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MÓDULO II - AÇÃO E EXERCÍCIO DA INSPEÇÃO ESCOLAR

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MÓDULO DE: 
 
AÇÃO E EXERCÍCIO DA INSPEÇÃO ESCOLAR 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
ANA MARIA FURTADO 
E 
 MARIA DA RESSURREIÇÃO COQUEIRO BORGES 
 
 
 
 
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Módulo de: Ação E Exercício Da Inspeção Escolar 
 
Autoria: Ana Maria Furtado e Maria Da Ressurreição Coqueiro Borges 
 
 
 
 
CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS 
 
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste Módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes 
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando 
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. 
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e 
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização 
e direitos autorais. 
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas 
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
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Apresentação 
A Educação vem buscando caminhos para se reestruturar e reestruturar os conceitos sociais, 
visando como princípio à humanização da pessoa neste contexto globalizado da atualidade. 
Quando se olha a sociedade como um todo, observa-se o seu histórico com muitos 
progressos científicos e, nem tanto progressos para os valores da cidadania. 
Na efetivação do estudo da Inspeção Escolar, é necessário apontar alguns fatores como, por 
exemplo, a sociedade capitalista, a legislação, a democracia liberal, o poder político 
partidário que interferem na relação do Estado com a Educação brasileira. É necessário, 
também, conhecer um pouco da história do profissional da área. Discutir através de vários 
autores o que realmente é significativo na Educação do país. 
A Educação é o ponto de referência para todas as mudanças que a sociedade necessita. Por 
isso, é preciso qualificar com excelência aos que dela cuidam e se dedicam. Enquanto os 
olhares estiverem fixos simplesmente nos problemas sociais, como por exemplo: a violência; 
tráfico de armas e drogas; saúde deficitária e desemprego; as soluções não aparecerão. É 
preciso atingir a raiz do problema, ou seja, investimentos em Educação. Sem dúvida, todos 
estes problemas são importantes e nos incomodam, mas não adiantam paliativos. O que de 
fato precisa incomodar a sociedade é a falta de aplicação prática das teorias vivenciadas nos 
cursos de Pedagogia. 
Afinal, se um país quer ter excelência em vários aspectos, tem que começar da base, da raiz 
social que é a Educação. E não há Educação de qualidade sem excelentes profissionais. A 
competência deve estar em todos os lugares por onde a Pedagogia se instalar, bem como a 
humanidade e o poder crítico para realizar escolhas acertadas para as nossas crianças e 
jovens. Não se pode esquecer a geração sênior, que requer um novo preparo para assumir 
novos paradigmas na sociedade, além de ter muito com o que contribuir. Assim, este 
material foi preparado, com vistas a atender as novas demandas da Educação. O objetivo 
deste Módulo e, através da leitura e do estudo contínuo, formar uma nova geração de 
 
 
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profissionais: seguros, competentes, habilitados e eficazes na tarefa de mudar os rumos 
deste grande país. 
 
Objetivo 
Prestar assistência técnica à organização e funcionamento das instituições escolares, 
preparando instrumentos de acesso às leis, aos decretos e outros de interesse do município 
e da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. 
Elaborar, acompanhar e controlar a aplicação de normas regimentais e curriculares. 
Regularizar os estudos e a autenticidade de documentos escolares expedidos pelos 
estabelecimentos de Ensino Municipal. 
Elaborar os processos de criação, organização e funcionamento de estabelecimentos 
escolares vinculados ao Sistema Municipal de Ensino. 
Acompanhar os procedimentos legais das instituições educacionais. 
Acompanhar as ações do Projeto Político Pedagógico. 
Capacitar o profissional na área da Pedagogia para cumprir suas habilidades com eficácia e 
excelência na Inspeção Educacional. 
 
Ementa 
Atribuições, Funções e Práticas do Inspetor Escolar. Documentos para o desenvolvimento do 
seu trabalho. Regulamentação da profissão. Políticas Educacionais e a Inspeção Escolar. 
 
 
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Sobre o Autor 
Professora Ana Maria Ribeiro Furtado 
Mestre em Teologia com especialização em divindade pela Shalom Bíble College and 
Semínary e FAETESP- Toronto Canadá 
Licenciada em Pedagogia, pelas Faculdades Integradas de São José dos Campos e 
Faculdade de Ciências Humanas 
Experiência em Supervisão Pedagógica e Docência do Ensino Superior 
Professora Marizinha Coqueiro Borges 
Mestrado em Educação, pela Universidade São Marcos 
Pós-Graduação em: 
Administração Escolar, pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Psicopedagogia, pela Parceria UVV/Universidade Estácio de Sá 
Planejamento Educacional, pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Supervisão Escolar, pela Universidade Salgado de Oliveira Filho 
Tecnologia Educacional Aplicada ao Ensino de 1º Grau, pela Associação 
Brasileira de Tecnologia Educacional 
Graduação em Pedagogia, com Especialização em Orientação Educaciona, pela 
Universidade Federal do Maranhão 
Educadora dos cursos de graduação na área Pedagógica, Professora de cursos de 
pós- graduação. 
Consultora Educacional e Palestrante Motivacional e Educacional. 
 
 
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SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ......................................................................................................... 10 
O Fundamentalismo Pedagógico ..................................................................... 10 
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 14 
Diretrizes Curriculares: o prospecto da diversidade ........................................ 14 
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 19 
O Excentrismo da Inspeção Escolar Brasileira em sua Evolução................... 19 
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 23 
O Desenvolvimento Intelectual como Alavanca da Ação Inspetorial da 
Educação Brasileira ......................................................................................... 23 
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 27 
Atribuições da Inspetoria Escolar na Área Administrativa e suas 
Diferenciações.................................................................................................. 27 
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 31 
Principais Atos Administrativos Normativos da Inspeção Escolar .................. 31 
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 35 
Atos Administrativos da Inspetoria Escolar .....................................................35 
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 38 
A Extinção dos Atos Administrativos ............................................................... 38 
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 42 
Regulamentando a Instituição Educacional ..................................................... 42 
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 46 
Continuação dos Dispositivos sobre a Regulamentação de uma Instiuição... 46 
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 51 
Conselho de Educação, Fundamentos e Funções. ......................................... 51 
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 57 
 
 
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Plano Nacional de Educação – 2000-2010 ..................................................... 57 
UNIDADE 13 ....................................................................................................... 65 
Ainda Sobre o Plano Nacional de Educação – 2000-2010 ............................. 65 
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 70 
A UNESCO e o Brasil ...................................................................................... 70 
UNIDADE 15 ....................................................................................................... 77 
A Gestão da Escola e a Inclusão Social .......................................................... 77 
UNIDADE 16 ....................................................................................................... 81 
A Reinserção Social. ........................................................................................ 81 
UNIDADE 17 ....................................................................................................... 85 
As Políticas Sociais de Inclusão ...................................................................... 85 
UNIDADE 18 ....................................................................................................... 89 
Inspeção Educacional e a Condução da Prática ............................................. 89 
UNIDADE 19 ....................................................................................................... 93 
Sociedade, Conhecimento e Ciência ............................................................... 93 
UNIDADE 20 ....................................................................................................... 96 
As Políticas Públicas e o Contexto Atual ......................................................... 96 
UNIDADE 21 ..................................................................................................... 100 
A Excelência da Educação e a Inspeção ...................................................... 100 
UNIDADE 22 ..................................................................................................... 104 
As Interfaces da Gestão Educacional ............................................................ 104 
UNIDADE 23 ..................................................................................................... 108 
Ainda sobre as Articulações e a Gestão I.. .................................................... 108 
UNIDADE 24 ..................................................................................................... 110 
Ainda sobre as Articulações e a Gestão II.. ................................................... 110 
UNIDADE 25 ..................................................................................................... 113 
Administração da Educação Escolar ............................................................. 113 
UNIDADE 26 ..................................................................................................... 118 
 
 
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Observando a Eficácia ................................................................................... 118 
UNIDADE 27 ..................................................................................................... 123 
Atividades da Inspeção .................................................................................. 123 
UNIDADE 28 ..................................................................................................... 128 
Gerência e Inspeção de Recursos Humanos ................................................ 128 
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 133 
Acompanhando o Projeto Político Pedagógico ............................................. 133 
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 137 
O Papel da Cultura ......................................................................................... 137 
GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 144 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 145 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 1 
Objetivo: Compreender a formação e os passos da origem da Pedagogia Brasileira 
O Fundamentalismo Pedagógico 
 
