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Ética e Estatuto da OAB

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Ética e Estatuto da OAB/Aula 02 - Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional - Cínthia de Bittencourt Biesek.pdf
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO 
BRASIL. ESTÁGIO PROFISSIONAL
Livro Eletrônico
CÍNTHIA BIESEK
Professora de Cursinhos para Concurso Público. 
Chefe da Assessoria Jurídica do 1º Ofício da 
Procuradoria do Trabalho do Município de 
Criciúma. Atuou na produção biográfica de 
livro e artigos.
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Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional
Profª. Cínthia Biesek
Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional .....................8
1. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil ..............................................8
2. Estágio Profissional ...............................................................................28
Resumo ...................................................................................................32
Mapa Mental ............................................................................................40
Questões de Concurso ...............................................................................41
Gabarito ..................................................................................................58
Gabarito Comentado .................................................................................59
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Olá, querido(a) aluno(a)! Tudo bem? Espero que sim!
Preparado(a) para arrasar na sua prova e garantir sua aprovação no Exame de 
Ordem Unificado da OAB? Certamente sim, não é mesmo?! Então, vamos lá!
O exame, que avalia a capacitação de bacharéis em Direito para exercer a ad-
vocacia no Brasil, é promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil, e orga-
nizado sob a responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Antigamente, 
o certame era realizado em cada Estado da Federação, mas, a partir de 2010, tor-
nou-se nacional e unificado, sendo a mesma prova aplicada a todos os brasileiros.
A prova é composta de duas fases, sendo que a primeira conta com oitenta 
questões objetivas de múltipla escolha, referentes a todas as disciplinas inte-
grantes do currículo mínimo do curso de Direito, fixadas pela Resolução n. 9/2004 
do Conselho Nacional de Educação (Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Pro-
cessual Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito Processual do Tra-
balho, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Tributário 
e Processual Tributário), além de Direitos Humanos, Código do Consumidor, Esta-
tuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental, Direito Internacional, Filosofia 
do Direito, Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, e Código de 
Ética e Disciplina da OAB.
Saliento que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% de questões versando 
sobre Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, Código de Ética e 
Disciplina, Direitos Humanos e Filosofia do Direito.
Inicialmente, o percentual pode parecer pequeno, mas você deve levar em con-
sideração o extenso volume de matérias que serão cobradas na prova, bem como 
o número de tópicos e assuntos presentes em cada uma delas. Assim, tendo em 
vista a praticidade de estudos quanto à Ética e ao Estatuto da OAB, a nossa matéria 
merece sua atenção especial.
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Você precisa saber que a FGV poderá formular questões que reflitam a juris-
prudência pacificada nos Tribunais Superiores. Desse modo, vamos apreciar 
e abordar o posicionamento das Cortes nacionais.
Na segunda fase, é realizada a avaliação prático-profissional. Ela é compos-
ta por redação de peça profissional acerca de tema da área jurídica de opção do 
examinando e por resposta a 4 questões discursivas, sob a forma de situações-
-problema, também relativas à área de conhecimento escolhida por você.
Vamos com calma, ok? Antes de se preocupar com a segunda fase, vamos 
direcionar nossa atenção para a primeira etapa. As questões da prova objetiva 
serão do tipo múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C e D) e uma única 
resposta, de acordo com o comando da questão. Cada questão da prova objetiva 
vale 1 ponto, e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões. 
Considera-se aprovado nessa fase quem obtiver o mínimo de 50% de acertos, 
ou seja, 40 pontos ou mais.
A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que, como 
dito acima, representa um grande número de questões e um pequeno conte-
údo, quando comparada às demais. Assim, com as nossas aulas vamos abordar os 
temas principais e garantir essas questões, combinado!?
A prova poderá ser realizada por todos os estudantes que estiverem matricula-
dos nos últimos dois semestres ou no último ano do curso de graduação em Direi-
to, não sendo pré-requisito possuir o grau de bacharel. Eu sei que durante a 
graduação há muitas atividades (principalmente nas fases finais!), além de outras 
questões que dependem de você para serem resolvidas (colação de grau, forma-
tura, pós-graduação etc) – incluindo a dúvida sobre qual carreira seguir! Mas, se 
você chegou até aqui, significa que está decidido a prestar o exame da ordem. 
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Por ter apostado no método Gran Cursos OAB, sua aprovação será o nosso 
foco! Vamos fazer isso com maestria, empenhando todos os esforços que fo-
rem necessários!
O nosso método de estudo será direcionado para a resolução de questões. 
É claro que leremos a legislação trazida sobre o assunto, analisando todos os arti-
gos separadamente, com comentários individualizados, bem como a contextuali-
zação dos conceitos trazidos na lei. Contudo, diante do perfil da banca organiza-
dora (FGV), que não cobra apenas conhecimentos literais, mas, sim, sua aplicação 
em casos concretos, vamos precisar praticar muito resolvendo provas antigas, 
para que você consiga identificar o “perfil” das questões, não confundir a matéria e 
não cair em pegadinhas clássicas da banca.
Como o nosso método de estudo será focado na individualização dos artigos, na 
inserção de comentários e na resolução de questões, a regra
será trazer os artigos 
do Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo complementar, vamos 
adicionar os artigos e princípios estabelecidos no Código de Ética e Disciplina da 
Ordem dos Advogados do Brasil (CED-OAB) e no Regulamento Geral do Estatu-
to da OAB, pois os diplomas legais são complementares. Dessa forma, quando não 
houver referência, o artigo trata do Estatuto da OAB, caso contrário, vamos utilizar 
a sigla referente ao Código de Ética: CED-OAB ou mencionar o Regulamento Geral. 
Combinado!?
Portanto, querido(a) aluno(a), fique tranquilo(a)! Vamos esmiuçar todo o conte-
údo do edital, e garantir que, com a leitura atenta dessas aulas, você vá confiante 
para a prova, tendo a garantia de que todos os temas importantes foram estudados.
Para facilitar a compreensão e não tornar maçante a leitura das aulas, fiz a se-
guinte divisão da matéria:
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Cronograma das Aulas
AULA CONTEÚDO
01 Atividade de Advocacia. Advocacia Pública. Honorários Advocatícios.
02 Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. Estágio Profissional.
03 Direitos e Prerrogativas do Advogado. Desagravo Público.
04 Ética do Advogado. Regras Deontológicas Fundamentais. Publicidade. Sigilo Profissional.
05 Infrações e Sanções Disciplinares.
06 Processo na OAB: Processo Disciplinar e Recursos. Tribunal de Ética e Disciplina.
07 Sociedade de Advogados. Advogado Empregado.
08 Incompatibilidade e Impedimentos.
09
Composição da OAB - Conselho Federal, Conselho Pleno, Órgão Especial, Câmaras, Ses-
sões, Conferências e Colégios de Presidentes; Conselho Seccional, Subseção e Caixa de 
Assistência dos Advogados. Eleições e Mandato.
