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Biomecânica - resumo

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Biomecânica 
 
Biomecânica interna e externa 
Interna: Forças internas e as consequências 
resultantes dessas forças nos biomateriais. 
Externa: Representa parâmetros de 
determinação quantitativa ou qualitativa 
referente as mudanças de lugar e posição do 
corpo, sempre observadas exteriormente a 
estrutura do movimento. 
Biomecânica Cinemática e Cinética 
Cinemática: Descreve a posição de corpos 
(pontuais) sem considerar as forças que 
causam esse movimento, ou seja, é a 
descrição do movimento. 
Cinética: Estuda o efeito das forças e 
massas no movimento, sendo o estudo das 
forças que irão atuar em um corpo. 
Movimento 
É uma mudança de local, de posição ou de 
postura, que ocorre ao longo do tempo e em 
relação a algum ponto no ambiente. 
Há dois tipos de movimento presentes no 
movimento humano ou num objeto 
impulsionado por uma pessoa: 
Movimento Linear: Frequentemente 
denominado movimento translatório ou 
translacional (mesma direção e velocidade 
constataste: retilíneo ou curvilíneo). 
Movimento Angular: Frequentemente 
denominado de movimento rotatório ou 
rotacional (rotação sobre um ponto fixo). 
Movimento translatório: Quando todos os 
pontos de um corpo movem-se na mesma 
direção com a mesma velocidade (constante), 
podendo ser retilíneo ou curvilíneo. 
Movimento rotatório: Ocorrem em torno de 
um eixo, sendo que os diferentes pontos de 
um corpo seguem arcos de movimento 
diferentes com velocidades lineares (ms -1) 
diferentes. 
Movimento translatório (Linear): Mesma 
direção, mesma velocidade (retilíneo, 
curvilíneo). 
Movimento rotatório (Angular): Rotação 
sobre um ponto fixo: 
- Articulações- Pontos fixos; 
- Deslocamento angular; 
- Raio de rotação. 
Cinética 
Ramo da dinâmica que estuda as forças que 
produzem, detêm ou modificam o 
movimento. Fornecem uma base valiosa para 
entender o efeito das forças. 
Inércia Massa Peso Pressão 
Volume Densidade Torque Impulso 
Estática: Todas as forças que agem em um 
corpo estão em equilíbrio, resultando em um 
corpo em igual equilíbrio. 
Dinâmica: Sistema de movimento com 
aceleração. 
 
Força 
Conceito intuitivo relacionado ao esforço para 
promover um movimento ou para manter 
um objeto em repouso. 
• Gravidade 
• Normal (força de reação do solo) 
• Muscular 
• Resistências internas e externas 
• Atrito 
• Compressão articular 
• Tração articular 
• Pressão 
Grandezas 
Grandeza escalar: Aquela que se defini 
apenas por seu módulo: 
- Massa. Comprimento, tempo, densidade, 
temperatura. 
Grandeza vetorial: Aquelas que se definem 
por seu módulo, direção e sentido. 
- Velocidade, peso, aceleração. 
Forças: 
 
A força dos músculos 
 
1. Perna estendida pela contração 
concêntrica. 
2. Perna flexionada pela contração 
excêntrica. 
3. Perna mantida pela contração 
isométrica. 
A ação dos músculos é criar uma força 
de giro sobre as articulações (eixo), 
portanto, criar torques ou momentos 
Torque 
Torque = Força x distância 
perpendicular ao eixo. 
Torque ou momento: O efeito rotatório 
de uma força em torno de um eixo. 
Medida como o produto de força e braço 
de torque da força – a menos distância 
(perpendicular) entre a linha de ação da 
força e seu eixo de rotação. 
Momento de força: Efeito giratório da 
força (o mesmo que Torque). 
Torque: F x d . sem 
 = ângulo formado entre a direção da 
força aplicada e a linha que liga a força ao 
eixo de rotação. 
d = braço de torque 
 - Distância perpendicular a linha de 
ação de uma força em relação a um eixo 
de rotação específico. 
O braço de momento é a distância 
perpendicular da linha de ação da força 
ao eixo de rotação. 
 
 
Quanto mais próximo de 90° for o ângulo 
de aplicação da força, menos força é 
1 3 2 
necessário para promover o efeito 
rotatório. 
 
Quanto mais distante do eixo de rotação, 
maior será o momento e menor a força 
necessária para promover o efeito rotatório. 
 
F = força 
d = braço de torque ou braço de alavanca 
M = momento (Torque) 
Onde o torque ocorre no corpo humano: O 
produto da tensão muscular e o braço de 
torque (considerando seu ângulo de atuação) 
produz um torque na articulação que o 
músculo cruza. 
A distância perpendicular muda conforme o 
braço de força se posiciona em relação ao 
eixo. 
No caso dos flexores de cotovelo, nos 
extremos da ADM há uma menor capacidade 
de gerar torque. 
Força e Momentos 
Magnitude: é a medida em Newtons, 
comparável a tensão gerada pelo sistema 
muscular, ao peso de um segmento ou carga 
externa. 
Direção: deve ser definida por um sistema de 
coordenadas, como por exemplo o sistema 
cartesiano, como por exemplo o sistema 
cartesiano X, Y e Z. É a mesma da orientação 
das fibras musculares. O sentido vai ser dado 
pelo encurtamento ou alongamento dos 
músculos, ou ainda pela gravidade agindo 
sobre os segmentos. 
Ponto de aplicação: está sobre o corpo/ponto 
e orientado segundo o sistema de 
coordenada. Pode ser o local da fixação do 
tendão, o centro de massa de um segmento, 
ou o local de aplicação de uma carga externa. 
Ângulos de aplicação: pode ser medido em 
graus ou radianos. 
Gravidade e Massa 
Gravidade: é uma força de atração entre os 
corpos (aproximação da Terra), agindo em 
um dos corpos e nos segmentos. 
Massa: Quantidade de matéria que existe em 
um corpo. 
Peso 
P = m . g 
m = massa do corpo 
g = aceleração da gravidade (9,81 m/s2) 
A força peso age no centro de massa de um 
segmento ou do corpo. 
Força 
Cada força é caracterizada por sua 
magnitude, direção e ponto de aplicação 
sobre um determinado corpo. 
Peso corporal, atrito e resistência do ar ou da 
água são forças que comumente atuam 
sobre o corpo humano. 
Quando uma força entra em ação pode 
causar aceleração sobre a massa de um 
corpo F = m . a 
Determina-se que força depende das 
unidades de massa (m) multiplicadas pelas 
unidades de aceleração (a). 
A unidade de força mais comum é o Newton 
(N) quantidade de força necessária para 
acelerar 1 Kg de massa em uma velocidade 
de 1 m/s2. 
 
 
Impulso 
Quando uma força é aplicada sobre um 
corpo, o movimento resultante não depende 
somente da magnitude de força aplicada, mas 
também da duração da aplicação da força. 
Impulso é o produto da força (F) pelo tempo 
(t). 
J = Ft 
Centro de massa (COM) 
... O ponto em torno do qual o peso do corpo 
é igualmente distribuído em todas as 
direções, também conhecido como centro de 
massa ou centroide de massa. 
Levemente anterior a S2 ou a 55% da altura 
de um indivíduo adulto. 
Na análise de um corpo submetido a força da 
gravidade o centro de massa também pode 
ser considerado como o centro da gravidade. 
Centro de Gravidade (CG) = Centro de Massa 
É o ponto ao redor do qual o peso corporal 
está igualmente equilibrado, não importa 
como o corpo está posicionado. 
A localização do centro de massa determina 
o modo como o corpo responde às forças 
externas. 
O vetor força-peso se origina no centro da 
gravidade, ou seja, do ponto sobre o qual 
todas as partículas do corpo estão 
uniformemente distribuídas. 
Ele serve como uma referência do 
movimento do corpo como um todo. 
O corpo responde a forças externas como 
se toda sua massa estivesse concentrada no 
COM, este é, consequentemente, o ponto no 
qual o vetor da força peso e da normal agem, 
quando elaboramos um diagrama de corpo 
livre. 
Diagrama de Corpo Livre 
 
Centro de massa, peso e eixo 
 
Momentos e Postura 
A postura ideal sugere que, usando um fio de 
prumo tenhamos uma linha que passa: 
➢ Através do processo mastoideo 
➢ Logo a frente da art. Glenoumeral 
➢ Logo atrás da art. Coxofemoral 
➢ Através ou logo a frente da art. 
Tibiofemoral 
➢ Centímetros à frente da art. 
Tornozelo ou sobre o maléolo lateral 
Estabilidade 
É a habilidade de retornar a posição original 
após ter experimentado uma força externa, 
como um empurrão, ou a resistência a 
perturbação do equilíbrio, a acelerações 
lineares e angulares. 
Dependeinicialmente de: 
- Onde está projetada a linha do centro de 
gravidade 
1 N = (1 Kg)*(1 m/s2) 
N = Kg*m/s2 
1 Newton = 0,101972 
quilograma-força 
- Tamanho da base de suporte 
Base de apoio/suporte: área contida entre as 
bordas externas do corpo que está em 
contato com a(s) superfície(s) de apoio. 
Equilíbrio: Condição de um sistema em que 
as forças que sobre ele atuam se 
compensam, anulando-se mutuamente. 
Posição estável de um corpo, sem oscilações 
ou desvios. 
Instável: se empurrado, o corpo se move e 
continua se movendo até encontrar uma 
nova posição estável. 
Neutro: se empurrado, o corpo se move até 
a nova posição e nela permanece. 
Estável: se empurrado, o corpo move-se e 
retorna a sua posição original. 
O que pode aumentar a estabilidade do corpo 
humano: 
• Aumento da massa corporal 
• Aumento da fricção entre o corpo e 
as superfícies de contato 
• Aumento da base de suporte 
• Posicional horizontalmente o centro 
de gravidade próximo da base de 
suporte do lado de aplicação da força 
• Posicionar verticalmente o centro de 
gravidade o mais baixo possível 
O que favorece a estabilidade do corpo: 
• Um centro de gravidade baixo 
• Uma base de suporte ampla 
• Uma massa grande 
• Uma grande quantidade de atrito 
entre o apoio e a base 
• A linha da gravidade cair no centro 
da base de apoio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 
Leis de Newton 
1. Todo corpo continua em seu estado 
de repouso ou de movimento 
uniforme em uma linha reta, a menos 
que seja forçado a mudar aquele 
estado por forças aplicadas sobre ele. 
2. A mudança de movimento é 
proporcional à força motora 
imprimida e é produzida na direção 
de linha reta na qual aquela força é 
aplicada. 
3. A toda ação há sempre uma reação 
oposta e de igual intensidade: as 
ações mútuas de dois corpos um 
sobre o outro são sempre iguais e 
dirigidas em sentidos opostos. 
1° Lei de Newton 
Lei da Inércia ou Equilíbrio 
“Todo corpo continua em seu estado de 
repouso ou de movimento uniforme em uma 
linha reta, a menos que seja forçado a mudar 
aquele estado por forças aplicadas sobre ele.” 
Uma força é necessária para começar, parar, 
diminuir ou aumentar a velocidade, ou para 
alterar a direção do movimento linear. 
Em repouso – permanece em repouso 
Em movimento – continua com velocidade e 
direção constante, portanto sem aceleração. 
Implica em considerar que não é necessário 
que a força continue agindo sobre o corpo 
para que ele esteja em movimento. 
-Não é intuitivo porque nos esquecemos 
de considerar a fricção e resistência do ar 
como as forças opostas. 
 
