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1° Ano - Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

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Nome da Escola 
Nome do Estudante 
Ano/Ciclo 
1º Ano 
Ciências 
Humanas 
EM 
 
 
 
Coordenação Geral 
Rosa Maria Araújo Luzardo 
Irene de Souza Costa 
 
Equipe de Coordenação 
Adriano Sabino Gomes 
Edwaldo Dias Bocuti 
Isaltino Alves Barbosa 
Lucia Aparecida dos Santos 
Simone de Barros Berte 
Richard Carlos da Silva 
 
Grupo de trabalho 
Adriana Nezeir de Almeida Duarte - CBA- História 
Cristiane dos Santos Silva - Líder de Equipe 
Francisco Miranda Filho - ROO - Geografia 
Gerson Ribeiro da Rosa - Geografia 
Karina Aparecida Geraldo - CBA - História 
Maureci Moreira de Almeida -PLA - Filosofia 
Patrícia Simone da Silva Carvalho - Sociologia - Líder de Equipe 
 
 
Revisores 
Waldney Jorge de Lisboa– Revisor 
Suleima Cristina Leite de Moraes – Revisora 
 
Audiovisual 
Mizael Teixeira Silva 
 
 
 
 
 
Realização 
 
Mauro Mendes Ferreira 
Governador do Estado de Mato Grosso 
 
Otaviano Olavo Pivetta 
Vice-Governador de Mato Grosso 
 
Marioneide Angélica Kliemachewsk 
Secretária de Estado de Educação de Mato Grosso 
 
Rosa Maria Araújo Luzardo 
Secretária Adjunta de Gestão Educacional 
 
Richard Carlos da Silva 
Superintendente de Políticas de Educação Básica 
 
Adriano Sabino Gomes 
Superintendente de Políticas de Desenvolvimento Profissional 
 
Rosangela Maria Moreira 
Superintendente de Políticas de Gestão Escolar 
 
Lúcia Aparecida dos Santos 
Superintendente de Políticas de Diversidades Educacionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. HISTÓRIA. 
 
Os Primeiros Seres Humanos (Tales Pinto) 
A origem dos seres humanos gera inúmeras divergências. Inúmeras origens são 
apontadas em decorrência das respostas dadas à pergunta: de onde viemos? Ou talvez: como 
surgimos? 
 
Durante milhares de anos, e até hoje, grande parte das civilizações respondeu a essas 
perguntas tendo por base suas percepções religiosas do mundo. Gregos, hindus, vikings, 
judeus, entre outros, acreditam que o ser humano surgiu a partir da criação de uma divindade, 
ou de várias divindades. Essas explicações se inserem no que se convencionou chamar de 
criacionismo, a explicação de que o ser humano foi criado em algum momento por uma 
divindade. 
Mas com o desenvolvimento do racionalismo na Europa ocidental e as pesquisas 
empíricas, passou-se a criar teorias científicas para explicar a origem do ser humano a partir 
de um processo evolutivo iniciado há bilhões de anos. Essas teorias e as pesquisas que dão 
base a elas estão sujeitas a constantes questionamentos e continuações, alterando-se de 
acordo com os resultados alcançados. No que se refere à origem do ser humano, há mais 
dúvidas que certezas sobre uma origem precisa. As pesquisas paleológicas e arqueológicas 
possibilitam ver similitudes entre os seres humanos e algumas espécies de macacos, o que 
 CIÊNCIAS HUMANAS 
Unidade 
2 
 
 
leva a argumentar sobre a existência de um ancestral comum. Só que em algum momento 
houve uma divisão evolutiva, que teria originado os macacos e os seres humanos como os 
conhecemos. 
Algumas pesquisas apontam que os hominídeos teriam dado origem ao ser humano. 
Os hominídeos seriam uma família que incluiria o gênero australopithecus e também o 
gênero humano. Dentre os australopithecus, encontram-se o australopithecus animensis, que 
teria vivido entre 4,2 a 3,9 milhões de anos atrás, e o australopithecus afarensis, que 
possivelmente habitava a Terra há 3,9 a 3 milhões de anos. Os dois possivelmente 
caminhavam sobre dois pés. 
Do gênero homo, o primeiro hominídeo seria o homo habilis, que viveu há 2,4 a 1,5 
milhões de anos, fabricando instrumentos grosseiros de pedra, além de desenvolver uma 
linguagem rudimentar. 
Do homo habilis teria descendido o homo erectus. Habitou a África e depois alcançou 
a Europa, a Ásia e a Oceania, por volta de 1,8 milhões e 300 mil anos atrás. Descobriu o 
fogo, passou a cobrir o corpo e utilizar instrumentos e ferramentas mais precisas, 
provavelmente também elaborou melhor sua linguagem, frente às novas experiências 
adquiridas. 
Descendente do homo erectus foi o homo neanderthalensis, que conviveu com o 
homem moderno, mas não se sabe os motivos que o levaram a desaparecer. Viveu entre 230 e 
30 mil anos atrás, criando armas e ferramentas sofisticadas, além de enterrar seus mortos com 
flores e objetos. 
Também do homo erectus descendeu o homo sapiens, desenvolvedor de sofisticadas 
ferramentas, objetos de trabalho, linguagem muito bem articulada e uma diversidade cultural 
espantosa. Ele próprio acredita que descende tanto dos deuses quanto do homo erectus. 
Continua violento como seus antepassados. Surgiu há cerca de 120 mil anos e ainda hoje 
habita as cidades e os campos do mundo. 
 