Suporte
Estou à disposição para sanar todas as dúvidas que surgirem no decorrer da 
aula. Não hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei 
exemplos, explicarei de forma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas 
tenho certeza de que, se a dúvida for esclarecida, você seguirá seus estudos de for-
ma eficaz e não esquecerá do assunto tratado. Caso contrário, um pequeno detalhe 
que não foi esclarecido poderá comprometer sua preparação.
Não existem dúvidas irrelevantes. Portanto, contate-me sempre que julgar ne-
cessário.
Grande abraço e bons estudos!
Seja imparável!
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ESTÁGIO PROFISSIONAL
1. Inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil
A atividade da advocacia integra as funções essenciais à justiça, sendo o ad-
vogado indispensável à administração da justiça (art. 133 da Constituição 
Federal de 1988), defensor do Estado democrático de Direito, dos direitos 
humanos e das garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da 
Justiça e da paz social, exercendo o seu ministério em consonância com sua 
elevada função pública.
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação 
de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O Estatuto de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil estabelece o preen-
chimento dos seguintes requisitos para inscrição nos quadros da OAB:
Capítulo III
Da Inscrição
Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:
I – capacidade civil;
II – diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino 
oficialmente autorizada e credenciada;
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
IV – aprovação em Exame de Ordem;
V – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
VI – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o conselho.
Quanto à capacidade, você já deve ter estudado em Direito Civil que ela pode 
ser dividida em dois atributos, mas vou refrescar sua memória!
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A pessoa natural, ao nascer com vida, adquire personalidade jurídica, de acordo 
com o artigo 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do 
nascituro”. Com isso, ao nascer a pessoa adquire personalidade jurídica e passa a 
ser sujeito de direito e obrigações, possuindo, então, capacidade de direito ou 
de gozo.
Perceba que a capacidade de direito ou de gozo é limitada, em razão da inap-
tidão para que o possuidor pratique pessoalmente os atos da vida civil – 
um bebê, por exemplo, não é capaz de expressar sua vontade, não é mesmo? Fal-
ta, desse modo, capacidade de fato ou de exercício, que é adquirida, em regra, 
quando a pessoa completa 18 (dezoito) anos de idade (art. 5º, Código Civil).
Segundo Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho1 (2017):
Todo ser humano tem, assim, capacidade de direito, pelo fato de que a personali-
dade jurídica é atributo inerente à sua condição. [...] Nem toda pessoa, porém, 
possuía aptidão para exercer pessoalmente os seus direitos, praticando atos jurí-
dicos, em razão de limitações orgânicas ou psicológicas.
Se puderem atuar pessoalmente, possuem, também, capacidade de fato ou de 
exercício. Reunidos os dois atributos, fala-se em capacidade civil plena.
Veja que, no contexto do nosso estudo, quando a lei fala em capacidade civil 
não é suficiente a capacidade de direito, pois esta é inerente a todas as pessoas, 
sendo necessária a conjugação das duas espécies para que a pessoa adquira 
capacidade plena.
1 GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2017.
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Quanto ao tema, é conveniente destacar que a incapacidade cessará para 
os menores pela colação de grau em curso superior (art. 5º, parágrafo único, 
inciso IV, do Código Civil). Tal possibilidade é prevista pela Lei de Diretrizes e Ba-
ses da Educação, que autoriza que alunos com extraordinário aproveitamento 
nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação 
específicos, aplicados por banca examinadora especial, possam ter abreviada 
a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino 
(art. 47, § 2º, Lei n. 9.394/1996).
De acordo com
Paulo Lobo (2017)2,
Antes de completar 18 anos, pode haver a inscrição do interessado, se for 
comprovada sua graduação no curso jurídico. O Código Civil (art. 5º, inciso IV, 
parágrafo único) inclui a graduação universitária como causa de maioridade civil, sem 
necessidade de emancipação concedida pelos pais. Nesse caso, o diploma é a prova 
da capacidade civil.
A exigência de diploma parece óbvia, mas devemos entender que é possível a 
substituição do diploma pela certidão de graduação em Direito, uma vez que 
o futuro advogado, tendo já concluído a graduação, não pode ser prejudicado pela 
instituição de ensino pela demora na emissão do diploma, o documento formal.
A certidão, nesse caso, irá atestar que o aluno concluiu a graduação e é 
bacharel em Direito, estando apto a adentrar no mercado de trabalho.
De acordo com o artigo 23 do Regulamento Geral da OAB, na falta de diploma 
regularmente registrado, o requerente apresentará certidão de graduação em Di-
reito, acompanhada de cópia autenticada do respectivo histórico escolar. 
Ademais, a lei exige que a instituição de ensino seja autorizada e credencia-
da junto ao Ministério da Educação e Cultura (MEC).
2 LOBO, Paulo. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 2017.
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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394/1996) prevê que a auto-
rização e o reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituições 
de educação superior, terão prazos limitados. Desse modo, é dever da instituição 
renovar periodicamente seu credenciamento e manter-se regular perante 
o MEC.
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu no sentido de que, se a instituição não 
providenciar o reconhecimento do curso de bacharelado em Direito, o aluno fica 
impossibilitado, em que pese aprovado no exame da OAB, de obter a inscrição de-
finitiva de advogado:
LEGISLAÇÃO DE ENSINO. RECURSO ESPECIAL. CURSO SUPERIOR NÃO 
RECONHECIDO PELO MEC. IMPOSSIBILIDADE DE EXERCER A PRO-
FISSÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. 
DANO MATERIAL NÃO RECONHECIDO. DANO MORAL. VALOR. REVISÃO PELO 
STJ. MONTANTE EXORBITANTE OU IRRISÓRIO. CABIMENTO. 1. O art. 535 do 
Código de Processo Civil permanece incólume quando o Tribunal de origem 
manifesta-se suficientemente sobre a questão controvertida, apenas ado-
tando fundamento diverso daquele perquirido pela parte. 2. A Lei de Dire-
trizes e Bases da Educação - LDB (Lei n. 9.394/1996) exige sejam os 
cursos reconhecidos por prazo limitado de validade, sendo renovado o reco-
nhecimento, periodicamente, após processo regular de avaliação (art. 46). 
Regulamentando tal disposição, foi emitida a Portaria n. 877 de 1997, então 
vigente, que dispunha que o reconhecimento de cursos superiores deve-
riam ser requeridos a partir do terceiro ano, quando se tratar de curso com 
duração superior a cinco. 3. A instituição de ensino que oferece curso 
de bacharelado em Direito sem providenciar o reconhecimento deste 
no Ministério da Educação e Cultura (MEC), antes de sua conclusão - 
resultando na impossibilidade de aluno, aprovado no exame da OAB, 
obter inscrição definitiva de advogado -, responde objetivamente pelo 
serviço defeituoso. 4. O requerente à inscrição no quadro de advogados da 
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OAB, na falta de diploma regularmente registrado, apresenta certi-
dão de graduação em Direito, acompanhada de cópia autenticada do 
respectivo histórico escolar, por licença do art. 23 do Regulamento da 
Advocacia. De todo modo, o diploma ou certidão devem ser emitidos por 
instituição de ensino que esteja reconhecida pelo Ministério da Educação. 