 
Movimento rotacional 
Um corpo tende a permanecer em repouso 
em velocidade angular constante ao redor de 
um eixo de rotação a menos que levado a 
mudar seu estado por um torque externo. 
Um torque é necessário para começar, parar, 
diminuir ou aumentar a velocidade, ou para 
alterar a direção do movimento rotacional. 
Equilíbrio 
Um corpo está em equilíbrio estático quando 
suas velocidades linear e rotacional são zero. 
Um corpo está em equilíbrio dinâmico quando 
sua velocidade linear e/ou rotacional não é 
zero, mas é constante. 
Em todos os casos de equilíbrio, as 
acelerações linear e rotacional do corpo são 
zero. 
O “efeito final” de múltiplas forças é 
determinado pelo cálculo da força resultante. 
-Adição de vetores de todas as forças 
agindo em um corpo. 
Se a força resultante = 0, o corpo está em 
equilíbrio. 
-Nenhuma força age sobre o corpo sem 
que exista uma outra de direção oposta e 
mesma magnitude, ainda que seja uma 
somatória de forças e não uma sozinha 
agindo. 
Inércia 
Inércia está relacionada a quantidade de 
energia requerida para alterar a velocidade de 
um corpo. 
A inércia de um corpo é diretamente 
proporcional a sua massa. 
Exemplo: mais energia é necessária para 
aumentar ou diminuir a velocidade de 
movimento de um halter de 7 Kg do que um 
halter de 5 Kg. 
Centro de Massa (CoM) 
Cada corpo tem um ponto chamado de 
centro de massa, sobre o qual sua massa é 
uniformemente distribuída em todas as 
direções. 
Quando exposto à gravidade, o CoM de um 
corpo coincide rigorosamente com o centro 
de gravidade. 
O centro de gravidade é o ponto o qual os 
efeitos da gravidade estão completamente 
equilibrados. 
O CoM de um corpo humano na posição 
anatômica decai exatamente sobre a segunda 
vértebra sacral, mas a posição exata do CoM 
mudará se uma pessoa muda a posição do 
seu corpo. 
Além do corpo humano como um todo, cada 
segmento, tal como o braço ou o tronco 
também tem um CoM definido. 
 
Os pontos pretos mostram o CoM de cada 
segmento do membro inferior e permanece 
fixo, aproximadamente no seu ponto médio. 
Os pontos vermelhos mostram a localização 
do CoM da extremidade inferior inteira a eles 
se deslocam com a mudança na configuração 
especial dos segmentos. 
Momento de Inércia de Massa 
Momento de inércia de massa (MIM) de um 
corpo é a quantidade que indica sua 
resistência para uma mudança de velocidade 
angular. 
Ao contrário da inércia, sua correspondente 
linear, o MIM depende não apenas da massa 
do corpo, mas principalmente da distribuição 
dessa massa em torno do eixo de rotação. 
Atletas controlam o MIM de seu corpo inteiro 
ao alterar a posição dos segmentos individuais 
do seu corpo em relação ao seu eixo. 
 
Reduzir o momento de inércia de massa do 
corpo resulta em uma velocidade angular 
aumentada. 
2° Lei de Newton 
Lei do Momentum ou da Aceleração 
“A mudança de movimento é proporcional à 
força motora imprimida e é produzida na 
direção de linha reta na qual aquela força é 
aplicada.” 
A aceleração linear de um corpo é 
diretamente proporcional à força que a causa, 
tomando a mesma direção na qual a força 
age e é inversamente proporcional à massa 
do corpo. 
É o princípio fundamental da dinâmica. 
Sempre que existe aceleração, existe a 
aplicação de uma força ou torque sobre o 
objeto. 
F = m . a 
Lei do Momentum 
A mudança de movimento é proporcional à 
força motora imprimida, e é produzida na 
direção de linha reta na qual essa força foi 
imprimida. 
-Momentum (pl. momenta) é o vetor 
com magnitude igual ao produto de massa 
pela velocidade do corpo que se move (SI de 
unidade de medida Kg.m/s, ou, equivalente a 
Ns). 
 
Eixo de 
rotação 
do quadril 
direito 
Momentum linear ou translacional 
Tijolo parado – forças atuantes em equilíbrio 
e sem movimento. 
Força atua sobre o tijolo sem uma 
contraposição: inicia-se o movimento, 
portanto, passa de V=0 e vai para V=X m/s. 
Se um corpo está movendo ele tem um 
Momentum. (Massa X Velocidade). 
Momentum (m . v) do CoM durante o andar: 
 
Momentum do CoM durante o sentar-
levantar: 
 
3° Lei de Newton 
Lei da Ação e Reação 
Para cada ação existe uma reação de igual 
intensidade, porém com direção contrária. 
Dois corpos em contato exercem forças 
iguais e opostas entre si. 
 
Exemplo: Fratura do boxeador: 
 
Força de Reação do Solo 
É a força de reação fornecida pela superfície 
na qual uma pessoa está andando ou parada 
de pé. 
O pé produz uma força contra o solo e este 
por sua vez, gera uma força de reação na 
direção oposta, mas de mesma magnitude. 
 
Força de Contato – Pressão 
Pressão é a razão do peso de um 
corpo/objeto aplicado por uma determinada 
área de contato. 
Pressão = Força / Área (N . m-2) 
Aumentar a área de contato diminui a 
pressão exercida. 
 
Centro de Pressão (COP) 
Localização do ponto médio de todas as 
pressões aplicadas por um corpo. 
Pressão = Força / Área (N . m-2) 
A e C – apoio unipodal. 
B – apoio bipodal – COG 
 
 
Força de Contato – Fricção 
Fricção é uma força resistiva que se opõem 
ao movimento de corpos que estão em 
contato. 
• Fricção entre fluídos; 
• Fricção entre objetos deslizantes; 
• Fricção entre um corpo rolando 
sobre outro; 
Fricção + coeficiente de fricção X Pressão 
exercida pelo objeto em contato. 
F = µ X RFricção depende de rugosidade da superfície 
e de quanta força de aproximação existe 
entre os corpos. 
Fricção é uma força resistiva que se opõem 
ao movimento de corpos que estão em 
contato. 
 
Leis de Movimento - Resumo 
• Corpos preferem ficar parados ou 
com velocidade constante (incluindo 
a direção). Em objetos se movendo 
em linha reta a inércia depende 
apenas da massa e da sua 
distribuição relativa ao eixo de 
rotação. 
• Uma força não contrabalanceada 
aplicada por um período de tempo 
(impulso) altera o momentum do 
corpo (para, inicia, diminui, acelera ou 
muda a direção). 
• Durante a rotação de um corpo 
existe uma velocidade linear que é 
constantemente alterada de direção 
devido as forças que o puxam para 
o centro (centrípeta), que é 
balanceada pela força de direção 
oposta (centrífuga). 
• Os momenta de rotação e 
translacional são conservados. No 
momentum rotação se o torque de 
inércia muda, existe a consequente 
mudança de velocidade. O princípio 
de conservação de energia serve 
igualmente para momenta 
translacionais. 
• Cada força aplicada (ação) tem uma 
força correspondente de igual 
magnitude e direção oposta a 
primeira (reação). Isso é o mesmo 
que o momentum sendo conservado 
durante a troca entre dois corpos em 
contato. Embora, a palavra reação 
passa implicar em algum atraso de 
resposta, de fato isso ocorre 
instantaneamente e seria melhor 
considera-la como uma interação 
(mais que uma reação). 
Trabalho e Máquinas Simples 
T = Força X variação da distância (Nm ou 
Joules). 
T = Torque X variação da distância angular. 
São máquinas que não reduzem a quantidade 
de trabalho realizado por nós, mas o torna 
mais fácil! 
Só que antes de passarmos para as máquinas 
simples e como elas nos ajudam nos 
movimentos rotacionais das articulações, 
vamos a mais um exercício. 
O trabalho dos músculos 
 
Trabalho é uma variável escalar, embora sua 
direção determine se será positivo ou 
negativo. Quando os músculos estão 
contraindo em encurtamento na direção de 
suas fibras (concêntrico), dizemos que o 
trabalho é positivo. Se os músculos geram 
tensão, mas estão se alongando (excêntrico), 
o trabalho é negativo. 
Trabalho e Máquinas Simples 
São máquinas que não reduzem a quantidade 
de trabalho realizado por nós, mas o torna 
mais fácil. 
Há 4 tipos de máquinas simples que são as 
bases das máquinas mecânicas do dia-a-dia e 
que são importantes para a Fisioterapia. 
• Alavancas: 
O que é: uma barra rígida que gira 
em torno de um ponto fixo (fulcro). 
Como auxiliam no trabalho: levanta 
ou move cargas. 
Exemplos: pá, quebra-nozes, 
gangorra, cotovelo, abridor de 
garrafas. 
• Plano inclinado: 
O que é: uma superfície inclinada que 
conecta um ponto mais elevado a 
um mais baixo. 
Como auxiliam no trabalho: objetos 
são elevados ou abaixados. 
Exemplos: degraus, rampa, escada 
rolante, declive. 
• Roda & Eixos: 
O que é: uma roda com uma vara, 
conectada a um eixo em seu centro: 
ambas as partes movem juntas. 
Como auxiliam no trabalho: Levanta 
ou move cargas. 
Exemplos: maçaneta, apontador de 
lápis, bicicleta. 
• Polias: 
O que é: uma roda sulcada com uma 
corda ou cabo ao seu redor. 
Como auxiliam no trabalho: move 
objetos através, abaixo ou cima. 
Exemplos: caminhão de reboque, 
mecanismo de persiana, guindaste. 
Máquinas simples são “simples” porque a 
maioria tem apenas uma parte que se move. 
O “trabalho” só feito quando alguma coisa se 
move – T = Força X variação da distância. 
As máquinas simples não reduzem 
necessariamente o trabalho, mas podem 
realizar o mesmo deslocamento com menos 
força motriz ou deslocamentos em mesma 
distância, porém, com mais velocidade! 
Alavancas 
Qualquer objeto rígido de forma alongada 
que roda em torno de um ponto fixo 
chamado fulcro. 
A rotação ocorre quando a força é aplicada 
em um ponto de alavanca contra a resistência 
localizada em algum outro ponto do sistema. 
 
