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UNIÃO ESTÁVEL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARACATI______
JOANA D’ARC OLIVEIRA DA SILVA, brasileira, estado civil, profissão, portadora da Cédula de Identidade nº. xxxxxx, e devidamente inscrita no CPF, sob o nº. xxxxxxxxxx, residente e domiciliada na Rua Dragão do Mar, 520, Centro, Aracati - Ceará, por seu procurador (a) adiante assinado (instrumento procuratório em anexo), NOME DO ADVOGADO (A), brasileiro (a), estado civil, advogado (a), inscrito (a) na OAB/XX sob o nº xxxxx, com endereço profissional na Avenida Tal, nº xxx, sala xxx, Cidade-XX, vem perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 226, § 3º da CF/88, arts 1.723 à 1.727, 1.583 à 1.590, 1.695 do Código Civil, art. 4º da Lei nº. 5.478/68, e demais previsões legais, propor a presente AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL COM PARTILHA DE BENS CUMULADA COM ALIMENTOS em face de ALESSANDRO CARLOS DA SILVA,, brasileiro, estado civil, profissão, devidamente inscrito no CPF, sob o nº xxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua Tal, nº xx, Bairro xx, Cidade-XX, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
Preliminarmente - Da Justiça Gratuita
 Os Requerentes são pessoas hipossuficientes e não possuem condições de arcar com as despesas do processo sem prejudicar seu sustento e de sua família, portanto, são insuficientes seus recursos financeiros para pagar todas as despesas processuais, inclusive o recolhimento das custas iniciais.
Destarte, nos termos do artigo 5º, LXXIV da CF/88 c/c art. 98 e ss do CPC, c/c Lei 1.060/50, que seja concedida a benesse de litigar sob o pálio da Assistência Judiciária Gratuita a fim de que possa promover a defesa de seus direitos sem que comprometa o seu sustento e de sua família, o que fazem por declaração, sob a égide do art. 99, § 4º do CPC.
I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 a) DO RECONHECIMENTO DA UNIÃO ESTÁVEL
A união estável encontra guarida no ordenamento jurídico brasileiro na Lei nº 9.278/96 e no artigo 1.723 e seguintes do Diploma Civil vigente. O artigo 1.723 em sua inteligência afirma:
“Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
Requerente e o Requerido viveram juntos como se fossem marido e mulher durante 10 (dez) anos, dessa relação, o casal teve 02 (dois) filhos, João Oliveira da Silva, hoje com 8 (oito) anos de idade e a menor Alessandra Oliveira da Silva, hoje com 07 (sete) anos de idade;
Além disso, os companheiros tiveram uma relação duradoura, pública e com a finalidade de constituir família, requisitos exigidos pelo código civil em seu artigo 1.723, e por isso deve ser reconhecida por esse D. Juízo.
b) DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL
A relação entre o casal veio a se dissolver no último mês de maio de 2020, ocasião em que o requerido agrediu a requerente e foi obrigado a sair de casa por determinação judicial, diante disso o requerido passou a morar com sua genitora, na Rua Santos Dumont, nº 123, Centro, Aracati-Ceará. 
II -DOS BENS A SEREM PARTILHADOS PELO CASAL
No decorrer da convivência entre os companheiros, o casal adquiriu um único bem:
01 (uma) casa, localizada na rua Dragão do Mar, nº520, Centro, Aracati-Ceará. 
O artigo 5º da Lei nº. 9.278/96 que trata a respeito da União Estável, estabelece que os bens móveis ou imóveis adquiridos por um ou por ambos os conviventes, na constância da união estável e a título ONEROSO, são considerados fruto do trabalho e da colaboração de ambos os companheiros.
O artigo 1.725 do C. C, estabelece que na união estável, salvo contrato escrito, o regime de bens será regido pelo o regime de comunhão parcial de bens.
II - DA GUARDA DOS FILHOS 
É salutar para toda criança conviver em ambiente familiar, devendo ser protegida de qualquer situação que a exponha a qualquer tipo de risco e exploração, sendo mandamento constitucional a seguridade, pela família, pelo Estado e pela sociedade, da dignidade, do respeito, além da proteção a qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Sendo assim, estatui o artigo 227, da Constituição Federal, direitos da criança e adolescente que devem ser observados:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
8. Ainda, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 33, prevê que a guarda implica obrigações, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. Veja-se:
Art. 33. A guarda obriga à prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais.
