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denuncia e queixa crime

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Denúncia e queixa-crime. 
1.	Conteúdo da denúncia e da queixa: 
CPP, Art. 41.  A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. (COMPORTAMENTO, QUALIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO RÉU, QUAL O CRIME, E FALAR A QUAL ARTIGO ELE SE SUBSUME E AS TESTEMUNHAS). PRAZO DO MP PARA ARROLAR A TESTEMUNHA – DENÚNCIA. RÉU: NA DEFESA PRELIMINAR.
1.1	Destinatário (juiz ou tribunal).
1.2	Exposição circunstanciada do fato criminoso (imputação do fato).
- ampla defesa.
- subsunção: fato narrado e correta adequação típica: fato.
1.3	Qualificação do acusado ou esclarecimentos que possam identificá-lo. (Cicatriz, apelido).
1.4	Classificação do crime – qual o número: efeitos da classificação e sua alteração.
1.5	Rol de testemunhas: 
- oferecimento da denúncia ou da queixa.
- resposta do acusado: CPP, art. 396-A. – acusado é citado para apresentar resposta e ele poderá arrolar testemunhas.
- indicadas pelo Juízo: CPP, art. 209. – juiz poderá arrolar testemunhas.
1.6	Requerimentos: citação, oitiva do ofendido, FA, certidões cartorárias, juntada ou requisição de documentos, etc. – pede para o réu ser citado. PROMOTOR DEVE PEDIR PARA OUVIR A VÍTIMA, JUIZ NÃO FAZ DE OFÍCIO. Máximo de testemunhas – 04. VÍTIMA NÃO É TESTEMUNHA.
1.7	Prioridade de tramitação em todas as instâncias: crime hediondo / IDOSOS
CPP, art. 394-A. Os processos que apurem a prática de crime hediondo terão prioridade de tramitação em todas as instâncias. (Lei n.º 13.285/2016, de 10 de maio de 2016).
→ CPC, Art. 1.048: pessoa idosa ou portadora de doença grave – aplicada aos processos penal e trabalhista, também.
1.8	Atividades do MP:
- promover a ação penal pública (CPP, art. 257, I).
- fiscalizar a aplicação da lei (custos legis – CPP, art. 257, II).
- manifestação pela absolvição – mas que não é vinculante (CPP, art. 385).
- impetrar habeas corpus e mandado de segurança.
- promover a execução da pena.
2.	Crimes coletivos e individualização da conduta [footnoteRef:1] - um criminoso, faz-se a adequação típica e se atribui o crime a ele. Investigação pode vir com pluralidade de crimes e de réus. Nesse caso, a denúncia deve ser clara. Fora disso, a denúncia é inepta, se não descrever o crime. Deve contar a história. Nos crimes coletivos se reporta a denúncia genérica e denúncia geral. A genérica não é mais aceita pelos tribunais (não descreve a participação individualizada de cada réu, e dificulta o direito de defesa). Hoje em dia, deve ser demonstrado o vínculo de cada pessoa com o fato criminoso, o que ele fez, como os fatos se desdobraram em relação ao autor. As condutas devem ser discriminadas e ligadas ao seu autor. [1: Oliveira, Eugênio Pacelli de. Curso de processo penal. 16 ed. – São Paulo: Atlas, 2012.] 
 É NECESSÁRIA A Delimitação das condutas de autores, co-autores e partícipes.
Co-autoria: conduta uniforme. – dois praticam o ato típico. 
Execução do ato criminoso.
Participação.
2.1.	Acusação genérica: inépcia – DENÚNCIA VAI SER INEPTA, QUANDO:
- várias condutas ou crimes praticados por vários agentes.
- ausência de individualização da conduta do agente.
- ausência de distinção entre autoria e participação.
STF - notícias 08-08-2017. AP 1005:
Relator Ministro Edson Fachin.
“É inepta a denúncia que não estabelece a indispensável vinculação entre a suposta conduta do acusado e os eventos criminosos. Considerando a inadmissibilidade de responsabilidade penal objetiva, a simples condição de sócio quotista não atende ao figurino exigido pelo artigo 41 do Código de Processo Penal, porque prejudica o exercício da ampla defesa, cenário que reclama a extinção da ação penal mediante concessão de habeas corpus de ofício”. – ser acionista não presume ser culpado, deve ser provado o vínculo de sócio ou acionista com a conduta criminosa.
2.2	Acusação geral:
	
Superior Tribunal de Justiça.
	
Recurso em HC nº 73.156 - SP (2016⁄0180122-7). 
