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1 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
 
AULA 09 
Teoria e Questões: Contabilidade Geral 
Curso Genérico (2016) 
 
 
Prof. Igor Cintra 
 
 
 2 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
E aí pessoal, gostaram da última aula? Lembre-se de que ela é importante para sua 
prova! Desta forma, refaça todas as questões que você errou. Massacre-as! É assim 
que estudamos para concursos públicos! Sempre aparando nossos pontos fracos... 
Na aula de hoje falaremos sobre demonstrações contábeis. Especialmente nesta aula 
focaremos na Demonstração do Resultado do Exercício, que despenca em provas de 
concursos! 
Então vamos ao trabalho! 
 
 Prof. Igor Cintra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ...................................................................................... 4 
2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ...................................................... 25 
2.1 Receita Bruta ................................................................................................................. 29 
2.2 Deduções da Receita Bruta ........................................................................................... 29 
2.2.1 Devoluções de Vendas .................................................................................................. 29 
2.2.2 Impostos sobre Vendas e Serviços ................................................................................ 30 
2.2.3 Abatimentos Concedidos .............................................................................................. 30 
2.2.4 Descontos Incondicionais (ou Comerciais).................................................................... 31 
2.2.5 Ajustes a Valor Presente de Vendas.............................................................................. 31 
2.3 Custo das Mercadorias Vendidas ou dos Serviços Prestados ....................................... 38 
2.4 Despesas com Vendas ................................................................................................... 64 
2.5 Despesas Administrativas.............................................................................................. 65 
2.6 Outras Despesas/Receitas Operacionais....................................................................... 66 
2.7 Resultado Financeiro ..................................................................................................... 66 
2.8 Outras Despesas/Receitas ............................................................................................. 66 
3. PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS ................................................................................... 93 
3.1 Base de Cálculo das Participações................................................................................. 94 
LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................... 112 
GABARITO .............................................................................................................................161 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição 
patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações 
contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e 
financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um 
grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As 
demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da 
administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos 
recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações 
contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte: 
a) ativos; 
b) passivos; 
c) patrimônio líquido; 
d) receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; 
e) alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e 
distribuições a eles; e 
f) fluxos de caixa. 
Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas 
explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis a prever os futuros 
fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua 
geração. 
Desta forma, o artigo 176 da Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76) dispõe que: 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, 
com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a 
situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
 
 5 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação 
dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser 
agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que 
indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do 
respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações 
genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". 
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros 
segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua 
aprovação pela assembleia-geral. 
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas 
e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para 
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
§ 5º As notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das 
demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas 
selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas 
no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das 
demonstrações financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias 
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma 
apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, 
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e 
exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos 
ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do 
ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 
247, parágrafo único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas 
avaliações; 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias 
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou 
contingentes; 
 
 6 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das 
obrigações a longo prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
 g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e 
os resultados futuros da companhia. 
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, 
inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada 
à elaboraçãoe publicação da demonstração dos fluxos de caixa. 
§ 7º A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, 
disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3° deste artigo. 
 
Pessoal, este artigo é muito importante para sua prova! Resolva alguns exercícios 
sobre ele! 
 
QUESTÃO 01 
 
(FCC – Auditor Público Externo – TCE-RS – 2014) Com base na Lei das 
Sociedades por Ações considere as afirmações a seguir: 
I. As notas explicativas devem fornecer informações adicionais, não 
indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas 
necessárias para uma apresentação adequada. 
II. As notas explicativas devem indicar as opções de compra de ações 
outorgadas e exercidas no exercício. 
III. Os ajustes de exercícios anteriores, além de eventos subsequentes à 
data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito 
relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia, 
devem ser indicados em notas explicativas. 
IV. Serão indicados, em notas explicativas, os investimentos em outras 
sociedades, quando relevantes. 
Está correto o que se afirma em 
 
 7 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
(A) I, II, III e IV. 
(B) I, II e III, apenas. 
(C) I e IV, apenas. 
(D) I, II e IV, apenas. 
(E) II, III e IV, apenas. 
RESOLUÇÃO 
Segundo o § 5° do artigo 176 da Lei n° 6.404/76, as notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações 
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para 
negócios e eventos significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil 
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias 
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma 
apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de 
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis 
na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, 
parágrafo único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 
182, § 3°); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo 
prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e 
 
 8 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que 
tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira 
e os resultados futuros da companhia. 
Assim, todas as afirmativas estão corretas. 
GABARITO: A 
 
QUESTÃO 02 
 
(FGV – Contador – SUSAM-AM – 2014) Conforme a Lei das Sociedades por 
Ações, as notas explicativas, assim como outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis para esclarecimento da situação patrimonial e dos 
resultados do exercício, devem complementar as demonstrações 
contábeis. 
A lei exige que sejam divulgadas como notas explicativas 
(A) o número, as espécies, as classes e o nome dos detentores das ações do capital 
social. 
(B) todos os processos judiciais em que a empresa está envolvida. 
(C) o nome dos clientes inadimplentes do período. 
(D) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo 
prazo. 
(E) a remuneração e os benefícios concedidos a empregados. 
RESOLUÇÃO 
Segundo o § 5° do art. 176 da Lei n° 6.404/76, as notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações 
financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para 
negócios e eventos significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil 
que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações 
financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e 
 
 9 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição 
de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas 
prováveis na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, 
parágrafo único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 
182, § 3°); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações 
a longo prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e( 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou 
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados 
futuros da companhia. 
Com isso correta a alternativa D. 
Perceba que a incorreção da alternativa A é sutil, pois menciona o “nome dos 
detentores das ações do capital social”. 
GABARITO: D 
 
QUESTÃO 03 
 
(FGV – Contador – SEDUC-AM – 2014) A Lei das Sociedades por Ações 
menciona as notas explicativas a serem inclusas nas demonstrações 
contábeis. 
Dentre outras informações, as notas explicativas devem indicar 
(A) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações. 
 
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AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
(B) a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado na empresa pelas atividades 
operacional, de investimento e de financiamento. 
(C) o número, as espécies, as classes e o nome dos detentores das ações do capital 
social. 
(D) os gastos com preservação, proteção e recuperação de recursos naturais. 
(E) um resumo dos principais eventos que ocorreram entre o fechamento das 
demonstrações contábeis e a publicação. 
RESOLUÇÃO 
Percebe-se que a FGV costuma cobrar as disposições sobre as Notas Explicativas! 
Segundo o § 5° do art. 176 da Lei n° 6.404/76, as notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras 
e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos 
significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que 
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de 
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis 
na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo 
único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas 
avaliações (art. 182, § 3°); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outrasresponsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo 
prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
 
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AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou 
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros 
da companhia. 
Com isso correta a alternativa A. 
GABARITO: A 
 
QUESTÃO 04 
 
(FGV – Técnico – ALBA – 2014) De acordo com a Lei das Sociedades por 
Ações, as notas explicativas de uma empresa devem incluir 
(A) a distribuição da riqueza produzida pela empresa pelos empregados, governo, 
financiadores e sócios. 
(B) a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado na empresa pelas atividades 
operacional, de investimento e de financiamento. 
(C) a diferença entre o maior e o menor salário pago na empresa. 
(D) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais. 
(E) os gastos com preservação, proteção e recuperação de recursos naturais. 
RESOLUÇÃO 
Fique atento! A FGV cobra com frequência as disposições sobre as Notas Explicativas! 
Segundo o § 5° do art. 176 da Lei n° 6.404/76, as notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras 
e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos 
significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que 
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
 
 12 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, 
especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de 
constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a 
perdas prováveis na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo 
único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 
182, § 3°); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo 
prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou 
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros 
da companhia. 
Com isso correta a alternativa D. 
GABARITO: D 
 
QUESTÃO 05 
 
(FGV – Contador – DPE-RJ – 2014) Assinale a alternativa que melhor 
descreve as características das notas explicativas 
(A) fazem parte das demonstrações contábeis e são obrigatórias. Devem, entre outras 
coisas, prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas 
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão. 
(B) fazem parte das demonstrações contábeis, mas, assim como o relatório da 
administração, não são obrigatórias e seu conteúdo fica a critério da empresa. 
 
