vamos confiar (Por que não?) que cumpriremos a meta.
Se o enunciado contido entre parênteses não for uma frase completa, o sinal de pontuação 
ficará externo.
Por Exemplo:
O rali começou em Lisboa (Portugal) e terminou em Dacar (Senegal).
3) Antes do parêntese não se utilizam sinais de pontuação, exceto o ponto. Quando qualquer 
sinal de pontuação coincidir com o parêntese de abertura, deve-se optar por colocá-lo após o 
parêntese de fecho.
● ASPAS ( " " )
As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas:
- Antes e depois de citações ou transcrições textuais.
Por Exemplo:
Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale 
um beijo de moça namorada."
- Para representar nomes de livros ou legendas.
Por Exemplo:
Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI.
Obs.: para realçar títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. também 
podemos grifar as palavras, conforme o exemplo:
Ontem assisti ao filme Central do Brasil.
- Para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia.
Exemplos:
O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus 
usados no Brasil está cada vez mais descarado.(Veja)
Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se 
mandaram" rapidamente.
Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!
- Para realçar uma palavra ou expressão.
Exemplos:
Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não".
EMPREGO DA CRASE
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se 
dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo 
1
feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele 
(s), aquela (s), aquilo e com o"a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` 
) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas 
vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que 
exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência 
simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:
Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a 
ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse 
encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros 
exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e 
a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a 
alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e 
admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados.
Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome 
demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a":
1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a 
formaao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Veja os exemplos:
Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma 
preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o 
artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:
- Penso na aluna.
- Apaixonei-me pela aluna. 
- Começou a brigar. - Cansou de brigar.
- Insiste em brigar.
- Foi 
punido por brigar.
- Optou por brigar.
Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do 
artigo "a", é preciso provar que existem os dois.
Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá 
crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre:
- Diante de substantivos masculinos:
Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
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Assisitimos a espetáculos magníficos.
- Diante de verbos no infinitivo:
A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.
Estavam a correr pelo parque.
Estou disposto a ajudar.
Continuamos a observar as plantas.
Voltamos a contemplar o céu.
Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas 
preposição, logo não ocorrerá crase.
- Diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formassenhora, 
senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.
Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho.
Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo.
Isso não interessa a nenhum de nós.
Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método 
explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção 
surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)
- Diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
- Diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.
- Diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique 
subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.
- Na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Ele saiu às duas horas.
Obs.: com a preposição "até", a crase será facultativa.
Por exemplo: Dormiram até as/às 14 horas.
 
- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por 
exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
1
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de
à 
imitação 
de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de
à 
proporçã
o que
à semelhança de às ordens à beira de
Crase diante de Nomes de Lugar
Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o artigo, 
de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a". Para saber se 
um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se substituir o termo 
regente por um verbo que peça a preposição "de" ou "em". A ocorrência da 
contração "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por 
exemplo:
Vou à França. (Vim da França. Estou na França.)
Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) 
Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.)
Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.)
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes.
Irei à Salvador de Jorge Amado.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por exemplo:
Refiro-me A aquele atentado.
Preposição Pronome
Refiro-me àquele atentado.
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e 
exige preposição, portanto, ocorre a crase.
Observe este outro exemplo:
Aluguei aquela casa.
O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse 
caso.Veja outros exemplos:
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho.
Quero agradecer àqueles que me socorreram.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Espero aquele rapaz.
Fiz aquilo que você disse.
Comprei aquela caneta.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que 
rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase 
nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por 
exemplo:
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade.
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase.
1
Veja outros exemplos:
São normas às quais todos os alunos devem obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou.
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões.
A sessão à qual assisti estava vazia.
Crase com o Pronome Demonstrativo "a"
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada pela substituição do 
termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
Minha revolta é ligada à do meu país.
Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa.
Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa.
Suas perguntas são superiores às dele.
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
A Palavra Distância
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.)
Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo:
Os militares ficaram a distância.
