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Psicomotricidade: artigo psicomotricidade CD

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1
FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
A PSICOMOTRICIDADE E AS BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria Isabel Barros de Souza [footnoteRef:1] [1: Professor de creche na Rede Municipal de Santa Bárbara D’Oeste – SP
Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Psicomotricidade.] 
RESUMO 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre jogos, brincadeiras e psicomotricidade no desenvolvimento integral da criança de 03 a 06 anos. Essa pesquisa procura esclarecer o desenvolvimento integrado dos domínios cognitivos, psicomotor e afetivo-social, mostrando que é por meio de jogos e brincadeiras lúdicas que se pode proporcionar uma aprendizagem significativa, auxiliando a aprendizagem e o desenvolvimento motor da criança. Durante a pesquisa foi conceituada a definição de coordenação motora, psicomotricidade e o brincar na educação infantil, não somente no desenvolvimento de habilidades nas aulas de educação física como também, em todas as áreas de conhecimento e por todos os profissionais envolvidos.
Palavras-chave: coordenação motora, psicomotricidade, jogos e brincadeiras.
INTRODUÇÃO
	 Este trabalho de conclusão do curso de pós- graduação em psicomotricidade tem como objetivo abordar as relações entre os jogos, brincadeiras e a psicomotricidade para o desenvolvimento integral da criança durante a educação infantil. Será abordado também o conceito de psicomotricidade e como a mesma pode contribuir para o desenvolvimento da criança; a citação de modelos de jogos e de brincadeiras que poderão ser realizados com as crianças de 03 a 06 anos e como eles contribuem para a aprendizagem das crianças dessa faixa etária.
1- PSICOMOTRICIDADE
 Estudos psicológicos do desenvolvimento humano demonstram a importância do uso do corpo no desenvolvimento cognitivo da criança.
 O termo Psicomotricidade aparece a partir do discurso médico, mais precisamente neurológico_ numa visão organicista que tem como prioridade o estudo do movimento em si.
 “A Psicomotricidade baseia-se em uma concepção unificada da pessoa, que inclui as interações cognitivas, sensório motoras e psíquicas na compreensão das capacidades de ser e de expressar-se, a partir do movimento, em um contexto psicossocial. Ela se constitui por um conjunto de conhecimentos psicológicos, fisiológicos, antropológicos e relacionais que permitem, utilizando o corpo como mediador, abordar o ato motor humano com o intento de favorecer a integração deste sujeito consigo e com o mundo dos objetos e outros sujeitos.” (Costa, 2002). 
 Os trabalhos de Wallon, Ajuriaguerra e Piaget, são citados nos estudos da educação psicomotora.
 Wallon ressaltou a relação entre o afeto e a emoção no desenvolvimento psicomotor; Piaget destacou a relação evolutiva da motricidade com a formação do pensamento cognitivo; Ajuriaguerra vem contemplar a questão corporal em sua relação com o meio ambiente, mais especialmente no que diz respeito à conscientização da criança em relação ao seu próprio corpo.
 As práticas fundamentadas nas concepções psicomotoras existentes tendem a
 Considerar que os determinantes biológicos e culturais da criança contribuem dialeticamente na construção do corpo (motor), da mente (pensamento e inteligência) e da afetividade (emoção).
 A psicomotricidade pode também ser definida como o campo transdisciplinar que estuda e investiga as relações e as influências recíprocas e sistémicas entre o psiquismo e a motricidade.
 Baseada numa visão holística do ser humano, a psicomotricidade encara de forma integrada as funções cognitivas, sócio emocional, simbólico, psicolinguístico e motor, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial. 
 Além de fazer bem para a psicomotricidade, tais atividades podem significar um ganho imensurável para o cérebro. Uma criança que pratica essas brincadeiras tende a fortalecer sua percepção das coisas que estão ao redor.
