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INTERPRETE DE LIBRAS

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INTÉRPRETE DE 
LIBRAS 
PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
INTÉRPRETE DE LIBRAS 
 
2 
WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 
 
SUMÁRIO 
 
FORMAÇÃO, PROFISSIONALIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR 
SURDO: reflexões a partir do decreto 5.626/2005 ....................................................... 5 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 5 
QUESTÕES SOBRE O PROFESSOR E INSTRUTOR DE LIBRAS NA 
EDUCAÇÃO BÁSICA: reflexões a partir do decreto 5.626/2005.............................. 8 
QUESTÕES SOBRE A LIBRAS NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA: em 
busca da valorização e profissionalização do professor surdo ............................... 15 
O INTÉRPRETE EDUCACIONAL DE LIBRAS: Desafios e Perspectivas ................. 26 
O TRADUTOR / INTÉRPRETE DE LIBRAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL: 
desafios linguísticos no processo tradutório ............................................................... 32 
O INTÉRPRETE UNIVERSITÁRIO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA 
CIDADE DE CURITIBA ................................................................................................ 38 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 39 
MÉTODO ................................................................................................................... 44 
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 45 
CONCLUSÕES ......................................................................................................... 52 
A DRAMATIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM DA 
LINGUAGEM ESCRITA PARA O DEFICIENTE AUDITIVO ...................................... 55 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 56 
MÉTODOS ................................................................................................................ 58 
CASUÍSTICA ......................................................................................................... 58 
DELINEAMENTO .................................................................................................. 59 
PROCEDIMENTO ................................................................................................. 59 
ETAPA 3 - PÓS - DRAMATIZAÇÃO..................................................................... 60 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: .............................................................................. 61 
RESULTADOS INDIVIDUAIS ............................................................................... 62 
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INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
INTÉRPRETE DE LIBRAS 
 
3 
WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 
 
RESULTADOS GLOBAIS ..................................................................................... 71 
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 74 
AFINAL: INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS, INTÉRPRETE 
EDUCACIONAL, PROFESSOR-INTÉRPRETE OU AUXILIAR? O trabalho de 
Intérpretes na lógica inclusiva...................................................................................... 79 
POLÍTICAS PÚBLICAS INCLUSIVAS E O PAPEL DO INTÉRPRETE DE 
LIBRAS E LÍNGUA PORTUGUESA ........................................................................ 80 
PESQUISAS SOBRE ATUAÇÃO DO INTÉRPRETE EDUCACIONAL: 
refletindo sobre diferentes experiências .................................................................. 81 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 91 
METODOLOGIA - O ENCONTRO COM O OUTRO ............................................... 93 
AFINAL: O QUE OS INTÉRPRETES EDUCACIONAIS TÊM A DIZER? ............... 97 
a) O papel do intérprete educacional para além da interpretação ...................... 97 
b) Modelo linguístico e colaboração no processo de ampliação do léxico da 
Libras ................................................................................................................... 101 
c) Questões de interpretação – o dizer do outro com minhas palavras ............ 103 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 105 
INTÉRPRETE EDUCACIONAL ................................................................................. 112 
QUE PROFISSIONAL É ESTE? ............................................................................ 112 
POSTURA ÉTICA ................................................................................................... 112 
ATUAÇÃO DO INTÉRPRETE EDUCACIONAL NA ESCOLA .............................. 112 
ATUAÇÃO DO INTÉRPRETE EDUCACIONAL NA SALA DE AULA................... 112 
CONDUTA PROFISSIONAL DO INTÉRPRETE ................................................... 113 
Documento do MEC com orientações para o tradutor e intérprete da LIBRAS 
e Língua Portuguesa. Disponível em: .................................................................... 113 
ENSINANDO LIBRAS PARA OUVINTES ................................................................. 114 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 114 
TAREFAS ................................................................................................................ 114 
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PROCESSO ............................................................................................................ 115 
AVALIAÇÃO ............................................................................................................ 115 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 116 
ANEXOS ..................................................................................................................... 124 
NÚMEROS E NUMERAIS ...................................................................................... 124 
ALFABETO LEGAL................................................................................................. 127 
MATERIAL ESCOLAR ............................................................................................ 132 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FORMAÇÃO, PROFISSIONALIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR 
SURDO: reflexões a partir do decreto 5.626/2005 
 Juliana Guimarães Faria1 
 
O texto2 apresenta como tema reflexões sobre o Instrutor de Libras e o 
Professor de Libras dentro da escola de Educação Básica. Tem como objetivo 
refletir sobre o significado da denominação de Instrutor dada ao profissional 
surdo e compreender de que maneira essa denominação está expressa no 
Decreto 5.626/2005. A partir dessa reflexão, verifica-se que o Instrutor de 
Libras caracterizado no Decreto é de um profissional que não possui formação 
pedagógica, porém é citado de forma alternativa ao papel desempenhado pelo 
Professor de Libras dentro da escola de Educação Básica. Verifica-se, ainda, 
que Instrutor de Libras tem sido a denominação dada ao profissional surdo, 
mesmo quando ele exerce atividade peculiar à docência e possui formação 
pedagógica. Assim, evoca-se que a busca por uma educação que considere a 
cultura, identidade e processo de aprendizagem do surdo será alcançada 
mediante a primazia de profissionalização, reconhecimento e valorização dos 
próprios profissionais surdos dentro das escolas de Educação Básica. Essa 
valorização passa pelo reconhecimento do profissional surdo que ensina Libras 
como um Professor de Libras, sendo um profissional que participa dos debates 
e tomadas de decisão, e se envolve no processo educativo de seus pares. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A política de formação de professores é uma discussão que se 
intensificou nas últimas décadas durante o debate e posterior aprovação da Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9.694/96. A referida 
 
1
 Doutora em Educação na FE/UFG e professora efetiva da Faculdade de Letras/UFG, no Departamento 
de Estudos Linguísticos e Literários, no curso de Letras: Libras. 
2
 Publicado pela Revista Brasileira de Educação Especial. Versão impressa ISSN 1413-6538. Rev. bras. 
educ. espec. vol.17 no.1 Marília jan./abr. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-65382011000100007 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1413-6538&lng=pt&nrm=iso
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legislação elevou a formação de professores para o nível superior, estabeleceu 
que tal formação aconteça em Universidades ou Institutos Superiores de 
Educação. Trouxe consigo a busca pela valorização e profissionalização do 
profissional da educação. 
Tanuri (2000) considera que a aprovação da LDB vem para superar, de 
certa forma, a polêmica relativa à formação de professores entre o nível 
superior e o nível médio, numa luta dos educadores brasileiros no processo de 
melhoria da qualidade da educação e valorização do profissional da educação. 
Os cursos Normais de nível médio, os chamados Magistério, foram aceitos 
como formação mínima apenas em período transitório, conforme o artigo 87, 
parágrafo 4º. 
O artigo 621 da LDB 9.694/96 diz que: 
 
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação 
básica far-se-á em nível superior, em curso de 
licenciatura, de graduação plena, em universidades e 
institutos superiores de educação, admitida, como 
formação mínima para o exercício do magistério na 
educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino 
fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade 
Normal. 
Conforme mencionado, o parágrafo 4º do artigo 87 das 
Disposições Transitórias da LDB, acrescenta que: 
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se 
um ano a partir da publicação desta Lei. 
... 
§ 4º Até o fim da Década da Educação somente serão 
admitidos professores habilitados em nível superior ou 
formados por treinamento em serviço. 
 