Gostava de fotografar a distância.
Ensinou a distância.
Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.
Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Dizem que aquele médico cura à distância.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
- Diante de nomes próprios femininos:
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo 
o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
A Paula é muito 
bonita.
A Laura é minha 
amiga.
Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios 
femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.
Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto.
Contei a Laura o que havia ocorrido na 
noite passada.
Contei a Pedro o que havia ocorrido na 
noite passada.
Contei à Laura o que havia ocorrido na 
noite passada.
Contei ao Pedro o que havia ocorrido na 
noite passada.
- Diante de pronome possessivo feminino:
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Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é 
facultativo o uso do artigo. Observe:
Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você.
A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então 
podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas:
Cedi o lugar a minha 
avó. Cedi o lugar a meu avô.
Cedi o lugar à minha 
avó.
Cedi o lugar ao meu 
avô.
Diga a sua irmã que estou esperando 
por ela.
Diga a seu irmão que estou esperando 
por ele.
Diga à sua irmã que estou esperando 
por ela.
Diga ao seu irmão que estou esperando 
por ele.
- Depois da preposição até:
Fui até a praia. ou Fui até à praia.
Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
A palestra vai até as cinco horas da 
tarde. ou A palestra vai até às cinco horas da tarde.
...Para ler mais...
O ponto final
O que representaria para você um ponto final? Alguns o almejaria. Outros o repugnaria. Ele é pequeno, 
quase não percebe-se a sua presença. Mas o seu efeito é de grande valia. A sua forma, na maioria das 
vezes, é redonda; o que talvez seja um paradoxo ao seu próprio efeito.
Pois se ele serve para dar fim, sua forma representaria algo contínuo. Enquanto uma linha reta tem 
começo e fim, um círculo não tem. Mas deixemos a sua forma, não o tanto significante, para lá.
O seu uso nem sempre estará ligado à questão da escrita. Na maioria das vezes, ele entremete-se no nosso 
dia a dia, embora não o percebamos. O ponto, é temido por aqueles que querem preservar os bons 
momentos. O ponto é inimigo do presente. E amigo do passado. Talvez seja por isso que os três 
mecanismos que definem a hora, chamam-se ponteiros. Ou são derivados de ponto, ou é muita 
coincidência.
O ponto, finaliza o presente e o transforma em passado, e os momentos tão bons que passamos, deixam de 
existir. Apesar dele ter esse poder, é também desejado por aqueles que querem dar fim aos momentos 
ruins em suas vidas. Eis a questão: em que momento na nossa vida precisamos dar um ponto final?
São tantos. Basta sabermos o quanto cada recomeço é importante, para não continuarmos na mesma 
rotina, que nos sufoca, nos prende, nos mata. Além disso, vale ressaltar que um ponto nem sempre 
significa o final, e sim o começo de uma nova história. 
Salomão, por sua vez, contribuiu para um grande paradoxonesse assunto, quando afirmou: “melhor é o 
fim das coisas, do que o princípio delas”. Cabe a nós investigar: de que fim falava ele? Seria o fim de um 
começo mal começado? Se era ou não, o interessante é que o final é sempre o mais esperado.
1
E neste caso, o bom final ou o final feliz. O final de um filme, o final de um verso, o final de uma peça de 
teatro, o final de uma partida de jogo, entre outros finais. Há quem diga que “os últimos serão os 
primeiros”, ou até “quem rir por último, rir melhor”.
Em suma: o ponto final, independentemente do efeito que ele cause, seja na frase, seja na vida; ele só 
pode ser utilizado por uma pessoa: você.
 Silas Ventura
TIPOS DE INTRODUÇÃO
a) Narração
Você pode pensar: “Narração no texto dissertativo-argumentativo?”. Sim. Nesse caso, você narrará um 
acontecimento que representará a problematização feita por você e proposta pelo tema. Para obter sucesso 
nesse recurso, atente-se aos detalhes que escolherá relatar, visto que essa seleção já indicará seu 
posicionamento aos leitores.
