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O PLANO DE DEUS PARA O SEU DINHEIRO pdf


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O Plano de Deus
para o seu dinheiro
 
 
O PLANO DE DEUS PARA O SEU DINHEIRO
Copyright © 2011 tradução portuguesa, DP Portugal
Originalmente publicado com o titulo: 
God´s Plan for your Money
Copyright © Derek Prince Ministries USA
Autor: Derek Prince 
Título original: God´s Plan for your Money
Tradução: Jorge Pinheiro 
Correção: Alda Silva 
Redação: Christina van Hamersveld
Desenho capa: Emanuel Rodrigues | Nova Gráfica, Lda.
Reeditado em Português pela:
Editora Um Êxodo
Caminho Novo Lote X, Feteira
9700-360 Angra do Heroísmo
E-mail: umexodo@gmail.com
 
 ISBN: 29978-989-8501- 5-
 
erekD Prince Portugal
Caminho Novo Lote X, Feteira
9700-360 Angra do Heroísmo
Telf.: (+351) 295 927992157 /663738
Blog: www erekprince.d ptportugal.blogspot.
E-mail: erekprinced portugal@gmail.com
ÍNDICE
1 - O Plano Integrante de Deus ................................ 7
2 - Deus ou Mamom? ................................................ 13
3 - Ofertar Faz Parte da Adoração .......................... 19
4 – Como Colocar Deus Primeiro ............................ 25
5 – Deus Desafia-nos .................................................. 31
6 - A Graça de Dar .................................................... 37
7 - Dá-te a Ti Primeiro .............................................. 41
8 - Uma Relação com Duplo Sentido ....................... 47
9 - Dar é Semear ........................................................ 53
10 - O Nível de DEUS é a Abundância .................... 59
Sobre O Derek Prince (1915 – 2003) ....................... 65
Derek Prince Ministries ............................................ 67
Outros livros por Derek Prince ................................ 69
�
Talvez te surpreendas por saber que Deus tem um plano 
para o teu dinheiro. Talvez penses que o dinheiro é 
demasiado sórdido para pessoas espirituais. Como alguns 
de nós, talvez tenhas crescido num ambiente religioso que 
se referia ao dinheiro como “lucro sujo”.
Contudo, essa não é a perspectiva bíblica do dinheiro. Na 
nossa cultura contemporânea, o dinheiro desempenha um 
papel fundamental na vida de todos nós. Se Deus não tem 
um plano para o nosso dinheiro, então uma grande parte 
da nossa vida não está sob o controlo de Deus. Por sua 
vez, isso afectará inevitavelmente outras áreas da nossa 
vida. Esta realidade acontece em relação a muitos e num 
número bastante elevado de cristãos: a sua vida não está 
realmente sob o controlo de Deus e procuram resolver os 
seus problemas sendo mais “espirituais”. Mas muitas vezes, 
a resposta é ser-se mais prático.
Se não regermos as nossas finanças de acordo com o plano de 
Deus, então toda a nossa vida fica desorganizada. Por muito 
espirituais que sejamos em outras áreas, só conheceremos 
a verdadeira bênção e o domínio de Deus na nossa vida 
quando sujeitarmos o nosso dinheiro à vontade de Deus 
revelada na sua Palavra, pois a Bíblia revela claramente que 
Deus tem um plano para o nosso dinheiro.
Como professor da Palavra de Deus, tenho a responsabilidade 
de compartilhar o plano de Deus para o teu dinheiro, tal 
1
O PLANO INTEGRANTE DE DEUS
�
como compartilho o Seu plano em relação a qualquer outra 
área da tua vida. Em Actos 20:20 e 27, Paulo diz:
…como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar 
publicamente e pelas casas. [E depois continua um pouco 
mais à frente]...porque nunca deixei de vos anunciar todo o 
conselho de Deus.
Por outras palavras, Paulo diz: “Toda a Palavra de Deus será 
útil ao povo de Deus, daí ter ensinado tudo”. Toda a vontade 
de Deus inclui a Sua vontade para o nosso dinheiro. Faz 
parte de todo o conselho ou plano de Deus.
Quero salientar de uma forma mais geral que Deus tem 
realmente um plano que abrange cada área da nossa vida. 
Em Romanos 12:1-2, Paulo refere:
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que 
apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e 
agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Note-se que a adoração espiritual inclui o nosso corpo – 
entra direitinha no mundo físico. Algumas pessoas pensam 
que o corpo não é espiritual. Ser-se espiritual inclui fazer 
as coisas correctas com o nosso corpo, que é apresentá-lo 
a Deus como sacrifício vivo. Depois, Paulo prossegue no 
versículo seguinte:
E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos 
pela renovação do vosso entendimento, para que experimen-
teis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
A vontade de Deus é desvendada em três fases sucessivas 
por meio de três lindas palavras. A vontade de Deus é 
�
boa, agradável (outra versão refere que é “aceitável”) e 
perfeita. Estas três palavras representam três fases da nossa 
percepção da vontade de Deus.
Quando começamos a perceber isto, descobrimos que é 
“boa”. Deus nunca quer nada mau para o Seu povo. Depois, 
descobrimos que é “agradável” ou “aceitável”; quanto mais 
a percebo, mais quero que faça parte da minha vida. Por 
fim ao avançarmos na Percepção e aplicação da vontade 
de Deus, descobrimos que é “perfeita” ou “completa”. A 
vontade de Deus estende-se a cada área da nossa vida – e 
isso inclui o nosso dinheiro.
Paulo indica dois passos essenciais para descobrir a vontade 
de Deus. O primeiro, rendermo-nos sem reservas a Deus, 
Paulo diz: “Coloca o teu corpo no altar de Deus como um 
sacrifício vivo”. Está a compará-lo com os sacrifícios do 
Antigo Testamento em que os animais oferecidos eram 
primeiro mortos e depois colocados sobre o altar; separados 
assim para Deus. Paulo diz: “Tens de fazer o mesmo com 
o teu corpo, coloca-o sem reservas no altar ao serviço de 
Deus”. Há apenas uma única diferença; não matas esse 
corpo, apresenta-lo como um sacrifício vivo.
O segundo passo essencial para descobrir a vontade de 
Deus é aprender a pensar conforme Deus pensa, Paulo 
chama a isto “renovação da mente”. Isso significa alterar 
a forma global de encarar as coisas, o que inclui a maneira 
como defines os teus valores, os teus padrões e as tuas 
prioridades. Só com a tua mente renovada podes perceber 
qual é a vontade de Deus.
Gostaria de salientar algo muito importante em relação 
ao dinheiro. Não subestimes o teu dinheiro, não o 
10
diminuas, nem penses que não é espiritual e que não tem 
importância.
Na realidade o que representa o teu dinheiro?
Posso ajudar, sugerindo que representa quatro coisas muito 
importantes: o teu tempo, a tua força, os teus talentos e 
muito possivelmente talvez até a tua herança. A tua herança 
pode ser dinheiro ou outras coisas de valor como casas ou 
terras de pessoas que te amavam e se preocuparam contigo e 
que te ofereceram quando a sua vida terrena chegou ao fim.
Talvez tenhas ido para a universidade e recebido uma 
educação muito esmerada. Todos esses anos de estudo, 
esforço e empenho estão representados pelo teu dinheiro 
que possuis no presente, porque se não tivesses tido essa 
formação, poderias agora não ter conseguido realizar esse 
dinheiro.
Podes possuir talentos ou capacidades especiais que não 
tenham nada haver com a formação académica. Podes até ser 
uma pessoa muito prática, mas esses talentos e capacidades 
estão representados no teu dinheiro. Certamente também 
que o teu dinheiro representa o teu tempo. Se trabalhas oito 
horas por dia cinco dias por semana são quarenta horas 
da tua vida investidas no dinheiro que recebes. Quando 
investes o teu dinheiro, estás a investir uma grande parte 
de ti próprio no bem ou no mal. Espero que possas começar 
a perceber quão importante é investires de ti através do teu 
dinheiro, naquilo que é bom e de acordo com a vontade e o 
plano de Deus.
O plano de Deus para a tua vida, incluindo o teu dinheiro, 
resume-se numa palavra maravilhosa: prosperidade. É o 
11
que está declarado na terceira epístola de João, versículo 2 
onde o autor diz a um cristão.
Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que 
tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma
Nota que a palavra-chave aquié “ que te vá bem”. Abrange 
três áreas da tua vida: a tua alma, a tua saúde física e as 
tuas finanças ou necessidades materiais. Em cada área, a 
prosperidade é a vontade revelada de Deus ou, se preferires 
podes substituir o termo prosperidade por sucesso. Deus 
quer que tenhas sucesso nas áreas da tua alma, do teu corpo 
físico e das tuas finanças. O fracasso, a derrota, a frustração 
e a pobreza não são da vontade de Deus. Cresci numa 
tradição religiosa em que ser se santo significava ser-se 
pobre. Respeito as pessoas que defendem essa perspectiva 
mas não é a visão bíblica.
13
Precisamos de perceber a importância da nossa atitude 
face ao dinheiro. É importante porque na realidade revela 
a nossa atitude face ao próprio Deus. É tão importante que 
vou repetir: a tua atitude para com o dinheiro revela na 
realidade a tua atitude face a Deus.
Gostaria de citar as palavras proferidas por Jesus no sermão 
da montanha relativamente a este assunto, em Mateus 
6:24:
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de 
odiar a um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará 
o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. [Riquezas 
– noutras versões]
Examinemos neste momento o significado da palavra 
“Mamom”. Uma das traduções modernas diz: “Não podeis 
servir a Deus e ao dinheiro”, mas é uma tradução muito 
limitada porque Mamom significa muito mais do que 
somente dinheiro: 
Mamom significa um poder espiritual diabólico que 
prende os homens e os escraviza através do dinheiro.