2- A PSICOMOTRICIDADE E A COORDENAÇÃO MOTORA
 A Psicomotricidade está ligada à coordenação motora. Ela é responsável pelos movimentos que todos nós aplicamos às atividades corporais no dia a dia. Na infância, sobretudo, ela é de grande importância, pois é durante o desenvolvimento do seu corpo que as crianças podem aprimorar a psicomotricidade.
 No entanto, a motivação para isso deve vir de atividades que estimulem tanto a coordenação motora grosseira quanto a coordenação motora fina. A escola e a família exercem grande influência, pelo fato que, as crianças pequenas a todo instante, necessitam se movimentar.
 As atividades lúdicas e as brincadeiras tornam-se mais interessantes, quando realizadas em grupos ou equipes; a interação com outras crianças desperta a curiosidade, é atrativa e produtiva.
 Wallon (1995), afirma que o movimento não é puramente um deslocamento no espaço ou uma contração muscular e sim, um significado de relação afetiva com o mundo.
 Desta forma podemos perceber que é contra a natureza tratar a criança fragmentariamente. Em cada idade ela constitui um conjunto indissociável e original.
 A psicomotricidade é a linguagem fundamental da ação corporal, é a evolução das relações recíprocas de fatores neurofisiológicos, psicológicos e sociais que integram a realização do meio, é a consciência de si pela atitude e movimento, ou seja, é a expressão de um pensamento pelo ato motor preciso, econômico e harmonioso (AJURIAGUERRA, 1983, p. 135).
2.1- O que é a coordenação motora?
 A motricidade tem a função de levar as experiências concretas ao cérebro, que fará a decodificação de cada estímulo e armazenará toda a gama informações sensoriais e perceptivas, que a experiência trouxe ao indivíduo.
 A Coordenação motora é a capacidade de coordenar os movimentos decorrentes da integração entre o cérebro e as unidades motoras dos músculos e articulações.
 De acordo com Lopes et.al. (2003), o conceito de coordenação motora é abordado em diferentes âmbitos, contextos e áreas científicas (controle motor, aprendizagem motora, desenvolvimento motor, biomecânica, fisiologia). Assim, a coordenação motora pode ser analisada segundo três pontos de vista:
a) Biomecânico, dizendo respeito à ordenação dos impulsos de força numa ação motora e a ordenação de acontecimentos em relação a dois ou mais eixos perpendiculares;
b) Fisiológico, relacionando as leis que regulam os processos de contração muscular;
c) Pedagógico, relativo à ligação ordenada das fases de um movimento ou ações parciais e a aprendizagem de novas habilidades. 
 A psicomotricidade tem o objetivo de enxergar o ser humano em sua totalidade, nunca separando o corpo da afetividade, pois por meio da ação motora, estabelece o equilíbrio desse ser, dando-lhe possibilidades de encontrar seu espaço e de se identificar com o meio do qual faz parte (GONÇALVES, 2010, p. 21).
 Muitos pensadores manifestaram interesse pelo comportamento sensório-motor, favorecendo as ideias sobre a psicomotricidade.
 A psicomotricidade é uma técnica que procura destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade facilitando a abordagem global da criança.
2.1 a- Coordenação motora ampla:
· Envolve movimentos "amplos" por todo o corpo, incluindo tomada de consciência do próprio corpo, autocontrole, destreza, lateralidade, ritmo, velocidade e equilíbrio;
· Seu desenvolvimento acontece por volta dos 4 ou 5 anos.
2.1-b Coordenação motora fina:
· Exige movimentos mais "sutis" e de maior precisão, com necessidade de relaxamento dos braços e mãos;
· É necessário ter flexibilidade do pulso para um livre movimento da mão, que possibilitará a criação de letras mais legíveis, com traços mais precisos.
2.2 Esquemas corporais
 A própria criança percebe-se e percebe os seres e as coisas eu a cercam. Em função de sua pessoa. Sua personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva tomada de consciência de seu corpo, de seu ser, de suaspossibilidades de agir e de transformar o mundo à sua volta.
