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RESUMÃO CONSTITUCIONAL - certo

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RESUMO DO CONTEÚDO DA DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Professor: Jorge Radi Jr. 
Material de apoio (​em azul​): Curso de Direito Constitucional (Luiz Alberto David Araújo e Vidal 
Serrano) 
 
PRIMEIRO BIMESTRE 
 
AULA I - PARTE I - DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUCIONALISMO 
 
I. CONSTITUCIONALISMO 
 
1. Movimento Histórico: CONSTITUIÇÕES SÃO FRUTO DE REVOLUÇÕES (“nasce da miséria 
humana”) > insatisfação com o poder absolutista (frança) e com a metrópole (américa) > 
regramento jurídico para construir outro país (contrato) 
a) Revolução Americana (Constituição de 1787/1789) 
b) Revolução Francesa (Constituição de 1791) 
 
2. Características > parte da ideia acima de constituir um Estado que não tenha poder 
concentrado 
a) conter o poder político absoluto 
b) assegurar direitos > na frança vem com o direito de propriedade, na américa não está 
no documento original da constituição (emendas - bill of rights) 
c) perpetuar essas normas em documento escrito 
 
II. DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
1. Parcela do Ordenamento Jurídico 
1.1. Composição 
 
 
1.2. Organização 
1.2.1. Vertical – relação de subordinação / derivação > constituição é 
FUNDAMENTO DE VALIDADE para todas as outras normas do ordenamento + 1 
constituição e muitas leis, atos etc (por isso do formato piramidal) 
 
 
 
 
 
1.2.2. Horizontal – relação de coordenação 
 
 
 
2. Ciência do Direito 
 
 
 
AULA I - PARTE II - SENTIDOS E CLASSIFICAÇÃO 
 
I. CONSTITUIÇÃO 
 
1. Sentidos 
a) Genérico: "é a particular maneira de ser do Estado" 
b) Sociológico: Ferdinand Lassale – "A essência da Constituição" > "é a soma dos fatores 
reais do poder que regem o país" 
c) Político: Carl Schmitt – "Teoria da Constituição" > Constituição (norma em sentido 
material) ["Decisão Política Fundamental" estrutura e organiza o Estado e assegura 
direitos fundamentais] ≠ Lei Constitucional (norma em sentido formal) > ​Constituição 
é algo que emana de um ato de poder do Estado 
d) Jurídico: Hans Kelsen – "Teoria Pura do Direito" > "Formato" constitucional > DIREITO 
POSITIVO > tudo que está no documento constitucional é constituição > ​Constituição é 
o documento básico de um Estado 
 
 
 
2. Classificação 
2.1. Quanto ao Conteúdo 
a) Material (sentido político) > ​“forma e estrutura do Estado, o sistema de governo, 
a divisão e o funcionamento dos poderes, o modelo econômico e os direitos, 
deveres e garantias fundamentais.” (CF88: art 1º titular do poder constituinte, art. 
2º funções do Estado e art. 18 unidades autônomas da federação) 
b) Formal (sentido jurídico) > independe do assunto > ​normas que são colocadas 
no texto constitucional sem fazer parte da estrutura mínima e essencial de 
qualquer Estado 
 
2.2. Quanto à Forma 
a) Escritas ou Dogmáticas > texto completo e organizado 
b) Costumeiras > tradição (ex: direito consuetudinário anglo-saxão) 
 
2.3. Quanto à Origem 
a) Promulgada ou Votada (Populares ou Democráticas) > povo decide/democracia 
b) Outorgada > imposta 
c) Czarista > elaboração ditatorial com chancela do povo (híbrido) 
 
2.4. Quanto à Extensão 
a) Sintética > enxuta 
b) Analítica > extensa 
 
2.5. Quanto à Mutabilidade 
a) Rígida: mais difícil de mudar do que a legislação ordinária 
b) Flexível: tão fácil quanto a legislação ordinária 
c) Semirrígida: depende do assunto 
 
 
 
Classificações CF88: ​formal, escrita, promulgada, analítica e rígida 
 
Anexo: 
- Promulgação: anúncio de que a ordem jurídica foi alterada e há uma nova norma a ser 
cumprida 
- Publicação: difusão do ato de promulgação 
 
AULA II - PARTE I - PODER CONSTITUINTE 
 
Teorias para explicar como surge a constituição: teoria do poder constituinte > uma constituição 
no seu sentido jurídico tem uma ligação estreita com o titular do poder 
- Que ente é esse? Povo 
 
