Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
METALURGIA DO FERRO REDUÇÃO DE MINÉRIO DE FERO Siderurgia = metalurgia do ferro Sistema Fe-O-C • Minério de ferro: Fe + Oxigenio • Redução: Minério +carbono Fe (C)+ CO/CO2 • Refino: Fe (C)+ Oxigênio Fe (O) +CO/CO2 • Desoxidação: Fe (O) + desoxidante (Al, Si, C) aço acalmado Principais contaminantes • ganga do minério: SiO2, Al2O3, P, Mn • cinzas do coque e carvão fóssil: SiO2, Al2O3, S • cinzas do carvão vegetal: CaO, MgO, Na2O, K2O Energia para Siderurgia • Principal fonte energética: Carbono • Carvão mineral e carvão vegetal • C + O2 >> CO2 + energia • Grande geração de gases estufa • Consumo energético no Brasil : 9,6 % de toda energia produzida no país Ferro e Aço Ferro: comportamento variado em função de composição química, teor de carbono, e histórico de tratamento termo-mecânico. Aço: ligas ferro-carbono contendo menos de 2% de Carbono, podendo conter outros elementos de liga Ferro fundido: ligas ferro- carbono contendo mais de 2 % de carbono, contendo ainda silício e outros elementos Ferro e Aço Dependendo da composição, pode ser temperado, adquirindo propriedades únicas O aço original dos antigos é o ferro temperado A sua obtenção dependia da ocorrência de inúmeros fenômenos sobre os quais os antigos não tinham conhecimento suficiente para dominar PROPRIEDADES DOS AÇOS DEPENDEM DE: •COMPOSIÇÃO QUÍMICA •MICROESTRUTURA Alterando temperatura; alterando velocidade de resfriamento; deformando e tratando termicamente Metalurgia Antiga a extração do ferro ocorria na maioria das vezes no estado sólido conformação nas forjas com separação da escória, carburação/ descarburação duas etapas da metalurgia antiga Evolução dos processos siderúrgicos Evolução dos processos siderúrgicos A: Forja Corsa; B: Forja Catalã; C: Forno Osmund; D: Stucköven Consumo de carvão forno poço antigo: produzia botões de 60 kg com fuel rate assustador de 75000 kg C/ton Fe fornos medievais forja Corsa: botões de 125 kg, fuel rate: 22800 kg Carvão/ton Fe forja Catalã: botões de 150 kg, fuel rate:11500 kg Carvão/ton Fe Stückoven: botões de 300 a 900 kg, fuel rate: 6000kg C/ton Fe carvão obtido por carbonização da madeira em pilhas em fornos de meda, as quantidades envolvidas já prenunciavam os sérios problemas de abastecimento que diversas regiões da Europa iriam enfrentar Alto Forno primeiro alto forno europeu: Brescia, em 1450 desenvolvimento motivado mais pela necessidade do produto, ferro fundido, mais adequado para fabricação de canhões, do que por questões técnicas fim da Idade Média: comércio de ferro e aço plenamente difundido diferentes tecnologias coexistiam, tanto para a extração do ferro como para a obtenção de aço Novo Aço William Kelly (EUA): carbono do gusa pode ser “queimado” com ar, aumentando a temperatura e diminuindo o teor de carbono até converter-se em aço. Considerado perturbado mentalmente ao propor fazer aço “sem combustível” Simultaneamente Henry Bessemer (Inglaterra)trabalhou na mesma linha e patenteou o processo. Apesar da dificuldade de tratar gusa com teores elevados de fósforo, o processo prosperou e foi adotado por diversos fabricantes Obtenção de Ferro e Aço A partir de minério de ferro: Usinas integradas: redução do minério de ferro a ferro metálico (ferro gusa), produto intermediário (ironmaking), seguido de obtenção do aço (steelmaking) A partir de sucata de ferro e aço: Usinas semi integradas (mini mills):fusão de sucata em forno elétrico Usinas integradas Usinas semi-integradas Coqueria Transforma carvão mineral em coque por distilação (aquecimento a 1000°C na ausência de ar) Preparação da carga metálica Sinterização: prepara o minério de ferro na forma de sinter, nas usinas siderúrgicas Pelotização: produz pelotas a partir de minério de ferro fino, nas empresas mineradoras • mistura de minério de ferro e coque entra por cima e é colocada no topo do empilhamento. • a carga desce e é aquecida pela corrente de gases gerados na reação do ar pré-aquecido injetado, a temperaturas entre 900 ºC e 1200 ºC. • Na região acima da ventaneira do alto forno, ocorre fusão do ferro e gotejamento de gusa líquido, que cai no interior do cadinho, na parte inferior do forno. • Dois subprodutos são formados: escória e gás. A escória e o metal se acumulam no cadinho e se separam por diferença de densidade. • O gás que sai pelo topo do alto forno é composto de monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2) e principalmente de nitrogênio (N2) e após mistura com gases de coqueria