 
A partir desse dispositivo legal, acirraram-se ainda mais os debates 
sobre a política de formação dos profissionais da educação no Brasil. O debate 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#nt1INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
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7 
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traçado gira em torno de algumas temáticas, versam sobre o modelo de 
formação de professores, as questões de aligeiramento da formação, o curso 
de Pedagogia em relação ao curso Normal Superior, as mudanças na 
Educação Básica trazida pela LDB e a formação de professores para essa 
realidade, dentre outros. Porém, durante todos esses anos de debate, é 
consenso entre os educadores que a formação dos profissionais da educação 
em nível superior em cursos de licenciatura é essencial tanto para a qualidade 
da educação, quanto para a profissionalização docente. 
Dentro de uma política de ações afirmativas, em 2005, é aprovado o 
Decreto Presidencial 5.626 que, ao tratar da Regulamentação da Lei das Libras 
10.436/2002, regula, além de outras ações, a questão da formação do 
Professor de Libras. Ao examinar o Capítulo III do referido Decreto, é possível 
se deparar com dois personagens: o Professor de Libras e o Instrutor de 
Libras. 
À primeira vista, as questões levantadas são: qual a diferença entre 
esses dois personagens? Qual o papel de cada um no campo da docência no 
ensino de Libras? De que forma cada um interfere, ou não, na atuação do 
outro? Em essência: o que difere o Professor do Instrutor? 
Essas são as problematizações que motivam as reflexões expressas 
nas próximas linhas. Não é intuito esgotar a temática e responder a todas 
essas questões. Ademais, não será possível tratar nesse escrito sobre os 
processos e práticas pedagógicas, os saberes escolares no ensino da Libras, 
as representações dos atores envolvidos e as questões de produção e 
publicações da imprensa acadêmica, sendo estes, seguramente, objetos de 
potenciais sínteses futuras. Procura-se nesse artigo, tão somente, fazer uma 
reflexão sobre o texto legal expresso no Decreto 5.626/2005, e demais 
legislações, em relação ao Instrutor e ao Professor de Libras. Após isso, refletir 
sobre a profissionalização, formação e valorização do profissional com surdez 
atuante nas escolas no ensino de Libras. 
 
 
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QUESTÕES SOBRE O PROFESSOR E INSTRUTOR DE LIBRAS NA 
EDUCAÇÃO BÁSICA: reflexões a partir do decreto 5.626/2005 
 
É inegável o avanço obtido em relação ao sujeito surdo, à Libras e às 
políticas linguísticas no Brasil após a aprovação do Decreto 5.626/2005 
(QUADROS; PATERNO, 2006; FELIPE, 2006). Considera-se que o avanço 
trazido pelo Decreto é muito mais significativo do que as normativas 
implementadas anteriormente, como: a Lei 10.098 de 2000, no seu artigo 182, 
que anunciou a responsabilidade do Poder Público para implementar a 
formação de profissionais intérpretes de Libras; e a Lei 10.436/2002 que 
instituiu oficialmente a Libras como meio de comunicação e expressão e 
determinou a obrigatoriedade do ensino da Libras em cursos de formação de 
professores e de fonoaudiólogos3. Tal significância do Decreto se justifica por 
explicitar mecanismos imperativos e ações públicas para a formação de 
profissionais para o ensino, interpretação e tradução da Libras, ações 
afirmativas para usuários da Libras e a sua expansão. Essa conquista é 
oriunda de um contexto histórico-político e social de movimento pelos direitos 
humanos e direitos linguísticos, com debates, ações e muitas lutas da 
comunidade surda em âmbito nacional e internacional, que foram bem 
explorados em diversas publicações, como as de Mazzotta (2005), Soares 
(2005), Felipe (2006), Quadros (2006) e Quadros et al. (2009). 
Quadros et al. (2009) lembram que a atuação do professor de Libras 
está associada a diferentes contextos, alternando entre ensino de primeira 
língua e ensino de Libras como segunda língua, podendo ser: ensino de Libras 
para pessoas diversas ligadas ao surdo, como familiares e amigos; ensino de 
Libras na Educação Superior nos cursos de Fonoaudiologia e de Formação de 
Professores; ensino de Libras nas escolas de Educação Básica que possuam 
alunos surdos matriculados (nessa dimensão, poderá acontecer tanto como 
primeira língua para os surdos, como segunda língua para os alunos ouvintes 
que convivem com os surdos). Os autores ressaltam, ainda, a importância do 
ensino de Libras, como primeira língua, ser uma função a ser exercida por 
profissionais também surdos. Nessa mesma linha, Lunardi (1998, p.85) 
argumenta: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#nt2
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#nt3
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A presença do professor surdo na escola representa muito mais que 
modelo de linguagem e identidade: ele é um articulador do senso de cidadania 
que se estabelece num processo de relação social. Essa relação acontece 
entre professores surdos e alunos surdos, porque essa troca social de 
conhecimentos se reproduz através da língua de sinais. 
O Decreto 5.626/2005 é um instrumento legal que traz esse 
apontamento, ou seja, a formação do professor de Libras deve ser oferecida, 
preferencialmente, ao profissional surdo (Art. 4º, Art. 5º e Art. 6º). Sobre a 
Formação do Professor de Libras e do Instrutor de Libras, no Capítulo III do 
Decreto 5.626/2005 é explicitado: 
 
Art. 4o A formação de docentes para o ensino de Libras 
nas séries finais do ensino fundamental, no ensino médio 
e na educação superior deve ser realizada em nível 
superior, em curso de graduação de licenciatura plena em 
Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa 
como segunda língua. 
Parágrafo único. As pessoas surdas terão prioridade nos 
cursos de formação previstos no caput. 
Art. 5o A formação de docentes para o ensino de Libras 
na educação infantil e nos anos iniciais do ensino 
fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia 
ou curso normal superior, em que Libras e Língua 
Portuguesa escrita tenham constituído línguas de 
instrução, viabilizando a formação bilíngue. 
§ 1o Admite-se como formação mínima de docentes para 
o ensino de Libras na educação infantil e nos anos iniciais 
do ensino fundamental, a formação ofertada em nível 
médio na modalidade normal, que viabilizar a formação 
bilíngue, referida no caput. 
§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de 
formação previstos no caput. 
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Art. 6o A formação de instrutor de Libras, em nível médio, 
deve ser realizada por meio de: 
I - cursos de educação profissional; 
II - cursos de formação continuada promovidos por 
instituições de ensino superior; e 
III - cursos de formação continuada promovidos por 
instituições credenciadas por secretarias de educação. 
§ 1o A formação do instrutor de Libras pode ser realizada 
também por organizações da sociedade civil 
representativa da comunidade surda, desde que o 
certificado seja convalidado por pelo menos uma das 
instituições referidas nos incisos II e III. 
§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de 
formação previstos no caput (grifo nosso). 
 
