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CURSO - NOVA REFORMA TRABALHISTA

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MATERIAL: CURSO DA MP 905/2019 
 
 
Professor Élisson Miessa 
Procurador do Trabalho 
 Professor de Processo do Trabalho do Aprovação PGE (https://aprovacaopge.com.br/) 
Mestrando em Direito pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FDRP-USP) 
Autor e Coordenador de diversos livros para concursos públicos pela Editora JusPodivm 
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Contatos: 
Site: http://www.elissonmiessa.com.br/ 
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Instagram: @ElissonMiessa 
CURSO NOVA REFORMA TRALHISTA: Comentários à MP 905/2019. 
Aspectos processuais e administrativos. 
 
APROVAÇÃO PGE 
 
O material foi retirado e adaptado do livro NOVA REFORMA TRABALHISTA: 
COMENTÁRIOS À MP Nº 905/2019 E À LEI Nº 13.874/2019 (LEI DE LIBERDADE 
ECONÔMICA) (no prelo), que será lançado em breve pela Editora JusPodivm. 
Além disso, preparei um site com conteúdo especial para aquelas e aqueles que estudam e 
trabalham na área trabalhista. O site é alimentado frequentemente com dicas de estudos, materiais 
gratuitos, atualizações legislativas e jurisprudenciais e muito mais. Confira em: 
http://www.elissonmiessa.com.br/. 
 
1. FISCALIZAÇÃO DAS NORMAS DE PROTEÇÃO DO TRABALHO 
 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 05/2019) 
Art. 626. Incumbe às autoridades 
competentes da Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho do Ministério da 
Economia a fiscalização do cumprimento 
das normas de proteção ao trabalho. 
 
Art. 626 - Incumbe às autoridades 
competentes do Ministério do Trabalho, 
Indústria e Comercio, ou àquelas que 
exerçam funções delegadas, a 
fiscalização do fiel cumprimento das 
normas de proteção ao trabalho. 
Parágrafo único. Compete 
exclusivamente aos Auditores Fiscais do 
Trabalho a fiscalização a que se refere 
este artigo, na forma estabelecida nas 
instruções normativas editadas pela 
Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho do Ministério da Economia. 
Parágrafo único - Os fiscais dos 
Institutos de Seguro Social e das 
entidades paraestatais em geral 
dependentes do Ministério do Trabalho, 
Industria e Comercio serão competentes 
para a fiscalização a que se refere o 
presente artigo, na forma das instruções 
que forem expedidas pelo Ministro do 
Trabalho, Industria e Comercio. 
 
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O órgão competente da Administração Pública para a fiscalização do cumprimento das 
normas trabalhistas era o Ministério do Trabalho. Contudo, em 1º de janeiro de 2019, a MP nº 
870/2019 (posteriormente convertida na Lei nº 13.844/2019) transformou o Ministério do 
Trabalho em Ministério da Economia, com a criação de uma Secretaria Especial da Previdência e 
Trabalho, sendo esta a responsável pela maioria das atribuições do Ministério do Trabalho, tais 
como fiscalização do trabalho, saúde e segurança do trabalho, regulação profissional, política 
salarial, dentre outras. 
O parágrafo único do art. 626 da CLT dispõe que “compete exclusivamente aos Auditores 
Fiscais do Trabalho a fiscalização a que se refere este artigo”. 
A análise literal deste dispositivo poderia nos levar à conclusão de que nenhum outro 
órgão pode fiscalizar o cumprimento das normas de proteção do trabalho. Evidentemente que essa 
interpretação não prevalece. 
É que essa norma atinge tão somente as autoridades vinculadas à Secretaria Especial da 
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, como descreve o próprio caput do art. 627 da 
CLT. 
O sistema de proteção dos trabalhadores não se resume a tais autoridades, de modo que 
nada obsta a fiscalização por outros órgãos. 
Do mesmo modo, não atinge o Ministério Público do Trabalho que não se insere na 
estrutura do Poder Executivo, tendo regramento próprio na LC nº 75/93, especialmente nos arts. 8º 
e 84. 
O que a MP fez, portanto, foi adaptar a nomenclatura do dispositivo à atual organização 
administrativa, na qual o Ministério do Trabalho foi convertido em Ministério da Economia, tendo 
sido criada a Secretaria Especial da Previdência e Trabalho. 
 
2. CRITÉRIO DA DUPLA VISITA 
MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 627. A fim de promover a instrução 
dos responsáveis no cumprimento das leis 
de proteção do trabalho, a fiscalização 
observará o critério de dupla visita nas 
seguintes hipóteses: 
Art. 627 - A fim de promover a instrução 
dos responsáveis no cumprimento das leis 
de proteção do trabalho, a fiscalização 
deverá observar o critério de dupla visita 
nos seguintes casos: 
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I - quando ocorrer promulgação ou edição de 
novas leis, regulamentos ou instruções 
normativas, durante o prazo de cento e 
oitenta dias, contado da data de vigência das 
novas disposições normativas; 
 
a) quando ocorrer promulgação ou 
expedição de novas leis, regulamentos ou 
instruções ministeriais, sendo que, com 
relação exclusivamente a esses atos, será 
feita apenas a instrução dos responsáveis; 
II - quando se tratar de primeira inspeção em 
estabelecimentos ou locais de trabalho 
recentemente inaugurados, no prazo de cento 
e oitenta dias, contado da data de seu efetivo 
funcionamento; 
 
b) em se realizando a primeira inspeção 
dos estabelecimentos ou dos locais de 
trabalho, recentemente inaugurados ou 
empreendidos. 
III - quando se tratar de microempresa, 
empresa de pequeno porte e 
estabelecimento ou local de trabalho com 
até vinte trabalhadores; 
 
IV - quando se tratar de infrações a 
preceitos legais ou a regulamentações sobre 
segurança e saúde do trabalhador de 
gradação leve, conforme regulamento 
editado pela Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho do Ministério da 
Economia; e 
 
 
V - quando se tratar de visitas técnicas de 
instrução previamente agendadas com a 
Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho do Ministério da Economia. 
 
 
§ 1º O critério da dupla visita deverá ser 
aferido para cada item expressamente 
notificado por Auditor Fiscal do Trabalho 
em inspeção anterior, presencial ou remota, 
hipótese em que deverá haver, no mínimo, 
noventa dias entre as inspeções para que 
seja possível a emissão de auto de infração. 
 
 
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§ 2º O benefício da dupla visita não será 
aplicado para as infrações de falta de 
registro de empregado em Carteira de 
Trabalho e Previdência Social, atraso no 
pagamento de salário ou de FGTS, 
reincidência, fraude, resistência ou 
embaraço à fiscalização, nem nas hipóteses 
em que restar configurado acidente do 
trabalho fatal, trabalho em condições 
análogas às de escravo ou trabalho infantil. 
 
 
§ 3º No caso de microempresa ou empresa 
de pequeno porte, o critério de dupla visita 
atenderá ao disposto no § 1º do art. 55 da 
Lei Complementar nº 123, de 14 de 
dezembro de 2006. 
 