I. PODER CONSTITUINTE 
 
1. Terminologia: Originário ou Inicial ou Inaugural 
2. Titularidade: Direta do Povo (Poder Político) 
3. Exercente: Assembleia Constituinte 
4. Finalidade: Cria a Constituição (Federal) 
5. Características 
a) Inicial: Inaugura novo ordenamento jurídico > "Poder Revolucionário" 
b) Ilimitado: Conteúdo irrestrito, ​“sem limites para a criação da sua obra” 
c) Incondicionado: Ausência de subordinação a sistema jurídico preexistente 
d) Autônomo: Capacidade de auto-organização ​> apenas o exercente pode 
delimitar em que termos a constituição será formada 
6. Constituição Federal de 1988 
Emenda n. 26/1985 à Constituição de 1967 
“​Art. 1º Os Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal reunir-se-ão, 
unicameralmente, em Assembléia Nacional Constituinte, livre e soberana, no dia 1º de fevereiro 
de 1987, na sede do Congresso Nacional.” (Promulgação: 05/10/1988) 
 
II. PODER REFORMADOR 
 
Constituições se pretendem eternas, mas não imutáveis. A previsão para alteração no texto 
constitucional é consagrada pela existência do poder reformador/poder constituinte derivado. 
. 
1. Terminologia: Derivado 
2. Titularidade: Indireta do Povo (Poder Jurídico) 
3. Exercente: Congresso Nacional 
4. Finalidade: Modifica a Constituição (Federal) 
5. Características 
a) Derivado: Proveniente da Constituição Federal (​art. 60​) 
b) Limitado: Limites materiais, formais e circunstanciais 
c) Condicionado: Subordinado à determinada normas da Constituição Federal 
6. Instrumento de exercício 
 
 
 
7. Limitações: conter mudanças de matérias fundamentais em momentos de 
instabilidade (em especial nas cláusulas pétreas) 
7.1. Materiais 
a) Explícitas 
- cláusulas pétreas (​art. 60, § 4º, I a IV​) 
- "a forma federativa de Estado" 
- "o voto direto, secreto, universal e periódico" 
- "a separação dos Poderes" 
- "os direitos e garantias individuais" 
- "não será objeto de deliberação (...)" 
- "(...) proposta de emenda tendente a abolir (...)" > ameaçar 
desaparecimento de cláusula pétrea 
b) Implícitas: 
- objetivos do Estado brasileiro (​art. 3º​) 
- princípios fundamentais (​arts. 1º, 2º e 4º​) 
- regras que estabelecem a rigidez constitucional (​art. 60 e §§​) 
7.2. Circunstanciais (​art. 60, § 1º​): ​elenca determinadas circunstâncias nas quais 
não pode haver trâmite de emenda constitucional > não são situações de fato, são 
regimes jurídicos específicos > se o Estado decreta alguma dessas coisas é porque a 
situação de fato ensejou esse regime jurídico específico (presidente da república + aval 
do congresso nacional) > situações constitucionais de crise 
- intervenção federal (​art. 34​) > estados membro são autônomos (entes 
federativos) e têm que prestar serviços de segurança pública > em casos 
em que o estado não consegue suprir a necessidade, havendo 
comprometimento da ordem pública, enseja a intervenção da União no 
estado > não há possibilidade de emenda constitucional em momento de 
intervenção 
- estado de defesa (​art. 137​) > implica em suspensão de alguns direitos 
fundamentais, de forma prevista constitucionalmente 
- estado de sítio (​art. 136​) > estado de guerra pode gerar estado de sítio, 
mas são diferentes > implica em suspensão de alguns direitos 
fundamentais, de forma prevista constitucionalmente 
7.3. Formais 
a) Procedimento 
 
b) Reapresentação de PEC 
- proposta de emenda rejeitada => vedada a reapresentação na 
mesma sessão legislativa (​art. 60, § 5º​) 
b.1) Sessão Legislativa 
- "Ano parlamentar": de 02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12 (​art. 57, 
"caput"​) > legislatura: 4 sessões legislativas 
 
 
AULA III - 30/08 - PARTE I - PODER CONSTITUINTE DECORRENTE, PODER 
MUNICIPAL, PODER DE REVISÃO CONSTITUCIONAL, MUTAÇÃO 
CONSTITUCIONALIII. PODER CONSTITUINTE DECORRENTE 
 