é utilizado para pré-aquecer o ar insuflado no alto-forno. O ALTO FORNO Alto Forno Redução de Minério de Ferro Alto Forno: diâmetro= 10 a 14 m, altura = 60 a 70 m Equipamentos Auxiliares: sistema de aquecimento do ar - regeneradores sistema de sopragem-turbo-soprador sistema de coleta e limpeza dos gases sistema de carregamento sistema de drenagem (casa de corrida) Produtos: GUSA ( 1.500 C) - Escória - GAF Esquema simplificado do alto forno, indicando os principais equipamentos “casa de silos” (1) silos separados (2) equipados com balanças carro “skip” (3) ou correia transportadora tremonha de recebimento no topo do forno (4) cones (5), responsáveis pela selagem dos gases e pela distribuição circunferencial dos materiais na “goela” do forno. “uptakes” (6), o gás quente e sujo de pós deixa o forno e flui para cima “downcommer” (7) válvulas “bleeders” (8) cuja função é permitir a liberação do gás e proteger o topo no caso de uma súbita elevação de pressão do gás coletor de pó (9) “venturi” (10), onde são removidas as partículas mais finas na forma de lama. desumidificador (11) cuja função é reduzir o teor de umidade do gás. regeneradores (12) chaminé (13). o gusa e a escória são separados por diferença de densidade no canal principal (14) carros torpedos (15) potes de escória (16) Produtos do Alto-Forno Ferro gusa : •4,5 % Carbono •0,4% Silício •0,3% Manganes •0,1 % Fósforo •0,03% Enxôfre Temperatura: 1400-1500 C Escória: SiO2-CaO-Al2O3 Gás: CO-CO2-N2 Regiões do AF Zonas Internas Reações Esquema de um regenerador de alto forno Têm por função aquecer o ar injetado através das ventaneiras para a combustão do coque. O regenerador recebe o ar na temperatura entre 150 a 200 °C, chamado ar frio, e eleva esta temperatura para a faixa de 1000 a 1250 °C, dependendo de sua capacidade, passando a ser chamado de ar quente. Combustível utilizado: gás misto, mistura de gases provenientes do próprio alto forno ( 86 a 94% de GAF ) e da coqueria ( 14 a 6% de GCO). A câmara de combustão tem grande altura e diâmetro, para evitar o impacto da chama no domo e para alargar mais a chama. Dimensões típicas: 10,4 m diâmetro, 40 m altura. Pré-aquecimento de ar-regeneradores Regeneradores Arranjo das ventaneiras no interior do forno e detalhes internos. Injeção de carvão pulverizado através de uma lança inserida pela ventaneira. No detalhe a foto, através do visor da ventaneira, do carvão em combustão na ponta da lança Operação de abertura e fechamento do furo de gusa Drenagem do gusa para os carros torpedo O canhão de lama (1) e a perfuratriz (2) são os equipamentos utilizados para fechar e abrir o furo de gusa. O gusa e a escória, após deixarem o furo na forma de um jato de material líquido, são separados por diferença de densidade no canal principal (3). A escória é direcionada para um sistema de granulação através do canal deescória. O gusa após passar também pelo canal secundário (4), é direcionado para carros torpedos posicionados no piso inferior da casa de corrida, por meio da bica basculante (6), cuja função é permitir a troca dos carros torpedos, direcionando o fluxo de gusa para o carro ao lado. O enchimento do carro torpedo pode ser monitorado automaticamente através de um medidor de nível (5). Sistemas de refrigeração por Placas e por “Staves” Avaliação da Performance do Alto- Forno • 1- Vida Útil Elevada: • 2 - Alta Produtividade • 3 - Baixo Consumo de Combustível: • 4 – Qualidade Adequada: Vida Útil Elevada • altíssimo investimento na construção ou reforma de um alto-forno • grande esforço para prolongar a vida útil média, ou campanha • atualmente na faixa de 12 a 18 anos produtividade • critério de avaliação: razão entre produção média diária e volume interno do alto-forno (toneladas/dia/m3 ) • produtividade média dos altos-fornos brasileiros de 1,80 a 2,80 t/dia/m3 depende de • idade do forno • particularidades de cada usina • condições do mercado de aço • ocorrência de problemas operacionais • disponibilidade de oxigênio para enriquecimento do ar soprado • melhoria da permeabilidade da carga • redução do “fuel rate consumo de combustível • medido em kilogramas combustível consumido para a produção de uma tonelada de ferro gusa. • elevado custo de combustíveis, • carvão pulverizado injetado diretamente é de custo mais baixo • importante atingir altas taxas de injeção, mantendo a estabilidade operacional Qualidade Adequada • A qualidade do gusa deve estar dentro dos padrões exigidos pelo processo seguinte (Aciaria) • Isto implica no