1.2. Nossa Espécie 
 
Os humanos atuais são resultado de grupos distintos, que viveram em várias regiões e 
em habitats variados, desde florestas a desertos, uma diversidade que resultou nas atuais 
características da espécie Homo sapiens. 
 
 
O trabalho, liderado por Eleanor Scerri, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, 
e que teve a colaboração do pesquisador do Instituto Gulbenkian de Ciência em Portugal 
Lounes Chikhi, defende, ao contrário das teses prevalecentes, que “milênios de separação 
deram origem a uma desconcertante diversidade de formas, uma mistura” de antepassados 
que acabou por moldar as espécies humanas. 
“A evolução das populações humanas na África foi multirregional. Nossos 
antepassados foram multiétnicos. E a evolução do nosso material cultural foi multicultural”, 
afirma Eleanor Scerri no estudo. 
Os antropólogos salientam que os humanos atuais não derivam de uma única 
população de antepassados, com origem em uma só região da África, como é aceito e 
referido com frequência em várias áreas do conhecimento. 
O trabalho, publicado esta semana nos Trends in Ecology and Evolution, vem 
desafiar a visão estabelecida com base no estudo de ossos, artefatos de pedra e análises 
genéticas, a que se juntaram reconstituições mais detalhadas do clima e habitats da África, 
nos últimos 300 mil anos. 
Os cientistas defendem que é necessário “olhar para todas as regiões da África para 
compreender a evolução humana e resumem suas conclusões em uma expressão: “uma 
espécie, várias origens”. 
Scerri aponta que utensílios de pedra e outros artefatos encontrados em vários locais 
são de diferentes períodos. “Há uma tendência continental para uma cultura material mais 
sofisticada, mas essa ‘modernização’ claramente não tem origem em uma região ou não 
ocorre em um único período de tempo”, afirma. 
Quanto aos fósseis humanos, “quando olhamos para a morfologia dos ossos humanos 
nos últimos 300 mil anos, vemos uma complexa mistura de características arcaicas e 
modernas em diferentes locais e em diferentes períodos de tempo”, explica Chris Stringer, 
pesquisador no London Natural History Museum, que também participou do estudo. 
Na análise genética, “é difícil conciliar os padrões que vemos nos africanos vivos e o 
DNA extraído dos ossos dos africanos que viveram nos últimos 10 mil anos com a existência 
de uma população humana ancestral”, explica ainda Mark Thomas, especialista nessa área e 
cientista na Universidade College London. 
O estudo agora divulgado não põe em questão a teoria geralmente aceita de que após 
surgir como espécie distinta, o Homo sapiens coexistiu durante bastante tempo com outras 
 
 
espécies de humanos, como o Homo floresiensis, o Homo neanderthalensis ou o Homo 
naledi, que foram desaparecendo face à expansão da espécie humana atual. 
 
Artefatos culturais encontrados em várias regiões da África (Foto: Eleanor Scerri / 
Francesco d’Errico / Christopher Henshilwood) 
 
 
Sugestão de vídeo aula: Disponível em: <https://youtu.be/oBLYb636tFA>. Acesso em: 14 
abr. 2020. 
 
Referências: 
Disponível em: <https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/primeiros-seres-humanos.htm>. Acesso em: 13 abr.2020. 
Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/580846-a-origem-do-homem-na-
africa-acaba-de-ser-reescrita-de-novo>. Acesso em: 14 abr.2020. 
 