A ausência do reconhecimento do curso impede a inscrição. Preceden-
tes. 5. No caso concreto não foi demonstrado dano material efetivo. Depre-
ende-se de sua exordial que o autor somente pretendeu indenização por 
danos materiais com fundamento em lucros cessantes, tendo sido o pleito 
acatado pelas instâncias ordinárias, motivo pelo qual esta Corte não pode 
reconhecer a teoria da perda de uma chance, sob pena de julgamento extra 
petita. 6. O montante arbitrado a título de danos morais comporta revisão 
pelo Superior Tribunal de Justiça nas hipóteses em que for claramente irri-
sório ou exorbitante. Precedentes. 7. Recurso especial parcialmente provido. 
(REsp 1244685/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, 
julgado em 03/10/2013, DJe 17/10/2013).
Faço uma ressalva quanto ao estrangeiro ou ao brasileiro não graduado 
em Direito no Brasil que deve fazer prova do título de graduação obtido na ins-
tituição estrangeira, o qual será devidamente revalidado, além de demonstrar o 
cumprimento dos demais requisitos previstos neste artigo (§ 2º, art. 8º).
A exigência do título de eleitor está associada ao conceito de cidadão e ao 
pleno gozo dos direitos civis e políticos por parte do requerente da inscrição 
brasileiro (art. 14, § 1º, CF/88).
O serviço militar, por sua vez, consiste no exercício de atividades específicas, 
desempenhadas nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), obrigató-
rio para todos os brasileiros, ficando isentas as mulheres em tempo de paz 
(art. 143, CF/88).
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Desse modo, apenas os requerentes do sexo masculino devem cumprir a exi-
gência de quitação do serviço militar.
Outro pressuposto um tanto quanto óbvio é a aprovação no Exame de Or-
dem. A obrigatoriedade de realização do exame decorre diretamente do princípio 
da liberdade profissional condicionada à qualificação, previsto no artigo 5º, 
inciso XIII, da CF/88: “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, 
atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”.
Acrescento, apenas para aprofundar seu estudo, que o dispositivo trazido acima 
é um clássico exemplo de norma de eficácia contida, observada a classificação 
da aplicabilidade das normas constitucionais proposta por José Afonso da 
Silva, a qual é tida como norma apta a produzir todos os seus efeitos, desde 
a promulgação da Constituição Federal de 1988, mas que pode ser (discricionarie-
dade) restringida pelo legislador.
No caso, diante da relevância da atuação do profissional advogado, e ten-
do em vista também o múnus público relacionado com o ministério da advocacia, 
é necessária a verificação da qualificação técnica do profissional antes de sua 
inserção no mercado de trabalho.
Sobre o requisito, destaco que já foi questionada a constitucionalidade da 
obrigatoriedade de realização do exame, através do Recurso
Extraordinário n. 
603.583, no qual foi reconhecida a repercussão geral do tema e proferida decisão 
reconhecendo a constitucionalidade do exame:
TRABALHO – OFÍCIO OU PROFISSÃO – EXERCÍCIO. Consoante disposto no 
inciso XIII do artigo 5º da Constituição Federal, “é livre o exercício de qual-
quer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer”. BACHARÉIS EM DIREITO – QUALIFICAÇÃO. Alcança-se a 
qualificação de bacharel em Direito mediante conclusão do curso respectivo e 
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colação de grau. ADVOGADO – EXERCÍCIO PROFISSIONAL – EXAME DE 
ORDEM. O Exame de Ordem, inicialmente previsto no artigo 48, inciso III, da 
Lei n. 4.215/1963 e hoje no artigo 84 da Lei n. 8.906/1994, no que a atuação 
profissional repercute no campo de interesse de terceiros, mostra-se 
consentâneo com a Constituição Federal, que remete às qualificações 
previstas em lei. Considerações. (RE 603583, Relator(a): Min. MARCO AURÉ-
LIO, Tribunal Pleno, julgado em 26/10/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPER-
CUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-102 DIVULG 24-05-2012 PUBLIC 25-05-2012 
RTJ VOL-00222-01 PP-00550)
Também é indispensável a leitura de parte do voto do Ministro Marco Aurélio, 
relator, no qual menciona que:
Destarte, o desempenho da advocacia por indivíduo de formação técnica defi-
ciente poderá causar prejuízo irreparável ou, quando menos, de difícil reparação 
ao seu constituinte. A representação judicial despreparada pode custar a um in-
divíduo a sua liberdade, o imóvel em que reside, a guarda de seus filhos; a con-
sultoria jurídica prestada por profissional desprovido da necessária habilitação 
técnica pode submeter o seu cliente a sanções gravosas, ocasionando prejuí-
zos capazes de fechar empresas. Por essas razões, existe justificativa plausível 
para a prévia verificação da qualificação profissional do bacharel em Direito 
para que possa exercer a advocacia. Sobreleva, in casu, interesse coletivo relevante 
na aferição da capacidade técnica do indivíduo que tenciona ingressar no exercício 
profissional das atividades privativas do advogado.
Além do mais, entre as alegações do recorrente, está a inconstitucionalidade 
do § 1º do artigo 8º do Estatuto, no qual é estabelecido que o Exame da Or-
dem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB, uma vez 
que, no entendimento do recorrente, a delegação legislativa da regulamentação do 
Exame ao Conselho fere o princípio da reserva legal previsto na Constituição Federal.
A alegação foi afastada sob o argumento de que a OAB, apesar de ser uma en-
tidade privada, exerce um serviço público independente, considerada categoria 
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ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro 
(sui generis), que não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscali-
zação profissional. Portanto, possui atribuição para regulamentar o exercício 
profissional, já que a exigência de aprovação no exame da ordem advém da 
lei formal (Lei n. 8.906/1994 – Estatuto da OAB).
Para a inscrição como advogado é necessário, ainda, que o requerente não 
exerça atividade incompatível com a advocacia. O Estatuto determina que a 
advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades 
(art. 28):
I – chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus subs-
titutos legais;
II – membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e 
conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, 
bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de delibera-
ção coletiva da administração pública direta e indireta;
III – ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração 
Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas 
ou concessionárias de serviço público;
IV – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qual-
quer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;
V – ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade 
policial de qualquer natureza;
VI – militares de qualquer natureza, na ativa;
VII – ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arre-
cadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
VIII – ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, 
inclusive privadas.
Todas as hipóteses de impedimento serão estudadas mais detalhadamente nas 
nossas próximas aulas. Fique tranquilo(a): por ora, a leitura do dispositivo acima 
é suficiente.