Não é o dinheiro em si, mas o poder espiritual que actua 
no mundo e na vida de milhões de pessoas através da sua 
atitude em relação ao dinheiro. É a esse poder que se atribui 
a palavra Mamom.
2
DEUS OU MAMOM?
14
Jesus diz: “Não podeis servir a Deus e a Mamom” E 
acrescenta: “Ou odiarás um e amarás o outro, ou dedicar-
te-ás a um e desprezarás o outro”. Isto induz-nos a uma 
reflexão muito séria: Se amamos Mamom, odiamos Deus; 
por outro lado se nos dedicamos a Deus e a nossa vida Lhe 
está consagrada, desprezamos Mamom. Atenção! Isso não 
é odiar o dinheiro, mas sim repugnar essa força satânica 
que escraviza homens e mulheres através do dinheiro. 
Repugnamo-la e não deixamos que ela nos domine. Não 
há hipóteses para a neutralidade, devemos reconhecer quem 
está a mandar na nossa vida. Não é opcional servir, é antes 
uma opção a quem serviremos: a Deus ou a Mamom. 
Um pouco mais adiante, no mesmo capítulo de Mateus, no 
versículo 33, Jesus ao dizer o seguinte, revela que é uma 
questão de:
Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e 
todas essas coisas vos serão acrescentadas.
Jesus não diz que temos que passar sem essas coisas, mas 
diz que não devemos colocá-las em primeiro lugar. Temos 
que colocar Deus e a Sua justiça permanentemente em 
primeiro lugar na nossa vida. Este é um compromisso para 
com Deus, o Seu reino e propósitos. Jesus diz que se não 
formos atrás de Mamom e se não fizermos dele o nosso deus, 
mas se servirmos o verdadeiro Deus e o Seu reino e justiça, 
então Deus providenciará para que todas as coisas materiais 
e financeiras de que necessitamos nos sejam acrescentadas. 
Não persigas o dinheiro é extremamente cansativo e provoca 
muita frustração; não corras atrás do dinheiro, é de facto o 
que Jesus diz. O dinheiro é que deve correr atrás de ti. Se 
a tua vida está no caminho correcto, então o dinheiro ser-te-
á acrescentado. Não precisas de passar noites acordado ou 
ocupar o teu tempo a arquitectar planos para enriqueceres.
15
Tenho seguido este princípio há mais de quarenta anos e 
pela graça de Deus posso testemunhar que Ele é fiel. Por 
vezes a minha fé foi provada! Por vezes tive que dizer não 
a certas coisas apelativas do mundo, e que são consideradas 
normais e permitidas. Mas ao olhar para trás, tenho que 
dizer que Deus tem sido totalmente fiel.
O princípio de colocar Deus em primeiro lugar encontra-se 
divulgado por toda a Bíblia. Há dois versículos maravilhosos 
que demonstram bem isto, em Provérbios 3:9-10:
Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias 
de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abun-
dantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.
Os “celeiros e lagares” são todas as tuas necessidades 
materiais. Serão abundantemente supridas e superarão as 
expectativas. Quando conseguirás isso? Quando honrares 
Deus com a tua riqueza. Como honrar Deus com a riqueza? 
Dando-lhe as “primícias”, ou seja, reservar a primeira ou 
a melhor porção de todos os teus rendimentos, e dispô-la 
para Deus. Não há meio-termo: com o nosso dinheiro ou 
honramos, ou desonramos Deus.
Gostaria de dizer com todo o respeito, que Deus não quer 
as tuas gorjetas. Quando vais à igreja e passa a colecta, não 
coloques lá uns cêntimos, pois isso é um insulto para Deus. 
Não deves dar-Lhe o mesmo que dás a um arrumador de 
carros ou ao empregado do restaurante. Não trates Deus 
assim, porque estarás a insultá-Lo e a desonrá-Lo.
De forma similar, as Escrituras indicam que colocar em 
primeiro lugar o dinheiro e não a Deus é idolatria. Em 
Colossenses 3:5, Paulo adverte:
16
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: 
a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil 
concupiscência e a avareza, que é idolatria.
Note-se que Paulo diz que a avareza é idolatria. Quando 
pões o dinheiro em primeiro lugar, estás a transformá-lo no 
teu deus. Transformar o dinheiro no teu deus é idolatria. 
O Senhor disse a Israel: “Não terás outros deuses diante 
de mim”. Na nossa cultura contemporânea, há muita gente 
para quem o seu deus não é o verdadeiro Deus, mas o 
dinheiro. São culpados de idolatria. Repare que a avareza é 
mencionada com uma série de outras coisas desagradáveis, 
como fornicação e impureza. Muitas igrejas não aceitam 
pessoas que vivem em prostituição (imoralidade sexual), 
mas francamente as nossas igrejas estão cheias de pessoas 
culpadas de avareza e idolatria. 
Outra Escritura, 1 Timóteo 6:9-11, adverte contra transformar 
o dinheiro em nosso deus e contra o desejo de ser-se rico. 
Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em 
laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que 
submergem os homens na ruína e na perdição. [Note-se o 
fim: ruína e perdição] Porque o amor ao dinheiro é raiz de 
toda a espécie de males; [não é o dinheiro que é o mal; é o 
amor ao dinheiro] e nessa cobiça alguns se desviaram da 
fé, e se trespassaram a si mesmos com muitas dores. [Qual 
é o remédio ou a alternativa?] Mas tu, ó homem de Deus, 
foge destas coisas [“estas coisas” são a avareza, o amor ao 
dinheiro, o materialismo] e segue a justiça, a piedade, a fé, 
a caridade, a paciência, a mansidão.
Não pode haver um vazio na nossa vida. Se queremos ver-
nos livres do amor ao dinheiro, temos que perseguir outra 
1�
coisa. Outra coisa deve ocupar o seu lugar. Paulo diz: “...
segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a 
mansidão.”
A fé é necessária para quebrar o controlo de Mamom na 
vida. Num determinado momento ou noutro da tua vida, vais 
ter que fazer qualquer coisa para te libertares do controlo 
de Mamom. Posso exemplificar com um determinado 
momento da minha vida quando dei à obra do Senhor tudo 
quanto possuía financeira e materialmente. Desisti de um 
emprego bastante prestigiado e bem remunerado, com um 
possível futuro promissor e avancei em plena fé sem nada 
mais a suportar-me, a não ser as promessas de Deus. Mas 
ao fazê-lo, destruí o controlo de Mamom na minha vida; 
recusei ser escravo de Mamom.
1�
Agora, precisamos compreender que Deus quer que 
encaremos o nosso dinheiro como algo de santo que Lhe 
oferecemos em adoração e sem o qual a nossa adoração é 
incompleta. Começaremos com dois exemplos do Antigo 
Testamento. Em Êxodo 23:14-15, Deus está a dizer ao povo 
de Israel que cada varão deve ir a Jerusalém três vezes por 
ano. Deve oferecer adoração e celebrar perante Deus no 
templo. Eis o que Ele disse:
Três vezes no ano me celebrarás festa: A festa dos Pães 
Asmosguardarás; sete dias comerás pães Asmos, como 
te tenho ordenado, ao tempo apontado no mês de Abibe; 
porque nele saíste do Egipto; ninguém apareça vazio 
perante mim;
Esta foi a parte da ordenação de Deus em favor da adoração 
e da celebração no templo. Israel tinha de se aproximar de 
Deus no tempo indicado e da forma marcada por Deus e 
nenhum israelita podia aparecer perante Ele de mãos vazias. 
Cada um teria que ter uma oferta para Deus como fazendo 
parte da celebração e da adoração.
No Salmo 96: 8-9, o salmista diz a todo o povo de Deus:
Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei ofe-
rendas e entrai nos seus átrios. Adorai ao Senhor na beleza 
da santidade; tremei diante dele todos os moradores da 
terra. 
3
OFERTAR FAZ PARTE DA ADORAÇÃO
20
Ele diz: “Trazei oferendas e entrai nos Seus átrios mas, não 
apareçais sem uma oferta. Eis três importantes factos sobre 
a oferta de finanças ou outra coisa a Deus.
Primeiro, dá glória a Deus. O salmista diz: “Dai ao Senhor 
a glória devida ao Seu nome: trazei oferendas…” Como 
devemos dar glória a Deus? Trazendo uma oferenda.
Segundo, ele diz: “Trazei uma oferenda e entrai nos Seus 
átrios”. Trazer uma oferenda dá-nos acesso aos átrios de 
Deus. Não temos o direito de reivindicar acesso a Deus se 
não nos aproximarmos com uma oferenda. Deus disse, em 
Êxodo 23:15: “Ninguém apareça vazio perante mim”. Se 
queres aparecer perante Deus e entrar nos Seus átrios tens 
de trazer uma oferenda.
Terceiro, diz: “adorar o Senhor na beleza da santidade”. Isto 
revela-nos que trazer uma oferenda é uma parte indicada 
por Deus da nossa adoração. A nossa adoração é incompleta 
se não trouxermos uma oferenda a Deus.
Vimos anteriormente que quando damos o nosso dinheiro 
a Deus, estamos a dar uma parte muito importante da 
nossa vida. Estamos a dar-Lhe o nosso tempo, a nossa 
força e os nossos talentos. Muitos de nós empregamos o 
maior esforço da nossa vida no trabalho que produz o 
nosso rendimento. Quando oferecemos a Deus um quinhão 
do nosso rendimento estamos a oferecer-nos a Deus. Não 
há nada mais santo que Lhe possamos oferecer que nós 
próprios.
Deus diz: “Se queres entrar nos meus átrios, aparecer na 
minha presença, dar-me glória e adorar-me na beleza da 
santidade, então traze as tuas oferendas”. Trazer uma oferta, 
21
adoração e santidade está intimamente relacionado no plano 
de Deus para a nossa vida.
