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1 “O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo que possuía, e a comprou”. (Mateus 13: 45 e 46) Mergulhando na Palavra Ministério de Ensino da Igreja Bola de Neve Igreja Evangélica Bola de Neve Telefone: 55 11 3672-6010 www.boladeneve.com www.mergulhandonapalavra.com www.bolaradio.com.br www.bolatv.com.br www.bolamusic.com.br www.ministeriorecrie.com.br www.mulheresdobola.com.br www.ministerioatacar.com.br e-mail: mergulhando@boladeneve.com Ano 2009 “Todos os direitos reservados. Este manual não pode ser copiado, foto copiado, reproduzido, traduzido ou convertido em qualquer forma eletrônica ou legível por qualquer meio, em parte ou no todo, sem a aprovação prévia por escrito da Igreja Evangélica Bola de Neve.” http://www.boladeneve.com/ http://www.mergulhandonapalavra.com/ http://www.bolaradio.com.br/ http://www.bolatv.com.br/ http://www.bolamusic.com.br/ http://www.ministeriorecrie.com.br/ http://www.mulheresdobola.com.br/ http://www.ministerioatacar.com.br/ mailto:mergulhando@boladeneve.com 2 Sumário Introdução ...........................................................................................................3 A evolução do dinheiro .........................................................................................8 A bíblia e o dinheiro ............................................................................................11 O judeu e o dinheiro ...........................................................................................14 O cristão e o dinheiro .........................................................................................18 Prosperidade ......................................................................................................25 Qual a sua motivação? .......................................................................................37 Algumas situações do dia a dia ..........................................................................44 Quando o dinheiro se torna um problema ..........................................................58 O dinheiro na forma de um deus ........................................................................65 Administração e Planejamento Financeiro ..........................................................76 O Cartão de Crédito ...........................................................................................91 Os Dízimos.........................................................................................................96 As Ofertas ........................................................................................................111 As Primícias......................................................................................................116 A Lei da Semeadura e da Colheita......................................................................121 Saindo da maldição e entrando na bênção ........................................................130 Conclusão ........................................................................................................133 Alguns exemplos práticos .................................................................................135 Algumas questões relacionadas às finanças ......................................................138 As perguntas mais freqüentes ...........................................................................139 3 Introdução Quando escolhemos caminhar com JESUS, O declarando como nosso único, exclusivo e suficiente SENHOR e Salvador, reconhecemos a conversão do nosso coração a DEUS. Porém, junto com a conversão do coração, alguns outros pontos da vida também precisam ser mudados e convergidos a DEUS de igual forma. Além do coração, precisamos ter convertidos a mente, as mãos, a boca, os olhos, e acreditem se quiser, o “bolso”. Para a grande maioria, a conversão do bolso é a parte mais difícil de todo o processo de transformação da vida. Há pessoas que rapidamente entregam o “bolso” aos cuidados de JESUS. Há pessoas que relutam um pouco, mas que entregam ao longo da vida. Mas há pessoas que morrerão sem ter experimentado o desapego ao material, as maiores alegrias que existem em dar do que em se receber, a devoção a DEUS representada pela devolução de dízimos como sinal de obediência e gratidão, além das experiências sobrenaturais de provisão financeira que aparecem milagrosamente no último minuto da prorrogação (ou quem sabe ainda na decisão por penalidades). Quando falamos sobre o dinheiro tendo o respaldo da bíblia, as pessoas têm uma tendência a manterem-se na defensiva. Quando falamos de dízimos então, parece que estamos falando a um gato acuado. Quando dizemos que aquele que dá é mais feliz do que aquele que recebe, esse gato então se torna arisco, com os pêlos todos arrepiados e com o rabo todo espanado. Ao ler essas páginas, oramos para que todos nós nos desarmemos, arrancando os pré-conceitos que o mundo plantou na nossa mente. Nosso coração precisa estar sempre aberto para as mudanças que DEUS deseja realizar, inclusive quando essas mudanças referem-se às nossas finanças. Não pense que somente palavras como “salvação”, “oração” e “jejum” são assuntos espirituais, e que a palavra “dinheiro” é um termo exclusivo do mundo secular. Muito pelo contrário, pois para o cristão, lidar com o dinheiro, requer santidade, intimidade e direção espiritual dada por DEUS. Agindo assim, evitam-se uma série de problemas como, por exemplo, a avareza, a ganância, o egoísmo, o roubo, a idolatria, as disputas judiciais, entre tantos outros assuntos que afastam o homem de DEUS. Um dos assuntos mais difíceis e complicados dentro do cristianismo é justamente o que aborda o dinheiro. Muito dessa dificuldade se deve à pelo menos dois fatores inerentes ao ser humano: 1. A tendência de amar as riquezas e depender dela. 2. A resistência e coração duro aos ensinamentos de JESUS acerca das finanças. Seu objetivo de vida não é o de ganhar dinheiro. Você pode ter até um chamado específico em lidar com o dinheiro, mas isso não significa que você vai viver em função dele, muito menos tê-lo como meta de vida. Certamente, tendo o dom da pobreza ou o dom de adquirir riqueza, seu objetivo de vida será o de alcançar um outro tipo de riqueza, de valor muito mais supremo e incalculável. 4 “Mas DEUS, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com CRISTO – pela graça sois salvos – e juntamente com Ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em CRISTO JESUS, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em CRISTO JESUS. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2: 4-9) A redenção é para aquele que crê, e não para aquele que tem ou é alguma coisa no mundo. A condição exigida por DEUS para se chegar à salvação não é a de se ter patrimônios e rendas. A condição para salvação é exatamente a mesma, tanto ao rico, quanto ao pobre. O mundo de hoje é materialista e consumista. A realidade atual nos mostra que as pessoas são medidas por aquilo que elas têm, e não por aquilo que elas são. A análise do exterior vale muito mais que a do interior, o desempenho vale mais que o caráter, e os fins justificam e valem mais do que os meios. E é justamente essa realidade do mundo que jamais pode encontrar espaços nas igrejas. Fama, status, poder, influência e bens jamais podem ser os nossos sonhos de consumo. Ao invés de tudo isso, aos olhos do Criador,os verdadeiros sonhos de consumo devem ser a intimidade com DEUS e a salvação eterna que há somente em JESUS CRISTO. A essência de nossa existência é conhecer de verdade a DEUS, voltar aos Seus braços e a partir de então, apresentá-Lo ao mundo. E todas as demais coisas da nossa vida devem ser tidas como conseqüências disso. De nada adiantará ter tido uma vida de riqueza ou até mesmo de pobreza, se ao final dela não termos encontrado a suprema riqueza da Sua graça. É bem verdade que o dinheiro compra muitas coisas. Porém há coisas que a prata e ouro não conseguem comprar. A prata e o ouro possuem valores terrenos e temporais, sendo estimadas pela humanidade. Porém, neles, há um poder de corruptibilidade muito perigoso e nocivo. Quando o apóstolo Pedro escreveu que fomos “resgatados”, ele estava dizendo, entre outras coisas, que um preço havia sido pago para se comprar e adquirir algo. E nesse caso, essa moeda teve um valor infinitamente maior que qualquer dinheiro. Para ser mais exato, foi pago um valor imensurável que nem todo o dinheiro do mundo, mesmo sendo acumulado, poderia se igualar ao valor da oferta de sangue derramada na cruz. Nos tempos bíblicos, a prata e o ouro poderiam até resgatar uma pessoa de uma condição de escravidão física, mas jamais de uma escravidão espiritual. Certamente quando Pedro escrevia esse texto, ele tinha como base a sua carta de alforria espiritual. Se você acha que já viu ou conhece algumas jóias preciosas, ou ainda conhece pessoas que sejam milionárias ou bilionárias, é porque ainda não viu o que realmente existe de mais precioso em termos de moeda ou riqueza: o sangue de JESUS. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de CRISTO.” (1 Pedro 1: 18 e 19) 5 Mas, ainda assim, não há qualquer engano em trabalhar e crescer financeiramente, e quando isso acontece, o nível de dependência deve crescer também: aos olhos carnais, quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais independente ela se torna; já aos olhos espirituais essa relação muda, pois quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais difícil é manter sua dependência de DEUS, caso contrário ela certamente sucumbirá aos enganos da vida. As riquezas, na vida do cristão, podem sim ser consideradas como uma benção de DEUS, desde que atendam uma série de requisitos que veremos nas páginas adiante, pois os seus olhos e o seu coração dirão se o dinheiro representa um perigo ou uma benção em sua vida. “A bênção do SENHOR enriquece, e com ela não traz desgosto.” (Provérbios 10: 22) O objetivo final em se ter uma área financeira saudável, de ofertar, de entregar o dízimo e tudo o mais que se relacione com o dinheiro, é a salvação das almas. Não há nenhum sentido prosperar financeiramente sem ter como objetivo final a salvação de vidas. Não há nenhum sentido orar para que as igrejas sejam prósperas financeiramente se o objetivo final não for o de alcançar as almas perdidas e fornecer alimento às pessoas, quer espiritual, quer material. Não há nenhum sentido orar para que DEUS traga recursos financeiros aos seus servos se o objetivo final não for o de repartir e o de dar, mesmo porque quanto mais alguém dá, mais este recebe de DEUS. Perder essa essência, significa sair da visão e do centro da vontade de DEUS quando o assunto é o envio de recursos financeiros para as igrejas e para a vida de cada um. Não estamos dizendo que os recursos não possam ser usados e revertidos na própria vida. Muito pelo contrário, pois a mesma bíblia diz que digno é o trabalhador de seu salário. “Pois a escritura declara: não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: o trabalhador é digno do seu salário.” (1 Timóteo 5: 18) Quando o dinheiro é aplicado sobre a própria vida de uma maneira correta e saudável, ele traz consigo benefícios que facilitam a vida, como por exemplo, alimentação, vestuário, moradia, educação de qualidade, momentos de lazer em família, etc. E ainda que o resultado final seja a salvação das almas, a vida pessoal não pode se limitar a isso: receber JESUS como Salvador, freqüentar uma igreja e se programar para ir ao céu. Além disso, como embaixadores de CRISTO na terra (2 Coríntios 5: 20 a), precisamos trazer o Reino de DEUS para cá. Quando oramos para que venha a nós o Reino Dele (Mateus 6: 9 e 10), não estamos nos referindo somente a salvação, mas também aos diversos princípios espirituais que cercam a nossa existência, entre elas as questões financeiras. É de extremo valor aplicar, no dia a dia, os princípios bíblicos do Reino sobre as finanças. As leis espirituais regem todo o universo de igual forma e são as mesmas para homens, mulheres, anjos, demônios e satanás. Essas leis valem para todos, sendo elas imutáveis. As finanças possuem suas respectivas leis espirituais que abordaremos no decorrer desse estudo. Portanto, essas leis nos indicam a forma que temos que lidar com a área financeira, e entre outras coisas, tem-se os seguintes pontos: administrar os recursos dados por DEUS, atravessar os desertos financeiros, aprender com esses desertos, ter desapego ao material, não amar o dinheiro, dar sem esperar receber nada em troca, ser próspero, planejar as finanças pensando no Reino e na família, ter o real 6 entendimento do propósito do dinheiro, ter o real entendimento da ausência do dinheiro, ser suprido em todas as coisas, e finalmente, ser abençoado por DEUS. Atualmente, quando pensamos em dinheiro, associamos a um papel chamado cédula, que por sua vez possui uma capacidade de adquirir algo, sejam serviços, ou bens móvel-imóveis, ou um alimento, ou uma viagem, etc. Isso nos faz entender que o dinheiro faz parte da nossa vida, e mais do que isso, da realidade do nosso dia a dia. Com todo esse contexto, para se viver nesse mundo, o dinheiro é importante sim, e ele está diretamente relacionado a todos os setores da vida, inclusive o setor eclesiástico. Se não fosse assim, de que maneira as igrejas pagariam suas despesas? Portanto, é um engano o cristão desprezar essa realidade. O importante e fundamental para ser ter uma vida ajustada em DEUS, é saber colocar o dinheiro no seu devido lugar – longe do coração. A aliança de DEUS com seu povo abrange vários segmentos da vida. E Ele atrelou a abundância financeira à condição de obediência. Isso significa dizer que as conquistas materiais devem estar totalmente interligadas com as questões espirituais. Crescimento material é apenas umas das possíveis conseqüências de um crescimento espiritual. Nas páginas a seguir, abordaremos diversos assuntos que mesclam finanças com espiritualidade. Qual deve ser a nossa postura ante o dinheiro e também qual deve ser a postura dele diante de nós? Deixe que ele trabalhe e nos sirva, e jamais o contrário. Você se considera uma pessoa próspera? Saiba que você pode ter muito dinheiro e ainda assim não ser próspera, ou não ter lá muitos recursos, mas, diante de DEUS, ser próspero. Ou quem sabe tanto ser rico quanto ser próspero. O que será que a bíblia diz sobre prosperidade? Esperamos que você, ao estudar conosco, não tenha o dinheiro como sua motivação. Oramos para que DEUS derrame todas as promessas sobre a sua vida, por encontrar em você um coração apto para recebê-las, não fazendo delas o seu deus. No dia a dia nos deparamos com uma série de situações que envolvem o dinheiro. DEUS quer que Seu povo saiba administrar e planejar os recursos, sem negligenciar conceitos totalmente espirituais como primícias, dízimos, ofertas e semeadura e colheita. “Bendito o que vem em nome do SENHOR. A vós outros da Casa do SENHOR, nós vos abençoamos”. (Salmo 118: 26) A proposta está feita! A escolha está em nossas mãos! Bem ou mal,vida ou morte, bênção ou maldição. Que escolhamos a vida e a bênção, para que sejamos sempre chamados como aqueles que são benditos, e que sempre virão representando o nome do SENHOR. “O SENHOR, teu DEUS, te dará abundância em toda obra das tuas mãos, no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto da tua terra e te beneficiará; porquanto o SENHOR tornará a exultar em ti, para te fazer bem, como exultou em teus pais; se deres ouvidos à voz do SENHOR, teu DEUS, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste Livro da Lei, se te converteres ao SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração e de toda a tua alma. Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. (...) Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires. Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; (...) Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te 7 declaro que, certamente, perecerás; (...) Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando o SENHOR, teu DEUS, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a Ele (...)”. (Deuteronômio 30: 9-20) 8 Capítulo 1 A evolução do dinheiro O dinheiro, como conhecemos hoje, nem sempre existiu – a moeda é o resultado de uma longa evolução nas relações comerciais. Antigamente não existiam cédulas, o dinheiro no formato de papel ou ainda no formato do comércio eletrônico. As compras e vendas se davam através de trocas de mercadorias e qualquer prestação de serviços era paga também através de mercadorias. Essa troca de mercadorias é o que a história chamou de escambo. O escambo foi a primeira forma de comércio praticada pela humanidade. O escambo original era a simples troca de uma mercadoria por outra, sem equivalência de valor e sem a presença de dinheiro. Por exemplo, uma pessoa ou um grupo que colhesse arroz além do necessário à sua sobrevivência, naturalmente faria escambo com alguém ou um grupo que pescou além do necessário (isso ainda pode ocorrer entre povos de economia primitiva nos dias de hoje). O escambo utilizava-se de mercadorias em seu estado natural, e por não existir um parâmetro para avaliar o real valor de cada tipo de mercadoria, as pessoas viram-se em certa dificuldade no momento de fechar os negócios. Com isso as mercadorias que tinham mais utilidades passaram a ser mais procuradas e consequentemente tiveram seu valor elevado. Essas mercadorias, aceitas por todos, assumiram a função de moeda da época, sendo consideradas como moeda-mercadoria, circulando como elemento de troca e base de referência para avaliação dos demais produtos. Uma das moedas-mercadorias mais usadas foram os animais, principalmente o gado bovino, já que apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, mesmo apesar do risco de doenças fatais e a estimativa de vida pré- determinada. Um outro tipo de moeda-mercadoria foi o sal, devido ao potencial de conservar os alimentos e sua difícil obtenção nas regiões mais interioranas. Tanto o gado como o sal influenciaram o nosso vocabulário: pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) que derivam do latim pecus (gado); a palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça); a palavra salário (remuneração normalmente em dinheiro) tem sua origem no uso do sal para o pagamento de serviços prestados na Roma antiga. Com o passar do tempo, percebeu-se que praticamente todas essas mercadorias apresentavam o problema de não permitir o acúmulo de riquezas por serem facilmente perecíveis. A única mercadoria possível de se acumular, sem problemas de perecimento, era o metal, originalmente usado na fabricação de utensílios e armas anteriormente feitos de pedra desde os primeiros anos de existência humana. Por apresentar essa vantagem de entesouramento, além da divisibilidade, da raridade, da facilidade no transporte e da sua beleza, o metal passou a ser considerado o principal padrão de valor. Era trocado sob seu estado natural até passar a ser trocado já em forma de barras, ou objetos como anel e utensílios diversos, o que exigia checagem do peso e avaliação do grau de pureza a cada troca comercial realizada. 