A função de uma alavanca é dar uma 
vantagem. 
As vantagens podem: 
 -Exercer mais força contra uma 
resistência que a força aplicada à alavanca, 
por exemplo: movendo uma pedra com uma 
alavanca. 
 -Mover uma resistência para mais 
distante e mais rápido que o movimento no 
braço de força. 
Articulação como um Sistema de Alavancas 
Classificação segundo a posição da resistência 
e da força em relação ao eixo: 
• Classe I – Interfixa (equilíbrio) 
• Classe I I – Interesistente (força) 
• Classe I I I – Interpotente 
(velocidade/ADM) 
Alavanca de Primeira Classe 
Dependendo das forças atuantes pode 
favorecer o equilíbrio. 
Exemplos – gangorra, extensão do cotovelo, 
aceno da cabeça 
 
 F R 
 F = força eixo R = resistência 
 
Alavanca de Segunda Classe 
Movimento de força; 
Vantagem mecânica (motriz). 
 R F 
 Eixo 
 
Alavanca de Terceira Classe 
Maioria dos músculos; 
Grande quantidade de força é necessária 
para mover mesmo com resistências 
pequenas. Por outro lado, as resistências 
serão movidas a uma grande distância angular 
e se o tempo for constante, teremos a 
vantagem de velocidade. 
Exemplos: rosca de bíceps. 
 F R 
 Eixo 
 
 
Inserir os músculos a uma distância maior do 
eixo tomaria maior a vantagem mecânica, 
mas o músculo teria que se encurtar muito 
mais para executar a mesma ADM. 
 
 
Vantagem mecânica 
É a relação ou proporção entre o braço de 
torque (braço de força) e o braço de 
resistência para uma dada alavanca. 
VM = Braço de Força / Braço de Resistência 
Momento interno Momento externo 
 
 F = 10 N R = 20 N 
 
 2M Eixo 1 M 
VM = Braço de força (BF) / Braço de 
resistência (BR) 
VM = 2/1 
VM = 2 
Uma força pode equilibrar ou mover uma 
grande resistência quando o braço de força 
é mais longo que o braço de resistência. 
As alavancas de primeira classe apresentam 
VM inferior a um, igual a um ou superior a 
um. 
Nas alavancas de segunda classe, o VM é 
sempre maior do que um. 
Nas alavancas de terceira classe, a VM é 
sempre menor que um. 
Compensação entre a força e distância 
Equação: 
F M x B M I = F E x B M E 
Podemos rearranjar a equação de modo que 
ela fica assim: 
B M I / B M E = F E x F M 
F M = força muscular. 
F E = força externa. 
B M I = braço de momento interno. 
B M E = braço de momento externo. 
Vantagem mecânica e compensação entre 
forças 
Em alavancas de primeira classe, 
B M I / B M E = um; a equação de torque só 
é equilibrada quando FM = FE. 
Em algumas alavancas de primeira classe e 
em todas as de segunda classe, 
B M I / B M E > um – a equação de torque 
é equilibrada apenas quando FM é menor do 
que FE. 
Em algumas alavancas de primeira classe e 
em todas as de terceira classe, 
B M I / B M E < um – a equação de torque 
é equilibrada apenas quando FM é maior que 
FE. 
Vantagem de Velocidade 
 F R 
 
A força pode mover uma resistência ao longo 
de uma maior amplitude de movimento 
quando o braço de força é mais curto que o 
braço de resistência. 
Apesar do que a maioria dos músculos do 
corpo humano funcionar com uma VM muito 
menor que um, por terem o braço de força 
bem mais curto do que o braço de 
resistência, com uma distância de contração 
(excursão) muito curta, os músculos 
produzem um deslocamento vertical muito 
maior de carga. 
 
 
 
 
 
Aula 3 
Métodos de Medição em Biomecânica 
Biomecânica Interna: Se preocupa com as 
forças internas, as forças transmitidas pelas 
estruturas biológicas internasdo corpo, tais 
como forças musculares, forças nos tendões, 
ligamentos, ossos e cartilagens articulares, 
entre outras. 
Biomecânica Externa: Representa os 
parâmetros de determinação quantitativa e 
ou qualitativa referente às mudanças de lugar 
e posição do corpo humano em movimentos, 
com auxílio de medidas descritivas 
cinemáticas e/ou dinâmicas, portanto aquelas 
que referem-se às características 
observáveis exteriormente na estrutura de 
movimento. 
Análise do Movimento Humano 
• Existem 2 formas de análise do movimento 
humano 
1. Análise Quantitativa - quando envolve 
medidas 
2. Análise Qualitativa - quando descreve 
as características do movimento sem 
fazer uso de números 
• Uma análise completa incorpora tanto os 
elementos quantitativos quanto os qualitativos. 
• A observação visual é a abordagem mais 
comumente utilizada para a análise qualitativa 
da mecânica do movimento humano. 
• Com base na informação obtida da 
observação de um movimento específico de 
um paciente ou de um gesto esportivo de 
um atleta, o fisioterapeuta faz julgamentos, 
recomendações e planeja um tratamento. 
• A análise qualitativa requer conhecimento 
do propósito biomecânico específico do 
movimento e capacidade de detectar a 
possível causa da disfunção. 
 
Análise Qualitativa 
• A observação visual é a abordagem mais 
comumente utilizada para a análise qualitativa 
da mecânica do movimento humano. 
• Com base na informação obtida da 
observação de um movimento específico de 
um paciente ou de um gesto esportivo de 
um atleta, o fisioterapeuta faz julgamentos, 
recomendações e planeja um tratamento. 
• A análise qualitativa requer conhecimento 
do propósito biomecânico específico do 
movimento e capacidade de detectar a 
possível causa da disfunção. 
• Existem duas fontes principais de 
informação para o analista que avalia uma 
habilidade motora: 
1. Cinemática ou técnica exibida pelo 
indivíduo. 
2. Resultado do desempenho - tem 
valor limitado, pois depende da 
biomecânica adequada. 
• Para analisar efetivamente uma habilidade 
motora, é muito útil para o analista 
compreender o propósito específico da 
habilidade a partir de uma perspectiva 
biomecânica. 
• Sem o conhecimento de princípios 
biomecânicos relevantes, analistas podem ter 
dificuldade de identificar os fatores que 
contribuem (ou dificultam) o desempenho e 
assim interpretar erroneamente as 
observações feitas. 
Planejamento da análise qualitativa 
1. Identificar a questão principal ou 
questões de interesse 
- Exemplo: a marcha de um paciente 
no pós operatório de uma cirurgia de 
joelho voltou ao normal? Por que um 
jogador de voleibol tem dificuldades 
de atacar para o outro lado da 
quadra? O que poderia estar 
causando a dor no punho de uma 
secretária? 
2. Perspectiva ótima para a observação 
do movimento 
- Exemplo: vista anterior, posterior, 
lateral D, lateral E 
3. Distância entre o analista e o 
executor do movimento 
4. Número de tentativas ou execuções 
do movimento a ser observado no 
curso da formulação de uma análise 
5. Vestimenta do atleta / paciente 
• Feedback do executor 
- Um executor experiente é capaz de 
reconhecer a sensação de um movimento 
em particular em comparação com o mesmo 
movimento com uma leve modificação. 
• Envolver mais de um analista 
- Isso reduz a probabilidade de um aspecto 
do desempenho não ser percebido 
• A habilidades de observar/analisar melhora 
com a prática 
- O processo de análise se torna mais natural, 
e as análises realizadas tendem a se tornar 
mais efetivas e informativas 
Avaliação da Discinese Escapular: Definição 
• Ritmo Escapuloumeral Normal 
- Mínimo de movimento escapular entre 30° 
e 60° durante a elevação do braço. 
Movimento contínuo. Sem evidência de 
escápula alada. 
• Discinese Escapular 
- Falta de deslizamento, movimento 
quebrado, elevação prematura ou excessiva 
ou descida rápida ou abrupta durante a 
descida do braço Qualquer evidência de 
“descolamento” do gradil costal. 
“Dis” alteração “cinese” movimento 
1. Posição e/ou movimento escapular 
dinâmico anormal caracterizado por 
projeção da borda medial 
2. Projeção do ângulo inferior e/ou 
elevação antecipada da escápula ou 
encolhimento do ombro na elevação 
do braço 
3. Rápida rotação inferior durante 
abaixamento do braço 
Classificação 
1. Sim/Não 
Sim: Tipo I, Tipo II ou Tipo III 
Não: Tipo IV 
Sensibilidade de 74% a 78% 
Especificidade de 31% a 38% 
2. Tipos: 
 
Sensibilidade de 10% a 54% 
Especificidade de 62% a 94% 
3. Scapular Dyskinesis Test 
 
 
 
 
Nota: posição estática e dinâmica são 
entidades separadas 
Quando observada assimetria estática da 
escápula: “posição alterada da escápula em 
repouso” e não discinese escapular. 
 
Como avaliar 
Paciente: realiza de 8 a 10 ciclos de elevação 
e abaixamento do braço (4s por ciclo) 
Carga: 1.5 kg se massa corporal 68.1kg 
Planos: sagital e frontal 
Examinador: 2 m atrás do paciente com 
liberdade para se mover durante o teste. 
Avaliar as escápulas independentemente 
Como classificar 
1. Detectar se há projeção da escápula 
ou alteração do movimento 
escapular durante os movimentos do 
braço: Sim/Não 
2. Se sim, qual porção da escápula que 
está sendo projetada é mais 
predominante? Se ângulo inferior: 
Tipo 1, se borda medial: Tipo 2, se 
borda superior: Tipo 3 
3. Se sim, qual o grau da anormalidade 
do movimento observado? Óbvio ou 
Sutil? 
Análise Qualitativa da Discinese Escapular 
• Conhecimento necessário 
- Saber o que é a discinese escapular 
• Identificar a questão principal ou questões 
de interesse 
- A dor no ombro do meu paciente tem 
relação com a discinese? 
• Perspectiva ótima para a observação do 
movimento 
- Vista posterior 
• Distância entre o analista e o executor do 
movimento 
- 2 metros 
• Número de tentativas ou execuções do 
movimento a ser observado no curso da 
formulação de uma análise 
- 10 tentativas 
• Vestimenta 
- Desnudo 
Métodos e Instrumentação 
A avaliação do movimento necessita de um 
processo: (4 Fases distintas) 
• Medição: 
- Quantidade de movimento 
- Velocidade 
- Carga / Torque / Força 
• Descrição: 
- Descrição dos métodos aplicados 
- Forma de interpretação (até mesmo por 
modelos matemáticos) 
• Monitoração: 
- Dinamômetro Isocinético 
- Eletromiógrafo Monitoração 
- Goniômetro 
• Análise: 
- Dados paramétricos ou não paramétricos 
- Considerações numéricas ou não, 
significância, desvio padrão, uso de softwares. 
Medidas de Força – Dinamometria 
• Método de medição em biomecânica 
• Diversos dispositivos e equipamentos 
podem ser utilizados para aquisição da medida 
• Usado para avaliar forças internas e forças 
externas 
• Forças Externas - forças de reação do solo, 
pressões, torques, impulsos, força de 
preensão manual, centro de pressão, etc 
• Forças Internas - torques das forças 
musculares, forças musculares e forças nas 
superfícies articulares 
Instrumentação 
• Existem dispositivos que permitem que a 
deformação mecânica produzida por uma 
força seja monitorada eletronicamente; 
• Transdutores – “transducere” = 
transformar (converter); 
• Convertem deformação mecânica em 
sinais elétricos; 
- Strain -gauge ; 
- Cristais piezoelétricos ; 
- Plataforma de força; 
- Dinamômetro; 
- Acelerômetro; 
- Baropodômetro; 
- Cinemetria (LED’s). 
Strain-gauge ( Extensômetro) 
• Extensômetro é um transdutor capaz de 
medir deformações mecânicas em corpos de 
prova 
• Colado a uma barra e conectado a um 
amplificador as deformações na barra 
produzem variações correspondentes na 
resistência elétrica do strain-gauge. Mede 
quantidade de deformação 
 
Aplicação 
- Plataformas de força 
- Células de carga 
- Transdutores de pressão e torque 
- Barras assimétricas 
- Prancha de snowboarding 
Cristais piezoelétricos 
• Quando deformados por uma carga, 
produzem um potencial elétrico entre suas 
faces opostas. Verificama quantidade de 
deformação. 
- Uso: Plataformas de força: Características 
biomecânicas da marcha; Velocidade angular 
do pé de vela; blocos de partida. 
 