A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, porém deter-
minável após ser efetuada análise do caso concreto. O dicionário Aurélio conceitua 
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idoneidade como “característica de quem aparenta ser honesto; qualidade da pes-
soa apta a desempenhar funções, cargos ou trabalhos. Qualidade do que é idôneo, 
que convém de modo perfeito ou é adequado”.
Segundo Paulo Lobo3 (2017),
O sexto requisito é a idoneidade moral. É um conceito indeterminado (porém deter-
minável), cujo conteúdo depende da mediação concretizadora do Conselho competente, 
em cada caso. Os parâmetros não são subjetivos, mas decorrem da aferição obje-
tiva de standards valorativos que se captam na comunidade profissional, no tempo e no 
espaço, e que contam com o máximo de consenso na consciência jurídica.
De maneira geral, não são compatíveis com a idoneidade moral atitudes e com-
portamentos imputáveis ao interessado, que contaminarão necessariamente 
sua atividade profissional, em desprestígio da advocacia.
O Pleno do Conselho Federal da OAB editou as Súmulas n. 06/2018, n. 
9/2019 e n. 10/2019, referentes à idoneidade, com os seguintes enunciados:
SÚMULA N. 06/2018/COP - INSCRIÇÃO. IDONEIDADE.
Nos processos de inscrição, o Conselho competente poderá suscitar incidente 
de apuração de idoneidade, quando se tratar de pessoa que de forma grave 
ou reiterada tenha ofendido as prerrogativas da advocacia, asseguran-
do-se o contraditório e a ampla defesa (DOU, Seção 1, 07.06.2018, p. 129).
SÚMULA N. 09/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA 
A MULHER. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. Requisitos para a 
inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Inidoneidade moral. 
A prática de violência contra a mulher, assim definida na “Convenção Intera-
mericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – ‘Con-
venção de Belém do Pará’ (1994)”, constitui fator
apto a demonstrar a 
ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos 
quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho 
Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, p. 3).
3 LOBO, Paulo. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. São Paulo: Saraiva, 2017.
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SÚMULA N. 10/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
FÍSICA OU MENTAL. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB.
Requisitos para a inscrição nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil. Ini-
doneidade moral. A prática de violência contra crianças e adolescentes, idosos 
e pessoas com deficiência física ou mental constitui fator apto a demonstrar 
a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos 
quadros da OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho 
Seccional a análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, pp. 3/4).
O Estatuto determina que a inidoneidade moral poderá ser suscitada por 
qualquer pessoa, e deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mí-
nimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em 
procedimento que observe os termos do processo disciplinar (§ 3º, artigo 8º).
Ademais, há presunção legal de inidoneidade quando ocorrer a condenação 
por crime infamante, salvo reabilitação judicial (§ 4º), conforme destaca Lobo 
(2017):
Há uma hipótese taxativa de inidoneidade moral, dada sua gravidade, contida no 
§ 4º do art. 8º e que merece destaque: a do crime infamante. Não é qualquer cri-
me, mas aquele, entre os tipos penais, que provoca o forte repúdio ético da comu-
nidade geral e profissional, acarretando desonra para seu autor, e que pode gerar 
desprestígio para a advocacia se for admitido seu autor a exercê-la. Infamante é 
conceito indeterminado, de delimitação difícil, devendo ser concretizado caso a caso 
pelo Conselho Seccional.
[...]
A extinção da punibilidade da prescrição punitiva não afasta a existência do 
fato tipificado como crime, notadamente se infamante. É infamante e atentatório à 
dignidade da advocacia o crime de estelionato e de falsificação documental, impedindo 
a inscrição do interessado nos quadros da OAB.
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Questão 1 (FGV/XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - OAB/2018) Lúcio pre-
tende se inscrever como advogado junto à OAB. Contudo, ocorre que ele passou 
por determinada situação conflituosa que foi intensamente divulgada na mídia, 
tendo sido publicado, em certos jornais, que Lúcio não teria idoneidade moral para 
o exercício das atividades de advogado.
Considerando que Lúcio preenche, indubitavelmente, os demais requisitos para a 
inscrição, de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa 
correta.
a) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado 
inscrito e deve ser declarada por meio de decisão da diretoria do conselho compe-
tente, por maioria absoluta, em procedimento que observe os termos do processo 
disciplinar.
b) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e 
deve ser declarada por meio de decisão de, no mínimo, dois terços dos votos de 
todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os ter-
mos do processo disciplinar.
c) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado 
inscrito e deve ser declarada por meio de decisão, por maioria absoluta, de todos 
os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do 
processo disciplinar.
d) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e 
deve ser declarada por meio de decisão, por maioria simples, do Tribunal de Ética 
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e Disciplina do conselho competente, em procedimento que observe os termos do 
processo disciplinar.
Letra b.
De acordo com o artigo 8º, § 3º, do Estatuto da OAB, a inidoneidade moral poderá 
ser suscitada por QUALQUER PESSOA, e deve ser declarada mediante deci-
são que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do 
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo 
disciplinar.
Podemos extrair do Estatuto que a idoneidade moral é avaliada constan-
temente, não sendo apenas um requisito para a inscrição nos quadros da OAB, 
uma vez que, como veremos adiante, constitui infração disciplinar tornar-se 
moralmente inidôneo para o exercício da advocacia, bem como praticar crime 
infamante (art. 34, incisos XXVII e XXVIII, do Estatuto da OAB), o que enseja a 
exclusão do advogado dos quadros da OAB (art. 38, inciso II).
Verifica-se que, nos casos de inidoneidade, vigora a independência das esfe-
ras criminal e administrativa, uma vez que uma não depende da outra, devendo 
ser proferida decisão administrativa, mesmo que haja processo penal em curso, 
porque as instâncias judicial e administrativa não se confundem.
Ademais, como no Brasil não são admitidas penas de caráter perpétuo, 
conforme determina a Carta Magna (art. 5º, inciso XLVII, alínea b), a inscrição 
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poderá ser requerida novamente se houver reabilitação judicial. Sobre o 
assunto, Lobo (2017) acrescenta:
De qualquer forma, após reabilitação regularmente deferida, está desimpedido para 
nova inscrição, porque no sistema jurídico brasileiro inexiste consequência perpétua 
da pena. Em simetria com a situação do que teve a inscrição cancelada por inves-
tir-se em cargo incompatível com a advocacia, por aplicação analógica do § 2º do 
art. 11 da Lei n. 8.906/1994, o reabilitado não necessita submeter-se ao Exa-
me de Ordem, nem juntar comprovação de título de eleitor e de quitação 
com o serviço militar quando pedir nova inscrição, pois seus documentos da 
inscrição anterior permanecem com o Conselho Seccional, que tem o dever perpé-
tuo de custódia.
Por fim, o último requisito para efetivar a inscrição como advogado é o ato so-
lene de prestar compromisso perante o Conselho, no qual o futuro
advogado 
compromete-se a exercer com nobreza ministério da advocacia.
