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BOLA DE NEVE CHURCH - AULA 15

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1 
 
“O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura 
boas pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu 
tudo que possuía, e a comprou”. (Mateus 13: 45 e 46) 
 
 
Mergulhando na Palavra 
 
Ministério de Ensino da Igreja Bola de Neve 
 
Igreja Evangélica Bola de Neve 
 
Telefone: 55 11 3672-6010 
 
 
www.boladeneve.com 
 
 
www.mergulhandonapalavra.com 
 
 
www.bolaradio.com.br 
 
 
www.bolatv.com.br 
 
 
www.bolamusic.com.br 
 
 
www.ministeriorecrie.com.br 
 
 
www.mulheresdobola.com.br 
 
 
www.ministerioatacar.com.br 
 
 
e-mail: mergulhando@boladeneve.com 
 
 
Ano 2009 
 
“Todos os direitos reservados. Este manual não pode ser copiado, foto 
copiado, reproduzido, traduzido ou convertido em qualquer forma eletrônica 
ou legível por qualquer meio, em parte ou no todo, sem a aprovação prévia 
por escrito da Igreja Evangélica Bola de Neve.” 
http://www.boladeneve.com/
http://www.mergulhandonapalavra.com/
http://www.bolaradio.com.br/
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http://www.mulheresdobola.com.br/
http://www.ministerioatacar.com.br/
mailto:mergulhando@boladeneve.com
 
 
2 
 
 
 
Sumário 
 
 
Introdução ...........................................................................................................3 
 
A evolução do dinheiro .........................................................................................8 
 
A bíblia e o dinheiro ............................................................................................11 
 
O judeu e o dinheiro ...........................................................................................14 
 
O cristão e o dinheiro .........................................................................................18 
 
Prosperidade ......................................................................................................25 
 
Qual a sua motivação? .......................................................................................37 
 
Algumas situações do dia a dia ..........................................................................44 
 
Quando o dinheiro se torna um problema ..........................................................58 
 
O dinheiro na forma de um deus ........................................................................65 
 
Administração e Planejamento Financeiro ..........................................................76 
 
O Cartão de Crédito ...........................................................................................91 
 
Os Dízimos.........................................................................................................96 
 
As Ofertas ........................................................................................................111 
 
As Primícias......................................................................................................116 
 
A Lei da Semeadura e da Colheita......................................................................121 
 
Saindo da maldição e entrando na bênção ........................................................130 
 
Conclusão ........................................................................................................133 
 
Alguns exemplos práticos .................................................................................135 
 
Algumas questões relacionadas às finanças ......................................................138 
 
As perguntas mais freqüentes ...........................................................................139 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Introdução 
 
 
 
 
 
Quando escolhemos caminhar com JESUS, O declarando como nosso único, 
exclusivo e suficiente SENHOR e Salvador, reconhecemos a conversão do nosso coração a 
DEUS. Porém, junto com a conversão do coração, alguns outros pontos da vida também 
precisam ser mudados e convergidos a DEUS de igual forma. Além do coração, 
precisamos ter convertidos a mente, as mãos, a boca, os olhos, e acreditem se quiser, o 
“bolso”. 
 
Para a grande maioria, a conversão do bolso é a parte mais difícil de todo o 
processo de transformação da vida. Há pessoas que rapidamente entregam o “bolso” aos 
cuidados de JESUS. Há pessoas que relutam um pouco, mas que entregam ao longo da 
vida. Mas há pessoas que morrerão sem ter experimentado o desapego ao material, as 
maiores alegrias que existem em dar do que em se receber, a devoção a DEUS 
representada pela devolução de dízimos como sinal de obediência e gratidão, além das 
experiências sobrenaturais de provisão financeira que aparecem milagrosamente no 
último minuto da prorrogação (ou quem sabe ainda na decisão por penalidades). 
 
Quando falamos sobre o dinheiro tendo o respaldo da bíblia, as pessoas têm uma 
tendência a manterem-se na defensiva. Quando falamos de dízimos então, parece que 
estamos falando a um gato acuado. Quando dizemos que aquele que dá é mais feliz do 
que aquele que recebe, esse gato então se torna arisco, com os pêlos todos arrepiados e 
com o rabo todo espanado. Ao ler essas páginas, oramos para que todos nós nos 
desarmemos, arrancando os pré-conceitos que o mundo plantou na nossa mente. Nosso 
coração precisa estar sempre aberto para as mudanças que DEUS deseja realizar, 
inclusive quando essas mudanças referem-se às nossas finanças. 
 
Não pense que somente palavras como “salvação”, “oração” e “jejum” são assuntos 
espirituais, e que a palavra “dinheiro” é um termo exclusivo do mundo secular. Muito pelo 
contrário, pois para o cristão, lidar com o dinheiro, requer santidade, intimidade e direção 
espiritual dada por DEUS. Agindo assim, evitam-se uma série de problemas como, por 
exemplo, a avareza, a ganância, o egoísmo, o roubo, a idolatria, as disputas judiciais, 
entre tantos outros assuntos que afastam o homem de DEUS. 
 
Um dos assuntos mais difíceis e complicados dentro do cristianismo é justamente 
o que aborda o dinheiro. Muito dessa dificuldade se deve à pelo menos dois fatores 
inerentes ao ser humano: 
 
1. A tendência de amar as riquezas e depender dela. 
 
2. A resistência e coração duro aos ensinamentos de JESUS acerca das 
finanças. 
 
Seu objetivo de vida não é o de ganhar dinheiro. Você pode ter até um chamado 
específico em lidar com o dinheiro, mas isso não significa que você vai viver em função 
dele, muito menos tê-lo como meta de vida. Certamente, tendo o dom da pobreza ou o 
dom de adquirir riqueza, seu objetivo de vida será o de alcançar um outro tipo de riqueza, 
de valor muito mais supremo e incalculável. 
 
 
 
 
4 
 
“Mas DEUS, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos 
amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com 
CRISTO – pela graça sois salvos – e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez 
assentar nos lugares celestiais em CRISTO JESUS, para mostrar nos séculos 
vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em 
CRISTO JESUS. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de 
vós, é dom de DEUS; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2: 4-9) 
 
A redenção é para aquele que crê, e não para aquele que tem ou é alguma coisa no 
mundo. A condição exigida por DEUS para se chegar à salvação não é a de se ter 
patrimônios e rendas. A condição para salvação é exatamente a mesma, tanto ao rico, 
quanto ao pobre. 
 
O mundo de hoje é materialista e consumista. A realidade atual nos mostra que as 
pessoas são medidas por aquilo que elas têm, e não por aquilo que elas são. A análise do 
exterior vale muito mais que a do interior, o desempenho vale mais que o caráter, e os 
fins justificam e valem mais do que os meios. E é justamente essa realidade do mundo 
que jamais pode encontrar espaços nas igrejas. 
 
Fama, status, poder, influência e bens jamais podem ser os nossos sonhos de 
consumo. Ao invés de tudo isso, aos olhos do Criador,os verdadeiros sonhos de consumo 
devem ser a intimidade com DEUS e a salvação eterna que há somente em JESUS 
CRISTO. 
 
A essência de nossa existência é conhecer de verdade a DEUS, voltar aos Seus 
braços e a partir de então, apresentá-Lo ao mundo. E todas as demais coisas da nossa 
vida devem ser tidas como conseqüências disso. De nada adiantará ter tido uma vida de 
riqueza ou até mesmo de pobreza, se ao final dela não termos encontrado a suprema 
riqueza da Sua graça. 
 
É bem verdade que o dinheiro compra muitas coisas. Porém há coisas que a prata 
e ouro não conseguem comprar. A prata e o ouro possuem valores terrenos e temporais, 
sendo estimadas pela humanidade. Porém, neles, há um poder de corruptibilidade muito 
perigoso e nocivo. 
 
Quando o apóstolo Pedro escreveu que fomos “resgatados”, ele estava dizendo, 
entre outras coisas, que um preço havia sido pago para se comprar e adquirir algo. E 
nesse caso, essa moeda teve um valor infinitamente maior que qualquer dinheiro. Para 
ser mais exato, foi pago um valor imensurável que nem todo o dinheiro do mundo, mesmo 
sendo acumulado, poderia se igualar ao valor da oferta de sangue derramada na cruz. 
 
Nos tempos bíblicos, a prata e o ouro poderiam até resgatar uma pessoa de uma 
condição de escravidão física, mas jamais de uma escravidão espiritual. Certamente 
quando Pedro escrevia esse texto, ele tinha como base a sua carta de alforria espiritual. 
Se você acha que já viu ou conhece algumas jóias preciosas, ou ainda conhece pessoas 
que sejam milionárias ou bilionárias, é porque ainda não viu o que realmente existe de 
mais precioso em termos de moeda ou riqueza: o sangue de JESUS. 
 
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que 
fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas 
pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de 
CRISTO.” (1 Pedro 1: 18 e 19) 
 
 
 
 
5 
 
Mas, ainda assim, não há qualquer engano em trabalhar e crescer 
financeiramente, e quando isso acontece, o nível de dependência deve crescer também: 
aos olhos carnais, quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais independente ela se torna; já 
aos olhos espirituais essa relação muda, pois quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais 
difícil é manter sua dependência de DEUS, caso contrário ela certamente sucumbirá aos 
enganos da vida. 
 
As riquezas, na vida do cristão, podem sim ser consideradas como uma benção de 
DEUS, desde que atendam uma série de requisitos que veremos nas páginas adiante, pois 
os seus olhos e o seu coração dirão se o dinheiro representa um perigo ou uma benção 
em sua vida. 
 