Antes de discorrer sobre a Pedagogia brasileira, faz-se necessário, entender o seu 
significado e proveniências. Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre. Pedagogia é: a 
ciência ou disciplina cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica do 
processo educativo, sendo originária da Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). 
Hoje, devido aos seus avanços e expansão, denomina-se Pedagogo o profissional cuja 
formação é a Pedagogia. No Brasil é uma graduação em Licenciatura ou Gestão Escolar 
(Administração Escolar, Orientação Pedagógica e Coordenação Educacional). Devido a sua 
abrangência, a ela engloba diversas disciplinas, que podem ser reunidas em três grupos 
básicos: Disciplinas filosóficas, Disciplinas científicas e Disciplinas técnico-pedagógicas. 
Assim como todos os demais cursos superiores, a Pedagogia, também, é regida por lei, na 
qual as Diretrizes Curriculares para o Curso no Brasil tendem a contribuir quanto aos 
avanços e conceitos ideológicos, podendo contar com a Lei 9.394, a partir de dezembro de 
1996, trazendo consigo três artigos provenientes dos impactos iniciais que se transformaram 
no atual alvoroço em relação a ele. 
O Artigo 62 introduz o esboço dos Institutos Superiores de Educação, para responder, 
juntamente com as universidades, pela formação de docentes para atuar na educação 
básica, já o Artigo 63, em seu inciso I, institui os cursos mantidos por esses novos institutos, 
no caso o Normal Superior destinado à formação de docentes para a Educação Infantil e 
para as quatro primeiras séries do Ensino Fundamental; por fim, o Artigo 64 que fixa duas 
instâncias alternativas à formação de profissionais de Educação, para Administração, 
 
 
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Planejamento, Inspeção, Supervisão e Orientação Educacional para atuação na Educação 
Básica, quais sejam, os cursos de Graduação em Pedagogia ou em nível de Pós-graduação. 
Claro que as colocações impostas pela LDB, provocaram reflexões referentes à possibilidade 
de intenção velada, por parte dos condutores da aprovação da nova lei, bem como da 
amortização do Curso de Pedagogia no qual uma breve análise permitiu ver que, com o 
tempo, o curso perderia algumas funções, entre elas preparação pedagógica do Magistério, 
em nível médio. 
Esse nível de ensino,na modalidade Normal, ainda admitido, pelo artigo 62 da LDB, como 
formação mínima para o exercício do Magistério na Educação Infantil e nas quatro primeiras 
séries do Ensino Fundamental, entraria em processo de desaparecimento, conforme tem 
acontecido, já que, as disposições transitórias da LDB estabelecem o prazo limite para tal 
concessão. 
O § 4º do artigo 87 determina que no final da Década da Educação, que teria início, segundo 
o “caput” do artigo, um ano após a publicação da lei, apenas seriam admitidos professores 
habilitados em Nível Superior ou formados por treinamento em serviço. 
A outra função concerne à formação daqueles que já foram denominados Técnicos em 
Educação e posteriormente, Especialistas da Educação pelas legislações anteriores, era 
vista, também, como candidata ao desaparecimento gradativo, com início nas regiões ou 
pelo menos, nos locais em que se pudesse adotar o nível de pós-graduação para se efetuar 
a formação dos profissionais de Educação para Administração, Planejamento, Inspeção, 
Supervisão e Orientação Educacional. 
No mais, as demais funções do curso de Pedagogia que, não tão antigas quanto as 
primeiras, vinham nele se instalando, sobretudo a partir do final da década de 60, tornando-
se, em alguns deles, suas funções principais, quão já em uso pela nova LDB, na verdade, 
refere-se à função correspondente à formação de docentes para a Educação Especial. 
Por meio do inciso III do artigo 59, a Lei determina que os sistemas de ensino garantam 
atendimento especializado aos educandos com necessidades especiais, sendo claro que o 
 
 
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professor para trabalhar com esses alunos, necessita de especialização adequada, obtida 
em nível médio ou superior. Olhando a fundo, esta formação deveria ser contemplada com a 
categoria de especialização, devendo, pois, passar a ocorrer após o término de qualquer um 
dos cursos de formação de professores, em nível médio ou superior. 
O inciso citado tende a contribuir quando introduz a exigência de que os professores do 
ensino regular estejam capacitados para a integração dos educandos com necessidades 
especiais nas classes comuns, evidenciando que ao decorrer a sobrevivência dos Cursos de 
Pedagogia se daria as diferentes realidades brasileiras, quão da forma em esta seria 
encaminhada, de certo no que difere a outras funções como a preparação de docentes para 
a Educação Infantil e para as primeiras séries do Ensino Fundamental. 
No final da década de 60 é acionada, como extensão de sua antiga função referente à 
formação pedagógica do Magistério de nível médio, passando constar posteriormente, 
sobretudo a partir da década de 80, como uma das habilitações do próprio curso, passando a 
ser, em muitos casos, exigida como pré-requisito para as demais ou, em outros, 
transformada em habilitação única do curso, cuja perspectiva era, portanto, a de que, numa 
nova legislação sobre o assunto, se tornaria sua função principal. 
O artigo 63, inciso I, da nova LDB faz um direcionamento explícito dessa função ao curso 
Normal Superior, ela a omite, porém não a proíbe, quando se refere, no artigo 64, ao curso 
de Pedagogia. E essa omissão poderia ser suficiente aos interessados em dar outros 
encaminhamentos a ele, provocando desconfiança quanto à fidelidade dos Artigos 62, 63 e 
64, já que dependeria dos legisladores. 
De acordo com a nitidez da política educacional iniciada em 1995, sob os reflexos do 
alinhamento da nação aos conselhos da “nova ordem mundial”. Segundo Bissolli da Silva, 
(1998), isso faz com que a reorganização do sistema de formação de educadores não fique 
intacta as decorrências da retração do Estado. Tanto em relação à área da produção quanto 
à dos serviços. 
Sendo assim, constata-se que a formação de professores para a Educação Infantil e as 
séries iniciais do Ensino Fundamental é tarefa específica do Curso Normal Superior de forma 
 
 
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que a Faculdade de Educação, sob domínio da iniciativa privada, se transformaria, além de 
outros que fossem criados, em Institutos Superiores de Educação. 
Ao dar exclusividade a essa formação, com certeza abrandariam a pressão que, de outro 
modo, recairia sobre as universidades públicas, como se assim pudessem produzir 
profissionais menos críticos e questionadores, alheios à dinâmica da pesquisa e do debate 
acadêmico, evitando, portanto, a formação daqueles que podem se tornar, utilizando os 
termos de Perrenoud “contestadores em potencial ou, pelo menos, interlocutores incômodos” 
(1999, p.8). 
Mediante tal contexto se elucidou a dialogia das Diretrizes Curriculares para o Curso de 
Pedagogia, em resposta a Lei Federal nº 9.131/95, cujo parecer deveria partir do Ministério 
de Educação, competindo à Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de 
Educação (CES/CNE) deliberar sobre a matéria (artigo 9º, § 2º, alínea c). Embora não fosse 
uma tarefa fácil, em 1997 apresentava indícios de estar no início. 
Segundo Bissolli da Silva, 1999, o debate sobre a questão das funções do curso de 
Pedagogia fez-se presente durante toda sua história, podendo ser reconhecido que de fato 
reflete a outra mais ampla, referente à questão de identidade da Pedagogia, enquanto campo 
de conhecimento (Brzezinski, 1996; Bissolli da Silva, 1999), justificando a fragilidade de que 
se reveste esse campo, onde o destrinchar da Pedagogia brasileira permeou em torno de 
questionamentos a respeito de sua identidade conforme será visto na unidade 6. 
 
 
 
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UNIDADE 2 
Objetivo: Aprimorar as diretrizes da identidade pedagógica 
Diretrizes Curriculares: o prospecto da diversidade 
 
É impressionante o caminhar das instituições educacionais, ou seja, a iniciativa daqueles que 
abrem as escolas, sem mesmo antes pensarem numa proposta, um currículo que possa 
satisfazer a demanda local e educacional, isto por que somente com o surgimento e 
adequação da nova LDB, é que as Instituições de Ensino Superior (IES) de maneira 
particular começaram a preocupar-se com questão referente às diretrizes curriculares dos 
cursos. 
Segundo (Severino, 2000), a urgência se deu devido à “convocação” feita pela Secretaria de 
Educação Superior do MEC (SESU/MEC), através do Edital 04/97, no sentido de que as 
mesmas apresentassem sugestões sobre o assunto, embora a maioria não soubesse por 
onde começar, isto por que, a convocação não se deu ao luxo de encaminhar orientações 
precisas para este, bem como aos órgãos que pudessem de fato conduzir as IES à revisão 
de suas estruturas organizacionais. 
Outro ponto, preocupante é que, também, não lhes foi encaminhado ideias de como melhor 
poderiam adequar às necessidades criadas pela nova LDB a seus cursos, razão que levou a 
pensar em diretrizes curriculares para cada um dos cursos existentes mediante a reforma 
universitária de 1968. Fato curioso é que o próprio MEC, não havia se reestruturado a essas 
mudanças, inclusive no aspecto formação de professores para a Educação Básica. 
Uma vez, em não conformidade com as mudanças universitárias, o MEC, envia propostas 
provenientes aos cursos das IES para cada um de seus correspondentes, nas Comissões de 
Especialistas do Ensino, os quais já assessoravam a Secretaria de Educação Superior do 
 