atendimento de requisitos de composição química e de temperatura cada vez mais restritivos • A escória também deve ter uma composição adequada à sua utilização mais freqüente, que é a indústria cimenteira Análises típicas do gusa e da escória de um alto-forno a coque FERRO-GUSA ( % em peso ) Ti Si S Mn P C Fe Outros 0,03 0,38 0,026 0,69 0,091 4,82 93,86 0,1 ESCÓRIA DE ALTO-FORNO ( % em peso ) SiO2 Al2O3 CaO MgO S MnO TiO2 FeO Outros 34,65 11,59 42,8 6,81 1,22 0,83 0,53 0,35 1,22 Processos de Redução Direta de Minério de Ferro Características do processo em Alto-Forno –alta escala de produção ( maior que 1.5 Mt/ano) –necessidade de aglomeração do minério –necessidade de coque metalúrgico –degradação do meio ambiente Processo Ideal de Redução • usar finos de minério diretamente • usar qualquer tipo de carvão • eliminar etapas do processamento • ser o mais contínuo possível • minimizar a dissolução de carbono e a incorporação de silício, permitindo eliminar etapas de refino • adaptável para diferentes matérias primas e diferentes níveis de produção, • baixo custo de capital • baixo custo operacional Processos de Redução Direta • a redução do minério de ferro a ferro metálico é efetuada sem que ocorra a fusão da carga do reator. • o produto metálico é obtido na fase sólida • é chamado de ferro-esponja (DRI, em inglês, iniciais de Direct Reduced Iron) • pode ser briquetado a quente, obtendo-se o briquete (HBI) • o ferro-esponja é usado em fornos elétricos para obtenção de aço. Processos de Redução Direta Processos a carvão em forno rotativo: SL/RN redução ocorre por sub-processos • a) formação de gás redutor: Credutor + CO2(g) = 2 CO • b) redução dos óxidos de ferro: FenOm + m CO = n Fe + m CO2 • c) O ar admitido ao longo do forno queima o CO: CO + 1/2 O2 = CO2 • Reação global: FenOm + m/2 C = n Fe + m/2 CO Forno rotativo-processo a carvão Processos a Gás Natural Gás Natural – basicamente metano, CH4 Como redutor, precisa ser transformado em monóxido de carbono (CO) e hidrogênio (H2) • gás natural reage com CO2 e H2O através das reações: • CH4 + CO2 = 2 CO + 2 H2 • CH4 + H2O = CO + 3 H2 processos industriais que utilizam gás natural processos em reatores verticais, MIDREX e HyL III processos em leito fluidizado (FIOR, Finmet) Processo MIDREX • gás redutor: 95% de (CO+ H2) entre 860 e 900°C • ascende em contra-corrente com a carga (minério bitolado ou pelotas) • gás de topo 70% de (CO+H2), mais CO2 e H2O.Retorna ao reformador como gás reagente e/ou combustível. • ferro-esponja resfriado antes da descarga, carburado com 1,4% e 1,7 % de carbono, diminui a possibilidade de reoxidação e auxilia na fusão. • Grau de metalização do ferro-esponja: • Gm = [%Fe metálico / %Fe total] x 100 • procura-se Gm>92% • tempos de residência usuais em torno de 6 horas. • produtividade dos processos de reatores verticais a gás varia de 9 a 12 t/m3/dia. Processo MIDREX Processo HyL Processo Energiron Ferro-esponja (DRI) Briquetes a quente (HBI) Processos em Leito Fluidizado • minério de ferro fino é reduzido em uma série de reatores de leito fluidizado Processos em Leito Fluidizado • fluxo de gases é tal que a perda de carga na camada iguala o peso da mesma, por unidade de área, causando a expansão da camada sólida (aumento de porosidade) e a flutuação das partículas n0o fluxo gasoso • permite um ótimo contato gás-sólido, e altas velocidades de reação, devido ao alto coeficiente de transporte de massa e a alta área da superfície de reação. • Este princípio foi aplicado ao processo FIOR, que foi recentemente aperfeiçoado, resultando no novo processo FINMET • os reatores de redução trabalham a pressões entre 10 e 12 bar Processos em Leito Fluidizado • o minério é pre-aquecido no primeiro reator pelo gás proveniente do reator precedente na série. Após um certo tempo de permanência, o minério parcialmente reduzido é transferido ao reator seguinte por linha de transporte • O minério é progressivamente reduzido e aquecido em cada reator subsequente até que o grau de metalização desejado (entre 91 e 92%) seja alcançado. ë então descarregado e briquetado a quente. • O gás de processo é gerado pela reforma catalítica de gás natural com vapor d’água, e é aquecido a 830°C antes de entrar na série de reatores em direção oposta àquela do minério. • Após sair do sistema, o gás é lavado e resfriado antes de ser reciclado no processo. • . Processo COREX – Conceito: divisão do alto-forno em dois: um reator realiza a redução do minério de ferro a ferro metálico, que é carregado