 13 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
(C) não fazem parte das demonstrações contábeis, mas são obrigatórias e devem 
apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis 
e das políticas contábeis específicas utilizadas. 
(D) não fazem parte das demonstrações contábeis, mas são obrigatórias. Contêm 
informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações contábeis. 
Oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de itens divulgados nessas 
demonstrações e informação acerca de itens que não se enquadram nos critérios de 
reconhecimento nas demonstrações contábeis. 
(E) são um importante instrumento de informação e são obrigatórias. Nelas ainda 
devem constar o relatório dos auditores independentes e o parecer do conselho fiscal. 
RESOLUÇÃO 
Vamos aproveitar esta questão para ver alguns dispositivos sobre as Notas 
Explicativas! 
Segundo o § 4° do artigo 176 da Lei n° 6.404/76, as demonstrações serão 
complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e 
dos resultados do exercício. 
Já o § 5° do mesmo artigo diz que as notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras 
e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos 
significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que 
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de 
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis 
na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo 
único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 
182, § 3°); 
 
 14 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
Prof. Igor Cintra 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo 
prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e( 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou 
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros 
da companhia. 
Importante também saber algumas disposições do CPC 26 – Apresentação das 
Demonstrações Contábeis sobre as Notas Explicativas. Este pronunciamento trata as 
Notas Explicativas como uma verdadeira Demonstração Contábil, e devem: 
(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações 
contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas; 
(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações 
e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações 
contábeis; e 
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas 
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão. 
Veja que na alternativa A a FGV trouxe exatamente o conceito em destaque acima. 
GABARITO: A 
 
QUESTÃO 06 
 
(FGV – Técnico – ALBA – 2014) A empresa X é uma empresa de capital 
fechado. Em 31/12/2013 ela possuía ativo total de R$ 800.000,00, passivo 
total de R$ 200.000,00 e patrimônio líquido de R$ 600.000,00. 
Essa empresa deve divulgar as seguintes demonstrações contábeis: 
(A) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração dos 
Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
 
 15 
AULA 09 
Contabilidade Geral – Curso Genérico/2016 
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(B) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultadodo Exercício, Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
(C) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração 
do Valor Adicionado. 
(D) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido. 
(E) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos 
Lucros ou Prejuízos Acumulados e Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
RESOLUÇÃO 
Segundo o artigo 176 da Lei n° 6.404/76, são demonstrações contábeis obrigatórias: 
I - balanço patrimonial (BP); 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA); 
III - demonstração do resultado do exercício (DRE); e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA). 
Então perceba que a Empresa X não deve elaborar e divulgar a DVA, afinal, trata-se 
de uma companhia fechada. 
Além disso, o § 6° deste artigo diz que a companhia fechada com patrimônio líquido, 
na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será 
obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. 
O enunciado diz que o PL da entidade é de R$ 600 mil. Assim, não será obrigada a 
elaboração e publicação da DFC! 
Com isso, conclui-se que a entidade deve divulgar apenas o Balanço Patrimonial, 
Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados. 
GABARITO: A 
 
 
 
 16 
AULA 09 
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QUESTÃO 07 
 
(FUNCAB – Min. Desenvolvimento Agrário – 2014) Com relação às 
Demonstrações Financeiras de uma entidade, existem documentos que 
contêm informação adicional em relação à apresentada nas demonstrações 
contábeis. Eles oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas 
de itens divulgados nessas demonstrações e informação acerca de itens que 
não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações 
contábeis. Estas fontes de informação são denominadas: 
A) covenants. 
B) notas explicativas. 
C) disclosures. 
D) guidances. 
E) comentários de gestão. 
RESOLUÇÃO 
A FUNCAB cobrou a definição de Notas Explicativas que o CPC 26 – Apresentação das 
Demonstrações Contábeis traz e é reproduzida abaixo: 
Notas explicativas contêm informação adicional em relação à apresentada nas 
demonstrações contábeis. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou 
segregações e aberturas de itens divulgados nessas demonstrações e informação 
acerca de itens que não se enquadram nos critérios de reconhecimento nas 
demonstrações contábeis. 
Para sua prova é interessante levar as disposições do artigo 176, § 5°, da Lei n° 
6.404/76! 
GABARITO: B 
 
QUESTÃO 08 
 
(FCC – AFR – SEFAZ-SP – 2013) As notas explicativas devem 
I. indicar os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais. 
II. indicar os investimentos em outras sociedades, mesmo que irrelevantes. 
 
 17 
AULA 09 
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III. fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias 
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma 
apresentação adequada. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III. 
RESOLUÇÃO 
I. Correta. As notas Explicativas devem indicar os principais critérios de 
avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos 
de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para 
encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização 
de elementos do ativo. 
 
II. Incorreta. Vimos que os investimentos em outras sociedades, quando 
relevantes, são indicados nas notas explicativas. 
 
III. Correta. As Notas Explicativas devem fornecer informações adicionais não 
indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para 
uma apresentação adequada. 
GABARITO: C 
 
QUESTÃO 09 
 
(FUNDATEC – Contador – CAGE-RS – 2014) De acordo com a Lei n° 
6.404/76, com redação dada pela Lei n° 11.638/07 e pela Lei n° 11.941/09, 
as notas explicativas às demonstrações financeiras devem conter: 
A) O valor potencial de realização dos investimentos em outras sociedades, quando 
relevantes. 
 
 18 
AULA 09 
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B) Os ônus reais constituídos sobre os elementos do ativo de sociedades controladas, 
quando relevantes. 
C) A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias de todas as obrigações 
bancárias de curto e longo prazo. 
D) A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações de longo 
prazo. 
E) O valor potencial de realização dos investimentos em sociedades controladas, 
adquiridos com o objetivo de aproveitar movimentos de mercado de curto prazo. 
RESOLUÇÃO 
Questão sem dificuldade, onde o examinador cobrou a literalidade do § 5° do artigo 
176 da Lei n° 6.404/76 as notas explicativas devem: 
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras 
e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos 
significativos; 
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que 
não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; 
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações 
financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e 
IV – indicar: 
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente 
estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de 
provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis 
na realização de elementos do ativo; 
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo 
único); 
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 
182, § 3°); 
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações 
a longo prazo; 
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; 
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
 
 19 
AULA 09 
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h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1°); e 
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou 
possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros 
da companhia. 
GABARITO: D 
 
QUESTÃO 10 
 
(FUNCAB – Contador – EMDUR – Pref. Porto Velho-RO – 2014) Uma das 
demonstrações contábeis, relacionadas nas alternativas abaixo, deixou de 
ser exigida, a partir das mudanças introduzidas na contabilidade brasileira 
pelo processo de convergência ao padrão internacional. Identifique-a. 
A) Do Valor Adicionado 
B) Das Origens e Aplicações de Recursos 
C) Dos Fluxos de Caixa 
D) Do Resulta do Abrangente 
E) Das Mutações do Patrimônio Líquido 
RESOLUÇÃO 
A partir da Lei n° 11.638/07 a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
(DOAR) deixou de ser obrigatória. Em seu lugar foi incluída a Demonstração dos Fluxos 
de Caixa (DFC). 
É importante lembrar que a partir desta lei a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
também tornou-se obrigatória às companhias abertas. 
Com isso, correta a alternativa B. 
GABARITO: B 
 
QUESTÃO 11 
 
(ESAF – Analista de Comércio Exterior – MDIC – 2012) As demonstrações 
financeiras obrigatórias são as seguintes: 
 
 20 
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a) Balanço Patrimonial, Demonstraçãodo Resultado do Exercício, Demonstração de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do 
Valor Adicionado, em alguns casos. 
b) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. 
c) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 
e Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos. 
d) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Fluxo de Caixa. 
e) Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do 
Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado, em alguns casos. 
RESOLUÇÃO 
São demonstrações financeiras obrigatórias segundo a Lei n° 6.404/76: 
I - balanço patrimonial (BP); 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA); 
III - demonstração do resultado do exercício (DRE); e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa (DFC); e 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA). 
Vale lembrar que a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do 
balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à 
elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (DFC). 
GABARITO: A 
 
QUESTÃO 12 
 
(ESAF – Analista de Comércio Exterior – MDIC – 2012) Assinale abaixo a 
opção correta. 
a) Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária, o exercício social 
não poderá ter duração diferente de um ano. 
 