 
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então Ministério em suas tarefas referentes a eles. O objetivo desta prática se distendia da 
inadequação em relação às Licenciaturas e ao Curso de Pedagogia, por necessitarem de 
uma profunda e integrada revisão, em função da formação de educadores que a nova ideia 
de Educação Básica passou a exigir (Adaptado de Arroyo, 1991). 
Outro ponto bastante equivocado é a questão de que as Comissões de Especialistas de 
Ensino de cada um dos cursos deveriam dar contada ação embora, nem todos 
contemplassem a parte pedagógica em suas propostas, a verdade é que não se tinha 
clareza de quem seria responsável pelas diretrizes referentes às Licenciaturas, razão pelo 
qual se deram novas expectativas e constrangimento, em relação ao seu futuro onde, em 
solicitação, o MEC apresentou a possibilidade das universidades começarem a indicar suas 
propostas, segundo suas próprias interpretações dos artigos 62 e 64 da LDB, até por que, 
até o dado momento nada constava no CNE (Conselho Nacional de Educação). 
Enquanto as IES, que ainda indispunham da regulamentação para a sua funcionalidade, 
sentiam-se ameaçadas. A nova Comissão de Especialistas do Ensino de Pedagogia, 
renovada no início de 1998, encontra muita dificuldade para as suas práticas, além de ter 
que integrar esta a formação de educadores para a Educação Básica e intermediar os 
conflitos históricos decorrentes das diferentes posições a respeito das funções do Curso de 
Pedagogia. Com certeza a nova mudança acarretou em manifestações, coordenadas pelas 
associações, sindicatos e demais entidades envolvidas com o tema da formação e 
qualificação profissional dos educadores, contra a criação dos Institutos Superiores de 
Educação. O que não impediu a habilidade e eficiência da Comissão enquanto prática 
executiva. 
A eficácia da Comissão, não era apenas de examinar as propostas provenientes das IES dos 
vários pontos do país, o qual no final somou em mais de quinhentas, ampliando a ideia para 
todas as entidades nacionais ligadas a questão (Scheibe, Aguiar, 1999). Em consonância a 
estes fatos, são elaboradas as propostas referentes ao Curso de Pedagogia e, no dia 6 de 
maio de 1999, é lançado o documento denominado Proposta de Diretrizes Curriculares de 
autoria da Comissão de Especialistas de Ensino de pedagogia. 
 
 
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Outro ponto pertinente é o tempo que este ficou em posse da SESU/MEC, levou tempo para 
ser encaminhado ao CNE, o que não impediu a sua boa acolhida pela comunidade 
acadêmica, inclusive por trazer relevâncias para o Curso de Pedagogia, com os respectivos 
princípios representados pela ANFOPE, além de trazer as funções do curso; questão de 
grande teor em décadas passadas. 
Com certeza as diversas tendências existenciais, ocorridas durante o processo, favoreceram 
a contemplação de uma proposta suficientemente abrangente. A Comissão, seguindo a linha 
de encaminhamentos feitos por algumas universidades e pelo próprio Grupo de Trabalho da 
Pedagogia do V Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores, em novembro 
de 1998 em Águas de São Pedro, onde foram reunidas as atuais funções do curso, dando 
abertura à atuação do pedagogo em áreas emergentes do campo educacional onde, por 
meio deste, pode-se definir o perfil comum do Pedagogo: 
Profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e gestão de sistemas, unidades e 
projetos educacionais e na produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas da 
Educação, tendo a docência como base obrigatória de sua formação e identidade 
profissional (Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia, p.1). 
Tais afirmativas ainda podem ser corroboradas na ótica do Dicionário Michaelis, que define 
Pedagogo como: “Individuo que se ocupa dos métodos de educação e ensino”· Em outras 
palavras pode-se dizer que Pedagogo é o profissional Especialista em Educação, cuja 
função é produzir e difundir conhecimentos no campo educacional. Ele precisa ser capaz de 
atuar em diversas áreas educativas e compreender a Educação como um fenômeno cultural, 
social e psíquico complexo e capaz de produzir e difundir conhecimentos no campo 
educacional, nada diferente da definição citada pela Comissão. 
A flexibilidade é o eixo norteador desta proposta, de forma a constituir a diversidade das 
variantes didáticas para a organização de conteúdos nos princípios para estruturação geral 
dos cursos, desde que a docência seja considerada como base da formação, onde a 
aceitação acadêmica realmente contribuiu, lembrando que a matéria a respeito dos Institutos 
Superiores de Educação encontrava-se em discussão no CNE desde o início de 1998, de 
 
 
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forma que os interessados puderam acompanhar de perto as várias versões do projeto que 
resultou na regulamentação dos ISES. 
A Resolução CP nº 1, de 30 de setembro de 1999, consta que ISES, ou pelo menos parte da 
CES/CNE tenderia a separar o Ensino da Pedagogia, em que a convergência das entidades 
acadêmicas no apoio à proposta da Comissão de Especialistas poderia resultar numa 
resistência mais forte a se contrapor a tal iniciativa. O que não foi diferente em relação ao 
Parecer CES 970, aprovado em 09/11/99. 
O Parecer supracitado alçou o principal foco de tensão ao tratar do Curso Normal Superior e 
da Habilitação para Magistério em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental 
nos Cursos de Pedagogia, os relatores deste foram: Eunice Ribeiro Durham, Yugo Okida e 
Abílio Afonso Baeta Neves, habitualmente consonantes com as posições do MEC. 
Esse último Parecer, a CES/CNE, retirou a possibilidade do curso de Pedagogia voltar-se, 
também, à formação de docentes para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental e para a 
Educação Infantil, retrocedendo as desconfianças, já então mencionadas, de que poderia 
haver uma inadequação e inapropriação da interpretação referente aos Artigos da LDB, 
referente à formação dos profissionais em Educação. 
Os relatores utilizaram um mesmo critério, de forma contraditória, para análise dos Artigos 
62, 63 e 64, no afã de expropriar a função de Magistério do Curso de Pedagogia, incorreram 
num erro de lógica, considerando o critério de omissão, ora com o sentido de inclusão, ora 
com o de exclusão. 
Sabe-se ainda que, os cursos Normais Superiores fazem parte do artigo referente aos 
Institutos Superiores de Educação, cujos relatores facultam sua inclusão nas universidades. 
Mesmo reconhecendo que o artigo, que se refere a elas, seja omisso em relação a esses 
novos cursos, dando-se ao fato da formação de profissionais em Educação, para a 
Administração, Planejamento, Supervisão e Orientação Educacional para Educação Básica, 
ser atribuída ao curso de Pedagogia é motivo para os relatores eliminarem a possibilidade do 
mesmo destinar-se, também, à formação de professores, embora o artigo 64 seja omisso 
quanto a isso. 
 
 
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NOTA: Equiparar a estruturação e procedimentos nos sites e órgãos: 
1. APS - Associação de Pedagogia Social; 
2. Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo; 
3. http://www.pedagogos.pro.br; 
4. http://www.brasilprofissoes.com.br/verprof.php?codigo=29 
 
 
 
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UNIDADE 3 
Objetivo: Informar quanto aos aspectos evolutivos relevantes ao Inspetor Educacional 
O Excentrismo da Inspeção Escolar Brasileira em sua Evolução 
 
É do conhecimento de todos que a História do Brasil, particularmente no que se refere à 
Educação Nacional, passou e passa por altos e baixos, ou seja, vive em contínuo avanço, 
tecnológico, social e infraestrutural, no qual as mudanças evolutivas se dão muitas vezes em 
decorrência do ato de inspecionar. Embora já se tenha visto na unidade I, vale equiparar tal 
significado ao Dicionário da Língua Portuguesa: Larousse, o termo Inspeção refere-se ao ato 
ou efeito de inspecionar; exame, vistoria. Encargo de vigiar. 
O processo supracitado, oriundo desde 1830, estendeu-se a 1858; período esse, cujo 
instante da Inspetoria Educacional brasileira se dá graças às exigências e cobranças da 
então chamada Província de Santa Catarina, localizada ao Sul do País. Nesta os 
governantes buscavam fixar a prática inspetora, historicamente construída,como parte 
complementar do processo de constituição do Ensino Público, de forma a constitucionalizá-la 
como um eixo de ação institucionalizada como parte integrante do projeto de construção de 
uma nação civilizada. 
É claro que a Inspeção do Ensino Público, em sua forma de derramamento e a priorização, 
não eram questões que estavam relacionadas entre si; o que ocorria era um movimento 
maior referente ao processo de constituição do Estado Nacional Brasileiro, cuja 
independência, recentemente, havia sido proclamada. Na verdade, o segmento socialmente 
dominante, acarretou na emancipação política do país. 
Havia um demasiado interesse em manter a ordem, no que difere a Constituição, no qual se 
pretendia rescindir o pacto uma vez feito com a Metrópole, esta que não se limitava quanto 
 