4º A inobservância ao critério de dupla 
visita implicará nulidade do auto de 
infração lavrado, independentemente da 
natureza principal ou acessória da 
obrigação. 
 
 
O critério de dupla visita consiste na “realização de duas visitas ao estabelecimento do 
empregador: a primeira para inspecionar o local de trabalho e instruir o empregador sobre o que 
este deve fazer para sanar eventuais irregularidades, fazendo as determinações respectivas para sua 
correção; a segunda, para verificar se o empregador seguiu as instruções e, se for o caso, lavrar 
autos de infração para tantas quantas forem as irregularidades não sanadas.”
1
 Trata-se, portanto, da 
realização de uma visita “prévia” para a orientação (“primeira visita”) antes que seja aplicada 
qualquer punição. 
Entre a primeira e a segunda visita deve haver um período mínimo de 90 dias (CLT, art. 
627, § 1º). 
A partir da MP nº 905/2019 houve significativa ampliação das hipóteses de dupla visita 
previstas pelo dispositivo celetista. Assim, haverá dupla visita nos seguintes casos: 
 
1
 HENTSCHKE, Marcelo Bergmann. In: SOUZA, Rodrigo Trindade (org.). CLT comentada pelos juízes do 
trabalho da 4ª região. 2. ed. São Paulo: LTr, 2017. p. 379. 
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I - quando ocorrer promulgação ou edição de novas leis, regulamentos ou instruções normativas, 
durante o prazo de cento e oitenta dias, contado da data de vigência das novas disposições 
normativas; 
II - quando se tratar de primeira inspeção em estabelecimentos ou locais de trabalho recentemente 
inaugurados, no prazo de cento e oitenta dias, contado da data de seu efetivo funcionamento; 
III - quando se tratar de microempresa, empresa de pequeno porte e estabelecimento ou local de 
trabalho com até vinte trabalhadores; 
IV - quando se tratar de infrações a preceitos legais ou a regulamentações sobre segurança e saúde 
do trabalhador de gradação leve, conforme regulamento editado pela Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia; e 
V - quando se tratar de visitas técnicas de instrução previamente agendadas com a Secretaria 
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. 
A partir da MP nº 905/2019, o § 2º do art. 627 da CLT passa a prever que não será 
aplicado o benefício da dupla visita quando for constatada infração por: 
- falta de registro de empregado em CTPS; 
- atraso no pagamento de salário ou de FGTS; 
- reincidência; 
- fraude, resistência ou embaraço à fiscalização; 
- acidente do trabalho fatal; 
- trabalho em condições análogas às de escravo ou 
- trabalho infantil. 
Não sendo observado o critério da dupla visita, haverá a nulidade do auto de infração 
lavrado, independentemente da natureza principal ou acessória da obrigação. 
 
3. APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS À INSPEÇÃO 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP 
nº 905/2019) 
Art. 630. Nenhum Auditor Fiscal do 
Trabalho poderá exercer as atribuições do 
seu cargo sem exibir a carteira de 
identidade fiscal, fornecida pela 
autoridade competente. 
(...) 
Art. 630. Nenhum agente da 
inspeção poderá exercer as 
atribuições do seu cargo sem exibir 
a carteira de identidade fiscal, 
devidamente autenticada, fornecida 
pela autoridade competente. 
§ 3º Os Auditores Fiscais do Trabalho 
terão livre acesso a todas dependências 
dos estabelecimentos sujeitos à legislação 
§ 3º - O agente da inspeção terá 
livre acesso a todas dependências 
dos estabelecimentos sujeitos ao 
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trabalhista, hipótese em que as empresas, 
por meio de seus dirigentes ou prepostos, 
ficarão obrigadas a prestar-lhes os 
esclarecimentos necessários ao 
desempenho de suas atribuições legais e a 
exibirem, quando exigidos, quaisquer 
documentos que digam respeito ao fiel 
cumprimento das normas de proteção ao 
trabalho. 
regime da legislação, sendo as 
empresas, por seus dirigentes ou 
prepostos, obrigados a prestar-lhes 
os esclarecimentos necessários ao 
desempenho de suas atribuições 
legais e a exibir-lhes, quando 
exigidos, quaisquer documentos 
que digam respeito ao fiel 
cumprimento das normas de 
proteção ao trabalho. 
 
 
§ 4º Os documentos sujeitos à inspeção 
poderão ser apresentados nos locais de 
trabalho ou, alternativamente, em meio 
eletrônico ou, ainda, em meio físico, em 
dia e hora previamente estabelecidos pelo 
Auditor Fiscal do Trabalho. 
§ 4º - Os documentos sujeitos à 
inspeção deverão permanecer, sob 
as penas da lei nos locais de 
trabalho, somente se admitindo, 
por exceção, a critério da 
autoridade competente, sejam os 
mesmos apresentados em dia hora 
previamente fixados pelo agente da 
inspeção. 
§ 4º-A. As ações de inspeção, exceto se 
houver disposição legal em contrário, que 
necessitem de atestados, certidões ou 
outros documentos comprobatórios do 
cumprimento de obrigações trabalhistas 
que constem em base de dados oficial da 
administração pública federal deverão 
obtê-los diretamente nas bases geridas 
pela entidade responsável e não poderão 
exigi-los do empregador ou do 
empregado. 
 
§ 8º As autoridades policiais, quando 
solicitadas, deverão prestar aos Auditores 
Fiscais do Trabalho a assistência de que 
necessitarem para o fiel cumprimento de 
suas atribuições legais. 
§ 8º - As autoridades policiais, 
quando solicitadas, deverão prestar 
aos agentes da inspeção a 
assistência de que necessitarempara o fiel cumprimento de suas 
atribuições legais. 
 
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O art. 630, § 4º, da CLT previa que os documentos sujeitos à inspeção deveriam 
permanecer nos locais de trabalho. Com a alteração promovida pela MP nº 905/2019, o dispositivo 
deixa de exigir que os documentos permaneçam na própria empresa, podendo, por exemplo, 
permanecer no escritório de contabilidade. 
No entanto, o dispositivo não afastar o dever de apresentar a documentação ao Auditor 
Fiscal do Trabalho no próprio local de trabalho. 
É que o novel dispositivo cria a alternatividade de que os documentos sejam apresentados 
no local de trabalho ou em meio eletrônico ou ainda em meio físico, em dia e hora previamente 
estabelecidos pelo Auditor. Quem definirá, porém, se os documentos serão apresentados no local 
do trabalho ou em dia e hora previamente agendada é o Auditor Fiscal, vez que a alternatividade 
foi concedida ao agente de fiscal e não ao empregador. 
A MP nº 905/2019 acrescentou o § 4º-A ao art. 630, prevendo que, nos casos em que a 
comprovação do cumprimento de obrigações trabalhistas exigir atestados, certidões ou outros 
documentos que constem em base de dados oficial da administração pública federal, os auditores 
deverão obtê-los diretamente nas bases geridas pela entidade responsável e não poderão exigi-los 
dos empregadores ou empregados. Nesses casos, portanto, a não apresentação, caso solicitado pelo 
Auditor, não será considerada resistência ou embaraço à fiscalização. 
 