 21 
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b) Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos 
saldos poderão ser agregados e é permitida a utilização dos termos "diversas contas" 
ou "contas correntes". 
c) As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a 
proposta dos órgãos da administração no pressuposto de sua aprovação pela 
assembleia geral. 
d) Na determinação do resultado do exercício, serão computados as receitas e os 
rendimentos ganhos e realizados no período, além dos custos, despesas, encargos e 
perdas, pagos ou incorridos. 
e) O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações, 
registrado como reserva de reavaliação, poderá ser computado como lucro para efeito 
de distribuição de dividendos ou participações. 
RESOLUÇÃO 
a) Incorreta. O artigo 175 da Lei 6.404/76 diz que o exercício social terá duração 
de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto. No entanto seu 
parágrafo único garante que, na constituição da companhia e nos casos de 
alteração estatutária, o exercício social poderá ter duração diversa. 
 
b) Incorreta. Vimos que nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser 
agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a 
sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de 
contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como 
"diversas contas" ou "contas-correntes". 
 
c) Correta. A afirmativa está de acordo com o § 3º do artigo 176 da Lei 6.404/76. 
 
d) Incorreta. Vimos em aulas anteriores que as receitas e os rendimentos ganhos no 
período serão computados no resultado do exercício independentemente da 
sua realização em moeda. 
 
e) Incorreta. Vimos em outras aulas que a constituição da Reserva de Reavaliação 
está proibida no Brasil. Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão 
ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final de 2008. 
GABARITO: C 
 
 
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QUESTÃO 13 
 
(ESAF – Analista Técnico - SUSEP – 2010) Assinale abaixo a opção onde 
consta a única assertiva que não é verdadeira neste quesito. 
a) As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre 
demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as 
companhias abertas. 
b) A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 
2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da 
demonstração dos fluxos de caixa. 
c) A legislação atual exige das companhias a elaboração da demonstração dos fluxos 
de caixa e da demonstração do valor adicionado. Esta última será dispensada se a 
companhia não for aberta. 
d) A demonstração do valor adicionado deverá indicar, no mínimo, o valor da riqueza 
gerada pela companhia e a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para 
a geração dessa riqueza. 
e) O montante do capital circulante líquido, sua variação durante o exercício, bem 
como os saldos do ativo e do passivo, no início e no fim do exercício, deverão ser 
indicados nas Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado. 
RESOLUÇÃO 
Vamos analisar as alternativas apresentadas. 
a) Correta. Segundo o § 6° do artigo 177 da Lei n° 6.404/76, as companhias fechadas 
poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas 
pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas. 
 
b) Correta. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), é obrigatória para todas 
as companhias (fechadas ou abertas), com exceção das companhias fechadas 
com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais), que não será obrigada à elaboração e publicação da DFC. 
 
c) Correta. A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é obrigatória apenas 
para as companhias abertas. A ESAF deu uma escorregada nesta alternativa, 
pois conforme visto anteriormente, a DFC não é obrigatória para todas as 
 
 23 
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entidades, visto que as companhias fechadas com PL inferior a R$ 2 milhões na 
data do balanço não serão obrigadas a elaborar tal demonstração. 
 
d) Correta. Segundo o artigo 188, inciso II, da Lei n° 6.404/76, a Demonstração 
do Valor Adicionado indicará, no mínimo, o valor da riqueza gerada pela 
companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para 
a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, 
governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. 
 
e) Incorreta. Tal afirmativa refere-se à Demonstração das Origens e Aplicações de 
Recursos (DOAR), que deixou de ser obrigatória a partir de 2008 por força da Lei 
11.638/07. 
Então fique atento! Muitas das vezes vocês irão se deparar com questões mal feitas. 
Neste caso, temos que marcar a alternativa “mais errada” ou a “mais correta”. A 
alternativa E está totalmente equivocada, ao passo que a alternativa C tem um erro 
sutil. 
GABARITO: E 
 
QUESTÃO 14 
 
(AOCP – Contador – Pref. Angra dos Reis – 2015) Quais são as 
demonstrações financeiras obrigatórias a serem apresentadas ao fim de 
cada exercício social, que deverão exprimir com clareza a situação do 
patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício. 
(A) Balanço patrimonial, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, 
demonstração do resultado do exercício, demonstração dos fluxos de caixa e 
demonstração das origens e aplicações de recursos. 
(B) Balanço patrimonial, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, 
demonstração do resultado do exercício, demonstração dos fluxos de caixa e, se 
companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
(C) Balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração dos 
fluxos de caixa e demonstração das origens e aplicações de recursos. 
(D) Balanço Patrimonial, Estimativa de Prejuízos do Exercício e Demonstração das 
Origens e Aplicações de Recursos. 
 
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(E) Balanço patrimonial, demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, 
demonstração doresultado do exercício, demonstração dos fluxos de caixa e, se 
companhia fechada, demonstração do valor adicionado. 
RESOLUÇÃO 
Vimos que segundo o art. 176 da Lei n° 6.404/76 ao fim de cada exercício social, a 
diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio 
da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I - balanço patrimonial; 
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III - demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
Com isso, correta a alternativa B. 
GABARITO: B 
 
QUESTÃO 15 
 
(VUNESP – Auditor – CGM-SP – 2015) De acordo com a Lei no 6.404/76 e 
alterações posteriores, “ao fim de cada exercício social, a diretoria fará 
elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes 
demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do 
patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I. balanço patrimonial; 
II. demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III. demonstração do resultado do exercício; 
IV. demonstração dos fluxos de caixa; e 
V. se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.” 
No balanço patrimonial, as contas semelhantes poderão ser agrupadas e os 
pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza 
e não ultrapassem 
 
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(A) até um quinto do ativo/passivo circulantes. 
(B) até um quinto do total do ativo. 
(C) 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas. 
(D) 0,3 (três décimos) do valor do respectivo grupo de conta. 
(E) 0,2 (dois décimos) do valor do respectivo grupo de conta. 
RESOLUÇÃO 
Questão literal sobre a Lei n° 6.404/76. Segundo o § 2º do artigo 176, nas 
demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos 
poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 
(um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização 
de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". 
Com isso, correta a alternativa C. 
GABARITO: C 
Pessoal, é importante saber as disposições do artigo 176 da Lei n° 6.404/76, pois pode 
pintar algo relacionado em sua prova. As bancas adoram explorar a literalidade do 
inciso IV deste artigo, que trata das Notas Explicativas! 
Vamos, agora, analisar a Demonstração do Resultado do Exercício, que certamente 
estará em sua prova! 
2. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO 
EXERCÍCIO 
O Resultado do Período, também chamado de RÉDITO, é a diferença entre a soma 
das Receitas e a soma das Despesas de um determinado período. Se a soma das 
Receitas for maior que a soma das Despesas a entidade apurará Lucro. Caso 
contrário, Prejuízo. 
Caso a soma das Receitas seja igual à soma das Despesas, o resultado será nulo, não 
afetando a situação líquida patrimonial. 
Zé Curioso: “Professor, deixa de enrolação e vamos logo estudar a DRE!” 
Você é quem manda Zé! 
 