“A bênção do SENHOR enriquece, e com ela não traz desgosto.” (Provérbios 10: 
22) 
 
O objetivo final em se ter uma área financeira saudável, de ofertar, de entregar o 
dízimo e tudo o mais que se relacione com o dinheiro, é a salvação das almas. Não há 
nenhum sentido prosperar financeiramente sem ter como objetivo final a salvação de 
vidas. Não há nenhum sentido orar para que as igrejas sejam prósperas financeiramente 
se o objetivo final não for o de alcançar as almas perdidas e fornecer alimento às pessoas, 
quer espiritual, quer material. Não há nenhum sentido orar para que DEUS traga 
recursos financeiros aos seus servos se o objetivo final não for o de repartir e o de dar, 
mesmo porque quanto mais alguém dá, mais este recebe de DEUS. Perder essa essência, 
significa sair da visão e do centro da vontade de DEUS quando o assunto é o envio de 
recursos financeiros para as igrejas e para a vida de cada um. 
 
Não estamos dizendo que os recursos não possam ser usados e revertidos na 
própria vida. Muito pelo contrário, pois a mesma bíblia diz que digno é o trabalhador de 
seu salário. 
 
“Pois a escritura declara: não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: o 
trabalhador é digno do seu salário.” (1 Timóteo 5: 18) 
 
Quando o dinheiro é aplicado sobre a própria vida de uma maneira correta e 
saudável, ele traz consigo benefícios que facilitam a vida, como por exemplo, alimentação, 
vestuário, moradia, educação de qualidade, momentos de lazer em família, etc. 
 
E ainda que o resultado final seja a salvação das almas, a vida pessoal não pode 
se limitar a isso: receber JESUS como Salvador, freqüentar uma igreja e se programar 
para ir ao céu. Além disso, como embaixadores de CRISTO na terra (2 Coríntios 5: 20 a), 
precisamos trazer o Reino de DEUS para cá. Quando oramos para que venha a nós o 
Reino Dele (Mateus 6: 9 e 10), não estamos nos referindo somente a salvação, mas 
também aos diversos princípios espirituais que cercam a nossa existência, entre elas as 
questões financeiras. É de extremo valor aplicar, no dia a dia, os princípios bíblicos do 
Reino sobre as finanças. 
 
As leis espirituais regem todo o universo de igual forma e são as mesmas para 
homens, mulheres, anjos, demônios e satanás. Essas leis valem para todos, sendo elas 
imutáveis. As finanças possuem suas respectivas leis espirituais que abordaremos no 
decorrer desse estudo. Portanto, essas leis nos indicam a forma que temos que lidar com 
a área financeira, e entre outras coisas, tem-se os seguintes pontos: administrar os 
recursos dados por DEUS, atravessar os desertos financeiros, aprender com esses 
desertos, ter desapego ao material, não amar o dinheiro, dar sem esperar receber nada 
em troca, ser próspero, planejar as finanças pensando no Reino e na família, ter o real 
 
 
6 
 
entendimento do propósito do dinheiro, ter o real entendimento da ausência do dinheiro, 
ser suprido em todas as coisas, e finalmente, ser abençoado por DEUS. 
 
Atualmente, quando pensamos em dinheiro, associamos a um papel chamado 
cédula, que por sua vez possui uma capacidade de adquirir algo, sejam serviços, ou bens 
móvel-imóveis, ou um alimento, ou uma viagem, etc. Isso nos faz entender que o dinheiro 
faz parte da nossa vida, e mais do que isso, da realidade do nosso dia a dia. 
 
Com todo esse contexto, para se viver nesse mundo, o dinheiro é importante sim, e 
ele está diretamente relacionado a todos os setores da vida, inclusive o setor eclesiástico. 
Se não fosse assim, de que maneira as igrejas pagariam suas despesas? Portanto, é um 
engano o cristão desprezar essa realidade. O importante e fundamental para ser ter uma 
vida ajustada em DEUS, é saber colocar o dinheiro no seu devido lugar – longe do 
coração. 
 
A aliança de DEUS com seu povo abrange vários segmentos da vida. E Ele atrelou 
a abundância financeira à condição de obediência. Isso significa dizer que as conquistas 
materiais devem estar totalmente interligadas com as questões espirituais. Crescimento 
material é apenas umas das possíveis conseqüências de um crescimento espiritual. 
 
Nas páginas a seguir, abordaremos diversos assuntos que mesclam finanças com 
espiritualidade. Qual deve ser a nossa postura ante o dinheiro e também qual deve ser a 
postura dele diante de nós? Deixe que ele trabalhe e nos sirva, e jamais o contrário. Você 
se considera uma pessoa próspera? Saiba que você pode ter muito dinheiro e ainda assim 
não ser próspera, ou não ter lá muitos recursos, mas, diante de DEUS, ser próspero. Ou 
quem sabe tanto ser rico quanto ser próspero. O que será que a bíblia diz sobre 
prosperidade? 
 
Esperamos que você, ao estudar conosco, não tenha o dinheiro como sua 
motivação. Oramos para que DEUS derrame todas as promessas sobre a sua vida, por 
encontrar em você um coração apto para recebê-las, não fazendo delas o seu deus. No dia 
a dia nos deparamos com uma série de situações que envolvem o dinheiro. DEUS quer 
que Seu povo saiba administrar e planejar os recursos, sem negligenciar conceitos 
totalmente espirituais como primícias, dízimos, ofertas e semeadura e colheita. 
 
“Bendito o que vem em nome do SENHOR. A vós outros da Casa do SENHOR, 
nós vos abençoamos”. (Salmo 118: 26) 
 
A proposta está feita! A escolha está em nossas mãos! Bem ou mal,vida ou morte, 
bênção ou maldição. Que escolhamos a vida e a bênção, para que sejamos sempre 
chamados como aqueles que são benditos, e que sempre virão representando o nome do 
SENHOR. 
 
“O SENHOR, teu DEUS, te dará abundância em toda obra das tuas mãos, no 
fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto da tua terra e te 
beneficiará; porquanto o SENHOR tornará a exultar em ti, para te fazer bem, como 
exultou em teus pais; se deres ouvidos à voz do SENHOR, teu DEUS, guardando 
os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste Livro da Lei, se te 
converteres ao SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração e de toda a tua 
alma. Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, 
nem está longe de ti. (...) Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no 
teu coração, para a cumprires. Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e 
o mal; (...) Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e 
fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te 
 
 
7 
 
declaro que, certamente, perecerás; (...) Os céus e a terra tomo, hoje, por 
testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; 
escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o 
SENHOR, teu DEUS, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a Ele (...)”. 
(Deuteronômio 30: 9-20) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
Capítulo 1 
 
 
A evolução do dinheiro 
 
 
 
 
 
O dinheiro, como conhecemos hoje, nem sempre existiu – a moeda é o resultado de 
uma longa evolução nas relações comerciais. Antigamente não existiam cédulas, o 
dinheiro no formato de papel ou ainda no formato do comércio eletrônico. As compras e 
vendas se davam através de trocas de mercadorias e qualquer prestação de serviços era 
paga também através de mercadorias. Essa troca de mercadorias é o que a história 
chamou de escambo. 
 
O escambo foi a primeira forma de comércio praticada pela humanidade. O 
escambo original era a simples troca de uma mercadoria por outra, sem equivalência de 
valor e sem a presença de dinheiro. Por exemplo, uma pessoa ou um grupo que colhesse 
arroz além do necessário à sua sobrevivência, naturalmente faria escambo com alguém 
ou um grupo que pescou além do necessário (isso ainda pode ocorrer entre povos de 
economia primitiva nos dias de hoje). 
 
O escambo utilizava-se de mercadorias em seu estado natural, e por não existir 
um parâmetro para avaliar o real valor de cada tipo de mercadoria, as pessoas viram-se 
em certa dificuldade no momento de fechar os negócios. Com isso as mercadorias que 
tinham mais utilidades passaram a ser mais procuradas e consequentemente tiveram seu 
valor elevado. Essas mercadorias, aceitas por todos, assumiram a função de moeda da 
época, sendo consideradas como moeda-mercadoria, circulando como elemento de troca e 
base de referência para avaliação dos demais produtos. 
 
Uma das moedas-mercadorias mais usadas foram os animais, principalmente o 
gado bovino, já que apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação 
de serviços, mesmo apesar do risco de doenças fatais e a estimativa de vida pré-
determinada. Um outro tipo de moeda-mercadoria foi o sal, devido ao potencial de 
conservar os alimentos e sua difícil obtenção nas regiões mais interioranas. Tanto o gado 
como o sal influenciaram o nosso vocabulário: pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro 
acumulado) que derivam do latim pecus (gado); a palavra capital (patrimônio) vem do 
latim capita (cabeça); a palavra salário (remuneração normalmente em dinheiro) tem sua 
origem no uso do sal para o pagamento de serviços prestados na Roma antiga. 
 
Com o passar do tempo, percebeu-se que praticamente todas essas mercadorias 
apresentavam o problema de não permitir o acúmulo de riquezas por serem facilmente 
perecíveis. A única mercadoria possível de se acumular, sem problemas de perecimento, 
era o metal, originalmente usado na fabricação de utensílios e armas anteriormente feitos 
de pedra desde os primeiros anos de existência humana. Por apresentar essa vantagem 
de entesouramento, além da divisibilidade, da raridade, da facilidade no transporte e da 
sua beleza, o metal passou a ser considerado o principal padrão de valor. Era trocado sob 
seu estado natural até passar a ser trocado já em forma de barras, ou objetos como anel e 
utensílios diversos, o que exigia checagem do peso e avaliação do grau de pureza a cada 
troca comercial realizada. 
 
 
 
 
9 
 
Qualquer bem poderia servir como elemento de troca, como por exemplo, o gado, 
as terras, as artes, os metais preciosos ou qualquer outro objeto ou outro animal. Para 
avaliar a riqueza de alguém, era preciso estabelecer a quantidade de bens materiais que a 
pessoa possuía. A bíblia diz que Abraão foi uma pessoa muito rica: 
 
“Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro.” (Gênesis 13: 2) 
 
O metal, mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca 
indicativa de valor e marca do responsável pela sua emissão. Isso deu agilidade nas 
transações comercias já que dispensava a pesagem e permitia a imediata identificação da 
quantidade de metal oferecido na troca. O resultado disso foi que o metal passou a ser 
considerado uma mercadoria muito desejada. 
 