Há um outro ponto muito importante que muitos filhos 
de Deus não compreendem plenamente. Deus mantém 
um registo das ofertas do Seu povo, Ele tem um livro de 
registo para cada um de nós. Leiamos o que está escrito 
em Números 7:10-17. Este capítulo descreve o que os doze 
príncipes das tribos de Israel ofereceram a Deus. Cada 
príncipe ofereceu exactamente o mesmo, contudo, cada 
uma das suas ofertas é descrita em pormenor, item por item. 
Deus não disse: “ O segundo príncipe ofereceu o mesmo 
que o primeiro” nem “Todos os doze príncipes ofereceram 
isto”. Em vez disso, o registo apresenta cada item da oferta 
de cada príncipe. A Bíblia é um livro muito económico, uma 
vez que não desperdiça espaço. Quando Deus faz isto está a 
ilustrar a forma extremamente cuidadosa como Ele regista 
o que Lhe oferecemos. Leiamos agora o relato da oferta do 
primeiro príncipe:
E ofereceram os príncipes para a consagração do altar, 
no dia em que foi ungido; ofereceram, pois, os príncipes 
a sua oferta perante o altar. E disse o SENHOR a Moisés: 
Cada príncipe oferecerá a sua oferta (cada qual em seu 
dia) para a consagração do altar. [Durou doze dias 
este processo de ofertas]. O que, pois, no primeiro dia, 
ofereceu a sua oferta foi Naassom, filho de Aminadabe, 
pela tribo de Judá. E a sua oferta foi um prato de prata, 
do peso de cento e trinta siclos, uma bacia de prata, do 
peso de setenta siclos, segundo o siclo do santuário; ambos 
cheios de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta 
de manjares; uma taça de dez siclos, de ouro, cheia de 
incenso; [hoje valeria milhares de dólares]; um novilho, 
um carneiro, um cordeiro de um ano, para holocausto; um 
22
bode, para expiação do pecado; e, para sacrifício pacífico, 
dois bois, cinco carneiros, cinco bodes, cinco cordeiros 
de um ano; esta foi a oferta de Naassom, filho de Ami­
nadabe. 
Deus guardou um registo absoluto pormenorizado daquilo 
que cada líder ofereceu, e fez com que ficasse registado na 
Escritura.
O Novo Testamento ensina-nos que Jesus observa a forma 
como damos, em Marcos 12:41-44 lê-se:
E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, 
observava como a multidão lançava o dinheiro na arca do 
tesouro; e muitos ricos depositavam muito. Vindo, porém, 
uma pobre viúva, depositou duas pequenas moedas, que 
valiam cinco réis. E, chamando os seus discípulos, disse-
lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou 
mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro; 
porque todos ali depositaram do que lhes sobejava, mas 
esta, da sua pobreza, depositou tudo o que tinha, todo o seu 
sustento.
Jesus considerou que valia a pena sentar-se e observar 
o que, e como as pessoas ofereciam. Hoje faz o mesmo, 
podemos não O ver mas Ele está a observar a forma e o que 
nós damos.
Há aqui dois aspectos importantes: primeiro, Jesus olhou 
para o que todos davam e calculou o seu verdadeiro valor; 
segundo, Deus mede o que nós damos por aquilo que 
conservamos para nós. Da última pessoa que deu, a viúva 
pobre, Jesus disse que deu mais que todos os outros porque 
deu tudo, ficou sem nada para si.
23
Tenhamos em mente que, quando Deus calcula o que damos, 
Ele tem em consideração a quantidade que reservamos para 
nós.
Para finalizar este assunto: um dia todos nós prestaremos 
contas a Deus, conforme está escrito em Romanos 14:12:
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a 
Deus.
Isso é o que espera por cada um de nós. E a frase no grego 
original “dar conta” é usada fundamentalmente em relação 
a um registo financeiro. Assim, cada um de nós vai prestar 
contas financeiras a Deus!
25
Já percebemos que Deus quer que reconheçamos o nosso 
dinheiro como algo santo. É um erro pensar que o dinheiro 
é algo impuro ou maligno, ele faz parte de nós. Quando 
oferecemos o nosso dinheiro, estamos a oferecer a Deus 
uma grande parte de nós mesmos. Precisamos de oferecer 
o nosso dinheiro expressando assim adoração a Deus e a 
nossa adoração só assim fica completa.
Consideraremos agora uma forma simples, ao mesmo tempo 
prática e bíblica de colocar Deus em primeiro lugar quando 
lidamos com o nosso dinheiro. Para o fazer, temos primeiro 
de buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça e depois honrar o 
Senhor com as nossas primícias. A palavra-chave é sempre 
“primeiro”. Se colocarmos o dinheiro antes de Deus então 
somos idólatras.
Uma forma simples, prática e bíblica de colocar Deus 
primeiro é continuadamente separar para Deus um décimo do 
nosso rendimento. Esta prática é tradicionalmente conhecida 
como “dízimo” e representa a décima parte do nosso 
rendimento. Dizimar consiste em separar continuadamente 
para Deus um décimo do nosso rendimento total. Ao agir 
assim, estamos a honrar Deus com o nosso dinheiro.
O dízimo remonta a Abraão, alguns cristãos pensam que o 
dízimo foi pela primeira vez instituído com a lei de Moisés, 
mas isso é incorrecto. Dizimar é pelo menos quatrocentos 
anos mais antigo que a Lei. Génesis 14:12-17, regista que 
4
COMO COLOCAR DEUS PRIMEIRO
26
Abraão tinha acabado de ganhar uma batalha sobre certos 
reis e que ao ganhar esta batalha, ele amontoou uma grande 
quantidade de bens. Nos versículos seguintes 18-20, está 
escrito:
E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era 
sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou­o e disse: Bendito 
seja Abraão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da 
terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus 
inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo. 
Melquisedeque era sacerdote do Deus Altíssimo, ou o 
representante de Deus na terranaquele tempo particular e 
abençoou Abraão. De que forma Abraão respondeu? Deu 
a Melquisedeque um décimo de tudo quanto obtivera na 
batalha.
É importante relembrar que o Novo Testamento apresenta 
Abraão como pai e padrão de todos os crentes seguintes. 
Em Romanos 4:11-12,está escrito:
E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, 
quando estava na incircuncisão, para que fosse [Abraão] 
pai de todos os que crêem (estando eles na incircuncisão, 
a fim de que também a justiça lhes seja imputada), e 
fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são 
da circuncisão, mas que também andam nas pisadas 
daquela fé de Abraão, nosso pai, que tivera na incircun- 
cisão. 
Para sermos filhos de Abraão, temos de seguir os passos 
da fé de Abraão e isso inclui imitarmos Abraão na forma 
lidamos com o nosso dinheiro. Depois, em Romanos 4:16, 
Paulo prossegue:
2�
Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja 
segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda 
a descendência, não somente à que é da lei, mas também à 
que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós. 
Abraão é nosso pai quando caminhamos nas pisadas da sua 
fé. E quando temos a mesma fé que ele, reconhecemos as 
áreas das finanças e dos bens materiais como pertencentes 
a Deus, assim como a fé dele reconheceu. Consideremos 
agora Jacob, neto de Abraão. Jacob tornou-se refugiado 
por causa da forma como enganou Isaque, o pai, e Esaú, o 
irmão. Deixou a terra da herança e foi procurar fortuna na 
Mesopotâmia. Quando partiu, tudo quanto levava consigo 
era apenas um cajado. Em Génesis 28:20-22, eis o que 
Jacob diz:
E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me 
guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e 
vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o 
SENHOR será o meu Deus; e esta pedra, que tenho posto 
por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, 
certamente te darei o dízimo.
Aqui, encontramos de novo o dízimo. Essencialmente, 
Jacob disse: “Eis a base da minha relação com Deus. Ele 
supre as minhas necessidades e eu, em troca, dou-Lhe um 
décimo de tudo quanto Ele me conceder”.
Mais adiante, em Génesis 32:9-10, lemos o testemunho de 
Jacob vinte anos mais tarde:
Disse mais Jacó: Deus de meu pai Abraão e Deus de meu 
pai Isaque, ó SENHOR, que me disseste: Torna à tua terra 
e à tua parentela, e far-te-ei bem; menor sou eu que todas 
2�
as beneficências e que toda a fidelidade que tiveste com teu 
servo; porque com meu cajado passei este Jordão e, agora, 
me tornei em dois bandos. 
Ele possuía uma tremenda riqueza, uma família muito 
grande e todas as necessidades lhe foram supridas. Qual 
a razão? A sua fidelidade em dizimar. Partiu com um 
cajado e voltava com abundância. Qual foi a chave? Entre-
gou a Deus um décimo de tudo quanto Deus lhe conce- 
dera.
À medida que examinamos o dízimo entre o povo de Deus 
no Antigo Testamento, descobrimos que na lei de Moisés, o 
dízimo pertencia a Deus. Não havia dúvidas quanto a isso, 
em Levítico 27:30 e 32 lê-se:
Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, 
do fruto das árvores são do SENHOR; santas são ao 
SENHOR. [Note-se que o dízimo é santo]
No tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo 
o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao 
SENHOR. 
Todo o dízimo é santo ao Senhor. Em Deuteronómio14:22, 
Deus diz: 
Certamente darás os dízimos de toda a novidade da tua 
semente, que cada ano se recolher do campo.
Darás o dízimo! Isso é dizimar. Muitos cristãos não têm 
consciência disto, mas no Novo Testamento o dízimo 
reaparece no sacerdócio de Jesus. Em Hebreus 6:19-20, fala 
do “sacerdócio...no interior do véu” e diz-nos:
2�
A qual temos como âncora da alma segura e firme e que 
penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, 
entrou por nós, feito eternamente sumo- sacerdote, segundo 
a ordem de Melquisedeque. 
