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DIREITO AGRÁRIO

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DIREITO AGRÁRIO
1 - CONCEITO
“Direito Agrário é o conjunto de normas jurídicas concernentes ao aproveitamento do imóvel rural” (Opitz, Silvia C.B. Curso completo de direito agrário / Silvia C.B. Opitz, Oswaldo Opitz. – 4. ed. Ver. E atual. – São Paulo: Saraiva, 2010, p. 58.)
“É o conjunto de princípios e normas que, visando a imprimir função social à terra, regulam relações afeitas à sua pertença e uso e disciplinam a prática das explorações agrárias e da conservação dos recursos naturais” (Araújo, Telga de. Estudos de direito Agrário – Recife: Ed. FASA, 1985. )
“É o sistema normativo, fundamentado em princípios gerais próprios e específicos, que regula as relações estabelecidas entre sujeitos e os bens agrários em razão da atividade agrária. Como finalidade desse direito indicamos o fomento (incentivo) da produção e melhor distribuição da terra para integração da comunidade rural ao processo de desenvolvimento nacional” (Araújo, Telga de. Estudos de direito Agrário – Recife: Ed. FASA, 1985.) 
1.2 – FONTES
O direito agrário tem como fontes o estatuto da terra, o código civil, as leis de arrendamento rural e os princípios gerais do direito, e essencialmente, a constituição federal. 
1.3 DEFINIÇÕES: importante compreendermos algumas definições para termos utilizados dentro do Direito Agrário, para isso, recorremos ao Art.4 do Estatuto da Terra, que define:
A) Propriedade Famíliar – É o imóvel rural, que direta e pessoalmente, explorada pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventualmente trabalhado com ajuda de terceiro. (art. 4º inciso II do ET). 
B) Minifúndio – O imóvel rural de área e possibilidade inferiores as da propriedade famíliar (art. 4º inciso IV do ET). 
C) Latifúndio – É o imóvel rural que: 
I – Exceda a dimensão máxima fixada na forma do art. 46 § 1º) alínea “b” do ET, tendo se em vista as condições ecológicas , sistemas agrícolas regionais e o fim a que se destine; 
II - Não excedendo o limite mencionado acima e tendo área igual o superior à dimensão do módulo de propriedade rural, seja mantido inexplorado em relação às possibilidades físicas, econômicas e sociais do meio, com fins especulativos, ou seja , deficiente ou inadequadamente inexplorado, de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de empresa rural. (Art. 4º, inciso V do ET). 
D) Empresa Rural – É o empreendimento de pessoa física ou jurídica pública ou privada que explore econômica e racionalmente imóvel rural, dentro de condição de rendimento econômico, da região em que situe e que explore área mínima agricultável de imóvel segundo padrões fixados, pública e previamente, pelo Poder Executivo. Para esse fim, equiparam- se às áreas cultiva das , as pastagens, as matas naturais e artificiais e áreas ocupadas com benfeitorias. (art.4º inciso VI do ET) .
2 – PRINCIPIOS 
Segundo o doutrinador de Direito Agrário Wellington Pacheco Barros:
•Função social da propriedade 
•Justiça social 
•Prevalência do interesse coletivo sobre o individual 
•Reformulação da estrutura fundiária 
•Progresso econômico e social
•Função social da propriedade 
•Justiça social 
•Prevalência do interesse coletivo sobre o individual 
•Reformulação da estrutura fundiária 
•Progresso econômico e social
3 – QUESTÕES PERTINENTES/CURIOSIDADES
3.1 IMÓVEL RURAL 
O imóvel rural, no direito agrário, tem como finalidade de exploração de atividade agrária, ou seja, que se destina para fins agrários. 
O Art 4º do estatuto da terra define imóvel rural como:
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, definem-se:
 I - "Imóvel Rural", o prédio rústico, de área contínua qualquer que seja a sua localização que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agro-industrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada;
No mesmo sentido, a lei 8629/93::
Art. 4º Para os efeitos desta lei, conceituam-se:
I- Imóvel Rural - o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agro-industrial;
	Quando a Lei fala de prédio rústico, compreende-se todo o aparato utilizado para atividade, como por exemplo as mangueiras do gado, a estufa de armazenamento dos frutos, etc. Denota-se também que independe da localização, ou seja, podem haver imóveis rurais dentro do território citadino se preenchidos os requisitos do restante do artigo e, mesmo que o imóvel esteja lançado como urbano para fins de cobrança de tributos, sua conceituação jurídica ainda assim será rural.
3.2 FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE 
No rol de direitos fundamentais da CF, cronologicamente o legislador estabeleceu, no inciso XXII que é garantido o direito a propriedade, tão logo no inciso XXIII, que a propriedade atenderá sua função social, portanto, entende-se que necessariamente toda a propriedade rural deverá atender a sua função social.
No Art. 186 da CF, vem o rol dos requisitos para a devida atenção a esta função:
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. 
 	Deve-se observar que os requisitos são cumulativos, ou seja, devem ser cumpridos simultaneamente.
	Exemplo: Se um proprietário rural submete os trabalhadores a uma determinada situação que não favoreça seu bem estar e esteja lhes causando determinada doença, deixará de atender os requisitos para função social da propriedade. Assim como o proprietário que desmata ilegalmente, utiliza-se desenfreadamente dos recursos naturais que sua propriedade detém, etc.. 
	“O princípio da função social da propriedade impõe ao proprietário – ou a quem detém o poder de controle, na empresa – o dever de exercê-lo em benefício de outrem e, não apenas, de não o exercer em prejuízo de outrem. Isso significa que a função social da propriedade atua como fonte de imposição de comportamentos positivos – prestação de fazer, portanto, e não, meramente, de não fazer – ao detentor do poder que deflui da propriedade” (GRAU, Eros. A Ordem Econômica na Constituição de 1988 (interpretação e crítica). 5. ed. São Paulo: Malheiros, 2000. p. 259).
Leis que versam sobre a função social:
Estatuto da Terra - Lei 4504/64: 
Art.2º, §1º, alíneas “a” a “d” e 
Arts.12, 13 e 18;
Lei 8629/93: 
Art.2º, 
Art.6º § 1º ao 7º;
Art.9º, § 2º ao 3º; 
Art.9º, I a IV 
Lei 8171/99 
Art.2º, I; 
Art.3º, IV; 
Art.19 a 26
3.3 DESAPROPRIAÇÃO AGRÁRIA
Segundo DI PIETRO (2010:161) “Desapropriação é o procedimento administrativo pelo qual o Poder Público ou seus delegados mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o em seu patrimônio por justa indenização”
Inicialmente, cumpre salientar que são alguns os tipos de desapropriação, podendo ser por necessidade pública (necessidade emergencial, indenização prévia, justa e podendo ser adimplida em moeda), utilidade pública (finalidade mediata, como a construção de uma ponte ou ampliação de uma rodovia,) ou por interesse social (não cumprimento da função social, etc) ou confiscatória, quando a propriedade está sendo utilizada o cultivo de plantas psicotrópicas por exemplo, e neste ultimo caso, a competência é da união e não há indenização, diferentemente das demais, e nem prejuízo as demais sanções previstas no Código Penal.. 
Reiterando, o não cumprimentoda função social enseja desapropriação, na urbana, a competência é do município, indenizando com títulos da divida pública, enquanto na rural, a competência é da união e a indenização com títulos da divida agrária.
Com fins de complementação do exposto, colaciono:
	Tratando das rurais, especialmente da especial pelo descumprimento da função social, passemos a análise:
a) 	Hipóteses: como já exposto, a hipótese reside não há o cumprimento simultâneo pelo proprietário rural dos incisos do Art. 186 da CF. A bem verdade, a lei 8629 de 2003 vem para regulamentar, por assim dizer, estes incisos (especialmente art. 6 e 9), sendo minuciosa nos critérios e meios de desapropriar e efetivar a reforma agrária, 
b)	Competência: Exclusiva da união.
c) 	Indenização: popularmente conhecidos como TDAs, os títulos da dívida agrária são emitidos pelo governo para financiar os projetos da reforma agrária e financiamentos de politicas agrícolas do Brasil. Regulamentado pelo Decreto nº 578 de 1992, tem talhado no artigo primeiro que terão forma escritural, além de disposições sobre a administração, lançamento, resgate e serviço de pagamento de juros obedecerão ao disposto no decreto. Os títulos da Dívida agrária são utilizados para indenizar os proprietários que tiveram sua propriedade rural desapropriada para fins de reforma agrária. 
Ilustrando:
 