 
Percebe-se que o artigo 6º permite que se faça a diferenciação entre o 
Professor e o Instrutor de Libras. Ao Instrutor não está explícito a necessidade 
de formação pedagógica, sendo uma denominação de pessoas formadas em 
cursos de formação profissional em nível médio. Já o Professor de Libras é 
todo aquele com formação pedagógica: tanto em nível médio, como em curso 
na modalidade Normal, quanto em nível superior, formado em Pedagogia, 
desde que tenha sido viabilizada a formação bilíngue; e no curso de Letras: 
Libras ou Letras: Libras/Língua Portuguesa. Considerando que o Decreto foi 
publicado em 2005,situado, ainda, dentro da chamada Década da Educação, 
como explicitado no Art. 87 da LDB 9.694/96, a formação do professor em nível 
médio era admitida somente até ano de 2007, por conta do que expressa o 
parágrafo 4º do referido artigo, já citado anteriormente. 
Assim, o Decreto 5.626/2005 vêm apresentar a área do conhecimento 
da Libras como disciplina curricular e conteúdo a ser ensinado em diversos 
níveis e modalidades da educação. Para tal atividade profissional, apresenta 
que a função docente poderá ser exercida pelo Instrutor de Libras, da mesma 
forma que o Professor de Libras (art. 8º, § 2º) após um exame de proficiência: 
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Art. 8o O exame de proficiência em Libras, referido no art. 
7o, deve avaliar a fluência no uso, o conhecimento e a 
competência para o ensino dessa língua. 
§ 2o A certificação de proficiência em Libras habilitará o 
instrutor ou o professor para a função docente (grifo 
nosso). 
 
 
Assim, ficam algumas questões: qual o papel do denominado "Instrutor 
de Libras" dentro da escola de Educação Básica, já que essa denominação 
não identifica, de acordo com o Decreto 5.626/2005, um profissional com 
formação pedagógica? Para o profissional surdo licenciado, porque não usar 
somente a nomenclatura de "Professor de Libras"? Um Decreto Presidencial 
tem força jurídica suficiente para certificar para a função docente no Brasil sem 
que a formação pedagógica esteja explicitamente garantida, quebrando uma 
conjuntura legal impressa na LDB 9694/1996, como aponta o parágrafo 2º do 
artigo 8º, em que habilita, por meio de exame de proficiência e certificação, o 
chamado ProLibras, o Instrutor para a função docente? 
Além do que, de acordo com o Decreto, o Instrutor só é citado para 
atuar na educação formal4 no Brasil, nos cursos de graduação e pós-
graduação, até o fim da década do Decreto, desde que tenha a Certificação do 
ProLibras, como pode ser observado no que está explicitado no art. 7º: 
 
Art. 7o Nos próximos dez anos, a partir da publicação 
deste Decreto, caso não haja docente com título de pós-
graduação ou de graduação em Libras para o ensino 
dessa disciplina em cursos de educação superior, ela 
poderá ser ministrada por profissionais que apresentem 
pelo menos um dos seguintes perfis: 
I - professor de Libras, usuário dessa língua com curso de 
pós-graduação ou com formação superior e certificado de 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#nt4
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proficiência em Libras, obtido por meio de exame 
promovido pelo Ministério da Educação; 
II - instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação 
de nível médio e com certificado obtido por meio de 
exame de proficiência em Libras, promovido pelo 
Ministério da Educação (grifo nosso). 
 
 
Isso indica que o profissional que se caracteriza como "Instrutor de 
Libras" não está legalmente apto para atuar na docência em escola de 
Educação Básica no Brasil. Caso tenha formação pedagógica, em cursos de 
licenciatura, já não é Instrutor, mas sim Professor. 
Sobre os profissionais para atuar na Educação Básica, estes estão 
categorizados em três grupos: professores habilitados, profissionais pedagogos 
e trabalhadores em educação, conforme descrito na Lei 12.014/2009 que altera 
o art. 61 da LDB: 
 
Art. 1o O art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 
1996, passa a vigorar com a seguinte redação: 
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar 
básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo 
sido formados em cursos reconhecidos, são: 
I - professores habilitados em nível médio ou superior 
para a docência na educação infantil e nos ensinos 
fundamental e médio; 
II - trabalhadores em educação portadores de diploma de 
pedagogia, com habilitação em administração, 
planejamento, supervisão, inspeção e orientação 
educacional, bem como com títulos de mestrado ou 
doutorado nas mesmas áreas; 
III - trabalhadores em educação, portadores de diploma 
de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. 
 
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Nessas condições, o Instrutor de Libras, conforme descrito no Decreto 
5.626/2005, é considerado como um trabalhador da educação, porém sem 
habilitação para a docência aos alunos de educação básica. Mesmo que o art. 
8º do Decreto 5.626/2005 confira habilitação para a função docente, tem-se 
que considerar que a análise de um instrumento jurídico não pode ser feita 
baseada apenas de um único parágrafo ou artigo isoladamente. É preciso 
visualizar a conjuntura no qual está inserido. Assim, o artigo 8º, citado 
anteriormente, se refere ao artigo 7º, que trata apenas do exercício do Instrutor 
de Libras no ensino superior: graduação e pós-graduação. Consequentemente, 
a função docente a que se refere o artigo 8º é para esse nível de ensino. 
Nesse contexto, de acordo com os dispositivos legais citados, tem-se o 
Professor de Libras licenciado como referência, na educação básica, sendo o 
profissional habilitado para o ensino dessa língua aos educandos, conforme 
garante direito do aluno surdo prescrito no Decreto 5.626/2005, artigo 15. 
Porém, o mesmo instrumento legal cita a presença do Instrutor de 
Libras na escola, quando em seu artigo 14 estabelece que as instituições 
federais devem prover as escolas com profissionais que atuem como 
tradutores, professores e instrutores: 
 
Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, 
obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso à 
comunicação, à informação e à educação nos processos 
seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares 
desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades 
de educação, desde a educação infantil até à superior. 
§ 1o Para garantir o atendimento educacional 
especializado e o acesso previsto no caput, as instituições 
federais de ensino devem: 
III - prover as escolas com: 
a) professor de Libras ou instrutor de Libras; 
b) tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa; 
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c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como 
segunda língua para pessoas surdas; e 
d) professor regente de classe com conhecimento acerca 
da singularidade linguística manifestada pelos alunos 
surdos (grifo nosso). 
 