9 Qualquer bem poderia servir como elemento de troca, como por exemplo, o gado, as terras, as artes, os metais preciosos ou qualquer outro objeto ou outro animal. Para avaliar a riqueza de alguém, era preciso estabelecer a quantidade de bens materiais que a pessoa possuía. A bíblia diz que Abraão foi uma pessoa muito rica: “Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro.” (Gênesis 13: 2) O metal, mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de valor e marca do responsável pela sua emissão. Isso deu agilidade nas transações comercias já que dispensava a pesagem e permitia a imediata identificação da quantidade de metal oferecido na troca. O resultado disso foi que o metal passou a ser considerado uma mercadoria muito desejada. A produção do metal exigia conhecimento das técnicas de fundição e conhecimento das reservas naturais e, por isso, essas tarefas não estavam ao alcance de todos. A sua valorização, cada vez maior, fez com que esses instrumentos de troca, que já eram utilizados como moeda, passassem a ser utilizados como dinheiro através de réplicas de objetos metálicos de pequena dimensão, como o talento (moeda de cobre ou bronze em formato de pele de animal), encontradas no oriente médio, na Grécia, Itália e em Chipre. Finalmente no século VII a.C. surgiram as primeiras moedas com as características das que conhecemos hoje: pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão oficial daquele que a emitiu, de forma a garantir o seu valor. As moedas passaram a refletir a mentalidade dos governos da época, sendo observados nelas os aspectos políticos, econômicos, tecnológicos, culturais e de personalidades da época. Provavelmente, a primeira efígie impressa em uma moeda, ocorreu na Macedônia, através da figura de Alexandre o Grande, por volta de 330 a.C. No princípio não havia a fabricação em série e em medidas simétricas umas as outras como ocorre hoje. Antes, as moedas eram fabricadas por processos manuais e rústicos, e tinham sua aparência irregular. Os primeiros metais usados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata, e isso se manteve por muitos séculos, sendo as peças avaliadas pelo próprio valor comercial do metal empregado na confecção (o chamado valor intrínseco). Por exemplo, se para a cunhagem da moeda fora usada dez gramas de ouro, essa moeda valia exatamente as dez gramas nela empregada. Por muito tempo os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, deixando a prata e o cobre para as moedas de menor valor. Essa prática de manteve até o século XX, quando outras ligas metálicas começaram a ser usadas na confecção, sendo as peças avaliadas pelo valor gravado na sua face, e não mais pelo tipo de metal (o chamado valor extrínseco). Ou seja, não importava a quantidade de ouro ou outro metal que fora usada em determinada cunhagem de moeda, já que o valor da moeda era o que estava gravado nela. Na idade média, surgiu o costume de se guardar os valores com um ourives (pessoa que negociava ouro e prata), que como garantia entregava um papel como recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão, dando origem ao papel moeda. E com o surgimento da moeda de papel, a cunhagem de moedasmetálicas ficou restrita a valores pequenos, que mais tarde seriam usados apenas como trocos. 10 Conforme o tempo passava, os governos conduziram a emissão das moedas (em metal ou em papel), controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento, além de retratar a cultura do país, a paisagem, a fauna e flora, arquitetura, líderes políticos, fatos históricos, etc. (fonte: www.bcb.gov.br – Banco Central do Brasil) http://www.bcb.gov.br/ 11 Capítulo 2 A bíblia e o dinheiro O dinheiro nos dias de hoje. Se hoje, com a existência do dinheiro, o vendedor sempre acha que seu produto vale mais, e o comprador sempre acha que vale menos que o valor estabelecido, como não seria quando as trocas comerciais eram realizadas por meio do escambo? Com toda a certeza era algo bastante complicado e que causava grandes desacordos e insatisfações, exatamente como hoje em dia. Ao longo do tempo, as sociedades foram se organizando e criando regras nas mais diversas áreas da vida, inclusive na área que regulava a divisão, partilha e trocas materiais. E, para tentar eliminar as dificuldades nas relações comerciais, a sociedade ao longo do tempo criou o dinheiro como o conhecemos hoje: moedinhas, cédulas, cheques, cartões, etc. O dinheiro é um papel, é um sistema de trocas. A moeda, como a conhecemos hoje, não foi inventada por uma idéia pessoal, mas surgiu de uma necessidade nas relações humanas. O dinheiro não vale por si só, mas é avaliado pelas mercadorias e serviços que ele pode comprar, dando ao seu portador a faculdade de se considerar credor e de usufruir dos bens e serviços oferecidos. Se não houvesse o dinheiro hoje, certamente estaríamos trocando mercadorias como antigamente. Ao longo do tempo, o dinheiro passou a ter importância direta na vida de todos, afinal de contas, na sociedade em que vivemos, ele é um instrumento necessário para se viver. As finanças estão tão presentes no nosso cotidiano que lidamos com elas praticamente o tempo todo: para comermos, precisamos despender de algum dinheiro; para nos deslocarmos de um lado a outro da cidade, precisamos de dinheiro para o transporte ou gasolina; se quisermos ir ao hipermercado para abastecer a geladeira, teremos que dispor de dinheiro; se trabalharmos o mês inteiro para no final receber algo, é certo que não iremos querer receber o pagamento em mercadorias, mas sim, em dinheiro; e até mesmo para se ter uma conta bancária precisamos de dinheiro para a tarifa mensal. Em resumo, para viver nesse mundo, precisamos aprender a lidar com o dinheiro, exercendo controle, e não sendo controlado por ele. Hoje, temos um mercado financeiro complexo, porém frágil, onde qualquer rumor já traz uma grande oscilação na economia mundial. O que acontece no outro lado do planeta afeta diretamente nossa economia, nossos gastos, nosso orçamento, e nosso padrão de vida. A economia atual é mais virtual do que real. As especulações correm a todo vapor. Para se ter uma idéia, o dinheiro, na forma de papel moeda, não chega nem a 10% de todos os dólares no mundo. E os mais de 90% restantes são representados por dinheiro virtual localizados nos bancos, nas bolsas de valores, nas financeiras, etc. Em suma, o que temos visto é um cenário em que os ricos ficam cada vez mais ricos, e os pobres ficam cada vez mais pobres, alargando-se a cada dia o espaço entre essas duas camadas sociais. 12 O dinheiro está presente até nas pequenas coisas. DEUS deixou a sua palavra escrita, a bíblia sagrada, para que a usássemos a cada dia de nossa vida. A bíblia é um manual de vida extremamente completo, abrangendo todas as áreas possíveis existentes: saúde, emoções, espiritualidade, caráter, liderança, família, casamento, ministério, administração. Ela ainda foi escrita para diversos tipos de pessoas, como idosos, adultos, jovens, crianças, com ou sem saúde, ricos ou pobres, etc. A bíblia precisa ser lida, relida, estudada, interpretada, consultada, e tudo isso através do ESPÍRITO SANTO, que é quem dá o entendimento e as revelações que precisamos. Lidamos com cada uma dessas áreas no nosso dia a dia, e para os assuntos da área financeira, não poderia ser diferente. Quando abordamos a área financeira, precisamos compreender que nela estão inseridos assuntos como dinheiro, bens materiais, riquezas, prosperidade financeira, administração, economia, contabilidade, planejamento e negócios. E todo esse contexto de finanças precisa ser visto como algo real e diário. Em nenhum lugar da bíblia está escrito que o dinheiro por si só é uma maldição ou algo condenável. Pelo contrário, ela aborda de forma clara esses assuntos dando a eles extrema importância dentro do contexto de vida. “Eis que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber, e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que DEUS lhe deu; porque está é a sua porção. Quanto ao homem, a quem DEUS conferiu riquezas e bens, e lhe deu poder para deles comer, e receber a sua porção, e gozar do seu trabalho: isto é dom de DEUS. Porque não se lembrará muito dos dias da sua vida, porquanto DEUS lhe enche o coração de alegria.” (Eclesiastes 5: 18-20) No Pentateuco (os cinco primeiros livros da bíblia), estão descritas as 613 leis e mandamentos de DEUS ao povo judeu, e de todas essas leis, mais de 100 abordam questões financeiras relacionadas ao dinheiro e aos negócios. JESUS, somente nos quatro evangelhos que foram escritos, falou sobre dinheiro cerca de 80 vezes. E em cerca de 20% do conteúdo do sermão do monte (livro de Mateus nos capítulos 5, 6 e 7), Ele abordou questões financeiras. E mais ainda, 21 das 49 parábolas de JESUS falam sobre finanças. Em suma, na bíblia, JESUS só deu maior ênfase do que dinheiro as questões como Salvação e Reino dos Céus. Podemos enxergar o dinheiro de uma forma espiritual. Não podemos enxergar o dinheiro com olhos carnais, e assim o transformaremos em algo espiritual. Isso porque vivemos, temporariamente, num mundo em que grande parte de nossas decisões causam impacto direta ou indiretamente em nossa área financeira. O cristão precisa saber lidar com o dinheiro confiado por DEUS em suas mãos, para o seu correto uso e aplicação. Não são somente nossas orações que são espirituais, nossas finanças também podem e devem ser. “Cornélio! Este, fixando nele os olhos e possuído de temor, perguntou: Que é, Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de DEUS.” (Atos 10: 4) 13 Vemos nesse texto que o anjo afirmou que a esmola, isto é, a contribuição financeira, subiu a DEUS, assim como a oração. Isso mesmo, o dinheiro subindo aos céus juntamente com uma oração. Não tente separar as coisas, dizendo a DEUS: “o que é espiritual é espiritual, o que é terreno é terreno. Pode deixar que das minhas finanças eu cuido...” Enxergue seus recursos e seu dinheiro como coisas espirituais. Procure lidar com eles da mesma maneira que JESUS lidaria. 