Então, Jesus é nosso Sumo-Sacerdote da ordem de 
Melquisedeque. No capítulo seguinte, Hebreus 7:4-8, 
o escritor explica o papel que o dízimo desempenhou no 
sacerdócio de Melquisedeque e no sumo sacerdócio de 
Jesus:
Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o 
patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. E os que 
dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, 
segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus 
irmãos, ainda que tenham descendido de Abraão. Mas 
aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou 
dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas. 
[Note-se a ênfase no dízimo]. Ora, sem contradição alguma, 
o menor é abençoado pelo maior [Abraão era menor que 
Melquisedeque porque foi abençoado por este]. E aqui 
certamente [no caso do Senhor] tomam dízimos homens que 
morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. 
O sacerdócio de Melquisedeque é um sacerdócio eterno 
porque aquele que está no sacerdócio nunca morre. O 
escritor declara que Jesus vive para sempre como Sumo 
Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. E no Seu 
sacerdócio, Ele recebe os dízimos do Seu povo.
Podemos ver que o dízimo tem uma história contínua 
desde Abraão a Jacob, passando pela nação de Israel e 
prosseguindo até ao ministério de Jesus, como nosso Sumo-
Sacerdote. De acordo com a Escritura, quando colocamos 
30
de lado o nosso dízimo e o oferecemos a Jesus, estamos na 
realidade a reconhecer que Ele é o nosso Sumo-Sacerdote 
segundo o sacerdócio de Melquisedeque. Revela-se como 
uma das formas como O honramos e O reconhecemos como 
nosso Sumo-Sacerdote.
31
Analisemos agora a forma como Deus nos desafia a colocá-
Lo à prova por seguirmos estes exemplos bíblicos do 
dízimo. Este desafio é apresentado em Malaquias 3:7-12, 
no qual Deus está a falar a Israel:
Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus 
estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu 
tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós 
dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem 
a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te 
roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. (3:7-8)
Note-se que reter a parte consagrada a Deus é chamado 
“roubar a Deus”. Muitos de nós nunca roubámos ninguém, 
mas podemos ser culpados de roubar a Deus. Depois, Deus 
diz a Israel o resultado de O roubarem e demonstra de 
seguida a solução.
Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a 
mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do 
tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois 
fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu 
não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós 
uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. 
(3:9­10)
Em que condição Deus promete a bênção? Quando trazemos 
todos os dízimos à casa do tesouro. Ele diz: “Fazei prova de 
5
DEUS DESAFIA-NOS
32
mim. Vede se não cumprirei o que vos prometo”. Deus exige 
que O testemos com as nossas finanças; por outras palavras, 
devemos agir em fé. Por fim, fala de mais resultados:
E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que 
não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não 
vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. E todas 
as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós 
sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. 
(Malaquias 3:11-12)
Deus diz: “Se me honrardes assim, derramarei sobre vós 
uma bênção tal que não haverá espaço para a conter. Evitarei 
a peste, evitarei que o Devorador consuma tudo quanto seja 
vosso e todas as nações olharão para vós e dirão: Que povo 
abençoado! Deus realmente os abençoou e os fez prosperar”. 
Tudo isto é prometido em resultado de trazermos todos os 
dízimos à casa do tesouro.
Resumamos os quatro pontos desta passagem: Primeiro, 
durante mais de mil anos, Deus manteve um registo das 
ofertas de Israel. Mais de mil anos antes, exigira que o povo 
Lhe desse o dízimo e depois a certa altura, diz: “Fiz um 
registo das vossas acções. Vocês roubaram-me”. Lembremo-
nos, pois, que Deus guarda um registo.Segundo, reter o 
quinhão de Deus é roubo. Não roubo aos homens mas roubo 
a Deus e isso traz maldição a quem o faz.
Por outro lado, terceiro ponto, o dízimo fiel traz bênção. 
Através dos resultados Deus é glorificado na bênção que 
vem sobre o Seu povo.
Por último, dizimar é um teste à nossa fé e à fidelidade de 
Deus. Mas notemos que deve ser feito em fé.
33
Percebamos no que consiste a casa do tesouro nesta 
passagem. Gostaria de ilustrar com um exemplo natural. 
O que é a casa do tesouro? São duas coisas: primeiro, é o 
local onde obtemos os alimentos que ingerimos; e segundo, 
é o local onde obtemos as sementes para as searas futuras. 
Como cristãos, recebemos o nosso alimento espiritual duma 
certa fonte ou fontes e provavelmente recebemos da mesma 
fonte semente para semear na vida de outros. A minha ideia 
é que seja qual for essa fonte, ela é a nossa casa do tesouro, 
onde devemos entregar os nossos dízimos. Se pertences 
a uma igreja local que satisfaz essas necessidades, então, 
ela é a tua casa do tesouro. Sê fiel a dizimar aí. Mas hoje 
há muitos cristãos que não têm esse privilégio. Devem 
considerar qual é a fonte do seu alimento e a semente que é 
semeada.
Deixem-me compartilhar uma pequena parábola, que 
procurarei não interpretar. Por norma, não comemos no 
*Holiday Inn e pagamos a conta no *Howard Johnson (*). 
Meditem nisto e penso que a interpretarão por vós mesmos. 
Compreendemos que o dízimo não é tudo quanto tem a 
ver com as ofertas dadas a Deus; é apenas o princípio. O 
dízimo estabelece um alicerce para a nossa oferta contínua e 
sistemática a Deus. A Bíblia também fala de ofertas de duas 
outras grandes categorias: ofertas alçadas e voluntárias. 
Realmente, não oferecemos o nosso dízimo a Deus, porque 
essa é a Sua porção legal. Mas, além do nosso dízimo, o 
que damos são ofertas. Vejamos todas as opções que Israel 
tinha no campo das ofertas, conforme vem registado em 
Deuteronómio 12:6:
� O autor está a referir-se a duas cadeias de hotéis americanos 
(N. do T)
34
E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e 
os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos 
votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogénitos das 
vossas vacas e das vossas ovelhas.
Há dízimos e mais seis tipos específicos de ofertas: 
holocaustos, sacrifícios, oferta alçada, votos, ofertas 
voluntárias e os primogénitos do gado. Por outras palavras, 
há uma grande variedade de diferentes tipos de ofertas 
que podemos dar a Deus. Mas não oferecemos os nossos 
dízimos, apenas devolvemos a Deus aquilo que é o Seu 
quinhão bíblico.
A par das ofertas, há aquilo a que a Bíblia chama “esmolas”. 
Atenção que isto não é o que damos a Deus, mas o que 
damos aos necessitados, aos pobres e aflitos. A Bíblia tem 
muito mais a dizer sobre as ofertas aos pobres do que aquilo 
que muitos cristãos jamais ouviram. Concentra-te no que 
Jesus diz em Lucas 12:32-34:
Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou 
dar-vos o Reino. Vendei o que tendes, e dai esmolas, e fazei 
para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus 
que nunca acabe, aonde não chega ladrão, e a traça não 
rói. Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também 
o vosso coração.
Onde pusermos o nosso dinheiro, aí está o nosso coração, 
não podemos ter o nosso dinheiro num sítio e o coração 
noutro. Jesus diz: “Agi como filhos de um Rei. Vosso Pai 
deu-vos o reino para poderdes ser generosos. Dai aos pobres, 
colocai o vosso tesouro no céu”. Em Eclesiastes11:1-2, 
há um outro quadro maravilhoso do que fazemos quando 
damos aos pobres.
35
Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos 
dias, o acharás. Reparte com sete e ainda até com oito, 
porque não sabes que mal haverá sobre a terra.
Espero que percebam o que versículo pretende transmitir. 
Quando dás aos pobres, estás a validar um seguro com 
Deus. O escritor diz: “Dá a sete”; esse é o teu dever; “e 
ainda até a oito”, ou seja, vai um pouco além do teu dever, 
“porque não sabes que mal haverá sobre a terra”. Por outras 
palavras, se fizeres com o teu dinheiro o que Deus diz, Ele 
tomará conta de ti quando um contratempo surgir. Essa é 
a Sua garantia e essa é a tua apólice de seguro. Dar é uma 
garantia contra os tempos maus. 
Pondera o testemunho de Oswald J. Smith que durante 
muitos anos pastoreou a People`s Church, em Toronto, 
Canadá. Durante a Grande Depressão (o pior e o mais longo 
período de recessão económica do século XX, com início 
em 1929 e termino no final da II Guerra Mundial, cujos 
efeitos foram sentidos no mundo inteiro e com incidência 
especial no Canadá), centenas de pessoas com necessidade 
apareciam todos os dias no seu gabinete pedindo ajuda 
financeira da igreja. Ele disse que ajudou centenas, mas 
também confessou que confirmou junto de cada qual havia 
sido fiel no seu dízimo a Deus e soube que nenhum dos 
que lhe pediu ajuda fora fiel no dízimo. Concluiu então que 
Deus cuidou de todos os dizimistas fiéis.
3�
A oferta adequada do nosso dinheiro é uma garantia contra 
os tempos maus. Quando estes vierem sobre o mundo 
se lidámos com fidelidade com o nosso dinheiro, Deus 
protege-nos e às nossas famílias porque Lhe dedicámos as 
nossas finanças.
Continuando o nosso estudo, queremos considerar a chave 
espiritual do único tipo de ofertas que é realmente aceitável 
a Deus. Expressa-se numa palavra maravilhosa: Graça. Não 
estamos a falar de ofertas segundo a lei ou por imposição, 
mas no Novo Testamento estamos a falar da oferta que 
provém da graça. Paulo fala desta graça no grande capítulo 
sobre ofertas que já citámos várias vezes, 2 Coríntios 8. No 
versículo 7 diz aos cristãos em Corinto:
Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e 
na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vossa 
caridade para connosco, assim também abundeis nessa 
graça.