A produção do metal exigia conhecimento das técnicas de fundição e 
conhecimento das reservas naturais e, por isso, essas tarefas não estavam ao alcance de 
todos. A sua valorização, cada vez maior, fez com que esses instrumentos de troca, que já 
eram utilizados como moeda, passassem a ser utilizados como dinheiro através de 
réplicas de objetos metálicos de pequena dimensão, como o talento (moeda de cobre ou 
bronze em formato de pele de animal), encontradas no oriente médio, na Grécia, Itália e 
em Chipre. 
 
Finalmente no século VII a.C. surgiram as primeiras moedas com as 
características das que conhecemos hoje: pequenas peças de metal com peso e valor 
definidos e com a impressão oficial daquele que a emitiu, de forma a garantir o seu valor. 
 
As moedas passaram a refletir a mentalidade dos governos da época, sendo 
observados nelas os aspectos políticos, econômicos, tecnológicos, culturais e de 
personalidades da época. Provavelmente, a primeira efígie impressa em uma moeda, 
ocorreu na Macedônia, através da figura de Alexandre o Grande, por volta de 330 a.C. 
 
No princípio não havia a fabricação em série e em medidas simétricas umas as 
outras como ocorre hoje. Antes, as moedas eram fabricadas por processos manuais e 
rústicos, e tinham sua aparência irregular. 
 
Os primeiros metais usados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata, e 
isso se manteve por muitos séculos, sendo as peças avaliadas pelo próprio valor comercial 
do metal empregado na confecção (o chamado valor intrínseco). Por exemplo, se para a 
cunhagem da moeda fora usada dez gramas de ouro, essa moeda valia exatamente as dez 
gramas nela empregada. 
 
Por muito tempo os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, 
deixando a prata e o cobre para as moedas de menor valor. Essa prática de manteve até o 
século XX, quando outras ligas metálicas começaram a ser usadas na confecção, sendo 
as peças avaliadas pelo valor gravado na sua face, e não mais pelo tipo de metal (o 
chamado valor extrínseco). Ou seja, não importava a quantidade de ouro ou outro metal 
que fora usada em determinada cunhagem de moeda, já que o valor da moeda era o que 
estava gravado nela. 
 
Na idade média, surgiu o costume de se guardar os valores com um ourives 
(pessoa que negociava ouro e prata), que como garantia entregava um papel como recibo. 
Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, 
circulando de mão em mão, dando origem ao papel moeda. E com o surgimento da moeda 
de papel, a cunhagem de moedasmetálicas ficou restrita a valores pequenos, que mais 
tarde seriam usados apenas como trocos. 
 
 
10 
 
Conforme o tempo passava, os governos conduziram a emissão das moedas (em 
metal ou em papel), controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento, além 
de retratar a cultura do país, a paisagem, a fauna e flora, arquitetura, líderes políticos, 
fatos históricos, etc. 
 
(fonte: www.bcb.gov.br – Banco Central do Brasil) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.bcb.gov.br/
 
 
11 
Capítulo 2 
 
 
A bíblia e o dinheiro 
 
 
 
 
 
O dinheiro nos dias de hoje. 
 
Se hoje, com a existência do dinheiro, o vendedor sempre acha que seu produto 
vale mais, e o comprador sempre acha que vale menos que o valor estabelecido, como não 
seria quando as trocas comerciais eram realizadas por meio do escambo? Com toda a 
certeza era algo bastante complicado e que causava grandes desacordos e insatisfações, 
exatamente como hoje em dia. 
 
Ao longo do tempo, as sociedades foram se organizando e criando regras nas mais 
diversas áreas da vida, inclusive na área que regulava a divisão, partilha e trocas 
materiais. E, para tentar eliminar as dificuldades nas relações comerciais, a sociedade ao 
longo do tempo criou o dinheiro como o conhecemos hoje: moedinhas, cédulas, cheques, 
cartões, etc. 
 
O dinheiro é um papel, é um sistema de trocas. A moeda, como a conhecemos 
hoje, não foi inventada por uma idéia pessoal, mas surgiu de uma necessidade nas 
relações humanas. O dinheiro não vale por si só, mas é avaliado pelas mercadorias e 
serviços que ele pode comprar, dando ao seu portador a faculdade de se considerar credor 
e de usufruir dos bens e serviços oferecidos. Se não houvesse o dinheiro hoje, certamente 
estaríamos trocando mercadorias como antigamente. 
 
Ao longo do tempo, o dinheiro passou a ter importância direta na vida de todos, 
afinal de contas, na sociedade em que vivemos, ele é um instrumento necessário para se 
viver. As finanças estão tão presentes no nosso cotidiano que lidamos com elas 
praticamente o tempo todo: para comermos, precisamos despender de algum dinheiro; 
para nos deslocarmos de um lado a outro da cidade, precisamos de dinheiro para o 
transporte ou gasolina; se quisermos ir ao hipermercado para abastecer a geladeira, 
teremos que dispor de dinheiro; se trabalharmos o mês inteiro para no final receber algo, 
é certo que não iremos querer receber o pagamento em mercadorias, mas sim, em 
dinheiro; e até mesmo para se ter uma conta bancária precisamos de dinheiro para a 
tarifa mensal. Em resumo, para viver nesse mundo, precisamos aprender a lidar com o 
dinheiro, exercendo controle, e não sendo controlado por ele. 
 
Hoje, temos um mercado financeiro complexo, porém frágil, onde qualquer rumor 
já traz uma grande oscilação na economia mundial. O que acontece no outro lado do 
planeta afeta diretamente nossa economia, nossos gastos, nosso orçamento, e nosso 
padrão de vida. A economia atual é mais virtual do que real. As especulações correm a 
todo vapor. Para se ter uma idéia, o dinheiro, na forma de papel moeda, não chega nem a 
10% de todos os dólares no mundo. E os mais de 90% restantes são representados por 
dinheiro virtual localizados nos bancos, nas bolsas de valores, nas financeiras, etc. 
 
Em suma, o que temos visto é um cenário em que os ricos ficam cada vez mais 
ricos, e os pobres ficam cada vez mais pobres, alargando-se a cada dia o espaço entre 
essas duas camadas sociais. 
 
 
12 
 
O dinheiro está presente até nas pequenas coisas. 
 
DEUS deixou a sua palavra escrita, a bíblia sagrada, para que a usássemos a cada 
dia de nossa vida. A bíblia é um manual de vida extremamente completo, abrangendo 
todas as áreas possíveis existentes: saúde, emoções, espiritualidade, caráter, liderança, 
família, casamento, ministério, administração. Ela ainda foi escrita para diversos tipos de 
pessoas, como idosos, adultos, jovens, crianças, com ou sem saúde, ricos ou pobres, etc. 
 
A bíblia precisa ser lida, relida, estudada, interpretada, consultada, e tudo isso 
através do ESPÍRITO SANTO, que é quem dá o entendimento e as revelações que 
precisamos. Lidamos com cada uma dessas áreas no nosso dia a dia, e para os assuntos 
da área financeira, não poderia ser diferente. 
 
Quando abordamos a área financeira, precisamos compreender que nela estão 
inseridos assuntos como dinheiro, bens materiais, riquezas, prosperidade financeira, 
administração, economia, contabilidade, planejamento e negócios. E todo esse contexto de 
finanças precisa ser visto como algo real e diário. Em nenhum lugar da bíblia está escrito 
que o dinheiro por si só é uma maldição ou algo condenável. Pelo contrário, ela aborda de 
forma clara esses assuntos dando a eles extrema importância dentro do contexto de vida. 
 
“Eis que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o 
seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida 
que DEUS lhe deu; porque está é a sua porção. Quanto ao homem, a quem DEUS 
conferiu riquezas e bens, e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua 
porção, e gozar do seu trabalho: isto é dom de DEUS. Porque não se lembrará 
muito dos dias da sua vida, porquanto DEUS lhe enche o coração de alegria.” 
(Eclesiastes 5: 18-20) 
 
No Pentateuco (os cinco primeiros livros da bíblia), estão descritas as 613 leis e 
mandamentos de DEUS ao povo judeu, e de todas essas leis, mais de 100 abordam 
questões financeiras relacionadas ao dinheiro e aos negócios. JESUS, somente nos quatro 
evangelhos que foram escritos, falou sobre dinheiro cerca de 80 vezes. E em cerca de 20% 
do conteúdo do sermão do monte (livro de Mateus nos capítulos 5, 6 e 7), Ele abordou 
questões financeiras. E mais ainda, 21 das 49 parábolas de JESUS falam sobre finanças. 
Em suma, na bíblia, JESUS só deu maior ênfase do que dinheiro as questões como 
Salvação e Reino dos Céus. 
 
 
Podemos enxergar o dinheiro de uma forma espiritual. 
 
Não podemos enxergar o dinheiro com olhos carnais, e assim o transformaremos 
em algo espiritual. Isso porque vivemos, temporariamente, num mundo em que grande 
parte de nossas decisões causam impacto direta ou indiretamente em nossa área 
financeira. 
 
O cristão precisa saber lidar com o dinheiro confiado por DEUS em suas mãos, 
para o seu correto uso e aplicação. Não são somente nossas orações que são espirituais, 
nossas finanças também podem e devem ser. 
 
“Cornélio! Este, fixando nele os olhos e possuído de temor, perguntou: Que é, 
Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas subiram para 
memória diante de DEUS.” (Atos 10: 4) 
 
 
 
13 
 
Vemos nesse texto que o anjo afirmou que a esmola, isto é, a contribuição 
financeira, subiu a DEUS, assim como a oração. Isso mesmo, o dinheiro subindo aos céus 
juntamente com uma oração. Não tente separar as coisas, dizendo a DEUS: “o que é 
espiritual é espiritual, o que é terreno é terreno. Pode deixar que das minhas finanças eu 
cuido...” 
 
