Buscar

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS NA ÁREA SAÚDE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

6
RÍSCO FÍSICO RUÍDO EM UNIDADE HOSPITALAR
Albanira Figueiredo
Fabiano Campos
Felipe Calueio
Josias O. de Jesus
Terrimar de M. Felippe
Professor-Giselle Barcelos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Tecnólogo em Segurança do Trabalho (SEG0344) 
01/11/2016
RESUMO
Umas das principais causas dos problemas de saúde dos profissionais que atuam na unidade hospitalar são relacionadas aos ruídos.
O Risco Físico Ruído, pode ser caracterizado como qualquer som que cause nas pessoas efeitos inesperados e desagradáveis.
O objetivo do nosso estudo visa identificar e qualificar os tipos de ruídos aos quais os profissionais da saúde estão expostos, principalmente na área hospitalar;
Visa também identificar as causas e as consequências sofridas pelos profissionais e adotar medidas preventivas com a finalidade de diminuir e/ou erradicar o surgimento de doenças ocupacionais dentro do ambiente de trabalho, baseado na NR15 - (anexo 1 e 2)e NR 32.
A pesquisa e/ou prática, classifica-se quanto aos objetivos como exploratória, pois busca familiarizar-se com o assunto estudado; Quanto aos procedimentos e embasamento teórico em que se baseia o trabalho, caracteriza-se como bibliográfica, pois se utilizaram de material já publicado, como livros, artigos de periódicos e informações disponibilizadas na internet. Com relação ao objetivo avaliado ou problema, classifica-se como qualitativa, por determinar definições, objetivos e características do tema estudado.
Palavras-chave: Riscos físicos. Medidas preventivas. Doenças ocupacionais. 
1 INTRODUÇÃO
Mundialmente os trabalhadores da saúde constituem uma categoria profissional numerosa e diversificada. O sistema de saúde tem demonstrado tardiamente seu interesse pelos temas referentes às cargas de trabalho, obrigações e riscos a que estão expostos os trabalhadores, bem como suas atividades realizadas em função daqueles que são objetos de seu cuidado. Existe uma grande necessidade de humanizar o trabalho do profissional para obter, consequentemente, uma boa atenção aos clientes, objeto de sua responsabilidade, mas para isto é necessária uma atenção especial à sua própria saúde, que precisa ser valorizada (MAURO et al., 2010).
A preocupação dos profissionais da saúde com a sua própria saúde é recente, pois estes concentram a sua atenção em assuntos relacionados ao aperfeiçoamento de sua atividade, no sentido de adquirir novos conhecimentos técnicos, uso de novos equipamentos e fármacos, entre outros, visando à melhoria na assistência aos pacientes, esquecendo-se do seu próprio cuidado, principalmente em relação aos riscos, aos quais está exposto na realização de suas ações (NUNES et al., 2010). 
Conforme Ribeiro; Christinne; Espíndula (2010) os profissionais de saúde em seu ambiente de trabalho estão expostos a inúmeros riscos, o ambiente hospitalar é um local tipicamente insalubre na medida em que propicia a exposição de seus trabalhadores a riscos físicos, químicos, fisiológicos, psíquicos, mecânicos e, principalmente, biológicos, inerentes ao desenvolvimento de suas atividades. 
A partir da década de 40, o Brasil passou a dar atenção aos problemas relacionados com o exercício profissional (GUGLIELMI, 2010). Historicamente os trabalhadores da área da saúde não eram considerados como categoria de alto risco para os acidentes de trabalho. A preocupação com os riscos biológicos surgiu somente a partir dos anos 80 quando foram estabelecidas normas para as questões de segurança no ambiente de trabalho (SILVA; ZEITOUNE, 2009). 
A Lei Orgânica da Saúde (8.080/90) regulamenta os dispositivos constitucionais sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), destacando a Saúde do Trabalhador, a que se refere ao conjunto de atividades que se destinam por meio de ações de vigilância epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visam à recuperação e à reabilitação dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho (BRASIL, 1990).
Segundo Guglielmi (2010) torna - se essencial e obrigatório, que as Instituições implantem uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), bem como a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e os programas PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PPRO (Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais), em suas unidades que atuarão juntamente com a participação dos profissionais. 
Além disso, as instituições devem garantir treinamentos e capacitações aos profissionais periodicamente, preparandoos para o cumprimento das normas estabelecidas, realizando atividades com o intuito de promover o autocuidado, o bemestar e a saúde do trabalhador durante suas atividades no ambiente hospitalar. 
A Norma Regulamentadora NR – 32 torna-se necessária, uma vez que, tem como finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implantação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral (BRASIL, 2005). Em especial o quesito a que se refere à exigência das instituições de disponibilizarem os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, para que os mesmos sejam usados de forma adequada e segura. 