 
2. GEOGRAFIA. 
 
1. Estrutura interna da Terra –Aula 01 
 
Na unidade anterior você aprendeu os conceitos referente à paisagem e ao espaço 
geográfico. Agora vamos estudar a Estrutura interna da Terra. Você já parou para pensar 
como o interior da Terra funciona e como ele afeta a superfície? 
https://youtu.be/oBLYb636tFA
https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/primeiros-seres-humanos.htm
https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/primeiros-seres-humanos.htm
http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/580846-a-origem-do-homem-na-africa-acaba-de-ser-reescrita-de-novo
http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/580846-a-origem-do-homem-na-africa-acaba-de-ser-reescrita-de-novo
 
 
Os cientistas já desvendaram uma série 
de mistérios da natureza. Mas no que se refere à 
estrutura interna da Terra ainda existe muito 
que se descobrir. O poço super profundo de 
Kola na Rússia foi o ponto mais profundo feito 
pelo homem na crosta terrestre, com 
aproximadamente 12 km de profundidade. 
Entretanto, com base em experiências indiretas, 
foi possível inferir a composição interna do 
nosso planeta, sendo que os estudos das 
camadas da Terra são realizados na superfície e 
seguem duas abordagens, uma segundo a 
composição química e a outra conforme o comportamento físico. Nesta unidade (aula ) 
estudaremos as camadas da Terra de acordo com sua composição química. 
As camadas por composição química. 
A crosta é a fina camada da superfície terrestre, e corresponde a uma faixa com 
profundidades entre 30 km e 70 km nos continentes e nos oceanos esta profundidade varia 
entre 5 km e 10 km, composta por rochas sólidas constituídas por oxigênio, silício, alumínio, 
magnésio e ferro. 
O manto compreende a segunda camada, representa 83% do volume da Terra, possui 
2.900 quilômetros de extensão e conserva uma temperatura elevada que atinge 3.400ºC. O 
minério responsável pela formação dessa camada da Terra é o magma, constituído por silício 
e magnésio. 
O núcleo é formado por minerais como ferro e níquel, corresponde a 16% do volume 
do planeta e está dividido em núcleo externo com composição líquida e núcleo interno com 
composição sólida. Acredita-se que seu interior seja composto por níquel e ferro, daí a 
denominação “nif”. 
 
2. Minerais e rochas. 
 
Os minerais são compostos químicos inorgânicos, com uma composição 
estabelecida, cristalizados e formados a partir de processos inorgânicos ou também oriundos 
 
 
de asteróides ou meteoritos que atingiram o planeta. Quando agrupados, dão origem aos 
diferentes tipos de rochas sendo empregados para diversos fins econômicos. 
Entretanto, as rochas são formadas por um conjunto de minerais sólidos resultante em 
sua grande maioria da união natural de minerais. A crosta terrestre é formada por diversos 
tipos de rochas, sendo classificadas de acordo com sua origem: magmáticas, sedimentares e 
metamórficas. O Granito é uma rocha magmática resultante da união natural dos minerais de 
quartzo, feldspato e mica, conforme pode ser observado na imagem abaixo. 
Fonte: Disponível em: <https://www.google.com/search?q=fotos+de+mica&tbm>. Acesso em: 14 abr. 2020. 
 
3. Vamos agora aprender como são formadas as rochas. 
 
Rochas ígneas ou magmáticas: são formadas a partir da solidificação do magma ou 
lava vulcânica. Costumam apresentar uma maior resistência. E se dividem em dois tipos: 
Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas: são aquelas 
que surgem a partir do resfriamento do magma expelido em 
forma de lava por vulcões, formando a rocha na superfície e em 
áreas oceânicas. Como nesse processo a formação da rocha é 
rápida, ela apresenta características diferentes das rochas 
intrusivas. Um exemplo é o basalto. 
 
Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas: são aquelas que se formam no interior da 
Terra, geralmente nas zonas de encontro entre a astenosfera e a 
litosfera, em um processo constitutivo mais longo. Elas surgem na 
superfície somente através de afloramentos, que se formam graças ao 
movimento das placas tectônicas, como ocorre com a constituição 
das montanhas. Exemplo: gabro 
Disponível em:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/tipos-rochas.htm. Acesso em 14 abr. 2020 
 
3. Vamos estudar sobre a formação das rochas magmáticas e as rochas 
sedimentares 
https://www.google.com/search?q=fotos+de+mica&tbm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/tipos-rochas.htm.%20Acesso%20em%2014%20abr.%202020
 
 
 
