Buscar

AVAL FINAL DISCURSIVA - HIST DA AMÉRICA - MINHA RESP NOTA 10,00 5 JUL 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

15/07/2020 UNIASSELVI - Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Portal do Aluno - Portal do Aluno - Grupo UNIASSELVI 
Acadêmico: Crispiniano Batista Quintela Filho (1915099) 
Disciplina: História da América (HIS26) 
Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX ( Cod.:514360) ( peso.:4,00) 
Prova: 20890315 
Nota da Prova: 10,00 
 
1. Certa vez, os índios vinham ao nosso encontro para nos receber, à distância de dez léguas de uma grande vila, com víveres e 
viandas delicadas de toda espécie e outras demonstrações de carinho. E tendo chegado ao lugar deram-nos grande quantidade 
de peixe, de pão e de outras viandas, assim como tudo quanto puderam dar. Mas eis incontinenti que o Diabo se apodera dos 
espanhóis e que passam a fio de espada, na minha presença e sem causa alguma, mais de três mil pessoas, homens, mulheres 
e crianças, que estavam sentadas diante de nós. Eu vi ali tão grandes crueldades que nunca nenhum homem vivo poderá ter 
visto semelhantes (LAS CASAS, 1542) 
A contundente narrativa faz parte da obra "Brevíssimo relato de destruição das Índias" do dominicano Las Casas. 
Em sua narrativa, representou os conquistadores e colonos espanhóis como "tiranos, ladrões e torturadores" e deu detalhes 
sobre as torturas praticadas contra os povos originários no novo mundo. 
A historiografia traz diversas narrativas sobre a América Espanhola; terra marcada por múltiplas violências. O seu processo de 
colonização teve como ponto de partida a evangelização e interesses econômicos. 
De acordo com os estudos de Viana e Marques (2010, p. 69) "os religiosos europeus que empreenderam o processo de 
evangelização na América hispânica estavam movidos pelo espírito da Contra-Reforma católica e pelos ideais triunfalistas 
próprios do século XVI". 
Do ponto de vista econômico, disserte sobre os objetivos iniciais dos espanhóis com relação à América e também sobre as 
atividades econômicas secundárias desenvolvidas nas novas terras e os trabalhadores responsáveis por essas atividades. 
FONTE: VIANA, Larissa; MARQUES, Lincoln dos Santos. História da América I. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2010. 268 p. 
Disponível em: <file://grupouniasselvi.local/RDS/Users/82718148934/Downloads/47015.pdf>. Acesso em: 19 
jul.2017.https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php 1/2 15/07/2020 
 
RESPOSTA ESPERADA: 
A Espanha começou o processo de conquista e dominação dos povos que viviam na Mesoamérica no final do século XV e assim como 
os portugueses, tinham como objetivo inicial as transações econômicas e principalmente, a encontrar e explorar nas novas terras o ouro, 
a prata e pedras preciosas. Contudo, para explorar os metais preciosos e manter os colonos nas terras, era preciso desenvolver outras 
atividades complementares ou secundárias como, por exemplo: a produção agrícola, a confecção de vestimentas e ferramentas para o 
trabalho, a produção e comercialização de animais etc. Os trabalhadores responsáveis por desenvolver as atividades econômicas na 
América Espanhola eram os índios, os africanos escravizados, os mestiços. 
 
 
 
 
 
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php%201/2%2015/07/2020
 
 
 
