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MIP – UC8 VICTORIA CHAGAS SÍFILIS CONGÊNITA Afeta 1 milhão/ano de gestantes em todo o mundo. Detecção entre gestantes aumentou em 28,5%. Incidência de sífilis congênita aumentou 16,4%. Incidência de sífilis adquirida aumentou 31,8%. Agente etiológico: Treponema paliddum - Grupo das espiroquetas - Não é corada por gram e não pode ser cultivada - Anaeróbia facultativa - É exclusiva do ser humana e tem caráter sistêmico Transmissão: sexual, vertical, canal de parto, transfusão sanguínea e drogas injetáveis - Não confere imunidade protetora – ou seja as pessoas serão infectadas sempre quando expostas ao treponema paliddum História natural: infecção de múltiplos estágios e detalhado pela primeira vez em 1800 - O curso da sífilis não tratada consiste em fases sintomáticas entremeadas por períodos assintomáticos (latência) - Quando não tratadas, cerca de 35% das pessoas irão progredir para a cura espontânea, cerca de 35% permanecerão em latência por toda vida e restante progredirá para sífilis terciária. SÍFILIS 1ª → cancro duro (feridas no local inoculado) e as adenopatias SÍFILIS 2ª → fase papular (roséola sifilítica) → monolike → linfonodomegalia e bacterimia SÍFILIS LATENTE → assintomática e pode ser ainda no primeiro ano SÍFILIS 3ª/tardia → acomete vísceras e é letal (goma sifilítica, Neurosífilis e cardiovascular) SÍFILIS CONGÊNITA PRECOCE → 2 anos de vida - Exantema maculoso - Lesões bolhosas - Rinite mucossanguinolenta - Fissuras periorificiais - Hepatoesplenomegalia - Linfadenopatia - Osteocondrite, periostite ou osteíte (bebê demostra como irritação, não alimentação...) - Anemia - Hidropsia fetal. SÍFILIS CONGÊNITA TARDIA → > 2 anos de vida - Fronte olímpica - Tíbia em sabre - Articulações de clutton (efusão dos joelhos) - Nariz em sela - Alterações dentárias (dentes de hutchinson e molares em amora) - Ceratite intersticial (opacidade e inflamação da córnea → olho) - Lesão do 8º par (surdez e vertigem) - Hidrocefalia - Retardo mental ❖ TESTES DIAGNÓSTICOS • DIRETOS - Microscopia em campo escuro - Realizada nas lesões primárias como nas secundárias, em adultos e crianças - Amostra usada é o exsudado seroso das lesões ativas (deve ser livre de eritrócitos, restos de tecidos e outros microrganismos) - Sensibilidade de 74 a 86% - Especificidade pode alcançar 97%, dependendo da experiencia da técnica que realiza - Não é recomendada para material de lesões orais pois cavidade é geralmente colonizada por outras espiroquetas. - A não detecção do treponema pode indicar que a lesão provavelmente não é sifilítica, porém pode significar que: o número de bactérias não foi suficiente para detecção; lesão está próxima da cura natural ou o paciente recebeu tratamento sistêmico ou tópico. Nisso o exame de campo escuro negativo não exclui sífilis. • NÃO TREPONÊMICOS - VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) → uso de uma suspensão antigênica composta por uma solução alcoólica contendo cardiolipina, colesterol e lecitina purificada e utiliza soro inativado como amostra (anticorpos não específicos do treponema) - Os anticorpos não treponêmicos da amostra se ligam as cardiolipina nas micelas e formam grumos que são observados a olho nu ou no microscópio. - Testar amostra pura e diluída de 1:8 (evitar efeito prozona – gera falso negativo) • TREPONÊMICOS - Utilizam lisados completos de T. pallidum ou antígenos treponêmicos recombinantes e detectam anticorpos específicos (geralmente IgM e IgG) contra componentes treponemicos. - Os testes treponêmicos são os 1º a apresentar resultado reagente após infecção, sendo comuns na sífilis primaria. - Esses testes são úteis também nos casos em que os testes não treponêmicos apresentam pouca sensibilidade, como, por exemplo, na sífilis tardia. - Em aproximadamente 85% dos casos, os testes treponêmicos permanecem reagentes durante toda a vida nas pessoas que contraem sífilis, independentemente de tratamento. Dessa forma, não são úteis para o monitoramento da resposta a terapia (cicatriz sorológica) - TESTES: FTA-Abs (padrão ouro), ELISA, hemaglutinação (TPHA) e testes rápidos • TESTE RÁPIDO - Dedo médio, anelar ou indicador - Caso mão tiver fria pedir para esfregar mãos - Fazer assepsia e esperar álcool secar - Faça a punção digital e descarte lanceta - preencher alça coletora com sangue e coloque dentro do frasco de diluição - mexer por 10 segundos com tampa fechada - Colocar no poço 1 2 gotas, após 5 minutos linha verde e azul devem desaparecer - Adicionar 4 gotas no poço 2 - Leitura de 10 a 25 minutos - Teste só será validade se houver linha de controle (segunda linha) - Amostra reagente se houver linha de controle e teste 1ª que positiva → FTA-abs (treponêmico) → vai se manter na maioria positivo a vida toda VDRL → não treponêmico → permanece na fase 1ª, 2ª e latente Efeito prozona → devido ao grande número de anticorpos e acabam negativando teste ❖ FLUXOGRAMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE VDRL por si só não fecha diagnóstico pois dá muito falso positivo (por exemplo em doenças auto imunes) ❖ PRÉ-NATAL ❖ APLICANDO CONCEITOS VDRL positivo (+) FTA-Abs positivo (+) CONFIRMA SÍFILIS VDRL positivo (+) FTA-Abs negativo (-) OUTRA DOENÇA * VDRL negativo (-) FTA-Abs positivo (+) SÍFILIS INICIAL OU CURADA VDRL negativo (-) FTA-Abs negativo (-) AUSÊNCIA DE SÍFILIS OU PERÍODO DE INCUBAÇÃO * Não tem como treponêmico está (-) e não treponêmico (+) pois treponêmico positiva 1º ❖ CASO CLÍNICO 1 1) VDRL negativo + FTA-Abs positivo → sífilis inicial ou curada 2) Ao diluirmos o soro, o VDRL se tornou positivo. O que pode ter ocorrido? Pode ter ocorrido o efeito prozona que devido ao excesso de anticorpos e acabam negativando teste ❖ CASO CLÍNICO 2 1) Descreva o RX anterior e quais outros exames você pediria nesse caso. Periostite afetando fêmur e tíbia bilateralmente (lesão óssea) Realizar VDRL, em amostra de sangue periférico (O título do RN deve ser comparado com o da mãe, colhido no momento do parto, e será considerado positivo quando o título da criança for superior a 4 vezes o título materno. Porém, o teste pode resultar negativo se a mãe foi recentemente infectada ou, ainda se a mãe foi tratada na gestação e os títulos estão caindo) Amostra de sangue: hemograma, perfil hepático e eletrólitos; Avaliação neurológica, incluindo punção liquórica: células, proteínas, testes treponêmicos e não treponêmicos; Avaliação oftalmológica e audiológica ❖ QUESTÕES
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