 
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às penas, impondo restrição à liberdade de comércio e subordinação administrativa, com tais 
imposições, levaria o país a não ultrapassar os limites aplicados ao ato imposto pelo próprio 
grupo dominante, quão mantinha a estrutura colonial de produção e a escravidão. 
Independente, a Nação passou do domínio administrativo português à tutela econômica 
britânica, quão ideologia liberal propagada pela elite europeizada de certa forma mascarava 
a escravidão e a miséria na qual vivia a maioria da população, enquanto a Monarquia 
manteve-se como forma de governo, além de institucionalizar o Poder Moderador, mantendo 
para as eleições a prática em dois graus e o voto censitário. 
Em decorrência dessa historicidade, o Ensino Público era considerado como força de 
civilização e a Inspeção Escolar, vista como um vivo mecanismo de controle e 
direcionamento do ensino, o que na verdade, direcionava-se para os anseios elitistas da 
civilização, em vista que, o oferecimento da Educação Escolar, mais precisamente, era um 
pleito relativamente ligado a nata dos letrados e dirigentes, tanto do Governo Provincial 
Catarinense, como do Governo Geral, que pretendia firmar-se como Nação, cujo período é 
conhecido como a Época das Luzes onde, Nação e Civilização eram conceitos chaves que 
não se dissociavam. Nesse processo, cada vez mais os governantes da Província de Santa 
Catarina mostram-se preocupados com questões ligadas ao progresso e à ciência, isto 
centrado na fala do Presidente Coutinho, que sempre esteve muito preocupado com os 
agricultores, o que a seu ver, era necessário mantê-los na rotina de zelo pela terra e seus 
bens. Na época, por meio do Governo Provincial de Santa Catarina, os camponeses 
recebiam sementes de várias culturas, vindas de fora do país, consideradas de melhor 
qualidade que as nativas, como as do algodão, o trigo e a erva-mate, entre outras, isto 
devido às constantes queixas à Assembleia Provincial, alegando que estas não eram 
devidamente aproveitadas pelos lavradores. 
Havia certa idiossincrasia, alegando que os agricultores não se empenhavam em cultivar a 
terra, assim como adquirir instrumentos que pudessem melhorar a qualidade final do produto, 
onde em 1853, o Presidente Coutinho relatou que a máquina de farinha, inventada em 1848, 
só havia em duas Províncias, até então, podendo ser importada pelo valor de 400$ a 500$, 
de forma substituir a mão de obra humana e mesmo assim, alguns cultivadores preferiram 
 
 
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adequar-se aos escravos, embora lhes custasse cerca de 700$ a 800$ Réis, não vetante aos 
possíveis riscos de achaques, fugas e mortes. 
Os fatos até então narrados, difundem a impostura idiossincrática das autoridades de forma 
a recomendar a Educação como veículo informativo e acelerador de saber, visto como algo 
para combate, fazendo constantes afirmativas que o educar estaria relacionado à efusão 
deste, como um princípio eficaz e seguro de civilização; em outras palavras seria acreditar 
que uma vez instruídos com o ensino sistematizado os lavadores automaticamente sentir-se-
iam mais motivados e capazes de maiores iniciativas, razão pelo qual, na Unidade I 
menciona-se que, de certa forma, a ação de inspeção contribuía com os colonos e 
agricultores. 
O pensar acima não é fugaz, partindo do princípio de que por meio da educação se poderia 
alcançar um futuro melhor, pois esta conduziria a sociedade à libertação de hábitos 
ultrapassados, seguindo rumo ao progresso. A lavoura, descrita pelos presidentes 
catarinenses, em geral, era estacionária e atrasada; o que emperrava o desenvolvimento do 
comércio já que este dependia essencialmente de produtos agrícolas. A província só poderia 
prosperar na medida em que houvesse disseminação e propagação desta. 
Porquanto, é preciso lembrar a História Europeia, conforme já dito, o século das Luzes, é 
correspondente ao século XVIII, enquanto, a historicidade brasileira ocorre no século XIX, 
período em que o conhecimento passou a ganhar força e espaço, trazendo consigo a 
preocupação em instruir os agricultores, juntamente pela necessidade de erradicar as 
epidemias presentes, o quão atingia de maneira geral os menos favorecidos, ou seja, as 
populações indiscriminadas, levando o governo tomar para si a responsabilidade de evitar as 
epidemias. 
A propagação da vacina foi uma saída que visava à prevenção das epidemias de varíola, 
denominada de flagelo das bexigas, constantes na época. Era uma preocupação expressa 
frequentemente pelas autoridades locais. Relatórios e falas presidenciais mostram que várias 
campanhas foram realizadas no sentido de conscientizar a população do bem que a vacina 
 
 
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poderia lhes proporcionar, envolvendo médicos, professores e os párocos com os sermões 
na missa. 
A questão é que embora benéfica, à vacina, não era aceita por todos, devido aos boatos de 
que ela não era eficaz e, os que ainda não haviam passado por ela, consideravam-na 
desnecessária; acrescentando aqui os acometidos por superstição ou pânico, onde Cabral 
(1979, p. 465), relata que o puz vacinico, muitas vezes era obtido de outro vacinado. Como o 
recurso empregado, com o objetivo de eliminar tais preocupações, não surtiu resultados, os 
governantes locais revelavam suas esperanças de que por meio da instrução se poderia 
obter sucesso neste sentido. 
Tais razões levaram o então Presidente da Província, José Joaquim Machado de Oliveira, 
queixar-se das dificuldades encontradas na disseminação da vacina nas regiões mais 
afastadas da Capital, principalmente em Lages e, registrou que as preocupações da 
população em relação à vacina somente seriam abandonadas com o esclarecimento, já que 
não havia outro meio mais preciso. 
Relatórios fornecidos a imprensa, afirmavam que a instrução apareceu muitas vezes, 
reforçando o intento redentor e generalizador da Instrução Escolar, sendo defendida com 
acuidade. Na verdade, visavam-se os progressos da civilização, tanto materiais como 
políticos, pois, ao ver do poder da elite, alguns aspectos de civilidade também deveriam ser 
incorporados pelas demais pessoas livres que compartilhavam da vida urbana, assegurando, 
dessa forma, um mínimo de unidade que garantisse sua posição dominante. 
 
 
 
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UNIDADE 4 
O Desenvolvimento Intelectual como Alavanca da Ação Inspetorial da Educação 
Brasileira 
Objetivo: Conhecer as características dominantes da ação da Inspeção no desenvolvimento 
intelectual e social do individuo. 
 
De acordo com a unidade anterior, a ação dos inspetores, melhora a erradicação de 
epidemias, ocorridas no Brasil – Algumas províncias, em particular, tiveram dificuldades 
devido à falta de conhecimento e esclarecimento daqueles que precisavam ser vacinados. 
Logo, o reconhecimento do valor e importância da vacina, levou os interessados na questão 
a preocupar-se com uma inspetoria mais rigorosa e eficiente,além de fazer o saber chegar 
aos então desprovidos deste. 
No entanto, o Presidente, catarinense, José Joaquim Machado de Oliveira, em Relatório ao 
Presidente João José Coutinho, em 19 de abril de 1854, p. 35. Declara o seguinte: “a 
instrução, Senhores, como vos bem sabeis, é uma das primeiras necessidades dos povos, 
que são regidos pelo sistema representativo e principalmente quando, como o brasileiro está 
em tirocínio desse sistema e por isso, com mais razão dependem do desenvolvimento 
intelectual para o melhor conhecimento e apreço de sua posição, da sujeição das relações 
intimas em que se encontram uns com os outros”. 
A fala acima revela a importância da instrução para os povos regidos pelo regime 
representativo, no qual o discurso oficial mostra alguns aspectos do Ensino Público, em 
constituição, embora mediante as perspectivas burguesas, que desejava difundir um ensino 
“civilizatório” que concedesse cidadania; entendida, na época, como o direito civil de 
reconhecer-se como brasileiro, pertencente a uma sociedade de classes, sujeito as leis e não 
 
 
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a vontades individuais. Portanto, o desenvolvimento intelectual anunciado passaria pela 
moralização das pessoas. 
Ora, o que de fato estaria acontecendo seria a retenção dos instintos, incutindo-lhes 
costumes moderados, no qual a tranquilidade pública se instalaria pelo equilíbrio e 
sobriedade. Sendo que todos deveriam aceitar a posição que ocupavam socialmente, de 
forma a obedecer às leis; favorecendo um relacionamento de respeito à fleuma, à 
propriedade e à segurança. 
Juntamente com o entendimento de que a universalização da instrução era uma necessidade 
posta pela civilização da época de difusão das luzes, havia a crença de que para a instrução 
não desencadear conflitos, teria que estar ligada ao cultivo da virtude, onde ao professor 
caberia ser exemplo de moralidade e civilidade, características necessárias para incutir em 
seus alunos bons costumes, afastando-os dos vícios e da barbárie. 
O pensar acima levou muitos encarregados pela inspeção, a pensar que o morigerado do 
educador (que tem vida exemplar bons costumes), além de afirmar que a escola tinha muitas 
vantagens, afável a situação, o diretor, também, possuía qualidades essenciais à época, 
razão em que levou os poderes executivo provinciais, baseados no princípio de que do 
destino do resto da vida dependem as primeiras impressões que se recebem na infância, o 
levou a solicitar à Assembleia Legislativa Provincial, na sessão de 1843, que fosse evitado 
que pessoas viciosas ou perversas oferecessem aulas, sugerindo que os candidatos a 
ministrar aulas particulares deveriam obter relatórios sobre as escolas públicas e 
particulares, isto circuncidado pela inspetoria, já então existente. 
A razão supracitada fez com que no ano de 1854, se estabelecesse uma Lei, determinando 
Concurso Público para a admissão dos prováveis educadores, no qual o candidato ao 
exercício do Magistério deveria apresentar bons costumes e professar a religião do Estado, 
além de apresentar-se vestido adequadamente, ou seja, descentemente e fazer com que 
seus educandos se tratassem com civilidade, evitando o uso de palavras, gestos, sinais e 
pinturas indecentes ou obscenas. 
 