A igreja de Corinto estava bem equipada com dons e graças 
espirituais. Tinha também uma boa atitude de amor. Mas 
Paulo diz: “Vejam se não falham nesta outra importantíssima 
graça, a graça de dar”. Neste capítulo referente às ofertas, 
a palavra “graça” ocorre sete vezes, é a palavra-chave. Se 
não compreendermos a graça e a forma como ela motiva a 
oferta, não conseguimos compreender o plano de Deus para 
o nosso dinheiro, revelado no Novo Testamento. A Bíblia 
6
A GRAÇA DE DAR
3�
fala tanto da lei como da graça. A Lei é externa, está escrita 
em tábuas de pedra perante os nossos olhos. Diz: “Faz isto”, 
“Não faças aquilo”. Mas não está no nosso interior. Contudo, 
a velha natureza continua dentro de nós. Esta natureza 
rebelde resiste ao que está escrito nas tábuas da lei.
No entanto, a graça é diferente. A graça é interior, actua a 
partir de dentro, não de fora. Está escrita no coração, não 
em tábuas de pedra. Aparece escrita apenas pelo Espírito 
Santo. Nenhum outro agente pode escrever a graça de Deus 
no nosso coração a não ser o Espírito Santo.
Precisamos de compreender o modo como o Novo 
Testamento contrasta lei e graça. Em João 1:17, diz:
Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade 
vieram por Jesus Cristo.
A lei veio através de Moisés, mas a graça veio apenas 
por Jesus Cristo. Se queremos a graça, ela está à nossa 
disposição apenas através de Jesus Cristo. Mais ainda, está 
disponível apenas através da graça e do que Jesus realizou 
na Cruz. A graça foi libertada na Cruz e posta à disposição 
da raça humana. Abrange todas as áreas incluindo assim 
naturalmente, a área das finanças. O que Jesus realizou 
na Cruz abriu caminho à nossa prosperidade, leia-se em 2 
Coríntios 8:9:
Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, 
sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua 
pobreza, enriquecêsseis.
Note-se a palavra-chave no início: graça. Não é a lei, mas a 
graça. Não podemos ganhá-la, ela está aqui manifesta num 
3�
intercâmbio: Jesus era rico, mas pela Sua graça tornou-Se 
pobre para que nós, sendo pobres, nos tornássemos ricos 
com as Suasriquezas. Jesus exauriu a maldição de pobreza 
da lei, para que, em troca, através da graça, pudéssemos 
receber a riqueza do reino de Deus. A graça de Deus vem 
através de Jesus Cristo e da Cruz. Relativamente à graça, o 
Novo Testamento revela também que ela se recebe apenas 
através da fé. A verdadeira essência da graça é que ela não 
pode ser ganha. Nada do que possamos fazer nos traz a 
graça de Deus. Está de acordo com o que Paulo exprime em 
Efésios 2:8-9:
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não 
vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que 
ninguém se glorie.
Perceba-se a ordem: “pela graça... por meio da fé... não das 
obras”. Não estou a ensinar um plano para ganhar dinheiro, 
estou a ensinar algo que podes receber apenas pela graça 
através da fé. Em Gálatas 5:6, Paulo diz:
Porque, em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a 
incircuncisão têm virtude alguma, mas, sim, a fé que opera 
por caridade.
A fé é a única forma de nos apropriarmos da graça de Deus e 
a fé que se apropria da graça de Deus opera pelo amor. Esta 
é a chave espiritual para ministrar correctamente e quero 
deixar isto bem claro; a chave espiritual para ministrar 
correctamente é a graça (não a lei, mas a graça) recebida 
através de Jesus e da Cruz, pela fé e actuando por amor. 
Quero ressaltar que os princípios bíblicos das finanças, 
revelados no Novo Testamento só podem ser apreendidos 
pela fé. Temos de responder com fé a esta mensagem 
40
e fé significa que agimos; a fé sem acções é morta. Que 
fazemos? Damos. Damos antes de termos recebido. Opõe-
se ao pensamento da mente carnal. A mente carnal diz: 
“Não posso dar”; a fé diz: “Não podes não dar, porque dar é 
a chave para receber”. Em Lucas 6:38, Jesus diz:
“Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida 
e transbordando vos darão; porque com a mesma medida 
com que medirdes também vos medirão de novo”.
O que acontece primeiro? Recebemos ou damos? Damos. 
“Dai e ser-vos-á dado”. Damos a Deus e Deus convence 
os homens a darem-nos. Isso significa que Deus está no 
controlo da situação. Depois, Jesus declara o segundo 
princípio: “com a mesma medida com que medirdes vos 
medirão a vós”. Se queres receber generosamente, então 
Jesus diz que tens de dar generosamente.
Isso é fantástico. De facto, está nas tuas mãos a chave da tua 
prosperidade financeira. A chave da fé, respondendo à graça 
de Deus. Podes fazer duas coisas: primeiro, podes tomar a 
iniciativa de dar. Não tens que esperar, podes dar. Segundo, 
podes estabelecer a proporção com que desejas receber, 
porque a proporção com que dás determina a proporção do 
que recebes. Não tens que te sentar passivamente dizendo: 
“Desejo” ou “Espero”. Podes começar a agir em fé com as 
tuas finanças segundo o plano de Deus revelado no Novo 
Testamento. Ao fazeres isso, as tuas finanças passam então 
para a responsabilidade de Deus.
41
Gostaria de prosseguir, citando 2 Coríntios 8. Sugiro que 
leias com cuidado diversas vezes os capítulos oito e nove 
para que eles produzam em ti um impacto pleno. Quem foi 
que disse que a Bíblia não fala muito de dinheiro?
Paulo está a escrever aos Coríntios sobre as igrejas da 
Macedónia e diz-lhes como o Espírito Santo se moveu entre 
eles para serem generosos nas suas ofertas. Depois, extrai 
daí uma lição. Em 2 Coríntios 8:2-5, pudemos ler:
Como, em muita prova de tribulação, houve abundância do 
seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou em 
riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder 
(o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, 
deram voluntariamente, pedindo-nos com muitos rogos a 
graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com 
os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, 
mas também a si mesmos se deram primeiramente ao 
Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus.
Atente-se essa importante frase: “deram-se primeiramente ao 
Senhor...” Qual a primeira coisa que temos de dar ao Senhor? 
Não o nosso dinheiro, mas nós próprios: o modo como 
devemos começar! Não dês o teu dinheiro a Deus se ainda 
não Lhe fizeste oferta da tua pessoa, tens de começar por ti.
Não dês o teu dinheiro a Deus se ainda não Lhe fizeste 
oferta da tua pessoa, tens de começar por ti.
7
Dá-TE A TI PRIMEIRO
42
Não podes comprar uma boa relação com Deus. Na 
realidade, Deus pode conseguir tudo sem o teu dinheiro. 
Pensando no teu benefício, Deus exige que dês, mas quem 
está no comando é Ele. Deus quer a tua pessoa e depois, a 
partir dessa tua oferta, pela graça, o tipo de oferta de que 
o Novo Testamento fala fluirá naturalmente. Em Romanos 
12:1-2, encontramos este mesmo princípio:
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que 
apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e 
agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos 
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela 
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis 
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
A chave para experimentar a vontade de Deus, e isso inclui 
a vontade de Deus para o teu dinheiro, é ofereceres-te em 
sacrifício vivo.
A chave para experimentar a vontade de Deus é 
ofereceres-te em sacrifício vivo.
Isso significa colocares-te total e incondicionalmente à 
disposição de Deus para o Seu serviço. Ao agires assim, 
a tua mente é renovada pelo Espírito Santo e começas a 
pensar de forma diferente. Ao principiares a pensar de 
modo diferente, então experimentas a vontade de Deus nas 
suas três fases sucessivas: boa, agradável e perfeita. Ao 
experimentares a vontade de Deus, descobrirás que o plano 
de Deus para o teu dinheiro está incluído na Sua vontade. O 
plano de Deus para a tua vida cobre cada área da tua vida. 
Nada há com o qual Ele não se tenha preocupado e nada 
há para o qual Ele não aceite responsabilidade, mas tens 
de satisfazer os Seus termos. Não comeces por dar o teu 
43
dinheiro, começa por te dar a ti mesmo. Apresenta-te a ti 
e a tudo quanto és ao Senhor como sacrifício vivo no altar 
do Seu serviço. Depois, a tua mente começará a perceber a 
plenitude da provisão e plano de Deus para ti. 
Há mais de quarenta anos que tenho seguido este caminho 
e quero dizer que ainda há muitas áreas da perfeita vontade 
de Deus para a minha vida nas quais ainda não entrei 
plenamente. Mas, no tocante às finanças, tenho aplicado 
os princípios que estou a compartilhar e eles têm dado 
resultado.
Assim que nos dermos a Deus, a oferta do nosso dinheiro 
(ou quaisquer outras ofertas que queiramos dar a Deus) 
completa e estabelece a nossa justiça. É muito importante 
perceber que o que fazemos com o nosso dinheiro pode 
firmar-nos para sempre na justiça de Deus. Em 2 Coríntios 
9:9, Paulo cita o livro de Salmos no Antigo Testamento:
Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua 
justiça permanece para sempre.
Repare-se na ordem: o justo dá-se primeiro a Deus e depois 
dá liberalmente aos outros. Dele se diz: “A sua justiça dura 
para sempre”. As suas ofertas firmam-no para sempre na 
justiça de Deus.
Gostaria de citar o salmo referido por Paulo. Salmo 112:1, 
3-6, e 9:
Louvai ao SENHOR! Bem­aventurado o homem que teme 
ao SENHOR, que em seus mandamentos tem grande 
prazer. Fazenda e riquezas haverá na sua casa, e a sua 
justiça permanece para sempre. [e isso inclui os Seus 
44
mandamentos relativos ao dinheiro]. Aos justos nasce luz 
nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo. Bem irá 
ao homem que se compadece e empresta; disporá as suas 
coisas com juízo. Na verdade, nunca será abalado; o justo 
ficará em memória eterna. É liberal, dá aos necessitados; 
a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se 
exaltará em glória.