Enxergue seus recursos e seu dinheiro como coisas espirituais. Procure lidar com 
eles da mesma maneira que JESUS lidaria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Capítulo 3 
 
 
O judeu e o dinheiro 
 
 
 
 
 
Antes de falarmos sobre os cristãos, falaremos sobre os judeus, pois como um 
povo formado por DEUS – ATENÇÃO, eles não foram escolhidos como muitos pensam, 
mas foram formados e constituídos como um povo – precisamos aprender algumas coisas 
com eles quando o assunto é o dinheiro. 
 
De forma alguma faremos aqui uma exaltação ao povo judeu, muito menos 
incentivaremos o proselitismo (conversão ao judaísmo). Somos cristãos convictos, cremos 
que JESUS é o Messias prometido e que só Ele salva o pecador atravésda graça revelada 
na cruz, sendo essa a essência do evangelho. Mas é inegável que o judaísmo é a raiz do 
cristianismo, e se não fosse assim, nossa bíblia não contaria com todo o antigo 
testamento. 
 
Mas quando abordamos qualquer assunto financeiro, devemos olhar com muita 
atenção para o povo judeu, pois eles têm segredos bíblicos para tal. Alguns judeus 
costumam fazer com que seu dinheiro circule dentro da comunidade por diversas vezes 
antes de sair para o mercado “secular”. Dessa forma, eles seguem um princípio bíblico de 
que para ser abençoado por DEUS é preciso antes se abençoar mutuamente. Por exemplo, 
nas suas transações de compra e venda de serviços eles priorizam as negociações entre 
eles. Por exemplo, as crianças judias são matriculadas em escolas de judeus, onde elas 
aprendem os princípios judaicos a fim de preservar seus ensinos e sua cultura. Com tudo 
isso, eles se abençoam mutuamente primeiro para depois sair ao mercado “secular”. 
 
 
O dinheiro não pode permanecer parado. 
 
Esses judeus antigos mantinham o dinheiro em constante circulação, pois 
acreditavam que quando ele era guardado num cofre, passava a ser algo inútil. Para eles, 
o dinheiro trazia vantagens quando circulava de mão em mão, fazendo o bem de pessoas 
e de negócios, gerando prosperidade, etc. 
 
As moedas eram chamadas de “zuzim” porque circulavam de mão em mão, sendo 
que a palavra hebraica para “zuzim” (plural de “zuz”) significa moeda antiga e é 
semelhante a palavra “zazim” que significa “de mão em mão”. Da mesma forma que o 
conhecimento intelectual é desperdiçado quando fica parado, assim é também com o 
dinheiro, que deixa de cumprir seu propósito de ajudar pessoas. 
 
Nunca se esqueça que, apesar de toda a dureza de coração, eles ainda 
permanecem sendo o povo que foi formado por DEUS, e que a história deles está 
diretamente ligada à nossa salvação, pois JESUS era judeu e os judeus foram os 
primeiros porta-vozes do evangelho. 
 
Mas o que é ser um povo duro de coração? A bíblia cita os judeus como pessoas de 
dura cerviz. O adjetivo “dura cerviz” é uma expressão que transmite a idéia de uma 
pessoa possuída de um “pescoço duro” ou de um “coração obstinado”, ou ”aquele que não 
 
 
15 
 
se dobra”, ou ainda “aquele que não se humilha facilmente”. Descreve uma atitude 
rebelde e intransigente, fato claramente notado durante a peregrinação no deserto do 
Sinai pelo povo de Israel, entre a saída do Egito (libertação) e a chegada à Canaã (terra 
prometida). Um animal de dura cerviz é aquele que empaca ou retrocede, fazendo meia 
volta, resistindo à vontade de seu dono. Essa foi uma das linguagens figuradas para 
retratar a rebelião e a teimosia de Israel diante de DEUS. Um homem, quando se rebela e 
não aceita as direções de DEUS, é como um boi que se enrijece por inteiro e não aceita 
mais avançar, preferindo retroceder, seguindo seus próprios caminhos e escolhas. 
 
“Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque 
és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.” (Êxodo 33: 3) 
 
“E disse: SENHOR, se, agora, achei graça aos teus olhos, segue em nosso meio 
conosco; porque este povo é de dura cerviz. Perdoa a nossa iniqüidade e o 
nosso pecado e toma-nos por tua herança.” (Êxodo 34: 9) 
 
“Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu DEUS, te 
dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz.” 
(Deuteronômio 9: 6) 
 
Porém, aquele que entre nós nunca foi orgulho diante de DEUS, que atire a 
primeira pedra. Certamente sobrarão muitas pedras. 
 
 
Não ignore a importância do povo judeu. 
 
Os judeus foram levantados para serem os primeiros mensageiros das escrituras. 
Foi através da nação de Israel que o Messias de DEUS veio ao mundo. JESUS nasceu de 
mãe judia, e, portanto, era um judeu. Ele viveu como um judeu. E não só JESUS, mas os 
apóstolos e os discípulos também viveram como judeus. A fé cristã possui raízes judaicas. 
Com tudo isso, os judeus foram instrumentos da revelação de DEUS para salvação a toda 
humanidade. 
 
“Vós adorais o que não conheceis, nos adoramos o que conhecemos, porque a 
salvação vem dos judeus.” (João 4: 22) 
 
O povo judeu representa uma nação que, muito antes de ser escolhida (a verdade 
é que eles nunca foram escolhidos), foi formada por DEUS, a partir da chamada de um 
homem, que até então era um idólatra, de nome Abrão. A história, tanto da nação de 
Israel, quanto da Igreja, foi desencadeada por sua obediência em escutar e seguir a 
direção profética de DEUS para a sua vida, e para uma nação que viria a existir. E 
juntamente com essa chamada, houve várias promessas em diversos aspectos da vida. E 
um desses aspectos foi justamente sobre a área financeira. É inegável que temos muito 
que aprender com o povo judeu em se tratando de área financeira. 
 
“Pois o SENHOR teu DEUS te abençoará, como te tem dito: assim emprestarás a 
muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás sobre muitas 
nações, porém elas não dominarão sobre ti.” (Deuteronômio 15: 6) 
 
Temos visto como a profecia de Deuteronômio 15: 6 tem se cumprido sobre os 
judeus de uma maneira tão evidente. Por toda a história, os judeus aprenderam a 
emprestar e não tomar empréstimos. São eles quem, de uns tempos para cá, têm 
condições de emprestar, não precisando pedir emprestado. Isso é uma maneira de 
 
 
16 
 
dominar e influenciar as nações, e não ser influenciados. Sabemos que é por isso que o 
povo judeu, apesar de toda perseguição e racismo sofrido, nunca desapareceu do mapa. 
Pelo contrário, é um povo que resistiu a diversas guerras e principalmente ao tempo, e 
que a cada dia fortalece suas tradições e cultura. Muitos reinos surgiram, ascenderam e 
ruíram. Povos apareceram e desapareceram ao longo dos tempos. Mas e quanto aos 
judeus? Eles apareceram e continuam aí, mais vivos do que podemos imaginar. Será que 
não podemos ver a mão de DEUS nisso tudo, a fim de cumprir Suas profecias bíblicas? 
 
 
O salário por si só não deixa ninguém rico. 
 
Sob o plano natural, desconsiderando o plano sobrenatural e os milagres de 
DEUS, é raríssimo alguém ficar rico vivendo apenas do salário, por maior que ele seja. 
Quanto maior o salário, maior o padrão de vida e maiores os custos para mantê-lo. 
Portanto, um dinheiro parado nessa situação se vai com facilidade. Até mesmo um 
jogador de futebol, que tem seu salário fora dos padrões reais do mercado financeiro, se 
não souber investir e aplicar suas rendas, mas cedo ou mais tarde voltará à estaca 
financeira no marco zero. 
 
Os primeiros a perceberem que o salário por si só dificilmente enriquece foram os 
judeus. Coincidência? Com certeza não, pois eles têm algo especial a nos ensinar quando 
o assunto é “como administrar o dinheiro”. Foram eles os criadores dos bancos e de suas 
regras de investimento, empréstimos, juros, cobranças, etc. 
 
Eles criaram regras que reduziram as chances de perdas ao mesmo tempo em que 
obtinham lucros sobre lucros. Até ao ponto de, ao longo do tempo, ter que apenas se 
preocupar em contabilizar e administrar os ganhos, sem ter que trabalhar pelo dinheiro, 
pois foi o dinheiro que passou a trabalhar para eles. O resultado disso foi dinheiro sobre 
dinheiro, e ganho sobre ganho. 
 
 
A fama dos judeus. 
 
Foram os judeus que ensinaram que mais importante que o dinheiro que a pessoa 
ganha, é o dinheiro que a pessoa poupa. Essa foi a lição que José do Egito ensinou a 
Faraó e ao mundo inteiro. Falaremos disso mais adiante no capítulo 10. 
 
Mas não fique pensando que os judeus são sovinas e mesquinhos, como o diabo os 
divulga ao mundo. Eles são apenas bons de negócios. E justamente por conhecerem as 
escrituras antigas, eles praticam a generosidade, já que procuram cumprir as leis de 
DEUS. A maior parte dos judeus religiosos praticam a filantropia financiando escolas e 
ONGs que propagam suas tradições e ensinamentos, além, é claro, de financiaremas 
sinagogas e todas as atividades e custos que fazem parte delas. 
 
 
Os Juros 
 
Já no Egito, os judeus comercializavam entre si e com os egípcios. Quando era 
entre si, não se cobravam juros, caso contrário, os juros apareciam no comércio e nos 
empréstimos. Talvez, por isso, Faraó temeu os judeus vendo neles um crescimento 
acelerado, ameaçador e poderoso. 
 