 
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Quando fosse explicar gramática deveria fazer-se de orações que dessem um sentido moral, 
inspirando nos alunos sentimentos de religião, virtude, e amor às instituições do Estado. 
A questão é que o quadro educacional dessa época vivia as consequências da ausência de 
uma diretriz nacional norteadora para a instrução, onde cada província criava uma forma de 
direção e organização para o ensino público, em constituição, trazendo nestas a garantia de 
um ensino uniforme, professores habilitados e provimentos definidos para o Magistério. Entre 
outros, foram sendo derivado para a Inspeção Escolar, razão pelo qual levou os dirigentes 
locais delegaram à Inspeção a responsabilidade de resolver muitas dessas questões como 
se de repente esta pudesse incitar o seu esforço de instruir o povo e as sucessoras medidas 
ao eixo educativo, o que dava a entender que a Inspeção Escolar seria o instrumento preciso 
e importante à solução dos problemas referentes à instrução. 
A imprensa teve um papel alarmante quanto à informação e formação no qual as 
informações advindas por esta, expressavam entendimento de que era preciso melhorar a 
instrução pública, por outro, apontavam a escassez de iniciativas nesse sentido, fornecendo 
a dimensão do quadro que se encontrava o ensino público de então. 
As razões acima fizeram com que em 1851, a Inspeção Escolar passasse a ser de 
responsabilidade das Câmaras Municipais, motivo de altas critica. Muitos responsáveis 
começaram a dar um novo sentido ao setor educacional, por meio de estruturas físicas e 
pessoais, mesmo ainda não dispondo de verbas provenientes à área, o que os levou a alugar 
locais e adaptá-los, já que muitos professores tinham que usar suas casas como salas de 
aula, além de ser remunerado somente uma vez ao ano. 
Logo, a Constituição Brasileira de 1824, conferiu a responsabilidade do Ensino Primário e 
Secundário às Províncias, expressando a despreocupação do poder central com o 
cumprimento efetivo, determinando em lei, à instrução primária universal e gratuita. 
Entretanto, em 1830, foram vários os discursos expressando preocupação com a 
uniformização do ensino, de forma a insistir uma Lei geral que determinasse as diretrizes da 
instrução pública nacional, enfatizando acordos de Diretrizes Nacionais promissoras ao 
ensino elementar mais eficiente, direcionando a Inspeção Escolar como um dos principais 
 
 
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itens a ser acrescentado à lista da diretriz geral; não vetante aos discursos em favor da 
educação pública eficiente, cujo, interesse no Ensino Público Primário não era outro, senão, 
o de alargamento de alguns aspectos de civilidade para certos membros de segmentos 
populares da sociedade. 
 
 
 
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UNIDADE 5 
Atribuições da Inspetoria Escolar na Área Administrativa e suas Diferenciações 
Objetivo: Correlacionar os afazeres da Inspetoria Escolar dentro da Administração, 
juntamente com suas diferenças 
 
Em 1846, no Estado de São Paulo, foi decretado o primeiro Regulamento referente à ação 
da Inspetoria Escolar Nacional, o qual objetivava a organização das Comissões Inspetoras, 
responsáveis pela fiscalização das escolas, em todos os lugares onde existissem escolas 
particulares ou públicas. 
Já em 1851, sai o segundo decreto no qual revogou a prescrição supracitada e criou uma 
estrutura de inspeção centralizadora, que referendava a intervenção direta do Estado na 
fiscalização das escolas, dos alunos e dos professores, através da criação da Inspetoria 
Geral da Instrução Pública e do cargo do Inspetor Geral (SÃO PAULO – Província, 1874). 
Ainda, segundo os relatórios, as homologações determinavam que o Inspetor fosse 
responsável por toda a instrução da Província. Devendo, através da verificação realizada 
pelos inspetores de distritos, supervisionar as escolas e enviar, anualmente, um relatório 
sobre o seu Estado ao Presidente da Província que, obrigatoriamente, deveria remeter essas 
mesmas informações à Assembleia Legislativa. 
(...) Por tanto a ciência política hoje condena a máxima que veda o Estado de se ingerir na 
educação dos homens; porque a História revela que, abandonando o ensino ao arbítrio dos 
professores, ou as especulações do interesse privado, o desenvolvimento da inteligência, a 
moralidade pública, a religião adaptada, o sistema de governo, todos os mais altos interesses 
do Estado, pode cair em sofrimento, se não forem abertamente destruídos; e assim o ato de8 de novembro de 1851, pelo qual V. Ex. providenciou, e regularizou a intervenção da 
 
 
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autoridade em todos os estabelecimentos de ensino, é grande beneficio de que V.Ex. dotou a 
Província. (RELATÓRIO, 1852). 
De acordo com os Relatos e outros autores, no decorrer do século XIX, a ação centralizadora 
do Estado marcaria não só a instrução, caracterizando uma intervenção no processo de 
escolarização da Província, mas a própria reordenação política e econômica da sociedade, 
pois, neste mesmo século, a Província de São Paulo se apresentava mais urbanizada e 
caminhando, ainda que lentamente, para a industrialização, fazendo a denúncia de 
precariedade da Escola Pública elementar e a defesa de um ensino popular. 
Para Souza, 1998, p. 75, afirma que para a administração dessa nova escola e organização 
era necessário um diretor, “[...] um elemento fundamental para a organização da escola 
graduada”, que considerado o único responsável pela escola perante o governo o quão 
substituiu os professores nessa relação com o Estado. Pois, do diretor “[...] se esperava tudo: 
organizar, coordenar, fiscalizar e dirigir o ensino primário”. (SOUZA, 1998, p. 76) 
E hoje, era da modernidade, dos avanços tecnológicos, filosóficos e sociais, muitas das 
atribuições dadas ao Inspetor, no início do Brasil Província, perduram aos dias atuais, 
podendo ser equiparada conforme a seguir: 
a) Supervisionar os estabelecimentos de ensino e verificar a observância dos respectivos 
Regimentos Escolares; 
b) Garantir a integração do sistema estadual de educação em seus aspectos 
administrativos, fazendo observar o cumprimento das normas legais e das 
determinações dos órgãos superiores; 
c) Aplicar instrumentos de análise para avaliar o desempenho das pessoas das escolas 
no que se refere aos aspectos administrativos; 
d) Atuar junto aos Diretores e Secretários de estabelecimentos de ensino no sentido de 
racionalizar os serviços burocráticos; 
 
 
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e) Manter os estabelecimentos de ensino, informar das diretrizes e determinações 
superiores e assistir os Diretores na interpretação dos textos legais; 
f) Acompanhar e assistir os programas de integração escola/comunidade; 
g) Analisar os estatutos das instituições auxiliares das escolas, verificar a sua 
observância e controlar a execução de seus programas; 
h) Examinar as condições do ambiente escolar, dos implementos e do instrumental 
utilizados, tendo em vista a higiene e a segurança do trabalho escolar; 
i) Sugerir medidas para a revisão do prédio escolar, bem como para a renovação, reparo 
e aquisição do equipamento. 
j) Opinar quanto à redistribuição da rede física, o seu entrosamento; 
k) Orientar a matrícula de acordo com as instruções fixadas pelo Delegado de Ensino; 
l) Orientar e analisar o levantamento de dados estatísticos sobre as escolas; 
m) Constatar e analisar problemas de repetência e evasão escolares e formular soluções; 
n) Opinar quanto à mudança da sede de exercício, permuta/ou transferência e 
substituição do pessoal em casos não sujeitos a regulamentação própria; 
o) Examinar e visar documentos dos servidores e da vida escolar do aluno, bem como os 
livros de registro do estabelecimento de ensino; 
p) Sugerir medidas para o bom funcionamento das escolas sob sua supervisão; 
q) Opinar sobre o recrutamento, seleção e treinamento de pessoal pertencente aos 
estabelecimentos de ensino. 
 