Relator: Ministro Felix Fischer. 
EMENTA 
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PECULATO. ALEGAÇÃO DE INÉPCIA DA DENÚNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. AUTORIA COLETIVA. DENÚNCIA GERAL, E NÃO GENÉRICA. POSSIBILIDADE. RECURSO ORDINÁRIO DESPROVIDO. – não houve inépcia.
I - A peça acusatória deve conter a exposição do fato delituoso em sua essência e circunstâncias. Denúncias genéricas, que não descrevem os fatos na sua devida conformação, não se coadunam com os postulados básicos do Estado de Direito, e caracterizam situação configuradora de desrespeito ao princípio do devido processo legal (precedentes). 
II - Na hipótese, contudo, a exordial acusatória (denúncia) descreve satisfatoriamente a conduta praticada, permitindo a compreensão dos fatos e possibilitando o amplo exercício do direito de defesa, razão pela qual o não acolhimento do pleito referente a inépcia da denúncia é medida que se impõe. Pela denúncia geral se consegue saber tudo. 
III - Ademais, mostra-se geral, e não genérica, a denúncia que atribui a mesma conduta a todos os denunciados, desde que seja impossível a delimitação dos atos praticados pelos envolvidos, isoladamente, e haja indícios de acordo de vontades para o mesmo fim, como no caso, reservando-se tal especificação para a instrução criminal. 
Recurso ordinário desprovido. 
Brasília, 18 de abril de 2017. 
2.3	Denúncia alternativa:[footnoteRef:2] [2: Manzano, Luís Fernando de Moraes. Curso de processo penal. 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2012.] 
Quando atribui ao réu mais de uma conduta afirmando que “apenas uma delas efetivamente terá sido praticada pelo imputado" (Afrânio Silva Jardim). 
“Não a veda qualquer dispositivo legal, nem o sistema processual ou seus princípios básicos” (Júlio Fabbrini Mirabete). – para ele não há problema.
“A acusação deve ser determinada, pois a proposta a ser demonstrada há de ser concreta, não se deve admitir denúncia alternativa, principalmente quando haja incompatibilidade lógica entre os fatos imputados” (Ada Pellegrini Grinover). Em alguns casos não há problema.
Denúncia alternativa e ampla defesa.
- receptação dolosa: adquirir ou receber. (posso colocar os dois na denúncia. Na instrução se comprova.)
- tráfico: guardar ou ter em depósito. (posso colocar os dois na denúncia. Na instrução se comprova.)
- lesão corporal e tentativa de homicídio. (Não há compatibilidade lógica, pois as competências são diferentes. Pode se pedir desclassificação – se juiz entende que é uma coisa e não outra, o juiz pode alterar o crime, para um mais brando ou não - ou aditamento da denúncia). Juiz do júri ou qualquer outro pode desqualificar, só que não pode denunciar por um ou outro, mas pode pedir pelos dois fatos. NÃO PODE HAVER CONDENAÇÃO ALTERNATIVA.
- lesão corporal e modalidade de culpa.
Caso do CTB: denunciar por excesso de velocidade e juiz condenar por estar com os pneus carecas. – juiz pode mudar, só que deve reabrir prazo para réu e acusação se manifestarem, mesmo quando somente mudar a espécie de culpa, pois DENÚNCIA E DEFESA DEVEM SER CORRELATAS.
Admissibilidade: STJ - RECURSO ESPECIAL Nº 399.858 - SP (2001/0180893-1).
→ Condenação alternativa. – não pode ter.
3. 	Rejeição da denúncia ou da queixa: CPP, art. 395. – QUANDO OFERECE A DENÚNCIA, JUIZ FAZ ANÁLISE PRÉVIA DE RECEBIMENTO OU NÃO DELA. SE JUIZ NÃO RECEBE NÃO HÁ AÇÃO PENAL. MORRE NA FASE ADMINISTRATIVA. SE JUIZ NÃO RECEBER, PARCIAL OU TOTALMENTE, O MP PODE INGRESSAR COM O RESE.
CPP. Art. 394, § 4o. As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código.     
- aplicam-se a todos os procedimentos de primeiro grau.
- rejeição integral ou parcial da denúncia ou da queixa. (juiz recebe somente quanto a algum (ns) dos réus). MP pode recorrer ao tribunal, que receberá a denúncia. 
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - for manifestamente inepta;                        
II- faltar pressuposto processual oucondição para o exercício da ação penal; ou
III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.                             
