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AD1 - 2020 1 - Artes Visuais e Educação

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DISCIPLINA: ARTES VISUAIS E EDUCAÇÃO
Coordenação: Prof. Renato Rodrigues da Silva
AD1 – 2020-1
Prezados alunos,	
O primeiro trabalho requer a leitura do material postado na website do curso. Primeiramente, leia os textos designados, procurando, depois, conectar o aprendizado com as obras de Michelangelo e Portinari (temas 1 e 2, respectivamente). 
Um bom trabalho necessariamente empregará os conceitos principais dos textos na análise das obras. Portanto, o primeiro passo é a leitura atenta do material do curso. 
Note que as imagens podem ser facilmente encontradas na internet. 
Na redação dos seu trabalho, por favor evite copiar os textos da internet, ou outro material qualquer, escrevendo uma prova que seja de sua autoria – evite “plagiar” outros autores! 
BOA SORTE! 
Questões: 
1- Baseado na leitura das aulas 21, 22, 23 e 24, faça a análise da obra O Juízo Final (1534-41), que Michelangelo pintou na Capela Sistina. Na sua análise, utilize elementos dos textos lidos. (2 páginas, valor 5 pontos). 
Em muitas sociedades, as linguagens artísticas foram e ainda são veículos para o homem representar a religião. O Juízo Final, obra criada pelo renascentista italiano Michelangelo, encontra-se localizada na parede do altar da Capela Sistina, no Vaticano. Utiliza como técnica o afresco, que tem como base uma argamassa de cal e areia, essa técnica foi empregada por ser resistente aos efeitos do tempo. Michelangelo, precisou de quatro anos para efetuar sua obra, começando em 1536 e sendo concluída em 1541. 
	As representações artísticas carregam consigo muito do contexto social no qual estão inseridas, e não foi diferente com a obra em questão, na época em que Michelangelo deu início a produção, um caos cultural, político e religioso se instaurava na Europa. Mais especificamente, vivia-se o início da Reforma Protestante que levou à divisão da Igreja Católica e o surgimento de denominações protestantes. A representação do Juízo Final de Michelangelo possui uma função social atemporal, onde um dos principais objetivos é suscitar nos fiéis o temor do julgamento e fazer que reflitam sobre seus atos pautados nas informações expostas por essa narrativa bíblica. 
O dia do juízo final é o último da história da humanidade, Jesus Cristo é o juiz supremo que encontra-se na parte superior da pintura, ele está envolto por uma aura luminosa, representado como um jovem despido e musculoso, seu corpo mostra sinais da tortura que sofreu, é nítido as perfurações em seus pés. A coloração primária amarela em volta de Jesus Cristo e Maria, traz um ar de superioridade e supremacia, o contraste com a coloração azul da representação do céu, faz com que embora vários eventos estejam acontecendo na pintura, nosso olhos se voltem quase que instantaneamente para a imagem de Jesus Cristo. O gestual de seu braço reforça a sensação de movimento da obra, é como se com a mão direita condenasse, enquanto a esquerda chamava e abençoava os que seriam salvos.
Técnicas como o sfumatto que consiste em esfumaçar ou sombrear o entorno da imagem para projetá-la para a frente da tela, ganhando volume é utilizada por toda a pintura. A Virgem Maria, é retratada com feições de tristeza e lamentação, seu olhar está pairado sobre o horrível espetáculo que acontece abaixo dos céus, curiosamente, diferente de grande parte dos corpos nus retratados na pintura, a virgem é caracterizada de maneira bem respeitosa. 
No extremo superior podemos observar anjos carregando com esforço os instrumentos da paixão de cristo, como a cruz, a coroa de espinhos e do lado oposto a coluna da flagelação. Ao redor de Cristo temos o corpo celestial, que presencia a grandiosidade do momento, muitos mostram afeições de espanto, curiosidade e angustia. Esse grupo próximo do juiz é composto por santos, apóstolos, bem aventurados, entre outros. Um pouco mais abaixo temos os setes anjos e as sete trombetas, outros dois anjos seguram consigo dois livros, o livro pequeno parece representar as coisas boas feitas pelos humanos e o livro maior coisas detestáveis feitas pelos mesmos.