Este salmo defende que lidar correctamente com as nossas 
finanças firma-nos para sempre na justiça de Deus. O mesmo 
acontece na situação inversa, senão lidarmos correctamente 
com o nosso dinheiro, nunca nos firmaremos na justiça 
de Deus. A forma como lidamos com o nosso dinheiro é 
extremamente decisiva.
Vejamoso maravilhoso ensino de Jesus em Mateus 6:19-
21:
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem 
tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas 
ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem 
consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. 
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o 
vosso coração.
A forma correcta de dar garante que Deus supre as nossas 
necessidades neste mundo, mas isso não é tudo. Juntamos 
tesouros no céu na proporção das nossas ofertas aqui na 
terra. O nosso suprimento é na terra, mas o nosso tesouro 
está no céu. O local onde investimos mostra onde temos os 
nossos interesses
O local onde investimos mostra 
onde temos os nossos interesses.
45
Se queres preocupar-te mais com o reino de Deus e se queres 
ter um maior zelo pelas coisas de Deus, então eis a forma de 
o conseguires: investe mais. Quanto mais investires, tanto 
mais envolvido estarás. “Onde estiver o vosso tesouro ai 
estará também o vosso coração”.
4�
A primeira coisa que precisamos dar a Deus é a nós mesmos. 
Não podemos oferecer nada a Deus que seja aceitável 
enquanto não nos oferecermos a nós próprios.
Não podemos oferecer nada a Deus que seja aceitável 
enquanto não nos oferecermos a nós próprios.
Assim que nos tivermos dado verdadeiramente a Deus, como 
Paulo diz em Romanos 12, tudo quanto depois dermos em fé 
completa e firma a nossa justiça. Paulo cita o Salmo 112:9 a 
este respeito, quando fala de um dador justo: “É liberal, dá 
aos necessitados: a sua justiça permanece para sempre”. De 
facto, o tema do Salmo 112 é a forma como a generosidade e 
a compaixão e a forma correcta de dar alicerçam uma rectidão 
duradoura que nunca cederá.
Agora, gostaria que considerássemos o dar como uma 
relação com duplo sentido entre Deus e o dador. Primeiro, 
consideremos o dar como prova do nosso amor por Deus. Em 
2 Coríntios 8:7-8 leia-se:
Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na 
palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vossa caridade 
para connosco, assim também abundeis nessa graça. [Um 
cristão completo ou uma igreja completa deve ser capaz de se 
exceder na graça de dar. Depois, Paulo enfatiza que não é lei 
mas graça]. Não digo isso como quem manda, mas para provar, 
pela diligência dos outros, a sinceridade da vossa caridade.
8
UMA RELAÇÃO COM DUPLO SENTIDO
4�
Paulo estava a falar aos Coríntios sobre a generosidade dos 
cristãos macedónios e depois acrescenta: “Agora, quero ver se 
a vossa caridade é realmente sincera e vou sabê-lo medindo o 
que ireis dar com aquilo que os cristãos macedónios deram”. 
Isto é falar num sentido prático. Paulo amava com sinceridade 
os cristãos coríntios, eram seus filhos espirituais e fruto do seu 
ministério. Mas diz: “Vamos agora ver se o vosso amor por 
Deus é sincero ou se é apenas conversa, e a forma de o saber é 
ver quanto dão”. Disse que o padrão pelo qual os compararia, 
seriam os cristãos macedónios, que, da sua pobreza, deram com 
espantosa generosidade. Os Macedónios haviam mostrado o 
seu amor.
Agora, Paulo está a dizer aos Coríntios: “A bola está no vosso 
lado. E quanto a vós? Como ides responder a este desafio para 
provar o vosso amor a Deus? ”Um pouco mais adiante neste 
mesmo capítulo, no versículo 24, Paulo refere:
Portanto, mostrai para com eles, perante a face das igrejas, 
a prova da vossa caridade e da nossa glória acerca de vós.
A oferta de alguns é tão secreta que ninguém sabe de nada. 
Interrogo-me se ela é secreta porque ficariam embaraçados 
se os outros soubessem quanto é. Mas Paulo diz que dar a 
Deus não tem de ser feito em segredo, disse aos Coríntios 
que o fizessem à frente de todos, que deviam deixar que os 
outros vissem a sua dedicação ao Senhor. Gloriava-se deles, 
tinha orgulho neles e era muitíssimo importante para ele 
que provassem o seu amor nesta questão fundamental das 
ofertas.
A nossa oferta prova o nosso amor por Deus e também 
pelos nossos irmãos. É o que o apóstolo João afirma muito 
claramente em 1 João 3:16-20:
4�
Conhecemos a caridade nisto: que Ele deu a Sua vida por 
nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, 
tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, 
lhe cerrar o seu coração, como estará nele a caridade de 
Deus?
Dar as nossas vidas pelos irmãos inclui ajudá-los com 
os nossos bens materiais se eles estiverem em necessidade 
e estivermos em posição de ajudar. Depois, João pros-
segue:
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, 
mas por obra e em verdade. E nisto conhecemos que somos 
da verdade. 
Há um ditado na nossa cultura contemporânea que penso 
ser muito adequado a esta situação: “Intenção sem acção 
é ilusão”. É exactamente o que João está a dizer: “Já o 
declararam; agora, pratiquem. Não amem apenas com 
palavras, mas com acções e em verdade”.
João prossegue com esta espantosa afirmação acerca do 
amor em acção:
E nisto conhecemos que somos da verdade e diante dele 
asseguraremos nosso coração; sabendo que, se o nosso 
coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração 
e conhece todas as coisas.
Então, se nos sentimos condenados sem saber se Deus nos 
aceita, João diz que a nossa generosidade acalma os nossos 
corações. É exactamente o que Paulo estava a dizer quando 
citava o Salmo 112, “É liberal, dá aos necessitados: a sua 
justiça permanece para sempre ”.
50
Temos duas alternativas quando se trata de amar: uma é 
apenas por palavras, com a língua; a outra é através de 
acções e na verdade. Uma das formas de responder a este 
desafio é através do que fazemos com as nossas finanças; 
provamos se o nosso amor é só de palavras e de língua ou 
se é de acção e verdadeiro.
Como já anteriormente referi, dar a Deus consiste numa 
relação dupla. O primeiro aspecto da relação é a nossa 
atitude para com Deus: provamos o nosso amor por Deus 
dando-Lhe. O segundo aspecto da relação é: a resposta 
que Deus nos dá. O Novo Testamento ensina que a oferta 
correcta é a causa do amor especial de Deus por nós. Deus 
ama o mundo, mas ama alguns de uma forma especial. Um 
tipo de pessoas a quem Ele ama de maneira especial são 
os que dão generosa e alegremente. Em 2 Coríntios 9:7 
encontramos o seguinte:
Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não 
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que 
dá com alegria.
Queres ser amado por Deus? Uma forma é dar com alegria. 
Deus ama um coração que dá com alegria. A palavra grega 
traduzida “com alegria” é a mesma da qual derivou o 
vocábulo “hilariante”. Deus ama um coração hilariante; já 
pensaste em dar com hilaridade?
Passei cinco anos na África Oriental e recordo-me de 
situações em igrejas africanas em que o povo dava com 
hilaridade. E pelos padrões americanos, eram extremamente 
pobres. Muitos não tinham dinheiro, mas davam em géneros: 
café, espigas de milho, ovos ou galinhas. Recorda-me de ver 
as mulheres africanas dirigirem-se à frente da igreja com 
51
um par de espigas de milho ou mesmo uma galinha viva, 
equilibrada na cabeça (traziam tudo à cabeça). Colocavam 
a oferta no púlpito e voltavam a correr com outra oferta. 
Não me lembro de ter visto povo mais feliz que eles; davam 
com hilaridade.
Por que razão as pessoas devem dar com hilaridade? 
Vou apresentar três razões.
Primeiro, é a graça sobrenatural do Espírito Santo. Recor-
demos: dar é graça, não é lei. O Espírito Santo é o Espírito de 
graça. Quando estamos sintonizados com o Espírito Santo, 
Ele vem sobre nós com graça sobrenatural e ao fazê-Lo, as 
pessoas ficam felizes de uma forma que não é natural.
Segundo, dar atrai sobre nós o favor de Deus.
Dar atrai sobre nós o favor de Deus.
A Bíblia diz que o favor de Deus é como um escudo e como 
uma nuvem de chuvas serôdias. Dar precipita sobre nós a 
Sua bênção.
 Terceiro, a oferta hilariante liberta-nos da escravidão 
de Mamom. “Mamom” é aquele poder demoníaco, satânico 
que escraviza homens e mulheres através do dinheiro. 
Quando começamos a dar hilariantemente, estamos adizer a Mamom: “Afasta-te de mim, não vais mandar em 
mim, não vais dominar o meu pensamento. Vou dar com 
alegria porque vou dar a Deus e Deus ama a quem dá com 
alegria”.
53
Um outro aspecto das ofertas é que dar é semear. Em 2 
Coríntios 9:6-7, Paulo diz o seguinte:
E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também 
ceifará; e o que semeia em abundância em abundância 
também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu 
coração…
Paulo está a falar da oferta do nosso dinheiro, mas utiliza 
a figura ou a semelhança do semear e da colheita. Diz 
ele: “...o que semeia pouco, pouco também ceifará; o que 
semeia em abundância, em abundância também ceifará”. A 
semelhança é obtida da agricultura, mas aqui não se está a 
referir a um lavrador e à sua quinta. Refere-se ao Cristão e 
à sua oferta a Deus e ao reino de Deus.