4. PROCEDIMENTO ESPECIAL PARA AÇÃO FISCAL 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da 
MP nº 905/2019) 
Art. 627-A. Poderá ser instaurado 
procedimento especial para a ação fiscal, com 
o objetivo de fornecer orientações sobre o 
cumprimento das leis de proteção ao trabalho 
e sobre a prevenção e o saneamento de 
infrações à legislação por meio de termo de 
compromisso, com eficácia de título executivo 
extrajudicial, na forma a ser disciplinada pelo 
Ministério da Economia. 
Art. 627-A. Poderá ser 
instaurado procedimento 
especial para a ação fiscal, 
objetivando a orientação 
sobre o cumprimento das 
leis de proteção ao trabalho, 
bem como a prevenção e o 
saneamento de infrações à 
legislação mediante Termo 
de Compromisso, na forma 
a ser disciplinada no 
Regulamento da Inspeção 
do Trabalho. 
§ 1º Os termos de ajustamento de conduta e 
os termos de compromisso em matéria 
trabalhista terão prazo máximo de dois anos, 
 
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renovável por igual período desde que 
fundamentado por relatório técnico, e deverão 
ter suas penalidades atreladas aos valores das 
infrações contidas nesta Consolidação e em 
legislação esparsa trabalhista, hipótese em que 
caberá, em caso de descumprimento, a 
elevação das penalidades que forem 
infringidas três vezes. 
§ 2º A empresa, em nenhuma hipótese, poderá 
ser obrigada a firmar dois acordos 
extrajudiciais, seja termo de compromisso, 
seja termo de ajustamento de conduta, seja 
outro instrumento equivalente, com base na 
mesma infração à legislação trabalhista. 
 
 
O art. 627-A da CLT, inserido pela MP nº 905/2019, prevê um procedimento especial de 
fiscalização para que haja a orientação dos empregadores acerca da prevenção e saneamento de 
infrações à legislação trabalhista, bem como para o cumprimento das normas de proteção ao 
trabalho, em especial aquelas que garantem as condições mínimas de trabalho
2
. 
Trata-se de procedimento facultativo e preventivo. 
Esse procedimento gera a formalização de um termo de compromisso, consistente em 
documento administrativo firmado no âmbito do ministério da Economia com a finalidade de 
limitar a autuação da fiscalização do trabalho durante a vigência do termo. Com o advento da MP 
nº 905/2019, esse documento passa a ter eficácia de título executivo extrajudicial. 
O art. 627-A, § 1º, da CLT passa a prever que o termo de compromisso firmado pelo 
Ministério da Economia terá prazo máximo de 2 anos, renovável por igual período, desde que 
fundamentado por relatório técnico. 
Os parágrafos do art. 627-A da CLT, além de tratarem do termo de compromisso, buscam 
abordar o termo de ajustamento de conduta firmado especialmente pelo MPT. 
O art. 627-A, § 1º, da CLT impõe que o termo de ajustamento de conduta tenha prazo 
máximo de 2 (dois) anos, renovável por igual período desde que fundamentado por relatório 
técnico. Além disso, estabelece que o termo de ajustamento de conduta deverá ter suas 
penalidades atreladas aos valores das infrações contidas na CLT e em legislação esparsa 
trabalhista, sendo possível sua elevação quando forem infringidas 3 (três) vezes. 
 
2
 CORREIA, Henrique. Direito do trabalho. Coleção Concursos Públicos. 5. ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 
1594. 
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5. AÇÕES DE INSPEÇÃO DO TRABALHO 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da 
MP nº 905/2019) 
Art. 627-B. O planejamento das ações de 
inspeção do trabalho deverá contemplar a 
elaboração de projetos especiais de 
fiscalização setorial para a prevenção de 
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais 
e irregularidades trabalhistas a partir da 
análise dos dados de acidentalidade e 
adoecimento ocupacionais e do mercado de 
trabalho, conforme estabelecido em ato da 
Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho do Ministério da Economia. 
⊗ Dispositivo sem 
correspondência na antiga 
redação. 
§ 1º Caso detectados irregularidades 
reiteradas ou elevados níveis de 
acidentalidade ou adoecimentos 
ocupacionais em determinado setor 
econômico ou região geográfica, o 
planejamento da inspeção do trabalho deverá 
incluir ações coletivas de prevenção e 
saneamento das irregularidades, com a 
possibilidade de participação de outros 
órgãos públicos e entidades representativas 
de empregadorese de trabalhadores. 
 
§ 2º Não caberá lavratura de auto de infração 
no âmbito das ações coletivas de prevenção 
previstas neste artigo. 
 
 
O art. 627-B da CLT, acrescentado pela MP nº 905/2019, estabelece que o planejamento 
das ações de inspeção do trabalho deverá contemplar a elaboração de projetos especiais de 
fiscalização setorial para a prevenção de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e 
irregularidades trabalhistas. 
Os projetos especiais de fiscalização setorial são realizados a partir da análise dos dados de 
acidentalidade e adoecimento ocupacionais e do mercado de trabalho, conforme estabelecido em 
ato da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. 
O art. 627-B, § 1º, da CLT (acrescentado pela MP nº 905/2019) prevê que, se detectadas 
irregularidades reiteradas ou elevados níveis de acidentalidade ou adoecimentos ocupacionais em 
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determinado setor econômico ou região geográfica, o planejamento da inspeção do trabalho deverá 
incluir ações coletivas de prevenção e saneamento das irregularidades com a possiblidade de 
participação de outros órgãos públicos e entidades representativas de empregadores e de 
trabalhadores. 
Esse dispositivo pretende uniformizar a forma de tratamento em determinado setor, 
afastando-se investigações individuais para concentrar suas ações no âmbito coletivo, atingindo ao 
mesmo tempo diversas empresas. 
 
6. DOMICÍLIO ELETRÔNICO TRABALHISTA 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 628-A. Fica instituído o 
Domicílio Eletrônico Trabalhista, 
regulamentado pela Secretaria 
Especial de Previdência e Trabalho do 
Ministério da Economia, destinado a: 
⊗ Dispositivo sem correspondência 
na antiga 
 
I - cientificar o empregador de 
quaisquer atos administrativos, ações 
fiscais, intimações e avisos em geral; 
e 
 
II - receber, por parte do empregador, 
documentação eletrônica exigida no 
curso das ações fiscais ou 
apresentação de defesa e recurso no 
âmbito de processos administrativos. 
 
§ 1º As comunicações eletrônicas 
realizadas pelo Domicílio Eletrônico 
Trabalhista dispensam a sua 
publicação no Diário Oficial da União 
e o envio por via postal e são 
consideradas pessoais para todos os 
efeitos legais. 
 
§ 2º A ciência por meio do sistema de 
comunicação eletrônica, com 
utilização de certificação digital ou de 
código de acesso, possuirá os 
requisitos de validade. 
 