Esse recurso será desenvolvido com frases curtas e nominais que despertarão a atenção do leitor. Além disso, 
aqui você não tem compromisso em relatar algo verídico, mas não podemos, é claro, fugir das possibilidades 
do que é real.
b) Exemplificação
Esse recurso pode ser desenvolvido de duas formas: dados estatísticos e relatos de acontecimentos de 
conhecimento geral (fatos divulgados pelas mídias). Com a exemplificação, devemos tomar cuidado com dois 
aspectos: apresentar a fonte das informações e não omitir fatores que distorcerão o fato. É necessário que se 
comprometa em repassar a verdade, mesmo que ela seja questionada por você ao longo do texto.
A escolha lexical, neste caso, será um grande aliado, uma vez que você pode descrever a situação em questão 
e, ao mesmo tempo, marcar sua opinião com palavras como: infelizmente, supostamente etc.
c) Alusão histórica
Introduzir um texto por alusão histórica é recortar um fato, um período histórico, um hábito antigo a fim de 
comparar com o presente. Essa comparação evidenciará uma permanência, ou não, de determinada situação e 
isso será base para a problematização do que o tema apresentou para discussão.
Esse tipo de introdução permite que o autor apresente domínio de uma área de conhecimento de relevância, a 
história, o que contribui para o objetivo final de um texto dissertativo-argumentativo: defesa de um ponto de 
vista.
d) Definição
Iniciar um texto dissertativo-argumentativo conceituando um termo é se apresentar como um autor mais 
autoritário, o que, se realizado de forma adequada, é extremamente positivo para apresentação e defesa do 
ponto de vista. Podemos definir algo de diversas formas: dicionário, definição histórica, definição teórica e 
definição própria (que consiste em definir algo a partir de sua visão de mundo, suas experiências).
1
A forma mais adequada é você quem definirá, uma vez que essa escolha dependerá do ponto de vista que será 
defendido ao longo do texto.
e) Citação
Esse recurso consiste em fazer referência a ideias de outros autores a fim de que o seu ponto de vista seja 
fortalecido, sua opinião será destaque mesmo quando você desconstruir a opinião do autor citado, uma vez 
que terás mostrado conhecimento crítico aos leitores.
Uma das formas para desconstrução da ideia de outro autor é utilizar o recurso exemplificação; isso é possível 
quando se tem conhecimento de um dado estatístico, por exemplo, que comprove a não veracidade do que é 
defendido pelo autor citado. Além disso, é uma ótima forma de dar maior credibilidade ao texto, uma vez que 
você, o autor do texto, tem conhecimento de especialistas no assunto e no que se relaciona a ele.
Há duas possibilidades de citação: a direta e a indireta. A primeira é quando é apresentado no texto a ideia 
com as palavras do próprio autor, exemplo: Segundo Marx, “A história da sociedade até aos nossos dias é a 
história da luta de classes”. A citação indireta é quando, com as suas palavras, são apresentadas as ideias do 
autor que será citado. exemplo:“Sakamoto evidencia a necessidade de uma formação educacional em que o 
senso crítico e o bom senso sejam instigados nas crianças.”
f) Interrogação
Neste tipo de introdução, o autor formula uma ou mais perguntas sobre o tema e ele próprio deve dar 
respostas a elas ao longo do texto. Nenhuma pergunta deve ficar se resposta.
Exemplo: Porque será que o brasileiro não consegue assumir sua identidade? Por não tê-la ou porque 
é impedido? Será que ainda restam forças para tal atitude?
EVITE OS CLICHÊS DE INTRODUÇÃO
 “Nos dias de hoje, o problema da saúde é uma das questões mais importantes para o povo brasileiro. A 
população precisa se conscientizar de seu papel na busca por um futuro melhor para as próximas gerações. 
Apesar do estado precário dos hospitais do país, os governantes corruptos não se mobilizam e só o que se vê é 
descaso. Mas deve-se pensar positivo, porque a esperança é a última que morre.”
