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Fono Educacional - Atividades Ed Infantil (Apostila)

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FONOAUDIOLOGIA EDUCACIONAL
Atividades a serem desenvolvidas em classe pelo professor com supervisão fonoaudiológica.
Os exercícios e atividades devem ser o mais estimulante possível e realizados de maneira lúdica a fim de despertar o interesse dos alunos para que eles realizem adequadamente, e devem ser programados 2 a 3 vezes por semana para um bom aproveitamento. Essas atividades deverão ser realizadas com todos os alunos independente de apresentarem dificuldades ou não. Seguem aqui algumas sugestões, as quais serão adaptadas de acordo com a realidade de cada classe e com planejamento de aula.
1- EXERCÍCIOS QUE ENGLOBAM OS ÓRGÃOS FONOARTICULATÓRIOS (LÁBIOS, LÍNGUA, BOCHECHAS, PALATO MOLE E MANDÍBULA).
Objetivo: Fortalecer a musculatura e adequar a mobilidade desses órgãos visando uma melhora na articulação dos sons e da fala.
Existem fonemas que exigem uma mobilidade muito específica e refinada dos órgãos e este trabalho vai facilitar a produção de determinados sons que o aluno não consiga ainda emitir. Os exercícios aqui descritos estão em ordem crescente de dificuldade. Deve-se variar o órgão a ser estimulado.
 Por exemplo:
- 2 exercícios de lábios
- 3 exercícios de língua
- 1 exercício de bochecha
- 1 exercício de articulação
Outro exemplo:
- 1 exercício de lábios
- 3 exercícios de língua
- 1 exercício de mandíbula
- 1 exercício de palato mole
- sopro
OBS: Cada exercício deve ser realizado de 10 a 15 vezes.
a) Exercícios de Língua
1- Tocar os quatro cantos da boca com a língua;
- pra cima
- pra baixo
- de um lado
- do outro
2- Passar a língua em volta dos lábios (associar a língua com um pincel que vai pintar a porta da casa). Fazer da esquerda para direita e da direita para esquerda.
3- Passar a língua nos dentes, em cima e embaixo.
4- Colocar a língua contra a bochecha e alternar várias vezes (fingir que está chupando bala).
5- Falar várias vezes LHA – LHA – LHA – LHA – LHA..
6- Passar a língua pelo céu da boca, da frente para trás e de trás para frente (associando a pintura do teto da casa).
7- Colocar a ponta da língua entre os dentes e o lábio superior, empurrando-o para fora. Repetir o mesmo com o lábio inferior (associar a careta do macaco).
8- Estalo de língua, prender a língua no palato e soltar fazendo barulho (associar ao barulho do cavalo).
9- Afilar e alargar a língua. Ficar com a língua pra fora da boca e associar: língua fina = “cobrinha” e língua larga = “cachorrinho cansado”.
b) Exercícios de lábios
1- Falar várias vezes: u-i, u-i, u-i,.. fechando e abrindo bem os lábios (bico e sorriso).
2- Jogar beijos formando bico, fazer com bastante pressão e barulho.
3- Vibrar os lábios (associar ao barulho do motor do carro, moto, caminhão, etc).
4- Colocar um canudo entre os lábios horizontalmente, fazer bico e sorriso, cruzando o canudo (bigode do gato).
c) Exercícios de bochechas
1- Inflar bochechas (bexiga cheia)
2- Inflar apenas uma das bochechas, e depois a outra (alternar o ar)
3- Murchar as bochechas formando “boca de peixinho”
d) Exercícios de mandíbula
1- Abrir e fechar a boca bem devagar (associar a abrir e fechar a porta da casa)
2- Manter a boca fechada e movimentá-la como se estivesse comendo (fingir que está mastigando alguma coisa), simultaneamente fazer um som: hum, hum, hum... sentindo a vibração pelo rosto e pescoço.
3- Controlar a mastigação das crianças durante o lanche – comer de boca fechada, mordendo o alimento com os dentes anteriores e mastigando com os posteriores (ambos os lados), até ficar no ponto para ser engolido (avisar que é quando o alimento estiver bem “molinho”).
e) Exercícios de sopro
Objetivo: Aumentar o tempo de expiração para uso na fala e preparar ou aprimorar a produção de certos sons.
1- Encher bexiga 
2- Encher sacos de papel para estourar
3- Soprar algodão
4- Soprar barquinhos de papel sobre a água
5- Apagar vela
6- Desenhar uma trave sobre a carteira, onde a criança deverá fazer gol soprando bolinhas de papel, isopor, etc.
7- OBS: Pedir aos alunos que deglutam antes de iniciar o sopro para não ocorrer eliminação de saliva. O sopro deve ser contínuo, controlado e sem esforço. Pegar o ar sempre pelo nariz e soltar pela boca.
f) Exercícios de articulação
Objetivo: Propiciar melhores condições para a produção dos fonemas.
1- Falar várias vezes seguidas ma, ma, ma, ma, etc. Pode-se variar a consoante com p e b. Abrir bem a boca ao falar.
2- Cantar com apenas uma sílaba, exemplo: no ritmo de “Ciranda Cirandinha” ou “Atirei o pau no gato”, apenas com o pa: pa pa pa pa, etc.
3- Cantar sem som – articular bem as palavras.
4- Falar várias vezes “ding-dong” (associar ao som da campainha), variar com outras articulações como “bléim-bléim” (som do sino), ou “trim-trim” (som do telefone). Poderá associar com movimentos corporais de balanço e outros.