Plataforma de Força 
• Consiste de duas superfícies rígidas, uma 
superior e uma inferior, que são interligadas por 
sensores de força (Ex: Strain-gauge, cristais 
piezoelétricos...) 
• Fornecem a força de reação do solo na 
superfície de contato durante a fase de apoio do 
movimento 
• Plataforma quantifica a variação dinâmica da 
força reação do solo durante a fase de contato 
entre corpos, fase esta onde ocorre a 
transferência destas forças externas para o corpo 
determinando alterações nas condições do 
movimento 
- Dispositivos altamente versáteis projetados 
para registrar as forças horizontais e verticais 
exercidas sobre sua durante o curso de 
alguma atividade. 
- Uso: salto vertical; impulso; equilíbrio. 
 
Dinamômetro analógico 
- Análise de Força e Torque muscular; 
 
Dinamômetro Digital 
- Análise de Força e Torque muscular 
 
Transdutores (conversores) 
- Dinamômetro isocinético; 
 
- Acelerômetros (VMG, AMG): vibrações 
laterais e longitudinais das fibras musculares. 
- Uso: Pico de impacto e força muscular 
 
Baropodômetros 
- Analisa as pressões plantares 
- Pode ser usado numa análise estática ou 
dinâmica 
- Indicado para avaliação da distribuição das 
cargas nos pés durante a marcha, da 
pronação ou supinação excessivas, talalgias, 
na indicação de confecção de órteses 
(palmilhas), na avaliação funcional pré-
operatória do pé e tornozelo e na detecção 
de áreas de hiperpressão em pés 
neuropáticos (diabéticos) 
 
Cinemetria 
• Consiste no registro de imagens e as 
consequentes reconstruções com auxílio de 
pontos marcados, conforme modelo 
antropométrico, que estima a localização dos 
eixos articulares do sujeitos onde fixam-se estas 
marcas anatômicas 
• Objetivos 
a) avaliação da técnica para competição ou 
alteração de padrão de movimento 
b) desenvolvimento de técnicas de treinamento 
ou planejamento de exercícios de reabilitação 
c) monitoramento de atletas ou de pacientes 
d) detecção de indicadores preditivos que 
caracterizem comportamento de talentos 
esportivos ou de fatores de risco biomecânicos 
de lesão 
Avalia diversos indicadores cinemáticos 
• Variações lineares e angulares de posição 
• Velocidades lineares e angulares 
• velocidade do centro de gravidade, dos 
segmentos e das articulações 
• Determinação das variações da aceleração 
do movimento 
• Tempo de reação e tempo de movimento 
• Entre outras variáveis a serem selecionadas 
conforme os propósitos da análise 
Avaliação Bidimensional – 2D 
 
Análise tridimensional 
Espaço caracterizado por três eixos 
perpendiculares entre si, chamados X, Y, Z, e que 
definem um sistema coordenado de três 
dimensões. Assim, um ponto no espaço é 
projetado no plano de referência, onde se 
definem duas coordenadas (X, Y) e a terceira 
corresponde à altura perpendicular a esse plano 
(Z) 
 
Possibilidade de análise em diferentes ângulos 
 
Sistema Infravermelho 
• Comumente o sistema infravermelho é 
composto por câmeras ativas e marcadores 
passivos fixados ao corpo do sujeito com a 
finalidade de facilitar seu rastreamento nas 
imagens. 
• Algumas empresas disponibilizam 
marcadores ativos 
 
OPTOTRAK CERTUS 
- Desvantagem: deslocamento de algum tipo 
de fonte e cabos que conectam os diversos 
LED’S 
 
VICON 
- Desvantagem: restrição ao ambiente de 
filmagem e aos tipos de movimentos que 
podem ser estudados 
 
Sistema Eletromagnético 
• Proporciona informações detalhadas sobre 
a cinemática dos segmentos corporais 
• Dispõe de várias aplicações clínicas, incluindo 
a análise da atividade física geral, marcha, 
postura, movimentos de tronco e membros 
superior 
• O sistema ainda permite a inclusão de mais 
de dois sensores, o que pode aprimorar a 
análise da cinemática 
• Exemplo: POLHEMUS, Ascension 
 
 
 
 
Eletromiografia: Detecção e registro da 
atividade elétrica do tecido muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 4 
ÁREAS DE ATUAÇÃO DA 
BIOMECÂNICA 
• Biomecânica do Movimento Humano 
- Biomecânica do Esporte 
- Biomecânica Ocupacional 
- Análise da Função Muscular e Treinamento 
- Biomecânica Clínico Ortopédica 
• Metodologia Biomecânica 
- Modelagem 
- Simulação por computador 
• Biomecânica Músculo-Esquelética 
- Controle neuromuscular do movimento; 
- Mecânica muscular; 
- Biomecânica das articulações e da coluna; 
- Análise eletromiográfica. 
• Biomecânica dos Tecidos e Biomateriais 
- Biomecânica dos tecidos moles e duros; 
- Biomateriais; 
- Próteses e fixações externas (órteses) 
• Biomecânica Ambiental 
- Impacto e vibrações; 
- Biomecânica de micro e macrogravidade; 
- Locomoção Terrestre, Aquática e Aérea 
• Biomecânica Cárdio-Respiratória 
- Cardíaca e Vascular; 
- Respiratória; 
1. Biomecânica do Movimento Humano 
 
Biomecânica do Esporte 
Análise do gesto esportivo: 
1.1.1 Otimização do desempenho 
atlético; 
• Salto com vara: Na partida pés distanciados 
em 40 centímetros = melhores resultados. 
90% da velocidade máxima obtida nos 14 
metros iniciais; 
Velocidade máxima após 6 segundos (± 45 
a 55 m) dependendo da habilidade do 
corredor. 
• Mãos de nadadores de alto nível: propulsão 
provém + das forças de elevação produzidas 
quando as mãos se movem lateralmente do 
que das forças de arrasto geradas quando 
estas se movem para trás. 
1.1.2 Qualificação do material 
desportivo; 
• Esqui: orifícios nos esquis correspondendo 
às posições dos dedos; esferas substituíram 
redes nos bastões; bastões foram 
encurvados acomodando-se ao corpo do 
esquiador quando este está na posição 
característica ao deslizar montanha abaixo 
1.1.3 Quebra dos tempos e marcas 
das provas; 
 
1.1.4 Diminuição de sobrecargas 
osteomioarticulares. 
Biomecânica Ocupacional 
Análise do Gesto Ocupacional: 
1.2.1 Observação dos grupos musculares em 
atividade; 
1.2.2 Interpretação dos movimentos e 
angulações executados; 
1.2.3 Análise das estruturas sobrecarregadas 
nos tecidos envolvidos. 
- Atividade muscular versus irrigação 
sanguínea 
- Acúmulo de lactato 
- Insuficiência de glicogênio 
- Modificações das concentrações iônicas 
intra e extra-celulares 
Análise da Função Muscular e Treinamento 
 
Biomecânica Clínico-Ortopédica 
• Swimming-Shoulder; 
• Jumper´s Knee; 
• Disfunção fêmoro-patelar 
 
2. Metodologia Biomecânica 
Modelagem por Computador 
• Modelos de funcionamento do aparato 
músculo-esquelético 
 
Simulação e Otimização 
 
3. Biomecânica Músculo-Esquelética 
Controle Neuromuscular do Movimento 
• Propriocepção; 
• Cinestesia; 
• Controle motor; 
• Integração sensório-motora; 
Métodos de Avaliação da Propriocepção 
• Limiar para detecção de movimento 
passivo 
• Senso de posicionamento articular 
(ativo e passivo) 
• Avaliação da discriminação da extensão 
do movimento ativo 
 
Mecânica Muscular 
 
Biomecânica das Articulações 
• Artrocinemática de cada segmento articular; 
 
4. Biomecânica dos Tecidos 
e Biomateriais 
 
Biomecânica dos Tecidos Moles e Duros 
• Viscoelasticidade dos tecidos moles e ósseo; 
• Propriedades biomecânicas dos ossos e 
superfícies articulares; 
 
 
Resposta dos Tecidos ao Estresse: 
 
 
 
Viscoelasticidade do tecido ósseo: 
 
Biomateriais 
 
Próteses e Fixações Externas (Órteses) 
 
 
Próteses e Fixações Externas (Órteses) 
 
 
5. Biomecânica Ambiental 
 
Impacto e Vibrações 
 
 
Biomecânica de Micro e Macrogravidade 
 
 
Locomoção Terrestre, Aquática e 
Aérea 
 
6. Biomecânica Cárdio-Respiratória 
• Funcionamento das câmaras 
cardíacas e suas válvulas; 
• Mecânica do funcionamento da 
caixa torácica; 
 
Biomecânica Cardíaca e Vascular 
 
 
Biomecânica RespiratóriaAula 5 
CARGA SOBRECARGA FADIGA 
ESTRUTURAL E LESÃO 
Carga: Termo geral que descreve a aplicação 
de uma força em um corpo 
As forças ou cargas que movem, fixam ou 
estabilizam um corpo, podem também 
deformá-lo e causar lesões 
Cargas mecânicas sobre o corpo humano 
Tensão – aplicação de uma ou mais forças 
paralelas que distanciam ou separam um 
material 
Compressão – força aplicada 
perpendicularmente à uma superfície de 
contato, que puxa ou empurra um objeto 
contra o outro 
Flexão – efeito de uma força que deforma 
um material em ângulos retos em seu eixo 
longo 
Cisalhamento – força produzida por dois 
objetos comprimidos um contra o outro em 
direções opostas 
Torção – aplicação de uma força que torce 
um material ao longo de seu eixo longitudinal 
 
A capacidade dos tecidos do corpo humano 
em receber e dissipar cargas, é uma questão 
muito importante na reabilitação dos 
pacientes. 
 