Esse parágrafo parece um pouco familiar? Será que você já leu algo parecido antes? Sim, com certeza! E, 
provavelmente, já escreveu algum texto com um conteúdo semelhante. Vou me explicar melhor: esse pequeno 
trecho está recheado com o que chamamos de clichês, senso comum, chavões ou frases prontas. São frases ou 
ideias tomadas como “verdades universais”, muito repetidas ao longo dos anos, que acabam se tornando vícios 
de linguagem. Às vezes, usamos sem perceber, mas os clichês enfraquecem o texto. Um verdadeiro vírus da 
redação!
O clichê pode se manifestar de várias maneiras. Veja:
1
1. Frases prontas: são as frases e construções repetidas à exaustão. Exemplos: fechar com chave de ouro, 
obra faraônica, voltar à estaca zero, era uma vez. Também são incluídos os ditos populares, como “a pressa é 
inimiga da perfeição”.
2. Expressões: Não necessariamente são escritas sempre do mesmo modo, mas a ideia é sempre a mesma. 
Exemplos: a população precisa ser conscientizada, a natureza deve ser preservada, o homem deve parar de 
fazer guerras.
3. Senso comum: são as ideias prontas, já muito batidas, mas transmitidas como verdade incontestável. 
Entram aqui os estereótipos. Exemplo: todos os políticos são corruptos, asiáticos são inteligentes. É preciso 
ficar atento, porque às vezes o senso comum e a generalização podem reproduzir preconceitos: muçulmanos 
são terroristas, portugueses são burros, mulheres dirigem mal.
Mas por que usar esse tipo de frase é prejudicial para o seu texto? Porque a banca corretora preza pela 
originalidade e pelo senso criativo do candidato. O uso dos chavões deixa o texto vazio, com pouco sentido, 
e demonstra falta de habilidade do aluno em formular seu próprio argumento.
Quando digo que o clichê demonstra falta de originalidade, não quero dizer que o candidato deva apresentar 
uma ideia mirabolante. A originalidade em questão é ser capaz de pensar além do senso comum, ser capaz de 
problematizar o tema da redação e apresentar um novo ponto de vista sobre aquele assunto.
Vou dar um exemplo utilizando o tema da redação do Enem de 2001, que pedia que o aluno escrevesse um 
texto sobre o conflito entre o desenvolvimento e a preservação ambiental, e como conciliar os dois interesses. 
Neste texto, o aluno que escreva “é preciso conscientizar a população”, ou “o governo deve encontrar outras 
formas de desenvolvimento que não envolva o desmatamento” não está acrescentando nada de novo no 
debate. É claro que a população deve ser conscientizada e o desmatamento deve ser evitado ao máximo, mas 
esses pensamentos já se tornaram óbvios.
O que um bom texto faz é trazer o debate para outro ângulo, uma nova perspectiva. Mas como fazer isso? É 
preciso manter-se bem informado e ter bastante repertório cultural. Conhecer diferentes opiniões, 
especialmente sobre os assuntos mais comentados nos noticiários. Além disso, boa interpretação de texto é 
essencial, (DOS TEXTOS MOTIVADORES) porque a própria coletânea da propostade redação costuma 
ser bastante abrangente.
 ...A DICA É...
COMECE NATURALMENTE!
Para se começar um texto não é necessário que se use expressões prontas, 
ou até termos rebuscados. Use palavras que façam parte do seu 
vocabulário. Seja você!
...Para ler mais...
Plano de morte verbal
Vamos dissecar secando.
1
E o verbo esgotando.
Destruindo-o conjugando.
No gerúndio indo, endo e ando.
Vamos acabar com sua raça,
Destruir sua farsa,
Lhe deixá-lo sem graça.
Vamos destruir uma frase,
Lhe deixá-la sem base.
Vamos matar o verbo
E assim findará o tédio.
Eita sujeito intrometido
Quer estar em todo o lugar
As frases só tem sentido 
Se ele estiver lá.