3.1	Inépcia: insuficiência na descrição dos fatos ou imprecisão na identificação dos acusados (itens 2.1 e 2.2).
3.2	Pressupostos processuais: CPP, art. 395, II, primeira parte. – na ausência de pressuposto processual o juiz não recebe a denúncia – não há processo, morre tudo no inquérito.
Análise que antecede a decisão de mérito. – mérito – o que foi pedido pelo MP. Há outras decisões que não dizem respeito ao mérito, mas ao processo (competência, incidentes).
Existência: autoridade jurisdicional. Capacidade de ser parte em juízo – menor tem capacidade para ser vítima, mas não para ser autor.
Validade: não ter suspeição do juiz, litispendência, coisa julgada, perempção, etc. 
3.2.1	Condições para o exercício da ação: CPP, art. 395, II, segunda parte. Vê o caso concreto.
(não atendidas: carecedor do direito de ação).
Conceito: “chamam-se condições da ação os elementos e requisitos necessários para que o juiz decida do mérito da pretensão, aplicando o direito objetivo a uma situação contenciosa".[footnoteRef:3] [3: J. Frederico Marques.] 
● Ausência das condições e julgamento de mérito.
→ Julgamento das condições da ação e do mérito: ex. pedido julgado improcedente. – mesmo com as condições e pressupostos ok, o juiz pode julgar a ação improcedente (quanto ao mérito – o pedido). Direito de ação quem dá é a lei, e ele já foi exercido.
3.2.2	Condições genéricas: todo processo tem – seja pública ou privada a ação.
- Possibilidade jurídica do pedido: fato típico – impossível pedir algo que a lei não tipifique. Episódio, história, vê se a violação é criminal.
- Legitimidade para agir (legitimatio ad causam): ativa e passiva (réu maior de 18 anos).
- Interesse de agir – por ser penal já há interesse, pois NÃO HÁ OUTRA FORMA DE CONSEGUIR O QUE EU QUERO FORA DO PROCESSO: elementos idôneos de que houve uma infração penal/indícios da autoria
pretensão adequada e idoneidade do pedido. 
interesse substancial: aplicação da pena.
3.2.3	Condições específicas. Poucas ações têm.
Representação.
Requisição do Ministro da Justiça.
Entrada do agente no território nacional.[footnoteRef:4] [4: Segundo Mirabete é condição objetiva de punibilidade.] 
Trânsito em julgado da sentença anulatória do casamento (CP, art. 236).
Autorização da Câmara dos Deputados, etc.
→ Lei nº 11.101/2005:
Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de punibilidade das infrações penais descritas nesta Lei.
→ Condições de procedibilidade.
A doutrina distinguia as condições genéricas (sempre exigidas), das específicas (exigidas em alguns casos). Atualmente, segundo a melhor doutrina, ambas são condições de procedibilidade (Tourinho).
3.2.4	Consequências da ausência de condição da ação penal.[footnoteRef:5] [5: V. Manzano, Curso de Processo Penal, Ed. Atlas, 2010 p. 186] 
Processo civil: teoria da apresentação (CPC 267, VI - NCPC art. 485): extinção sem resolução de mérito.
Processo penal: teoria da prospectação (prospectazione). 
a. Início da ação: rejeição da denúncia ou queixa (CPP, art. 395, II).
b. Prolação da sentença: no curso do processo
- legitimidade ativa ou condição específica: nulidade ab initio – como no processo civil – solução idêntica à extinção sem solução do mérito. NÃO VALEU NADA - NULIDADE (CPP, art. 564, II).
- interesse de agir ou impossibilidade jurídica do pedido: (atipicidade ou falta de justa causa): absolvição (CPP, art. 386, III, VI e VII).
→ Réu menor de 18 anos:[footnoteRef:6] [6: Idem, p. 186.] 
- rejeição da inicial: juiz deve não receber a denúncia. CPP, art. 395, II.
- prolação da sentença: nulidade da ação penal ab initio. Não se trata de inexistência de crime (CPP, art. 386, III): STF, RT 512/474. TJSP, RTJ 120/415; RT 558/303. Anula tudo e manda para o competente.
3.3	Justa causa: CPP, art. 395, III,
Afrânio Silva Jardim ensina que: "os indícios da autoria e a prova da existência do crime permitem, na verdade, verificar a presença, ou não, da justa causa. O interesse processual surge da impossibilidade de se obter a satisfação do direito alegado sem a intervenção do Estado".
3.3.1	Absolvição sumária.
- cabimento: após a resposta do acusado se verificadas as condições do CPP, art. 397. – antes de abrir a instrução
- não havendo absolvição: prosseguimento conforme CPP, art. 399 – segue o rito processual competente.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:  
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;  
II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;  
III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou 
IV - extinta a punibilidade do agente. 