14 Capítulo 3 O judeu e o dinheiro Antes de falarmos sobre os cristãos, falaremos sobre os judeus, pois como um povo formado por DEUS – ATENÇÃO, eles não foram escolhidos como muitos pensam, mas foram formados e constituídos como um povo – precisamos aprender algumas coisas com eles quando o assunto é o dinheiro. De forma alguma faremos aqui uma exaltação ao povo judeu, muito menos incentivaremos o proselitismo (conversão ao judaísmo). Somos cristãos convictos, cremos que JESUS é o Messias prometido e que só Ele salva o pecador atravésda graça revelada na cruz, sendo essa a essência do evangelho. Mas é inegável que o judaísmo é a raiz do cristianismo, e se não fosse assim, nossa bíblia não contaria com todo o antigo testamento. Mas quando abordamos qualquer assunto financeiro, devemos olhar com muita atenção para o povo judeu, pois eles têm segredos bíblicos para tal. Alguns judeus costumam fazer com que seu dinheiro circule dentro da comunidade por diversas vezes antes de sair para o mercado “secular”. Dessa forma, eles seguem um princípio bíblico de que para ser abençoado por DEUS é preciso antes se abençoar mutuamente. Por exemplo, nas suas transações de compra e venda de serviços eles priorizam as negociações entre eles. Por exemplo, as crianças judias são matriculadas em escolas de judeus, onde elas aprendem os princípios judaicos a fim de preservar seus ensinos e sua cultura. Com tudo isso, eles se abençoam mutuamente primeiro para depois sair ao mercado “secular”. O dinheiro não pode permanecer parado. Esses judeus antigos mantinham o dinheiro em constante circulação, pois acreditavam que quando ele era guardado num cofre, passava a ser algo inútil. Para eles, o dinheiro trazia vantagens quando circulava de mão em mão, fazendo o bem de pessoas e de negócios, gerando prosperidade, etc. As moedas eram chamadas de “zuzim” porque circulavam de mão em mão, sendo que a palavra hebraica para “zuzim” (plural de “zuz”) significa moeda antiga e é semelhante a palavra “zazim” que significa “de mão em mão”. Da mesma forma que o conhecimento intelectual é desperdiçado quando fica parado, assim é também com o dinheiro, que deixa de cumprir seu propósito de ajudar pessoas. Nunca se esqueça que, apesar de toda a dureza de coração, eles ainda permanecem sendo o povo que foi formado por DEUS, e que a história deles está diretamente ligada à nossa salvação, pois JESUS era judeu e os judeus foram os primeiros porta-vozes do evangelho. Mas o que é ser um povo duro de coração? A bíblia cita os judeus como pessoas de dura cerviz. O adjetivo “dura cerviz” é uma expressão que transmite a idéia de uma pessoa possuída de um “pescoço duro” ou de um “coração obstinado”, ou ”aquele que não 15 se dobra”, ou ainda “aquele que não se humilha facilmente”. Descreve uma atitude rebelde e intransigente, fato claramente notado durante a peregrinação no deserto do Sinai pelo povo de Israel, entre a saída do Egito (libertação) e a chegada à Canaã (terra prometida). Um animal de dura cerviz é aquele que empaca ou retrocede, fazendo meia volta, resistindo à vontade de seu dono. Essa foi uma das linguagens figuradas para retratar a rebelião e a teimosia de Israel diante de DEUS. Um homem, quando se rebela e não aceita as direções de DEUS, é como um boi que se enrijece por inteiro e não aceita mais avançar, preferindo retroceder, seguindo seus próprios caminhos e escolhas. “Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.” (Êxodo 33: 3) “E disse: SENHOR, se, agora, achei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco; porque este povo é de dura cerviz. Perdoa a nossa iniqüidade e o nosso pecado e toma-nos por tua herança.” (Êxodo 34: 9) “Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu DEUS, te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz.” (Deuteronômio 9: 6) Porém, aquele que entre nós nunca foi orgulho diante de DEUS, que atire a primeira pedra. Certamente sobrarão muitas pedras. Não ignore a importância do povo judeu. Os judeus foram levantados para serem os primeiros mensageiros das escrituras. Foi através da nação de Israel que o Messias de DEUS veio ao mundo. JESUS nasceu de mãe judia, e, portanto, era um judeu. Ele viveu como um judeu. E não só JESUS, mas os apóstolos e os discípulos também viveram como judeus. A fé cristã possui raízes judaicas. Com tudo isso, os judeus foram instrumentos da revelação de DEUS para salvação a toda humanidade. “Vós adorais o que não conheceis, nos adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.” (João 4: 22) O povo judeu representa uma nação que, muito antes de ser escolhida (a verdade é que eles nunca foram escolhidos), foi formada por DEUS, a partir da chamada de um homem, que até então era um idólatra, de nome Abrão. A história, tanto da nação de Israel, quanto da Igreja, foi desencadeada por sua obediência em escutar e seguir a direção profética de DEUS para a sua vida, e para uma nação que viria a existir. E juntamente com essa chamada, houve várias promessas em diversos aspectos da vida. E um desses aspectos foi justamente sobre a área financeira. É inegável que temos muito que aprender com o povo judeu em se tratando de área financeira. “Pois o SENHOR teu DEUS te abençoará, como te tem dito: assim emprestarás a muitas nações, mas não tomarás empréstimos; e dominarás sobre muitas nações, porém elas não dominarão sobre ti.” (Deuteronômio 15: 6) Temos visto como a profecia de Deuteronômio 15: 6 tem se cumprido sobre os judeus de uma maneira tão evidente. Por toda a história, os judeus aprenderam a emprestar e não tomar empréstimos. São eles quem, de uns tempos para cá, têm condições de emprestar, não precisando pedir emprestado. Isso é uma maneira de 16 dominar e influenciar as nações, e não ser influenciados. Sabemos que é por isso que o povo judeu, apesar de toda perseguição e racismo sofrido, nunca desapareceu do mapa. Pelo contrário, é um povo que resistiu a diversas guerras e principalmente ao tempo, e que a cada dia fortalece suas tradições e cultura. Muitos reinos surgiram, ascenderam e ruíram. Povos apareceram e desapareceram ao longo dos tempos. Mas e quanto aos judeus? Eles apareceram e continuam aí, mais vivos do que podemos imaginar. Será que não podemos ver a mão de DEUS nisso tudo, a fim de cumprir Suas profecias bíblicas? O salário por si só não deixa ninguém rico. Sob o plano natural, desconsiderando o plano sobrenatural e os milagres de DEUS, é raríssimo alguém ficar rico vivendo apenas do salário, por maior que ele seja. Quanto maior o salário, maior o padrão de vida e maiores os custos para mantê-lo. Portanto, um dinheiro parado nessa situação se vai com facilidade. Até mesmo um jogador de futebol, que tem seu salário fora dos padrões reais do mercado financeiro, se não souber investir e aplicar suas rendas, mas cedo ou mais tarde voltará à estaca financeira no marco zero. Os primeiros a perceberem que o salário por si só dificilmente enriquece foram os judeus. Coincidência? Com certeza não, pois eles têm algo especial a nos ensinar quando o assunto é “como administrar o dinheiro”. Foram eles os criadores dos bancos e de suas regras de investimento, empréstimos, juros, cobranças, etc. Eles criaram regras que reduziram as chances de perdas ao mesmo tempo em que obtinham lucros sobre lucros. Até ao ponto de, ao longo do tempo, ter que apenas se preocupar em contabilizar e administrar os ganhos, sem ter que trabalhar pelo dinheiro, pois foi o dinheiro que passou a trabalhar para eles. O resultado disso foi dinheiro sobre dinheiro, e ganho sobre ganho. A fama dos judeus. Foram os judeus que ensinaram que mais importante que o dinheiro que a pessoa ganha, é o dinheiro que a pessoa poupa. Essa foi a lição que José do Egito ensinou a Faraó e ao mundo inteiro. Falaremos disso mais adiante no capítulo 10. Mas não fique pensando que os judeus são sovinas e mesquinhos, como o diabo os divulga ao mundo. Eles são apenas bons de negócios. E justamente por conhecerem as escrituras antigas, eles praticam a generosidade, já que procuram cumprir as leis de DEUS. A maior parte dos judeus religiosos praticam a filantropia financiando escolas e ONGs que propagam suas tradições e ensinamentos, além, é claro, de financiaremas sinagogas e todas as atividades e custos que fazem parte delas. Os Juros Já no Egito, os judeus comercializavam entre si e com os egípcios. Quando era entre si, não se cobravam juros, caso contrário, os juros apareciam no comércio e nos empréstimos. Talvez, por isso, Faraó temeu os judeus vendo neles um crescimento acelerado, ameaçador e poderoso. 