 
Percebe-se que a presença do Instrutor de Libras na escola de 
Educação Básica é citada no artigo 14 de forma indiscriminatória ao Professor 
de Libras, usando a conjunção disjuntiva `ou' para elencar esses dois 
profissionais dentro de uma mesma função profissional. Significa que o Decreto 
indica que o Professor de Libras pode exercer a função de Instrutor, porém, o 
Instrutor não está apto a atuar em espaços profissionais que exigem formação 
pedagógica. Ou seja, a interpretação que se faz é que o Instrutor de Libras 
pode apoiar a escola, mas não é um professor. Ora, essa perspectiva 
diferencial de nomenclatura não faz sentido se o lócus de atuação é a escola 
de Educação Básica e se a atividade exercida tem como essência o processo 
ensino-aprendizagem da Libras para os educandos surdos. É tratar o Instrutor 
com certo desprestígio, mesmo se a função desempenhada possui relevância, 
por se tratar de uma prática docente. O que tem acontecido comumente é que 
tanto os profissionais surdos com licenciatura, quanto os profissionais surdos 
sem habilitação para o magistério, estão sendo alocados nas redes de ensino 
como Instrutores de Libras. As Diretrizes Operacionais5 das redes públicas de 
ensino muitas vezes tratam indiscriminadamente esses dois personagens, 
deixandosomente a surdez ou não surdez determinar se será denominado de 
Instrutor ou Professor. Se for surdo, então é Instrutor de Libras, independente 
se o profissional já possui habilitação para o magistério ou está em processo 
de formação em serviço para licenciar-se. 
Nessa linha, Silveira e Rezende (2008), ao analisarem reportagens 
publicadas na Revista Nova Escola sobre a educação de surdos, trazem 
algumas reflexões: 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#nt5
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Quão inferior o surdo se apresenta no contexto 
profissional, já que no ambiente educacional foram 
observadas várias distorções, na nossa avaliação. 
Historicamente, fomos chamados para sermos o 
"dicionário ambulante" (de Libras) de muitos professores 
na escola e, na maior parte, os ditos "professores 
especialistas", como é o caso dos personagens 
consultados na reportagem, apenas orientavam os alunos 
a trabalharem com o sinal dado pelos surdos. Por que o 
surdo não pode desempenhar este importante papel 
de professor e não de mero instrutor - palavra com menor 
status profissional? Por que ele não pode explicar os 
conteúdos curriculares, como já acontece em várias 
escolas? Nesse último caso, os surdos já trabalharam 
com informações importantes apresentadas pela 
disciplina e mesmo assim não foram considerados, 
agraciados com o título de "professores" pelos docentes. 
Sempre os surdos foram considerados tecnicamente 
como instrutores, mas na verdade, atuavam como 
professores, apesar de poucos possuírem licenciatura 
(SILVEIRA; REZENDE, 2008, p. 66-67). 
 
O embate traçado é justamente o reconhecimento, a profissionalização 
e a valorização do profissional surdo dentro da escola de educação básica. 
Para além de um dicionário ambulante de Libras' o profissional surdo, muitas 
vezes identificado como Instrutor, mesmo tendo formação pedagógica e com 
licenciatura, está na escola para contribuir com o processo educativo de seus 
pares, na perspectiva da docência. 
 
QUESTÕES SOBRE A LIBRAS NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA: em 
busca da valorização e profissionalização do professor surdo 
 
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A menção do profissional denominado de Instrutor de Libras foi feita no 
Documento ‘A educação que nós surdos queremos’, elaborado pela 
comunidade surda a partir do pré-congresso ao V Congresso Latino Americano 
de Educação Bilíngue para Surdos, realizado em Porto Alegre/RS, no ano de 
1999. Nesse documento, o Instrutor é descrito no campo que trata da 
Formação do Profissional Surdo, em que o Instrutor assume o papel de ensinar 
a Libras em empresas e nas escolas, no ensino das famílias, caso não tenha 
habilitação para o magistério. 
Desde então, tem sido comum ver o Instrutor de Libras ser descrito em 
diversos textos, didáticos e/ou acadêmico-científicos, como um sujeito surdo 
que atua no ensino de Libras dentro das escolas. É identificado como um 
profissional com surdez, ou seja, o profissional surdo que atua na escola tem 
sido chamado comumente de Instrutor de Libras, mesmo tendo habilitação para 
o magistério e atuando como professor. 
Damázio e Ferreira (2010) fazem essa colocação e identificam que os 
Instrutores são profissionais preferencialmente com surdez que ensinam Libras 
nas escolas para os educandos surdos: 
Para oferecer o aprendizado dessa língua de forma significativa, 
resguardando que seus usuários tenham a apropriação de maneira natural, é 
importante a presença de profissional com surdez, se possível, nesse 
ambiente. Esse trabalho tem sido executado por instrutores de Libras 
(preferencialmente, por profissionais com surdez) que têm a proficiência 
aplicada pelo MEC por meio da avaliação do Pró-Libras e, num futuro próximo, 
será ministrado por professores de Libras formados por cursos de Letras/ 
Libras (2010, p. 56). 
A partir da colocação das autoras, observa-se que o Pró-Libras foi 
confundido com a habilitação para o magistério na Educação Básica. 
Entretanto, o Decreto 5.626/2005, por meio do Pró-Libras, não habilita para o 
exercício do magistério na educação básica sem a formação exigida na LDB 
9694/1996, ou seja, o Instrutor de Libras aprovado no Pró-Libras não está apto 
para adentrar aos muros da escola e ensinar Libras, um componente curricular, 
aos educandos. Conforme citado, o Pró-Libras é um exame de certificação e 
proficiência para o exercício da função docente apenas na educação superior 
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(Decreto 5626/2005, Art. 7º). Porém, destaca-se que ao profissional Instrutor, a 
responsabilidades educativas são tão complexas quanto aquelas 
desempenhadas pelos professores. 
Da mesma forma, o material didático "Atendimento Educacional 
Especializado - Deficiência Auditiva" do MEC, publicado em 2007, aponta 
indiscriminadamente os dois profissionais, Instrutores e Professores de Libras, 
como aqueles que desempenham funções similares, porém insistindo na 
nomenclatura diferenciada para o profissional surdo: 
 
Este trabalhado é realizado pelo professor e/ou instrutor 
de Libras (preferencialmente surdo), de acordo com o 
estágio de desenvolvimento da Língua de Sinais em que o 
aluno se encontra. O atendimento deve ser planejado a 
partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a 
respeito da Língua de Sinais. O professor e/ou instrutor de 
Libras organiza o trabalho do Atendimento Educacional 
Especializado, respeitando as especificidades dessa 
língua (DAMAZIO, 2007, p. 32, grifo nosso). 
 