§ 3º A utilização do sistema de 
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Professor Élisson Miessa 
Procurador do Trabalho 
 Professor de Processo do Trabalho do Aprovação PGE (https://aprovacaopge.com.br/) 
Mestrando em Direito pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FDRP-USP) 
Autor e Coordenador de diversos livros para concursos públicos pela Editora JusPodivm 
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comunicação eletrônica previsto 
no caput é obrigatória para todos os 
empregadores, conforme estabelecido 
em ato da Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho do Ministério 
da Economia, garantidos prazos 
diferenciados para as microempresas e 
as empresas de pequeno porte. 
§ 4º O empregador deverá consultar o 
sistema de comunicação eletrônica no 
prazo de até dez dias, contado da data 
de notificação por correio eletrônico 
cadastrado. 
 
§ 5º Encerrado o prazo a que se refere 
o § 4º, considera-se automaticamente 
que a comunicação eletrônica foi 
realizada. 
 
§ 6º A comunicação eletrônica a que 
se refere o caput, em relação ao 
empregador doméstico, ocorrerá por 
meio da utilização de sistema 
eletrônico na forma prevista pelo art. 
32 da Lei Complementar nº 150, de 1º 
de junho de 2015. 
 
§ 7º A comunicação eletrônica a que 
se refere o caput não afasta a 
possibilidade de utilização de outros 
meios legais de comunicação com o 
empregador a serem utilizados a 
critério da autoridade competente. 
 
 
Diante das inovações tecnológicas e com o objetivo de facilitar a comunicação 
especialmente entre a administração pública e os particulares, a MP nº 905/2019 estabelece o 
domicílio eletrônico trabalhista, conforme as disposições do art. 628-A. 
De acordo com o art. 628-A, caput, da CLT, o domicílio eletrônico trabalhista será 
regulamentado pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e 
tem como finalidades: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp150.htm#art32
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp150.htm#art32
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1) Cientificar o empregador de quaisquer atos administrativos, ações fiscais, intimações e avisos em 
geral; 
2) Receber, por parte do empregador, documentação eletrônica exigida no curso das ações fiscais ou 
apresentação de defesa e recurso no âmbito de processos administrativos. 
Trata-se, portanto, de sistema eletrônico que visa à facilitação da comunicação no âmbito 
administrativo com o empregador, seja para o recebimento de informações, seja para o envio de 
documentação. 
As comunicações eletrônicas dispensam a publicação no Diário Oficial e o envio por via 
postal, sendo considerada pessoal para todos os efeitos legais (CLT, art. 628-A, § 1º). 
O § 3º do dispositivo prevê a obrigatoriedade da utilização do sistema de comunicação 
eletrônica pelos empregadores, não dando margem para que estes possam optar em receber as 
notificações por outros meios. De qualquer modo, garantiu prazos diferenciados para a adesão 
pelas microempresas e empresas de pequeno porte. 
Quanto ao empregador doméstico, a comunicação eletrônica se dará no âmbito do Simples 
Doméstico, por força do § 4º do art. 628-A da CLT. 
É importante destacar que a comunicação por meio do sistema eletrônico não afasta a 
possibilidade de utilização de outros meios legais de comunicação com o empregador, a serem 
utilizados a critério da autoridade competente (CLT, art. 628-A, § 7º). 
 
7. PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA APLICAÇÃO DE MULTA 
 
7.1. Auto de infração 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 629. O auto de infração será 
lavrado no curso da ação fiscal, sendo 
uma viaentregue ao infrator, 
preferencialmente, em meio 
eletrônico, pessoalmente, mediante 
recibo, ou, excepcionalmente, por via 
postal. 
Art. 629 - O auto de infração será 
lavrado em duplicata, nos têrmos dos 
modelos e instruções expedidos, sendo 
uma via entregue ao infrator, contra 
recibo, ou ao mesmo enviada, dentro 
de 10 (dez) dias da lavratura, sob pena 
de responsabilidade, em registro 
postal, com franquia e recibo de volta. 
§ 1º O auto de infração não terá o seu 
valor probante condicionado à 
assinatura do infrator ou de 
testemunhas. 
§ 1º O auto não terá o seu valor 
probante condicionado à assinatura do 
infrator ou de testemunhas, e será 
lavrado no local da inspeção, salvo 
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havendo motivo justificado que será 
declarado no próprio auto, quando 
então deverá ser lavrado no prazo de 
24 (vinte e quatro) horas, sob pena de 
responsabilidade. 
§ 2º Lavrado o auto de infração, não 
poderá ele ser inutilizado, nem 
sustado o curso do respectivo 
processo, devendo o Auditor Fiscal do 
Trabalho apresentá-lo à autoridade 
competente, mesmo se incidir em 
erro. 
§ 2º Lavrado o auto de infração, não 
poderá êle ser inutilizado, nem sustado 
o curso do respectivo processo, 
devendo o agente da inspeção 
apresentá-lo à autoridade competente, 
mesmo se incidir em êrro. 
§ 3º O prazo para apresentação de 
defesa será de trinta dias, inclusive 
para a União, os Estados, o Distrito 
Federal, os Municípios e as suas 
autarquias e fundações de direito 
público, contado da data de 
recebimento do auto de infração. 
§ 3º O infrator terá, para apresentar 
defesa, o prazo de 10 (dez) dias 
contados do recebimento do auto. 
§ 4º O auto de infração será registrado 
em meio eletrônico pelo órgão 
fiscalizador, de modo a assegurar o 
controle de seu processamento. 
§ 4º O auto de infração será registrado 
com a indicação sumária de seus 
elementos característicos, em livro 
próprio que deverá existir em cada 
órgão fiscalizador, de modo a 
assegurar o contrôle do seu 
processamento. 
 
O art. 629 da CLT elenca os requisitos do auto de infração lavrado a partir da fiscalização 
realizada por auditores-fiscais do trabalho. Nele deve constar o número do auto de infração, os 
dados do autuado, a ementa (texto da norma violada), o histórico da infração encontrada, a 
indicação dos dispositivos legais violados, os elementos de convicção do auditor, a data da 
lavratura e a assinatura do auditor fiscal do trabalho. De qualquer maneira, o art. 15 da Portaria nº 
854/2015 prevê a aplicação do princípio da instrumentalidade das formas
3
, de modo que “a 
omissão ou incorreção no auto de infração não acarretará sua nulidade, quando do processo 
constarem elementos suficientes para a caracterização da falta”. 
 
3
 MOURA, Marcelo. Consolidação das Leis do Trabalho para concursos. 8. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 784. 
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Como o auditor fiscal do trabalho possui fé pública, os autos de infração têm presunção de 
veracidade, razão pela qual não há necessidade de assinatura do infrator ou de testemunhas (CLT, 
art. 629, § 1º). 
O prazo de apresentação de defesa foi ampliado para 30 dias, inclusive para a União, os 
Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito 
público, contados do recebimento do auto. 
 
7.2. Defesa no processo administrativo 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 632. O autuado poderá 
apresentar documentos e requerer a 
produção das provas que lhe 
parecerem necessárias à elucidação do 
processo, nos prazos destinados à 
defesa e ao recurso e caberá à 
autoridade competente julgar a 
pertinência e a necessidade de tais 
provas. 
Art. 632 - Poderá o autuado requerer a 
audiência de testemunhas e as 
diligências que lhe parecerem 
necessárias à elucidação do processo, 
cabendo, porém, à autoridade, julgar 
da necessidade de tais provas. 
Parágrafo único. Fica dispensado o 
reconhecimento de firma e a 
autenticação de cópia dos documentos 
expedidos no País e destinados a 
compor prova junto a órgãos e 
entidades do Poder Executivo federal, 
exceto se existir dúvida fundamentada 
quanto à sua autenticidade. 
 