 
 
 
17 
 
“Entrementes se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele 
disse ao seu povo: eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais 
forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se 
multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, 
peleje contra nós e saia da terra. E puseram sobre eles feitores de obras, para os 
afligirem com suas cargas.” (Êxodo 1: 8-11 a) 
 
O funcionamento de uma transação que envolve juros se dá da seguinte forma: o 
devedor se compromete a pagar um valor um pouco maior que o original em troca de um 
benefício imediato, e o credor fornece algo que dispõe de imediato, a fim de receber um 
valor maior no final da negociação. 
 
Os juros são de certa forma interessante, pois trabalham conforme sua função, 
podendo ser um excelente ou um péssimo negócio. Se você é um devedor financeiro, 
precisa de forma urgente procurar aquele a quem deve e procurar fazer um acordo, um 
pedido de perdão de dívida, pois os juros trabalham contra você. Uma dica é que as taxas 
de juros variam, portanto priorize o pagamento de dívidas com taxas menores. Mas se 
você tem recursos para investir, os juros trabalharão a seu favor, fazendo o dinheiro ser 
seu empregado e não seu patrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
Capítulo 4 
 
 
O cristão e o dinheiro 
 
 
 
 
 
Os negócios devem ser feitos entre irmãos. 
 
Da mesma forma que os judeus, os cristãos também precisam se abençoar 
mutuamente. Isso significa dizer que nossos negócios devem ser feitos preferencialmente 
entre os cristãos. Por exemplo, se vou levar minha família a um restaurante japonês, 
procurarei um local gerenciado ou de propriedade de um cristão. Para que ir a um lugar 
consagrado a uma imagem de buda se posso ir a um lugar consagrado a JESUS? 
 
Esse mesmo princípio dos judeus precisa ser observado pelo povo cristão. Se eu 
preciso de um gerente que cuide da minha conta bancária, procurarei um servo de DEUS. 
Se eu preciso de um mecânico para arrumar meu carro, procurarei um homem de DEUS. 
Se eu tenho uma filha, vou colocá-la em uma escola que valorize os princípios cristãos, e 
assim por diante. 
 
 
Dando um bom testemunho. 
 
A bíblia diz que nós somos o Corpo de CRISTO (1 Coríntios 12: 12). Sendo isso 
uma verdade espiritual, para que nós consigamos representar de maneira digna esse 
Corpo, precisamos nos unir como cristãos, inclusive para assuntos financeiros. É 
fundamental que não haja pedras de tropeço em nosso meio. 
 
“Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem 
tampouco para a Igreja de DEUS” (1 Coríntios 10: 32) 
 
“Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a DEUS. Não nos 
julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes 
tropeço ou escândalo ao vosso irmão”. (Romanos 14: 12 e 13) 
 
Um dos principais motivos que afugentam as pessoas da Igreja é o mau 
testemunho dos de dentro dela. JESUS ilustrou esse mau testemunho como sendo uma 
pedra que faz o próximo tropeçar, criando uma antipatia e desconfiança na capacidade de 
caminhar com DEUS estando debaixo de uma cobertura espiritual, ou em outras 
palavras, estando na Igreja. A palavra do crente deve ser sim ou não, ou seja, clara e 
honesta, sem dar margens a dúvidas, entrelinhas ou diferentes interpretações. 
 
“Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do 
maligno.” (Mateus 5: 37) 
 
Trazendo isso sobre as finanças, entendemos que aquilo que for vendido e 
prometido deve ser o cumprido, e que os serviços sejam feitos com excelência, e que 
exista o temor de que os olhos de DEUS estão em todos os lugares, e principalmente 
sobre nossa vida, e que não haja mau uso do dinheiro de DEUS. 
 
 
 
19 
 
“Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.” 
(Provérbios 15: 3) 
 
Somente assim faremos com que nossos recursos circulem primeiro dentro das 
igrejas, para depois, sair ao mercado “secular”, abençoando primeiro o povo de DEUS e, 
como conseqüência, sendo abençoados também. 
 
 
O dinheiro no lugar certo. 
 
Coloque o dinheiro em seu devido lugar – afaste-o o máximo que puder do coração. 
Nunca o tenha como objetivo final de sua vida. O dinheiro é algo para te ajudar a cumprir 
o seu chamado nessa terra. Por exemplo, a missão de um médico é salvar vidas e não 
ganhar dinheiro. O dinheiro pode se tornar uma conseqüência. Para DEUS, a missão de 
um milionário não é a de acumular riquezas, mas é a de ser um mantenedor da obra 
(Romanos 12: 8). O dinheiro ganho é apenas a justa remuneração pelo esforço do seu 
trabalho. 
 
“Pois a escritura declara: não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: o 
trabalhador é digno do seu salário.” (1 Timóteo 5: 18) 
 
 
O dinheiro não é um fim em si mesmo. 
 
O dinheiro é um elemento neutro, sendo que aquilo que fazemos com ele e a forma 
como lidamos com ele é que vai mostrar se ele é bom ou ruim. O cristão não pode 
trabalhar para correr atrás do dinheiro, pelo contrário, é o dinheiro quem deve trabalhar 
em favor do cristão. O dinheiro deve ser visto como um empregado e não como um patrão. 
Nós é quem devemos exercer influência sobre ele e não o contrário. O dinheiro não pode 
ser considerado como um objetivo final, antes ele dever ser considerado como um meio de 
DEUS para que as metas finais sejam atingidas. 
 
“Não te fatigues para seres ricos.” (Provérbios 23: 4 a) 
 
Não servimos ao dinheiro, servimos apenas JESUS. Não é o dinheiro quem manda 
em nós, somos nós que mandamos no dinheiro – temos um SENHOR é o nome Dele é 
JESUS. Não é errado ter dinheiro guardado na conta bancária, o erro é tê-lo guardado no 
coração, fazendo dele a razão da vida. Essas são regras que precisam fazer parte do dia a 
dia do cristão. E o dinheiro guardado em conta bancária ou qualquer aplicação 
financeira, deve ter um alvo bem definido, com o objetivo compatível ao Reino de DEUS a 
ser alcançado. 
 
 
Condições que DEUS nos exige para lidar com dinheiro 
 
Lidar com o dinheiro de uma forma correta e idônea é crucial para nossa vida, 
sendo que nós não devemos nos omitir nesses tipos de questões, achando que seremos 
menos espirituais. Desprezar o dinheiro é desprezar os recursos que DEUS nos deu. 
 
A bíblia diz que somos embaixadores de CRISTO aqui nessa terra (2 Coríntios 5: 20 
a). Isso quer dizer que, apesar de vivermos nesse mundo, somos de um outro lugar, e 
estamos aqui apenas representando o Reino de DEUS. Nossa pátria é celestial, portanto 
vivemos de forma temporária nesse mundo (Filipenses 3: 20). Não somos desse mundo 
 
 
20 
 
inteiro que jaz no maligno (1 João 5:19), mas o fato é que estamos aqui e vivemos aqui. As 
regras mundanas encorajam o mal através do egocentrismo e egoísmo, e desencoraja as 
boas obras que devem caminhar com nossa fé. Não fazemos parte e nem compactuamos 
com os conceitos mundanos, mas DEUS nos separou para, inseridos na sociedade, 
fazermos a diferença, sendo sal da terra e luz do mundo (Mateus 5: 13 a e 14 a). 
 
 
DEUS é o dono do nosso dinheiro. 
 
Normalmente, a área financeira é a última coisa que entregamos por completo aos 
cuidados de DEUS. Não estamos dizendo que isso é uma regra, mas que constatamos ser 
algo que acontece habitualmente. Isso ocorre muito pelo medo e receio de dar e não 
receber nada em troca. 
 
Fomos criados numa cultura em que, o mais importante, é ganhar, receber e reter. 
Quando pensamos na possibilidade de dar,um medo nos assola, como se fosse um 
sentimento de que passaremos necessidades, perderemos algo, ou ainda sentiremos a 
falta daquilo que foi dado, lá na frente. 
 
“Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ageu 2: 8) 
 
DEUS nos diz em Sua palavra, que a prata e o ouro são Dele. Isso significa que os 
recursos e o dinheiro pertencem a Ele. O nosso dinheiro é Dele. Considerando essas 
afirmações como verdades, por que então tememos a entrega das nossas finanças aos 
cuidados “dAquele” que é simplesmente o dono de tudo? 
 
Quando entendermos o que significa servir a JEOVÁ JIREH, quem sabe 
aprenderemos a descansar Nele. JIREH é o atributo de DEUS na qual Ele provê todas as 
coisas que necessitamos. Servimos ao DEUS da toda provisão. Provisões não só 
espirituais, como materiais também. 
 
JESUS quer ser o SENHOR por completo de nossa vida. Ele quer reinar em todas 
as áreas, e não somente em algumas. Ele quer ser o SENHOR das nossas finanças em 
qualquer situação: tendo ou não tendo riquezas, tendo ou não tendo dinheiro. Nós 
podemos não ter recursos em determinado momento da vida, mas o nosso DEUS é Aquele 
que provê todas as coisas, inclusive recursos para que o Reino dos céus na terra se 
alargue e avance, mas acima de tudo, estamos falando do DEUS que provê a redenção, a 
salvação, e a eternidade. 
 
 
Traga à existência o que ainda não existe. 
 
“Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí, perante aquele no qual 
creu, o DEUS que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não 
existem.” (Romanos 4: 17) 
 
DEUS é o Todo Poderoso, ou seja, Ele é capaz de fazer e desfazer, criar e destruir. 
Ele tem total capacidade e auto-suficiência de chamar à existência o que ainda não existe 
no plano natural. Há coisas que foram conquistadas na cruz, mas que ainda não foram 
manifestas sobre nossa vida no sentido físico e natural, se encontrando ainda somente no 
plano espiritual ou sobrenatural. 
 
 
 
 
21 
 
DEUS pode criar o que ainda não existe. Ele pode trazer para nossa vida o que só 
vemos pela fé. Ele devolve à vida aquilo que já enterramos. Peça a DEUS que Ele chame à 
existência as coisas que não existem ainda sobre sua vida, coisas de que você sonha e 
necessita. 
 