2.3 Coordenações dinâmicas gerais. 
 É constituída de exercícios de equilíbrio, que é a base essencial da coordenação dinâmica geral. Os exercícios de equilíbrio têm como finalidade melhorar o comando nervoso. A precisão motora e o controle global do deslocamento do corpo no tempo e no espaço.
2.4 Coordenações viso motora 
 Os exercícios de coordenação viso motora têm como finalidade o domínio de campo visual, associado à motricidade fina das mãos; dois elementos básicos para o grafismo. Tais exercícios são extremamente atraentes á criança, pois podem ser apresentados em forma de jogos de bola.
 
2.5 Lateralidade 
 Durante o crescimento, naturalmente se define o domínio lateral na criança:
Será mais forte, mais ágil do lado direito ou esquerdo.
 A lateralidade corresponde a dedos neurológicos, mas também é influencia por certos hábitos sociais. É a generalização da percepção do eixo corporal, de tudo o que cerca a criança; esse conhecimento será mais facilmente aprendido, quanto mais acentuada e homogênea for a lateralidade da criança.
 O conhecimento estável de esquerda e de direita só é possível aos 5 ou 6 anos, e a reversibilidade (possibilidade de reconhecer a mão direita ou a mão esquerda de uma pessoa a sua frente) não pode ser abordada antes dos 6 anos, esse estudo procede aos de simetria em orientação espacial.
2.6 Organização e estrutura espacial.
 A estrutura espacial significa *A tomada de consciência da situação de seu próprio corpo no meio ambiente, isto é, de lugar e da orientação que pode ter em relação às pessoas e coisas. A orientação espacial, portanto, é parte integrante de nossa vida, aliás, é difícil dissociar os três elementos fundamentais da psicomotricidade: corpo, espaço e tempo e quando os dissociamos nos limitamos a um aspecto restrito da realidade.
3 - A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR A PSICOMOTRICIDADE
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo.
Por intermédio da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. 
A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio afetivo. A brincadeira é fator muito importante no desenvolvimento da criança. Está inserida no ser humano desde seus primeiros dias de vida. Em sociedades medievais, a existência da infância é desconsiderada. Essa perspectiva foi reconfigurada somente a partir do século XV, quando a criança começou a ter tratamento especial, diferenciado dos adultos.
 A ênfase deste estudo está na importância da brincadeira em turmas de Educação Infantil, na necessidade de disponibilizar espaço e tempo para as brincadeiras na rotina escolar, percebendo o momento em que a pessoa adulta deve coordenar a brincadeira, observar ou participar dela. Nesse contexto, leva-se em consideração que a brincadeira é uma das linguagens que mais aproxima a criança do mundo, sendo uma importante forma de comunicação. 
Nesse contexto, é apresentada a estimulação da Psicomotricidade na Educação Infantil como necessário e urgente e a inserção da brincadeira como eixo central das práticas pedagógicas cotidianas da Educação Infantil. 
O ser humano consegue expressar tudo aquilo que sente por intermédio do seu corpo por isso, desde a primeira infância, é necessário estimular os movimentos das crianças por meio de atividades que desenvolvam a motricidade, para que elas se divirtam, criem, interpretem e se relacionem com o restante do mundo em que vivem e também com seu próprio corpo.
 Muito presente na educação infantil, a psicomotricidade é a área responsável por estudar e incentivar a prática do movimento em todas as fases da vida da criança, associando a afetividade e a personalidade das crianças em como elas se relacionam com o meio exterior e é por esse motivo que os jogos e as atividades lúdicas são tão importantes durante os primeiros anos escolares. 
Até mesmo as brincadeiras e jogos simples como a amarelinha podem ser usadas para a avaliação de capacidades da criança como lateralidade, tonicidade, estrutura espaço temporal, equilíbrio, coordenação global e coordenação fina.
 
4- Aprender brincando
 A maioria dos profissionais que trabalham com crianças pequenas, ao redor do mundo, concorda que brincar é importante e que contribui para o desenvolvimento e bem estar delas.