Entes federativos têm a possibilidade de se auto organizar observando suas próprias 
particularidades 
Ex: preocupação de SP: conurbação urbana ≠ preocupação do CE: recursos hídricos 
 
OBS: poder derivado (reformador) ≠ poder decorrente 
 
1. Titularidade: Indireta do Povo de determinado Estado-membro (Poder Jurídico) 
2. Exercente: Assembleia Constituinte do Estado-membro 
3. Finalidade: Cria a Constituição Estadual 
4. Características 
a) Derivado: Proveniente da Constituição Federal (​art. 25​) 
b) Limitado: Princípios estabelecidos pela Constituição Federal / Princípios 
sensíveis (​art. 34, VII​) > princípios sensíveis são ​diferentes dos demais uma vez 
significando intervenção federal no âmbito dos estados > ​desrespeito destes princípios 
enseja a intervenção federal nos estados ​> princípio da simetria: “determina que os 
princípios magnos e os padrões estruturantes do Estado, segundo a disciplina da CF, 
sejam, tanto quanto possível, objeto de reprodução simétrica nos textos das 
Constituições estaduais” 
c) Condicionado (​art. 25, CF e art. 11, ADCT​): Órgão: Assembleia Legislativa / 
Período de vigência: 1 ano, contado da promulgação da Constituição Federal 
Parte permanente da constituição (​art. 1º a art. 250​) ≠ Ato das disposições 
transitórias (​art. 1º a art. 114​) 
 
Anexo: federação = união + estados + municípios > constituição distribui competências entre 
estes entes (entes federativos) > cada um deles sistematiza em documento como organizar em 
sua territorialidade a competência e as atividades referentes à elas distribuída pela constituição 
> constituição federal + lei orgânica municipal 
Ex: serviço público de transporte coletivo é competência municipal 
ADCT: “​Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com ​poderes constituintes​, elaborará a 
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, 
obedecidos os princípios desta. 
 
Parágrafo único. Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis 
meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na 
Constituição Federal e na Constituição Estadual.” 
- ANTES O ESTADO EDITAVA UMA LEI ORGÂNICA PARA TODOS OS 
MUNICÍPIOS > mesmo após a mudança, a nomenclatura ‘lei orgânica 
permanece a mesma, refletindo as travas colocadas para a edição 
legislativa por parte do município, entendendo a dificuldade de 
administrar o Estado dando autonomia completa > MUNICÍPIO NÃO 
TEM PODER CONSTITUINTE, NÃO PRODUZ CONSTITUIÇÃO, 
APENAS LEI ORGÂNICA > processo ‘travado’ de aprovação de lei 
orgânica reflete insegurança do Estado frente à organização municipal 
Lei orgânica: serve para organização de órgãos > um ente que organiza vários centros 
de poder 
 
IV. PODER MUNICIPAL 
 
1. Natureza: Poder exclusivamente Jurídico 
2. Exercente: Câmara Municipal 
3. Finalidade: Criar a Lei Orgânica do Município 
4. Características 
a) Derivado (​art. 29​): Decorre da Constituição Federal 
“​O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo 
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, 
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e 
os seguintes preceitos:” 
b) Limitado: Princípios constitucionais federais e estaduais (​art. 29​) > município 
pode introduzir princípios não referidos na CF ou na constituição estadual 
c) Condicionado (​art. 29, CF e § único do art. 11, ADCT​): Órgão: Câmara 
Municipal / Período de vigência: 6 mês após, contados da promulgação da respectiva 
Constituição Estadual / Deliberação e votação: 2 turnos, com interstício mínimo de 10 
dias / Aprovação: 2/3 dos membros da Câmara Municipal 
 
V. PODER DE REVISÃO CONSTITUCIONAL 
 
Art. 3º (do ADCT)​. ​“A ​revisão constitucional será realizada após ​cinco anos​, contados da promulgação 
da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão 
unicameral.” ​> o entendimento era de que tudo poderia ser revisto, inclusive as cláusulas 
pétreas 
- Foram produzidas apenas 6 emendas nessa ocasião 
- São normas constitucionais fora do corpo da constituição 
 