O compromisso é indelegável em razão de sua natureza solene e persona-
líssima. O requerente à inscrição principal presta o seguinte compromisso perante 
o Conselho Seccional, a Diretoria ou o Conselho da Subseção (art. 20 do Regula-
mento Geral da OAB):
Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, 
os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem 
jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa apli-
cação das leis, a rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das 
instituições jurídicas.
Os requisitos vistos anteriormente não precisam ser preenchidos no mo-
mento em que o candidato se inscreve para realizar o Exame da Ordem, 
mas, sim, no momento em que solicita a inscrição definitiva perante os qua-
dros da OAB; ou seja, após a aprovação no exame.
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O Superior Tribunal de Justiça já decidiu nesse sentido, fazendo referência à 
súmula da Corte n. 266, referente aos concursos públicos. Vejamos:
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. CONSELHO PROFISSIONAL. EXAME 
DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. COMPROVAÇÃO DOS REQUI-
SITOS PARA INSCRIÇÃO NO CERTAME. IMPOSSIBILIDADE. ART. 8º DA 
LEI N. 8.906/1994 APLICAÇÃO ANALÓGICA DA SÚMULA N. 266 DESTA 
CORTE SUPERIOR.
1. Não se pode exigir que o preenchimento dos requisitos elencados no art. 8º 
da Lei n. 8.906/1994 se dê no momento das inscrições em quaisquer das 
fases do certame. Tal exigência só pode ser feita por conta da inscrição 
final nos quadros do conselho profissional. Incidência, com adaptações, 
da Súmula n. 266 desta Corte (REsp 984.193/SC, Segunda Turma, Rel. Min. 
Mauro Campbell Marques, DJe 12.9.2008). 2. A literalidade do art. 8º, inc. II, 
da Lei n. 8.906/1994 preconiza que o diploma ou certidão de graduação 
em direito será cobrado na oportunidade de inscrição como advogado. 
3. Não se pode exigir que o preenchimento dos requisitos elencados no art. 8º 
da Lei n. 8.906/1994 sejam comprovados desde o momento em que o candi-
dato se inscreve para o exame admissional. 4. Tal exigência presente no cer-
tame importa violação da legislação federal acima transcrita, e não mera norma 
infralegal - como quer a parte interessada no agravo. 5. Agravo regimental 
não provido. (AgRg no REsp 1099464/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/03/2010, DJe 12/04/2010).
SÚMULA N. 266
O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na 
posse e não na inscrição para o concurso público. (Súmula n. 266, TER-
CEIRA SEÇÃO, julgado em 22/05/2002, DJ 29/05/2002 p. 135).
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O advogado pode requerer o registro nos seus assentamentos de fatos com-
provados de sua atividade profissional ou cultural ou a ela relacionados e de 
serviços prestados à classe, à OAB e ao País (art. 21 do CED-OAB).
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo 
território o advogado pretende estabelecer o seu domicílio profissional, 
entendendo-se como domicílio a sede principal de advocacia. Em caso de dúvida, 
prevalece o domicílio da pessoa física do advogado (art. 10).
A atuação do advogado não fica restrita ao território de seu domicílio pro-
fissional, já que pode atuar em outros territórios, exigindo-se apenas a realização 
de inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais quando a intervenção judi-
cial exceder de cinco causas por ano (art. 10, § 2º).
Dessa forma, o advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual 
da profissão, até o total de cinco causas por ano, acima do qual obriga-se à inscri-
ção suplementar, nos termos do artigo 26 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB.
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No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade 
federativa, o advogado deve requerer a transferência de sua inscrição para o 
Conselho Seccional correspondente. O Conselho Seccional deve suspender o pe-
dido de transferência ou de inscrição suplementar ao verificar a existência de 
vício ou ilegalidade na inscrição principal, contra ela representando ao Conse-
lho Federal (art. 10, §§ 3º e 4º).
Os pedidos de transferência de inscrição de advogados são regulados em Pro-
vimento do Conselho Federal (art. 25 do CED-OAB).
São várias as possibilidades que ensejam o cancelamento da inscrição:
•	 quando o advogado requerer;
•	 quando sofrer penalidade de exclusão;
•	 quando falecer;
•	 quando passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível 
com a advocacia;
•	 quando perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição.
Apesar do cancelamento, poderá ser feito novo pedido de inscrição, que não 
restaura o número de inscrição anterior. Ao interessado cabe a prova dos requi-
sitos da capacidade civil (art. 8º, inciso I), do não desempenho de atividade in-
compatível (inciso V), de idoneidade moral (inciso VI), além de prestar novamente 
compromisso perante o Conselho (inciso VII) (art. 11, § 2º).
Como já mencionei acima, caso o cancelamento ocorra em razão de exclu-
são, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas 
de reabilitação judicial (§ 3º).
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O cancelamento será promovido de ofício em caso de aplicação de penalidade de 
exclusão, falecimento ou com o desempenho de atividade incompatível (art. 11, § 1º).
O profissional advogado poderá licenciar-se, se assim o requerer, por mo-
tivo justificado, quando passar a exercer, em caráter temporário, atividade 
incompatível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer doença mental 
considerada CURÁVEL (art. 12).
A respeito da doença mental curável, Lobo (2017) traz que:
A doença mental curável é a terceira e última hipótese de licenciamento, que perdu-
rará até que o interessado apresente laudo médico que declare sua recuperação 
definitiva. No caso de intermitência de insanidade mental, a doutrina tem entendido 
que se enquadra na
incapacidade civil absoluta prevista no Código Civil, sendo mais 
adequado o cancelamento. Como o licenciamento independe da interdição ju-
dicial, poderá ser promovido de ofício pelo Conselho Seccional, após submeter 
o inscrito a perícia médica, ou, em caso de recusa deste, com fundamento em provas 
irrefutáveis de sua instabilidade mental.
Durante o período em que o advogado estiver licenciado, ficará desobrigado 
do pagamento das anuidades, se assim expressamente requerer, conforme 
entendimento pacificado do Conselho Federal da OAB:
SÚMULA N. 03/2012/COP - ADVOGADO. OAB. PAGAMENTO DE ANUIDA-
DES. OBRIGATORIEDADE. SUSPENSÃO. LICENÇA.
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I – É obrigatório o pagamento de anuidades pelo advogado suspenso tempo-
rariamente de suas atividades profissionais. II – O advogado regularmente 
licenciado do exercício profissional não está sujeito ao pagamento das 
anuidades, sendo, contudo, obrigatória sua manifestação expressa de 
opção nesse sentido, presumindo-se, com a ausência de requerimento corres-
pondente, que pretende fazer jus aos benefícios proporcionados pela OAB, com 
a manutenção da obrigatoriedade do respectivo recolhimento (DOU, Seção 1, 
9.10.2012, p. 124).