Há certos princípios básicos de agricultura e se queres ser 
bem sucedido nesta área, tens de os seguir. A possibilidade 
de sucesso existe, mas obtê-la depende do respeito pelos 
princípios ou leis da agricultura. Em termos de agricultura, 
quando pensamos no dar como semear, compreendemos que 
devemos esperar um aumento da nossa oferta, mas apenas 
em proporção com o que semeámos. Por exemplo, um 
agricultor pode semear uma medida de trigo. O seu lucro, 
que é uma proporção bíblica, será cem vezes mais. Quanto 
é que ele recebe? Cem medidas. É fácil. Mas se semear 
dez medidas e o seu lucro for cem vezes mais, recebe em 
troca mil medidas. Por outras palavras, a proporção da sua 
9
DAR É SEMEAR
54
sementeira determina a proporção da sua colheita, Paulo diz 
que o mesmo é verdade quando damos a Deus e ao Seu 
reino.
Vou dar um pequeno exemplo: alguém tem cinco dólares. 
A proporção do lucro é dez vezes. Então, quanto vai 
receber? Cinquenta dólares. Mas se der cinquenta dólares 
e a proporção do lucro for a mesma, vai obter quinhentos 
dólares. A proporção em que ele dá determina a proporção 
em que ele receberá.
Quase todos podem compreender este princípio da 
agricultura, mas poucos o entendem aplicado às finanças 
do reino de Deus. A Bíblia deixa muito claro que o mesmo 
tipo de leis que se aplicam à agricultura, também se aplica 
às finanças no reino de Deus. Este é um princípio do semear 
e colher.
A fim de obter o seu lucro, um lavrador deve seguir certas 
regras básicas que eu gostaria de indicar. Podem não ser 
exaustivas, mas isso não é agora importante. Primeiro, 
escolhe um solo bom e adequado e deve escolher o tipo 
correcto de semente para o correcto tipo de solo. Segundo, 
deve preparar adequadamente o solo. Terceiro, deve 
cuidar da seara enquanto esta cresce. Se não satisfizer estas 
condições, não receberá o lucro a que tem direito. O seu 
fracasso não significa que as leis da agricultura falharam, 
mas porque ele não aplicou algumas das regras básicas.
Um lavrador não vai pelas ruas da cidade a lançar a sua 
semente nas sarjetas de cada passeio à espera que ela germine. 
Pensarás que isso é absurdo, mas tenho observado que 
muitos cristãos fazem algo semelhante com o seu dinheiro. 
Deitam-no fora sem cuidado ou sem orarem, aplicando-o 
55
em lugares onde nunca renderá e depois admiram-se por 
Deus não os abençoar com as suas finanças. 
Há certas regras básicas que precisamos de seguir, tal como 
o lavrador deve seguir certas regras básicas. Não semeamos 
na sarjeta, escolhemos um solo fértil, cuidamos que esse 
solo esteja adequadamente preparado e tentamos tratar da 
seara enquanto ela cresce.
Quais os aspectos que devemos ponderar quando damos 
numa igreja, a um ministério ou a uma organização? Vou 
fazer quatro perguntas às quais deves responder.
1. O ministério em causa é ungido e frutífero? Produz 
verdadeiro fruto para o Reino de Deus?
2. É ético? É ético na forma como faz apelo ao dinheiro? É 
ético na forma como lida com o dinheiro? É um bom e fiel 
mordomo do dinheiro aplicado no Reino de Deus?
3. Está em sintonia com a Escritura? A sua aplicação está 
em obediência à Escritura? Isso é muito importante porque 
Deus abençoa quem está sintonizado com a Sua Palavra.
4. Os líderes são pessoas de oração; aplicados e eficientes?
A Bíblia deixa muito claro que Deus detesta a preguiça, 
o desperdício e a extravagância. Isso não significa que 
devemos ser avarentos, mas também não significa que nos 
podemos dar ao luxo de ser extravagantes e, por isso, não 
devemos apoiar a extravagância em nenhum ministério.
Há mais algumas salvaguardas práticas que gostaria de 
indicar em relação ao investimento do teu dinheiro no Reino 
56
de Deus. Quando as pessoas deste mundo investem o seu 
dinheiro, gostam de ser aconselhadas por quem perceba do 
assunto. Penso que os filhos de Deus devem ser igualmente 
cuidadosos. Vou indicar quatro conselhos:
1. Ora. Nunca dês sem primeiro orar.
2. Evita dar sob impulso ou emocionalmente. Tenho 
visto muito dinheiro desperdiçado por pessoas que 
deram sob emoção ou por impulso. Há gente que explora 
deliberadamente o povo de Deus para lhe arrancar o seu 
dinheiro e no mundo não há gente mais fácil de explorar que 
os cristãos americanos. São generosos mas, francamente, 
são em geral impulsivos.
3. Mantém contacto com o indivíduo ou organização que 
estás a apoiar. Pede relatórios das suas actividades, verifica 
o que está a acontecer, confirma o seu fruto.
4. Mantém-te dentro da proporção da tua fé e permite 
que Deus a aumente de forma natural. Se estás habituado 
a pensar em termos de dez dólares, é provavelmente 
irrealista pensar de imediato em termos de mil dólares. 
A fé cresce de forma natural. Se tens estado a pensar em 
termos de dez dólares, avança para cinquenta e quando 
te sentires à vontade com cinquenta, passa para os 
cem.
Por fim, há quatro resultados de uma sementeira sensata 
do teu dinheiro. Paulo revela-os em 2 Coríntios 9:10:
Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para 
comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará 
os frutos da vossa justiça.
5�
Eis os quatro resultados de uma sementeira sensata:
1. Pão para tu comeres. Obterás tudo quanto necessitas para 
a tua vida.
2. 0bterás mais semente para semear na seara de Deus.
Se tens estado a dar cinquenta dólares, verificarás que podes 
passar a dar cem. Essa é semente para voltar a semear na 
seara de Deus, não para gastares egoistamente.
3. Aumentarás a tua capacidade de semear. 0s teus celeiros 
tornar-se-ão maiores. Terás mais para dar.
4. A colheita será maior com uma maior sementeira. Diz 
aqui: “ [Deus] multiplicará a vossa sementeira e os frutos 
da vossa justiça” 
Gostaria de dizer que é empolgante aprender a dar com 
espírito de oração, de uma forma bíblica e guiado pelo 
Espírito Santo. Não é um dever maçador; é empolgante ver 
como Deus virá em tua ajuda e aumentará a tua fé. Deus 
quer que invistas no Seu reino. Se procurares o conselho 
de Deus, Ele transforma-te num investidor de sucesso.
5�
Até agora, salientámos seis factos importantes relacionados 
com o dar.
Primeiro, a chave para dar correctamente é a graça. A 
graça vem apenas através de Jesus, pela Cruz e é recebida 
unicamente pela fé.
Segundo, temos primeiro de nos dar a nós mesmos. Não 
podemos comprar o favor de Deus. Ele exige que primeiro 
nos rendamos a Ele antes das nossas ofertas se tornarem 
aceitáveis.
Terceiro, a oferta completa e firma a nossa justiça.
Quarto, o dar é prova da sinceridade do nosso amor tanto 
por Deus como pelos irmãos em Cristo.
Quinto, dar atrai o favor e o amor de Deus sobre nós. Deus 
ama quem dá com alegria.
Sexto, dar é semear na seara de Deus. E os mesmos 
princípios que se aplicam à agricultura, aplicam-se também 
ao dar. O Senhor quer que entendamos e apliquemos estes 
princípios a fim de sermos abençoados, para podermos ter 
comida suficiente para nós e semente para semear e vermos 
os nossos celeiros alargados e a nossa seara aumentada.
Por fim, precisamos de entender que o nível da provisão de 
Deus para o Seu povo é a abundância. É o que Paulo declara 
10
O NÍVELDE DEUS É A ABUNDÂNCIA
60
num dos mais poderosos versículos do Novo Testamento, 2 
Coríntios 9:8:
E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda a 
graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, 
superabundeis em toda boa obra.
Note-se de novo que é pela graça - não pela lei. O princípio 
da graça vem declarado em 2 Coríntios 8:9:
Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, 
sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua 
pobreza, enriquecêsseis.
Precisamos de nos recordar de duas referências: 2 Coríntios 
8:9 e 2 Coríntios 9:8. Em 2 Coríntios 8:9, Paulo transmite 
a graça do Senhor Jesus Cristo que na Cruz Se fez pobre 
com a nossa pobreza para que pela fé compartilhássemos 
as Suas riquezas. Depois, em 2 Coríntios 9:8, Paulo refere o 
nível da graça que da Cruz chega até nós. “Deus é poderoso 
para fazer abundar em vós toda a graça, afim de que tendo 
sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa 
obra”. 
Se analisares esse versículo, há nele duas palavras-chave: 
“abundar” e “tudo”. ”Abundar” ocorre duas vezes e “tudo” 
surge cinco vezes nesse único versículo. A linguagem não 
podia ser mais realçada. Fala do nível da provisão de Deus 
para o Seu povo. Diz: “toda a graça…para que em sempre 
[em Grego, a palavra usada é todo o tempo], em tudo, toda 
a suficiência, abundeis em toda a boa obra”. Se tens tudo 
quanto necessitas, em todas as coisas, em todo tempo, para 
abundar em toda a boa obra, não resta nenhuma necessidade 
para ser suprida.
61
Consideremos por momentos o significado de abundância. 
O que significa abundância? Originalmente (do latim), 
“abundância” refere-se a uma “onda que transborda”. A 
tua piscina tem em abundância quando transborda; o teu 
lavatório tem abundância quando transborda. Uma coisa 
só será abundante quando transbordar. Jesus disse: “Da 
abundância do coração, fala a boca”. Quando o teu coração 
transborda, transborda pela tua boca.