em reator que realiza a fusão; – energia gerada por queima de carvão no reator de fusão, gerando o gás redutor para o reator de redução. – equivale a dividir ao meio um alto- forno, com a vantagem de evitar-se a formação de zona coesiva, pois não há a região de temperaturas intermediárias entre as de redução e de fusão. Processo COREX –Utiliza oxigênio puro ao invés de ar quente usado nos altos-fornos. –O gás produzido é constituído basicamente de CO e H2, deixa o reator entre 1000 e 1050°C, destruindo qualquer sub-produto indesejável da gaseificação do carvão. –Antes de entrar na cuba de redução, é resfriado a 800-850 °C, e despoeirado. –O gás de saída do forno de redução é resfriado e limpo, obtendo-se gás para venda ou utilização posterior. –o gás tem alto poder calorífico, e pode ser usado para geração de eletricidade, como gás redutor para produção de ferro-esponja ou para aquecimento em geral. Finex: Corex com redução por leito fluidizado Processos de Redução em Fase Líquida (fusão-redução, smelting-reduction, in-bath process) –minério de ferro adicionado por cima a reator contendo banho líquido de ferro com carbono dissolvido –São simultaneamente adicionados oxigênio gasoso e uma fonte de carbono (coque ou carvão) –alta produtividade: alta velocidade específica das reações de redução e criação de uma grande área de interfacede reação. Processos de Redução em Fase Líquida (fusão-redução) –ganga do minério, a cinza do carvão e óxidos de ferro formarão escória –o carbono dissolvido no banho ou do carvão reduz os óxidos de ferro dissolvidos na escória –gera grandes quantidades de monóxido de carbono – evolução gasosa através da escória faz com que esta forme um sistema espumante, com grande aumento de volume Fusão-redução Processo DIOS Direct Iron Ore Smelting Fusão-Redução: Hismelt High Intensity Smelting Processos de Auto-Redução –auto-redução: aglomerados nos quais o minério de ferro (ou resíduos contendo óxidos de ferro) é aglomerado conjuntamente com material carbonáceo (carvão vegetal, moinha de coque, carvão fóssil, biomassa, etc) que terá a função de redutor dos óxidos. –vantagens cinéticas significativas sobre a redução convencional por gases. –dificuldade de desenvolver processo que aproveite de maneira integral esta vantagem: aglomerados não podem ser queimados para fornecer resistência mecânica, pois acarretaria na combustão do material carbonáceo. –Ou o processo não exige mecanicamente dos aglomerados, ou este deve ter em sua composição um aglomerante hidráulico (cimento Portland, escória de alto-forno, etc) que forneça resistência a frio –mais promissores: processo Tecnored, desenvolvido no Brasil, e o processo Fastmet. Processo Tecnored –pelotas auto-redutoras aglomeradas a frio em forno de cuba semelhante a um forno cubilo modificado –combustível sólido carregado lateralmente –Ar quente pelas ventaneiras, queimando material carbonáceo e gerando gases quentes que fornecem o calor necessário para a redução dos óxidos de ferro pelo carbono –material líquido percorre a cama de material carbonoso, ganga forma escória e o metal, que absorve carbono na descida, é vazado de tempos em tempos como um ferro gusa. – altura da carga na cuba central entre 2 e 3 m, pelota necessita certa resistência mecânica, muito inferior daquela requerida por um alto-forno. Processos de Soleira Rotativa Processo Fastmet •emprega forno de soleira rotativa para a redução de pelotas auto-redutoras • camadas de apenas 2 ou 3 pelotas sobre esteira •pelotas não sofrem solicitação mecânica, não necessitando ter alta resistência •a pelota não precisa de aglomerantes hidráulicos, que implicam em tempos de cura longos (7 a 28 dias) •A matéria prima (minério de ferro, redutor e aglomerante, necessário apenas para permitir o manuseio das pelotas) é misturada com água e carregada em disco ou tambor de pelotamento. Processos de Soleira Rotativa Processo Fastmet • pelotas cruas são imediatamente transferidas para secagem e em seguida carregadas no forno de soleira rotativa. • forno aquecido por queima de gás, ou carvão pulverizado, entre 1250 e 1350 °C • reações muito rápidas, tempos de residência de 9 a 12 minutos • pelotas metalizadas são descarregadas a entre 900 e 1000°C. • pelotas podem ser submetidas a briquetagem a quente, briquetes de ferro (HBI, hot briquetted iron), ou transferidas quentes diretamente para forno de fusão, ou ainda resfriadas produzindo-se o ferro- esponja. • Fastmet já é comercial Processos a soleira rotativa
Compartilhar