EFEITOS DA COMPRESSÃO NEURAL 
O limite de falha para compressão é de 
aproximadamente 30 a 50 mmHg. Nos casos 
em que a pressão excede esse valor, ocorre 
hipóxia e comprometimento do fluxo 
sanguíneo nervoso, condução e transporte 
axonal (Gelberman et al. 1983; Ogata 8c Naito 
1986) 
A compressão dos nervos é uma parte 
normal do movimento humano, no entanto 
um nervo com comprometimento prévio, 
alterações na pressão de magnitude menor 
que a dos nervos normais poderiam ser 
suficientes para produzir sintomas 
neuropáticos com forças neurodinâmicas 
normais. 
Saturday Night Palsy – Paralisia do Nervo 
Radial 
 
EFEITOS DA TENSÃO NEURAL 
A tensão nos nervos produz uma redução 
no fluxo sanguíneo intraneural. Com 8% de 
alongamento, o fluxo de sangue venoso dos 
nervos começa a diminuir e a 15%, toda a 
circulação dentro e fora do nervo é obstruída 
(Lundborg & Rydevik 1973; Ogata 8c Naito 
1986) 
O tempo também é um fator importante na 
tensão intraneural. Se os nervos forem 
mantidos com apenas 6% de esforço por 
uma hora, a condução nervosa será reduzida 
em 70%. Se a duração do alongamento for 
aumentada, ocorrerá uma maior isquemia e 
será necessário um tempo de recuperação 
mais longo 
 
 
Paralisia Obstétrica do Plexo Braquial 
 
 
 
Lesões por sobrecarga 
 
 
Probabilidade da lesão: 
Pode ocorrer lesão, embora seja menos 
provável, com uma única carga de grande 
magnitude e com uma carga repetida de 
pequena magnitude. 
 
Fraturas por Estresse 
A fratura por estresse é o desgaste ósseo 
que ocorre devido à sobrecarga e exercícios 
repetitivos de grande intensidade 
Esse tipo de fratura acontece por forças 
cíclicas repetidas que ultrapassam a 
resistência máxima do tecido ósseo 
 
Equipamento para medir tensão 
O osso humano é preso nas extremidades e 
a tensão é medida com um “Strain gauge” 
O estresse é calculado à partir do total de 
carga medida 
 
Mecanismo Patogênico da Fratura por 
Estresse 
 
Exemplos - Radiografias 
 
 
 
 
 
Sobrecarga no Tendão 
 
Lesões Ligamentares 
 
As lesões ligamentares variam de lesões leves 
que envolvem o rompimento de apenas 
algumas fibras até a ruptura total do 
ligamento, o que pode levar à instabilidade da 
articulação. 
As lesões ligamentares são divididas em três 
graus. 
Uma entorse de grau I representa algumas 
fibras esticadas, mas os testes clínicos 
revelam amplitude de movimento normal ao 
tensionar o ligamento. 
Uma entorse de grau II envolve uma 
proporção considerável das fibras e, portanto, 
o alongamento da articulação e a tensão do 
ligamento mostram maior frouxidão, mas um 
ponto final definido. 
Uma entorse de grau III é uma ruptura 
completa do ligamento com excessiva 
frouxidão articular e nenhum ponto final firme. 
Lesões Musculares 
 
Lesões musculares estão entre as lesões 
mais comuns nos esportes. 
A frequência de lesões musculares varia de 
10% a 55% de todas as lesões esportivas 
sustentadas e inclui distensões / estiramento 
(causando rupturas de fibras) e as contusões 
musculares 
Distensão - próximo ao tendão do músculo 
Estiramento – meio do músculo 
Fadiga Muscular 
• Redução transitória da capacidade de 
realizar ações físicas 
• Atividades físicas intensas provocam um 
declínio no desempenho 
• Tarefas motoras mantidas por longos 
períodos provocam fadiga muscular 
• Redução na capacidade de produzir força 
• Fadiga muscular autorrelatada 
• Fadiga central e periférica 
FADIGA CENTRAL 
Diminuição na condução do impulso nervoso 
que leva a uma redução do número de 
unidades motoras ativas e uma diminuição da 
frequência de disparo dos motoneurônios. 
Envolve o córtex cerebral, cerebelo e medula 
espinhal 
FADIGA PERIFÉRICA 
A fadiga periférica deve-se a uma falha ou 
limitação de um ou mais processos na 
unidade motora, isto é, nos neurônios 
motores, nervos periféricos, nas ligações 
neuromusculares ou fibras musculares 
Fadiga dos Músculos Escapulotorácicos 
Associada a Alterações na Cinemática do 
Ritmo Escápuloumeral Durante Elevação do 
Ombro com Resistência Máxima 
Os resultados mostraram que durante a 
elevação do braço com ADM entre 60-150° , 
o ritmo escápulo-umeral diminuiu com a 
fadiga 
 
A diminuição do ritmo escápuloumeral foi 
associada a indicadores mioelétricos de fadiga 
(Frequência Mediana) 
 
Houve redução na capacidade de geração de 
força durante a tarefa de fadiga Fadiga = Não 
é possível concluir a elevação total do braço 
 
Fadiga Estrutural 
Fadiga estrutural é o fenômeno de ruptura 
progressiva de materiais sujeitos a ciclos 
repetidos de tensão ou deformação 
O estudo do fenômeno é de importância para 
o projeto de máquinas e estruturas, uma vez 
que a grande maioria das falhas em serviço 
são causadas pelo processo de fadiga, cerca 
de 95% 
O estudo da fadiga estrutural é também de 
grande importância para os tecidos do corpo 
humano (osso, cartilagem, músculo, nervo, 
pele) 
 
Fadiga Mecânica – Falha de Material 
 
 
 
 
Aula 6 
BIOMECÂNICA DA COLUNA 
VERTEBRAL 
A coluna vertebral 
É um segmento complexo e apresenta 
significativo valor funcional para o corpo 
humano 
Local para inserção de músculos 
Fornece a ligação mecânica entre os 
membros superior e inferior 
Permite o movimento em todos os três 
planos 
Proteção da medula espinal 
• 33 Vértebras: 
7 Cervicais 
12 Torácicas 
5 Lombares 
5 Sacrais 
4 Coccígeas 
• 23 Discos Intervertebrais. 
Curvaturas da Coluna Vertebral 
Curvaturas Fisiológicas 
• plano sagital 
• plano frontal 
» Aparecimento e Manutenção das 
Curvaturas 
» Função 
Curvas Primárias: torácica e sacral 
(convexidade posterior e concavidade 
anterior) 
Curvas Secundárias: cervical e lombar 
(convexidade anterior e concavidade 
posterior) 
• Surgem com a acomodação do esqueleto 
para a postura vertical 
• Se desenvolvem até os 12-17 anos 
Curvaturas no Plano Sagital: 
 
Formação das Curvaturas da Coluna 
Vertebral 
a. No primeiro dia de vida, a coluna lombar é 
côncava para a frente. 
b. Com cinco meses, a curvatura continua 
sendo ligeiramente côncava para a frente 
c. Somente aos treze meses a coluna lombar 
se toma retilínea. 
d. A partir dos três anos se pode apreciar 
uma ligeira lordose lombar 
e. Aos 8 anos se consolidar a lordose lombar 
f. Aos 10 anos sua curvatura é definitiva 
 
 
Função das Curvaturas 
 
A presença das curvaturas a resistência da 
coluna vertebral às forças de compressão 
axial 
Resistência de uma Coluna 
A resistência de uma coluna com curvaturas 
é proporcional ao quadrado do número de 
curvaturas mais um Portanto, se tomarmos 
como referência uma coluna retilínea (a), cujo 
número de curvaturas é igual a 0, e 
considerarmos a sua resistência como uma 
unidade, numa coluna com uma só curvatura 
(b), a sua resistência é o dobro da primeira 
Numa coluna com duas curvaturas (c) a sua 
resistência é cinco vezes maior do que a da 
coluna retilínea 
Por último, no caso de uma coluna com três 
curvaturas móveis (d), como a coluna 
vertebral com a sua lordose lombar, a suacifose dorsal e a sua lordose cervical, a sua 
resistência é dez vezes maior do que a da 
coluna retilínea 
 
Aumento e Redução das Curvaturas 
• Aumento das Curvatura 
- Hiperlordose 
- Hipercifose 
• Retificação das Curvaturas 
- Dorso plano 
- Retificação lombar ou cervical 
• Inversão das Curvaturas 
Alteração das Curvaturas 
 
Constituição da Vértebra Padrão 
1. Corpo vertebral 
2. Arco posterior 
3 e 4. Facetas articulares 
5 e 6. Processos transversos 
7. Processo espinhoso 
8 e 9. Pedículos 
10. Lâminas 
 
Sistemas de Força 
 
 
 
O corpo vertebral apresenta ponto de menor 
resistência, e em particular um triângulo de 
base anterior onde somente existem 
trabéculas verticais 
Isto explica a fratura cuneiforme do corpo 
vertebral, de fato, sob um esforço de 
compressão axial de 600 kg, a parte anterior 
do corpo vertebral sofre um esmagamento: 
é uma fratura por esmagamento 
Para esmagar por completo o corpo 
vertebral e fazer com que "o muro posterior" 
ceda, é preciso uma força de compressão 
axial de 800 kg. 
 
Unidade Segmentar Funcional (USF) 
 
Amortecimento das Forças de Compressão 
Axial 
 
A – Pilar Anterior 
B – Pilar Posterior 
I – Segmento Passivo 
II – Segmento Motor (parte móvel da coluna) 
Elementos de União Intervertebral 
Pilar Anterior 
1. Ligamento Longitudinal Anterior 
2. Ligamento Longitudinal Posterior 
D. Disco Intervertebral 
Pilar Posterior 
3. Ligamento Amarelo 
4. Ligamento Interespinhal 
5. Ligamento Supraespinhal 
9. Ligamentos Interfacetários 
10. Ligamento Intertransversário 
 
 
Ligamento Longitudinal Anterior 
De C2 até Sacro (2x mais forte que o 
posterior) 
C2 a Occipital: Ligamento atlantoccipital 
anterior. 
 
Ligamento Longitudinal Posterior 
De C2 até Sacro 
C2 a occipital: Ligamento tetorial. 
 
 
 
Ligamento Intertransversário 
 
Ligamento Longitudinal Anterior 
- Função: Limita a extensão e reforça a 
porção anterior do anel fibroso. 
- Região da coluna: Do áxis ao sacro. Bem 
desenvolvido na região lombar e cervical. 
Ligamento Longitudinal Posterior 
- Função: Limita a flexão e reforça a porção 
posterior do anel fibroso. 
- Região da coluna: Do áxis ao sacro. 
Ligamento Amarelo 
- Função: Limita a flexão, especialmente na 
coluna lombar. 
- Região da coluna: Do áxis ao sacro. 
Ligamento Supraespinhal 
- Função: Limita a flexão. 
- Região da coluna: Torácica e lombar. 
Ligamento Interespinhal 
- Função: Limita a flexão. 
- Região da coluna: Lombar. 
Ligamento Intertransversal 
- Função: Limita a flexão lateral. 
- Região da coluna: Lombar. 
Estrutura articular vertebral anterior: 
coluna anterior 
- Corpos vertebrais 
- Disco intervertebral: Anel fibroso e núcleo 
pulposo 
- Ligamentos longitudinais: anterior e 
posterior 
 
Estrutura articular vertebral média: 
coluna média 
- Pedículo 
- Forame de conjugação 
- Medula e raiz nervosa 
 
Estrutura articular vertebral posterior: 
coluna posterior 
- Processos transversos e espinhosos; 
- Articulações facetárias; 
- Ligamentos: Amarelo, Interespinhoso e 
supraespinhoso, Intertransversários. 
 