O documento de identidade profissional é de uso obrigatório no exercício 
da atividade de advogado ou de estagiário, e constitui prova de identidade civil 
para todos os fins legais (art. 13).
De acordo com o artigo 32 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, são do-
cumentos de identidade profissional a carteira e o cartão emitidos pela OAB, 
sendo que o uso do cartão dispensa o da carteira.
É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos 
os documentos assinados pelo advogado no exercício de sua atividade, sendo 
vedado anunciar ou divulgar qualquer atividade relacionada com o exercício 
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da advocacia, ou o uso da expressão escritório de advocacia, sem indicação ex-
pressa do nome e do número de inscrição dos advogados que o integrem ou o 
número de registro da sociedade de advogados na OAB (art. 14).
O Regulamento Geral do Estatuto da OAB estabelece em seus artigos 33 e 34 
alguns critérios de padronização da carteira de identidade do advogado e do 
cartão. Portanto, recomendo a leitura breve dos dispositivos.
É conveniente destacar que os dados de identificação do advogado são os 
seguintes: número da inscrição, nome, nome social, filiação, naturalidade, data do 
nascimento, nacionalidade, data da colação de grau, data do compromisso e data 
da expedição, e à assinatura do Presidente do Conselho Seccional (art. 33, inciso 
III, do Regulamento Geral).
Ainda, temos que o nome social é a designação pela qual a pessoa travesti 
ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida e será inserido na identi-
ficação do advogado mediante requerimento (art. 33, parágrafo único, do Regu-
lamento Geral).
Por sua vez, quanto ao cartão de identidade, destaco que terá o mesmo mo-
delo e conteúdo do cartão de identificação pessoal (registro geral), com algumas 
adaptações.
O suporte material do cartão de identidade é resistente, devendo conter dis-
positivo para armazenamento de certificado digital.
No caso de inscrição suplementar o cartão será específico e indicará o nú-
mero da inscrição suplementar (em negrito ou sublinhado).
Os Conselhos Federal e Seccionais podem emitir cartão de identidade para os 
seus membros e para os membros das Subseções, acrescentando sua qualificação 
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de conselheiro ou dirigente da OAB e, no verso, o prazo de validade, coinci-
dente com o mandato (art. 33, § 2º, do Regulamento Geral).
O artigo 24 do Código de Ética e Disciplina da OAB estabelece a incumbência aos 
Conselhos Seccionais da OAB de alimentar, automaticamente, por via eletrônica, 
o Cadastro Nacional dos Advogados - CNA, mantendo as informações corres-
pondentes constantemente atualizadas.
§ 1º O CNA deve conter o nome completo de cada advogado, o nome social, o nú-
mero da inscrição, o Conselho Seccional e a Subseção a que está vinculado, o número 
de inscrição no CPF, a filiação, o sexo, a data de inscrição na OAB e sua modalidade, 
a existência de penalidades eventualmente aplicadas, estas em campo reservado, a fo-
tografia, o endereço completo e o número de telefone profissional, o endereço do correio 
eletrônico e o nome da sociedade de advogados de que eventualmente faça parte, ou 
esteja associado, e, opcionalmente, o nome profissional, a existência de deficiência de 
que seja portador, opção para doação de órgãos, Registro Geral, data e órgão emissor, 
número do título de eleitor, zona, seção, UF eleitoral, certificado militar e passaporte.
§ 2º No cadastro são incluídas, igualmente, informações sobre o cancelamento das 
inscrições.
§ 3º O Conselho Seccional em que o advogado mantenha inscrição suplementar 
deverá registrar a punição disciplinar imposta por outra Seccional, no CNA, em 
até 24 (vinte e quatro) horas, a contar da comunicação de que trata o art. 70, § 2º, do 
EAOAB.
De igual modo, aos Conselhos Seccionais da OAB incumbe alimentar, automati-
camente e em tempo real, por via eletrônica, o Cadastro Nacional das Socieda-
des de Advogados – CNSA, mantendo as informações correspondentes constan-
temente atualizadas, quais sejam (art. 24-A do CED-OAB):
§ 1º O CNSA deve conter a razão social, o número de registro perante a seccional, 
a data do pedido de registro e a do efetivo registro, o prazo de duração, o endereço 
completo, inclusive telefone e correio eletrônico, nome, nome social e qualificação de 
todos os sócios e as modificações ocorridas em seu quadro social.
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§ 2º Mantendo a sociedade filiais, os dados destas, bem como os números de inscrição 
suplementar de seus sócios, após averbados no Conselho Seccional no qual se localiza 
o escritório sede, serão averbados no CNSA.
§ 3º São igualmente averbados no CNSA os ajustes de associação ou de colaboração.
§ 4º São proibidas razões sociais iguais ou semelhantes, prevalecendo a razão 
social da sociedade
com inscrição mais antiga.
§ 5º Constatando-se semelhança ou identidade de razões sociais, o Conselho Federal da 
OAB solicitará, de ofício, a alteração da razão social mais recente, caso a sociedade 
com registro mais recente não requeira a alteração da sua razão social, acrescentando 
ou excluindo dados que a distinga da sociedade precedentemente registrada.
§ 6º Verificado conflito de interesses envolvendo sociedades em razão de identidade 
ou semelhança de razões sociais, em Estados diversos, a questão será apreciada pelo 
Conselho Federal da OAB, garantindo-se o devido processo legal.
2. Estágio Profissional
Do mesmo modo como é exigida a inscrição do profissional nos quadros da OAB 
para que exerça a atividade da advocacia e seja denominado advogado, é exigida 
a inscrição do estagiário de advocacia.
Relembro que o estagiário de advocacia, se regularmente inscrito, poderá pra-
ticar os atos privativos de advogado em conjunto com advogado e sob res-
ponsabilidade deste, observado o regimento geral (art. 3º, § 2º).
Por sua vez, são atividades privativas de advocacia (art. 1º): a postulação 
a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; as atividades de consultoria, 
assessoria e direção jurídicas, bem como a vistoria de atos e contratos constitutivos 
de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade.
Segundo o artigo 29 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, os atos de ad-
vocacia, previstos no art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário 
inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público.
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Entretanto, o estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os se-
guintes atos, sob a responsabilidade do advogado (§ 1º):
•	 I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
•	 II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou 
autos de processos em curso ou findos;
•	 III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou 
administrativos.
Ademais, para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode compa-
recer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do 
advogado (art. 29, § 2º, do Regulamento Geral).
O estágio profissional de advocacia, com duração de dois anos, realizado nos 
últimos anos do curso jurídico, pode ser mantido pelas respectivas institui-
ções de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos 
jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório 
o estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina (art. 9º, § 1º).
De acordo com o artigo 27 do Regulamento do Estatuto da OAB, o estágio pro-
fissional de advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à ins-
crição no quadro de estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem prática.