5- Falar várias vezes seguidas:
- tará, tará, tará, tará...trá
- pará, pará, pará, pará...prá
- bará, bará, bará, bará...brá
- fará, fará, fará, fará...frá
- calá, calá, calá, calá...clá
2- ATIVIDADES PARA ESTIMULAÇÃO da consciência fonológica e LINGUAGEM:
Seguem aqui algumas sugestões:
 O que Disse?
Objetivos:
consciência fonológica, atenção.
Como fazer:
Desafie os alunos a descobrirem qual palavra foi dita, quando a professora fala
diferentes palavras sem produzir som.
Isso auxilia a criança a relacionar a articulação da boca às
letras. É importante para crianças pré-silábicas para que quando comecem a
pensar qual letra devem usar, saibam qual o som a representa.
Use palavras com R/RR, e M/N antes de P/B, pois esse tipo de
exercício facilita para a criança reconhecer como o som é diferente, sem ter
que decorar regras ortográficas.
Quantos Passos?
Objetivos: consciência fonológica, letramento, contar sílabas, separação de sílabas, estrutura de palavras,
oralidade, fonemas.
Como fazer:
Organize as crianças umas ao lado das outras. Se posicione no outro extremo da
sala/ginásio.
Cada criança deve perguntar: Quantos passos? A professora
responde dizendo uma palavra qualquer.
O número de sílabas ou de letras (deve ser previamente
combinado qual deles) será a quantidade de passos que a criança deve dar.
Assim por diante, outra criança pergunta o mesmo até
que alguma criança chegue à professora, sendo quem irá escolher agora as
palavras.
 Bingo Fonoarticulatório
Objetivos: relação
entre som/letra, letra/som.
Material necessário:
– Cartelas divididas em seis com as letras escritas nos
quadradinhos.
– Fotos das crianças da turma falando cada fonema. (também é
possível encontrar as figuras já prontas na internet)
– Feijões ou outro marcador;
Regras: Cada
criança ganha uma cartela com as letras e os feijões para poder marcar a
cartela.
A professora, ou outra criança, retira uma cartela com a
foto de um fonema por vez e mostra aos outro.
As crianças devem procurar entre as letras de sua cartela se
alguma representa o mesmo fonema da foto. Se sim, ela coloca o feijão para
marcar.
Quando todas as palavras da cartela forem marcadas a criança
grita bingo e assim ganha o jogo.
- Reprodução de histórias com ou sem estímulo visual.
- Músicas.
- Versos.
- Rimas.
- Dramatizações com fantoches (incluindo diálogo). Aqui pode incluir assuntos educativos, como os exercícios apresentados.
- Dramatização com os próprios alunos, fazendo com que eles interpretem determinados papéis e situações. Por exemplo: “O cachorro está bravo”, “O papagaio está tagarela”, etc.
- Imitação de sons de animais, prolongando-os bem. Ex: au-auuuuuuuuu, miau-miauuuuuuuuuu..
- Brincadeiras do tipo “O que é, o que é?”
- Solicitar aos alunos que falem o nome de várias categorias semânticas. EX: frutas, animais, meios de transporte, flores, vestuário, etc.
3- ATIVIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DE FUNÇÕES BÁSICAS
Todas as atividades que envolvem percepção visual, auditiva, espacial, temporal, e do próprio corpo, são muito importantes. Porém, partindo do pressuposto, que essas atividades já são do conhecimento dos professores, só serão seguidas aqui propostas para o desenvolvimento da percepção auditiva por ter relação mais estreita com o trabalhoda fonoaudiologia em questão. 
Discriminação Auditiva
Objetivo: Aprimorar a percepção auditiva para que o aluno seja capaz de perceber as mínimas diferenças acústicas entre os sons da fala. O treino de discriminação é realizado inicialmente de maneira mais global, através de sons ambientais – da natureza, meios de transporte, corporais (bater palmas, pés, etc), materiais sonoros (apitos, latas, etc), instrumentos musicais, ritmo. Todo esse treinamento já faz parte do currículo de comunicação e expressão sonora na Educação infantil, e é de importância fundamental para as etapas posteriores. Em um nível mais adiantado, o treinamento deve ser realizado com sons da fala.
1- Localizar a fonte sonora: Uma criança ficará de costas para a classe e o professor distribuirá outras crianças em diferentes pontos da classe. Uma criança de cada vez emitirá um som, e a primeira criança indicará com o braço a direção que veio esse som.
2- Discriminação Auditiva: Distribuir material contendo desenhos de várias figuras. As crianças deverão marcar (com X, circular ou pintar) as figuras contendo a palavra dita pela professora. Ex: A professora diz “vaca”, e existem figuras de vaca e faca para que a criança discrimine o que foi dito e marque com um X (figuras: vaca-faca, gato-galo, porco-barco, dedo-dado, mamão-limão, etc).
3- Os alunos sentados abaixam as cabeças sobre os braços e ficam em silêncio para escutar os ruídos externos. Após alguns minutos, levantarão as cabeças e dirão o que ouviram.
4- Os alunos abaixam as cabeças sobre as carteiras e o professor provoca ruídos como: amassar papel, palmas, pés, tambor, apito, tosse, espirro, risada, etc. que devem ser identificados pelos alunos.
Esses exercícios são realizados pelo professor pelo menos duas ou três vezes por semana para que o desempenho das crianças seja satisfatório. São atividades importantes e conforme forem aplicadas poderão ser modificadas dependendo da dificuldade apresentada pelas crianças.
Débora Paula Cruz Clemente – Fonoaudióloga – CRFa2 10508

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