 Ao analisar a parte histórica do jogo Kishimoto afirma: Do ponto de vista histórico, a análise do jogo é feita a partir da imagem da criança, presente no cotidiano de uma determinada época.
O lugar que a criança ocupa num contexto social específico, a educação a que está submetida e o conjunto de relações sociais que mantém com personagens do seu mundo, tudo isto permite compreender o cotidiano infantil – é nesse que se forma a imagem da criança e do seu brincar. (KISHIMOTO, 2006, p.7).
 O Parâmetro Curricular Nacional para a Educação Infantil (PCN’s) definido pelo Ministério da Educação (MEC) estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a define como um direito da criança para desenvolver seu pensamento e capacidade de expressão, além de situá-la em sua cultura.
 As atividades de brincadeira na Educação Infantil são praticadas há muitos anos, entretanto, torna-se imprescindível que o professor distinga o que é brincadeira livre e o que é atividade pedagógica que envolve brincadeira.
 Portanto, o brincar, como forma de atividade humana como grande predomínio na infância encontra, assim, seu lugar no processo educativo. Sua utilização promove o desenvolvimento dos processos psíquicos, dos movimentos, acarretando o conhecimento do próprio corpo, da linguagem e da narrativa e a aprendizagem de conteúdos de áreas específicas, como as ciências humanas e exatas.
 Pode-se afirmar, então, que a recreação, por meio de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das crianças, expresso na interação entre cognição e corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.
 Mas como a Psicomotricidade pode nos ajudar no trabalho lúdico, e quais jogos e brincadeiras poderão ser aplicados em sala de aula?
4.1 Sugestões de exercícios psicomotores:
· Engatinhar,
· Rolar,
· Balançar
· Dar cambalhotas,
· Se equilibrar em um só pé,
· Andar para os lados,
· Equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados (passeios ao ar livre),
· Subir/ descer entre outras.
4.2 Desenvolvendo a coordenação motora grossa
 Pular corda: os movimentos feitos durante essa brincadeira extremamente prazerosa é responsável por estimular a coordenação motora grossa. Como todos sabem os braços, as pernas e os pés são os maiores beneficiados.
– Jogar bola: nada mais gostoso que estimular a prática de atividades físicas por meio de brincadeiras que fazem parte da infância de muita gente. O ato de jogar bola influencia o desenvolvimento dos músculos e, praticamente, do corpo inteiro. Um bem enorme na vida de uma criança.
 Esta atividade não se restringe somente ao futebol, mas é extensiva às demais brincadeiras que envolvem a bola. O simples lançamento de um lado para o outro constitui um exercício bastante rico para a coordenação motora.
– Jogar bexiga ou bola para o alto: a atividade de agora envolve muita agilidade, pois a criança não pode deixar o objeto cair no chão. Isso estimula seus braços e suas pernas.
4.3 Para o desenvolvimento da coordenação motora fina
– Massinhas: o ato de brincar com massinhas é um ótimoestimulante dos movimentos da coordenação fina. Amassar esse objeto é uma forma lúdica de trabalhar os músculos das mãos.
– Brincar de bolinha de gude: embora essa brincadeira não esteja tão presente na vida das crianças de hoje, nunca é tarde para apresentar a elas quão legal pode ser. Além disso, a bolinha de gude é excelente para exercitar os movimentos dos dedos.
– Colorir: crianças adoram colorir, e esta atividade é bastante rica no desenvolvimento da coordenação motora fina. Uma folha de papel e uma caixa de lápis de cor são incentivos fortes para que os pequenos trabalhem os movimentos dos pequenos músculos das mãos.
 Como vocês puderam ver, uma atividade despretensiosa representa muito para a coordenação das crianças. Seja em casa ou na escola, pais e professores têm uma responsabilidade considerável nessa missão.