17 “Entrementes se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas.” (Êxodo 1: 8-11 a) O funcionamento de uma transação que envolve juros se dá da seguinte forma: o devedor se compromete a pagar um valor um pouco maior que o original em troca de um benefício imediato, e o credor fornece algo que dispõe de imediato, a fim de receber um valor maior no final da negociação. Os juros são de certa forma interessante, pois trabalham conforme sua função, podendo ser um excelente ou um péssimo negócio. Se você é um devedor financeiro, precisa de forma urgente procurar aquele a quem deve e procurar fazer um acordo, um pedido de perdão de dívida, pois os juros trabalham contra você. Uma dica é que as taxas de juros variam, portanto priorize o pagamento de dívidas com taxas menores. Mas se você tem recursos para investir, os juros trabalharão a seu favor, fazendo o dinheiro ser seu empregado e não seu patrão. 18 Capítulo 4 O cristão e o dinheiro Os negócios devem ser feitos entre irmãos. Da mesma forma que os judeus, os cristãos também precisam se abençoar mutuamente. Isso significa dizer que nossos negócios devem ser feitos preferencialmente entre os cristãos. Por exemplo, se vou levar minha família a um restaurante japonês, procurarei um local gerenciado ou de propriedade de um cristão. Para que ir a um lugar consagrado a uma imagem de buda se posso ir a um lugar consagrado a JESUS? Esse mesmo princípio dos judeus precisa ser observado pelo povo cristão. Se eu preciso de um gerente que cuide da minha conta bancária, procurarei um servo de DEUS. Se eu preciso de um mecânico para arrumar meu carro, procurarei um homem de DEUS. Se eu tenho uma filha, vou colocá-la em uma escola que valorize os princípios cristãos, e assim por diante. Dando um bom testemunho. A bíblia diz que nós somos o Corpo de CRISTO (1 Coríntios 12: 12). Sendo isso uma verdade espiritual, para que nós consigamos representar de maneira digna esse Corpo, precisamos nos unir como cristãos, inclusive para assuntos financeiros. É fundamental que não haja pedras de tropeço em nosso meio. “Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a Igreja de DEUS” (1 Coríntios 10: 32) “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a DEUS. Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão”. (Romanos 14: 12 e 13) Um dos principais motivos que afugentam as pessoas da Igreja é o mau testemunho dos de dentro dela. JESUS ilustrou esse mau testemunho como sendo uma pedra que faz o próximo tropeçar, criando uma antipatia e desconfiança na capacidade de caminhar com DEUS estando debaixo de uma cobertura espiritual, ou em outras palavras, estando na Igreja. A palavra do crente deve ser sim ou não, ou seja, clara e honesta, sem dar margens a dúvidas, entrelinhas ou diferentes interpretações. “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.” (Mateus 5: 37) Trazendo isso sobre as finanças, entendemos que aquilo que for vendido e prometido deve ser o cumprido, e que os serviços sejam feitos com excelência, e que exista o temor de que os olhos de DEUS estão em todos os lugares, e principalmente sobre nossa vida, e que não haja mau uso do dinheiro de DEUS. 19 “Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.” (Provérbios 15: 3) Somente assim faremos com que nossos recursos circulem primeiro dentro das igrejas, para depois, sair ao mercado “secular”, abençoando primeiro o povo de DEUS e, como conseqüência, sendo abençoados também. O dinheiro no lugar certo. Coloque o dinheiro em seu devido lugar – afaste-o o máximo que puder do coração. Nunca o tenha como objetivo final de sua vida. O dinheiro é algo para te ajudar a cumprir o seu chamado nessa terra. Por exemplo, a missão de um médico é salvar vidas e não ganhar dinheiro. O dinheiro pode se tornar uma conseqüência. Para DEUS, a missão de um milionário não é a de acumular riquezas, mas é a de ser um mantenedor da obra (Romanos 12: 8). O dinheiro ganho é apenas a justa remuneração pelo esforço do seu trabalho. “Pois a escritura declara: não amordaces o boi, quando pisa o grão. E ainda: o trabalhador é digno do seu salário.” (1 Timóteo 5: 18) O dinheiro não é um fim em si mesmo. O dinheiro é um elemento neutro, sendo que aquilo que fazemos com ele e a forma como lidamos com ele é que vai mostrar se ele é bom ou ruim. O cristão não pode trabalhar para correr atrás do dinheiro, pelo contrário, é o dinheiro quem deve trabalhar em favor do cristão. O dinheiro deve ser visto como um empregado e não como um patrão. Nós é quem devemos exercer influência sobre ele e não o contrário. O dinheiro não pode ser considerado como um objetivo final, antes ele dever ser considerado como um meio de DEUS para que as metas finais sejam atingidas. “Não te fatigues para seres ricos.” (Provérbios 23: 4 a) Não servimos ao dinheiro, servimos apenas JESUS. Não é o dinheiro quem manda em nós, somos nós que mandamos no dinheiro – temos um SENHOR é o nome Dele é JESUS. Não é errado ter dinheiro guardado na conta bancária, o erro é tê-lo guardado no coração, fazendo dele a razão da vida. Essas são regras que precisam fazer parte do dia a dia do cristão. E o dinheiro guardado em conta bancária ou qualquer aplicação financeira, deve ter um alvo bem definido, com o objetivo compatível ao Reino de DEUS a ser alcançado. Condições que DEUS nos exige para lidar com dinheiro Lidar com o dinheiro de uma forma correta e idônea é crucial para nossa vida, sendo que nós não devemos nos omitir nesses tipos de questões, achando que seremos menos espirituais. Desprezar o dinheiro é desprezar os recursos que DEUS nos deu. A bíblia diz que somos embaixadores de CRISTO aqui nessa terra (2 Coríntios 5: 20 a). Isso quer dizer que, apesar de vivermos nesse mundo, somos de um outro lugar, e estamos aqui apenas representando o Reino de DEUS. Nossa pátria é celestial, portanto vivemos de forma temporária nesse mundo (Filipenses 3: 20). Não somos desse mundo 20 inteiro que jaz no maligno (1 João 5:19), mas o fato é que estamos aqui e vivemos aqui. As regras mundanas encorajam o mal através do egocentrismo e egoísmo, e desencoraja as boas obras que devem caminhar com nossa fé. Não fazemos parte e nem compactuamos com os conceitos mundanos, mas DEUS nos separou para, inseridos na sociedade, fazermos a diferença, sendo sal da terra e luz do mundo (Mateus 5: 13 a e 14 a). DEUS é o dono do nosso dinheiro. Normalmente, a área financeira é a última coisa que entregamos por completo aos cuidados de DEUS. Não estamos dizendo que isso é uma regra, mas que constatamos ser algo que acontece habitualmente. Isso ocorre muito pelo medo e receio de dar e não receber nada em troca. Fomos criados numa cultura em que, o mais importante, é ganhar, receber e reter. Quando pensamos na possibilidade de dar,um medo nos assola, como se fosse um sentimento de que passaremos necessidades, perderemos algo, ou ainda sentiremos a falta daquilo que foi dado, lá na frente. “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ageu 2: 8) DEUS nos diz em Sua palavra, que a prata e o ouro são Dele. Isso significa que os recursos e o dinheiro pertencem a Ele. O nosso dinheiro é Dele. Considerando essas afirmações como verdades, por que então tememos a entrega das nossas finanças aos cuidados “dAquele” que é simplesmente o dono de tudo? Quando entendermos o que significa servir a JEOVÁ JIREH, quem sabe aprenderemos a descansar Nele. JIREH é o atributo de DEUS na qual Ele provê todas as coisas que necessitamos. Servimos ao DEUS da toda provisão. Provisões não só espirituais, como materiais também. JESUS quer ser o SENHOR por completo de nossa vida. Ele quer reinar em todas as áreas, e não somente em algumas. Ele quer ser o SENHOR das nossas finanças em qualquer situação: tendo ou não tendo riquezas, tendo ou não tendo dinheiro. Nós podemos não ter recursos em determinado momento da vida, mas o nosso DEUS é Aquele que provê todas as coisas, inclusive recursos para que o Reino dos céus na terra se alargue e avance, mas acima de tudo, estamos falando do DEUS que provê a redenção, a salvação, e a eternidade. Traga à existência o que ainda não existe. “Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí, perante aquele no qual creu, o DEUS que vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem.” (Romanos 4: 17) DEUS é o Todo Poderoso, ou seja, Ele é capaz de fazer e desfazer, criar e destruir. Ele tem total capacidade e auto-suficiência de chamar à existência o que ainda não existe no plano natural. Há coisas que foram conquistadas na cruz, mas que ainda não foram manifestas sobre nossa vida no sentido físico e natural, se encontrando ainda somente no plano espiritual ou sobrenatural. 