 
 
 
Disco Intervertebral 
Funções 
 - Conexão entre os corpos vertebrais 
 - Transmitir forças entre os corpos 
vertebrais ( compressão, tração, torção, 
cisalhamento) 
- Manter o distanciamento entre os corpos 
vertebrais durante posturas estáticas e 
dinâmicas 
- Mecanismo de suporte 
- Permitir e limitar movimentos vertebrais 
Composição Estrutural 
 
Composição do núcleo pulposo e ânulo 
fibroso 
As composições são similares: 
1. Água 
2. Colágeno (tipos I e II) 
3. Proteoglicanos (PG) 
Núcleo Pulposo 
- Alta concentração de Água (+ 80%) e PG 
➔ substância gelatinosa 
- PG’s têm capacidade de atrair água ➔ 
hidrófilo 
- Colágeno tipo II ➔ resistente às forças de 
compressão 
- Corresponde a 40 – 60% do disco 
intervertebral 
 
 
Ânulo Fibroso 
» Estrutura em forma de anéis concêntricos 
(lamelas) 
» Composição (varia de acordo com a idade 
e a carga) 
- 30% de colágeno e aproximadamente 70% 
de água 
- Matriz gel de proteoglicanas - união das 
fibras colágenas 
- Colágeno do tipo I (maior proporção) - 
resistência a forças de tensão 
- Colágeno do tipo II - resistência a forças de 
tensão e compressão 
- Fibras paralelas entre si e oblíquas entre 40 
a 70° do plano transverso 
 
Fixação do Ânulo Fibroso 
» Fixação 
- Placa terminal 
- Periósteo do corpo vertebral 
- Ligamento longitudinal anterior 
- Ligamento longitudinal posterior 
Placa Terminal 
» Cartilagem hialina 
- Fibras colágenas orientadas horizontalmente 
» Permeável 
- Passagem de água e nutrientes 
- Nutrição do osso esponjoso 
Nutrição do Disco Intervertebral 
- O disco é avascular até a primeira década 
de vida 
- Há pequenos vasos sanguíneos periféricos 
chegando ao anel fibroso 
- A porção anterior é melhor nutrida que a 
posterior 
Variação no Fluxo de Nutrientes para o 
Disco Intervertebral 
- Idade – diminui com o passar dos anos 
- Aumenta com os movimentos da coluna, 
principalmente os realizados no plano sagital; 
- Diminui nas amplitudes extremas de flexão 
e extensão associadas a movimentação de 
carga 
- Quando a vascularização/nutrição é 
inadequada ocorre a degeneração discal 
Alteração discal: NÓDULOS DE SCHMORL 
Mulher de 77 anos de idade, assintomática 
com osteoporose de coluna, apresenta 
endentações (nódulos de Schmorl) nos platôs 
inferiores, secundários à hérnia de disco, 
causada por enfraquecimento dos platôs 
vertebrais. 
 
 
 
Disco - Espessura e Proporção 
Os discos intervertebrais aumentam de 
tamanho e espessura: cervical (3mm) para 
lombar (9mm) 
Proporção entre a altura do disco 
intervertebral e a altura do corpo vertebral: 
cervical: 2/5 
torácica:1/5 
lombar: 1/3 
 
Efeitos de Forças Aplicadas à Coluna 
Vertebral 
 
Translação, Compressão e Distração 
Entre duas vértebras: deslizamento anterior, 
deslizamento lateral e compressão/distração. 
 
 
Cargas no Núcleo Pulposo e a Migração de 
Água 
“A capacidade do núcleo pulposo em 
suportar cargas está diretamente relacionada 
com a capacidade das proteoglicanas em 
absorver água, criando assim uma elevada 
pressão hidrostática (expansão) capaz de 
suportar as cargas impostas pelas posturas 
estáticas e dinâmicas”. 
 
Estado de Pré-Compressão do Disco 
A pressão que o núcleo recebe equivale à 
metade da carga aumentada em 50% e a 
pressão exercida sobre o anel equivale à 
outra metade diminuída em 50% 
Assim sendo, o núcleo suporta 75% da carga 
e o anel 25%. De modo que, no caso de uma 
pressão de 20 kg, ela se distribui em 15 kg 
sobre o núcleo e 5 kg sobre o anel 
Na flexão anterior do tronco, a pressão por 
cm2 ascende a 58 kg quando a força por cm 
linear atinge os 87 kg. Durante o esforço de 
retificação estas cifras aumentam até 107 
kg/cm2 e 174 kg/cm linear 
 
 
 
 
 
Movimentos do Núcleo Sob a Ação de 
Cargas 
 
Forças Sobre o Disco 
 
Plano Sagital – Flexão e Extensão 
 
Plano frontal - Flexão Lateral 
 
Plano Transverso – Rotação 
 
 
 
Decomposição de Forças no Disco 
Durante as forças estáticas sobre uma 
vértebra ligeiramente oblíqua, a força vertical 
(F) se decompõe em: 
- Uma força N perpendicular ao platô 
vertebral inferior 
- E uma força T paralela a este platô vertebral 
A força N encaixa a vértebra superior sobre 
a inferior, enquanto a força T faz com que 
ela se deslize para a frente, colocando as 
fibras oblíquas sob tensão, alternadamente, 
em cada camada fibrosa 
 
Pressão Intradiscal 
» Variações 
- Conteúdo de água 
- Idade 
- Cargas mantida 
- Posturas 
» Importância Clínica 
- Compreensão de estados patológicos 
- Observação das posturas dolorosas ou 
desaconselháveis para o paciente 
Pressão Discal (L3-L4) 
 
 
Pressão Intradiscal 
“O aumento da pressão intra-discal pode criar 
ou aumentar os sintomas da lesão discal, o 
material deslocadopode ser lançado contra 
estruturas inervadas causando sinais de dor 
local e referida, normalmente para os 
membros inferiores.” 
- Presença de Inervação Discal. 
 
Efeito da Carga sobre o Disco 
Redução da altura do indivíduo através da 
compressão discal: 
Compressão diária 1cm/dia 
6 km corrida 3.25 mm 
25 min. treinamento de peso 5.4 mm 
20 min. Sustentando halteres 40 kg 11.2 mm 
COLUNA LOMBAR 
Anatomia – Vértebra Lombar Típica 
Vértebra típica é composta por: 
- Corpo (porção anterior); 
- Arco vertebral (porção posterior); 
- 4 processos articulares (dois pares 
superiores e dois inferiores); 
- 3 processos não articulares (dois 
transversos e um espinhoso); 
Características das Vértebras Lombares 
- Corpos maciços e grandes 
- Diâmetro anteroposterior longo 
- Corpos em forma de rim 
- Ausência de Fóvea Costal 
- Processo espinhoso espesso 
- Tubérculos: mamilar e acessório 
- Forames vertebrais: ovais a triangulares 
- Diâmetro transverso maior 
- L5 – mais alto na frente (cunha) 
 
Coluna Lombar Torque Interno vs Torque 
Externo 
Os músculos das costas, com um braço de 
momento de aproximadamente 6 cm, 
precisam contrabalançar o torque produzido 
pelos pesos dos segmentos corporais mais a 
carga externa. 
Isso ilustra por que é aconselhável levantar e 
carregar objetos pesados próximo ao tronco 
 
EXEMPLO 
Qual o montante de tensão que precisa ser 
produzido pelo eretor da espinha com um 
braço de momento de 6 cm a partir do 
centro da articulação L5-S1 para manter o 
corpo em uma posição de levantamento com 
os braços de momento dos segmentos 
especificados? (Os pesos dos segmentos são 
aproximados para uma pessoa de 600 N.) 
M = F.d 
M – momento 
F – força 
d – braço de momento 
Ʃ = Somatório 
Fm = Força muscular 
Torque = Momento 
Quando o corpo está em uma posição 
estática, a soma dos torques que atuam 
sobre qualquer ponto é zero, ou seja, em L5-
S1: ƩT = 0 
0 = Torque interno (Fm . 6cm) – Torque 
externo (Ʃtorques) 
Pressão Intra-Abdominal (PIA) 
Mecanismo que pode contribuir com a carga 
e estabilização da coluna lombar 
A contração dos músculos abdominais + 
assoalho pélvico + diafragma aumentam a PIA 
Função: diminuir a força compressiva sobre 
a coluna e reduzir a atividade dos eretores da 
espinha 
 
A PIA diminui... 
-50% de pressão no disco T12-L1 
- 30% de pressão no disco L5-S1 
A tensão dos músculos vertebrais diminui 
55% 
 
Região Lombossacral 
 
a. Ângulo sacral: Inclinação do platô superior 
da primeira vértebra sacral em relação a 
horizontal – 30° 
b. Ângulo lombossacro: formado entre o eixo 
da 5ª vértebra lombar e o eixo central do 
sacro – 140° 
c. Ângulo de inclinação da pelve: entre a linha 
que parte da base do promontório passando 
pela borda superior da sínfise púbica e a 
horizontal – 60° 
s. Corda da lordose lombar: reta que une a 
borda posterior do platô superior da 1ª a borda 
inferior da 5ª vértebra lombar. 
r. Reversão posterior: distância entre o bordo 
inferior da 5ª vértebra lombar e a linha vertical 
partindo da 1ª vértebra lombar. 
Força de Cisalhamento Anterior de L5 
Força de Cisalhamento Anterior (FCA) 
FCA (G) = P x sen â sacral 
FCA = P x sen 30° (1/2) = 50% PC 
FCA = P x sen 40° = 64% PC 
FCA = P x sen 55° = 82% PC 
COLUNA CERVICAL 
Anatomia Aplicada 
7 Vértebras; 
14 articulações sinoviais (diartrodiais); 
- Cervical superior: 
Occipito-Atloidiana e Atlanto-axoidiana (C0-C1 
e C1-C2) 
- Cervical inferior: C3-C4, C4-C5, C5-C6, C6-
C7, C7-T1 
Posição de aproximação máxima: extensão 
completa; 
INCIDÊNCIA ÂNTERO POSTERIOR 
 
INCIDÊNCIA LATERAL 
 
INCIDÊNCIA OBLÍQUA 
 
INCIDÊNCIA DE FUCHS 
 
Características e Peculiaridades Anatômicas 
C1 (atlas): sem corpo, sem processo 
espinhoso, anel, 5 facetas articulares (2 
superiores, 2 inferiores e 1 interna (com o 
dente do áxis) 
C2 (Axis): ≅ vértebra típica, corpo com 
dente (articula-se com atlas). 
C7 (transacional): processo espinhoso longo, 
não apresenta forame transverso. 
Biomecânica da Coluna Cervical 
Alavanca Interfixa (1ª Classe) 
Músculos Força (F) 
Cabeça Peso (G) 
Tensão muscular em posteriores da coluna 
cervical (trigger-points) 
 