Inveja tenho do verbo
Não sei o que ele tem
Se acha o importante
Não dá espaço a ninguém
Uns são irregulares
Se conjugam em todos lugares
Outro, mudando sua raiz,
Prefere a irregularidade pra ser feliz.
Tem verbo de todo tipo
Até um que é defectivo
Nasceu com defeito, coitado!
Mais troncho do que apregado errado.
Mas não vamos ter pena desse não,
Porque até esse é importante,
Ele pode ter seus defeitos ,
Mas é eficiente o bastante.
Além de eficiente, o verbo é enxerido, 
Possui forma dupla e não perde o sentido
Tanto faz pago ou pagado, aceso ou acendido
Enxuto ou enxaguado, confuso ou confundido.
Mas a sua ruína está perto
E o seu fim já predito
Temos um forte inimigo
E o seu nome é artigo.
Vamos rebaixá-lo
Mudá-lo de classe 
Vamos substantivá-lo
Colocá-lo um disfarce.
 Se colocar um artigo em sua frente
E a sua classe mudará
1
E assim para sempre
Um substantivo será.
Fonte: Silas Ventura.
TIPOS DE DESENVOLVIMENTO
1. POR EXPLICAÇÃO
2. POR CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
1
3. POR ALUSÃO HISTÓRICA
4. POR CONTRASTE DE IDEIAS
1
5. POR ENUMERAÇÃO
1
CONECTIVOS DE DESENVOLVIMENTO
1- Adição
Esses conectivos servem para dar a ideia de acréscimo. Exemplos: “e”, “nem”, “também”, “não só... mas 
também”
2 - Alternância 
Esse conectivo passa a ideia de mudança. Exemplos: “ou...ou”, “quer...quer”, “seja...seja”
3 - Causa
Os conectivos que exprimem a ideia de causa servem para justificar determinada ocorrência. Exemplos: 
porque, já que, visto que, graças a, em virtude de.
4 - Condição
Esse tipo de conjunção estabelece uma hipótese. Exemplos: se, caso, desde que, a não ser que, a menos que.
5 - Comparação
Como o próprio nome já diz, trata-se de conjunções utilizadas para comparar um objeto/pessoa/acontecimento 
ao outro. Exemplos: como, assim como.
6- Conformidade
Essas conjunções expressam a ideia de “estar de acordo com” alguma coisa ou pessoa. Exemplos: conforme, 
segundo.
TIPOS DE CONCLUSÃO
Qualquer texto, para estar completo, organiza-se em três etapas básicas: introdução, desenvolvimento e 
conclusão. Cumpridas as duas primeiras etapas, cabe à conclusão fechar o texto do modo mais adequado à 
modalidade textual em questão. Nas dissertações, a conclusão é a parte final que condensa os pontos centrais 
da discussão, inclusive o posicionamento apresentado na tese.
A dissertação argumentativa, principal modalidade textual solicitada nas provas de redação de concursos e 
vestibulares, tem, na boa conclusão, grande parte da sua eficiência. Othon Garcia, em sua obra "Comunicação 
em Prosa Moderna", nos ensina que "não existe argumentação sem conclusão, que decorre naturalmente das 
provas ou argumentos apresentados". Partículas como "logo" e "portanto" são típicas no início de períodos ou 
parágrafos em que se nega (argumentação por refutação) ou confirma o teor da proposição.
Há várias formas de se concluir uma dissertação argumentativa, mas alguns cuidados precisam ser tomados. 
Então, apresentamos, a seguir, alguns aspectos a serem observados em diferentes tipos de conclusão 
dissertativa:
 
a) Retomada da tese
1
É importante que, ao terminar a leitura, o leitor tenha total clareza quanto à tese ali defendida. Por isso, o autor 
de uma dissertação não pode perder essa última possibilidade de reforçar seu posicionamento no parágrafo 
final.