 
O art. 632 da CLT tem como finalidade assegurar o contraditório e a ampla defesa (CF/88, art. 
5º, LV) nos processos administrativos decorrentes da fiscalização das normas trabalhistas, 
permitindo que o autuado possa apresentar documentos e requerer a produção das provas 
necessárias à elucidação do processo. 
A contar do recebimento do auto, abre-se o prazo para a apresentação de defesa, que, a partir 
da MP nº 905/2019, foi ampliado de 10 para 30 dias, inclusive para a União, os Estados, o Distrito 
Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (CLT, art. 629, 
§ 1º). 
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A defesa será apresentada no endereço indicado no auto de infração (Portaria do MTE nº 
854/2015, art. 28), podendo inclusive ser enviada via postal para o endereço indicado no auto de 
infração, sendo considerada a data de postagem como a de sua apresentação. 
Nos termos do art. 28, § 2º, da Portaria nº 854/2015 do MTE, cada auto de infração 
ensejará a apresentação de uma defesa. 
A defesa mencionará a autoridade a quem é dirigida (atualmente, chefe da fiscalização)
4
; a 
qualificação do interessado; os motivos de fato e de direito em que se fundamentar; as diligências 
que o interessado pretende que sejam efetuadas. 
 
7.3. Imposição de multas 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 634. A imposição de aplicação 
de multas compete à autoridade 
regional em matéria de inspeção do 
trabalho, na forma prevista neste 
Título e conforme estabelecido em atoda Secretaria Especial de Previdência 
e Trabalho do Ministério da 
Economia. 
Art. 634 - Na falta de disposição 
especial, a imposição das multas 
incumbe às autoridades regionais 
competentes em matéria de trabalho, 
na forma estabelecida por este Título. 
§ 1º A análise de defesa 
administrativa observará o requisito 
de desterritorialização sempre que os 
meios técnicos permitirem, hipótese 
em que será vedada a análise de 
defesa cujo auto de infração tenha 
sido lavrado naquela mesma unidade 
federativa. 
 
Parágrafo único - A aplicação da multa 
não eximirá o infrator da 
responsabilidade em que incorrer por 
infração das leis penais. 
 
§ 2º Será adotado sistema de 
 
4
 Portaria do MTE nº 854/2015. 
Art. 19. O julgamento do processo compete: I - em primeira instância, aos Superintendentes Regionais do Trabalho 
e Emprego; (...). 
Art. 20. O Superintendente Regional do Trabalho e Emprego poderá delegar matéria e poderes referentes a este 
normativo aos seguintes agentes administrativos: I - Chefe da Unidade de Multas e Recursos; II - Gerentes 
Regionais de Trabalho e Emprego; III - Chefias de Fiscalização ou da Inspeção do Trabalho; IV - demais servidores 
das Unidades de Multas e Recursos; V - parte de sua competência a outros titulares, desde que servidores efetivos do 
órgão, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou 
territorial. (...) 
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distribuição aleatória de processos 
para análise, decisão e imposição de 
multas, a ser instituído na forma 
prevista no ato Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho do Ministério 
da Economia a que se refere o caput. 
 
O art. 634 da CLT trata do agente competente para a imposição das multas, cabendo à 
autoridade regional em matéria de inspeção do trabalho, a ser estabelecida por ato da Secretaria 
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Atualmente, a autoridade 
competente é o chefe de fiscalização por delegação do Superintendente Regional do Trabalho e 
Emprego
5
. 
O Auditor Fiscal do Trabalho tem atribuição para lavrar o auto de infração. Em seguida, 
desencadeia o processo administrativo. Decidido o processo administrativo e mantido o auto de 
infração, caberá à autoridade regional em matéria de inspeção impor a multa, podendo o autuado: 
a) apresentar recurso, nos termos do art. 635 e 636, da CLT; 
b) realizar o pagamento da multa no prazo 30 dias, valendo-se dos benefícios dos §§ 4º e 5º, do art. 
636 da CLT; 
c) manter-se inerte, provocando a cobrança judicial, conforme disposto nos arts. 641 e 642 da CLT. 
Instaurado o processo administrativo e apresentada a defesa, cumpre definir qual o agente 
ou órgão competente para sua análise. 
Nesse contexto, a MP nº 905/2019 acrescentou o § 1º ao art. 634 da CLT, determinando 
que, na definição do órgão competente deverá ser observado o “requisito” da desterritorialização, 
sempre que os meios técnicos permitirem. 
Desterritorializar significa que a análise da defesa deverá ser feita por agente vinculado a 
unidade federativa diversa da que lavrou o auto de infração. Busca-se, portanto, evitar que a 
mesma unidade federativa que tiver lavrado o auto de infração analise a defesa, dando maior 
imparcialidade na verificação do auto. 
 
5
 Portaria do MTE nº 854/2015. 
Art. 19. O julgamento do processo compete: I - em primeira instância, aos Superintendentes Regionais do Trabalho 
e Emprego; (...). 
Art. 20. O Superintendente Regional do Trabalho e Emprego poderá delegar matéria e poderes referentes a este 
normativo aos seguintes agentes administrativos: I - Chefe da Unidade de Multas e Recursos; II - Gerentes 
Regionais de Trabalho e Emprego; III - Chefias de Fiscalização ou da Inspeção do Trabalho; IV - demais servidores 
das Unidades de Multas e Recursos; V - parte de sua competência a outros titulares, desde que servidores efetivos do 
órgão, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou 
territorial. (...) 
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Analisado os autos, o setor de análise expede um parecer opinando pela procedência total 
ou parcial do auto de infração ou ainda por sua improcedência. Em seguida é encaminhado à 
autoridade regional competente para decidir. Após, e se mantido o auto, será imposta a multa. 
O § 2º do art. 634 da CLT, acrescentado pela MP nº 905/2019, determina que haverá 
distribuição aleatória dos processos para análise, decisão e imposição de multas. Essa distribuição 
depende de regulamentação a ser instituída por ato da Secretaria Especial de Previdência e 
Trabalho do Ministério da Economia. 
 
7.4. Recurso Administrativo 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP 
nº 905/2019) 
Art. 635. Caberá recurso, em 
segunda instância administrativa, 
de toda decisão que impuser a 
aplicação de multa por infração 
das leis e das disposições 
reguladoras do trabalho, para a 
unidade competente para o 
julgamento de recursos da 
Secretaria de Trabalho da 
Secretaria Especial de Previdência 
e Trabalho do Ministério da 
Economia. 
Art. 635 - De tôda decisão que 
impuser multa por infração das leis 
e disposições reguladoras do 
trabalho, e não havendo forma 
especial de processo caberá recurso 
para o Diretor-Geral Departamento 
ou Serviço do Ministério do 
Trabalho e Previdência Social, que 
fôr competente na matéria. 
§ 1º As decisões serão sempre 
fundamentadas e atenderão aos 
princípios da impessoalidade, da 
ampla defesa e do contraditório. 
Parágrafo único. As decisões serão 
sempre fundamentadas. 
§ 2º A decisão de recursos em 
segunda e última instância 
administrativa poderá valer-se de 
conselho recursal paritário, 
tripartite, integrante da estrutura da 
Secretaria de Trabalho da 
Secretaria Especial de Previdência 
e Trabalho do Ministério da 
 
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Economia, composto por 
representantes dos trabalhadores, 
dos empregadores e dos Auditores 
Fiscais do Trabalho, designados 
pelo Secretário Especial de 
Previdência e Trabalho do 
Ministério da Economia, na forma 
e nos prazos estabelecidos em 
regulamento. 
 