§ 1º O estágio profissional de advocacia pode ser oferecido pela instituição de 
ensino superior autorizada e credenciada, em convênio com a OAB, complemen-
tando-se a carga horária do estágio curricular supervisionado com atividades práticas 
típicas de advogado e de estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina, obser-
vado o tempo conjunto mínimo de 300 (trezentas) horas, distribuído em dois ou 
mais anos.
§ 2º A complementação da carga horária, no total estabelecido no convênio, pode 
ser efetivada na forma de atividades jurídicas no núcleo de prática jurídica da insti-
tuição de ensino, na Defensoria Pública, em escritórios de advocacia ou em setores 
jurídicos públicos ou privados, credenciados e fiscalizados pela OAB.
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§ 3º As atividades de estágio ministrado por instituição de ensino, para fins de 
convênio com a OAB, são exclusivamente práticas, incluindo a redação de atos pro-
cessuais e profissionais, as rotinas processuais, a assistência e a atuação em audiências 
e sessões, as visitas a órgãos judiciários, a prestação de serviços jurídicos e as técnicas 
de negociação coletiva, de arbitragem e de conciliação.
O estágio realizado na Defensoria Pública da União, do Distrito Federal ou dos 
Estados, na forma do artigo 145 da Lei Complementar n. 80/1994, é considerado 
válido para fins de inscrição no quadro de estagiários da OAB (art. 28 do Regu-
lamento Geral).
O estágio profissional de advocacia realizado integralmente fora da institui-
ção de ensino compreende as atividades fixadas em convênio entre o escritório 
de advocacia ou entidade que receba o estagiário e a OAB, nos termos do artigo 30 
do Regulamento Geral.
A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se 
localize seu curso jurídico, sendo necessário, para a inscrição, o preenchi-
mento dos seguintes requisitos:
I – capacidade civil;
II – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
III – não exercer atividade incompatível com a advocacia;
IV – idoneidade moral;
VII – prestar compromisso perante o Conselho;
VIII – ter sido admitido em estágio profissional de advocacia.
Caso o aluno de curso jurídico exerça atividade incompatível com a advoca-
cia, pode frequentar o estágio ministrado pela respectiva instituição de ensino 
superior, para fins de aprendizagem, vedada a inscrição na OAB (art. 9º, § 3º).
O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que 
queira se inscrever na Ordem (art. 9º, § 4º).
De acordo com o artigo 35 do Regulamento Geral do Estatuto da OAB, o cartão de 
identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão de identidade 
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do advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, em destaque, e do 
prazo de validade, que não pode ultrapassar três anos nem ser prorrogado.
O cartão de identidade do estagiário perde sua validade imediatamente após 
a prestação do compromisso como advogado.
Cada Conselho Seccional mantém uma Comissão de Estágio e Exame de 
Ordem, a quem incumbe coordenar, fiscalizar e executar as atividades decorrentes 
do estágio profissional da advocacia, que pode instituir subcomissões nas Subse-
ções, nos termos do artigo 31 do Regulamento Geral.
Compete ao Presidente do Conselho Seccional designar a Comissão, que 
pode ser composta por advogados não integrantes do Conselho.
Os convênios de estágio profissional e suas alterações, firmados pelo Presiden-
te do Conselho ou da Subseção, quando esta receber delegação de competência, 
são previamente elaborados pela Comissão, que tem poderes para negociá-los 
com as instituições interessadas.
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RESUMO
A advocacia integra as funções essenciais à justiça, sendo o advogado indis-
pensável à administração da justiça. Ele atua na defesa do Estado democrá-
tico de Direito, dos direitos humanos e das garantias fundamentais, da cida-
dania, da moralidade, da Justiça e da paz social, exercendo função pública.
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denomina-
ção de advogado são privativos dos inscritos na OAB.
São requisitos para inscrição como advogado: I - capacidade civil; II - diplo-
ma ou certidão de graduação em Direito, obtido em instituição de ensino ofi-
cialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço 
militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer 
atividade incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII - prestar 
compromisso perante o Conselho.
A capacidade civil, no caso, é a capacidade civil plena, que decorre da conju-
gação da capacidade de direito ou de gozo, inerente a todas as pessoas, com 
a capacidade de fato ou de exercício, adquirida, em regra, quando a pessoa 
completa dezoito anos. Atente-se ao fato de que a incapacidade poderá cessar 
para os menores pela colação de grau em curso superior.
O diploma é o documento formal emitido pela instituição de ensino con-
ferindo ao formando o grau de bacharel em Direito. O diploma pode ser substi-
tuído pela certidão de graduação em Direito, que irá atestar que o aluno con-
cluiu a graduação e é bacharel em Direito, devendo ser acompanhada de cópia 
autenticada do histórico escolar, segundo o Regimento Interno da OAB.
A instituição de ensino deve ser autorizada e credenciada junto ao Minis-
tério da Educação e Cultura (MEC). Caso contrário, o aluno fica impossibilitado 
de efetuar a inscrição definitiva nos quadros da Ordem.
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O estrangeiro ou o brasileiro, quando não graduado em Direito no Bra-
sil, além de preencher os demais requisitos, devem fazer prova do título de gra-
duação obtido na instituição estrangeira.
A exigência do título de eleitor está associada ao conceito de cidadão e ao 
pleno gozo dos direitos civis e políticos.
O serviço militar consiste no exercício de atividades específicas, desempe-
nhadas nas Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), obrigatório para 
todos os brasileiros, ficando isentas as mulheres em tempo de paz. Desse 
modo, apenas os requerentes do sexo masculino devem cumprir a exigência de 
quitação do serviço militar.
A aprovação no Exame de Ordem decorre diretamente do princípio da li-
berdade profissional condicionada à qualificação (artigo 5º, inciso XIII, da 
CF/88), pelo qual, ante a relevância da atuação do profissional advogado, 
faz-se necessária a verificação da qualificação técnica do profissional antes 
de sua inserção no mercado de trabalho.
É necessário que o requerente não exerça atividade incompatível com a 
advocacia, mesmo que em causa própria, como: chefe do Poder Executivo e 
membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; membros de 
órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos 
de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem 
como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de delibera-
ção coletiva da administração pública direta e indireta; ocupantes de cargos ou 
funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indire-
ta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias 
de serviço público; ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
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indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem servi-
ços notariais e de registro; ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; militares de qualquer 
natureza, na ativa; ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de 
lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições para-
fiscais; ocupantes de funções de direção e gerência em instituições finan-
ceiras, inclusive privadas.
A idoneidade moral é um conceito jurídico indeterminado, que poderá 
ser determinável após análise do caso concreto. O conceito de idoneidade é tido 
como uma “característica de quem aparenta ser honesto; qualidade da pessoa 
apta a desempenhar funções, cargos ou trabalhos. Qualidade do que é idôneo, que 
convém de modo perfeito ou é adequado”.