4. 	Recebimento da denúncia ou da queixa: MARCO DA PRESCR. CPP, arts. 396 e 399:
QUANDO O JUIZ RECEBE A DENÚNCIA, QUANDO VÊ AS CONDIÇÕES DA AÇÃO OU APÓS A RESPOSTA DO RÉU ?
Art. 396.  Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
Parágrafo único.  No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.                   
Art. 396-A.  Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário.                  
§ 1o  A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.                    
§ 2o  Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.               
 Art. 397. 	--- --- --- ---
 
Art. 398.  (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 399.  Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.           
a. Recebimento ou rejeição:[footnoteRef:7] [7: 
 Conforme Renato Marcão. Recebimento da denúncia ou queixa: os arts. 396, caput, e 399, do CPP, com a redação da Lei n.11.719/2008. Fonte: Migalhas http://www.migalhas.com.br/dePeso/ 16, MI73990,81042Recebimento+da+enuncia+ou+queixa+os+arts+396+caput+e+399+do+CPP).
] 
Eugênio Pacelli de Oliveira, Guilherme de Souza Nucci, Luiz Flávio Gomes, Rogério Sanches Cunha, Ronaldo Batista Pinto e Rômulo de Andrade Moreira. 1º momento – predominante.
b. Recebimento preliminar após resposta:
Geraldo Prado, Cezar Roberto Bitencourt, José Fernando Gonzales, Antonio Scarance Fernandes e Mariângela Lopes. 2º momento
4.1 	Recursos: 
- decisão que recebe a denúncia ou a queixa.
- decisão que rejeita a denúncia ou a queixa.
5. 	Aditamento da denúncia. Princípio da correlação.
Requisitos da denúncia e princípio da correlação.
→ Emendatio libelli e mutatio libelli – CPP, arts. 383 e 384. Aditamento é pedido que juiz faz ao promotor, durante a fase de julgamento, podendo aquele mudar o juiz competente. Emendatio – emendar, consertar, colocar mais um réu. Mutatio – mudança do fato criminoso apurado.
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.
- omissões e erros materiais – JUIZ NÃO PRECISA CONSULTAR NINGUÉM. Definição diversa mas coloco o artigo errado. Réu se defende quanto aos fatos, e não quanto ao número de artigo. Erro não pode prejudicardefesa, sob pena de abrir prazo. 
- denúncia ou queixa – sentença final: correção de omissões e erros materiais.
- defesa dos fatos imputados – definição jurídica do fato.
- correção que impossibilite a ampla defesa (nulidade absoluta).
6.	Prazos para o oferecimento da denúncia:
Réu preso 5 dias – solto: 15 dias (CPP, art. 46).
Economia popular: 2 dias – preso ou solto.
Abuso de autoridade: 48 horas.
Crime eleitorais e tráfico de entorpecentes: 10 dias.
Ação penal originária: réu preso 5 dias – solto: 15 dias.
→ Prazo para oferecimento da queixa:
réu solto: prazo decadencial.
réu preso: CPP, arts. 3º e 46 (interpretação extensiva).
7.	Contagem do prazo:
CPP: arts. 798, §§ 1º e § 3º. – prazo processual, exclui começo e inclui o fim
CP: art 10. – inclui o dia do começo e exclui o do final.
- contagem individual e contagem global.???
CPP, Art. 798.  Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado.
§ 1o  Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
§ 2o  A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr.
§ 3o  O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
CP, Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
CPC, Art. 219.  Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
7.1	Consequências do decurso de prazo sem providências do MP.
Réu solto.
Réu preso.
Queixa subsidiária.
Sanções penais/administrativas.
STF - Súmula 707
CONSTITUI NULIDADE A FALTA DE INTIMAÇÃO DO DENUNCIADO PARA OFERECER CONTRA-RAZÕES AO RECURSO INTERPOSTO DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA, NÃO A SUPRINDO A NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO.
STF - Súmula 709
SALVO QUANDO NULA A DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU, O ACÓRDÃO QUE PROVÊ O RECURSO CONTRA A REJEIÇÃO DA DENÚNCIA VALE, DESDE LOGO, PELO RECEBIMENTO DELA.
STF - Súmula 710
NO PROCESSO PENAL, CONTAM-SE OS PRAZOS DA DATA DA INTIMAÇÃO, E NÃO DA JUNTADA AOS AUTOS DO MANDADO OU DA CARTA PRECATÓRIA OU DE ORDEM.

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