Graça Júnior et al. (2009) relatam que a identificação precoce dos riscos ocupacionais a que a equipe de enfermagem está exposta contribui efetivamente na prevenção e no controle dos riscos e dos acidentes de trabalho, reduzindo os danos à saúde do trabalhador e os prejuízos à instituição. 
Dessa forma, é essencial a adoção de estratégias que possibilitem uma educação permanente, através de programas de treinamento, palestras, cursos e desenvolvimento pessoal, com a implantação de medidas que desenvolverão proteção adequada no ambiente de trabalho. 
O presente estudo teve como objetivo identificar nas publicações científicas os fatores que contribuem para ocorrência dos riscos ocupacionais na equipe de enfermagem no ambiente hospitalar, destacando os principais elementos que predispõe aos riscos mais comuns que desencadeiam problemas ao profissional de enfermagem conforme verificado nos artigos científicos. 
Ao elucidar os fatores que ocasionam esses riscos, consegue - se explorar o problema de forma integrada na tentativa de planejar e adotar medidas importantes para prevenir a sua ocorrência na equipe de enfermagem. Essa forma de atuação permite um diagnóstico precoce de agravos relacionados ao trabalho, além de evidenciar a existência dos casos de doenças / acidentes que afetam a saúde do profissional de enfermagem.
2 CONCEITOS – RISCOS FÍSICOS /RUÍDOS
Refere-se a Risco Físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, calor radiante, frio, umidade, pressões anormais, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações, assim como o infrassom e ultrassom, (NR 15 Anexo 1 e 2).
 2.1 Ruído
O ruído ou nível de pressão sonora é um risco físico representado por energia transmitida por vibrações de ar e que causa uma sensação desagradável ao nosso aparelho auditivo diferentemente do som que nos agrada.
2.2 Os ruídos estão relacionados: Intensidade, Frequência, Ruído.
Intensidade: É a ação ou pressão que o som desempenha no ouvido (chamado de como altura ou volume).
Frequência: É a quantidade de ondas de um som, no período de 1 segundo. Os sons agudos são considerados de alta frequência. Enquanto os sons graves são de baixas frequências. 
Ruído: É a vibração que através do ar em forma de ondas é compreendido pelo ouvido.
A NR 15 Anexo 1 e 2, traz os limites de tolerância para os ruídos; contínuo, intermitente, impacto.
· Ruído Contínuo: São originados por máquinas que funcionam sem interrupção. Os níveis desse ruído devem ser medidos em decibéis (Db), com o instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito lenta (SLOW), as leituras devem ser feitas próximo ao ouvido dos trabalhadores. 
· Ruído Intermitente: Quando as máquinas trabalham em ciclos. Os níveis desseruído devem ser medidos por decibéis (Db), como o ruído contínuo . Para os valores encontrados, será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente elevado.
· Ruído de Impacto: É originado por explosões ou impactos. Ele pode provocar grandes danos, apresenta picos de energia acústicas de duração inferior a 1 (um) segundo, com intervalos superiores a 1 (um) segundo. Os níveis de decibéis são feito com medidor de nível de pressão sonora, operando no circuito Linear e circuito de resposta para impacto. O limite de tolerância será de 130 decibéis (Linear). 
Nos intervalos entre os picos o ruído existente será continuo. 
3 CARACTERIZAÇÃO DO RUÍDO NO AMBIENTE HOSPITALAR
As principais causas que caracterizam o ruído na unidade são os equipamentos, como monitores e ventiladores mecânicos que possuem alarme acústico para alertar a equipe de profissionais quanto às alterações de parâmetros dos pacientes que ali se encontram. Outra fonte de ruído encontrada, foram os aspiradores por ar comprimido, bombas de infusão, telefone e a conversação dos diversos profissionais e ainda os gemidos de pacientes que ali se encontram internados. 
Todos os profissionais do hospital podem estar sujeitos a ruídos dentro ou fora dos níveis de tolerância, tendo em conta os aparelhos que se está em uso necessário no hospital, que por uma falta de manutenção, em uma máquina de lavar ou um aparelho na unidade terapia intensiva ,aparelho sensorial auditivo com deficiência, a incubadora de um bebê recém-nascido tem um ruído de 40 db podendo chegar em 140 em questão de avaria provocando assim drasticamente o sistema auditivo do bebê, entre outros são fatores presentes nos hospitais que podem gerar o fator ruído.
4 SETOR AVALIADO
Nossa pesquisa buscou identificar numa unidade hospitalar de terapia semi intensiva o risco físico “Ruído”.