21 DEUS pode criar o que ainda não existe. Ele pode trazer para nossa vida o que só vemos pela fé. Ele devolve à vida aquilo que já enterramos. Peça a DEUS que Ele chame à existência as coisas que não existem ainda sobre sua vida, coisas de que você sonha e necessita. DEUS quer mostrar o milagre e o sobrenatural. O milagre é aquilo que vai contra as leis da natureza (leis físicas). DEUS gosta de fazer milagres, eles são importantes para aumentar nossa fé e sempre vivermos acima do que nossos olhos naturais vêem. Quem não gostaria de ter presenciado o milagres da abertura do mar vermelho para o povo de Israel passar a seco e ser livre da escravidão do Egito (Êxodo 14: 21 e 22)? Ou então ter visto Eliseu fazer o machado boiar na água (2 Reis 6: 6)? Quem sabe ter visto o sol ter seu movimento natural paralisado para que a noite demorasse a chegar dando condições do exército de Josué derrotar os amorreus (Josué 10: 12-14)? Esses milagres fazem cair por terra qualquer lei natural. DEUS criou todas as coisas a partir do nada, e Ele pode fazer isso a hora em que Ele quiser. “Chamou JESUS os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos. Ordenou-lhes que nada levasse para o caminho, exceto apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro.” (Marcos 6: 7-8) Haverá momentos em que DEUS te enviará e fará questão que você se despoje de tudo que possui, apenas para mostrar que todo suprimento e capacitação virão das mãos Dele. Fidelidade, administração e milagre. Nosso objetivo é viver, ao mesmo tempo, pelo menos três situações em relação à área financeira: fidelidade a DEUS, boa administração dos recursos e o milagre e sobrenatural de DEUS. A fidelidade a DEUS é uma responsabilidade totalmente nossa e ela se manifesta quando O honramos com as primícias de nossa renda, quando devolvemos os dízimos e quando entregamos ofertas de sacrifício, quando somos provados e demonstramos que nosso coração está centrado em DEUS, tendo desapego ao material, entendermos o motivo de DEUS ter nos dado riquezas, ou ainda entendemos o motivo de DEUS não ter nos dado riquezas. A administração dos recursos significa saber lidar com o dinheiro que Ele nos dá, executar as coisas somente após um planejamento, não desperdiçar o dinheiro, não negar ajuda financeira aos que necessitam. Nossa responsabilidade é pedir capacitação e obedecer às direções vindas do Alto, pois sabendo administrar o dinheiro, teremos chances de realizar as boas obras que Tiago citou em escalas muito maiores. O dinheiro, bem usado, pode gerar empregos, gerar prosperidade financeira, melhorar as condições de um bairro, cidade ou nação, suprir necessidades físicas, etc. “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: ide em paz, aquecei-vos, e fartai-vos, 22 sem, contudo, lhes dardes o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.” (Tiago 2: 15-17) O milagre e o sobrenatural de DEUS acontecem somente através Dele, sendo que a nossa participação se limita a orar, jejuar, crer e descansar, e nada mais (“ufa!”, pois essas quatro condições já são verdadeiras provas para nós, mas ainda bem que muito pode a oração do justo). Para ver o milagre com maior intensidade, não há outros meios se não orar, clamar, jejuar, ser fiel, descansar, crer, etc. “... Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tiago 5: 16 b) O milagre financeiro é a multiplicação de uma forma sobrenatural dos recursos. É o aparecimento sobrenatural das provisões. Nesse tipo de situação, somos totalmente dependentes da graça de DEUS. Mas vale lembrar que os milagres de DEUS caminham juntos com uma boa administração e a nossa fidelidade, mas de forma alguma estão condicionados ao nosso desempenho. DEUS opera milagres quando, como e para quem Ele desejar fazê-lo. DEUS nos chama para vivermos os milagres da multiplicação financeira. Mas sem, contudo, esquecer da fidelidade e da boa administração. A matemática financeira. Adição Financeira: é a responsabilidade do homem, através de uma boa administração e planejamento financeiro. Multiplicação Financeira: é a ação sobrenatural proveniente da graça de DEUS, em outras palavras, é o milagre financeiro. Subtração Financeira: é o roubo do devorador, que somente ocorre quando damos alguma legalidade espiritual através da negligência na devolução dos dízimos. Divisão Financeira: acontece quando tomamos uma decisão financeira equivocada, quando erramos em nossas escolhas. Enquanto o homem se empenha em cumprir com a adição, se afastar da subtração e não errar com a divisão financeira, DEUS se encarrega de trazer a multiplicação financeira. O dinheiro serve como um instrumento de prova. Certa vez um pastor disse no púlpito: “você quer conhecer o caráter de alguém? Dê a ele dinheiro e certo poder”. É como diz a famosa frase: “se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe de forma absoluta”. Um dos maiores testes na vida acontece quando recebemos dinheiro, fama e poder, pois será nessa hora que as intenções e as verdades do coração virão à tona: a humildade ou o orgulho. O dinheiro é um dos maiores instrumentos capaz de revelar as verdadeiras intenções do coração, o caráter e a integridade das pessoas. Estamos sujeitos a dois tipos de testes financeiros em nossa vida: a escassez e a abundância. Quando estamos na fase da escassez, o teste se resume em apenas 23 sobreviver e lutar por necessidades básicas, como comida, roupa e um teto sobre a cabeça. Mas quando somos alvo da abundância, pode ter certeza que chegamos ao teste mais difícil em se ser aprovado. Junto com a abundância vem uma série de tentações sutis que visam satisfazer o ego e a carne. É bem nessahora que o caráter e a integridade são colocados à prova. E se o coração não estiver muito bem ajustado em DEUS, fatalmente seremos reprovados e retrocederemos. Se quisermos lidar corretamente com dinheiro, a primeira coisa a aprender deve ser o desapego material. A postura do sacerdote. Antes de a nação de Israel adentrar a terra prometida, e muito antes ainda deles terem o seu primeiro rei, DEUS, na Sua onisciência, sabedor de que um dia o povo reivindicaria a monarquia sobre a nação, entregou algumas orientações que deveriam ser obedecidas por quem quer que fosse esse rei. O homem a ser levantado como rei deveria ser israelita, não ter um coração ganancioso, fugir da sensualidade e da poligamia, escrever para si uma cópia de todas as leis e estatutos a fim de lê-la diariamente, e finalmente, ele não poderia multiplicar muito ouro e prata para si mesmo. “Quando entrares na terra, que te dá o SENHOR teu DEUS, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se acham em redor de mim; estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o SENHOR teu DEUS escolher; homem estranho, que não seja de entre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e, sim, um dentre eles. Porém este não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos disse: nunca mais voltareis por este caminho. Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração não se desvie; nem multiplicará muito para si prata ou ouro. Também, quando se assentar no trono de seu reino, escreverá para si um traslado desta lei num livro, (...) e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao SENHOR seu DEUS, a fim de guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, para os cumprir. Isto fará para que o seu coração não se eleve sobre os seus irmãos, e não se aparte do mandamento, nem para a direita nem para a esquerda; de sorte que prolongue os dias no seu reino, ele e seus filhos no meio de Israel.” (Deuteronômio 17: 14-20) O alerta de DEUS dizia respeito aos perigos que acompanham o amor ao dinheiro e ao poder, ao orgulho, à soberba e ao acúmulo de riquezas para si mesmo. Claramente o objetivo nisso tudo era o de evitar o risco de se ter o coração corrompido. O rei não poderia se apegar ao poder e às riquezas, e muito menos amar o dinheiro de tal forma que o multiplicasse muito para si. Isso significaria o declínio espiritual de seu reinado. Trazendo essa idéia para os nossos dias, o problema não está em multiplicar o dinheiro ou então multiplicá-lo para si. A multiplicação financeira pode existir na vida do cristão, e sem dúvida ela será uma bênção, desde que atenda primeiro aos objetivos do Reino. Mas o problema estará em se multiplicar MUITO para si mesmo. Quando isso acontece, significa dizer que o propósito do dinheiro deixou de vigorar. Significa dizer que o dinheiro já virou a peça motivadora da vida. A essa altura do campeonato, a prioridade já deixou de ser DEUS e a salvação das almas, e passou a ser a contabilização de um patrimônio material pessoal. E agindo dessa forma, não só afastamos DEUS da nossa própria vida, como também de todos aqueles que nos cercam. 24 Você somente será rei e sacerdote dentro da sua casa quando cumprir com todas essas exigências. Você será um rei e sacerdote, ungido do SENHOR, quando, tendo ou não dinheiro, manter o coração longe do amor ao dinheiro. Mas qual a sua postura diante do dinheiro? Via de regra, o homem se enquadra em alguma dessas posturas com relação ao dinheiro: Avareza: explorar os outros. Adoração: o dinheiro é tratado como um deus e é colocado em um altar. Indiferença: insensibilidade pelas necessidades e dificuldades dos outros, egoísmo. Generosidade: amam, são gratos, crêem e entendem que devem fazer o bem e ofertar e abençoar os outros. Sabem que agindo assim, sempre serão supridos e abençoados. 