O art. 635 da CLT versa sobre o recurso das decisões administrativas que imponham 
multas por infração das leis trabalhistas. 
Nesse aspecto, é importante destacar o procedimento da fiscalização. 
Realizada a inspeção e verificado desrespeito às normas trabalhistas, o auditor-fiscal do 
trabalho procederá à lavratura do auto de infração, dando origem a um processo administrativo. 
Recebido o auto, o art. 629, § 3º, da CLT faculta ao infrator apresentar defesa no prazo máximo de 
30 dias. Apresentada ou não a defesa, o auto de infração será analisado, propondo-se a 
procedência (total ou parcial) ou improcedência do auto. Em seguida, a autoridade regional em 
matéria de inspeção do trabalho poderá acolher ou não a proposição. Sendo improcedente o auto 
de infração, haverá recurso de ofício, nos termos do art. 637 da CLT. Por outro lado, sendo 
mantido o auto de infração, caberá à autoridade regional impor a multa. 
Após a aplicação da multa, o infrator poderá ingressar com recurso administrativo no prazo 
máximo de 30 dias, contados do recebimento da notificação, inclusive para a União, os Estados, o 
Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (CLT, 
art. 636). 
De acordo com o art. 635 da CLT, a análise do recurso caberá à unidade competente para o 
julgamento de recursos da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da 
Economia, em Brasília. Atualmente é a Coordenadoria Geral de Recursos. 
O art. 636 da CLT prevê o procedimento para o recurso administrativo tratado no 
dispositivo anterior, qual seja, o recurso que busca impugnar a decisão de imposição de multa. 
A redação atual do dispositivo ampliou o prazo de interposição de 10 dias para 30 dias, 
contados do recebimento da notificação, inclusive para a União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público. Não haverá, portanto, a 
aplicação de prazos diferenciados para os entes da Administração Pública. 
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Por ora, conta-se em dias corridos o prazo de 30 dias, por força do art. 66, § 2º, da Lei 
9.784/99. Na contagem exclui-se o dia do começo, incluindo-se o do vencimento, sendo certo que 
será prorrogado até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver 
expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
Cabe consignar que a MP nº 905/2019 caminhou no mesmo sentido da jurisprudência e 
retirou a previsão de depósito da multa para a interposição de recurso administrativo, tendo em 
vista que a exigência de depósito prévio a um só tempo violava os princípios democrático, da 
isonomia, do contraditório, além do próprio direito de petição. Portanto, atualmente, não há 
necessidade de depósito prévio para a interposição do recurso administrativo.
6-7 
Pagando-se a multa no prazo de 30 dias, o infrator renuncia ao direito de recorrer, de modo 
que será beneficiado com a redução de 30% do valor da multa (CLT, art. 636, § 4º). 
Em se tratando de microempresa, empresa de pequeno porte e estabelecimentos com até 20 
trabalhadores, se houver renúncia do recurso e recolhimento da multa no prazo de 30 dias, 
contados do recebimento da notificação, haverá redução de 50% do valor da multa (CLT, art. 636, 
§ 5º). 
A guia para recolhimento da multa será expedida e conferida eletronicamente para fins de 
concessão do desconto, verificação do valor pago e arquivamento do processo (CLT, art. 636, § 
6º). 
 
7.4.1. Fluxograma do processo administrativo para aplicação da multa 
 
 
6
 O objeto da Súmula nº 424 do TST integra o da Súmula vinculante nº 21 do STF. Com efeito, sendo exigido do 
administrado (empregador) o depósito prévio da multa anteriormente prevista no art. 636, § 1º, da CLT, para 
interposição de recurso administrativo, ele poderá se utilizar da reclamação perante o STF (art. 103-A, § 3º, da 
CF/88), caso queira se valer da súmula vinculante, que se estende inclusive para a Administração Pública ou 
simplesmente usar a súmula do TST, dentro da Justiça do Trabalho, utilizando-se, em regra, do mandado de 
segurança. 
7
 MIESSA, Élisson. In: MIESSA, Élisson; CORREIA, Henrique. Súmulas e OJs do TST comentadas e organizadas 
por assunto. 8. ed. Salvador: JusPodivm, 2018. p. 1272. 
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7.5. Conselho Recursal Paritário 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 637-A. Instituído o conselho na 
forma prevista no § 2º do art. 635, 
caberá pedido de uniformização de 
jurisprudência no prazo de quinze 
dias, contado da data de ciência do 
acórdão ao interessado, de decisão 
que der à lei interpretação divergente 
daquela que lhe tenha dado outra 
câmara, turma ou órgão similar. 
⊗ Dispositivo sem correspondência na 
antiga redação. 
 
A MP nº 905/2019 inovou ao dispor sobre a possibilidade de criação de conselho recursal 
paritário tripartite para a análise dos recursos em segunda e última instância administrativa. 
De acordo com o art. 635, § 2º, da CLT, o conselho recursal integra a estrutura da 
Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia e é composto pelos seguintes representantes: 
a) Trabalhadores; 
b) Empregadores e 
c) Auditores-fiscais do trabalho. 
Os representantes serão designados pelo Secretário Especial de Previdência e Trabalho, na 
forma e nos prazos estabelecidosem regulamento. 
O Conselho paritário poderá ser dividido em câmaras, turmas ou órgãos fracionários. 
Assim, pode ocorrer que um mesmo dispositivo, embasado nos mesmos fatos ou fatos 
semelhantes, seja interpretado de uma forma por uma turma (câmara ou órgão fracionário) e de 
outro modo por outra turma (câmara ou órgão fracionário), dando origem à divergência 
jurisprudencial. 
Nessa hipótese, o artigo prevê que será possível o pedido de uniformização de 
jurisprudência da decisão que der à lei interpretação divergente de outra câmara, turma ou órgão 
similar, com o objetivo de unificar a interpretação no âmbito administrativo. O prazo do pedido de 
uniformização será de 15 dias contados da data de ciência do acórdão ao interessado. 
 
7.6. Definitividade das decisões 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 638. São definitivas as decisões Art. 638 - Ao Ministro do Trabalho, 
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de: 
 
I - primeira instância, esgotado o 
prazo para recurso voluntário sem que 
este tenha sido interposto; e 
 
II - segunda instância, ressalvada a 
hipótese prevista no art. 637-A. 
Industria e Comercio é facultado 
avocar ao seu exame e decisão, dentro 
de 90 (noventa) dias do despacho final 
do assunto, ou no curso do processo, as 
questões referentes à fiscalização dos 
preceitos estabelecidos nesta 
Consolidação. 
 