A unidade (USI) atende pacientes graves de todas as especialidades, necessitando de equipamentos médicos hospitalares como monitores , respiradores, entre outros cuidados intensivos que requerem esses pacientes. Modernos equipamentos de monitorização e suporte à vida, associados à presença de uma equipe multidisciplinar composta por vários profissionais, tornam a USI um setor com altos níveis de ruído, gerando insatisfação e desconforto entre os pacientes e profissionais do setor.
5 DOENÇAS E SINTOMAS
A saúde é o bem estar biopsicossocial, ou seja, é o bem estar físico, biológico, psíquico e social, é um direito constituído na declaração universal dos direitos humanos, assim sendo é um direito universal e dever de todo e qualquer Estado, é uma conquista do cidadão brasileiro, expressa na Constituição Federal e regulamentada pela Lei Orgânica da Saúde. No âmbito deste direito destacaremos a saúde do trabalhador. 
No que tange a saúde do trabalhador abordaremos as doenças relacionadas ao ruído com ênfase à perda auditiva o então conhecido PAIR.
Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído (CID 10 – H 83.3). Consideram-se como sinônimos: perda auditiva por exposição ao ruído no trabalho, perda auditiva ocupacional, surdez profissional, descosia ocupacional, perda auditiva induzida por níveis elevados de pressão sonora, perda auditiva induzida por ruído ocupacional, perda auditiva neurossensorial por exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora de origem ocupacional.
A Pair é o agravo mais frequente à saúde dos trabalhadores, estando presente em diversos ramos de atividade, principalmente siderurgia, metalurgia, gráfica, têxteis, papel e papelão, vidraria, entre eles hospitalar. Além dos sintomas auditivos frequentes – quais sejam perda auditiva, dificuldade de compreensão de fala, zumbido e intolerância a sons intensos –, o trabalhador portador de Pair também apresenta queixas, como cefaleia, tontura, irritabilidade e problemas digestivos, entre outros.
6 MEDIDAS GERAIS DE PREVENÇÃO
O desenvolvimento de programas educativos de sensibilização e novas estratégias de capacitação da equipe multiprofissional são algumas medidas que possibilitarão a diminuição do nível de pressão sonora dentro da unidade. Porém, apenas mudança comportamental por si só não é suficiente, é necessário que o monitoramento dos ruídos seja frequente e que os administradores incluam em seu planejamento as reformas necessárias na planta física, aquisição de equipamentos menos ruidosos e programa de manutenção preventiva dos mesmos. 
Seguem algumas recomendações que podem minimizar os níveis de ruído;
· Falar baixo e o necessário dentro das unidades de internação de pacientes;
· Evitar uso de celulares (usar em modo vibração);
· Evitar calçados que produzam ruídos;
· Atenção para os alarmes dos monitores, individualizar os parâmetros;
· Quando manipular PAM, desligar o alarme antes;
· Quando retirar eletrodos para RX, silenciar por este momento;
· As televisões devem ser utilizadas apenas para os pacientes, se assim o quiserem e em volume médio;
· Cuidado ao fechar gavetas, a tampa do lixo, empurrar as cadeiras, carrinhos de banho;
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante das pesquisas realizadas percebe-se a importância da prevenção e do conhecimento sobre os fatores de riscos para o profissional que desenvolve suas atividades no ambiente hospitalar.
Evidencia-se que determinações referentes aos cuidados com o uso adequado dos equipamentos irão evitar problemas de saúde para esses trabalhadores os quais estão expostos diariamente, enfim, entende-se o quanto é essencial e importante que os profissionais busquem formas para modificar suas condutas e atitudes e que estejam preparados para enfrentar mudanças com o intuito de amenizar problemas aos quais estão expostos diariamente, através da aquisição do conhecimento de seus direitos e deveres para que consigam trabalhar com mais segurança e menos danos para sua saúde.
8 REFERÊNCIAS BIBLIORÁFICAS
http://fis.edu.br/revistaenfermagem/artigos/vol02/artigo10.pdf Acesso em: 01/11/2016.
http://www.fundacentro.gov.br/ Acesso em: 15/10/2016.
http://www.portaleducacao.com.br/ Acesso em: 15/10/2016.
http://www.webartigos.com/artigos/riscos-ambientais-no-trabalho/56203/Acessoem: 15/10/2016.
http://inseer.ibict.br/bjh/index.php/bjh/article/viewFile/109/106 Acesso em: 16/10/2016.
www.reme.org.br/artigo/detalhes/1003HC inicia Campanha do Silêncio nas UTIs | Hospital de Clínicas ... Acesso em: 12/10/2016.

Outros materiais