Rochas metamórficas: são as rochas que surgem a partir de outros tipos de rochas 
previamente existentes (rochas-mãe) devido à decomposição das delas 
durante o processo, o que é chamado de metamorfismo. Quando a rocha 
original é transportada para outro ponto da litosfera que apresenta 
temperatura e pressão diferentes do seu local de origem, ela altera as suas 
propriedades mineralógicas, transformando-se em rochas metamórficas. Exemplo: mármore. 
Rochas sedimentares: são rochas formadas a partir do acúmulo de sedimentos, que 
são partículas de rochas. Uma rocha preexistente sofre com as ações dos 
agentes externos ou exógenos de transformação do relevo, desgastando-se e 
segmentando-se em inúmeras partículas; em seguida, esse material (pó, 
argila, etc.) é transportado pela água e pelos ventos para outras áreas, onde se 
acumulam e, a uma certa pressão, unem-se e solidificam-se novamente 
(diagênese), formando novas rochas. Exemplo: calcário. 
Fonte: Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/tipos-rochas.htm>. Acesso em: 14 abr. 
2020. 
 
Sugestão de vídeo aula: Estrutura da terra. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=-TQTuVGXPU4>. Acesso em: 14 abr. 2020. 
(Geografia/Geologia: A estrutura da Terra. Parte II). Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=MhWX3rDItJs>. Acesso em: 14 abr. 2020. (Estrutura 
da Terra Parte I) 
- Rochas e Minerais. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9wvphUyN8ME>. 
Acesso em: 14 abr. 2020. 
 
 
3. FILOSOFIA. 
 
A Alegoria da caverna
1
 – Platão
2
 
 
1
 A Alegoria da caverna também é conhecida como “O mito da caverna”. 
2Texto extraído do autor: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 
6.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/tipos-rochas.htm%3e
https://www.youtube.com/watch?v=-TQTuVGXPU4
https://www.youtube.com/watch?v=MhWX3rDItJs
https://www.youtube.com/watch?v=9wvphUyN8ME
 
 
 
SÓCRATES
3
: Imagine [alguns] homens que vivem em uma espécie de morada subterrânea 
em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os homens 
estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não 
podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz 
lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o 
fogo, há um caminho que sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, 
semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima 
do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo. 
GLAUCO: Entendo. 
SÓCRATES: Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo tipo 
de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de 
animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material. Provavelmente, entre os carregadores 
que desfilam ao longo do muro, alguns falam, outros se calam. 
GLAUCO: Estranha descrição e estranhos prisioneiros! 
SÓCRATES: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles 
tinham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhosque o fogo projeta na 
parede da caverna à sua frente? 
GLAUCO: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar 
com a cabeça imóvel? 
SÓCRATES: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam? 
GLAUCO: É claro. 
SÓCRATES: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que 
veem, pensariam nomear seres reais? 
GLAUCO: Evidentemente. 
SÓCRATES: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um 
dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz pela 
da sombra que desfila à sua frente? 
GLAUCO: Sim, por Zeus. 
SÓCRATES: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar 
nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados. 
 
3
O presente texto apresenta alguns recortes e acréscimos realizados para facilitar a fluência da leitura. Isso não 
implicará em prejuízo para a compreensão do mesmo. 
 
 
GLAUCO: Não poderia ser de outra forma. 
SÓCRATES: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e 
curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses 
homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a olhar para 
o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado e não poderia 
distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras, anteriormente. Na sua opinião, o que 
ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas sem consistência, que 
agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais reais, e que está vendo 
melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, 
obrigando-o, com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as 
sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram 
agora? 
GLAUCO: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras. 
SÓCRATES: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, 
que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria 
verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram? 
GLAUCO: Sem dúvida alguma. 
SÓCRATES: E se o tirassem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho 
montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria 
ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo seu brilho, 
não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem verdadeiros. 
GLAUCO: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos. 
SÓCRATES: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele 
distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros objetos 
refletidas na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá 
contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da lua mais 
facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol. 
GLAUCO: Sem dúvida. 
SÓCRATES: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em 
outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é. 
GLAUCO: Certamente. 
 