 
DEUS quer mostrar o milagre e o sobrenatural. 
 
O milagre é aquilo que vai contra as leis da natureza (leis físicas). DEUS gosta de 
fazer milagres, eles são importantes para aumentar nossa fé e sempre vivermos acima do 
que nossos olhos naturais vêem. Quem não gostaria de ter presenciado o milagres da 
abertura do mar vermelho para o povo de Israel passar a seco e ser livre da escravidão do 
Egito (Êxodo 14: 21 e 22)? Ou então ter visto Eliseu fazer o machado boiar na água (2 Reis 
6: 6)? Quem sabe ter visto o sol ter seu movimento natural paralisado para que a noite 
demorasse a chegar dando condições do exército de Josué derrotar os amorreus (Josué 
10: 12-14)? Esses milagres fazem cair por terra qualquer lei natural. DEUS criou todas as 
coisas a partir do nada, e Ele pode fazer isso a hora em que Ele quiser. 
 
“Chamou JESUS os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade 
sobre os espíritos imundos. Ordenou-lhes que nada levasse para o caminho, 
exceto apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro.” (Marcos 6: 7-8) 
 
Haverá momentos em que DEUS te enviará e fará questão que você se despoje de 
tudo que possui, apenas para mostrar que todo suprimento e capacitação virão das mãos 
Dele. 
 
 
Fidelidade, administração e milagre. 
 
Nosso objetivo é viver, ao mesmo tempo, pelo menos três situações em relação à 
área financeira: fidelidade a DEUS, boa administração dos recursos e o milagre e 
sobrenatural de DEUS. 
 
A fidelidade a DEUS é uma responsabilidade totalmente nossa e ela se manifesta 
quando O honramos com as primícias de nossa renda, quando devolvemos os dízimos e 
quando entregamos ofertas de sacrifício, quando somos provados e demonstramos que 
nosso coração está centrado em DEUS, tendo desapego ao material, entendermos o 
motivo de DEUS ter nos dado riquezas, ou ainda entendemos o motivo de DEUS não ter 
nos dado riquezas. 
 
A administração dos recursos significa saber lidar com o dinheiro que Ele nos dá, 
executar as coisas somente após um planejamento, não desperdiçar o dinheiro, não negar 
ajuda financeira aos que necessitam. Nossa responsabilidade é pedir capacitação e 
obedecer às direções vindas do Alto, pois sabendo administrar o dinheiro, teremos 
chances de realizar as boas obras que Tiago citou em escalas muito maiores. O dinheiro, 
bem usado, pode gerar empregos, gerar prosperidade financeira, melhorar as condições 
de um bairro, cidade ou nação, suprir necessidades físicas, etc. 
 
“Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e necessitados do alimento 
cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: ide em paz, aquecei-vos, e fartai-vos, 
 
 
 
 
 
22 
 
sem, contudo, lhes dardes o necessário para o corpo, qual é o proveito 
disso? Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.” (Tiago 2: 
15-17) 
 
O milagre e o sobrenatural de DEUS acontecem somente através Dele, sendo que a 
nossa participação se limita a orar, jejuar, crer e descansar, e nada mais (“ufa!”, pois 
essas quatro condições já são verdadeiras provas para nós, mas ainda bem que muito 
pode a oração do justo). Para ver o milagre com maior intensidade, não há outros meios 
se não orar, clamar, jejuar, ser fiel, descansar, crer, etc. 
 
“... Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5: 16 b) 
 
O milagre financeiro é a multiplicação de uma forma sobrenatural dos recursos. É 
o aparecimento sobrenatural das provisões. Nesse tipo de situação, somos totalmente 
dependentes da graça de DEUS. Mas vale lembrar que os milagres de DEUS caminham 
juntos com uma boa administração e a nossa fidelidade, mas de forma alguma estão 
condicionados ao nosso desempenho. DEUS opera milagres quando, como e para quem 
Ele desejar fazê-lo. DEUS nos chama para vivermos os milagres da multiplicação 
financeira. Mas sem, contudo, esquecer da fidelidade e da boa administração. 
 
 
A matemática financeira. 
 
 Adição Financeira: é a responsabilidade do homem, através de uma boa 
administração e planejamento financeiro. 
 
 Multiplicação Financeira: é a ação sobrenatural proveniente da graça de DEUS, 
em outras palavras, é o milagre financeiro. 
 
 Subtração Financeira: é o roubo do devorador, que somente ocorre quando 
damos alguma legalidade espiritual através da negligência na devolução dos 
dízimos. 
 
 Divisão Financeira: acontece quando tomamos uma decisão financeira 
equivocada, quando erramos em nossas escolhas. 
 
Enquanto o homem se empenha em cumprir com a adição, se afastar da 
subtração e não errar com a divisão financeira, DEUS se encarrega de trazer a 
multiplicação financeira. 
 
 
O dinheiro serve como um instrumento de prova. 
 
Certa vez um pastor disse no púlpito: “você quer conhecer o caráter de alguém? Dê 
a ele dinheiro e certo poder”. É como diz a famosa frase: “se o poder corrompe, o poder 
absoluto corrompe de forma absoluta”. Um dos maiores testes na vida acontece quando 
recebemos dinheiro, fama e poder, pois será nessa hora que as intenções e as verdades do 
coração virão à tona: a humildade ou o orgulho. O dinheiro é um dos maiores 
instrumentos capaz de revelar as verdadeiras intenções do coração, o caráter e a 
integridade das pessoas. 
 
Estamos sujeitos a dois tipos de testes financeiros em nossa vida: a escassez e a 
abundância. Quando estamos na fase da escassez, o teste se resume em apenas 
 
 
23 
 
sobreviver e lutar por necessidades básicas, como comida, roupa e um teto sobre a 
cabeça. Mas quando somos alvo da abundância, pode ter certeza que chegamos ao teste 
mais difícil em se ser aprovado. Junto com a abundância vem uma série de tentações 
sutis que visam satisfazer o ego e a carne. É bem nessahora que o caráter e a integridade 
são colocados à prova. E se o coração não estiver muito bem ajustado em DEUS, 
fatalmente seremos reprovados e retrocederemos. Se quisermos lidar corretamente com 
dinheiro, a primeira coisa a aprender deve ser o desapego material. 
 
 
A postura do sacerdote. 
 
Antes de a nação de Israel adentrar a terra prometida, e muito antes ainda deles 
terem o seu primeiro rei, DEUS, na Sua onisciência, sabedor de que um dia o povo 
reivindicaria a monarquia sobre a nação, entregou algumas orientações que deveriam ser 
obedecidas por quem quer que fosse esse rei. O homem a ser levantado como rei deveria 
ser israelita, não ter um coração ganancioso, fugir da sensualidade e da poligamia, 
escrever para si uma cópia de todas as leis e estatutos a fim de lê-la diariamente, e 
finalmente, ele não poderia multiplicar muito ouro e prata para si mesmo. 
 
“Quando entrares na terra, que te dá o SENHOR teu DEUS, e a possuíres, e nela 
habitares, e disseres: estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se 
acham em redor de mim; estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o 
SENHOR teu DEUS escolher; homem estranho, que não seja de entre os teus irmãos, 
não estabelecerás sobre ti, e, sim, um dentre eles. Porém este não multiplicará para 
si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o SENHOR 
vos disse: nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco para si multiplicará 
mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem multiplicará muito para si 
prata ou ouro. Também, quando se assentar no trono de seu reino, escreverá para 
si um traslado desta lei num livro, (...) e nele lerá todos os dias da sua vida, para 
que aprenda a temer ao SENHOR seu DEUS, a fim de guardar todas as palavras 
desta lei, e estes estatutos, para os cumprir. Isto fará para que o seu coração não se 
eleve sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita 
nem para a esquerda; de sorte que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos 
no meio de Israel.” (Deuteronômio 17: 14-20) 
 
O alerta de DEUS dizia respeito aos perigos que acompanham o amor ao dinheiro 
e ao poder, ao orgulho, à soberba e ao acúmulo de riquezas para si mesmo. Claramente o 
objetivo nisso tudo era o de evitar o risco de se ter o coração corrompido. O rei não 
poderia se apegar ao poder e às riquezas, e muito menos amar o dinheiro de tal forma que 
o multiplicasse muito para si. Isso significaria o declínio espiritual de seu reinado. 
 
Trazendo essa idéia para os nossos dias, o problema não está em multiplicar o 
dinheiro ou então multiplicá-lo para si. A multiplicação financeira pode existir na vida do 
cristão, e sem dúvida ela será uma bênção, desde que atenda primeiro aos objetivos do 
Reino. Mas o problema estará em se multiplicar MUITO para si mesmo. Quando isso 
acontece, significa dizer que o propósito do dinheiro deixou de vigorar. Significa dizer que 
o dinheiro já virou a peça motivadora da vida. A essa altura do campeonato, a prioridade 
já deixou de ser DEUS e a salvação das almas, e passou a ser a contabilização de um 
patrimônio material pessoal. E agindo dessa forma, não só afastamos DEUS da nossa 
própria vida, como também de todos aqueles que nos cercam. 
 
 
 
 
 
24 
 
Você somente será rei e sacerdote dentro da sua casa quando cumprir com todas 
essas exigências. Você será um rei e sacerdote, ungido do SENHOR, quando, tendo ou 
não dinheiro, manter o coração longe do amor ao dinheiro. 
 
 
Mas qual a sua postura diante do dinheiro? 
 
Via de regra, o homem se enquadra em alguma dessas posturas com relação ao 
dinheiro: 
 
 Avareza: explorar os outros. 
 
 Adoração: o dinheiro é tratado como um deus e é colocado em um altar. 
 
 Indiferença: insensibilidade pelas necessidades e dificuldades dos outros, egoísmo. 
 