RESPOSTA DO UNIVERSITÁRIO: 
As primeiras investidas espanholas na América ocorreram a partir da Ilha de São Domingos e Haiti (Ilha Hispaniola), de onde 
partiram Hernán Cortez e Francisco Pizarro para a conquista respectiva dos povos Asteca (México) e Inca (Peru). 
Os metais preciosos, em falta na Europa, sobravam na América, e foi um dos principais motivos da colonização espanhola, cuja 
metrópole adotava o mercantilismo (balança comercial favorável) que tinha como lastro o metal. 
Para estabelecer o controle sobre suas colônias, a Espanha dividiu-as em 4 vice-reinos: Nova Espanha (México); Nova Granada 
(Colômbia e Equador); Peru; e Rio da Prata (Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina). Ao lado deles, criou 4 capitanias gerais: Cuba, 
Guatemala, Venezuela e Chile. Para administrá-los o rei nomeava vice-reis e capitães-gerais que tinham poderes abrangentes. Os 
governantes contavam com a ajuda das audiências – tribunais responsáveis pela justiça, Igreja e Forças Armadas. 
Outro organismo de governo eram os cabildos – espécies de câmaras municipais, que controlavam a polícia, fixavam impostos 
e faziam as leis das vilas e cidades. 
Igreja e realeza trabalhavam juntas e se auxiliavam mutuamente para controlar as colônias econômica e socialmente: o Papa 
concedeu ao rei o direito de administrar os interesses da Igreja nas Américas, tendo como contrapartida a expansão do catolicismo. Para 
isso havia duas frentes: as missões (aldeamento para catequizar os índios, integrando-os aos costumes europeus) e os tribunais da 
Inquisição – instalados na Nova Espanha e no Peru (que julgavam os hereges – contrários à fé cristã). 
O sistema colonial voltou-se exclusivamente para a obtenção de metais preciosos. E uma das áreas mais importantes foi o 
golfo do México, onde se localizava o porto de Vera Cruz. Dali saíam ouro e prata ruma à Sevilha, cuja casa de contratação controlava o 
comércio colonial ultramarino. 
Os trabalhadores responsáveis por essas atividades dividiam-se em diversas categorias. 
Os Índios e africanos (estes últimos comprados dos portugueses prioritariamente pras lavouras) ocupavam o piso da pirâmide 
social e trabalhavam nas minas escravizados. 
Para disfarçar a escravidão indígena, instituiu-se a figura das encomiendas: o dono das terras deveria cristianizar os índios, 
conquistando em troca o “direito” de receber deles (índios) um pagamento em trabalho. 
Havia também a mita (de origem inca): modalidade de trabalho forçado que tinha, como base da mão de obra, a utilização de 
alguns homens pertencentes a comunidades dominadas. Era usada particularmente na exploração das minas (como a de Cerro Rico de 
Potosí – na atual Bolívia) por aproximadamente quatro meses, sendo que após esse período, novos trabalhadores eram sorteados para 
uma mesma jornada. 
A prática da mita trouxe efeitos devastadores sobre a saúde daqueles que eram escolhidos para o trabalho compulsório, e 
contribuiu significativamente para a desestruturação de inúmeras comunidades indígenas andinas. 
Havia também os mestiços: oriundos da interação entre brancos e índios. Trabalhavam como homens livres, mas, além de não 
terem muito prestígio, eram explorados tanto no campo como na cidade. 
Os espanhóis que vinham da Espanha e que ocupavam altos cargos na administração (chapetones) gozavam de privilégios, 
em contraposição aos seus descendentes (criollos) nascidos na América e que possuíam grandes propriedades rurais, arrendavam minas, 
e ocupavam cargos de menor expressão na administração e na defesa pública. Ocupavam o topo da pirâmide socioeconômica. 
Com o passar do tempo e a miscigenação, a população nas colônias cresceu e as necessidades aumentaram, o que contribuiu 
para recrudescer as atividades econômicas secundárias: gêneros alimentícios, vestuários, ferramentas, agropecuária, e demais atividades 
complementares passaram a servir de base para sustentar a manutenção dos colonos – os quais buscaram, durante mais de 3 séculos, 
a prosperidade econômica por intermédio da extração de riquezas minerais nas Américas. 
 
2. O Grupo de Oficiais Unidos tomou o poder na Argentina em 1943, pois não concordavam com o retrocesso político, econômico 
e social que teve início em 1930 e, ainda, com a medidas tomadas por governos civis que tornavam o país progressivamente 
dependente da Inglaterra. Em meio a esse cenário, inicia a história política de Juan Perón, um jovem oficial do Grupo de Oficiais 
Unidos que representava o segmento nacionalista na Argentina. Partindo do pressuposto, disserte sobre a trajetória política de 
Perón e quais foram as medidas que implementou em seu governo que o tornaram tão popular. 
 