 
Além desses, Schimitt (2008) aponta a necessidade de ter surdos 
atuantes como Instrutores de Libras nas escolas dando aula para os alunos 
ouvintes. Cita o autor: 
São poucos e é preciso expandir o curso de Língua de Sinais nas 
escolas com os instrutores dando aula de Libras para que o ouvinte entenda a 
cultura surda, identidade e movimentos surdos (p. 117 - 118). 
Percebe-se que é o profissional surdo que tem sido identificado como 
Instrutor de Libras e tem assumido responsabilidades educacionais inerentes a 
um professor, fato que deveria ser suprido pelo Professor de Libras. Outra 
visão do Instrutor de Libras tem sido a de um profissional surdo que atua dentro 
da escola como apoio no ensino de Libras aos pais e professores das escolas 
de educação básica, conforme apontado no Documento de 1999 elaborado 
pela comunidade surda, citado acima. E, ainda nesta ótica, Quadros (2006, p. 
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154-155) se refere à existência de Professores ou Instrutores surdos em 
escolas de Santa Catarina. Ao refletir sobre a política do aluno surdo na 
educação básica em Santa Catarina afirma: 
 
Os instrutores são os profissionais que vão participar do 
processo de aquisição da língua de sinais pelos alunos 
surdos. Quando isso passar a acontecer, de fato, os 
alunos não terão mais como modelo apenas o seu 
professor que conhece um pouco a língua de sinais, mas 
vão poder contar com instrutores ou professores 
surdos que usam fluentemente a sua língua. Além disso, 
esse mesmo instrutor/professor teria a função de preparar 
o professor e o intérprete de língua de sinais, bem como 
ministrar os cursos para familiares (grifo nosso). 
 
 
Nessa perspectiva de Quadros (2006), o Instrutor de Libras também é 
citado como apoio às atividades da escola e, portanto, poderia se tratar do 
Trabalhador da Educação, descritos na Lei 12.014/2009, sendo aquele que 
possui formação técnica específica. Entretanto, ainda tem sido citado como 
aquele que participa do processo ensino-aprendizagem de formação do 
educando surdono ensino da Libras e, por isso, tem a docência como papel 
fundamental ou finalístico. 
É preciso estar atento à questão discriminatória trazida pela 
nomenclatura de Instrutor de Libras atuantes nas escolas de educação básica. 
Isso porque se faz comum a percepção de que justamente o sujeito surdo é 
que tem sido denominado de Instrutor de Libras, mesmo esse tendo além da 
formação pedagógica, as responsabilidades formativas inerentes aos docentes. 
De acordo com Silveira (online), em pesquisa com professores surdos 
no ensino de Libras no Rio Grande do Sul, há necessidade de superar a 
utilização da nomenclatura de Instrutor destinada exclusivamente ao 
profissional surdo. Mesmo não tendo a formação exigida, o surdo tem sido 
colocado na escola de Educação Básica para assumir a função docente e tem 
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sido tratado como profissional secundário. De acordo com a autora, tal 
realidade produz impacto pejorativo na subjetividade desses profissionais e, 
portanto, faz-se necessário superar essa realidade: 
 
Há muita improvisação e até tem professores surdos, 
formados na FENEIS como instrutores de LIBRAS para 
dar aula aos ouvintes, que são contratados para serem 
professores na escola. Esta é uma situação transitória, 
espero, que deve melhorar. 
(...) 
Penso que é importante para Educação de Surdos 
reconhecerem toda uma trajetória do que aconteceu 
desde o passado até agora. Também as reflexões sobre a 
importância das associações, dos surdos adultos como 
modelos para os surdos alunos, da necessidade de 
aumentar o número de professores surdos na escola, que 
não fiquem como "secundários", foram pontos importantes 
que as entrevistas trouxeram (SILVEIRA, online, p. 7-8). 
 
 
Esse contexto indica a necessidade de se superar a atitude 
discriminatória ao denominar o Professor Surdo como um Instrutor de Libras 
em detrimento dos outros professores presentes nas escolas e que são 
responsáveis pela formação integral do educando surdo. Por que não tratá-lo 
tão somente como Professor de Libras? Já se identificou que o Instrutor de 
Libras, de acordo com o Decreto 5.626/2005 não está apto para o magistério 
da Educação Básica. Portanto, esse profissional, denominado de Instrutor de 
Libras é todo aquele que possui formação profissional e que poderá, portanto, 
atuar no ensino da Libras em cursos livres a ser oferecidos em empresas, 
instituições públicas, organizações e outros espaços, que não a educação 
formal. 
A partir do momento em que um profissional surdo inicia sua atuação 
dentro da escola de educação básica, ele automaticamente deveria ser 
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identificado como profissional da educação e Professor de Libras. Caso não 
tenha habilitação para o magistério, esse profissional surdo deveria ser 
encaminhado para curso de formação inicial, inclusive em serviço. Então, 
passar a gozar de todas as conquistas que os profissionais da educação 
alcançaram em décadas de lutas pela melhoria da qualidade da educação. 
Assim, contribuirá com a estruturação da sua identidade profissional, visto que, 
mais do que ensinar a sua própria língua, a Libras, esse profissional dentro da 
escola, está atuando para a formação integral do sujeito, desde aspectos 
afetivos, até aspectos culturais e de construção de conhecimento. 
É reconhecida a importância do profissional da educação com surdez 
atuando na formação do educando surdo e, portanto, quando o profissional 
surdo tiver formação pedagógica, conforme exige a LDB, com título de 
licenciado, ele deve ser reconhecido como Professor, em igualdade de 
condições no que tange a aspectos profissionais e conquistas alcançadas pela 
profissão docente ao longo da história da educação brasileira. Nessa 
perspectiva, para que a chamada escola inclusiva realmente aconteça de forma 
que respeite a cultura e a identidade surda, além da construção do 
conhecimento do sujeito surdo, deve-se iniciar pelo reconhecimento dos 
saberes trazidos pelos profissionais surdos, reconhecendo-os sob a ótica da 
igualdade de condições para interferir no processo educativo da criança e do 
jovem com surdez, visto que muitas vezes existem profissionais surdos já são 
graduados em cursos de licenciatura, entretanto, ainda sim, são chamados de 
Instrutores de Libras. 
O profissional surdo, Licenciado ou com curso Normal, deve participar 
não somente do executar o ensino da Libras, mas da construção do projeto 
político-pedagógico, das discussões pedagógicas, das tomadas de decisão na 
escola, dos conselhos escolares, do grupo gestor, inclusive com o 
acompanhamento da aplicação dos recursos financeiros advindos do 
Fundeb6 e do Programa Dinheiro Direto na Escola, além de participar do 
debate da construção das escolas de tempo integral e dos planos de carreira 
do profissional da educação, entre outros. 
É preciso que o profissional surdo seja incluído também nas políticas 
de valorização do magistério das escolas públicas, com acesso à formação 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#nt6
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continuada, como direito do profissional da educação e dever do poder público, 
com participação efetiva no acompanhamento e execução das políticas de 
educação inclusiva. Trata-se da busca pela profissionalidade do profissional da 
educação com surdez. 
Libâneo (2001) argumenta que as condições para garantir o exercício 
profissional referem-se à profissionalização, sendo, portanto formação inicial e 
continuada, com o desenvolvimento de competências e habilidades 
necessárias à profissão. Inclui-se na profissionalização uma remuneração 
compatível e condições materiais e técnicas de trabalho adequadas. O 
profissional, porém, deve ter profissionalismo, desempenhando sua função de 
forma compromissada com seus deveres e com responsabilidades específicas 
da docência, com atitudes éticas e políticas. O conjunto da profissionalização e 
profissionalismo levam à construção da profissionalidade desse sujeito. 
A base de formação do profissional da educação é a docência, e a 
essência da docência envolve o processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, 
o processo de aquisição da linguagem da criança surda, conforme é requerido 
do profissional surdo Instrutor de Libras, tem como essência o processo 
ensino-aprendizagem da Libras em contexto, imbuído de uma cultura 
linguística, de uma gramática própria e uma estrutura de construção de 
conhecimento peculiar. Portanto, o Instrutor de Libras, conforme vem sido 
referenciado, certamente atua eminentemente na função de magistério e sua 
presença no processo formativo da criança surda é essencial. É preciso 
possibilitar a este profissional, tratado como Instrutor de Libras surdo, atuantes 
nas escolas de educação básica, a formação inerente à docência, ou seja, a 
formação em Licenciatura7. Porém, mesmo tendo formação mínima exigida 
para o exercício do magistério, o seu reconhecimento não tem sido tomado 
pelo campo educacional a partir do momento em que tem sido tratado como 
Instrutor de Libras e não participa, muitas vezes, da construção da proposta 
educativa da escola. Por isso, evoca-se que possa ter seus saberes 
valorizados, sendo tratado em igualdade de condições, sendo, portanto, um 
Professor de Libras. 
Nessas condições, o profissional surdo é essencial para se garantir 
uma educação de qualidade do sujeito com surdez e é dever do poder público 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#nt7
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contribuirpara a construção de sua profissionalização, com formação inicial e 
continuada, remuneração condizente e condições de trabalho. Desse modo, o 
reconhecimento e valorização do sujeito surdo licenciado, Professor de Libras, 
é um primeiro passo para se conquistar essa educação inclusiva tão anunciada 
e requerida. Para isso, superar a nomenclatura de Instrutor de Libras é um 
passo primordial. 
 