25 Capítulo 5 Prosperidade Prosperidade é a ausência de necessidade. A prosperidade que vem de DEUS é uma benção e um presente do Alto. Mas afinal, o que é ser próspero? A resposta está em como você é suprido. Ser próspero é ser suprido em tudo. Ser próspero é não sentir falta de nada. Prosperidade é a ausência de necessidades não supridas. Ser próspero é também estar satisfeito com aquilo que se tem, seja qual for a quantidade ou o que. Se uma pessoa pobre estiver plenamente satisfeita e suprida de suas necessidades, podemos considerá-la próspera, pois ela não sente falta de nada. E é justamente isso o grande desafio nesse mundo. Ser próspero não significa ser rico. Crescemos com uma idéia formada de que ser próspero é ser rico, mas prosperar não é a mesma coisa que enriquecer. DEUS quer que todos os seus filhos sejam prósperos, mas nem todos irão enriquecer. Uma pessoa pode até ser rica, porém não ser próspera. Isso acontece quando as necessidades delas não são supridas. Fatalmente essa pessoa ainda não conheceu JESUS de verdade, aquele que supre todas as necessidades, materiais e emocionais. Prosperidade financeira não significa acúmulo de bens materiais. Já quando falamos em termos financeiros, a prosperidade é a capacidade de aumentar ou melhorar o patrimônio que se possui. Essa prosperidade financeira é o resultado da união de alguns fatores: a nossa boa administração e planejamento, a nossa fidelidade, ambos aliados com a fidelidade de DEUS. Não perca tempo correndo atrás do dinheiro. DEUS não prometeu que todos serão ricos. Ele prometeu que todos nós seremos prósperos, o que é bem diferente. E se DEUS quiser nos enriquecer, e quando isso acontecer, não poderemos de forma alguma colocar nelas o nosso coração. A bíblia não condena o dinheiro, mas condena a confiança nele. “Se as vossas riquezas prosperam não ponhais nelas o coração” (Salmo 62: 10 b) Salomão, o homem mais sábio e rico que já existiu em Israel, disse ao final de sua vida, que o dinheiro não traz felicidade e que tudo o que ele viveu foi vaidade. “Empreendi grandes obras, edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. Fiz jardins e pomares para mim, e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. Fiz pra mim açudes pra regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. 26 Comprei servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também possuí bois e ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em Jerusalém. Amontoei também para mim prata e ouro, e tesouros de reis e de províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres. Engrandeci-me e sobrepujei a todos os que viveram antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. Tudo quanto desejaram meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, isso era a recompensa de todas elas. Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nem um proveito havia debaixo do sol.” (Eclesiastes 2: 4-11) Isso porque sua receita anual era de cerca de 25 milhões de dólares, tinha 40 mil animais, e morava em um palácio recheado de utensílios de ouro que demorou treze anos para ser construído. Deve ter algum fundo de verdade nessa conclusão de Salomão, não é verdade? “Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade.“ (Eclesiastes 5: 10) Salomão nos ensinou que nossa vida não se limita ao trabalho e à prosperidade financeira. Quem age em busca de conquista material corre atrás do vento “Então vi que todo trabalho,e toda destreza de obras, provém da inveja do homem contra o seu próximo. Também isso é vaidade e correr atrás do vento.” (Eclesiastes 4: 4) A mensagem do evangelho não é a prosperidade. Cremos que poucas pessoas – dissemos poucas pessoas – foram chamadas por DEUS para serem ricas. Caso contrário, nós veríamos pessoas se convertendo ao evangelho de JESUS simplesmente para se tornarem ricas. Se fosse assim, faltariam igrejas para comportar tanta gente. E o evangelho autêntico tem como base de pregação a salvação pela cruz, e não a prosperidade financeira e o enriquecimento. É nítida a importância de se ensinar conceitos financeiros bíblicos, mas isso nunca poderá ser o objetivo final de vida. Um milionário homem de DEUS é alguém chamado por DEUS para ser um mantenedor da obra, e isso sim ou sim. Se você possui esse chamado empresarial, jamais se esqueça de que tudo que você tem veio das mãos de DEUS, e por isso, deve ser conduzido sob orientação do Alto. A prosperidade segundo a Bíblia. No hebraico, encontramos quatro significados para a palavra “prosperidade”. A primeira palavra é “shalu”, que é traduzida como “descanso, paz, tranqüilidade”. Esse conceito aparece, como exemplo, no salmo de Davi quando ele ora pela paz sobre Jerusalém. 27 “Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam. Reine paz dentro em teus muros, e prosperidade nos teus palácios.” (Salmo 122: 6 e 7) A segunda palavra é “sekel”, que pode ser traduzida como “ser sábio, entendido, capacitado”. Essa idéia é exemplificada quando Davi instrui seu filho Salomão sobre os preparativos para a construção do templo a DEUS. “Agora, pois, meu filho, o SENHOR seja contigo, a fim de que prosperes e edifiques a casa do SENHOR teu DEUS, como Ele disse a teu respeito. Que o SENHOR te conceda prudência e entendimento, para que, quando regeres sobre Israel, guardes a lei do SENHOR teu DEUS. Então prosperarás, se cuidares em cumprir os estatutos e os juízos que o SENHOR ordenou a Moisés acerca de Israel; sê forte e corajoso, não temas, não te desalentes.” (1 Crônicas 22: 11-13) A terceira palavra hebraica é “tzalach”, que pode ser traduzida como “ser livre, ter sucesso, ser próspero”. Esse sentido aparece quando o salmista desconhecido retrata a diferença entre os justos e os ímpios. “Ele é como a árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será próspero.” (Salmo 1: 3) A quarta palavra do original hebraico é “chail”, que aponta para aquilo que naturalmente associamos com a palavra prosperidade. Nesse caso, sua tradução transmite a idéia de “riquezas, bens materiais”. Esse é o contexto de quando Davi alerta as pessoas que, ao receberem riquezas, jamais ponham sua confiança nelas. “Não confieis naquilo que extorquis, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas prosperam não ponhais nelas o coração.” (Salmo 62: 10) Curiosamente, essa última tradução da palavra “prosperidade” para “riquezas, bens materiais” é a que menos aparece na bíblia. A partir daí concluímos que a teologia da prosperidade (veremos mais adiante) não possui respaldo bíblico em seus conceitos. O plano de DEUS é que seus filhos alcancem a prosperidade mais importante que é na alma e no espírito. E isso somente acontecerá se ouvirmos a Sua voz e guardarmos Seus mandamentos, tendo o cuidado de cumpri-los. “Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu DEUS, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu DEUS, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu DEUS, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: (...) O SENHOR determinará que a bênção esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na terra que te dá o SENHOR, teu DEUS. (...) O SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o SENHOR, sob juramento a teus pais, prometeu dar-te. O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado.” (Deuteronômio 28: 1, 2, 8, 11 e 12) “Para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR, teu Deus, te abençoará abundantemente na terra que te dá por herança, para a possuíres, se apenas ouvires, atentamente, a voz do SENHOR, teu Deus, para cuidares em cumprir todos estes mandamentos que hoje te ordeno.” (Deuteronômio 15: 4 e 5) 28 Para todas as promessas de bênçãos descritas no livro de Deuteronômio há uma condição. As promessas estão atreladas à condição de “se ouvires”. A palavra “ouvir”, no hebraico, é “shamá”, que significa “cumprir, obedecer, viver, praticar”. Ou seja, não basta apenas escutar e ouvir a Palavra de DEUS. Qualquer um escuta, até mesmo nosso adversário. Ouvir a DEUS vai muito mais além do que isso. Ouvir a DEUS é um processo que se inicia ao escutar a voz Dele, mas é seguido de ações que refletem nossa disposição em servi-Lo: cumprir, obedecer, viver e praticar. Concluímos, portanto, que o alvo da prosperidade de DEUS é a nossa alma e o nosso espírito. E é nisso que devemos nos atentar. A prosperidade financeira é um segundo plano que poderá ou não acontecer, dependendo da nossa obediência, e também dos planos que DEUS tem para nós. Mas nada impede que a nossa oração seja para que DEUS derrame suas bênçãos materiais sobre nós, para que, não só as necessidades sejam supridas, mas que também os desejos sejam atendidos, e assim experimentemos uma abundância financeira. “Agrada-te do SENHOR, e Ele satisfará aos desejos do teu coração.” (Salmo 37: 4) A prosperidade não é medida pela quantidade de bens ou dinheiro que alguém possui. Lembre-se, ser próspero não é a mesma coisa que ser rico. Prosperidade é não ter falta de nada, é viver a ausência de necessidades. È ser suprido por DEUS em todas as questões da vida. Excede, e em muito, os conceitos materiais. No Reino de DEUS não há miséria. Lá pode haver a abundância ou somente a provisão daquilo que é básico. O que