RESPOSTA ESPERADA: 
 Perón estava à frente da Secretaria do Trabalhoe tratou de devolver as leis trabalhistas conquistada pelos trabalhadores e pelas 
organizações sindicais e, ainda, aumentou o salário dos argentinos. Com essas medidas, Perón ganhou o apoio das massas, mas 
desagradou a Junta Militar que governava o país e foi preso em 1945, o que fez crescer ainda mais a sua popularidade. Perón também 
tratou de incentivar a modernização, industrialização da Argentina e as exportações de gênero agrícola, que encontravam um amplo 
mercado consumidor. Ocorre que, com o término da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava destruída e necessitava importar todo tipo 
de produto, sobretudo, gêneros agrícolas de outras regiões do mundo, o que contribuiu muito para o desenvolvimento econômico da 
Argentina e demais países da América Latina. https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php 
 
RESPOSTA DO UNIVERSITÁRIO: 
Juan Perón surgiu no cenário político num momento histórico em que a Argentina estava abandonando a tradicional e arcaica 
economia agrícola exportadora, para se lançar no processo de modernização de sua economia rumo à industrialização, propiciando o 
surgimento de lideranças que rompessem com as velhas oligarquias. 
Durante os anos 30, conhecido como a Década Infame, a Argentina vivia um período de retrocesso – tanto nas questões políticas 
quanto nas sociais: acabaram com o salário mínimo, achataram os salários dos operários, sindicatos foram fechados e, além do mais, 
havia a submissão do País a interesses estrangeiros com quem praticava um comércio baseado na troca desigual de produtos 
industrializados por matérias primas – particularmente com a Inglaterra – que ainda se utilizava de barreiras sanitárias, fitossanitárias, 
tarifárias e protecionistas, além de contratos abusivos de empresas britânicas (de ferrovias, de utilidade pública, frota mercante e de terras) 
que colocavam a economia do País sob forte dominação estrangeira. 
Por outro lado, ao final da década de 30, a economia internacional estava em crise – devido ao colapso capitalista e ao crack da 
bolsa de NY. 
Durante a industrialização e a urbanização, surgidas no período de apoio aos países envolvidos na II GM, novas forças políticas 
surgem na Argentina – operários e setores médios (estudantes, intelectuais e militares) que passaram a responsabilizar o monopólio 
político das antigas oligarquias. 
Ante toda essa situação, surge o militar Juan Domingo Perón – pertencente ao partido do Grupo de Oficiais Unidos (GOU) – que 
assumiu o poder do País em 1943, com a promessa de devolver a moralização, a modernização e restaurar a democracia no país. 
Chefiando o Departamento Nacional do Trabalho e do Bem-estar Social, o coronel Perón tornou-se o homem forte do novo regime e 
estabeleceu uma sólida base de apoio junto à classe operária, através da legislação trabalhista e previdenciária: pensão para aposentados, 
férias remuneradas e maiores salários. Com isso ganhou popularidade junto às massas, fato que desagradou a junta militar que governava 
o País. Em outubro de 45, no ano em que se tornara Ministro da Guerra e Vice-presidente, e após uma conspiração da Marinha que o 
retirou da vice-presidência para colocá-lo na prisão, Perón foi libertado graças à mobilização popular encorajada por seus seguidores do 
Exército, da Igreja e da política. Como consequência, seu carisma junto ao povo cresceu ainda mais, levando-o à presidência em 1946. 
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/notas/request_gabarito_n2.php
Até 1950, a Argentina – com divisas acumuladas e o comércio de produtos agrícolas de clima temperado abastecendo fartamente o 
mercado europeu pós-guerra (que absorvia grande parte dos produtos de outras regiões do mundo para a sua manutenção e 
reconstrução), conseguiu amealhar recursos para as suas obras de infraestrutura, melhorando a qualidade de vida da população 
argentina. 
Seguindo na esteira da prosperidade econômica, Juan Perón adotou uma política de conciliação de classes sociais a fim de alcançar 
um desenvolvimento econômico autônomo. E com o apoio operário mantido pela política social paternalista, administrada com eficiência 
por Eva Perón – sua esposa e “fada madrinha” dos humildes (os descamisados) e porta-voz das reivindicações trabalhistas – Perón 
aumentou o controle do Estado sobre a economia, nacionalizou os serviços públicos (ferrovias, telefones, gás, transportes públicos e 
algumas empresas de energia elétrica), defendeu reformas sociais limitadas para manter o seu apoio popular, investiu nas indústrias de 
base – com a finalidade de fornecer matéria-prima e energia a baixo custo para o setor privado, promulgou leis trabalhistas, aumentou o 
salário da classe trabalhadora, garantiu o aumento da taxa de emprego, de assistência médica, mantendo e ampliando as conquistas 
sociais em prol do povo – o que garantiu a solidez e a legitimidade de seu governo, além de torná-lo extremamente popular.

Outros materiais