Referências deste texto: 
 
A educação que nós surdos queremos. Documento elaborado pela comunidade 
surda a partir do pré-congresso ao V Congresso Latino Americano de 
Educação Bilíngue para Surdos. Porto Alegre: s/d, 1999. Disponível em: 
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mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, 2000. 
______. MEC. Lei 12.014 - altera o art. 61 da LDB. Brasília, 2009. 
______. MEC. Decreto n. 5.626 - Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril 
de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da 
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Notas: 
1 Durante a elaboração desse texto, encontrava-se aprovado na Comissão de 
Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal na data de 06/07/2010 uma 
alteração na LDB 9694/96 (emenda substitutiva nº 01 - CE) dos artigos 62 e 87, 
no qual será permitido ingresso na carreira do magistério no setor público com 
apenas o ensino médio, na modalidade normal, porém, se dentro de 06 anos o 
professor não concluir a formação superior, será considerado inabilitado para o 
exercício da profissão. 
2 Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais 
intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, 
para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de 
deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação. 
3 Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de 
formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus 
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como 
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN, conforme 
legislação vigente. 
4 Por educação Formal entendem-se aquelas autorizadas, regulamentadas e 
avaliadas pelo poder público, como escolas de educação básica e superior. As 
escolas de cursos livres são consideradas como não-formais. 
5 No Estado de Santa Catarina, por exemplo, a "Instrução Normativa/SED N° 
04/ 2010" trata o instrutor de Libras dentre das responsabilidades de um 
professor: "9.23 Os professores autorizados para atuarem em Serviços de 
Atendimento Educacional Especializado - SAEDES e Atendimentos em Classe 
(2º professor de turma, professor bilíngue, professor intérprete de LIBRAS, 
instrutor de LIBRAS) não poderão, sob hipótese alguma, ser designados para 
atuarem em outra função naquele contrato". Da mesma forma, o Estado de 
Goiás, nas suas Diretrizes Operacionais, o Instrutor de Libras deve ser surdo e 
pertence ao quadro de multiprofissionais junto à fonoaudiólogos, psicólogos e 
intérpretes. Além do que, em 2010, o Estado de Goiás fez concurso público 
para Instrutor de Libras e exigiu para a investidura no cargo a conclusão em 
qualquer curso de Licenciatura, porém com a certificação ProLibras. 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#tx1
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#tx2
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#tx3
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#tx4
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#tx5
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6 Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação. 
7 Em 2006, a Universidade Federal de Santa Catarina ofereceu o primeiro 
curso de Licenciatura em Letras: Libras a distância, com as provas do processo 
seletivo em Libras, possibilitando a aprovação de muitos profissionais surdos e 
o acesso à formação no magistério. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#tx6
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382011000100007&lng=pt&nrm=iso#tx7
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O INTÉRPRETE EDUCACIONAL DE LIBRAS: Desafios e Perspectivas 
 
 Dalcides dos Santos AnicetoJúnior3 
 
 
"Ser Intérprete de Língua de Sinais é muito mais do que ser identificado 
pela língua que fala, muito mais do que estar presente nas comunidades 
surdas ou ainda estabelecer um elo entre mundos linguísticos diferentes. Ser 
Intérprete é conflitar sua subjetividade de não surdo e surdo, é moldar seu 
corpo a partir da sua intencionalidade, reaprender o universo do sentir e do 
perceber, é uma mudança radical onde a cultura não é mais o único destaque 
do ser" (MARQUES; OLIVEIRA, 2009 p. 396, 397). 
A figura do profissional tradutor e intérprete de Libras está ganhando 
mais espaço no cenário educacional brasileiro, principalmente depois da Lei nº 
10.436 de 24 de Abril de 2002 e do Decreto nº 5.626 de 22 de Dezembro de 
2005, que regularizaram a Língua Brasileira de Sinais como a segunda língua 
oficial do país, impulsionando assim as políticas de inclusão de surdos e o uso 
e difusão da Libras em todas as esferas sociais e, no âmbito da educação, em 
todos os níveis e modalidades de ensino. Essas leis também, especialmente o 
Decreto nº 5.626,12/05, deram ênfase ao papel do profissional intérprete de 
Libras como meio legal de garantir as propostas de inclusão do surdo previstas 
nas leis. Assim, a atuação do profissional intérprete é de grande importância 
nesse novo contexto de inclusão da pessoa surda em nossa sociedade. 
No entanto, essas novas perspectivas de inclusão para o surdo 
apontaram novas necessidades indo muito além de apenas difundir a Língua 
Brasileira de Sinais e formar intérpretes. Pois a oficialização da Libras em 2002 
tornou definitivamente o sujeito surdo ativo e participativo na sociedade com 
direitos e deveres específicos defendidos por lei e foi o marco do surgimento 
legal de um novo mercado de trabalho carente de mão-de-obra a nível 
nacional, a de tradutor e intérprete de Libras. Isso não significa que antes de 
 