4.4 Sugestões de atividades para desenvolver a 
Lateralidade:
-         Telefone sem fio;
-         Conduzir a bola com o pé e chutar;
-         Carregar a bola com uma única mão;
-         Imitar: subindo a escada, subindo em ônibus...;
-         Jogar a bola para cima e apanhar com uma das mãos;
-         Pegar o bastão;
-         Olhar pelo buraco de um cone ou papel, como se fossem binóculo;
-         Riscar linhas no chão;
-         Atividades artísticas de recorte e picote;
-         Picar a bola, etc...
4.5 Sugestões de atividades para desenvolver a 
Orientação espacial:
-         Jogo das setas;
-         Imitação de gestos;
-         Brincadeira dos espelhos;
-         Sequência de gestos;
-         Fazer linhas no chão quadriculadas e orientar a criança para a direção que devem seguir: para a porta, para a janela, para trás...;
-         Saltar dentro, fora, em cima, longe dos objetos;
-         Variar a posição dos objetos: para cima, deitados, em pé...;
-         Verificar no corpo o que se usa para cima, para baixo...;
-         Correr lateralmente para trás, etc...
4.6 Sugestões de atividades para desenvolver a
 Orientação temporal:
-          Fixar na parede cartazes com dias da semana e do mês;
-          Fazer com as crianças um cartaz individual com os dias da semana, neste as crianças/desenharão e farão anotações das atividades que mais gostam;
-          Brinquedos cantados e musicalização;
-          Bandinha musical;
-          Jogos coletivos;
-          Atividades rítmicas;
-          Cartaz com os termos da meteorologia;
-         Questionar as atividades que fizeram no dia anterior ou as que fizeram antes do lanche (estão mais próximas), etc...;
4.7 MOTRICIDADE AMPLA
· Sugestões de atividades para desenvolver a COORDENAÇÃO DA DINAMICA GERAL
-         Jogos de pegar;
-         Engatinhar recolhendo objetos;
-         Grandes jogos de movimentos amplos: cachorro maluco, macaco na roda, etc.
-         Pular obstáculos e sem cair;
-         Pular corda;
-         Imitar usando todo corpo, bichos que andam rapidamente e lentamente;
-         Correr entre tacos com passos largos e curtos;
-         Sentar em várias posições
-         Dançar em diversos ritmos;
-          Jogos com pneus, bolas, arcos, cordas, bastões e outros.
· Sugestões de atividades para desenvolver o EQUILÍBRIO
· Estático:
-         De aviãozinho com o pé servindo de apoio;
-         Pular sobre uma caixa e permanecer na posição;
-         Colocar um pé para trás e apoiar-se no outro;
-         Ficar igual a uma estátua;
-         Permanecer parado e com os olhos fechados;
-         Manter-se com as nádegas no chão com as mãos e os pés erguidos;
-         Ficar sobre uma plataforma estreita sem mexer-se, etc.;
· Dinâmico:
-     Caminhar sobre uma linha, nas pontas dos pés, de calcanhar...;
-      Caminhar sobre tacos, tijolos, cordas;
-      Subir sobre uma plataforma em aclive e descer em declive;
-      Saltar com um pé só, pular corda com um pé só;
-      Andar para frente e para trás sobre um obstáculo;
-      Andar sobre linhas curvas e sinuosas com objetos sobre a cabeça;
-   Fazer exercícios dentro dos limites estabelecidos e sobre uma tábua localizada a alguns centímetros do chão;
-     Correr entre obstáculos sem derruba-los, etc.;
· Sugestões de atividades para desenvolver o FREIO INIBITÓRIO
-       Correndo: ao sinal do apito parar;
-       Dançando: quando a música parar, todos deverão parar;
-      Trotando: ao sinal de um som qualquer, ficar rígido;
-      Jogos tipo: batatinha fria 1, 2,3... ou Mestre Mandou;,
-      Rotação dos braços para frente a um sinal inverter a posição;
-      Músicas com paradas bruscas;
-      Rodar o corpo a um sinal, parar e inverter os movimentos, etc.;
· Sugestões de atividades para desenvolver a FLEXIBILIDADE
-     Afastamento dos membros inferiores;
-     Flexão do tronco para frente e para trás;
-     Ginástica;
-     Exercícios de polichinelo;
-     Deitado, flexionar pernas e braços para cima tentando uni-los;
-     Imitar bichos e movimento de plantas ao balanço da brisa e da chuva;
-   Ao som da música, mover o corpo e suas partes em diversas direções sem sair do lugar;
-    Andar dois passos e flexionar as pernas ficando de cócoras; etc. 