O Pleno do Conselho Federal da OAB editou, referente à idoneidade:
SÚMULA N. 06/2018/COP - INSCRIÇÃO. IDONEIDADE. Nos processos de 
inscrição, o Conselho competente poderá suscitar incidente de apuração de 
idoneidade, quando se tratar de pessoa que de forma grave ou reiterada 
tenha ofendido as prerrogativas da advocacia, assegurando-se o contra-
ditório e a ampla defesa (DOU, Seção 1, 07.06.2018, p. 129).
SÚMULA N. 09/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA 
A MULHER. ANÁLISE DO CONSELHO SECCIONAL DA OAB. [...] A prática de 
violência contra a mulher, assim definida na “Convenção Interamericana para 
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – ‘Convenção de Belém 
do Pará’ (1994)”, constitui fator apto a demonstrar a ausência de ido-
neidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, 
independente da instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a aná-
lise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, p. 3).
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SÚMULA N. 10/2019/COP - INIDONEIDADE MORAL. VIOLÊNCIA CONTRA 
CRIANÇAS E ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
FÍSICA OU MENTAL. [...]
A prática de violência contra crianças e adolescentes, idosos e pessoas com 
deficiência física ou mental constitui fator apto a demonstrar a ausência 
de idoneidade moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da 
OAB, independente da instância criminal, assegurado ao Conselho Seccional a 
análise de cada caso concreto (DEOAB, 21/03/2019, pp. 3/4).
A inidoneidade moral poderá ser suscitada por qualquer
pessoa, e deve 
ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos 
de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe 
os termos do processo disciplinar. Há presunção legal de inidoneidade quan-
do ocorrer a condenação por crime infamante, salvo reabilitação judicial. Além 
disso, será avaliada constantemente, não sendo apenas um requisito para a 
inscrição nos quadros da OAB, uma vez que a sua violação enseja a exclusão do 
advogado dos quadros da OAB.
O compromisso prestado perante o Conselho Seccional, a Diretoria ou o 
Conselho da Subseção é ato solene e personalíssimo e, portanto, indelegável, 
no qual o advogado promete exercer a advocacia com dignidade e independência, 
observando a ética, os deveres e prerrogativas profissionais.
Os requisitos não precisam ser preenchidos no momento em que o can-
didato se inscreve para realizar o Exame da Ordem, mas, sim, após a apro-
vação no Exame, no momento em que solicita a inscrição definitiva perante 
os quadros da OAB.
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo 
território o advogado pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Em 
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caso de dúvida, prevalece o domicílio da pessoa física do advogado. A atuação 
não fica restrita ao território de seu domicílio profissional, podendo atuar 
em outros territórios; exige-se, apenas, a realização de inscrição suplementar 
nos Conselhos Seccionais quando a intervenção judicial exceder cinco causas 
por ano.
O advogado fica dispensado de comunicar o exercício eventual da profissão, 
até o total de cinco causas por ano, acima do qual obriga-se à inscrição suple-
mentar.
No caso de mudança efetiva de domicílio profissional, deverá ser requerida 
a transferência da inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
A inscrição poderá ser cancelada nas seguintes hipóteses: quando o advo-
gado requerer; quando sofrer penalidade de exclusão; quando falecer; quando 
passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advoca-
cia; quando perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. 
Apesar do cancelamento, poderá ser feito novo pedido de inscrição, que não res-
taura o número de inscrição anterior, após a prova dos requisitos da capacidade 
civil, do não desempenho de atividade incompatível, de idoneidade moral, além da 
prestação de novo compromisso perante o Conselho. O cancelamento será pro-
movido de ofício em caso de aplicação de penalidade de exclusão, falecimento 
ou com o desempenho de atividade incompatível.
O profissional advogado poderá licenciar-se, se assim o requerer, por mo-
tivo justificado, quando passar a exercer, em caráter temporário, atividade 
incompatível com o exercício da advocacia, ou quando sofrer doença mental 
considerada curável. Durante o período em que o advogado estiver licenciado, 
ficará desobrigado do pagamento das anuidades, se assim expressamente re-
querer (Súmula n. 3/2012 - COP).
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O documento de identidade profissional é de uso obrigatório no exercício 
da atividade de advogado ou de estagiário, e constitui prova de identidade 
civil para todos os fins legais. São considerados documentos de identidade profis-
sional a carteira e o cartão emitidos pela OAB (o uso do cartão dispensa o da 
carteira).
Constarão nos documentos os seguintes dados de identificação do advogado: 
número da inscrição, nome, nome social, filiação, naturalidade, data do nascimen-
to, nacionalidade, data da colação de grau, data do compromisso e data da expe-
dição, e à assinatura do Presidente do Conselho Seccional.
O nome social é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se 
identifica e é socialmente reconhecida e será inserido na identificação do advogado 
mediante requerimento.
Aos Conselhos Seccionais da OAB incumbe alimentar, automaticamente, por 
via eletrônica, o Cadastro Nacional dos Advogados – CNA e o Cadastro Nacio-
nal das Sociedades de Advogados – CNSA, mantendo as informações corres-
pondentes constantemente atualizadas.
É exigida a inscrição do estagiário de advocacia nos quadros da OAB, sendo 
que, se o estagiário de advocacia estiver regularmente inscrito, poderá praticar 
os atos privativos de advogado em conjunto com advogado e sob responsa-
bilidade deste.
Os atos de privativos da advocacia podem ser subscritos por estagiário ins-
crito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público.
O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, 
sob a responsabilidade do advogado: retirar e devolver autos em cartório, 
assinando a respectiva carga; obter junto aos escrivães e chefes de secretarias 
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certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; assinar peti-
ções de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isola-
damente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se 
localize seu curso jurídico, sendo necessário, para a inscrição, o preenchi-
mento dos seguintes requisitos: capacidade civil; título de eleitor e quita-
ção do serviço militar, se brasileiro; não exercer atividade incompatível com 
a advocacia; idoneidade moral; prestar compromisso perante o Conselho; ter 
sido admitido em estágio profissional de advocacia.
O estágio profissional de advocacia tem duração de dois anos, sendo realiza-
do nos últimos anos do curso jurídico, mantido pelas respectivas institui-
ções de ensino superior, pelos Conselhos da OAB, ou por setores, órgãos 
jurídicos e escritórios de advocacia credenciados pela OAB, sendo obrigatório 
o estudo do Estatuto e do Código de Ética e Disciplina. Caso o aluno exerça 
atividade incompatível com a advocacia, pode frequentar o estágio ministra-
do pela respectiva instituição de ensino superior, para fins de aprendizagem, veda-
da a inscrição na OAB (§ 3º).
O estágio profissional poderá ser cumprido por bacharel em Direito que 
queira se inscrever na Ordem.
O cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do 
cartão de identidade do advogado, com a indicação de “Identidade de Estagiário”, 
em destaque, e do prazo de validade, que não pode ultrapassar três anos nem ser 
prorrogado. O cartão de identidade do estagiário perde sua validade

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