Diferença do poder de revisão constitucional e do poder constituinte originário: na prática, 
nenhum. Depende da leitura: alguns entendiam que é absolutamente igual, outros que o poder 
de revisão não poderia alterar cláusula pétrea. Como a atuação foi pouco expressiva nesse 
sentido, na prática, não houve diferença. 
- Quem estava como senador e deputado na época, não foram escolhidos 
especificamente para portar poder constituinte 
- Para atuação de poder originário, deveria ter havido eleição para escolher quem seriam 
os revisionadores, para que pudessem exercer poder originário de fato 
- Características diferentes (vide abaixo) 
 
 
 
VI. PODER DE REFORMA POPULAR 
 
Poder Constituinte Direto: 
- Art. 2º (do ADCT)​. ​“No dia 7/9/93 o eleitorado definirá, através de ​plebiscito​, a forma (república 
ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que 
devem vigorar no país.” > população brasileira foi convocada para definir república x 
monarquia e parlamentarismo x presidencialismo. Tensionamento: hipocrisia da escolha 
de regime político enquanto haviam outros problemas mais latentes, como fome. Alto 
custo de realização para os cofres públicos. > poder direto significa participação direta 
do povo 
- Emenda n. 2/92 alterou a data para 21/4/93 
 
VII. MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL ​/ mutação informal 
 
1. Noção: 
- Diferente da alteração da base física (texto) a constituição, a qual quem promove é o 
poder reformador. No caso da mutação constitucional, o que muda é a forma de 
aplicabilidade do texto constitucional. 
- Diferente de interpretação individual ou particular​. Interpretação é naturalmente 
diferente entre indivíduos diferentes (ex: interpretação da lei pelo juiz). Isso 
ocorre com a constituição também, mas não enseja a mudança constitucional 
por si só. A mudança constitucional, em teoria, depende da alteração dos 
valores sociais como um todo, e não apenas para um indivíduo ou grupo 
mediante sua interpretação particular. 
- Mutação formal: mudança na base física (texto) 
- "processo informal de mudança da Constituição" causada pela ​significativa alteração 
dos valores sociais ou da situação fática 
- modificação do sentido da norma constitucional, sem a alteração de seu texto pela 
atuação do Poder Reformador” 
- Ferramental técnico jurídico para que a constituição continue a ser aplicada sem que 
seu texto tenha que ser modificado > o que muda é o sentido, o que se extrai do texto, o 
sentido e o alcance da norma 
 
2. Finalidade: “agilizar a adaptação da Constituição às novas demandas da sociedade” 
 
Ex.1 – "Entidade familiar" ​(alteração dos valores sociais) 
Art. 226, § 3º - ​“Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a 
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.” 
- Sentido original de outubro de 1988: união entre casais de sexos diferentes 
- Sentido após julgamento da ADI 4277 e da ADPF 132 em maio de 2011: união entre 
casais do mesmo sexo (união homoafetiva)Ex.2 – "Comunicação telefônica" ​(alteração da situação fática) 
Art. 5º, XII - ​“é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.” 
- Sentido original de outubro de 1988: comunicação via aparelho telefônico 
- Sentido atual: comunicação via tecnologia telefônica 
 
AULA IV - PARTE I - Teoria Geral de Direito Constitucional e Constituição 
Brasileira de 1988 
 
1. Recepção: Princípio da continuidade da ordem jurídica (economicidade legislativa) / 
Verificada pelo intérprete da Constituição 
- alteração constitucional é brutal para o ordenamento jurídico > maior parte das normas 
é infraconstitucional > trabalho hercúleo de refazer as normas como um topo > 
FENÔMENO DA RECEPÇÃO é a possibilidade de se aproveitar todo o ordenamento 
infraconstitucional então existente > acolhimento das normas infraconstitucionais pelo 
novo sistema constitucional > norma permanece no sistema desde que não esteja 
desalinhada com o novo desenho constitucional > normas que não estão na 
conformidade são não-recepcionadas 
- Inconstitucionalidade só se aplica para as normas que são produzidas sob a égide - 
após a promulgação - da constituição atual > para normas anteriores, no fenômeno é 
denominado não recepção > tempo é o elemento que diferencia 
- O Estado brasileiro não declara a recepção ou não da norma > é interpretativo, depende 
de agentes diferentes > quando o judiciário declara algum desses fenômenos, vincula 
as partes a cumprir aquela interpretação > para ser declarada não recepcionada como 
um todo é necessária declaração do STF ou do tribunal de justiça 
- Inconstitucionalidade gera nulidade da norma > como se aquele ato nunca tivesse 
produzido efeitos > retorno ao ​status quo ante ​> produz efeito ​ex tunc ​(retroativo) 
- Não recepção gera revogação, e não nulidade > a consequência prática não é a 
retroatividade total, e sim a retroatividade apenas para os atos posteriores à vigência da 
nova ordem constitucional (promulgação da norma constitucional é o momento no 
tempo) 
 