· Sugestões de atividades para desenvolver a RELAXAÇÃO
-  Simular situações fantasiosas nas quais, mentalmente a criança passeia, por exemplo: agora somos peixinhos nadando tranquilamente nas águas do mar, aqui está muito gostoso. A água está batendo nos pés, nos braços...;
-    De olhos fechados sentir as várias partes do corpo;
-    Deitados em silencia, procurar ouvir todos os ruídos externos;
-  De olhos fechados, pensar e formar com os dedos o tamanho do olho direito, da cabeça, da boca e logo após ver se acertou;
-    Cantar canções em tonalidade baixa e lentamente;
-    Imitar com o corpo movimentos do vento, das ondas;
-    Ficar deitados em posição agradável escutando uma melodia calmante;
· Sugestões de atividades para desenvolver a MOTRICIDADE FINA
-         Arremessar a bola num alvo pré-determinado;
-         Jogar a bola lateralmente tendo em vista acertar um alvo;
-         Recortes com tesoura;
-         Imitar bancário e mercadista contando dinheiro;
-         Fazer movimentos de pinça e preensão em determinados objetos;
-         Enrolar uma corda e arremessá-la sobre um circulo desenhado no chão;
-         Fazer cestas imitando um jogo de basquete;
-         Rolar a bola até um alvo determinado e depois lança-la para o colega;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ser humano, em seus primeiros anos de vida, adquire conceitos e conhecimentos na busca de novas experiências. A recreação, por intermédio da educação psicomotora, é um instrumento auxiliador neste processo de desenvolvimento e de aquisição de novas conquistas no aprendizado, visto que o mesmo desenvolve os aspectos motor, psicossocial e afetivo. 
E é por meio dos jogos lúdicos e brincadeiras que a criança descobre seu próprio corpo e o que ela é capaz de fazer com ele.
Ao observar a criança em suas brincadeiras, é possível perceber se há algum desvio psicomotor. Portanto, os jogos e brincadeiras não devem ser entendidos apenas como práticas de entretenimento, mas sim uma forma de promover a aprendizagem de vários aspectos, principalmente se realizadas em um ambiente motivador e agradável. A educação psicomotora proporciona que a criança consiga vencer diversos obstáculos, encontrando-se dentro do meio social. A brincadeira desperta o desejo de descoberta e exploração, sendo canal direto para que a criança possa exprimir suas mais variadas emoções. Durante as aulas de Educação Física o professor não deve pautar-se pela execução de movimentos mecânicos, mas sim pela exploração do corpo como um todo. A criança com a qual a psicomotricidade é trabalhada e explorada, tem maior domínio sobre seu próprio corpo: movimentos precisos ao andar correr e ao se exercitar; equilíbrio e percepção. É mais atenta e tem melhor compreensão de fatos e ações. Desenvolve facilmente habilidades de leitura, escrita, contagem e resolução de atividades matemáticas e tem maior estabilidade emocional aprendendo a solucionar os conflitos internos e externosque ela vier a encontrar em sua vida. Psicomotricidade, a solução para o desenvolvimento global da criança em seu meio.
REFERÊNCIAS:
AJURIAGUERRA J. Manual de psiquiatria infantil. 2ª ed. São Paulo: Masson; 1983.
CORTEZ EDITORA, 2002- Admistração escolar: Introdução crítica. 11.ed.São Paulo.