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A Demonstração do Resultado do Exercício é uma das Demonstrações obrigatórias a 
serem elaboradas pela empresa no fim do exercício social, e apresenta as receitas e 
despesas de forma organizada. 
A lei n° 6.404/76 diz em seu artigo 187 que a Demonstração do Resultado do Exercício 
discriminará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos 
e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços 
vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das 
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas 
operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para 
o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos 
de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social. 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua 
realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a 
essas receitas e rendimentos. 
 
Assim, de acordo com a Lei n° 6.404/76 a Demonstração do Resultado do Exercício 
possui a seguinte estrutura: 
 
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Nem preciso te avisar que essa estrutura deve ser conhecida de cor! De qualquer 
forma, você irá praticar tantos exercícios que irá decorá-la! 
Vamos realizar um exercício para verificar se você assimilou o art. 187 da Lei n° 
6.404/76? 
 
QUESTÃO 16 
 
(ESAF – Analista de Comércio Exterior – MDIC – 2012) Assinale abaixo a 
opção incorreta. 
Nos termos da lei, a demonstração do resultado do exercício discriminará: 
a) a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos 
obtidos e os impostos a recolher. 
Receita Bruta
( - ) Deduções
 ( - ) Devoluções de Vendas
 ( - ) Impostos sobre vendas
 ( - ) Abatimentos Concedidos
 ( - ) Descontos Incondicionais
 ( - ) Ajuste a Valor Presente de Vendas
= Receita Líquida 
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
= Resultado Operacional Bruto
( - ) Despesas com Vendas
( - ) Despesas Financeiras
+ Receitas Financeiras
( - ) Despesas Gerais e Administrativas
( - ) Outras Despesas Operacionais
+ Outras Receitas Operacionais
= Resultado Operacional
( - ) Outras Despesas
+ Outras Receitas
= Resultado Antes do Imposto de Renda
( - ) Provisão para o Imposto de Renda (PIR)
( - ) Participações Estatutárias
= Resultado Líquido (Lucro ou Prejuízo Líquido)
Demonstração do Resultado do Exercício
 
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b) a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos 
e o lucro bruto. 
c) as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as 
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais. 
d) o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas. 
e) o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto. 
RESOLUÇÃO 
Vimos que a Lei n° 6.404/76 diz que a demonstração do resultado do exercício 
discriminará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os 
abatimentos e os impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços 
vendidos e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das 
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas 
operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para 
o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou 
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como 
despesa; 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social. 
Assim, a alternativa “a” encontra-se incorreta, visto que os abatimentos concedidos 
é que são deduções da Receita Bruta. Os abatimentos obtidos são deduções das 
compras brutas. 
Outro erro da alternativa é mencionar os “impostos a recolher”, expressão muito 
ampla. Os “Impostos sobreVendas” são deduções da Receita Bruta. 
GABARITO: A 
Vamos, enfim, destrinchar a estrutura da DRE! 
 
 29 
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2.1 Receita Bruta 
É obtida pela multiplicação dos preços dos produtos pelas suas quantidades, ou pelo 
preço de todos os serviços prestados. É considerada realizada quando ocorre a entrega 
dos produtos, quando se efetiva a transferência de propriedade do bem, ou quando 
ocorra a efetiva prestação do serviço. 
O IPI incide sobre o valor da Receita Bruta. Assim, o Faturamento Bruto corresponde 
à soma do IPI com a Receita Bruta. Por exemplo, se houve a venda de 1.000 unidades 
ao preço de R$ 1.000,00 cada, temos uma Receita Bruta de R$ 1.000.000,00, ok? O 
IPI incidirá sobre esta base de cálculo, conforme demonstrado abaixo: 
Faturamento Bruto R$ 1.100.000,00 
( – ) IPI (alíquota 10%) R$ 100.000,00 
 = Receita Bruta R$ 1.000.000,00 
O valor total de uma Nota Fiscal corresponde ao Faturamento Bruto. 
2.2 Deduções da Receita Bruta 
Correspondem às devoluções de vendas, impostos sobre vendas e serviços, 
abatimentos, descontos incondicionais (também chamados de comerciais) e os ajustes 
a valor presente de vendas. Vamos analisar tais deduções! 
2.2.1 Devoluções de Vendas 
Devem ser deduzidas das Vendas Brutas (ou Receita Bruta) as devoluções de vendas 
efetuadas dentro do período. 
No entanto, caso as devoluções sejam referentes a períodos anteriores, o que é muito 
comum nas compras de fim de ano, em que o comprador volta à loja somente em 
janeiro do ano seguinte, tais devoluções não afetarão o Resultado Operacional 
Bruto, pois deverão ser consideradas como Despesa com Vendas, que é uma 
despesa operacional. 
 
 
 
 
DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS 
VENDIDAS NO PRÓPRIO PERÍODO 
DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS 
VENDIDAS EM OUTRO PERÍODO 
DEDUÇÃO DA RECEITA BRUTA 
DESPESA COM VENDAS 
 
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2.2.2 Impostos sobre Vendas e Serviços 
Os impostos incidentes sobre as vendas, tais como ICMS, PIS e Cofins, e os impostos 
incidentes sobre os serviços, como o ISS, devem ser deduzidos da Receita Bruta. 
A grande dificuldade que poderá aparecer na sua prova é quando a venda está sujeita 
à incidência de IPI e ICMS. Neste caso teremos que saber a finalidade que o comprador 
dará às mercadorias adquiridas. 
Se a mercadoria destinar-se à comercialização ou à industrialização o IPI não 
fará parte da base de cálculo do ICMS. 
Se a mercadoria destinar-se ao ativo fixo ou uso e consumo do comprador, o IPI 
fará parte da base de cálculo do ICMS. Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você também pode decorar da seguinte forma: vai haver circulação da mercadoria 
para fora do estabelecimento do comprador? Se sim, o IPI não entra na BC do ICMS. 
Se não (ou seja, vou integrar a mercadoria no ativo fixo ou vou consumi-la) o IPI entra 
na BC do ICMS. Simples, não é? 
2.2.3 Abatimentos Concedidos 
Os abatimentos concedidos são deduções que são consequência de eventos 
posteriores ao momento das vendas de mercadorias. São descontos concedidos em 
data posterior à data de entrega ou da prestação dos serviços, motivados, por 
exemplo, por diferença de qualidade, de tipo, de quantidade, defeitos originados 
durante o transporte ou no ato do descarregamento das mercadorias. 
COMERCIALIZAÇÃO OU 
INDUSTRIALIZAÇÃO 
ATIVO FIXO OU USO E 
CONSUMO 
IPI NÃO ENTRA NA BC DO ICMS 
IPI ENTRA NA BC DO ICMS 
 
DESTINO DADO À MERCADORIA ADQUIRIDA 
 
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Da mesma forma que as devoluções, o vendedor irá reconhecer uma dedução na 
Receita Bruta e o comprador irá reconhecer uma dedução na Compra Bruta. 
2.2.4 Descontos Incondicionais (ou Comerciais) 
Desconto Incondicional é aquele que não está condicionado a nenhum evento futuro, 
por exemplo, o pagamento antecipado de duplicatas. 
O Desconto Incondicional é dado por diversos motivos, por exemplo, a um cliente 
antigo, ou ao cliente que adquire em grandes quantidades ou aquele comprador que 
sabe pechinchar... 
Vale lembrar que estamos analisando os Descontos Incondicionais CONCEDIDOS 
pelo vendedor ao comprador. Tal desconto, para o vendedor, é dedução da Receita 
Bruta. Para o comprador será uma dedução das compras brutas (estudamos isso 
quando vimos Operações com Mercadorias, lembram?), ou seja, é um valor que não 
será reconhecido no valor dos Estoques. 
2.2.5 Ajustes a Valor Presente de Vendas 
O CPC 12 – Ajuste a Valor Presente determina que os elementos integrantes do ativo 
e do passivo decorrentes de operações de longo prazo, ou de curto prazo quando 
houver efeito relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em taxas 
de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do 
dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do passivo em suas datas originais. 
Assim, suponha que uma entidade efetue uma venda a prazo no valor de R$ 
10.000,00 para receber o valor em parcela única, com vencimento em cinco anos. 
Caso a venda fosse efetuada à vista o valor da venda teria sido de R$ 6.210,00, o 
que equivale a um custo financeiro anual de 10%. Verifica-se que essa taxa é igual à 
taxa de mercado, na data da transação. No primeiro momento, a transação deve ser 
contabilizada considerando o seu valor presente, cujo montante de R$ 6.210,00 será 
registrado como contas a receber, em contrapartida de receita de vendas pelo 
mesmo montante. 
D – Clientes R$ 6.210,00 (Ativo Não Circulante) 
C – Receita de Vendas R$ 6.210,00 (Receita) 
Veja que o lançamento acima descrito como Receita de Vendas corresponde à Receita 
Líquida, que é igual a Receita Bruta (R$ 10.000,0) deduzida do Ajuste a Valor Presente 
(de R$ 3.790,00). Ou seja, o lançamento completo, na verdade, é o seguinte: 
 
