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Origem da Geologia: - O interesse e o uso dos minerais estão estritamente relacionados ao desenvolvimento da humanidade; (Idade do bronze, Idade do Ferro .....) - Uso em ornamentos, armas , instrumentos de trabalho, ritos religiosos , etc.. - Leis empíricas de distribuição dos minerais. - Origem dos minerais → associada à lendas e fantasias. ARISTÓTELES (380 – 322 a.c) Realizou a primeira classificação sistemática de minerais e rochas. Plínio, o velho – Organizou 4 tratados de minerais e rochas. (79 d.c) Desenvolvimento da Mineralogia como Ciência: Século XVII – Jorge Agrícola e da Geologia, no mesmo século com J. Hutton. - Propôs uma classificação dos minerais a partir de suas características gerais - Descrição detalhada dos minerais: Cor, Transparência, Peso, dureza, cheiro, etc.. - Padrão de formação e jazimento de minerais ▪ Até o século XVII – Explicações sobrenaturais e teológicas sobre a história da Terra (primeiras tentativas de ordenar a história geológica do planeta). Histórico : →BASE INTELECTUAL : CRISTIANISMO – Estudiosos religiosos; → Mundo : Todas as coisas foram criadas ao mesmo tempo. Qual tempo?? • Até o século XVIII, imaginava-se que a Terra era muito jovem. ❖Um tempo relativamente curto. → 6.000 anos. →Data admitida por um intelectual religioso do séc. XVII: → Arcebispo James Ussher, a partir de pesquisa minuciosa das escrituras bíblicas e outros documentos históricos. → Todas as atividades que levaram a formação da Terra e de todas a suas características só poderiam ser explicados pelo catastrofismo (G. Cuvier) ➢No clima intelectual do século XVII, o dinamarquês Nicolau Steno desenvolveu os primeiros princípios para a Ciências da Terra: Princípios de Steno. o Superposição; o Horizontalidade original; o Continuidade Lateral. Mais recente Mais antigo Superposição Rodovia “do café” – Serra do Cadeado, próximo a Mauá da Serra. Atenção: Tal princípio só se aplica em camadas não perturbadas. →Contemporâneo a Steno, o pesquisador alemão Abraão Werner defendia a ideia da formação das rochas pelo NETUNISMO. Georges Cuvier (1769-1832) Princípio do Catastrofismo → as formações geológicas, assim como a superfície terrestre foram moldadas por eventos episódicos, rápidos e munidos de muita energia INSTITUCIONALIZAÇÃO DA GEOLOGIA – SÉC XVIII • James Hutton aplicou o Princípio das Causas Naturais → a natureza possui mecanismos de funcionamentos que podem ser explicados com base nas ciências. • Tal princípio exclui, definitivamente, as bases explicativas sobrenaturais sobre o funcionamento da natureza. James Hutton (séc. XVIII); →Auxiliou na consolidação da Geologia como ciência; → Em contraposição ao Netunismo, desenvolveu o PLUTONISMO; → Desenvolveu os princípios para a superfície de discordância. James Hutton (1726-1797) → Outro princípio importante definido por J. Hutton é o “Princípio das relações entrecortantes de corpos rochosos”. ➢ Em meados do séc. XIX, o pesquisador escocês Charles Lyell, publica a obra “Principles of Geology”, reformulando o princípio das causas naturais (J. Hutton), e dando origem ao Princípio do Uniformitarismo. - Os fenômenos, leis e processos (dinâmica interna e externa da Terra) que conhecemos hoje, seriam iguais no passado, inclusive, em gênero e intensidade. Uniformitarismo -> Se contrapõe ao catastrofismo. ‘O presente é a chave para o Passado’ → Por ser considerado dogmático demais, adotou-se o critério de explicação das Causas naturais a partir do Atualismo. → Retira a conotação de estrita condições de igualdades entre o presente e o passado, ou seja, os fenômenos podem ser os mesmos porém a constância e intensidade são diferentes. - Utilização de diversas técnicas para se chegar à idade da Terra. - Taxa de sedimentação; - Salinidade do mar; - Resfriamento da Terra... Início da classificação de tempo geológico: ❑ Meados do século XIX – já com a descoberta do princípio de sucessão biótica, apoiado no princípio de Steno (Superposição de depósitos sedimentares), inicia-se a ordenação da escala de tempo geológico pela DATAÇÃO RELATIVA. •Definição de períodos feita preferencialmente em rochas contendo fósseis