 
 
1.1. Exemplos de recepção na CF de 1988 
a) Recepção Material Expressa: Sistema Tributário Nacional – art. 34, § 5º 
ADCT 
- Recepção material expressa: escrito claramente no texto legislativo, para 
que se evite equívocos > garante segurança jurídica, previsibilidade, para 
os pontos sensíveis da legislação 
- Art. 34. ​“O sistema tributário nacional entrará em vigor ​a partir do primeiro dia 
do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição​, ​mantido, até então, 
o da Constituição de 1967​, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e 
pelas posteriores. 
§ 5º - Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da 
legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação 
referida nos §3º e § 4º.” 
b) Recepção Formal Tácita 
- Tem fundamentação jurídica válida para recepção, ainda que não haja 
redação expressa 
- ex. Código penal > decreto lei de 1940 > em 1940 era decreto lei, hoje é 
lei ordinária, visto que no art. 59 da CF não tem disposição de decreto lei 
> foi recepcionado como lei ordinária > fenômeno de adaptação 
- Art. 59. ​“O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis 
delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções.” 
- Lei Ordinária (Lei n.) como Lei Complementar (Lei complementar n.) 
Ex.: Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172/1966), dispõe sobre normas 
gerais de Direito Tributário 
Normas gerais em matéria tributária passaram a ser editadas somente 
por Lei Complementar (​art. 146, III, "a" a "d", CF​) 
Art. 146.​ ​“Cabe à lei complementar: 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre:” 
 
1.2. Consequências Jurídicas 
 
 
 
1.3. "Inconstitucionalidade Superveniente" 
- Constituição atual, lei ordinária de edição posterior > CF é alterada por emenda, 
fazendo com que a lei não encontre mais fundamentação na Constituição > 
Inconstitucionalidade Superveniente (Superveniente porque vem depois da 
alteração constitucional) 
- STF = Hipótese de não recepção > STF entende que é não recepção, porque a 
emenda gera um novo ordenamento constitucional > na prática, usar o 
entendimento do STF (estratégia processual) 
 
 
 
2. Contrariedade da Norma Infraconstitucional em Relação à Constituição 
 
 
3. Repristinação das Normas Infraconstitucionais 
- "Repristinação" = restabelecimento da eficácia 
- Inexistência, salvo determinação expressa do Poder Constituinte Originário 
- Declaração de inconstitucionalidade da norma antes da entrada em vigência da nova 
constituição, que lhe devolve caráter constitucional > APENAS O PODER ORIGINÁRIO 
PODE REVIVER ESSA LEI > sem previsão expressa, continua inválida independente 
de ter readquirido caráter constitucional 
 
 
 
4. Desconstitucionalização 
- Inclusão de artigo da CF anterior no quadro legislativo atual 
- Inexistência, salvo determinação expressa do Poder Constituinte Originário 
 
 
5. Direito Adquirido 
- Direito objetivo: ordenamento jurídico como um todo X direito subjetivo: Incidência do 
direito objetivo no caso concreto (surge para o titular a partir da aplicação do direito 
objetivo) 
- Expectativa de direito > direito subjetivo > direito consumado 
- Cláusula de segurança jurídica cria direito adquirido > direito se incorpora ao patrimônio 
do sujeito (direito subjetivo já se incorporou ao patrimônio do sujeito, ainda que o direito 
objetivo tenha mudado) 
- Caracterização do direito adquirido: direito objetivo, direito subjetivo e mudança no 
ordenamento jurídico > a lei nova tem que respeitar o direito adquirido (se o 
ordenamento jurídico não mudou a pessoa é apenas titular de direito subjetivo não 
exercido) 
- Art. 5º, XXXVI​, ​"a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada 
 
5.1. Poder Constituinte Originário – Retroatividade 
- Possibilidade de desconstituir direitos adquiridos 
- Ex.: ​Art. 37, XI - ​“a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a 
maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como 
limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos 
como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros do Congresso 
Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus 
correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos 
Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito 
(Redação Original).” 
- Art. 17 (ADCT)​. “Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os 
adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que estejam sendo 
percebidos em desacordo com a Constituição serão imediatamente reduzidos 
aos limites dela decorrentes, ​não se admitindo, neste caso, invocação de direito 
adquirido ou percepção de excesso a qualquer título​" (art. 17, ADCT).” 
 