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D – Clientes R$ 10.000,00 (Ativo Não Circulante) 
D – AVP de Vendas R$ 3.790,00 (Dedução da Receita) 
C – Receita Bruta de Vendas R$ 10.000,00 (Receita) 
C – AVP de Clientes R$ 3.790,00 (Retif. do Ativo Não Circulante) 
Então conclui-se que a diferença entre o valor presente e o valor a prazo trata-se, em 
sua essência, de encargos financeiros embutidos nesta venda. Assim, não seria 
prudente que a companhia registrasse uma venda de R$ 10.000,00, afinal, se 
vendesse a mesma mercadoria à vista, por exemplo, cobraria apenas R$ 6.210,00. 
Com o passar do tempo o Ajuste a Valor Presente, de R$ 3.790,00, é apropriado ao 
resultado do período como receita financeira, utilizando o método da taxa efetiva 
de juros. 
Zé Curioso: “Professor, até agora você falou da contabilização desta venda no 
vendedor. Como será realizado o lançamento no comprador?” 
Zé, o raciocínio é semelhante. No entanto, o Ajuste a Valor Presente é tratado no 
Passivo, retificando a conta “Fornecedores”. Com o passar do tempo o ajuste 
apropriado ao resultado do período como despesa financeira, utilizando o método 
da taxa efetiva de juros. 
D – Estoques R$ 6.210,00 (Ativo Circulante) 
D – AVP de Fornecedores R$ 3.790,00 (Retif. do Passivo Circulante) 
C – Fornecedores R$ 10.000,00 (Passivo Circulante) 
Resolva os próximos exercícios e se convença disso! 
 
QUESTÃO 17 
 
(FCC – Auditor – TCM-RJ – 2015) Um lote de mercadorias para 
comercialização foi adquirido a prazo em 30/09/2014 pelo valor de R$ 
1.900.000,00, para pagamento em dezembro de 2015. Se a compra fosse 
realizada à vista, o preço de aquisição teria sido R$ 1.200.000,00. No mês 
de outubro de 2014 a empresa realizou a venda de 70% dessas mercadorias 
pelo valor de R$ 1.500.000,00, para recebimento em novembro de 2015. Se 
a venda das mercadorias tivesse sido feita à vista o preço de venda seria R$ 
1.000.000,00. Em 31/12/2014 o valor que a empresa deveria pagar para o 
fornecedor era R$ 1.250.000,00 e o valor que seria cobrado do cliente era 
R$ 1.300.000,00. Nesse caso, aempresa reconheceu, no resultado de 2014, 
Resultado Bruto com Vendas no valor de 
 
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(A) R$ 160.000,00, apenas. 
(B) R$ 170.000,00. 
(C) R$ 660.000,00 e Despesa Financeira = R$ 50.000,00, apenas. 
(D) R$ 160.000,00; Receita Financeira = R$ 300.000,00 e Despesa Financeira = R$ 
50.000,00. 
(E) R$ 330.000,00 (prejuízo) e Receita Financeira = R$ 300.000,00, apenas. 
RESOLUÇÃO 
Questão muito semelhante à anterior! 
Vamos verificar o valor das compras líquidas, considerando o valor que seria pago caso 
a aquisição fosse à vista. 
D – Estoques R$ 1.200.000,00 (AC) 
D – AVP de Fornecedores R$ 700.000,00 (Retificadora do PE) 
C – Fornecedores R$ 1.900.000,00 (PE) 
A partir disso, vamos calcular o Lucro Bruto da venda de 70% das mercadorias 
adquiridas. 
 Receita Líquida de Vendas R$ 1.000.000,00 
( – ) CMV (R$ 840.000,00) 
( = ) Lucro Bruto R$ 160.000,00 
Além disso, há que se reconhecer a despesa financeira referente à compra realizada a 
prazo e a receita financeira referente à venda a prazo. 
O enunciado diz que em 31/12/2014 o valor que a empresa deveria pagar para o 
fornecedor era R$ 1.250.000,00 (valor líquido da conta fornecedores, ou seja, 
deduzido do AVP de Fornecedores). Isso indica despesas financeiras de R$ 
50.000,00 (afinal o valor líquido reconhecido inicialmente foi de R$ 1.200.000,00). 
Por outro lado, se o valor que seria cobrado do cliente era R$ 1.300.000,00, isso indica 
que houve o reconhecimento de Receitas Financeiras de R$ 300.000,00 
(diferença entre o valor atual e o valor à vista). 
Com isso, correta a alternativa D. 
GABARITO: D 
 
 
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QUESTÃO 18 
 
(FCC – Auditor – SEFAZ-PI – 2015) A Cia. Vende & Recompra adquiriu, em 
30/04/2014, mercadorias para serem comercializadas. Em função de sua 
situação financeira, a Cia. fez essa aquisição a prazo, para pagamento em 
30/06/2016. O valor a ser pago na data do vencimento é R$ 380.000,00, 
mas se a Cia. tivesse adquirido estas mercadorias à vista teria pagado R$ 
330.000,00. Em 20/05/2014, a Cia. Vende & Recompra vendeu 80% dessas 
mercadorias por R$ 820.000,00, para serem recebidos integralmente em 
15/07/2016. Se o cliente tivesse adquirido as mercadorias à vista teria 
pagado R$ 730.000,00. Com base nestas informações, é correto afirmar que 
o resultado bruto com vendas que a Cia. Vende & Recompra reconheceu, na 
data da venda, foi, em reais, 
(A) 426.000,00. 
(B) 556.000,00. 
(C) 400.000,00. 
(D) 466.000,00. 
(E) 516.000,00. 
RESOLUÇÃO 
Questão típica da Fundação Carlos Chagas. Segundo o CPC 12 – Ajuste a Valor 
Presente, numa operação comercial que se caracterize como de financiamento, como 
uma venda a prazo por valor superior ao valor de venda à vista, há que se retirar os 
juros embutidos nesta operação. Tal procedimento deve ocorrer tanto na aquisição 
quanto na operação de venda (a prazo). 
Então o lançamento da compra de mercadorias no valor de R$ 380.000,00 deve ser 
realizado da seguinte forma (pelo adquirente): 
D – Estoques R$ 330.000,00 (Ativo Circulante) 
D – Juros a Transcorrer R$ 50.000,00 (Retificadora do PNC) 
C – Fornecedores R$ 380.000,00 (Passivo Não Circulante) 
Obs.: veja que o valor de custo do estoque corresponde ao valor que seria pago à vista. 
Com o passar do tempo a diferença entre o valor presente das Duplicatas a Pagar (R$ 
330 mil) e o valor que será pago em 30/06/2016 (R$ 380 mil) é apropriada ao resultado 
do período como despesa financeira. 
 