3
 Professora/Intérprete de Libras do Centro de Ensino e Apoio a Pessoa com Surdez (CAS/MA), 
professora de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Maranhão-IFMA e especialista em Docência do Ensino Superior pelo Instituto de Ensino Superior 
Franciscano. Universidade Federal de Roraima. 
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2002 não havia esforços de promover a inclusão de surdos e que não existiam 
profissionais intérpretes já atuantes e organizados no Brasil, pois se sabe da 
presença de intérpretes em trabalhos religiosos nos anos 80 e nesta mesma 
década a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (FENEIS) 
promoveu o I Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais com o 
objetivo de promover a interação entre alguns intérpretes do Brasil e a 
avaliação da ética do profissional intérprete. 
O foco deste trabalho não é abordar uma corrente do tempo para esse 
profissional e sim, fazer uma reflexão sobre os anseios, as inquietações e os 
desafios desse profissional nesse período que se sucedeu à homologação da 
lei federal que reconheceu a língua brasileira de sinais como língua oficial das 
comunidades surdas e que representou um passo importante "no processo de 
reconhecimento e formação do profissional intérprete da língua de sinais no 
Brasil, bem como, a abertura de várias oportunidades no mercado de trabalho 
que são respaldadas pela questão legal" (QUADROS, 2004 p. 15). 
Com as comunidades surdas interagindo cada vez mais e de forma 
mais aguda com as comunidades ouvintes, as possibilidades de atuação do 
intérprete de Libras vem crescendo e, consequentemente, a demanda por esse 
tipo de profissional e sua melhor formação e capacitação à medida que o 
sujeito surdo passa a interagir com grupos, com tipos de informações e de 
conhecimentos que antes não tinham acesso por causa da barreira linguística 
estabelecidas tanto pelo desconhecimento da Língua de Sinais por parte dos 
sujeitos ouvintes quanto pela ausência do intérprete. 
Com isso, o profissional intérprete precisa atuar em quaisquer espaços 
onde estiverem surdos presentes para possibilitar o acesso à informação e à 
cidadania, garantidos por lei. Entretanto, este trabalho visa dar ênfase ao 
campo que define e resume toda a proposta e finalidade da lei nº 10.436,04/02 
e o decreto nº 5.626,12/05, a saber, o campo da educação. 
Neste aspecto, destaca-se a presença obrigatória do profissional 
intérprete nas instituições públicas federais e estaduais e privadas de ensino 
superior a fim de assegurar aos alunos surdos o acesso à comunicação, à 
informação e à educação. Dessa forma, muitos surdos tomaram ânimo para 
ingressarem em um curso superior com uma nova perspectiva, a certeza de 
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que teriam a assistência de um intérprete. A partir desse novo contexto, 
surgiram novas necessidades: preparar e qualificar intérpretes de Libras (isto 
também previsto no decreto de 2005), proporcionar aos professores acesso à 
literatura e informações sobre a especificidade linguística do aluno surdo e 
sobre as atribuições e papel do intérprete além da utilização de equipamentos 
e tecnologias de informação. 
De fato, para muitas instituições de ensino superior receber um aluno 
surdo tem sido um fato novo e inédito, nesses casos geralmente a instituição 
estando despreparadas com seus professores e profissionais de educação com 
pouca ou nenhuma capacitação em Língua de Sinais, caindo no erro de 
concluir que a contratação de um intérprete resolve a situação inusitada. 
Assim, muitos professores que recebem um aluno surdo e que tem a presença 
de um intérprete na sala de aula acabam que confundindo sua função, 
transferindo para o mesmo a responsabilidade do ensino, enquanto que na 
verdade sua atribuição é de ser o intermediário entre o professor e o aluno, ou 
seja, tornar compreensível para o aluno a mensagem do professor, não o de 
ensinar. Essa função é exclusivamente do professor. 
É obvio que não se pode transferir para as instituições de ensino 
superior toda a responsabilidade de dar condições para um bom 
aproveitamento do aluno surdo. Cabe sim, de acordo com a lei, incluir a Libras 
como disciplina nas grades curriculares dos cursos de licenciatura. 
Outro desafio externo ao sujeito intérprete é o que se encontra no 
próprio sujeito surdo, não o de caráter social, cultural e econômico, mas sim, no 
que diz respeito à sua formação nos ensino fundamental e médio, uma vez que 
as propostas de escolas bilíngues para surdos no Brasil seguem o modelo de 
surdos inclusos em salas de maioria ouvintes. Esse modelo requer que 
trabalhem dois professores, um ouvinte e outro surdo, ou um professor ouvinte 
e um intérprete. Mas, em vista da falta de profissionais surdos devidamente 
qualificados e de intérpretes no país, muitas escolas têm salas com alunos 
surdos apenas com um professor ouvinte e que não domina a Língua de 
Sinais. Nesses casos o aproveitamento dos alunos surdos fica prejudicado em 
relação aos alunos ouvintes e em consequência disso sua formação também. 
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Assim, quando esse aluno surdo ingressar no ensino superior terá sua 
compreensão dos conteúdos prejudicada mesmo o intérprete fazendo uma 
tradução fluente e fiel dos conteúdos ministrados, pois o mesmo tem um déficit 
nos conteúdos básicos do ensino médio, não entendo alguns termos, 
conceitos, cálculos e fórmulas que o professor espera que seus alunos já 
dominem principalmente na área das ciências exatas. 
Existem ainda desafios que estão fora do sujeito intérprete e do sujeito 
surdo, são as barreiras encontradas nos discursos a serem interpretados. 
Segundo Quadros (2004 p. 27, 28):Intérprete de Língua de Sinais é o profissional que domina a língua de 
sinais e a língua falada do país e que é qualificado para desempenhar a função 
de intérprete (...) precisa ter qualificação específica para atuar como tal. Isso 
significa ter domínio dos processos, dos modelos, das estratégias e técnicas de 
tradução e interpretação. O profissional intérprete também deve ter formação 
específica na área de sua atuação (por exemplo, a área da educação). 
Ainda que o intérprete satisfaça esses requisitos existem discursos 
com vocabulário de palavras ou signos que ainda não possuem sinais com 
significados equivalentes pelo fato de ser novo e desconhecido para uma 
determinada comunidade surda em decorrência da sua alienação das 
informações desses discursos, geralmente por serem discursos com 
vocabulários que não fazem parte do convívio social e cultural dos surdos, 
tornando-se assim não-funcional e de pouco interesse; ou devido aos próprios 
fenômenos linguísticos naturais em todas as línguas orais e de sinais, com a 
aparição de novos signos em virtude da evolução ou surgimento de novas 
necessidades, sejam de cunho científico, de mercado de trabalho ou 
tecnológico. 
Como exemplo para o primeiro caso, digamos que uma surda de 
determinada comunidade seja a primeira a ingressar em um curso superior de 
química. Embora ela já tenha estudado determinados sinais de química básica 
e aprendido juntamente com os demais surdos, no entanto, sendo ela a 
primeira de sua comunidade a cursar química no ensino superior, em 
determinado momento ela vai se deparar com signos e conceitos de química 
bastante complexos e totalmente desconhecidos por ela e por todos os outros 
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surdos de suas comunidade, incluindo os ouvintes usuários da Libras, pois 
àquele discurso ou vocabulário até então não fazia parte do convívio cultural 
daquela comunidade, assim ela terá que criar soluções para resolver essa 
barreira talvez criando um novo vocabulário de sinais para a sua nova 
realidade. 
Para o segundo caso, o exemplo para os movimentos linguísticos em 
decorrência de novas necessidades, destaca-se a tecnologia. O avanço da 
tecnologia tem propiciado a criação de novos termos tanto nas línguas orais 
como nas línguas de sinais. A cada dia aparecem novas máquinas, novos 
softwares e novos equipamentos e componentes eletrônicos. 
Por fim, temos os limites e desafios que o intérprete encontra em sua 
própria atuação como profissional. São os limites e desafios impostos pela sua 
formação. O decreto de 2005 deixa claro que a formação de tradutor e 
intérprete de Libras ? Língua Portuguesa deve efetivar-se por meio de curso 
superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras? Língua 
Portuguesa e na maior parte do Brasil as Universidades ainda não oferecem 
essa formação ideal para o profissional intérprete de libras. Os cursos de 
educação profissional, de extensão universitária e de formação continuada são 
uma alternativa na qualificação de intérpretes, o que muitas vezes é 
insuficiente principalmente nas regiões afastadas dos grandes centros e polos 
urbanos. 
Nessas regiões as novas informações, as inovações na área, as 
pesquisas realizadas e o progresso no âmbito dos estudos e na formação do 
intérprete demoram a chegar ou ficam isoladas desses movimentos, o que 
revela também a pouca interação que os intérpretes dessas regiões têm com 
outros intérpretes e surdos de outras localidades do país. 
Portanto, a profissão de intérprete de Libras, agora oficializada por lei, 
fascina e instiga àqueles que querem seguir essa carreira, trazendo junto 
muitas inquietações, desafios e dificuldades próprias e específicas com 
perspectivas de buscar novos conhecimentos, melhores condições de 
formação e qualificação, reconhecimento e valorização e, acima de tudo, a 
realização e satisfação profissional comum em qualquer área de atuação 
profissional. 
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Referências bibliográficas deste texto: 
MARQUES, Rodrigo Rosso; OLIVEIRA, Janine Soares. O Fenômeno de Ser 
Intérprete. In: QUADROS, Ronice Müller; STUMPF, Marianne Rossi. Estudos 
Surdos IV, p. 394-406. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2009. 
QUADROS, Ronice Müller. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais 
e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de 
Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC; SEESP, 2004. 
QUADROS, Ronice Müller (Organizadora). Estudos Surdos III. Petrópolis, RJ: 
Arara Azul, 2008. 
SILVA, Ivanir Rodrigues. Línguas em contato e em conflito: a trajetória do aluno 
surdo na escola. In: Actas/Proceedings II Simpósio Internacional Bilinguismo, p. 
1807-1813. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O TRADUTOR / INTÉRPRETE DE LIBRAS NO CONTEXTO EDUCACIONAL: 
desafios linguísticos no processo tradutório 
 