Anteriorização da Cabeça 
 
COLUNA TORÁCICA 
Tórax 
» Constituintes: 
- Esterno 
- Costelas 
- Cartilagens costais 
- Vértebras torácicas 
» Limites: 
- Anterior: esterno 
- Posterior: vértebras torácicas 
- Superior: clavícula 
- Inferior: diafragma 
 
“Maior diâmetro L – L do que A – P” 
 
» Funções da caixa torácica: 
- Fixar a coluna ao esterno 
- Alojar e proteger órgãos internos (coração, 
pulmão) 
 
 
 
COLUNA TORÁCICA INCIDÊNCIA AP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 7 
Abordagem do fisioterapeuta na 
biomecânica da coluna vertebral 
• O que é dor? 
“A dor é uma experiência angustiante 
associada a dano tecidual real ou potencial 
com componentes sensoriais, emocionais, 
cognitivos e sociais.” 
Teoria da Neuromatriz da Dor 
Neuromatriz refere-se a um processamento 
paralelo e cíclico no cérebro, cujas saídas 
(outputs) convergem para afetar a 
percepção final da dor 
É uma rede, cuja distribuição e ligações 
sinápticas espaciais são determinadas 
inicialmente pela genética e depois moduladas 
por inputs sensoriais 
 
Dor Aguda X Dor Crônica 
• Dor Aguda (Dor normal) 
- Lesão 
Resposta protetora normal e limitada pelo 
tempo. Acompanha a reparação do tecido. 
(Menos de 3 meses) 
•Melhor aceita 
•Geralmente dano óbvio no tecido 
•Serve como uma função protetora 
•A dor cessa com a cicatrização 
 
• Dor Crônica (Dor patológica) 
Dor que persiste além do tempo normal de 
reparação do tecido (Geralmente de 3-6 
meses) 
•Difícil de explicar 
•Sem causa aparente 
•Não tem função protetora 
•Gera mudanças comportamentais 
Tipos de Dor: 
 
1- Nociceptiva 
• Devido à ativação de nociceptores 
• Inflamação 
• Irritação mecânica 
• Lesão 
Exemplos: 
- Osteoartrite 
- Entorse de tornozelo 
- Artrite reumatóide 
2- Nociplástica 
• Devido ao distúrbio no processamento 
central da dor 
• Aumento da excitabilidade 
• Diminuição da inibição 
Exemplos: 
- Fibromialgia 
- DTM 
- DLC não específica 
3- Neuropática 
Devido à lesão ou doença do sistema 
somatosensorial 
Exemplos: 
- Neuropatia diabética 
- Sd. Túnel Carpo 
- Sd. Dor Regional Complexa 
Nocicepção 
É o Mecanismo pelo qual os estímulos 
nocivos periféricos são transmitidos ao SNC. 
Sensores de perigo: 
- Térmicos; 
- Mecânicos; 
- Químicos. 
Etapas: 
 
Durante uma situação de emergência, o 
cérebro precisa se concentrar na 
sobrevivência 
Existe casos de dor sem nocicepção. 
 
 
Modulação da dor 
Efeito placebo X Efeito Nocebo 
• Efeito Placebo: 
•Irformação Positiva 
•Ativação do Sistema inibitório descendente - 
Opióides endógenos 
- Dopamina 
- Endocanabidióides 
- Ocitocina 
•Expectativa de melhora 
 
• Efeito Nocebo: 
•Irformação Nocebo 
•Ativação do Sistema Facilitatório 
Descendente 
- Colecistocinina 
- Dopamina - Desativação de opióides 
- Ativação de ciclooxigenaseprostaglandinas 
•Crença negativa em relação ao tratamento 
e prognóstico 
 
 
Fatores psicossociais envolvidos na dor 
- Estresse 
- Ansiedade 
- Depressão 
- Auto eficácia 
- Catastrofização da dor 
- Medo e evitação do movimento 
- Hipervigilância 
- Crenças irracionais negativas 
- Fatores comportamentais 
- Problemas familiares 
- Questões relacionadas ao trabalho 
Dor na Coluna Lombar 
Maior causa de incapacidade do mundo 
É a condição de dor musculoesquelética mais 
frequente 
• Prognóstico 
Prognóstico favorável na dor lombar aguda 
(primeiras 6 semanas) 
~60% dos pacientes devem se recuperar 
independente do tratamento 
~40% devem desenvolver dor lombar 
crônica 
Recorrência é comum! 
• Fatores de risco: 
•Características pessoais 
Sexo feminino, história prévia de dor nacoluna 
 
•Estresse físico 
Levantar cargas (>25kg ou com muita 
frequência) 
•Estilo de vida 
Tabagismo, obesidade, sono, estado de saúde 
ruim auto-reportado 
•Estresse emocional 
Sintomas depressivos, estresse 
Há diversos fatores de risco reportados na 
literatura, porém pouco se sabe sobre os 
mecanismos da dor lombar. 
• Triagem 
Avaliar a presença de fatores psicossociais. 
Na triagem diagnóstica o paciente com dor 
lombar pode se encaixar entre as principais 
categorias: 
Dor Lombar Específica: Fratura, Infecção, 
Tumor, Doença inflamatória 1 a 5% dos casos 
Dor Lombar com Radiculopatia e Déficits 
Neurológicos 5 a 10% dos casos 
Dor Lombar não Específica 90 a 95% dos 
casos 
• Impacto Sócio-Econômico 
Aumentos no uso de vários serviços para dor 
lombar 
 
Cascata de eventos que ocorre após uma 
indicação inadequada de RM 
- Aumento uso de analgésicos 
- Aumento número de cirurgias 
- Aumento do número de injeções 
- Aumento dos gastos 
• O mais forte preditor de dor lombar foi 
depressão (risco 2,3 x maior) 
• Os achados de exame de RM não foram 
preditores (ruptura do anel fibroso, 
degeneração do disco, artrose facetaria) 
• Abaulamento do disco foi fator de proteção 
(risco 2,5 x menor) 
Hérnia Discal 
É um processo degenerativo que ocorre no 
disco levando a ruptura parcial (protusão) ou 
total (extrusão) das lamelas do ânulo fibroso 
e lig. Longitudinal posterior, podendo levar a 
um extravasamento do núcleo pulposo, com 
consequente compressão de raízes nervosas 
e/ou saco dural 
Podem ser assintomáticas ou causar sintomas 
como dor irradiada, parestesia e perda de 
força nos membros 
Comum em curvaturas lordóticas da coluna 
 
 
 
 
 
Incidência de reabsorção espontânea do 
disco lombar herniado foi de 67% 
O tratamento conservador pode ser a 
primeira escolha de tratamento para hérnia 
discal lombar 
Após cerca de 2 anos, 83% dos pacientes 
com ciática severa melhoraram 
completamente 
Dos 37 pacientes, apenas 4 sofreram 
discectomia 
A incapacidade média, medida pelo ODI, 
reduziu de 58% para 15% 
Houve redução média de 64% do tamanho 
da hérnia 
A melhora clínica não se relacionou com a 
extensão da reabsorção 
 
 
• Tratamento cirúrgico 
Artrodese vertebral 
 
Laminectomia 
 
Discectomia 
 
• Força de Cisalhamento Anterior de 
L5 
• Força de Cisalhamento Anterior (FCA) 
• FCA (G) = P x sen â sacral 
FCA = P x sen 30° (1/2) = 50% PC 
FCA = P x sen 40° = 64% PC 
FCA = P x sen 55° = 82% PC 
 
 
 
• Espondilolistese 
Escorregamento ou a luxação de um corpo 
vertebral sobre o outro 
 
• Classificação de Meyerding 
Baseada no grau de deslocamento de L5 em 
relação a S1 
 
 
Este paciente não apresentava dor, fraqueza, 
nem alterações sensoriais! (grau IV) 
• Dor Lombar e Postura 
Existe uma relação de causalidade 
entre postura e dor lombar? 
A coluna é forte! 
Forças de compressão de até 36400 N 
atuam na coluna lombar e até 354 kg de 
força de cisalhamento sem causar nenhum 
dano 
• É melhor levantar cargas com as costas 
retas do que com as costas arredondadas? 
A diferença de pressão entre levantar carga 
com a coluna reta e curvada é de apenas 4% 
• O levantar carga com as costas retas tem 
um efeito preventivo na dor nas costas? 
Não há evidências de alta qualidade de que 
levantar cargas com a coluna ereta evite 
lesões. Provavelmente é mais importante a 
frequência com que você levanta e se está 
adaptado a ela 
• O medo de levantar cargas pode ter um 
efeito negativo sobre os sintomas. Nesse 
caso, um aspecto importante da terapia deve 
ser reduzir esses medos 
• A postura quando levantando cargas deve 
ser orientada à variabilidade, uma modificação 
momentânea só é justificada se os sintomas 
puderem ser influenciados por ela 
• “Fletir ou não fletir a coluna? Existe alguma 
relação entre levantar cargas com a coluna 
fletida e dor lombar? Uma revisão sistemática 
com metaanálise” 
Há evidências de baixa qualidade de que fletir 
a coluna lombar durante o levantamento de 
cargas seja um fator de risco para o início / 
persistência da dor lombar ou um 
diferenciador de pessoas com e sem dor 
lombar 
• Qual a postura ideal? 
A melhor postura é a mais confortável até 
que ela não seja mais confortável, então você 
muda para a próxima postura que seja 
confortável novamente 
Não há evidência sobre uma postura ideal 
para reduzir ou evitar dor. 
• NÃO EXISTE RELAÇÃO ENTRE O USO DE 
MOCHILAS E A DOR LOMBAR EM CRIANÇAS E 
ADOLESCENTES 
- 69 estudos publicados sobre mochilas e 
dores nas costas envolvendo mais de 72.000 
estudantes com média de idade de 12 a 14 
anos. 
- Não foram encontradas evidências 
convincentes para sugerir que havia uma 
ligação entre dor nas costas e o uso de 
mochilas. 
- Nem mesmo o peso, o tipo de mochila ou 
a maneira como as crianças carregavam as 
mochilas influenciavam o risco de dores nas 
costas. 
• Tratamento da Dor Lombar 
Existem muitas propostas terapêuticas para o 
tratamento da dor lombar, por exemplo: 
- Método Mackenzie 
- Osteopatia 
- Quiropraxia 
- Maitland 
- Mulligan 
- Mobilização Neural 
- Técnicas miofasciais 
- Yoga 
- Hidroterapia 
- Terapia Cognitivo-funcional 
- RPG 
- Pilates 
- Estabilização segmentar 
- Exercícios Terapêuticos 
- Eletro-termo-fototerapia 
- Acupuntura 
- Dry Needling 
- Rolfing 
- Kinesio Taping 
- Ventosas 
• Sistema de Classificação em 
Subgrupos na Dor Lombar 
• Baseia-se em uma metodologia de 
abordagem de pacientes com dor lombar e 
cervical que classifica os pacientes em 
diferentes grupos de acordo com sinais, 
sintomas e características apresentadas no 
processo de avaliação 
• Dependendo do grupo que o paciente se 
encaixar, existe um determinado tratamento 
que tem uma maior chance de trazer 
benefício para ele 
• O fisioterapeuta conhece diversas técnicas 
(ferramentas) de tratamento, porém, a 
grande questão relacionada à dor lombar e à 
dor cervical está no fato de que muitos não 
sabem quando usar uma ferramenta 
específica 
• O sistema de classificação em subgrupos 
funciona como um processo automatizado 
que “aponta” a ferramenta que o 
fisioterapeuta deve usar em um determinado 
paciente de acordo com como ele se 
apresenta 
Esta abordagem consiste em uma detalhada 
avaliação que servirá como base para 
prescrição do tratamento personalizado para 
cada paciente 
 