 35 
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A mesma situação ocorre com a venda ocorrida em 20/05/2014. A venda será 
reconhecida pelo valor à vista, com o seguinte lançamento (sem considerar a baixa do 
estoque vendido): 
D – Clientes R$ 820.000,00 (Ativo Não Circulante) 
D – AVP de Vendas R$ 90.000,00 (Resultado) 
C – Receita de Vendas R$ 820.000,00 (Resultado) 
C – Rec. Financeira a Apropriar R$ 90.000,00 (Retificadora do ANC) 
Com o passar do tempo a diferença entre o valor presente das Duplicatas a Receber 
(R$ 730 mil) e o valor que será recebido em 15/07/2016 (R$ 820 mil) é apropriada ao 
resultado do período como receita financeira. 
Vamos, então, analisar qual foi o resultado bruto desta venda! 
Receita Bruta de Vendas R$ 820.000,00 
( – ) AVP de Vendas (R$ 90.000,00) 
( = ) Receita Líquida de Vendas R$ 730.000,00 
( – ) Custo das Mercadorias Vendidas (R$ 264.000,00) 
( = ) Receita Líquida de Vendas R$ 466.000,00 
Obs.: CMV = 80% do Valor do Estoque = 80% x R$ 330 mil = R$ 264 mil 
Assim, correta a alternativa D. 
GABARITO: D 
 
QUESTÃO 19 
 
(FCC – Analista Judiciário – TJ-AP – 2014) Uma empresa realizou, em 
31/12/2013, uma venda no valor total de R$ 1.000.000,00 nas seguintes 
condições: 
− R$ 400.000,00 foi recebido à vista. 
− O saldo remanescente será recebido em 30/04/2015. 
Se a venda tivesse sido realizada à vista o valor total seria R$ 900.000,00. 
Com base nestas informações e de acordo com as normas contábeis 
vigentes, a empresa reconheceu, no momento da venda, uma receita de 
vendas de 
(A) R$ 1.000.000,00. 
 
 36 
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(B) R$ 400.000,00. 
(C) R$ 900.000,00. 
(D) R$ 900.000,00 e uma despesa financeira de R$ 100.000,00. 
(E) R$ 900.000,00 e uma receita financeira de R$ 100.000,00. 
RESOLUÇÃO 
 No momento da venda a entidade deverá reconhecer como Receita de Venda o 
valor que seria recebido caso a venda tivesse ocorrido à vista. Assim, considera-se 
receita de vendas o valor de R$ 900.000,00, o que torna a alternativa C correta. 
O restante, de R$ 100.000,00, trata-se de Receita Financeira que será apropriada de 
acordo com o Regime de Competência paulatinamente ao longo do tempo (e não no 
momento da venda, que é o foco da pergunta). 
Assim, no momento da venda haverá apenas o reconhecimento da Receita de Vendas. 
Posteriormente, mês a mês, a empresa deverá apropriar a Receita Financeira. 
GABARITO: C 
 
QUESTÃO 20 
 
(FCC – Auditor Público Externo – TCE-RS – 2014) A Cia. Revendedora 
adquiriu, em 31/01/2014, produtos para serem comercializados. Em função 
de sua situação financeira, estes produtos foram adquiridos por R$ 
400.000,00 para serem pagos em 30/04/2015. Se a Cia. tivesse adquirido 
estes produtos à vista teria pagado R$ 320.000,00. Em 28/02/2014, a Cia. 
Revendedora vendeu 60% desses produtos por R$ 720.000,00, para serem 
recebidos integralmente em 20/05/2015. A Cia. concede, normalmente, um 
prazo de 90 dias para seus clientes. Se o cliente tivesse adquirido as 
mercadorias à vista teria pagado R$ 600.000,00. Com base nestas 
informações, é correto afirmar que a Cia. Revendedora deveria reconhecer 
como 
(A) Receita de Vendas o valor de R$ 600.000,00, como Custo dos Produtos Vendidos 
R$ 192.000,00 e como Resultado Financeiro R$ 40.000,00 positivos na data da venda. 
(B) Estoques o valor de R$ 400.000,00 na data da aquisição. 
 
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(C) Receita de Vendas o valor de R$ 600.000,00 e como Custo dos Produtos Vendidos 
R$ 192.000,00 na data da venda. 
(D) Receita de Vendas o valor de R$ 720.000,00 e como Custo dos Produtos Vendidos 
R$ 192.000,00 na data da venda. 
(E) Receita Financeira o valor de R$ 120.000,00 na data da venda. 
RESOLUÇÃO 
Questão típica da Fundação Carlos Chagas, em que há a comparação do valor de 
venda à vista com o valor de venda a prazo. 
A Cia. Revendedora deve reconhecer a Receita de Vendas pelo seu valor à vista, ou 
seja, R$ 600.000,00. A diferença de R$ 120.000,00 entre este valor e o valor de 
venda a prazo (R$ 720.000,00) será apropriada ao resultado do período como receita 
financeira, utilizando o método da taxa efetiva de juros. 
O comprador, por sua vez, reconhecerá nos estoques o valor de compra à vista. Destaforma, a Cia. Negociadora deverá apropriar aos Estoques o valor de R$ 320.000,00. 
A diferença de R$ 80.000,00 entre este valor e o valor de compra a prazo será 
apropriado ao resultado do período como despesa financeira, utilizando o método da 
taxa efetiva de juros. 
Como a Cia. Revendedora vendeu 60% de suas mercadorias, o Custo das Mercadorias 
Vendidas será de: 
CMV = 60% x R$ 320.000,00 = R$ 192.000,00 
Assim, correta a alternativa C. Não temos como analisar a correção da alternativa A, 
já que o enunciado não informa a taxa efetiva de juros aplicada à compra e à venda 
a prazo. 
GABARITO: C 
 
QUESTÃO 21 
 
(FGV – Técnico – COMPESA – 2014) Uma empresa apresentou os seguintes 
saldos em 31/12/2013: 
Vendas brutas: R$ 40.000,00; 
Comissão de vendas: R$ 4.000,00; 
Devolução de vendas: R$ 3.000,00; 
 
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Impostos sobre operações financeiras: R$ 6.000,00; 
Imposto predial da fábrica: R$ 10.000,00; 
Devolução de compras: R$ 8.000,00; 
IPI nas compras: R$ 5.000,00; 
ICMS sobre vendas: R$ 7.200,00. 
Considerando que a empresa é contribuinte dos impostos estaduais e 
municipais, mas não é contribuinte do IPI, o valor da Receita Líquida 
apurada, em 31/12/2013, é de 
(A) R$ 32.800,00. 
(B) R$ 29.800,00. 
(C) R$ 25.800,00. 
(D) R$ 24.800,00. 
(E) R$ 19.800,00. 
RESOLUÇÃO 
A Receita Líquida é dada pela Receita Bruta subtraída das deduções! 
 Vendas Brutas R$ 40.000,00 
( – ) Devoluções (R$ 3.000,00) 
( – ) ICMS s/ Vendas (R$ 7.200,00) 
( = ) Vendas Líquidas R$ 29.800,00 
GABARITO: B 
2.3 Custo das Mercadorias Vendidas ou dos 
Serviços Prestados 
O Custo dos Produtos Vendidos (empresa industrial), o Custo das Mercadorias 
Vendidas (empresa comercial) e o Custo dos Serviços Prestados devem ser 
reconhecidos de forma simultânea ao reconhecimento das Receitas de Vendas ou 
Serviços, quando se correlacionarem. 
Conforme vimos em aulas passadas, o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) é dado 
por: 
 
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CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final 
 
Neste ponto chegamos ao Lucro Operacional Bruto, ou apenas Lucro Bruto. Vejam: 
 
Então vamos aproveitar para fazer um monte de exercícios sobre o Lucro Bruto! 
 