Para isso, é preciso que o conteúdo retomado na conclusão - seja apenas da tese ou de parte da análise - esteja 
em total coerência com o que foi escrito nas partes anteriores da redação, pois só assim se consegue a 
reafirmação de uma verdade. Mas atenção: o que deve ser retomado é apenas a essência do que já foi 
mostrado, evitando-se a mera repetição de frases e vocabulário.
 
b) Perspectivas futuras
Durante a análise do tema, principalmente quando este tratar de uma situação problemática atual, a dissertação 
pode se basear em dados passados e presentes, identificando causas, fazendo um paralelo histórico, 
comparações. Isso feito, abre-se espaço para o olhar futuro em relação ao problema.
É a hora de traçar perspectivas futuras, que podem envolver uma proposta de solução ou apenas uma projeção 
hipotética do que deverá acontecer, considerando-se determinados contextos. Em ambos os casos, o autor 
precisa basear-se nos conteúdos já analisados. Não é possível apresentar propostas de solução para problemas 
que não foram discutidos ou perspectiva futura que não esteja embasada em dados presentes.
 
c) Propostas de enfrentamento do problema
Quanto às propostas de solução, elas não devem ser "utópicas", ou seja, não dá para propor que os países 
desenvolvidos simplesmente aceitem dividir suas riquezas com os países pobres para acabar com a miséria no 
mundo. Também não se devem apresentar propostas genéricas demais ou típicas do senso comum, como dizer 
que o governo precisa "fazer alguma coisa" ou que as pessoas "precisam se conscientizar" de algo.
Em vez disso, pode-se propor que determinado órgão de certa área específica do governo reformule a lei que 
trata do assunto em questão, ou que seja criado um órgão fiscalizador para fazer cumprir determinado acordo. 
É possível também elaborar propostas mais concretas envolvendo a sociedade, como sugerir que determinados 
grupos se organizem em associações para pressionar a ação de instituições com poder de resolução do 
problema. Ou seja, o autor tem direito de manter seu ponto de vista em relação ao tema, só precisa apontar 
sugestões específicas, sempre citando nomes e escolhendo o vocabulário mais preciso, evitando as 
generalizações que não contribuem em nada com o texto.
 
d) Genérico, específico
Outro aspecto importante da conclusão é a ligação dessa etapa com a forma como o tema foi introduzido no 
início do texto, ou seja, para introdução genérica usa-se conclusão genérica; para introdução específica, 
conclusão específica.
Vejamos um exemplo de início genérico: se o texto começa discutindo a falta de ética do ser humano nas 
diversas relações sociais, tem-se uma introdução genérica. Evidentemente, o texto não poderá continuar nessa 
abstração durante o desenvolvimento e acabará por usar uma série de exemplos específicos, como fatos 
históricos dentro e fora do Brasil, para provar a tese. Na conclusão, porém, o texto deve voltar para a tese 
inicial, mais genérica, mostrando que os exemplos comprovam o comentário mais amplo feito no início do 
texto.
No caso de um início específico, poderíamos imaginar uma tese que criticasse a falta de ética dos deputados 
federais brasileiros ao aprovarem um abusivo aumento de salário para eles mesmos. No desenvolvimento o 
autor poderia mostrar exemplos históricos (e mais genéricos) para provar que esse comportamento tem 
acompanhado o ser humano nas mais diferentes sociedades e épocas. Porém, na conclusão, o autor precisaria 
voltar ao tema específico, mostrando que, assim como em tantos exemplos históricos de corrupção, os 
deputados federais em questão agiram mal.
Por último, vale lembrar: nunca inicie uma discussão nova na conclusão, pois não haverá tempo para 
desenvolvê-la. Também não termine com perguntas abertas sobre questões que, ao invés de serem 
1
encaminhadas ao leitor, deveriam ter sido respondidas durante o texto, afinal, a dissertação (principalmente a 
argumentativa) expõe objetivamente um raciocínio e tem por função conduzir o leitor à aceitação dessa 
verdade.
A

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