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros.[...]
Dessa forma, diante da personalidade agressiva do genitor a autora pleiteia a decretação pelo juiz da guarda unilateral em favor da genitora. Pois, é o melhor para o desenvolvimento da criança.
O art. 1.583 § 2º da Lei nº 11.698, de junho de 2008 fala sobre a guarda unilateral e a compartilhada onde menciona o seguinte:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.
§ 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores:
I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar;
II – saúde e segurança;
III – educação.
Como visto ao artigo acima citado a Requerente se resguarda perfeitamente no mesmo, requerendo assim a guarda de seus filhos João Oliveira da Silva e Alessandra Oliveira da Silva. 
IV - DOS ALIMENTOS, INCLUSIVE OS PROVISÓRIOS
Rezam os arts. 1694 e 1695 do Código Civil de 2002 (CC/2002) que:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
(...)
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Ressalve-se o disposto no art. 1699 do CC/2002, que permite, ante alterações na situação financeira do alimentante (para melhor ou pior), haver modificação na prestação de alimentos.
Superada a identificação do direito da requente à pensão alimentícia, a qual almeja ver fixada por apreciação do mérito da demanda, cumpre pugnar, liminarmente, pela fixação de alimentos provisórios. Outrossim, a requerente arrima esta sua pretensão em bases legais, senão vejamos:
Dispõe o art. 1706 do CC/2002 que “Os alimentos provisórios serão fixados pelo juiz, nos termos da lei processual.” Observemos, pois, a lei adjetiva: “É lícito pedir alimentos provisionais: I- nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que estejam separados os cônjuges […] (art. 852, I, do Código de Processo Civil); destacando-se, ainda, o parágrafo único também do art. 852, a saber, “No caso previsto no n. I deste artigo, a prestação alimentícia devida ao requerente abrange, além do que necessitar para sustento, habitação e vestuário, as despesas para custear a demanda.” Destaque-se, ainda, que “Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação” e que “Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário.”, respectivamente, § 2º e § 3º, ambos do art. 13 da Lei n. 5.478/1968.
Desta forma a requerente pleiteia,a título de alimentos a serem pagos pelo requerido, o valor referente a 30% do salário mínimo vigente, a serem depositados mensalmente na conta bancária XXXXXXXXX, agência XXXXXXXXX, banco XXXXXXXXXX , de titularidade de Joana D’arc Oliveira da Silva ; 
V - DOS PEDIDOS
 DIANTE DO EXPOSTO, REQUER SE DIGNE VOSSA EXCELÊNCIA a determinar:
a) O benefício da Justiça Gratuita por ser a Requerente pessoa pobre, na acepção jurídica da palavra, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento;
b) a citação do Requerido para, querendo, contestar a presente dentro do prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia e confissão;
c) a intimação do Digno Representante do Ministério Público, para que acompanhe a presente;
d) por Vossa Excelência seja reconhecida bem como decretada a Dissolução da União Estável;
f) provados os fatos descritos nesta exordial, requer digne-se Vossa Excelência a antecipar a tutela pretendida com fundamento no artigo 294 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, e a título de alimentos provisórios, determinando que o Requerido efetue o pagamento dos alimentos, no equivalente a xx (xxxx) Salários Mínimos Nacional mensais em favor da Requerente que deverá ser depositado em conta bancária a ser aberta e imediatamente informada a este D. Juízo para fins de depósito, de modo a garantir o seu sustento bem como a sua própria sobrevivência;
g) seja fixado, à título de alimentos em favor da Requerente, o valor equivalente a 30% do Salário Mínimo Nacional mensais;
h) seja o Requerido condenado ao pagamento das custas processuais, despesas e honorários advocatícios à base de 20% sobre o valor da condenação;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos e ao caso cabíveis, em especial com o depoimento do Requerido e a inquirição das testemunhas abaixo arroladas.
Dá-se à causa o valor de R$ xxxxxxxxx (xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Aracati, 05 de Maio de 2020.
NOME DO (A) ADVOGADO (A)
OAB/XX XX.XXX
ROL DE TESTEMUNHAS:
1-
2-
3-
ALUNAS: 
AMANDA DOMINGOS 
MARIA APARECIDA

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