 
 
 
 
 
• Subgrupos na Dor Lombar 
-Manipulação -Estabilização 
 
-Movimentos -Tração 
Dor Cervical 
• Epidemiologia 
• 22 – 70% da população terá em algum 
momento da vida 
• A incidência está aumentando 
• 10 a 20% relata dor cervical atual 
• 54% nos últimos 6 meses 
• Incidência aumenta com a idade 
• Mais prevalente em mulheres > 50 anos 
• Frequência de cronicidade é alta 
• 30% vão se tornar crônicos 
• 37% sintomas com duração de 1 ano 
• 5% incapacidade para o trabalho 
• Segundo maior custo com trabalhadores 
• 42% perdem uma semana de trabalho 
• 26% novo episódio dentro de 12 meses 
• Suécia – 18% custos com afastamentos 
• 25% do total de visitas a clínicas de 
fisioterapia 
• 9ª causa de incapacidade do mundo 
• É a segunda condição de dor 
musculoesquelética mais frequente 
 
Este paciente apresenta fraqueza e 
alterações sensoriais, MAS NÃO DOR 
• Hérnica discal é sinônimo de dor? 
Imagem de RM da coluna cervical, com 
ponderação em T2 no plano sagital de um 
homem de 77 anos. Há fusão de C5 e C6 e 
cifose local entre C4 e C6. Detectada 
compressão medular ao nível de C4-C5 e 
C5-C6 
 
Enquanto acreditamos que estamos ajudando 
outros pacientes encorajando-os a realizar 
exame de imagem, o que realmente 
acontece é que há um aumento de gastos e 
ansiedade em torno de algo que na maioria 
das vezes são achados “normais” ou 
compatíveis com a idade. É um grave engano 
para nossas decisões de tratamento se 
basear em exames de imagem apenas. Dor 
não é sinônino delesão! 
• Não houve associação entre o uso do 
celular com a cabeça inclinada (Text Neck) e 
dor cervical em adultos. 
• A postura tem relação com dor 
cervical? 
Os participantes classificados como tendo 
postura torácica caída / cabeça anteriorizada 
apresentaram maiores chances de depressão 
leve, moderada ou grave 
Os participantes classificados como tendo 
postura ereta se exercitaram com mais 
frequência 
Não houve diferença significativa nas chances 
de dor no pescoço ou dor de cabeça entre 
os grupos 
O perfil postural tem mais relação com a 
presença / ausência de fatores psicossociais 
Parece não haver relação entre dor cervical 
e postura 
• Subgrupos na Dor Cervical 
-Manipulação -Centralização 
-Exercícios -Cefaléia Cervicogênica 
 
-Dor crônica -Controle da dor 
Escoliose 
A escoliose é uma “deformidade torsional 
tridimensional da coluna vertebral e do 
tronco” 
Ela provoca uma curvatura lateral no plano 
frontal, uma rotação axial na horizontal e um 
distúrbio das curvaturas normais do plano 
sagital 
A cifose e lordose, geralmente, mas não 
sempre, estão reduzidas, na direção de um 
dorso plano (flat back) 
A deformidade lembra o formato de uma 
escada em espiral 
A curvatura resultante é uma resposta a um 
movimento de torção de toda a coluna 
Pode ser simples, dupla, tripla ou quádrupla 
• Escoliose típica em S 
 
• Escoliose “Verdadeira” X Funcional 
A "escoliose verdadeira” deve ser diferenciada 
da "escoliose funcional", que é uma curvatura 
da coluna vertebral secundária a causas extra 
espinhais conhecidas (por exemplo, 
encurtamento de um MI, assimetria do tono 
muscular para-espinhal) 
Geralmente, uma curvatura secundária a 
causas extra espinhais é parcialmente 
reduzida ou diminui completamente depois 
que a causa subjacente é eliminada 
• Escoliose Idiopática 
O termo escoliose idiopática foi introduzido 
por Kleinberg (1922), e é aplicado a todos os 
pacientes nos quais não é possível encontrar 
uma doença específica que cause a 
deformidade 
A escoliose idiopática é, por definição, de 
origem desconhecida e provavelmente 
devida a várias causas 
• Ângulo de COBB 
 
A curva no plano frontal (RX AP -posição 
vertical) é limitada tanto por uma vértebra na 
extremidade superior quanto na extremidade 
inferior, e elas são tomadas como um nível 
de referência para se medir o ângulo de 
Cobb. 
• Epidemiologia 
A Scoliosis Research Society (SRS): o 
diagnóstico de escoliose é feito quando o 
ângulo Cobb é 10° ou superior e uma rotação 
axial, medida na vértebra apical 
5:1000 pessoas = curvas > que 20º 
1:1000 = curvas > que 40º 
Escoliose secundária a outra patologia: 20% 
dos casos (≠ comprimento MMII) 
Escoliose idiopática: 80% dos casos 
Escoliose Idiopática do Adolescente (EIA-AIS) 
com Cobb acima de 10° ocorre na população 
geral em uma faixa bem ampla (de 0,93 a 
12%), sendo 2-3% o valor mais 
frequentemente encontrado na literatura 
• Incidência e Prevalência 
Deformidade pode começar aos primeiros 
anos de vida; mais comum no início da 
puberdade (por volta dos 10 anos) 
Período máximo de deformação entre 10-14 
anos (época do estirão de crescimento da 
adolescência) 
Menina não teve sua primeira menstruação 
= chance de 50% de que a escoliose irá 
progredir. Se já teve a menarca = chance de 
progressão de 20%. O início dos ciclos 
menstruais indica que a jovem já encerrou 
seu estirão de crescimento e que a fase de 
deformação rápida da escoliose está no fim 
Nos meninos, este período corresponde à 
mudança no timbre da voz e ao 
aparecimento de pelos pubianos 
Final do crescimento: entre os 16-17 anos nas 
mulheres e entre os 17-18 anos nos homens 
 
• Risco de Progressão da Curvatura 
após fase de crescimento 
 
Se o ângulo de escoliose ao término do 
crescimento exceder um "limiar crítico" (a 
maioria dos autores assume que está entre 
30° e 50°), existe um maior risco de 
progressão e de problemas de saúde na vida 
adulta, diminuição da qualidade de vida, 
deformidade cosmética visível, deficiência, dor 
e limitações funcionais progressivas. 
• Risco de Progressão da Escoliose 
 
• Curvas de Limiar Crítico (30-50º) 
Maturidade óssea com 30° não progride 
Maturidade óssea com 50° continua a 
progredir 
Objetivo em curvas > 30°: garantir que a 
escoliose não evolua na idade adulta: manter 
curva < 30° 
• De que forma? 
Exercícios específicos para escoliose e uso 
de colete 
 
 
 
• Escolas Reconhecidas pela Sociedade 
Internacional de Escoliose 
Tratamento Ortopédico e 
Reabilitação (SOSORT) no 
Tratamento Conservador da 
Escoliose 
• Abordagem de Lyon da França 
• Abordagem de Katharina Schroth Asklepios 
da Alemanha 
• Abordagem de Exercício Científico para 
Escoliose (SEAS) da Itália 
• Abordagem da Escola de Fisioterapia de 
Barcelona para Escoliose (BSPTS) da Espanha 
• Abordagem Dobomed da Polônia 
• Abordagem da Mudança Lateral do Reino 
Unido 
• Terapia Individual Funcional da Escoliose 
(FITS) da Polônia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo N2 
BIOMECÂNICA DO MEMBRO 
INFERIOR Quadril 
Linhas de Força Mecânicas das Trabéculas 
Ósseas do Fêmur Proximal: 
• Sistema Principal: 
1 – Cortical externa da diáfise até a parte 
inferior da cortical cefálica 
2 – Cortical interna da diáfise e do colo até a 
parte superior da cortical cefálica 
• Sistema Acessório 
3 – Cortical interna da diáfise em direção ao 
trocânter maior 
4 – Fibras verticais paralelas à cortical ext. do 
trocânter maior 
A cabeça, o colo e a diáfise do fêmur formam 
um conjunto que realiza o que se denomina, 
em mecânica, um suporte falso 
O peso do corpo que recai sobre a cabeça 
femoral se transmite à diáfise femoral através 
de um braço de alavanca: “o colo femoral” 
O mesmo sistema de "suporte falso" está 
presente numa forca 
O colo do fêmur apresenta uma zona de 
menor resistência, local de grande incidência 
de fraturas na osteoporose senil 
 
 
 
 
Ângulo de Inclinação: 
 
O par de pontos vermelhos em cada figura 
indica os alinhamentos diferentes das 
superfícies articulares do quadril. O 
alinhamento ideal é de 125° 
Torque Externo no Colo do Fêmur 
 
Papel dos Abdutores na Marcha: 
O torque de abdução produzido pelos 
abdutores do quadril é de extrema 
importância para controlar a cinemática da 
pelve no plano frontal durante a fase de apoio 
da marcha 
Sem um torque de abdução adequado na 
fase de apoio da marcha, a pelve contralateral 
cai, o quadril se desloca lateralmente e o 
tronco inclina para o lado da perna de apoio 
 
Durante a fase de apoio unilateral, a pelve é 
comparada a uma gangorra (alavanca 
interfixa), cujo fulcro é representado pela 
cabeça femoral. Quando a gangorra balança, 
o torque em sentido antihorário (interno) 
produzido pela força do abdutor do quadril 
direito (FAQ), iguala-se ao torque em sentido 
horário (externo), produzido pelo peso 
corporal (PC). O equilíbrio dos torques 
opostos é denominado equilíbrio rotatório 
estático” 
 
Torque = força (F) x braço de torque (D) 
Torque anti-horário = força dos abdutores x 
D Torque horário = peso corporal (PC) x D1 
Como o sistema está em equilíbrio, o torque 
anti-horário é igual ao torque horário 
FAQ x D = PC x D1 
Uma força de reação articular (FRA) é dirigida 
através da articulação do quadril (fulcro da 
gangorra) 
D = Braço de momento interno 
D1 = Braço de momento externo 
Equações de Equilíbrio de Força e Torque 
Como calcular a estimativa da magnitude da 
força do abdutor do quadril e da força de 
reação articular necessária para manter o 
sistema em equilíbrio durante a fase de apoio 
 
Dados 
D = 4,39 cm 
D1 = 8.64 cm 
Peso corporal total (PC) = 760,6 N 
Equação de Equilíbrio de Torque 
ƩT = 0 (sistema em equilíbrio – T interno = 
T externo) 
FAQ x D = 5/6PC* x D1 (*Excluir o peso do 
MI direito) 
FAQ x 4,39 cm = 631,3 N x 8,64 cm 
FAQ = 5454,43 Ncm / 4,39 cm

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