 Generosidade: amam, são gratos, crêem e entendem que devem fazer o bem e 
ofertar e abençoar os outros. Sabem que agindo assim, sempre serão supridos e 
abençoados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Capítulo 5 
 
 
Prosperidade 
 
 
 
 
 
Prosperidade é a ausência de necessidade. 
 
A prosperidade que vem de DEUS é uma benção e um presente do Alto. Mas 
afinal, o que é ser próspero? A resposta está em como você é suprido. Ser próspero é ser 
suprido em tudo. Ser próspero é não sentir falta de nada. Prosperidade é a ausência de 
necessidades não supridas. 
 
Ser próspero é também estar satisfeito com aquilo que se tem, seja qual for a 
quantidade ou o que. Se uma pessoa pobre estiver plenamente satisfeita e suprida de 
suas necessidades, podemos considerá-la próspera, pois ela não sente falta de nada. E é 
justamente isso o grande desafio nesse mundo. 
 
 
Ser próspero não significa ser rico. 
 
Crescemos com uma idéia formada de que ser próspero é ser rico, mas prosperar 
não é a mesma coisa que enriquecer. DEUS quer que todos os seus filhos sejam 
prósperos, mas nem todos irão enriquecer. Uma pessoa pode até ser rica, porém não ser 
próspera. Isso acontece quando as necessidades delas não são supridas. Fatalmente essa 
pessoa ainda não conheceu JESUS de verdade, aquele que supre todas as necessidades, 
materiais e emocionais. Prosperidade financeira não significa acúmulo de bens materiais. 
 
Já quando falamos em termos financeiros, a prosperidade é a capacidade de 
aumentar ou melhorar o patrimônio que se possui. Essa prosperidade financeira é o 
resultado da união de alguns fatores: a nossa boa administração e planejamento, a nossa 
fidelidade, ambos aliados com a fidelidade de DEUS. 
 
 
Não perca tempo correndo atrás do dinheiro. 
 
DEUS não prometeu que todos serão ricos. Ele prometeu que todos nós seremos 
prósperos, o que é bem diferente. E se DEUS quiser nos enriquecer, e quando isso 
acontecer, não poderemos de forma alguma colocar nelas o nosso coração. A bíblia não 
condena o dinheiro, mas condena a confiança nele. 
 
“Se as vossas riquezas prosperam não ponhais nelas o coração” (Salmo 62: 
10 b) 
 
Salomão, o homem mais sábio e rico que já existiu em Israel, disse ao final de sua 
vida, que o dinheiro não traz felicidade e que tudo o que ele viveu foi vaidade. 
 
“Empreendi grandes obras, edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz 
jardins e pomares para mim, e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. Fiz 
pra mim açudes pra regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. 
 
 
26 
 
Comprei servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também possuí bois e 
ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em 
Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro, e tesouros de reis e de 
províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens: 
mulheres e mulheres. Engrandeci-me e sobrepujei a todos os que viveram antes de 
mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. Tudo quanto 
desejaram meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois 
eu me alegrava com todas as minhas fadigas, isso era a recompensa de todas elas. 
Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho 
que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do 
vento, e nem um proveito havia debaixo do sol.” (Eclesiastes 2: 4-11) 
 
Isso porque sua receita anual era de cerca de 25 milhões de dólares, tinha 40 mil 
animais, e morava em um palácio recheado de utensílios de ouro que demorou treze anos 
para ser construído. Deve ter algum fundo de verdade nessa conclusão de Salomão, não é 
verdade? 
 
“Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta; e quem ama a abundância 
nunca se farta da renda; também isto é vaidade.“ (Eclesiastes 5: 10) 
 
Salomão nos ensinou que nossa vida não se limita ao trabalho e à prosperidade 
financeira. Quem age em busca de conquista material corre atrás do vento 
 
“Então vi que todo trabalho,e toda destreza de obras, provém da inveja do 
homem contra o seu próximo. Também isso é vaidade e correr atrás do vento.” 
(Eclesiastes 4: 4) 
 
 
A mensagem do evangelho não é a prosperidade. 
 
Cremos que poucas pessoas – dissemos poucas pessoas – foram chamadas por 
DEUS para serem ricas. Caso contrário, nós veríamos pessoas se convertendo ao 
evangelho de JESUS simplesmente para se tornarem ricas. Se fosse assim, faltariam 
igrejas para comportar tanta gente. 
 
E o evangelho autêntico tem como base de pregação a salvação pela cruz, e não a 
prosperidade financeira e o enriquecimento. É nítida a importância de se ensinar 
conceitos financeiros bíblicos, mas isso nunca poderá ser o objetivo final de vida. 
 
Um milionário homem de DEUS é alguém chamado por DEUS para ser um 
mantenedor da obra, e isso sim ou sim. Se você possui esse chamado empresarial, jamais 
se esqueça de que tudo que você tem veio das mãos de DEUS, e por isso, deve ser 
conduzido sob orientação do Alto. 
 
 
A prosperidade segundo a Bíblia. 
 
No hebraico, encontramos quatro significados para a palavra “prosperidade”. A 
primeira palavra é “shalu”, que é traduzida como “descanso, paz, tranqüilidade”. Esse 
conceito aparece, como exemplo, no salmo de Davi quando ele ora pela paz sobre 
Jerusalém. 
 
 
 
 
27 
 
“Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam. Reine paz dentro 
em teus muros, e prosperidade nos teus palácios.” (Salmo 122: 6 e 7) 
 
A segunda palavra é “sekel”, que pode ser traduzida como “ser sábio, entendido, 
capacitado”. Essa idéia é exemplificada quando Davi instrui seu filho Salomão sobre os 
preparativos para a construção do templo a DEUS. 
 
“Agora, pois, meu filho, o SENHOR seja contigo, a fim de que prosperes e edifiques 
a casa do SENHOR teu DEUS, como Ele disse a teu respeito. Que o SENHOR te 
conceda prudência e entendimento, para que, quando regeres sobre Israel, 
guardes a lei do SENHOR teu DEUS. Então prosperarás, se cuidares em cumprir 
os estatutos e os juízos que o SENHOR ordenou a Moisés acerca de Israel; sê forte e 
corajoso, não temas, não te desalentes.” (1 Crônicas 22: 11-13) 
 
A terceira palavra hebraica é “tzalach”, que pode ser traduzida como “ser livre, ter 
sucesso, ser próspero”. Esse sentido aparece quando o salmista desconhecido retrata a 
diferença entre os justos e os ímpios. 
 
“Ele é como a árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o 
seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será próspero.” 
(Salmo 1: 3) 
 
A quarta palavra do original hebraico é “chail”, que aponta para aquilo que 
naturalmente associamos com a palavra prosperidade. Nesse caso, sua tradução 
transmite a idéia de “riquezas, bens materiais”. Esse é o contexto de quando Davi alerta 
as pessoas que, ao receberem riquezas, jamais ponham sua confiança nelas. 
 
“Não confieis naquilo que extorquis, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas 
riquezas prosperam não ponhais nelas o coração.” (Salmo 62: 10) 
 
Curiosamente, essa última tradução da palavra “prosperidade” para “riquezas, 
bens materiais” é a que menos aparece na bíblia. A partir daí concluímos que a teologia 
da prosperidade (veremos mais adiante) não possui respaldo bíblico em seus conceitos. O 
plano de DEUS é que seus filhos alcancem a prosperidade mais importante que é na alma 
e no espírito. E isso somente acontecerá se ouvirmos a Sua voz e guardarmos Seus 
mandamentos, tendo o cuidado de cumpri-los. 
 
“Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu DEUS, tendo cuidado de guardar 
todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu DEUS, te exaltará 
sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu DEUS, virão 
sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: (...) O SENHOR determinará que a 
bênção esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na 
terra que te dá o SENHOR, teu DEUS. (...) O SENHOR te dará abundância de bens 
no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que 
o SENHOR, sob juramento a teus pais, prometeu dar-te. O SENHOR te abrirá o seu 
bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda 
obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás 
emprestado.” (Deuteronômio 28: 1, 2, 8, 11 e 12) 
 
“Para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR, teu Deus, te abençoará 
abundantemente na terra que te dá por herança, para a possuíres, se apenas 
ouvires, atentamente, a voz do SENHOR, teu Deus, para cuidares em cumprir 
todos estes mandamentos que hoje te ordeno.” (Deuteronômio 15: 4 e 5) 
 
 
 
28 
 
Para todas as promessas de bênçãos descritas no livro de Deuteronômio há uma 
condição. As promessas estão atreladas à condição de “se ouvires”. A palavra “ouvir”, no 
hebraico, é “shamá”, que significa “cumprir, obedecer, viver, praticar”. Ou seja, não basta 
apenas escutar e ouvir a Palavra de DEUS. Qualquer um escuta, até mesmo nosso 
adversário. Ouvir a DEUS vai muito mais além do que isso. Ouvir a DEUS é um processo 
que se inicia ao escutar a voz Dele, mas é seguido de ações que refletem nossa disposição 
em servi-Lo: cumprir, obedecer, viver e praticar. 
 
Concluímos, portanto, que o alvo da prosperidade de DEUS é a nossa alma e o 
nosso espírito. E é nisso que devemos nos atentar. A prosperidade financeira é um 
segundo plano que poderá ou não acontecer, dependendo da nossa obediência, e também 
dos planos que DEUS tem para nós. Mas nada impede que a nossa oração seja para que 
DEUS derrame suas bênçãos materiais sobre nós, para que, não só as necessidades 
sejam supridas, mas que também os desejos sejam atendidos, e assim experimentemos 
uma abundância financeira. 
 
“Agrada-te do SENHOR, e Ele satisfará aos desejos do teu coração.” (Salmo 
37: 4) 
 
A prosperidade não é medida pela quantidade de bens ou dinheiro que alguém 
possui. Lembre-se, ser próspero não é a mesma coisa que ser rico. Prosperidade é não ter 
falta de nada, é viver a ausência de necessidades. È ser suprido por DEUS em todas as 
questões da vida. Excede, e em muito, os conceitos materiais. 
 