No canto inferior esquerdo, em tons esverdeados a ressureição é retratada, os túmulos se abrem e os esqueletos se transformam em corpos que ascendem ao céu. A entrada do inferno fica retratada na terra. Suas cores quentes lembram o sol e o fogo, os sentimentos transmitidos por essa coloração nesta situação é de sofrimento, horror e perturbação. No canto oposto, o barqueiro que levava os mortos na mitologia grega se faz presente, com seu remo expulsa a golpes os indivíduos para se juntar aos demônios. Logo acima, uma luta entre anjos e demônios é travada para empurrar os condenados. Os que ascendem aos céus tem em seus rostos a felicidade estampada, comemoram, se abraçam e se beijam. 
Michelangelo explora com maestria o conceito da justiça divina severa e implacável em relação aos condenados. Essa obra incita aos fiéis a rememorar suas falhas e, ao reconhecer seus pecado se arrepender para que não sofram os mesmos castigos. Na tentativa da interpretação do mundo, cada artista tem seu estilo e técnica, observa-se que Michelangelo, utilizou de técnicas como luz e sombra, perspectiva, que traz uma ideia de profundidade as pinturas e a composição foi totalmente harmônica. A utilização das cores caracteriza muito bem os espaços, a cor azul de fundo denota o céu, o tom esverdeado com pontos amarronzados retratam a terra e o mar dispõe de um azul com uma tonalidade mais clara que do céu. 
2- Baseado na leitura dos artigos "Criatividade" (3 páginas) e "Funções da arte" (3 páginas), faça a análise da obra O Lavrador de Café (1934) do pintor Cândido Portinari. Na sua análise, utilize elementos dos textos lidos. (2 páginas, valor 5 pontos). 
Cândido Portinari foi um importante artista plástico brasileiro da fase modernista. Suas representações artísticas retratam questões sociais, através da arte explorava temáticas brasileiras, como a luta das classes trabalhadoras nas plantações, favelas e cidades. Sua sensibilidade aos temas sociais ficou explicitamente representada em sua obra O lavrador de Café (1934).
	Em primeiro plano observamos um homem negro, típico trabalhador do campo, retratado com mais músculos que o normal, onde seus pés e mãos apresentam tamanhos desproporcionais. Segundo os elementos apresentados na obra, parece estar retratando o início do século XX, quando o café era o principal produto de exportação da economia brasileira, época em que o Brasil ainda possuía uma estrutura escravista. O expressionismo, técnica utilizada por Portinari, influenciava suas pinturas, essa técnica fica visível quando o artista retrata os detalhes dos pés e das mãos disformes, aumentar o tamanho do corpo atrai a atenção para a importância do trabalhador, pois seus membros eram seu instrumento de trabalho, toda sua força ali era concentrada. A tonalidade das cores utilizadas trazem uma sensação de suavidade e fruição para a obra, o chão escuro contrasta com a calça clara do lavrador, seus pés quase se confundem com a terra, pés grandes que demostram resistência e sustenta muito sofrimento. A técnica de luz e sombra é empregada, o que traz mais realismo para a obra. 
	A enxada é a ferramenta que auxilia o lavrador no desempenho de sua função, ademais, observando o lado direito da pintura, vemos uma árvore cortada que remete ao desmatamento da vegetação natural local, para abrir espaço para o cultivo do café. O lavrador não encara o observador, seu olhar é reflexivo, possivelmente pensando sobre a exploração da terra. Seu rosto é retratado com muita riqueza de detalhes, os traços característicos do povo negro se fazem presente, o cabelo conta com uma ondulação que traz a impressão de movimento à obra, como se o vento estivesse presente naquele momento, podemos observar também essa movimentação nas nuvens do céu, onde linhas curvas em sentidos diferentes sugerem movimento. 
	Em segundo plano, nota-se a extensa plantação de café e grãos já colhidos amontoados. O trem, meio de transporte utilizado para escoar o café érepresentado na obra e perpassa toda a fazenda. Essa pintura de óleo sobre tela, retrata muito bem o período em que foi produzida, ela tem o poder de apresentar um novo modo de olhar e compreender os problemas sociais de determinada época. Quando a obra alcança esse objetivo ela pode ser intitulada como verdadeiramente criativa. A obra O lavrador de café adequa-se a função pragmática ou utilitária, onde a arte serve para se alcançar um fim não artístico, a finalidade almejada por Portinari produzindo essa obra é claramente política e social. 
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