Logo, constata-se que existem certos elementos que servem de ponto de partida para as 
atividades de Inspeção Escolar, ou seja, se pode falar em princípios da Inspeção Escolar, 
 
 
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onde eles são provenientes de natureza filosófica, enquanto ligados ao mundo de valores e à 
medida que indicam os fundamentos e os objetivos da Educação. 
No entanto, considera-o de natureza política, no sentido de oferecerem o estilo ou o “modo 
de agir”, enquanto de natureza administrativa é o momento em que ditam, 
pormenorizadamente; o modus operandi ou relacionam as atribuições. 
Nota-se que há princípios existenciais, isto é, são causas de uma ação pedagógica ou 
oferecendo aos professores e diretores uma compreensão do fenômeno educacional e 
escolar; princípios lógicos, que consideram as Inspeções Escolares: importantes, 
necessárias, úteis, oportunas e sem necessidade de muitas explicações para se entender os 
princípios normativos que consistem em um conjunto de regras práticas para a realização da 
Inspeção Escolar. 
 
 LER: 
ANNAES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PROVINCIAL DE SÃO PAULO. 
RECONSTITUIÇÃO DESDE 1835-1861. Publicação oficial e organizada por Eugenio Egas e 
Oscar Motta Mello. SP: Seção de obras DO Estado de SP, 1926. 
 
 
 
NOTA: As afirmativas poderão se comparadas no site: 
http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt02/t0211.pdf, referente ao Artigo: Inspeção Escolar, 
Civilidade e Progresso, de GONÇALVES, Rosemari Conti- ACE; GT: História da Educação/ 
nº2. A autora relata as primeiras experiências do Estado de Santa Catarina, ainda Província 
o qual contribui para a edificação e exaltação da Inspetoria Educacional e a sua subjetividade 
enquanto produto da evolução escolar nacional por meio de diretrizes. 
 
 
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UNIDADE 6 
Principais Atos Administrativos Normativos da Inspeção Escolar 
Objetivo: Compreender os principais Atos Administrativos Normativos da Inspeção. 
 
Conforme a unidade anterior, a Inspeção Escolar é regida, por normas e diretrizes próprias, 
no qual qualifica ou desqualifica as ações impostas pelo poder público ou mesmo, por quem 
está no poder. Neste sentido, é preciso, não somente, ser o responsável pelas ações, mas 
conhecer as diretrizes nacionais, estaduais e municipais para melhor executá-las, além do 
cumprimento do seu exercício de acordo com as etapas a seguir: 
a) Decreto: é a forma que se revestem os atos individuais ou gerais, emanados do Chefe 
do Poder Executivo (Presidente da República, Governador e Prefeito). É o poder 
regulamentar e é de competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. É 
considerada lei em sentido material por estabelecer normas gerais e abstratas. 
Tipos - regra geral: 
1. Normativo e geral: regulamentar ou de execução (através do ato de decreto se 
aprova o regulamento a que se refere); 
2. Individual: (este é verdadeiro ato administrativo) prevê situações particulares 
sem estabelecer norma geral. Ex. decreto de nomeação. Obs. leis de efeito 
concreto se equiparam aos decretos individuais, Ex. lei que concede isenção e 
ambos podem ser atacados, por via ordinária ou MS, devendo atentar que não 
mais existe o chamado decreto-lei, substituído pela medida provisória (art. 62 
da CF/188); 
 
 
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b) Regulamento: atos administrativos postos em vigência, para especificar os 
mandamentos da lei, a torna explícita sem inovar a ordem jurídica. O regulamento tem 
que ser publicado na íntegra, como também o decreto que o aprova. 
c) Instrução Normativa: expedida, via de regra, pelos Ministros de Estado para a 
execução leis, decretos e regulamentos (art. 87, p. único, I da CF/88). 
d) Regimentos: normativo de atuação interna, dado que e para reger o funcionamento 
de órgãos e colegiados e corporações legislativas e judiciárias, provendo então o 
Poder Hierárquico, que geralmente é posto em vigência por Resolução do órgão 
diretivo do colegiado (presidência ou mesa), podendo, também, disciplinar o 
funcionamento do serviço público, contudo só em pormenores (natureza prática) 
acrescentando a lei (art. 87, p. único, II da CF/88). 
e) Resolução: é a forma de que se revestem os atos, gerais ou individuais, emanados 
de autoridades outras que não o Chefe do Poder Executivo, ou pelo Presidentedos 
Tribunais ou órgãos legislativos ou colegiados, esta não se confunde com a resolução 
referida no art. 59, V, neste caso se equivale à lei, sob o aspecto formal, sendo 
utilizada nos casos previstos no art. 49, 51 e 52 da CF/88 (Celso Antônio entende que 
neste caso se trata de decreto legislativo). 
f) Deliberação: normativo (geral) ou decisório (individual). Emanado só por órgãos 
colegiados; são inferiores ao regulamento e ao regimento; a deliberação normativa é 
superior a individual. 
 
No que diz respeito aos atos da inspetoria, também pode ser incluído, além de ser importante 
junto aos processos, o Ato Ordinário, mais precisamente: Ordem, ou seja, refere-se à 
ordenação da estrutura processual e organizacional, o quão são aqueles que visam 
disciplinar o funcionamento da administração e a conduta funcional de seus agentes, advindo 
dos provimentos, determinações ou esclarecimentos no qual os principais Atos 
Administrativos Ordinários discriminam-se da seguinte forma: 
 
 
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 Instrução: efeito interno: ordens e escritas gerais a respeito de determinado serviço 
público; 
 Circular: mesma natureza da instrução, porém é ordem de caráter uniforme para 
determinada situação especial; 
 Aviso: é utilizado geralmente pelos Ministros Militares, tem a mesma natureza da 
instrução; 
 Portaria: 
1. expedição de determinações gerais pelos chefes de órgãos, repartições ou 
serviços; 
2. designação de servidores para funções ou cargos secundários; 
3. inicia sindicância e processo administrativo (mesmo caráter de denúncia do 
CPP). 
STF: tem o caráter apenas interno. O administrador não está sujeito ao Poder 
Disciplinar da Administração. 
 Ordens de serviço: determinação especial dirigida aos responsáveis por obras ou 
serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposição de caráter 
administrativo. 
 Ofício: comunicação ou convite escrito entre autoridades, entre estas e subalternos e 
entre aqueles e particulares. Pode ter caráter administrativo ou social. 
 Despacho: ato de decisão no âmbito administrativo. Existe o despacho normativo que 
é a decisão que deve ser adotada no âmbito interno da Administração. 
Incluem-se ainda os Atos Negociais as declarações de vontade do Poder Público 
coincidente com a pretensão do particular, visando à concretização de negócios 
públicos ou a atribuição de certos direitos ou vantagens ao interessado no qual 
estabelecem a relação de negócios, contendo as seguintes características: 
 
 
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1. O instrumento é o Alvará (é o instrumento, a forma exterior) pelo qual a Administração 
confere licença ou autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos 
ao poder de polícia do Estado; 
2. Nestes atos, em alguns casos, há uma ingerência do Poder Público nos atos civis e 
comerciais; 
3. Podem ser vinculados ou discricionários; 
4. Podem ser definitivos ou precários; 
5. Em regra, são de efeito jurídico concreto e individual ao contrário dos atos normativos, 
que têm um caráter geral e abstrato. 
 
 
 
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UNIDADE 7 
Atos Administrativos da Inspetoria Escolar 
Objetivo: Sintetizar os Atos Administrativos Negociais. 
 Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta 
aquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade vinculado ou 
definitivo e gerando direito subjetivo, podendo ser nulo por ilegalidade na expedição e em 
caso de revogação gera indenização. 
 Autorização: ato unilateral discricionário e precário pelo qual a Administração faculta ao 
particular o uso privativo de bem público, ou de desempenho de atividade material, ou 
prática de ato que, sem esse consentimento, seriam legalmente proibidos, pois há 
interesse particular, que poderá cassar a qualquer momento sem indenização. 
 Permissão: em sentido amplo, designa o ato administrativo unilateral, discricionário e 
precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração faculta ao particular a utilização 
privativa de bem público, até por que há interesse concorrente do promitente e do 
permissionário isto se for a permissão para exercer serviço público, tratando-se de 
contrato de adesão, conforme Lei 8.987/95, devendo ter a licitação pública, art. 175 da 
CF/88. 
 Aprovação: ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o controle a priori ou a 
posteriori do ato administrativo. É a análise da legalidade e mérito de outro ato para 
consentir na sua execução. No controle a priori equivale a autorização e no controle a 
posteriori equivale ao referendum, na verdade é o ato discricionário, porque examina sob 
os aspectos de conveniência e oportunidade para o interesse público, por isso é a 
condição de eficácia do ato. 
 
