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ARTES VISUAIS E EDUCAÇÃO P R O F ª . A M A N D A B A S T O S Separe um ambiente propício, com o mínimo de distrações possível. Se estiver usando o celular, coloque ele em algum suporte ou apoio para que fique com as mãos livres. Separe material para fazer anotações, como um caderno e canetas. Dedique um tempo específico no seu dia-a-dia para realizar seus estudos. Anote suas dúvidas e não tenha medo de usar os fóruns e recursos disponíveis para isso com os tutores. D I C A S P A R A E S T U D A R : ESTUDAR S Ó POR EST E MATERIA L NÃO TE DARÁ TODAS AS INFORMA ÇÕES NECESSÁRI AS PARA A PROVA. EL E É UM GUIA, COM O O NOME DIZ, UMA R EVISÃO E NÃO S UBSTITUI O MATERI AL DE ESTUDO DE CADA AULA . PORTANTO , NÃO DEIXE DE L ER OS TEXT OS DAS AUL AS E O MATERIAL D E APOIO NA ÍNTEGRA. A T E N Ç Ã O ! REVISÃO PARA AP1 Ensino de arte no Brasil Abordagem Triangular Livre expressão no ensino de arte Estética e Poética Objetivos do ensino de arte P R I C I P A I S T Ó P I C O S : ENSINO DE ARTE NO BRASIL Pré-Modernista Modernista Pós-Modernista Concepção de ensino como técnica, valorização apenas do produto. Concepção de ensino como expressão, valorização apenas do processo. Concepção de ensino como conhecimento, valorização do processo, do produto e do meio cultural do aluno. LIVRE EXPRESSÃO Seguindo a tendência reformista do Movimento de Educação artística, podemos destacar os estudos do arte-educador Franz Cizek, que atuou em Viena no início do século XX. Cizek desenvolvia suas práticas valorizando a criatividade e a expressão da criança. Tinha como lema a frase “Nada ensinar, nada aprender! Deixar crescer as próprias raízes!”, que causou espanto entre os educadores da época, sendo reconhecido pelos seus métodos revolucionários e inéditos. Cizek não permitia que as crianças copiassem modelos, nem dizia a elas qual técnica usar, fornecendo apenas um espaço em que elas pudessem experimentar diversos materiais, sem interferir no processo ou no resultado do trabalho para corrigir possíveis “erros” das crianças. Ele queria que o aluno aprendesse a expressar formalmente as sensações e sentimentos abstratos e o resultado seria uma expressão pessoal livre e desimpedida. Devemos destacar também os estudos de Herbert Read acerca da Educação pela Arte, que também desenvolveu a teoria da “livre expressão”. Read afirma que a expressão é inerente ao ser humano e parte da necessidade de cada criança de externar um desejo. Cada gesto e som emitido pela criança têm um objetivo específico, ou seja, desde o nascimento a criança tem a capacidade de se expressar e o faz instintivamente para que o outro compreenda sua necessidade. Ele define como expressão livre qualquer expressão sem aparente finalidade, ressaltando que “expressão livre não quer dizer necessariamente expressão artística” (READ, 2001, p. 120). LIVRE EXPRESSÃO Dentro da premissa de livre-expressão, o conceito de criatividade passou a ser difundido como o primeiro objetivo de ensino. A concepção de criatividade se associou desta forma, a espontaneidade, a autoliberação e a originalidade. (BARBOSA, 2008) A identificação da criatividade com a espontaneidade correspondia à compreensão do senso comum. Quanto a ideia de autoliberação, pode estar relacionada a uma reação aos modelos clássicos de ensino de arte voltado para o desenho. De forma geral, a criatividade foi interpretada dentro do contexto das reformas educacionais do início do século XX, como sendo um objetivo para o desenvolvimento da expressão individual, no ensino de arte escolarizado. Porém, essa preocupação excessiva com a expressão e a criatividade fizeram com que as práticas difundidas pela Escola Nova reduzissem as aulas de arte em um laissez-faire, um deixar fazer “qualquer coisa”, partindo de uma sensibilização exagerada para grotescas reproduções copistas, nada tendo a ver com criação e muito menos com processos inventivos. (BARBOSA, 2008.) Esses métodos de leitura e análise de imagens contribuíram para a mudança nas práticas pedagógicas do professor de Artes, ao enfatizar a interpretação das imagens e suas significações, colocando-o como importante mediador no processo de ensino e aprendizagem do aluno para o trabalho com imagens nas aulas de Artes. De acordo com as reflexões construídas, é possível afirmar que essas propostas, na verdade, tinham o objetivo de orientar os professores de Artes para trabalharem com leitura de imagens em sala de aula, o que, de fato, se tornou mais significativa no início do século 21, com o avanço de estudos sobre a Cultura Visual, quando a Proposta Triangular passou a enfatizá-la cada vez mais na educação escolar. Sistematizada por Ana Mae Barbosa, a Proposta ou Abordagem Triangular está voltada para um ensino baseado em três eixos norteadores: a Leitura, a Contextualização e o Fazer Artístico; no qual ressalta a importância do aluno compreender e fazer essa leitura de imagens.. ABORDAGEM TRIANGULAR Conhecer/ Contextualizar Poetizar/ Fazer Fruir/ Ler PROPOSTA