	 1. Procedimento expropriatório: 
	
	Ordinário: para expropriações por interesse social ou utilidade pública, prevista na CF e regulamentada pelo Decreto Lei 3.365/41. Pago em dinheiro. 
	
Extraordinário: para expropriações por não cumprimento da função social da propriedade, também prevista no decreto, entretanto, pago em títulos da dívida agrária. 
Sancionatório: para expropriar terras que estavam sendo utilizadas para plantação ilícita, tendo primeiramente a finalidade de cessar o plantio e em um segundo momento, ampliar a reforma agrária dando a terra o plantio alimentício, tem previsão na Lei 8.257/91, que também prevê que nenhum direito de terceiro pode ser oposto a União, após transitada em julgada a ação expropriatória, e não enseja nenhuma espécie de indenização. 
AGROINDÚSTRIA: 
Renting et al.(2003) Industrializar produtos agrícolas foi o meio utilizado pelos pequenos produtores que, com pequenos procedimentos agregam valor substancial para seus produtos, esta alternativas nasceu na dificuldade de competir na produção, venda/exportação de commodities, o que gerou séria desigualdade na distribuição da renda agrária. 
Industrializar o produtor rural se tornou estratégia dos governos pais a fora, inclusive do Federal, que foi surpreendentemente célere ao elaborar planos de desenvolvimento, fomento, sanitários e ambientais para o setor, respondendo atualmente por 5,9% do PIB brasileiro segundo a EMBRAPA. 
A lei 11.326/2006, que estabelece os conceitos, princípios e instrumentos destinados à formulação das políticas públicas direcionadas à Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais, é flagrante ao defender a agroindustrialização como objetivo da política nacional. 
Conforme segue colacionado: 
Art. 5º Para atingir seus objetivos, a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais promoverá o planejamento e a execução das ações, de forma a compatibilizar as seguintes áreas:
I - crédito e fundo de aval;
II - infra-estrutura e serviços;
III - assistência técnica e extensão rural;
IV - pesquisa;
V - comercialização;
VI - seguro;
VII - habitação;
VIII - legislação sanitária, previdenciária, comercial e tributária;
IX - cooperativismo e associativismo;
X - educação, capacitação e profissionalização;
XI - negócios e serviços rurais não agrícolas;
XII - agroindustrialização. (grifamos)

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