QUESTÃO 22 
 
(FCC – Analista – ManausPrev-AM – 2015) Durante o segundo trimestre de 
2014, a Cia. Campos Verdes realizou algumas transações, após as quais o 
Balancete da Cia. apresentava as seguintes contas com os respectivos 
saldos em reais: 
Receita Bruta de Vendas 200.000,00 
Devolução de Vendas 5.000,00 
Impostos sobre Vendas 20.000,00 
Descontos Financeiros Concedidos 3.000,00 
Comissões sobre Vendas 7.000,00 
Abatimentos sobre Vendas 4.000,00 
Fretes sobre Vendas 6.000,00 
Sabendo-se que, no segundo trimestre de 2014, o valor das compras 
reconhecido como estoque foi R$ 70.000,00, o estoque inicial de produtos 
para comercialização era R$ 60.000,00 e o estoque final era R$ 20.000,00, 
Receita Bruta
( - ) Deduções
 ( - ) Devoluções de Vendas
 ( - ) Impostos sobre vendas
 ( - ) Abatimentos Concedidos
 ( - ) Descontos Incondicionais
 ( - ) Ajuste a Valor Presente de Vendas
= Receita Líquida 
( - ) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
= Resultado Operacional Bruto
 
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o Lucro Bruto apurado pela Cia. Campos Verdes no segundo trimestre de 
2014 foi, em reais, 
(A) 45.000,00. 
(B) 58.000,00. 
(C) 90.000,00. 
(D) 70.000,00. 
(E) 61.000,00. 
RESOLUÇÃO 
Antes de apurar o Lucro Bruto vamos calcular o valor do Custo das Mercadorias 
Vendidas. Sabe-se que: 
𝐶𝑀𝑉 = 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐼𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 
𝑪𝑴𝑽 = 𝑅$ 60.000,00 + 𝑅$ 70.000,00 − 𝑅$ 20.000,00 = 𝑹$ 𝟏𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
Agora podemos calcular o Lucro Bruto! 
 Receita Bruta de Vendas R$ 200.000,00 
( – ) Deduções 
 - Devoluções (R$ 5.000,00) 
 - Abatimentos (R$ 4.000,00) 
 - Impostos sobre Vendas (R$ 20.000,00) 
( = ) Receita Líquida R$ 171.000,00 
( – ) CMV (R$ 110.000,00) 
( = ) Lucro Bruto R$ 61.000,00 
Assim, correta a alternativa E. 
GABARITO: E 
 
QUESTÃO 23 
 
(FCC – Auditor – SEFAZ-PI – 2015) A empresa Comercializadora de 
Bugigangas S.A. atua na compra e venda de produtos populares e é 
contribuinte unicamente do ICMS. No início do ano de 2013, a empresa não 
 
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tinha estoque de produtos e durante o ano de 2013 as seguintes transações 
de compra e venda de mercadorias foram realizadas: 
1. Compra de mercadorias no valor total de R$ 115.000,00, estando 
incluídos neste preço os valores de R$ 15.000,00 de IPI e R$ 12.000,00 de 
ICMS. 
2. A empresa vendeu 60% do estoque total disponível pelo preço de R$ 
74.000,00 e, neste preço, já está incluído o valor de R$ 8.880,00 de ICMS 
incidente sobre a venda. 
O valor do Resultado Bruto com Vendas apresentado na Demonstração do 
Resultado de 2013 foi, em reais, 
(A) 21.200,00. 
(B) 5.000,00. 
(C) 3.320,00. 
(D) 3.880,00. 
(E) 12.320,00. 
RESOLUÇÃO 
Sabe-se que o custo de aquisição dos estoques compreende seu preço de compra 
deduzido dos tributos recuperáveis. No caso em tela o ICMS é um tributo recuperável, 
ao passo que o IPI não. Assim, o custo de aquisição será de R$ 103.000,00 (R$ 115 
mil – R$ 12 mil de ICMS a Recuperar). 
Vamos, então, calcular o valor do Resultado Bruto da venda de 60% deste estoque 
pelo preço de R$ 74.000,00! 
 Receita Bruta de Vendas R$ 74.000,00 
( – ) ICMS sobre Vendas (R$ 8.880,00) 
( = ) Receita Líquida de Vendas R$ 65.120,00 
( – ) Custos das Mercadorias Vendidas (R$ 61.800,00) → 60% x R$ 103.000,00 
( = ) Lucro Bruto R$ 3.320,00 
Assim, correta a alternativa C. 
GABARITO: C 
 
 
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QUESTÃO 24 
 
(FCC – Auditor – SEFAZ-PI – 2015) Um lote de mercadorias para revenda foi 
adquirido com pagamento à vista, em 30/10/2013, pelo valor de R$ 
1.000.000,00. A empresa compradora retirou as mercadorias no depósito do 
fornecedor que se localiza a 1.500 km da sua sede e incorreu em gastos com 
o frete para levar estas mercadorias até o seu depósito, no valor total de R$ 
20.000,00. A empresa compradora incorreu também em gastos no valor de 
R$ 10.000,00 na contratação de um seguro contra roubo das mercadorias 
durante o transporte do depósito do fornecedor até o seu depósito. 
Sabendo-se que, em 25/11/2013, a empresa vendeu 80% do lote de 
mercadorias que havia comprado em 30/10/2013 pelo valor de R$ 
950.000,00 e supondo que não há incidência de qualquer tributo na compra 
e na venda das mercadorias, a empresa apresentará na Demonstração do 
Resultado de 2013, em relação exclusivamente à compra e à venda deste 
lote de mercadorias, os seguintes efeitos, em reais: 
(A) Resultado Bruto com Vendas = 142.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00 
(B) Resultado Bruto com Vendas = 150.000,00; Despesa com Vendas = 30.000,00 
(C) Resultado Bruto com Vendas = 150.000,00; Despesa com Frete = 20.000,00; 
Despesa com Seguro = 10.000,00 
(D) Resultado Bruto com Vendas = 134.000,00; Despesa com Seguro = 10.000,00 
(E) Resultado Bruto com Vendas = 126.000,00 
RESOLUÇÃO 
Inicialmente vamos calcular o custo de aquisição dos estoques, que compreende o 
preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os 
recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio 
e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e 
serviços. Assim: 
 Preço de Compra R$ 1.000.000,00 
( + ) Frete R$ 20.000,00 
( + ) Seguro R$ 10.000,00 
( = ) Custo de Aquisição R$ 1.030.000,00 
A partir disso vamos apurar o resultado sobre a venda de 80% destas mercadorias 
pelo valor de R$ 950 mil. 
 
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 Receita Bruta de Vendas R$ 950.000,00 
( – ) Custos das Mercadorias Vendidas (R$ 824.000,00) → 80% x R$ 1.030.000,00 
( = ) Lucro Bruto R$ 126.000,00 
Assim, correta a alternativa E. 
GABARITO: E 
 
QUESTÃO 25 
 
(FCC – ACE – TCM-GO – 2015) Uma empresa adquiriu, à vista, mercadorias 
para revenda, ficando responsável pela retirada das mesmas no depósito do 
fornecedor e incorrendo nos seguintes gastos: 
− Valor pago ao fornecedor: R$ 500.000,00. 
− Valor pago à transportadora das mercadorias: R$ 10.000,00 
− Valor do seguro pago para o transporte até seu próprio depósito: R$ 5.000,00 
A compra ocorreu em 25/09/2013 e a empresa vendeu 60% deste lote em 
15/11/2013 pelo valor de R$ 475.000,00. Supondo que não há incidência 
de qualquer tributo na compra e na venda das mercadorias, a Demonstração 
do Resultado de 2013 evidenciará, em relação exclusivamente à compra e à 
venda deste lote de mercadorias: 
(A) Resultado Bruto com Vendas = R$ 160.000,00. 
(B) Resultado Bruto com Vendas = R$ 175.000,00; Despesa com frete = R$ 10.000,00 
e Despesa com Seguro = R$ 5.000,00. 
(C) Resultado Bruto com Vendas = R$ 166.000,00. 
(D) Resultado Bruto com Vendas = R$ 169.000,00 e Despesa com Seguro = R$ 
5.000,00. 
(E) Resultado Bruto com Vendas = R$ 172.000,00 e Despesa com Frete = R$ 
10.000,00. 
RESOLUÇÃO 
O custo do estoque compreenderá o valor pago, adicionado do frete e seguro. Assim: 
 Preço de Aquisição R$ 500.000,00 
( + ) Frete R$ 10.000,00 
 