No Reino de DEUS não há miséria. Lá pode haver a abundância ou somente a 
provisão daquilo que é básico. O que ocorre são fases da vida ou chamados específicos 
para aprendermos a dar valor, e não colocar o dinheiro em primeiro lugar. DEUS nos 
chamou para comer o melhor dessa terra, se andarmos em obediência. 
 
“Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor dessa terra. Mas se 
recusardes, fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR 
o disse.” (Isaías 1: 19 e 20) 
 
A aliança de DEUS com seu povo abrange vários aspectos da vida. E um deles é o 
aspecto financeiro. O detalhe é que, a abundância financeira está condicionada à 
obediência. E se a obediência é uma questão totalmente espiritual, isso significa dizer 
então que as conquistas materiais estão totalmente relacionadas com as questões 
espirituais. Crescimento material é apenas umas das possíveis conseqüências de um 
crescimento espiritual. 
 
Nem todos os cristãos prosperarão financeiramente e enriquecerão, e nem todos os 
servos de CRISTO serão pobres. É um erro querer fazer uma regra nisso, e querer limitar 
a ação e vontade do ESPÍRITO SANTO. DEUS jamais garantiu que daria dinheiro para 
todos seus servos. E também jamais garantiu que tiraria o dinheiro deles. Ele faz aquilo 
que quiser. 
 
“O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.” (1 Samuel 2: 7) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
O exemplo de Jó. 
 
Imaginem a situação de Jó: ele sabia o que era ter uma vida abastada, cheia de 
dinheiro. E então, de repente, DEUS permitiu que ele perdesse tudo, exceto a própria vida 
(capítulos 1 e 2 do livro de Jó). Começava então a provação desse homem. 
 
“Recordar-te-ás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu DEUS te guiou no 
deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, pra saber o queestava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.” 
(Deuteronômio 8: 2) 
 
A palavra “provar”, no hebraico, aponta para o sentido de “exercitar a obediência 
aos mandamentos de DEUS”. Em outras palavras, quando Jó foi provado, todas as 
experiências a que ele foi submetido indicariam se ele obedeceria ou não aos 
mandamentos de DEUS, mesmo que estes ainda não tivessem sido oficializados no monte 
Sinai. Quando somos colocados à prova, percebemos que muitas vezes a nossa fé não 
condiz com nosso comportamento, e que precisamos perseverar para provar através das 
atitudes, que a nossa fé é genuína e verdadeira. Cada aprovação resulta em crescimento 
espiritual, fortalecimento da alma e caráter moldado à imagem e semelhança de DEUS. 
 
Jó perdeu suas posses, seus filhos, seus empregados, seus animais e sua saúde. 
Isso equivale a dizer que, se fosse conosco, perderíamos nossa família, nossos amigos, 
nossas empresas, nossas propriedades, nosso status, nossa história, sendo reduzido 
simplesmente ao pó, nos tornando nada, sem ninguém e sem saúde. Tudo isso já nos 
seriam motivos para nos decepcionarmos com DEUS. Mas no caso de Jó, uma coisa não 
lhe foi tirada: sua esperança da salvação. Que assim como foi com ele, que a certeza da 
salvação também jamais seja tirada de nós. 
 
“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a 
terra.” (Jó 19: 25) 
 
Era como se a única esperança de Jó estivesse na salvação de sua alma. E de 
certa forma ele tinha razão. Não há bem mais precioso que a eternidade com DEUS. Isso 
era uma certeza que nada, e nem ninguém, poderiam arrancar do coração desse homem. 
Não importa o que acontecesse, ele sabia que o seu Salvador estava vivo, observando 
tudo, e que ao final de um tempo, Ele daria um basta em tudo aquilo, e levaria Jó a salvo 
para a eternidade. 
 
Mas, antes que isso acontecesse, ele foi restituído em dobro em tudo que um dia 
ele já teve. Perceba que Jó nunca orou para que a restituição fosse dada a ele. Era algo 
que ele não esperava, ou melhor, não era a sua motivação. Sua motivação continuava 
sendo a eternidade ao lado de seu Criador. E de alguma forma, DEUS moveu o coração de 
Jó, para que este passasse a orar e interceder pelos seus três amigos, que tentavam 
encontrar explicações para a sua provação. E foi justamente isso que ele fez. 
 
“(...) o meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que 
Eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era 
reto, como o meu servo Jó. (...) e o SENHOR aceitou a oração de Jó.” (Jó 42: 8 e 9) 
 
E quando Jó intercedia pelos seus amigos, certamente para que eles conhecessem 
a salvação, DEUS o restitui em dobro de tudo o que ele um dia já teve e que lhe foi tirado. 
A restituição de DEUS chegou numa hora em que Jó não estava esperando, não era esse 
seu pensamento, não era essa a sua motivação. Conosco também é assim. É quando não 
 
 
30 
 
estamos nem esperando as bênçãos de DEUS que Ele vem e nos dá. É quando nós 
estamos concentrados em questões mais importantes como salvação, unção, intimidade, 
conhecimento e transformação pessoal que Ele nos surpreende com as bênçãos materiais. 
 
“Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e deu-
lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. Assim abençoou o SENHOR o último 
estado de Jó mais do que o primeiro, (...)” (Jó 42: 10 e 12 b) 
 
E tem gente que nunca viu dez por cento do que Jó tinha e vive reclamando por 
não ter o dinheiro que gostaria de ter. Qual foi a postura de Jó quando ele, de um dia 
para outro, não tinha mais nada? Ele simplesmente renunciou as suas exigências por 
explicações de DEUS para tudo que se passava com ele. 
 
Enquanto ele exigia respostas de DEUS, ele não as teve. Em contrapartida, DEUS 
o visitou com a Sua presença, e isso para ele foi o suficiente. A experiência de conhecer a 
DEUS, de com Ele andar, foi a melhor resposta que Jó poderia ter recebido. Descansar 
em DEUS é ter fé quando as más notícias aparecem repentinamente. E no final de tudo 
isso, ele foi aprovado por DEUS. 
 
 
Quando a prosperidade é financeira. 
 
Prosperidade financeira não é a essência do evangelho. Do que adianta ter tudo, 
exceto o mais importante? Para conseguir viver tanto nos dois extremos como na média, 
ou seja, tanto ser rico, pobre ou mediano, é preciso da ajuda de DEUS. 
 
Há pessoas que têm muito dinheiro, mas que são verdadeiras miseráveis, e 
pessoas que não tem nada, mas que são extremamente generosas. Quando o assunto é 
prosperidade, ter dinheiro não significa ser rico, e não ter dinheiro não significa ser pobre. 
 
“Uns se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos.” 
(Provérbio 13: 7) 
 
Mas, qual é então, a postura que devemos ter quando a prosperidade financeira 
nos atinge? Receber riquezas de DEUS não é errado. DEUS pode sim fazer enriquecer, e 
realmente esse é o Seu plano para certas pessoas. Mas que sentido faz ter as mãos 
prósperas sem ter primeiro a alma próspera? Acima de tudo, a alma precisa ser próspera, 
e isso só pode acontecer através da intimidade com DEUS. 
 
Não é errado sonhar com uma viagem, com um carro novo, com um casa maior, 
com uma casa própria, com uma roupa da moda, com a melhor escola para os filhos, etc. 
É claro que DEUS pode nos enriquecer, e é justamente aí que mostraremos aonde 
repousa nosso coração. O mundo está cheio de pessoas que enriqueceram e se 
esqueceram de DEUS, deram as costas para JESUS, se esqueceram de orar, de clamar e 
jejuar, de dar, de ofertar, de devolver o dízimo, de depender exclusivamente Dele. Com 
uma área financeira abundante, não podemos deixar DEUS de lado e em segundo plano. 
 
“Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham. Riquezas e honra 
estão comigo, bens duráveis e justiça” (Provérbio 8: 17 e 18) 
 
Riquezas e honra, bens duráveis e justiça. Os pares citados caminham juntos. Só 
faz sentido se estiverem relacionados. Quando DEUS nos dá riquezas, precisamos 
entregar toda a honra a Ele. Quando DEUS nos entrega bens duráveis, precisamos usar 
 
 
31 
 
esses mesmos bens de forma a agir com justiça. De nada adianta ter riquezas e reter a 
honra para si mesmo. De nada adianta ter bens duráveis e agir injustamente. DEUS tem 
riquezas e bens duráveis para dar a nós, seus servos, mas jamais podemos esquecer 
quem precisa ser honrado em todo o tempo, e desprezar os atos de justiça, que são tão 
raros hoje em dia. 
 
 
Os cinco mandamentos da prosperidade financeira. 
 
I. Não criarás prosperidade se desestimulares a poupança. 
 
II. Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes. 
 
 
III. Não criarás estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado. 
 
IV. Não evitarás dificuldades financeiras se gastares mais do que ganhas. 
 
V. Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo 
que eles podem e devem fazer por si próprios. 
 
Autor: Abraham Lincoln, ex-presidente americano. 
 
 
A ausência de dinheiro não é sinal de espiritualidade. 
 
Há uma mentira religiosa que satanás implantou na cultura humana por séculos, 
principalmente a partir do catolicismo romano, que diz que para se aproximar de DEUS, é 
necessário se abster de dinheiro e dos bens materiais, que para ser santo tem que ser 
miserável, que para ser uma pessoa espiritual não pode ser rica, e que humildade de 
espírito é sinônimo de pobreza. Devemos rejeitar a idéia de que ser pobre é sinônimo de 
ser espiritual. Esse conceito pode estar diretamente ligado ao gnosticismo (do grego 
“gnosis”, que significa conhecimento) que afirma que a matéria é ruim e o espírito é bom, 
sendo as mesmas doutrinas que foram tão combatidas pelo apóstolo João no início da 
Igreja. 
 
Da mesma forma que miséria não é sinal de humildade, a espiritualidade também 
não é sinal de ausência de recursos financeiros. Para a igreja católica em Roma, lidar com

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