A redação dada pela MP nº 905/2019 ao art. 638 da CLT exclui a possibilidade de avocação 
das questões relacionadas à fiscalização das normas de proteção ao trabalho pelo Ministro da 
Economia. 
Passa a prever que as decisões são definitivas, em primeira instância, após esgotado o prazo 
para recurso voluntário sem que ele tenha sido interposto. 
Em segunda instância são definitivas as decisões, com exceção das que forem decididas pelo 
conselho recursal paritário e houver o pedido de uniformização de jurisprudência (CLT, art. 635, 
§§ 2º e 4º). 
 
7.7. Inscrição em dívida ativa da União 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 641. Na hipótese de o infrator não 
comparecer ou não depositar a 
importância da multa ou da penalidade, 
o processo será encaminhado para o 
órgão responsável pela inscrição em 
dívida ativa da União e cobrança 
executiva. 
Art. 641 - Não comparecendo o 
infrator, ou não depositando a 
importância da multa ou penalidade, 
far-se-á a competente inscrição em 
livro especial, existente nas repartições 
das quais se tiver originado a multa ou 
penalidade, ou de onde tenha provindo 
a reclamação que a determinou, sendo 
extraída cópia autentica dessa 
inscrição e enviada às autoridades 
competentes para a respectiva 
cobrança judicial, valendo tal 
instrumento como título de dívida 
líquida e certa. 
Art. 642. A cobrança judicial das 
multas impostas pelas autoridades 
Art. 642 - A cobrança judicial das 
multas impostas pelas autoridades 
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regionais em matéria de inspeção do 
trabalho obedecerá ao disposto na 
legislação aplicável à cobrança da 
dívida ativa da União. 
administrativas do trabalho obedecerá 
ao disposto na legislação aplicável à 
cobrança da dívida ativa da União, 
sendo promovida, no Distrito Federal e 
nas capitais dos Estados em que 
funcionarem Tribunais Regionais do 
Trabalho, pela Procuradoria da Justiça 
do Trabalho, e nas demais localidades, 
pelo Ministério Público Estadual e do 
Território do Acre, nos termos do 
Decreto-Lei nº 960, de 17 de dezembro 
de 1938. 
 
Após todo o processo administrativo de aplicação e impugnação das multas relacionadas à 
fiscalização do trabalho, aplica-se multa ao infrator e, não havendo pagamento espontâneo, 
haverá inscrição do débito na dívida ativa da União. Desse modo, o processo será encaminhado 
ao órgão responsável pela inscrição em dívida ativa da União e cobrança executiva, atualmente a 
Procuradoria da Fazenda Nacional. 
A Certidão de Dívida Ativa constitui-se como um título executivo extrajudicial, a ser 
executado, nesse caso, perante a Justiça do Trabalho, por força do art. 114, VII, da CF/88. Essa 
execução é denominada de execução fiscal. 
Na execução fiscal, aplica-se o procedimento previsto na Lei nº 6.830/80 e, supletivamente, as 
regras estabelecidas na CLT e no CPC/2015. 
 
8. PROGRAMA DE HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO FÍSICA E 
PROFISSIONAL, PREVENÇÃO E REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO 
CAPÍTULO II 
DO PROGRAMA DE HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO FÍSICA E PROFISSIONAL, 
PREVENÇÃO E REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO 
Art. 19. Fica instituído o Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e 
Redução de Acidentes de Trabalho. 
Parágrafo único. O Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de 
Acidentes de Trabalho tem por finalidade financiar o serviço de habilitação e reabilitação profissional 
prestado pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e programas e projetos de prevenção e redução de 
acidentes de trabalho. 
Ações do Programa 
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Art. 20. O Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de 
Acidentes de Trabalho englobará as seguintes ações: 
I - serviços de habilitação e reabilitação física e profissional prestados pelo INSS; 
II - aquisição de recursos materiais e serviços destinados ao cumprimento de programa de reabilitação 
física e profissional elaborado pelo INSS; 
III - programas e projetos elaborados pelo Ministério da Economia destinados à prevenção e à redução de 
acidentes de trabalho; e 
IV - desenvolvimento e manutenção de sistemas, aquisição de recursos materiais e serviços destinados ao 
cumprimento de programas e projetos destinados à redução de acidentes de trabalho. 
Receitas vinculadas ao Programa 
Art. 21. Sem prejuízo de outros recursos orçamentários a ele destinados,são receitas vinculadas ao 
Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de 
Trabalho o produto da arrecadação de: 
I - valores relativos a multas ou penalidades aplicadas em ações civis públicas trabalhistas decorrentes de 
descumprimento de acordo judicial ou termo de ajustamento de conduta firmado perante a União ou o 
Ministério Público do Trabalho, ou ainda termo de compromisso firmado perante o Ministério da 
Economia, observado o disposto no art. 627-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943; 
II - valores relativos aos danos morais coletivos decorrentes de acordos judiciais ou de termo de 
ajustamento de conduta firmado pela União ou pelo Ministério Público do Trabalho; e 
III - valores devidos por empresas que descumprirem a reserva de cargos destinada a pessoas com 
deficiência, inclusive referentes à aplicação de multas. 
§ 1º Os valores de que tratam os incisos I e II do caput serão obrigatoriamente revertidos ao Programa de 
Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho. 
§ 2º Os recursos arrecadados na forma prevista neste artigo serão depositados na Conta Única do Tesouro 
Nacional. 
§ 3º A vinculação de valores de que trata este artigo vigorará pelo prazo de cinco anos, contado da data da 
realização do depósito na Conta Única do Tesouro Nacional. 
Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de 
Acidentes de Trabalho 
Art. 22. Fica instituído o Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, 
Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho, com sede na cidade de Brasília, Distrito Federal. 
§ 1º O Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de 
Acidentes de Trabalho é composto por membros dos seguintes órgãos e entidades: 
I - três do Ministério da Economia, dentre os quais dois da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho; 
II - um do Ministério da Cidadania; 
III - um do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; 
IV - um do Ministério Público do Trabalho; 
V - um da Ordem dos Advogados do Brasil; 
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VI - um do Conselho Nacional das Pessoas com Deficiência; e 
VII - dois da sociedade civil. 
§ 2º Cada membro do Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção 
e Redução de Acidentes de Trabalho terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e seus 
impedimentos. 
§ 3º Os membros a que se referem os incisos I ao III do § 1º serão indicados pelos órgãos que representam. 
§ 4º O membro a que se refere o inciso IV do § 1º será indicado pelo Procurador-Geral do Trabalho. 
§ 5º O membro a que se refere o inciso V do § 1º será indicado pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
§ 6º Os membros a que se refere o inciso VII do § 1º serão indicados pelo Ministro de Estado da Economia 
a partir de listas elaboradas por organizações representativas do setor. 
§ 7º Os membros do Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção 
e Redução de Acidentes de Trabalho serão designados pelo Ministro de Estado da Economia para mandato 
de dois anos, admitida uma recondução. 
§ 8º A participação no Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, 
Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho será considerada prestação de serviço público relevante, 
não remunerada. 
§ 9º O Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de 
Acidentes de Trabalho será presidido por um dos representantes do Ministério da Economia. 
§ 10. Ato do Poder Executivo federal disporá sobre as normas de funcionamento e organização do 
Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de 
Acidentes de Trabalho. 
Art. 23. Compete ao Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção 
e Redução de Acidentes de Trabalho: 
I - estabelecer diretrizes para aplicação dos recursos e implementação do Programa; 
II - promover a realização de eventos educativos ou científicos em articulação com: 
a) órgãos e entidades da administração pública; e 
b) entidades privadas; e 
III - elaborar o seu regimento interno no prazo de sessenta dias, contado da data de sua instalação. 
Parágrafo único. O Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e 
Redução de Acidentes de Trabalho, por meio de acordo de cooperação celebrado com o Ministério Público 
do Trabalho e a Justiça do Trabalho, será informado sobre as condenações judiciais e os termos de 
ajustamento de conduta que resultem em valores a serem implicados no Programa e sobre a existência de 
depósito judicial, de sua natureza, e do trânsito em julgado da decisão. 
 