ocorre são fases da vida ou chamados específicos para aprendermos a dar valor, e não colocar o dinheiro em primeiro lugar. DEUS nos chamou para comer o melhor dessa terra, se andarmos em obediência. “Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o melhor dessa terra. Mas se recusardes, fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse.” (Isaías 1: 19 e 20) A aliança de DEUS com seu povo abrange vários aspectos da vida. E um deles é o aspecto financeiro. O detalhe é que, a abundância financeira está condicionada à obediência. E se a obediência é uma questão totalmente espiritual, isso significa dizer então que as conquistas materiais estão totalmente relacionadas com as questões espirituais. Crescimento material é apenas umas das possíveis conseqüências de um crescimento espiritual. Nem todos os cristãos prosperarão financeiramente e enriquecerão, e nem todos os servos de CRISTO serão pobres. É um erro querer fazer uma regra nisso, e querer limitar a ação e vontade do ESPÍRITO SANTO. DEUS jamais garantiu que daria dinheiro para todos seus servos. E também jamais garantiu que tiraria o dinheiro deles. Ele faz aquilo que quiser. “O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.” (1 Samuel 2: 7) 29 O exemplo de Jó. Imaginem a situação de Jó: ele sabia o que era ter uma vida abastada, cheia de dinheiro. E então, de repente, DEUS permitiu que ele perdesse tudo, exceto a própria vida (capítulos 1 e 2 do livro de Jó). Começava então a provação desse homem. “Recordar-te-ás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu DEUS te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, pra saber o queestava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.” (Deuteronômio 8: 2) A palavra “provar”, no hebraico, aponta para o sentido de “exercitar a obediência aos mandamentos de DEUS”. Em outras palavras, quando Jó foi provado, todas as experiências a que ele foi submetido indicariam se ele obedeceria ou não aos mandamentos de DEUS, mesmo que estes ainda não tivessem sido oficializados no monte Sinai. Quando somos colocados à prova, percebemos que muitas vezes a nossa fé não condiz com nosso comportamento, e que precisamos perseverar para provar através das atitudes, que a nossa fé é genuína e verdadeira. Cada aprovação resulta em crescimento espiritual, fortalecimento da alma e caráter moldado à imagem e semelhança de DEUS. Jó perdeu suas posses, seus filhos, seus empregados, seus animais e sua saúde. Isso equivale a dizer que, se fosse conosco, perderíamos nossa família, nossos amigos, nossas empresas, nossas propriedades, nosso status, nossa história, sendo reduzido simplesmente ao pó, nos tornando nada, sem ninguém e sem saúde. Tudo isso já nos seriam motivos para nos decepcionarmos com DEUS. Mas no caso de Jó, uma coisa não lhe foi tirada: sua esperança da salvação. Que assim como foi com ele, que a certeza da salvação também jamais seja tirada de nós. “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra.” (Jó 19: 25) Era como se a única esperança de Jó estivesse na salvação de sua alma. E de certa forma ele tinha razão. Não há bem mais precioso que a eternidade com DEUS. Isso era uma certeza que nada, e nem ninguém, poderiam arrancar do coração desse homem. Não importa o que acontecesse, ele sabia que o seu Salvador estava vivo, observando tudo, e que ao final de um tempo, Ele daria um basta em tudo aquilo, e levaria Jó a salvo para a eternidade. Mas, antes que isso acontecesse, ele foi restituído em dobro em tudo que um dia ele já teve. Perceba que Jó nunca orou para que a restituição fosse dada a ele. Era algo que ele não esperava, ou melhor, não era a sua motivação. Sua motivação continuava sendo a eternidade ao lado de seu Criador. E de alguma forma, DEUS moveu o coração de Jó, para que este passasse a orar e interceder pelos seus três amigos, que tentavam encontrar explicações para a sua provação. E foi justamente isso que ele fez. “(...) o meu servo Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que Eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. (...) e o SENHOR aceitou a oração de Jó.” (Jó 42: 8 e 9) E quando Jó intercedia pelos seus amigos, certamente para que eles conhecessem a salvação, DEUS o restitui em dobro de tudo o que ele um dia já teve e que lhe foi tirado. A restituição de DEUS chegou numa hora em que Jó não estava esperando, não era esse seu pensamento, não era essa a sua motivação. Conosco também é assim. É quando não 30 estamos nem esperando as bênçãos de DEUS que Ele vem e nos dá. É quando nós estamos concentrados em questões mais importantes como salvação, unção, intimidade, conhecimento e transformação pessoal que Ele nos surpreende com as bênçãos materiais. “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e deu- lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. Assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro, (...)” (Jó 42: 10 e 12 b) E tem gente que nunca viu dez por cento do que Jó tinha e vive reclamando por não ter o dinheiro que gostaria de ter. Qual foi a postura de Jó quando ele, de um dia para outro, não tinha mais nada? Ele simplesmente renunciou as suas exigências por explicações de DEUS para tudo que se passava com ele. Enquanto ele exigia respostas de DEUS, ele não as teve. Em contrapartida, DEUS o visitou com a Sua presença, e isso para ele foi o suficiente. A experiência de conhecer a DEUS, de com Ele andar, foi a melhor resposta que Jó poderia ter recebido. Descansar em DEUS é ter fé quando as más notícias aparecem repentinamente. E no final de tudo isso, ele foi aprovado por DEUS. Quando a prosperidade é financeira. Prosperidade financeira não é a essência do evangelho. Do que adianta ter tudo, exceto o mais importante? Para conseguir viver tanto nos dois extremos como na média, ou seja, tanto ser rico, pobre ou mediano, é preciso da ajuda de DEUS. Há pessoas que têm muito dinheiro, mas que são verdadeiras miseráveis, e pessoas que não tem nada, mas que são extremamente generosas. Quando o assunto é prosperidade, ter dinheiro não significa ser rico, e não ter dinheiro não significa ser pobre. “Uns se dizem ricos sem ter nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos.” (Provérbio 13: 7) Mas, qual é então, a postura que devemos ter quando a prosperidade financeira nos atinge? Receber riquezas de DEUS não é errado. DEUS pode sim fazer enriquecer, e realmente esse é o Seu plano para certas pessoas. Mas que sentido faz ter as mãos prósperas sem ter primeiro a alma próspera? Acima de tudo, a alma precisa ser próspera, e isso só pode acontecer através da intimidade com DEUS. Não é errado sonhar com uma viagem, com um carro novo, com um casa maior, com uma casa própria, com uma roupa da moda, com a melhor escola para os filhos, etc. É claro que DEUS pode nos enriquecer, e é justamente aí que mostraremos aonde repousa nosso coração. O mundo está cheio de pessoas que enriqueceram e se esqueceram de DEUS, deram as costas para JESUS, se esqueceram de orar, de clamar e jejuar, de dar, de ofertar, de devolver o dízimo, de depender exclusivamente Dele. Com uma área financeira abundante, não podemos deixar DEUS de lado e em segundo plano. “Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham. Riquezas e honra estão comigo, bens duráveis e justiça” (Provérbio 8: 17 e 18) Riquezas e honra, bens duráveis e justiça. Os pares citados caminham juntos. Só faz sentido se estiverem relacionados. Quando DEUS nos dá riquezas, precisamos entregar toda a honra a Ele. Quando DEUS nos entrega bens duráveis, precisamos usar 31 esses mesmos bens de forma a agir com justiça. De nada adianta ter riquezas e reter a honra para si mesmo. De nada adianta ter bens duráveis e agir injustamente. DEUS tem riquezas e bens duráveis para dar a nós, seus servos, mas jamais podemos esquecer quem precisa ser honrado em todo o tempo, e desprezar os atos de justiça, que são tão raros hoje em dia. Os cinco mandamentos da prosperidade financeira. I. Não criarás prosperidade se desestimulares a poupança. II. Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes. III. Não criarás estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado. IV. Não evitarás dificuldades financeiras se gastares mais do que ganhas. V. Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios. Autor: Abraham Lincoln, ex-presidente americano. A ausência de dinheiro não é sinal de espiritualidade. Há uma mentira religiosa que satanás implantou na cultura humana por séculos, principalmente a partir do catolicismo romano, que diz que para se aproximar de DEUS, é necessário se abster de dinheiro e dos bens materiais, que para ser santo tem que ser miserável, que para ser uma pessoa espiritual não pode ser rica, e que humildade de espírito é sinônimo de pobreza. Devemos rejeitar a idéia de que ser pobre é sinônimo de ser espiritual. Esse conceito pode estar diretamente ligado ao gnosticismo (do grego “gnosis”, que significa conhecimento) que afirma que a matéria é ruim e o espírito é bom, sendo as mesmas doutrinas que foram tão combatidas pelo apóstolo João no início da Igreja. Da mesma forma que miséria não é sinal de humildade, a espiritualidade também não é sinal de ausência de recursos financeiros. Para a igreja católica em Roma, lidar com
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