5.2. Poder Reformador – Irretroatividade 
- Impossibilidade de desconstituir direitos adquiridos > limites materiais 
(cláusulaspétreas): direitos individuais (​art. 60, § 4º, IV, CF​) 
- "Lei" (​art. 5º, XXXVI, CF​) = Emenda à Constituição 
- Direito adquirido = Direito Individual (​Capítulo I, do Título II, da CF​) 
 
II. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 (até 17/08/2018) - ​organização física da constituição 
 
1. Origem:​ Emenda n. 26/1985 à Constituição de 1967 
 
2. Componentes 
2.1. Preâmbulo: Anúncio de nascimento do novo Estado constitucionalmente 
organizado > elemento de interpretação histórica, e não de fundamentação jurídica (Não tem 
força normativa) 
 
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte 
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos 
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a 
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e 
sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e 
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção 
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” 
 
2.2. Parte permanente 
a) Disposições específicas: ​arts. 1º a 232 
b) Disposições Gerais: ​arts. 233 (revogado) a 250 
 
2.3. Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (transição da constituição anterior 
para a atual) – ​ADCT: arts. 1º a 114 
- Ex.: ​Art. 4º. “O mandato do atual Presidente da República terminará em 15 de março de 
1990.” 
 
III. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO BRASILEIRO 
 
Art. 3º ​“​Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a 
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de 
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.” 
 
- metas a serem alcançadas > reflexão a partir dos piores problemas da sociedade, 
segundo interpretação do constituinte > direção do Estado brasileiro (elemento para 
interpretação das políticas públicas) 
 
IV. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO ESTADO BRASILEIRO 
 
1. No Relacionamento Nacional (Interno) 
- Estado Democrático de Direito (art. 1º, "caput", CF) 
- Soberania Popular (art. 1º, § único, CF) 
- Cidadania (art. 1º, II, CF) 
- Democracia Direta e Representativa (art. 1º, § único, CF) 
- Pluralismo político (art. 1º, V, CF) 
- Soberania do Estado (art. 1º, I, CF) 
- Separação dos Poderes (art. 2º, CF) 
- Forma federativa (art. 1º, "caput", CF) 
- Dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF) 
- Livre iniciativa (art. 1º, IV, CF) 
- Valores sociais do trabalho (art. 1º, IV, CF) 
 
2. No Relacionamento Internacional (Externo) 
- independência nacional (art. 4º, I, CF) 
- prevalência dos direitos humanos (art. 4º, II, CF) 
- autodeterminação dos povos (art. 4º, III, CF) 
- não-intervenção (art. 4º, IV, CF) 
- igualdade entre os Estados (art. 4º, V, CF) 
- defesa da paz (art. 4º, VI, CF) 
- solução pacífica dos conflitos (art. 4º, VII, CF) 
- repúdio ao terrorismo e ao racismo (art. 4º, VIII, CF) 
- cooperação entre os povos para o progresso da humanidade (art. 4º, IX, CF) 
- concessão de asilo político (art. 4º, X, CF) 
- Integração latino-americana (art. 4º, § único, CF) 
 
3. Características peculiares dos princípios fundamentais 
- Composto por diversas e numerosas normas jurídicas (princípios e regras) 
- Maior alcance dentre as normas jurídicas 
 
 
AULA IV - PARTE II - INTERPRETAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO 
 
I. Os Processos de Interpretação da Constituição 
 
Interpretar é extrair o sentido e alcance da norma 
Se extrai sentido da norma, se entende a quais situações e pessoas ela é direcionada a partir 
do texto da constituição > norma constitucional é o que se extrai do texto > texto normativo é a 
base física da norma > uso de técnicas para interpretação da base física da norma 
 
1. Processo de extração da norma constitucional abstrata 
 
Ex. 1: Idade mínima para candidatura ao cargo de Presidente da República? 
Art. 14, par. 3o, IVa, CF 
X 
Ex. 2: Requisito para impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe: 
estar em funcionamento há pelo menos um ano? 
Art. 5o, LXXb, CF > interpretações diferentes por questão semântica > interpretação que 
prevalece é a que tem mais adesão, não significando que a com menos adesão está errada 
 