 
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 Admissão: é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao 
particular, que preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço Ex. 
admissão nas escolas públicas, hospitais, estabelecimentos de assistência social, no qual 
não se confunde com a admissão de empregado. 
 Visto: é o ato administrativo unilateral pelo qual a autoridade competente atesta a 
legitimidade formal de outro ato jurídico. E a análise somente da forma do ato. Ex. visto 
do Chefe para encaminhamento de requerimento de funcionário subalterno para Chefia 
de maior instância. 
 Homologação: É o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece a 
legalidade de um ato jurídico, ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o 
aspecto de legalidade, no que se distingue da aprovação. Ex art. 43, VI, da Lei 8666/93, 
homologação do procedimento licitatório. 
 Dispensa: exime o particular do cumprimento de determinada obrigação Ex. serviço 
militar. 
 Renúncia: extingue determinado crédito ou um direito próprio liberando a pessoa 
obrigada em que depende de autorização. 
 Protocolo administrativo: protocolo de intenções, este contém duas faces e gera direito 
e obrigações para as partes. 
Dos Atos Enunciativos pode-se dizer que são aqueles que enunciam uma situação 
existente, sem qualquer manifestação de vontade da Administração. Na verdade, estes 
são atos administrativos em sentido formal em que se classificam conforme a seguir: 
a) Certidão: cópia ou fotocópia autenticada de processos, livros ou documentos que 
estão nas repartições públicas que: 
 Possui o mesmo valor probante do original; 
 Gratuidade: art. 5°, XXXV, “b”, CR/88; 
 Prazo improrrogável de 15 dias, Lei 9051 /95 (Lei Nacional). 
 
 
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b) Atestado: A Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha 
conhecimento por seus órgãos competentes, que não consta de seus livros ou 
registros. 
c) Parecer: Manifestação de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua 
consideração; conteúdo opinativo. 
 Regra geral não vincula a Administração, porém se aprovado passa a 
vincular tanto a Administração como os particulares. 
 Espécies de pareceres vinculados: 
a) parecer normativo após regular o fato concreto vira regra geral 
para o futuro; 
b) Parecer Técnico Prevalece em relação ao superior hierárquico. 
d) Apostila (averbação): atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior 
criada por lei. Ex. averbação de adicional de tempo de serviço. 
Em relação aos efeitos, o ato administrativo pode ser constitutivo, declaratório e 
enunciativo. 
 Ato constitutivo: é aquele pelo qual a Administração cria, modifica 
ou extingue um direito ou uma situação do administrado Ex. a 
autorização, a permissão, a dispensa, a aplicação de penalidade, etc. 
 Ato declaratório: é aquele em que Administração apenas reconhece 
um direito que já existia antes do atoEx. licença, admissão, 
homologação, isenção, anulação. 
 Ato enunciativo: é aquele que a Administração apenas atesta ou 
reconhece determinada situação de fato ou de direito, não 
produzindo efeitos jurídicos imediatos, mas são considerados meros 
atos administrativos. Ex. certidões, atestados, informações, 
pareceres, vistos, etc. 
 
 
 
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UNIDADE 8 
A Extinção dos Atos Administrativos 
Objetivo: Elaborar os Atos Administrativos quanto a sua Extinção 
 
1. Modalidades de Extinção em que um ato administrativo é extinto devido ao: 
 Cumprimento de seus efeitos; 
 Desaparecimento do sujeito ou do objeto; 
 Retirada que abrange: 
A. Revogação, em que a retirada se dá por razões de conveniência e 
oportunidade; 
B. Invalidação: por razões de ilegalidade; 
C. Cassação: descumprimento de condições para permanência da 
situação jurídica desfrutada pelo destinatário. Ex. Hotel que se 
transforma em casa de tolerância; 
D. Caducidade: norma jurídica posterior torna inadmissível a situação 
antes permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente. Ex. 
caducidade para exploração de parque de diversão; 
E. Contraposição: emissão de ato com fundamento de objeto diverso do 
anterior. Ex. exoneração “ad nutum” de servidor ocupante de cargo 
comissionado. 
 
 
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2. Anulação, invalidação ou nulidade dos atos administrativo, entendido como o 
desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade, ou seja, é o afastamento 
dos atos administrativos inválidos, defeituosos que invalidam os atos e seus efeitos sendo 
estes “EX TUNC”. 
A questão é que a própria administração, sem necessidade de ser provocada pode 
invalidar seus atos, isto é o exercício de autotutela, Súmulas 376 e 473 do STF. Neste 
sentido, a administração pública tem o dever e o poder de rever seus próprios atos, 
tem a obrigação de zelar pela legalidade dos atos administrativos. No entanto, vai-se 
firmando o entendimento de que a anulação do ato administrativo, quando afeta 
interesses ou direitos de terceiros, deve ser de contraditório, por força do art. 5°, LV, 
da Constituição. 
Poderá, ainda, a Administração deixar de invalidar um ato administrativo, em 
circunstâncias determinadas, quando o prejuízo determinante da anulação pode ser 
maior do que o decorrente da manutenção do ato ilegal; nesse caso, é o interesse 
público que norteará a decisão, sendo, contudo, necessário se observar que só será 
possível essa opção se o ato não se originar de dolo, não afetar direitos ou interesses 
privados legítimos, nem causar dano ao erário. 
2.1. Vícios: peculiaridades no direito administrativo. No Direito Administrativo os vícios 
atingem os cinco elementos que compõem ato administrativo a competência e à 
capacidade (em relação ao sujeito), à forma, ao objeto, ao motivo e à finalidade. 
Esses cinco vícios estão definidos no art. 2° da Lei de ação popular (Lei n° 4.717/65). 
2.1.1. Vícios relativos ao Sujeito: Previsão legal, conforme art. 2°, parágrafo único, c, 
da Lei 4.717/65: “a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir 
nas atribuições legais do agente que o praticou”, na verdade, existem duas 
categorias de vício, quanto: 
a) Incompetência; 
b) Incapacidade. 
 
 
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Vícios quanto à competência: 
a) usurpação de função; 
b) excesso de poder; 
c) função de fato. 
 
A usurpação de função ocorre quando a pessoa se apossa, por conta própria, do exercício 
de atribuições próprias de agente público, sem ter essa qualidade, sendo prevista como 
infração penal, art. 328 do CP. No entanto, o excesso de poder ocorre quando o agente 
público excede (ultrapassa) os limites de sua competência. Ex. a autoridade competente para 
aplicar pena de suspensão aplica penalidade mais grave, constituindo juntamente com o 
desvio de poder, que é vício quanto à finalidade, uma das espécies de abuso de poder, pois, 
tanto o poder como o desvio de poder pode configurar crime de abuso de autoridade, 
conforme a Lei n°4.898/65. 
Porquanto, a função realmente só ocorre quando a pessoa que pratica o ato está 
irregularmente investida no cargo, mas a sua situação tem toda a aparência de legalidade. 
Ex. falta de requisito legal para investidura, como certificado de insanidade vencido. 
Em regra os atos praticados pelos “servidores de fato” são considerados válidos, se o agente 
exerce a função em época normal, sendo por todos aceitos como serventuário legítimo, os 
seus atos podem ser tidos como válidos quando praticados de boa-fé. Razões de utilidade 
pública aconselham a isso. Contudo o seja manifesta e evidente a incompetência, os atos 
são visceralmente nulos, pois que não há como requisito moral a ampará-los a boa-fé no 
agente e no beneficiário. 
Ora, dos Vícios quanto à incapacidade do agente se aplicam as mesmas normas previstas 
nos artigos 3°, 4° e 5° do CC de 2002. Para esta sequência de fatores incluem-se ainda os 
Atos Punitivos, os quais contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles que 
infringem disposições legais, regulamentares ou ordinatórios dos bens ou serviços públicos 
 
 
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que também visam punir ou reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular de 
servidor (punição interna) ou dos particulares (punição externa) perante a Administração. 
Diferencia-se das penalidades contratuais, possuindo estas naturezas de sanção civil. 
Portanto, nota-se que a Administração Pública, tem o dever e o poder de rever seus atos, 
chamado de autotutela e com certeza tal administração possui a capacidade de rever suas 
atitudes assim, como o mérito (de ato legal) e a legalidade do ato administrativo, através do 
controle interno. Logo, em relação ao controle pelo Poder Judiciário, este em regra só pode 
analisar a legalidade do ato, não podendo avançar no mérito do ato, ou seja, a conveniência 
e oportunidade em que o ato se realiza. 
Portanto, o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor prevê a possibilidade da análise 
do mérito do ato administrativo pelo Poder Judiciário, bem como a análise pelo Judiciário da 
prestação de serviço adequado, eficiente, seguro, denominados serviços “uti singuli”, pela 
Administração Pública, aonde o Judiciário pode decidir pela nulidade do ato administrativo, 
embora, deva ser provocado, não agindo de ofício, devendo ser lembrado que os vícios 
podem atingir os cinco elementos do ato administrativo. 
 