O art. 19 da MP nº 905/2019 instituiu o Programa de Habilitação e Reabilitação Física e 
Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho. Conforme estabelece o parágrafo 
único do dispositivo, a finalidade do programa é o financiamento do serviço de habilitação e 
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reabilitação profissional prestado pelo INSS e programas e projetos de prevenção e redução de 
acidentes de trabalho. 
O art. 21 da MP nº 905/2019 prevê as fontes de receita do Programa de Habilitação e 
Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho, derivadas dos 
seguintes valores: 
1) multas ou penalidades aplicadas em ações civis públicas trabalhistas decorrentes de 
descumprimento de acordo judicial; 
 2) multas ou penalidades aplicadas “em ações civis públicas trabalhistas” decorrentes do 
descumprimento de termo de ajustamento de conduta firmado perante a União ou o Ministério 
Público do Trabalho; 
3) multas ou penalidades aplicadas ou decorrentes do descumprimento de termo de compromisso 
firmado perante o Ministério da Economia; 
4) indenização por danos morais coletivos decorrentes de acordos judiciais; 
5) indenização por danos morais coletivos decorrentes de termo de ajustamento de conduta 
firmado pela União ou pelo Ministério Público do Trabalho; e 
6) devidos por empresas que descumprirem a reserva de cargos destinada a pessoas com 
deficiência, inclusive referentes à aplicação de multas. 
Busca-se, portanto, criar um Fundo que almeje recompor as lesões de âmbito trabalhista. 
A destinação única viola, contudo, a possibilidade de reparação e a recomposição pelosdanos 
causados, esvaziando outros fundos já existentes, bem como a possibilidade de reversão em 
proveito da região e das pessoas impactadas. 
O art. 21, §§ 2º e 3º, da MP nº 905/2019 prevê que os recursos arrecadados ao Programa 
serão depositados em Conta Única do Tesouro Nacional e que essa vinculação vigorará pelo prazo 
de 5 anos, contados da data do depósito na Conta Única do Tesouro Nacional. 
O programa, portanto, não terá uma conta própria, fazendo com que as receitas a ele 
destinadas integrem o orçamento da União, estando sujeitas ao contingenciamento do art. 9º da 
Lei de Responsabilidade Fiscal. 
8
 Assim, há o risco de que “pouco ou nada do que é arrecadado 
seja, de fato, revertido aos propósitos do programa”
9
. 
 
8
 Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das 
metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público 
promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e 
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos 
empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. 
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive 
aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. 
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Os arts. 22 e 23 da MP nº 905/2019 são responsáveis por disciplinar o Conselho do 
Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes 
de Trabalho, com sede na cidade de Brasília – DF. 
Os membros do Conselho do Programa de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, 
Prevenção e Redução de Acidentes de Trabalho serão designados pelo Ministro de Estado da 
Economia para mandato de 2 anos, admitida uma recondução (MP nº 905/2019, art. 22, § 7º). 
A composição e a forma de indicação/designação dos seus membros serão da seguinte 
forma: 
Membros Forma de indicação/designação 
 3 do Ministério da Economia, 
dentre os quais 2 da Secretaria 
Especial de Previdência e 
Trabalho 
- o Conselho será presidido por 
um dos membros do Ministério da 
Economia; 
 
Indicados pelo Ministério da 
Economia 
 1 do Ministério da Cidadania; Indicado pelo Ministério da 
Cidadania 
 1 do Ministério da Mulher, da 
Família e dos Direitos Humanos; 
Indicado pelo Ministério da 
Mulher, da Família e dos Direitos 
Humanos 
 1 do Ministério Público do 
Trabalho 
Indicado pelo Procurador-Geral 
do Trabalho. 
 
§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo 
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados 
pela lei de diretrizes orçamentárias 
§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento 
das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1o do art. 166 da 
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais. 
§ 5º No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em 
reunião conjunta das comissões temáticas pertinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos 
objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas 
operações e os resultados demonstrados nos balanços. 
9
 MPT. Nota Técnica nº 01 sobre a Medida Provisória nº 905/2019. Brasília: 12 nov. 2019. p. 03. 
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 1 da OAB Indicado pelo Conselho Federal 
da Ordem dos Advogados do 
Brasil. 
 
 1 do Conselho Nacional das 
Pessoas com Deficiência 
Indicado pelo Conselho Nacional 
das Pessoas com Deficiência 
 2 da sociedade civil Indicados pelo Ministro de Estado 
da Economia a partir de listas 
elaboradas por organizações 
representativas do setor. 
 
 
O art. 53, § 1º, I, da MP nº 905/2019 estabelece que os arts. 20 e 21, referentes ao Programa 
de Habilitação e Reabilitação Física e Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de 
Trabalho, apenas produzem efeitos quando atestado, por ato do Ministro de Estado da Economia, a 
compatibilidade com as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da Lei de Diretrizes 
Orçamentárias e o atendimento ao disposto na Lei Complementar nº 10/2000 e aos dispositivos da 
Lei de Diretrizes Orçamentárias relacionados com a matéria. 
Em 31 de dezembro de 2019, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria nº. 676 do 
Ministério da Economia, atestando a compatibilidade do programa com as metas de resultados 
fiscais previstas no anexo próprio da Lei nº 13.898/2019 (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e com 
os demais dispositivos da lei relacionados com a matéria, bem como com o disposto na LC nº 
101/2000. 
Dessa forma, os dispositivos referentes ao Programa de Habilitação e Reabilitação Física e 
Profissional, Prevenção e Redução de Acidentes de trabalho produzem efeito desde 31 de 
dezembro de 2019 (31.12.2019). 
 
9. PENALIDADES PELA NÃO READMISSÃO OU REINTEGRAÇÃO DO 
EMPREGADO 
Redação com a MP nº 905/2019 Redação anterior (Antes da MP nº 
905/2019) 
Art. 729. Ao empregador que deixar Art. 729 - O empregador que deixar de 
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de cumprir decisão transitada em 
julgado sobre

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