Que significa ter provisão transbordante? Vou ilustrar de um 
modo muito simples. Imagina que precisas de fazer compras 
na mercearia num valor de 50 dólares, mas de momento 
apenas tens 40. Diriges-te à mercearia mas compras 
insuficientemente. Tens 50 dólares e precisas de compras 
no valor de 50 dólares; por isso compras em suficiência: 
tens o que necessitas. Mas se precisas de 50 dólares de 
produtos e vais à loja com 60, estás a comprar como...? 
Com abundância. Tens dinheiro mais que suficiente, há um 
excesso.
A provisão de Deus é a esse nível. Deus não se limita 
a oferecer-nos apenas o suficiente. Se, pela fé, nos 
apropriarmos da Sua graça, então o nível da Sua provisão 
é a abundância. Temos mais do que o suficiente para todas 
as nossas necessidades e para nós mesmos. Repara que o 
propósito final da abundância é para “toda a boa obra”. Não 
é para “prazeres egoístas”, mas é para ser capaz de praticar 
boas obras.
O propósito final da abundância é para “toda a boa obra”.
 
Qual a razão de Deus querer que os Seus filhos tenham em 
abundância? Há uma razão específica e prática indicada em 
Actos 20:35, onde Paulo cita Jesus:
62
…o Senhor Jesus, que disse: Mais bem­aventurada coisa é 
dar do que receber.
Receber tem uma bênção, mas dar constitui uma bênção 
maior. Deus não tem favoritos entre os Seus filhos. Ele quer 
que todos os Seus filhos gozem a bênção maior de dar. Deus 
põe a Sua abundância à nossa disposição para não ficarmos 
limitados à bênção de receber, mas para que estejamos 
também numa posição de gozar a bênção maior que é 
dar. 
Para completar o meu ensino sobre as ofertas, gostaria de 
acrescentar uma palavra de alerta. Se queres viver aquilo 
que tenho estado a ensinar, tens de expressar a tua fé por 
meio da acção. Não basta concordar mentalmente com o 
que estou a dizer. “Isso foi bom ensino. É maravilhoso! 
Deus quer que eu prospere, Ele quer que eu tenha em 
abundância”. Nada irá mudar na tua vida se não fores 
além disso. Em algum momento da tua vida, se crês 
neste ensino, tens de o expressar através da tua acção 
pela fé. 
Em Tiago 2:6, lemos; “Porque, assim como o corpo sem 
espírito está morto, assim também a fé sem obras [acções] é 
morta ”. Podes crer em tudo e não teres nada se, não juntares 
acção à tua fé. Tens que agir em fé!
Se queres este tipo de abundância, que vem pela graça, não 
pela lei, tens de agir em fé e isso significa que deves dar 
primeiro. De novo, as palavras de Jesus em Lucas 6:38:
“Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida 
e transbordando vos darão; porque com a mesma medida 
com que medirdes também vos medirão de novo”.
63
Queres que te seja dado em boa medida? Então deves dar 
primeiro. Isso é fé. Se não estiveres disposto a agir em fé, 
nunca porás em movimento o processo que trará à tua vida 
a prosperidade e a abundância de Deus.
Precisamos ter em mente que há em geral um intervalo entre 
semear e ceifar. O lavrador não semeia num dia e colhe no 
dia seguinte. Tem de deixar que a semente caia na terra e 
aparentemente morra. Só depois de cair na terra e de morrer 
é que surge a colheita. Esta importante lição está expressa 
por Paulo em Gálatas 6:9:
E não nos cansemos de fazer o bem [e isso inclui fazer o 
bem com o nosso dinheiro], porque a seu tempo ceifaremos, 
se não houvermos desfalecido.
Nesta passagem, Paulo diz que temos de esperar pelo tempo 
indicado por Deus para a colheita. Ela virá se não tivermos 
desistido. Mas se nos tornarmos impacientes, ou perdermos 
a fé ou nos desviarmos destes princípios, então Deus não 
garante a colheita. Temos que viver e agir em fé em cada 
área da nossa vida, incluindo a do nosso dinheiro.
65
SOBRE O DEREK PRINCE (1915 – 2003)
Derek Prince nasceu na Índia, filho de pais britânicos. Teve 
formação escolar em Grego e Latim no Colégio de Eton e 
na universidade de Cambridge, na Inglaterra. Com 24 anos 
ele foi professor na Universidade Kings, em Cambrid-
ge, onde ensinou filosofia moderna e clássica. Na segunda 
guerra mundial foi obrigado a entrar no exército Britânico 
e foi colocado no norte de África. Levou consigo a Bíblia 
como material de estudo filosófico, a qual leu em alguns 
meses. Numa noite quando estava sozinho numa barraca foi 
confrontado pela Palavra com a realidade de Jesus Cristo. 
Com este encontro com Jesus Cristo ele chegou a duas 
conclusões:
• Primeiro: Jesus Cristo está vivo
• Segundo: a Bíblia é um livro que traz a verdade, 
 sendo por isso sempre relevante e actual.
Estas conclusões alteraram totalmente o curso da sua 
vida.
Desde esta data dedicou a sua vida a estudar e ensinar a 
Palavra de Deus. Entretanto adquiriu reconhecimento in-
ternacional como um dos ensinadores da Bíblia mais im-
portantes desta época. O que faz o seu ministério ser único 
não é a sua educação de alto nível nem a sua inteligência 
mas o seu ensino directo, actual e simples. O Programa de 
rádio “Hoje com Derek Prince” é transmitido diariamente 
em vários países (por exemplo em Chinês, Espanhol, Rus-
so, Mongoliano, Arábico e mais). Os estudos dele, mais de 
40 livros em mais de 100 línguas, 400 CD´s e 150 DVD´s, 
66
tiveram grande influência nas vidas de muitos líderes cris-
tãos sobre todo mundo.Em Setembro de 2003 depois duma 
vida longa e frutífera, Derek Prince faleceu com a idade de 
88 anos. Derek Prince Ministries, continuará a distribuir 
por todo o mundo o ensino dele através dos diversos meios 
que dispõe, entre os quais: livros, cartas de ensino, cartões 
de proclamação, áudio, vídeo, e conferências.
Existem no entanto, objectivos bem definidos no DPM: 
- Fazer chegar estes meios a locais onde ainda não conhe-
cem a Palavra de Deus 
- Contribuir para o fortalecimento da fé dos cristãos que 
vivem em comunidades cujo poder politico não permite a 
liberdade de expressão e circulação da Palavra Divina.
6�
DEREK PRINCE MINISTRIES
“Se não conseguires explicar um princípio duma ma-
neira simples e em poucas palavras, então tu próprio 
ainda não o percebes suficientemente.”Esta frase de Derek Prince caracteriza o seu ensino bíbli-
co. Estudos simples e claros que pretendem, direccionar o 
leitor para os princípios de Deus, tornando assim possível 
uma maior abertura para reflexão e tomada de posição pe-
rante a sua escolha.
Os estudos de Derek Prince têm ajudado milhões de cris-
tãos em todo mundo, a conhecerem intimamente Deus e a 
porem em prática os princípios da Bíblia no dia-a-dia das 
suas vidas.
DP Portugal deseja cooperar nesta edificação do corpo de 
Cristo:
...com o fim de preparar os santos para o serviço da 
comunidade, para a edificação do corpo de Cristo até 
que todos cheguem à unidade da fé e ao pleno conhe-
cimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à me-
dida completa da estatura de Cristo. (Efésios 4: 12 e 
13)
O nosso alvo é fortalecer a fé dos cristãos no Senhor Je-
sus Cristo, através do ensino bíblico de Derek Prince, com 
material (livros, cartas de ensino, cartões de proclamação 
e mais tarde cd’s e dvd’s) na sua própria língua!
Em mais de 100 países o DPM está activo, dando a conhe-
cer o maravilhoso e libertador evangelho de Jesus Cristo. 
Esperamos também que se sinta envolvido e encorajado 
6�
na sua fé através do material por nós (DP Portugal) nefor -
cido.
A nossa principal actividade neste momento é traduzir e 
disponibilizar trabalhos do Derek Prince em Português. 
Como por exemplo:
Cartas de ensino: Distribuição gratuita quatro vezes por 
ano de cartas de ensino orientadoras e edificadores sobre 
temas diversos da Bíblia.
Deseja saber mais sobre os materiais disponíveis e/ou re-
ceber as cartas de ensino gratuitas? Informe-nos! Ficamos 
à espera do seu contacto através de: 
erekD rinceP Portugal: Caminho Novo lote x, Feteira
 9700-360 Angra do Heroísmo
 Terceira, Açores. 
 
 Tel: (+351) 295 663738 / 
 
927992157
Blog: www erekprince.d ptportugal.blogspot.
 
E-mail: erekprinced portugal@gmail.com
6�
Outros livros por Derek Prince (em Português):
. Bênção ou Maldição
. Como passar da maldição para Bênção 
. Protecção contra o engano
. O Remédio de Deus para a rejeição
. Expulsarão demónios
. Maridos e 
. autodidata íblicoB Curso 
pais
Novo:
. A Troca Divina
. O Poder da Proclamação 
. Quem é o Espírito Santo?
. A Chave para um casamento duradouro.
. Graça ou Nada.
. O Fim da Vida terrena… e AGORA?
. Os Dons do Espírito.
. Guerra Espíritual
. Os Alicerces da Fé Cristã (uma série de três volumes)
. Orando pelo Governo
Cartões de proclamação:
. A Troca Divina
. Digam-no os remidos
. Somente o Sangue
. O Poder da Palavra de Deus
. O meu Deus proverá
. O Espíríto Santo em mim
. Eu obedeço à Palavra
. Emanuel, Deus Connosco
. Graça, a Imerecída Prenda
Os
 Crucial é Cruz A .
 Igreja da e Israel de Destino O .
 Deus de Igreja da Redescoberta A .
 Nascimento Novo e Arrependimento. 
 
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