TRIANGULAR Conhecer/ Contextualizar Poetizar/ Fazer Fruir/ Ler Contextualização Contextualização da obra de arte. Conhecer/analisar a história da obra e o contexto de sua produção, bem como o artista e época em que foi produzida, relacionando-a com o contexto atual, pensando a obra de arte de uma forma mais ampla, para, consequentemente, ampliar o conhecimento em arte. Fazer artístico Momento de criação, produção, de representação e expressão artística. A obra observada é uma boa referência para estimular o indivíduo a criar artisticamente, experimentando diferentes linguagens, sem que seja uma cópia ou modelo estereotipado da obra observada. Deve-se preservar a criatividade e a livre expressão na criação de uma nova obra. Leitura da Obra de arte/ Fruição Apreciação, percepção, sensibiliza-ção, leitura de imagem por meio da gramática visual. Conhecer os elementos visuais da obra, para descobrir e discutir questões que ela revela. Conhecer a obra e compará-la com obras e artistas de outras épocas ou não, interpretando-a subjetivamente. ESTÉTICA E POÉTICA A estética está ligada às formas e às imagens que constituem uma obra de arte, tendo foco portanto, naquilo que é visual. Está ligada à investigação do que é belo e das emoções que uma obra de arte pode despertar. Deste modo, o estudo do não- belo (ou feio) também é analisado aqui. A poética, por sua vez está ligada à narrativas e por definição mais ligadas à literatura. Mas ela também pode ser entendida como um ato poético, criando conceitos que visam o entendimento da construção de outras obras, não só literárias. A estética e a poética estão intimamente ligadas às produções artísticas. O estudo destas duas áreas do conhecimento remontam à Grécia Antiga. Aristóteles já tratava deste assunto com seus alunos em suas discussões sobre a poesia e a arte. Ainda na Grécia Antiga, outros filósofos também se utilizavam da “estética”, que deriva da palavra grega aesthesis e que significa sensibilidade. Em linhas mais gerais, podemos dizer que: 1. 2. Estes dois conceitos nascem então, da filosofia e enveredam pelos caminhos da arte. Atualmente, o significado de estética corresponderia a uma “doutrina do conhecimento sensível”. Baumgarten definiu a estética como uma disciplina que busca refletir sobre as emoções produzidas por aquilo que admiramos. A poética em arte pode ser o que diferencia um objeto do cotidiano das produções artísticas, pois é ela que está diretamente ligada ao que o artista é, ao que chamamos de estilo, uma vez que aquilo que ele pensa pode se revelar em sua obra a través dos materiais e procedimentos que ele escolhe para este fim. A INCLUSÃO DA ARTE NO CURRÍCULO ESCOLAR O ensino de Arte foi incluído no currículo escolar pela LDB de 1971, com o nome de Educação Artística, ainda como “atividade educativa” e não como disciplina. Em 1988, ano da nossa atual Constituição Federal, em meio a discussões sobre educação, sofreuainda riscos de ser excluída do currículo escolar, fato que levou educadores da área a organizarem manifestações a fim de garantir a permanência do estudo das artes nas escolas. Finalmente, com a atual Lei de Diretrizes e Bases, foram revogadas disposições anteriores e a matéria “Artes” foi reconhecida como disciplina, tendo seu ensino se tornado obrigatório na educação básica, conforme dispõe o parágrafo 2º do artigo 26: O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. OBJETIVOS DO ENSINO DE ARTE Desenvolvimento da expressão pessoal: Permitir que os alunos explorem e expressem suas ideias, emoções e experiências por meio da criação artística. Isso ajuda no desenvolvimento da autoestima e da confiança em suas habilidades criativas. O ensino de arte possui diversos objetivos, que vão além do desenvolvimento de habilidades técnicas. O ensino de arte na educação básica visa promover o crescimento integral dos alunos, estimulando sua criatividade, sensibilidade estética, e compreensão das expressões artísticas. Alguns dos principais objetivos do ensino de arte para o ensino fundamental incluem: Estímulo à criatividade: Promover a imaginação e a inovação, incentivando os alunos a pensar de forma original e a encontrar soluções criativas para problemas artísticos. Compreensão da linguagem visual: Ensinar os alunos a ler e interpretar obras de arte, desenvolvendo sua capacidade de compreender e analisar elementos como forma, cor, linha, textura e composição. Exploração de mídias e técnicas: Introduzir os alunos a uma variedade de materiais artísticos e técnicas, permitindo-lhes experimentar e desenvolver suas habilidades técnicas. Conhecimento cultural: Apresentar os alunos a diferentes culturas e períodos artísticos, ajudando-os a compreender como a arte reflete a sociedade e a cultura em que foi criada. Promoção da cultura visual: Capacitar os alunos a serem consumidores críticos de mídia e imagens visuais, ajudando-os a entender como as imagens são usadas para comunicar mensagens e influenciar a sociedade.
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