2. Processo da extração da norma constitucional concretizada ("força normativa da 
Constituição" – Konrad Hesse) 
Quando o texto somente não será suficiente para entender > necessita de mais fontes para 
extrair a norma constitucional > constituição não é texto fechado, se comunica o tempo todo 
com a sociedade e com o Estado contemporâneo (ex. mutação constitucional) > MOVIMENTO 
DIALÉTICO entre texto e realidade 
- pode ser a partir de fatos ou de valores 
- Constituição não é apenas conjunto de princípios e valores, tem um conjunto de normas 
que disciplina a sociedade e o Estado 
 
Ex.: a comunicação, via "Skype", por meio de "notebooks", é protegida por sigilo? 
Art 5o, XII > texto está´ ultrapassado, é necessário observar a realidade das comunicações 
hoje 
 
II. Métodos de Interpretação 
 
1. Gramatical 
“Aquela que sobressai de uma análise fraseológica do texto legal, onde os aspectos linguísticos 
são pontuados, empreendendo-se à extração do sentido e do alcance da norma segundo 
critérios semânticos e sintáticos” 
 
a) Significado das palavras 
- questão semântica 
- Início da interpretação sempre é gramatical 
Ex. “​A propaganda comercial de ​tabaco​, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias 
estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que 
necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso”​ (​art. 220, § 4º, CF​). 
 
b) Alocação do texto normativo 
- interpretação a partir do local que o texto ocupa no texto normativo constituição 
Ex. "direitos e garantias individuais" 
Art. 60, § 4º ​- ​Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: IV - os direitos e 
garantias individuais. 
 
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I - Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei... 
 
2. Histórico 
- Preâmbulo é texto histórico, mostra o que estava em torno do legislador no momento da 
elaboração constitucional, o que o influenciou para escrever o texto 
 
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma 
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na 
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção 
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” 
 
3. Teleológico 
- texto normativo por si só demontra a finalidade 
Ex: "vedado o anonimato" 
Art. 5º, IV​ - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato. 
- garante a responsabilização do manifestante 
 
4. Sistemático 
- parte do princípio da unicidade da constituição > evita criar atritos a partir da 
interpretação isolada de parte do texto constitucional, deve ser observado o todo, 
sempre > buscar no restante da constituição o quedefine e dá sentido aos trechos 
esparsos 
Ex. "terras tradicionalmente ocupadas pelos índios" 
Art. 20​. ​São bens da União: XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
Art. 231, § 1º - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter 
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos 
recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, 
segundo seus usos, costumes e tradições. 
 
III. Princípios de Interpretação Constitucional 
 
1. Princípio da "Constituição Aberta" 
Ex. Inviolabilidade de e-mail? 
Art. 5º, XII - ​é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
 
2. Princípio do Sentido Usual das Normas Constitucionais 
- linguagem coloquial é necessária, para que todos possam entender o seu conteúdo 
- Regra: linguagem coloquial, devido à natureza da norma > "Casa"? (não é o sentido 
físico de casa, pode ser apto, por ex. A ideia é apenas tratar de uma forma pouco 
técnica, que possa ser facilmente compreendida) 
 
Ex. ​Art. 5º, XI - ​a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. 
 
Exceção: sentido técnico-jurídico 
- casos em que a expressão técnica é necessária > parte da constituição que é para o 
Estado, e não para o povo 
Sistema Tributário Nacional (Título VI, Capítulo I) 
Ex.: ICMS 
 
Art. 155.​ ​Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior; 
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: 
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, 
quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à 
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; 
 
3. Princípio do Conteúdo Implícito das Normas Constitucionais 
- na constituição há normas que são extraídas de norma física expressa, e normas que 
se retiram de uma compreensão mais ampla, conjugando vários textos constitucionais 
 
Ex. Duplo Grau de Jurisdição 
Art. 92.​ ​São órgãos do Poder Judiciário: III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
Art. 106.​ São órgãos da Justiça Federal: I - os Tribunais Regionais Federais; II - os Juízes Federais. 
Art. 108. ​Compete aos Tribunais Regionais Federais: II - julgar, em grau de recurso, as causas 
decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de 
sua jurisdição. 
Art. 109. ​Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade 
autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou 
oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça 
do Trabalho;

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