 
 
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UNIDADE 9 
Regulamentando a Instituição Educacional 
Objetivo: Identificar os critérios para autorização da Instituição Educacional 
 
Antes de “montar” uma escola é necessário alguns pontos considerados essenciais assim 
como a deliberação para o seu funcionamento, o que muitos não sabem é que para ter esta 
é preciso pensar em cada detalhe, do espaço físico, a demanda, os funcionários, além de 
tudo o Plano Curricular, a Proposta Pedagógica o qual norteará o desenvolvimento 
pedagógico e pessoal de cada individuo, além de saber a funcionalidade cada membro e a 
adequação dos profissionais conforme a Lei. 
Um dos primeiros passos implica encaminhar os documentos necessários aos órgãos 
competentes, bem como o espaço passar pela vistoria do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, 
Superintendência local, entre outros, conforme o Ordenamento de Montagem de Processo 
de Autorização para o Funcionamento e reconhecimento do Estabelecimento de Ensino, a 
seguir: 
1. Requerimento ao Secretário de Educação, com indicação do nome da escola, 
endereço, grau de ensino; curso(s) que pretende oferecer, nome e endereço da 
entidade mantenedora. O requerente deverá ser o mantenedor. 
2. Atos de autorização, inclusive o Regimento (isto, para autorização decursos em 
escolas já reconhecidas, se a Instituição Escolar está solicitando autorização de 
funcionamento pela primeira vez, não terá nenhum ato). 
3. Contrato Social ou cópia do Estatuto registrado em cartório ou junta comercial. 
 
 
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4. Escritura Pública de Compra e Venda registrada em cartório e/ou em caso de aluguel 
contrato de locação registrado em cartório com prazo mínimo de locação de 05 (cinco) 
anos. 
5. Planilha de Custos assinada pelo contador. 
6. CNPJ (especificando as atividades almejadas). 
7. Alvará de Licença de localização e funcionamento, fornecido pela Prefeitura Municipal. 
8. Alvará Sanitário fornecido pelos órgãos (SEMUS/SESA). 
9. Certidão de vistoria do corpo de bombeiros. 
10. 03 (três) últimos INSS, FGS, folha de pagamento (caso a escola já esteja funcionando 
e requerendo outros cursos ou para o processo de reconhecimento). 
11. Planta baixa assinada por engenheiro e aprovada pela Prefeitura. 
12. Declaração de remuneração condigna dos professores assinada pelo representante 
jurídico da mantenedora. 
13. 02 (duas) cópias do Regimento Escolar, assinadas pelo Diretor e Mantenedor com 
todas as páginas numeradas e rubricadas por ambos. Caso o regimento já tenha sido 
aprovado anexar cópia da resolução, se tiver em tramitação, fazer uma justificativa. 
14. Proposta Pedagógica, orientação em anexo. 
15. Descrição do espaço físico (tipo de construção, metragem compatibilizada com a 
planta baixa). 
OBS.: todos os documentos deverão conter a identificação da instituição. 
 
No Processo de Reconhecimento acrescentar: 
 Aprimoramento Técnico Pedagógico com documentação comprobatória. 
 
 
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 Obra educativa desenvolvida em favor da comunidade com documentação 
comprobatória. 
 Melhoria de equipamentos e instalações (descrição comprovada no RVP pela 
inspeção). 
 Quadro de matrícula, desde o início do funcionamento até a data da solicitação. 
 
No Processo para Autorização de cursos da Educação Profissional: 
Se a instituição já estiver autorizada para o funcionamento é necessário: 
1. Requerimento. 
2. Atos de autorização (instituição autorizada e reconhecida). 
3. CNPJ especificando o código de atividades. 
4. Planilha de Custos. 
5. Contrato Social ou Estatuto. 
6. Comprovantes garantindo remuneração condigna ao docente assinado pelo 
mantenedor. 
7. Proposta Pedagógica da instituição 
8. Plano de curso por área contemplando o Art. 10 da Resolução CNE/CEB n° 04/99, 
coerentes com a Proposta Pedagógica, contendo: 
 Justificativa e objetivos do curso; 
 Requisitos de acesso ao curso 
 Perfil profissional de conclusão dos egressos do curso; 
 Organização Curricular do curso. 
 
 
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 Critérios de aproveitamento de conhecimentos e experiências anteriores. 
 Critérios de avaliação da aprendizagem aplicados aos alunos e professores. 
 Pessoal docente e técnico envolvido no curso 
 Certificado e diplomas expedidos aos concluintes do curso. 
OBS.: Acervo bibliográfico específico para a área do curso. 
Se a instituição escolar solicitar autorização para funcionamento pela primeira vez é 
necessário apresentar toda documentação anterior e o Plano de Curso. 
 
 
 Tema I 
Sabemos que o assunto de nossos dias é a inclusão social. A Escola é sempre lembrada 
como uma instituição encarregada da promoção da inclusão ou da diminuição da exclusão 
social. 
Se o saber da Escola se constitui sempre em um fator importante de inserção social, por que 
a Escola não é mais tão atrativa quanto a qualificar pessoas, não somente no saber 
acadêmico, mas nas questões de ética e cidadania? 
Por que estamos tão individualistas quanto às causas sociais? 
Participe! Troque informações com seus colegas neste trabalho. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 10 
Continuação dos Dispositivos sobre a Regulamentação de uma Instituição 
Objetivo: Coligar a pessoa do técnico a sua função dentro de uma Instituição Educacional. 
 
Sabe-se que nem todas as instituições dispõem de corpo técnico-administrativo e 
pedagógico conforme indica os tramites da Lei, por isso, é importante equiparar estes 
àquelas a qual se conhece. A fim de conscientizar, segue umas informações que podem ser 
consideradas como meios para que uma instituição trabalhe melhor: 
Diretor geral: 
Profissional formado em administração de empresas, o correto seria que este fosse 
formado em pedagogia também, pois a Direção da Escola precisa respeitar dois 
âmbitos: o administrativo e o pedagógico; por sua vez, para exercer a direção 
administrativa é importante que o gestor veja a Escola como uma empresa, sendo 
assim, um administrador e empreendedor. Ou seja, apresente ideias inovadoras e seja 
flexível para receber palpites de outros membros da equipe. O Diretor, também, 
precisa coordenar os trabalhos da Escola e prestar atenção ao que é realizado a fim 
de não permitir que os objetivos principais sejam postos de lado. 
 
Supervisor Pedagógico: 
Este precisa articular de forma satisfatória todas as ações didáticas e pedagógicas 
propostas dentro da Escola, pois, cabe-lhe encontrar uma maneira eficaz de integrar 
essas ações ao cotidiano escolar, de modo que não existam dúvidas ou problemas 
 
 
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posteriores e durante a implementação das inovações, o Supervisor Pedagógico, 
também, trabalha como mediador do processo. 
 
Orientador Educacional: 
Formado ou pós-graduado em Pedagogia, seu trabalho consiste em auxiliar o aluno 
para melhor integração na Escola, na família e na vida social. É o Orientador que 
oferece apoio ao estudante, para que ele desenvolva seu autoconhecimento e o 
emocional. Ele, também, se responsabiliza pela observação do processo ensino-
aprendizagem dos estudantes. 
 
Psicólogo Escolar: 
Profissional formado em Psicologia. É o responsável pelo atendimento de alunos com 
problemas de aprendizagem, comportamento e relacionamento dentro da Escola. 
Aconselha os estudantes e os professores em momentos mais conturbados dando 
ferramentas para que desenvolvam suas aptidões e capacidades plenamente. 
Interfere quando necessário no cotidiano escolar e atua como mediador de conflitos. 
 
Professores: 
Além de estarem sempre em sala de aula como mestres, eles devem estar dispostos 
a, também, ser estudantes, pois um professor precisa se aperfeiçoar constantemente. 
O corpo docente tem o dever de educar os alunos para a vida, dando exemplos de 
conduta e atitude na resolução de conflitos sempre que isso se fizer necessário. Os 
mestres precisam estar de acordo com as normas e objetivos da Escola, para que não 
haja problemas de conflito interno que possam culminar com a perda de alunos e a 
quebra na estrutura educacional da Escola. 
 
 
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Secretário: 
É importante que esse funcionário tenha conhecimento em Administração de 
Empresas ou tenha algum curso técnico na área. Ele auxilia na parte administrativa, 
conhece tudo o que a Escola. Oferece qualidade no atendimento, controla o número e 
a vida escolar de alunos, professores e turmas, valores de mensalidades, conhece 
todos os profissionais que trabalham nela e pode informar qual a função, horário de 
atendimento e sala de cada um. Também se responsabiliza por organizar boletins, 
informativos e quadros de avisos. Precisa estar apto a atender ao público interno e 
externo de maneira satisfatória. 
 
Coordenador de Esportes e Cultura: 
Desenvolve o planejamento e a execução de atividades culturais e esportivas 
propostas dentro da Escola, onde a coordenação cultural e esportiva é a responsável 
pelos contatos com outras instituições, a formação

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