 
SÓCRATES: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que produz 
as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum modo, a causa 
de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna. 
GLAUCO: É indubitável que ele chegará a essa conclusão. 
SÓCRATES: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se 
possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança e teria 
pena deles? 
GLAUCO: Claro que sim. 
SÓCRATES: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto 
às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para discernir a 
passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se lembrar com exatidão 
daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que vêm juntas, e que, por isso 
mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria depois, acha que nosso homem teria 
inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam 
inveja? Ele não pensaria antes [...] que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e 
suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá? 
GLAUCO: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive 
lá. 
SÓCRATES: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu 
antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir 
diretamente do sol? 
GLAUCO: Naturalmente. 
SÓCRATES: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em 
competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está 
confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais 
para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, 
depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até 
lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem 
agarrá-lo e executá-lo, não o matariam? 
GLAUCO: Sem dúvida alguma, eles o matariam. 
SÓCRATES: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que 
dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na 
prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação 
 
 
do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te 
enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma 
possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso, eis o que me aparece 
tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem, 
que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de 
tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo 
inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é 
preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública. 
GLAUCO: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo. 
 
Sugestão de vídeo aula: Para compreender um pouco mais a “Alegoria da caverna”. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZBAyHVlzRV0>. Acesso em: 14 abr. 
2020. 
 
 
4. SOCIOLOGIA. A sociologia como ciência 
 
Vamos estudar sobre a Sociologia como ciência capaz de interpretar e sistematizar 
nossos modos de ser, pensar, agir e sentir em sociedade. 
 
 A Sociologia é uma das três Ciências Sociais, ao lado da Antropologia e da Ciência 
Política. Sem dúvida, ela é a mais popular das três, sendo não só a mais estudada, como 
também a mais compreendida. 
A ciência sociológica nos ajuda a compreender determinados fenômenos sociais, 
como a violência, a corrupção e o desemprego. Por meio da análise sociológica, podemos 
também apontar caminhos para solucionar alguns destes fenômenos, contribuindo assim para 
a justiça e a igualdade social. 
Torna-se importante salientar que a formação da Sociologia é também resultado do 
processo de consolidação da sociedade capitalista. Esse campo de estudo só pode se 
manifestar porque havia um ambiente social favorável ao seu surgimento. 
Naquele momento, de grande desenvolvimento industrial na Europa, tornou-se 
fundamental criar uma ciência capaz de compreender a dinâmica da sociedade para, 
 
 
inclusive, incrementara produção de mercadorias, a fim de torná-la mais eficiente, rápida e 
barata. Assim, a Sociologia, serviu para aprimorar a lógica capitalista. 
No entanto, como já dizia Michel Foucault, onde há poder, há resistência. Revoltado 
com a exploração dos trabalhadores na sociedade capitalista, Karl Marx surge como o 
primeiro grande pensador da Sociologia preocupado com a igualdade e a justiça social. 
 
Exploração capitalista. Fonte: Disponível em: < http://bit.ly/2PfnZJM>. 
Acesso em: 14 abr. 2020. 
 
Marx, como você já deve ter ouvido falar, foi um pensador extremamente crítico do 
modo de produção capitalista, apontando seu caráter desigual, excludente e explorador. 
Marx analisou a sociedade alemã do século XIX, porém seu modelo irá servir para 
compreender todas as sociedades capitalistas da época, o que nos ajuda a compreender 
também alguns problemas sociais que perduram em nossas sociedades capitalistas 
contemporâneas. 
De lá para cá, sociólogos e sociólogas vêm aperfeiçoando o estudo da Sociologia, 
buscando não apenas entender melhor os fenômenos sociais, como também evidenciar a 
importância de pensar sobre eles para que possamos viver em uma sociedade mais justa, 
igualitária, harmoniosa e feliz. 
A Sociologia busca superar a visão do senso comum, que costuma ser carregada de 
pressupostos e preconceitos. 
A ciência sociológica nos mostra que uma opinião é diferente de uma análise crítica, 
pois enquanto a primeira se reduz a um comentário baseado na própria experiência, a segunda 
está ancorada na pesquisa, no conhecimento científico sobre dado assunto. 
Todos e todas temos direito a ter opiniões sobre qualquer assunto, mas achar que 
nossas opiniões podem servir de base para analisar a sociedade e apontar caminhos para o 
http://bit.ly/2PfnZJM
 
 
desenvolvimento da mesma é um pensamento errôneo e perigoso que a Sociologia busca 
combater. 
A Sociologia é uma ciência tão importante como a Química, a História, a Biologia e a 
Matemática, sendo seu estudo, em todos os níveis do ensino básico, fundamental para o 
aprimoramento do ser humano, como cidadão crítico que vive em sociedade. 
 
Sugestão de vídeo aula: Contexto histórico-social do surgimento da Sociologia - 
Sociologia - Prof. Leandro Vieira. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=KNbJ_IonWuU>. Acesso em: 14 abr. 2020. 
 
Referência 
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio. 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 
2010. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=KNbJ_IonWuU

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