facilmente reconhecíveis. •→ A DATAÇÃO ABSOLUTA começou a ser desenvolvida em meados do século XIX, apoiada no princípio das causas naturais, porém por uma limitação técnica e instrumental, foram falhas. ❑ Início do século XX – com a descoberta da radioatividade por Marie e Pierre Curie e o desenvolvimento da Geocronologia, foi possível datar com precisão as rochas e enfim, a idade correta da Terra (por Claire Patterson, 1956). Foi a partir desse método aplicado aos isótopos de chumbo (207Pb - 206Pb) que, em 1956, o geofísico norte americano Claire Cameron Patterson concluiu que a idade da Terra era de 4,55 bilhões de anos (varia com a bibliografia adotada). ❖ O método do carbono 14 pode ser aplicado a fósseis que apresentam carbono em sua composição, porém não mais antigos que 50.000 ou 60.000 anos, porque a meia-vida do isótopo é muito curta. ❖ Na falta de datações absolutas, a idade das rochas é expressa em temos relativos. Utilizando-se denominações como “Período Devoniano”, “Era Paleozoica”, com aproximadamente o mesmo sentido que “Era medieval”, “Período Colonial”, “Anos 60”. E Tabela do Tempo Geológico ❖ As denominações empregadas na Tabela do Tempo Geológico começaram a ser criadas a partir do século XVII, quando o engenheiro Willian Smith constatou as sucessões ordenadas de fósseis nas rochas. ❖ Outros pesquisadores, inicialmente das Grã-Bretanha, depois de outros países da Europa, também se empenharam para comparar os estratos quanto ao seu conteúdo paleontológico. ❖ As dificuldades eram grandes, pois ainda não se sabia quais fósseis realmente seriam úteis para as correlações (fósseis-guia). ❖ Em cada área, as camadas começaram a ser designadas por nomes locais. Tais nomes passaram a ser aplicados em áreas cada vez mais amplas à media que as correlações eram estendidas para diversas bacias. As origens de alguns nomes consagrados da Cronoestratigrafia e da Geocronologia são as seguintes: ❖ CAMBRIANO em alusão à Cambria, o nome latino de Gália; ❖ ORDOVICIANO, nome derivado de Ordovices, uma antigo tribo celta; ❖ SILURIANO, relativo a Silures, nome dos antigos habitantes do oeste da Inglaterra e do País de Gales; ❖ DEVONIANO, nome de afloramentos próximos a Devonshire, na Inglaterra; ❖ CARBONÍFERO, designação dada aos estratos com camadas de carvão do centro-norte da Inglaterra; ❖ MISSISSIPIANO e PENSILVANIANO, unidades também portadoras de carvão na América do Norte; E Tabela do Tempo Geológico ❖ PERMIANO, nome derivado da província russa de Perm no lado oeste das Montanha Urais; ❖ TRIÁSSICO, nome proposto para um conjunto de rochas subdividido em três partes da Alemanha; ❖ JURÁSSICO, em alusão às Montanhas Jura entre a França e a Suíça; ❖ CRETÁCEO, denominação derivada da palavra creta que significa (grego) giz. E Tabela do Tempo Geológico ▪ Enfim, Para ordenar e compara eventos passados, desenvolveu-se uma escala de tempo padronizada – a Escala do Tempo Geológico. Escala do tempo geológico • A escala geológica do tempo ou escala do tempo geológico é uma forma de organização do tempo geológico (e biológico) da Terra. • A escala do tempo geológico é subdividida em éons, eras, períodos e épocas. ➢ E dividir o Período em ÉPOCA. Eon Era Período Época Fanerozóico Cenozóico Quaternário Holoceno Pleistoceno Neógeno Plioceno Mioceno Paleógeno Oligoceno Eoceno Paleoceno Mesozóico Cretáceo Jurássico Triássico Paleozóico Permiano Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano Proterozóic o Arqueano 4.560 2.500 545 atual (Ma) 248 65 24 2 (Ma) CARVALHO, I.S. (ed.). Paleontologia: Conceitos e Métodos. v. 1. 3ª ed. Interciência.São Paulo. 2010. LABOURIAU-SALGADO, M.L. História Ecológica da Terra. 2ª ed. Edgard Blücher. São Paulo. 2001. TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.M.; TAIOLI, F. (orgs). Decifrando a Terra. 2ª ed. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2009. SUGUIO, K. Geologia sedimentar. Edgard Blücher. São Paulo. 2003. PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T.H. Para entender a Terra. 4ª ed. Bookman. Porto Alegre. 2008. CAVINATO, M.L. Fósseis: guia prático. Nobel. São Paulo. 1998.
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