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( + ) Frete R$ 50.000,00 
( = ) Custo de Aquisição R$ 515.000,00 
A partir deste custo de aquisição vamos calcular o valor do Resultado Bruto. 
 Receita de Vendas R$ 475.000,00 
( – ) Custos das Mercadorias Vendidas (R$ 309.000,00) → 60% x R$ 515.000,00 
( = ) Lucro Bruto R$ 166.000,00 
Assim, correta a alternativa C. 
GABARITO: C 
 
QUESTÃO 26 
 
(FCC – ACE – TCM-GO – 2015) Em 01/12/2013, uma empresa constituída 
na forma de sociedade por ações realizou as seguintes transações de vendas 
de mercadorias: 
− Venda à vista: R$ 400.000,00. 
− Venda a prazo no valor de R$ 598.073,74 que será recebido 18 meses 
após a data da venda. 
A taxa de juros vigente na data da venda era 1% ao mês e se a venda 
efetuada a prazo tivesse sido realizada à vista o valor total das vendas seria 
R$ 900.000,00. 
Sabendo que o financiamento a clientes não é uma atividade operacional da 
empresa e de acordo com as normas contábeis vigentes, a empresa 
reconheceu na Demonstração do Resultado de 2013, especificamente com 
relação às vendas efetuadas em 01/12/2013: 
(A) Receita de Vendas = R$ 998.073,74, apenas. 
(B) Receita de Vendas = R$ 900.000,00, apenas. 
(C) Receita de Vendas = R$ 998.073,74 e Receita Financeira = R$ 5.980,74. 
(D) Receita de Vendas = R$ 900.000,00 e Receita Financeira = R$ 5.000,00. 
(E) Receita de Vendas = R$ 500.000,00 e Receita Financeira = R$ 5.000,00. 
RESOLUÇÃO 
 
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Percebe-se pelo enunciado que em 01/12/2013 a empresa realizou duas operações de 
venda, uma à vista (R$ 400.000,00) e outra a prazo (R$ 598.073,74), totalizando o 
valor de R$ 998.073,74. O enunciado diz que o valor que seria recebido caso todas 
as vendas fossem realizadas à vista seria de R$ 900.000,00. Este é o valor a ser 
reconhecido como Receita de Vendas! 
 Receita Bruta de Vendas R$ 998.073,74 
( – ) AVP de Vendas (R$ 98.073,74) 
( = ) Receita Líquida de Vendas R$ 900.000,00 
Obs.: O Ajuste a Valor Presente de Vendas é uma dedução da Receita Bruta 
A contabilização da venda a prazo será da seguinte forma: 
D – Clientes R$ 598.073,74 (Ativo Não Circulante) 
D – AVP de Vendas R$ 98.073,74 (Resultado) 
C – Receita de Vendas R$ 598.073,74 (Resultado) 
C – Rec. Financeira a Apropriar R$ 98.073,74 (Retificadora do ANC) 
Perceba que a Receita Financeira (R$ 98.078,74) será reconhecida mensalmente 
durante os 18 meses entre a data da venda e a data do pagamento. Tais juros são 
calculados sempre sobre o valor líquido da dívida (Clientes – Receita Financeira a 
Apropriar). Assim: 
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠12/2013 = (𝐶𝑙𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 − 𝑅𝑒𝑐. 𝐹𝑖𝑛. 𝑎 𝐴𝑝𝑟𝑜𝑝𝑟𝑖𝑎𝑟) × 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 
𝑱𝒖𝒓𝒐𝒔𝟏𝟐/𝟐𝟎𝟏𝟑 = (𝑅$ 598.073,74 − 98.073,74) × 0,01 = 𝑹$ 𝟓. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 
Assim, em 12/2013 será realizado o seguinte lançamento: 
 D – Rec. Financeira a Apropriar R$ 5.000,00 (Retificadora do ANC) 
C – Receita Financeira R$ 5.000,00 (Resultado) 
Assim, correta a alternativa D. 
Zé Curioso: “Professor, como ficariam os juros subsequentes?” 
Zé, basta calcular! Fiz a tabela abaixo só para vocês entenderem o mecanismo de 
apropriação dos juros paulatinamente. 
Mês Valor Juros Saldo Atualizado 
12/13 R$ 500.000,00 R$ 5.000,00 R$ 505.000,00 
01/14 R$ 505.000,00 R$ 5.050,00 R$ 510.050,00 
02/14 R$ 510.050,00 R$ 5.100,50 R$ 515.150,50 
03/14 R$ 515.150,50 R$ 5.151,51 R$ 520.302,01 
 
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04/14 R$ 520.302,01 R$ 5.203,02 R$ 525.505,03 
05/14 R$ 525.505,03 R$ 5.255,05 R$ 530.760,08 
06/14 R$ 530.760,08 R$ 5.307,60 R$ 536.067,68 
07/14 R$ 536.067,68 R$ 5.360,68 R$ 541.428,35 
08/14 R$ 541.428,35 R$ 5.414,28 R$ 546.842,64 
09/14 R$ 546.842,64 R$ 5.468,43 R$ 552.311,06 
10/14 R$ 552.311,06 R$ 5.523,11 R$ 557.834,17 
11/14 R$ 557.834,17 R$ 5.578,34 R$ 563.412,52 
12/14 R$ 563.412,52 R$ 5.634,13 R$ 569.046,64 
01/15 R$ 569.046,64 R$ 5.690,47 R$ 574.737,11 
02/15 R$ 574.737,11 R$ 5.747,37 R$ 580.484,48 
03/15 R$ 580.484,48 R$ 5.804,84 R$ 586.289,32 
04/15 R$ 586.289,32 R$ 5.862,89 R$ 592.152,22 
05/15 R$ 592.152,22 R$ 5.921,52 R$ 598.073,74 
 
Zé Curioso: “Nossa! Mas preciso decorar isso?” 
Não Zé, mas você perguntou e tive que responder! Fique tranquilo! 
GABARITO: D 
 
QUESTÃO 27 
 
(FCC – Analista Judiciário – TJ-AP – 2014) A Empresa Concentrada S.A. 
adquiriu em 25/04/2012 um lote de mercadorias para revenda pelo valor 
de R$ 500.000,00, efetuando o pagamento à vista. Por condições negociais, 
ficou definido que a compradora (Empresa Concentrada S.A.) ficaria 
responsável pela retirada das mercadorias no depósito do fornecedor e, para 
transportar estas mercadorias até o seu depósito, foram pagos R$ 
10.000,00 de frete. A empresa compradora pagou, também, o valor de R$ 
5.000,00 por um seguro contra roubo das mercadorias durante o transporte 
do depósito do fornecedor até o seu depósito. 
A Empresa Concentrada S.A. vendeu em 25/05/2012 todo lote de 
mercadorias que havia comprado pelo valor de R$ 700.000,00 à vista. 
Suponha que não há incidência de qualquer imposto na compra e na venda 
das mercadorias. 
 
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A Empresa Concentrada S.A. apresentou na Demonstração do Resultado de 
2012, em relação exclusivamente à compra e à venda das mercadorias, os 
seguintes efeitos: 
(A) Resultado Bruto com Vendas = R$ 200.000,00; Despesa com frete = R$ 10.000,00; 
Despesa com Seguro = R$ 5.000,00. 
(B) Resultado Bruto com Vendas = R$ 190.000,00; Despesa com Seguro = R$ 
5.000,00. 
(C) Resultado Bruto com Vendas = R$ 195.000,00; Despesa com Frete = R$ 
10.000,00. 
(D) Resultado Bruto com Vendas = R$ 185.000,00. 
(E) Resultado Bruto com Vendas = R$ 200.000,00; Despesa com vendas = R$ 
15.000,00. 
RESOLUÇÃO 
 O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à 
sua condição e localização atuais. 
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de 
importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os 
custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição 
de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e 
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