FONSECA, Vitor da, Psicomotricidade. 2ª ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
IDEAU Faculdade, 2009. Curso de Capacitação em Educação Especial com Ênfase em Deficiência Mental. Getúlio Vargas/RS: 
LE BOUCH. Jean. A Educação pelo Movimento do Nascimento até os Seis Anos. 2ª ed., Porto Alegre: Petrópolis, 1996.
LEVIN, Esteban. A Clínica Psicomotora: o Corpo na Linguagem. 2ª ed., Rio de Janeiro: Petrópolis, 1995.
OLIVEIRA, Gisele de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. 4. ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000.
PIAGET, Jean, apud SILVA, Lisiane Borges da. A psicologia do desenvolvimento segundo Piaget (1896-1980): Fala em aula da professora do 
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968
Aluno On: 40 atividades de Psicomotricidade para educação infantil
https://alunoon.com.br/infantil/atividades.php?c=123
Acesso em 24/10/18
 Associação Brasileira de Psicomotricidade: O que é Psicomotricidade.
https://psicomotricidade.com.br/sobre/o-que-e-psicomotricidade/
Acesso em 24/10/18
Blog da tia Fran: Coordenação Motora: Ampla e Fina.
http://franmessias.blogspot.com/2012/11/coordenacao-motora-ampla-e-fina.html
Acesso em 27/10/18
Cederj- Fundação Cecierj- Educação Pública: Brincadeiras e psicomotricidade: encontros na Educação Infantil.
http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/brincadeira-e-psicomotricidade-encontros-na-educacao-infantil
Acesso em 24/10/18
Ebah: Sugestões de Atividades para os professores sobre PSICOMOTRICIDADE
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAgrigAI/sugestoes-atividades-psicomotricidade
Acesso em 23/10/18
Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU: 
Artigo: A PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Um enfoque psicopedagógico
Autoras: 
DOS SANTOS, Alessandra. 
	
COSTA, Gisele M. Tonin. 
https://www.ideau.com.br/getulio/restrito/upload/revistasartigos/278_1.pdf
Acesso em 24/10/18
Multidisciplinary Scientific Journal – Núcleo do Conhecimento: A importância da Psicomotricidade na educação Infantil.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/psicomotricidade-na-educacao-infantil
Acesso em 27/10/18
Neuro Saber: Atividades lúdicas que auxiliam na psicomotricidade.
https://neurosaber.com.br/atividades-ludicas-auxiliam-na-psicomotricidade/
Acesso em 24/10/18
Pedagogia ao pé da letra: Planejamento: Psicomotricidade na Educação Infantil.
https://pedagogiaaopedaletra.com/psicomotricidade-na-educacao-infantil/
Acesso em 23/10/18
Portal Educação: Atividades Lúdicas que auxiliam na Psicomotricidade.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/atividades-ludicas-que-auxiliam-na-psicomotricidade/32032
Acesso em 23/10/18
Portal Educação: Brincadeiras para a psicomotricidade.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/psicologia/brincadeiras-para-a-psicomotricidade/53383
Acesso em 23/10/18
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento: A Importância da Psicomotricidade na Educação Infantil
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/kalins-pdf/singles/psicomotricidade-na-educacao-infantil.pdf
Acesso em 23/10/18
Revista Gestão universitária: jogos, brincadeiras e psicomotricidade no desenvolvimento integral da criança de 03 a 06 anos nas aulas de educação Física infantil.
http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos-cientificos/jogos-brincadeiras-e-psicomotricidade-no-desenvolvimento-integral-da-crianca-de-03-a-06-anos-nas-aulas-de-educacao-fisica-infantil
Acesso em 23/10/18
Web Artigos: Jogos e ou brincadeiras e a psicomotricidade.
https://www.webartigos.com/artigos/jogos-e-ou-brincadeiras-e-a-psicomotricidade/25559
Acesso em 27/10/18

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