Danielle Vanessa Costa Sousa 
 
 
 
Este artigo traz breves concepções teóricas acerca do 
tradutor/intérprete de língua brasileira de sinais (Libras) além de comentários 
sobre sua formação e atribuições. O objetivo principal das discussões entre os 
conceitos é demarcar as características deste profissional, enfatizando as 
competências e habilidades para uma atuação satisfatória. Destaca-se na 
prática do tradutor/intérprete um fator de interferência linguística, termos da 
língua portuguesa, que ainda não possuem sinais correspondentes em Libras 
em contextos específicos, o que pode ocasionar entraves linguísticos e 
ausência de agilidade e coerência nas interpretações. O objeto de estudo 
fundamentou-se em pesquisas empíricas e bibliográficas. 
O tradutor/intérprete de Libras é um profissional que atua em diferentes 
contextos. O seu campo de trabalho é bastante amplo, pois corresponde a 
necessidade comunicativa dos surdos. Apesar dessa diversidade no exercício 
da profissão, as instituições de ensino destacam-se como áreas de maiores 
atuações do tradutor/intérprete, em menores proporções estão à presença em 
conferências, seminários, na realização de traduções escritas e 
acompanhamento aos surdos. 
De acordo com Quadros (2007, p.7) o tradutor/intérprete de Libras é 
conceituado como “a pessoa que interpreta de uma dada língua de sinais para 
outra língua, ou desta outra língua para uma determinada língua de sinais”. 
Dentro desse processo interpretativo, língua de sinais para língua oral e vice-
versa destacam-se modalidades, competências e habilidades que o profissional 
deve envolver na sua prática. 
A atividade de traduzir/interpretar não deve ser entendida somente 
como um processo linguístico, é imprescindível que o profissional domine as 
línguas envolvidas e compreenda as ideias presentes nos discursos para além 
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das palavras, lembrando que em uma atividade de tradução/interpretação, 
além da gramática das línguas está a cultura, os aspectos sociais e emocionais 
presentes no contexto a ser interpretado. 
 
(…) o trabalho de interpretação não pode ser visto, 
apenas, como um trabalho linguístico. É necessário que 
se considere a esfera cultural e social na qual o discurso 
está sendo enunciado, sendo, portanto, fundamental, 
mais do que conhecer a gramática da língua, conhecer o 
funcionamento da mesma, dos diferentes usos da 
linguagem nas diferentes esferas de atividade humana. 
Interpretar envolve conhecimento de mundo, que 
mobilizado pela cadeia enunciativa, contribui para a 
compreensão do que foi dito e em como dizer na língua 
alvo; saber perceber os sentidos (múltiplos) expressos 
nos discursos. (LACERDA, 2009,

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