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Direito do Trabalho Prof. Dra. Cleize Kohls 2ª FASE OAB | TRABALHO | 38º EXAME Aulas Inaugurais Prof.ª Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra SUMÁRIO Time de Professores.......................................................................................03 Portal Ceisc.....................................................................................................04 Aulas do Curso...............................................................................................06 Indicações dos Professores...........................................................................08 Linha do Tempo Processo do Trabalho l Petição Inicial...............................11 Reclamação Trabalhista..................................................................................14 CTPS l Empregado | Empregados Especiais | Empregador..........................24 Olá, tudo bem? Este material de apoio foi organizado especificadamente para a Aula Inaugural do curso preparatório para a 2ª Fase OAB do 38º Exame. Além disso, recomenda-se a aula seja assistida com a legislação pertinente. Bons estudos, Equipe Ceisc. Atualizado em julho de 2023. Mestre em Direito | Advogado e professor no Ceisc | Disciplinas: Direito do Trabalho | Especialista em Direito e Processo do Trabalho; Especialista em Direito Constitucional | Palestrante | Escritor | @prof.luiz.henrique Cleize Kohls Time de Professores Doutora e Mestra em Direito | Advogada e professora no Ceisc e UNISC | Disciplinas: Processo do Trabalho | Pesquisadora na área de Direitos Humanos | Palestrante | Escritora | @prof.cleizekohls 03 Luiz Henrique DutraTR AB AL HO TR AB AL HO TR AB AL HO TR AB AL H RA BA LH O TR AB AL HO TR AB AL TR A TR AB AL HO TR AB AL HO TR AB AL HO LH O Edital I Marcações e Remissões Itens indicados pelo Ceisc específico da área escolhida pelo aluno. Simulados I Tutoriais Principais orientações do curso: se concentrar, se desconectar das redes sociais, seguir a sequência lógica do conteúdo e etc. Materiais de Apoio Nesta pasta você irá encontrar simulados autorais, corrigidos por especialistas para melhoramento de desempenho na OAB. Botão "Ajuda" na página do curso serve para contatar o atendimento Ceisc das 08h às 22h30 (horário de Brasília) e também para tirar dúvidas de conteúdo e mandar recados nas aulas AO VIVO. Lembrete da próxima aula AO VIVO. Lembrando que as aulas complementares também são muito importantes! O que você vê logo quando acessa o seu curso? Ícones para acesso rápido: ao painel de simulados, ao cronograma, ao link do grupo do telegram, ao planner e também às anotações que você faz nas aulas ao vivo. Pergunte ao professor: você pode tirar dúvidas de conteúdo diretamente com o professor ou com a Equipe Ceisc. Nessa pasta você encontrará as principais informações sobre o curso e os tutoriais necessário para conhecer o portal e a equipe. Fique atento(a) ao sininho. Sempre quando houver alguma informação pertinente ao seu Exame, a postagem de materiais, o ajuste de aulas e demais informações é no sininho que você será notificado(a). Comece por aqui Apresentação do Curso Aulas, Mentorias e Materiais 04 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Ceisc indica Nessa pasta você encontrará as principais informações sobre edital, marcações da CLT e etiquetas. Nessa pasta você encontrará as principais informações sobre cronogramas e os Cronogramas na versão PDF e Planner de Estudos. Cronogramas I Tutoriais Nessa pasta você encontrará as tutoriais sobre simulados. Nesta pasta você irá encontrar as aulas ao vivo do curso, que devem ser, preferencialmente, assistidas nas datas e horários agendados. Após a transmissão ao vivo, as aulas ficam disponíveis de forma gravada no portal. Aulas Portal Ceisc 2ª Fase de Direito do Trabalho Nesta pasta você irá encontrar pequenas aulas respondendo as dúvidas mais frequentes enviadas aos professores. Central de Dúvidas Recorrentes Mentorias de Acompanhamento de Desempenho Nesta pasta você irá encontrar todos os materiais disponíveis no curso. Interação Ao Vivo Interação do aluno em tempo real com a equipe/professores, durante a transmissão da aula. Visualização ilimitada Ao longo da duração do curso, o acesso às aulas é ilimitado. Realização de anotações É possível realizar anotações em cada aula, para facilitar a memorização dos conteúdos. Acelerador de vídeo As aulas gravadas podem ser assistidas na velocidade que você preferir. Suporte Técnico Auxílio técnico a disposição dos alunos. Orientações de Saúde Disponibilizamos aos alunos aulas gravadas de orientações físicas, nutricionais, saúde mental e yoga; visando o bem-estar na preparação dos estudos. E-books para dowload Os e-books disponibilizados no curso podem ser baixados diretamente no seu computador ou celular; dentro da vigência do curso. 05 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra no Portal Ceisc você encontra outros benefícios Aulas Regular 01. Aula Inaugural 2ª Fase Trabalho 38º Exame: Linha do tempo do processo do trabalho I Petição inicial 02. Aula Aberta 2ª Fase Trabalho 38º Exame: CTPS I Empregado I Empregados Especiais I Empregador 03. Reclamação Trabalhista 04. Passo a Passo da Reclamação e Treinamento 1 05. Contrato de Trabalho I Dano Extrapatrimonial 06. Treinamento de RT 2, Inquérito para apuração de falta grave e Ação de Consignação 07. Jornada de Trabalho 08. Treinamento de Ação de consignação I notificação, prazos, nulidades e audiência 09. Remuneração 10. Defesa no Processo do Trabalho 11. Rescisão 12. Contestação: seu Passo a Passo e Treinamento 1 13. Estabilidade 14. Treinamento de Contestação 2 e Provas 15. Direito Coletivo 16. Teoria Geral dos Recursos e RO: passo a passo e treinamento 1 17. Resolução de questões de provas anteriores 18. Treinamento 2 RO - Contrarrazões/Recurso Adesivo/ Treinamento de CRRO 19. Resolução de questões de provas anteriores 20. Recursos - ED/AI/RR/ETST 21. Resolução de questões autorais 22. MS e AR 23. Liquidação e Execução 24. Resolução de questões autorais 25. Execução - Embargos à Execução (treinamento de EE e ET) 26. Treinamento de peças autorais 27. Treinamento de peças autorais 28. Resolução de questões autorais 29. Treinamento de peças autorais 30. Revisão exclusiva: Principais Teses de Direito Material 31. Revisão exclusiva: Principais Teses de Processo do Trabalho 06 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Aulas Mentoria (Ao vivo) Mentoria 01. Conhecendo a Prova Prático Profissional da 2ª Fase I Organizando e Administrando o Tempo de Estudo Mentoria 02. Marcações e Remissões da CLT Mentoria 03. Estratégia de Como Resolver Peças Mentoria 04. Estratégia de Como Resolver Questões Mentoria 05. Confie no seu potencial Mentoria 06. Reta Final: O que Fazer na Última Semana de Estudos Revisão Turbo Revisão Turbo 2ª Fase Trabalho 38º Exame OAB - Parte I Revisão Turbo 2ª Fase Trabalho 38º Exame OAB - Parte II https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/98922/800/21 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/98922/800/21 https://ceisc.com.br/ead/aula/860/217223/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114744/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114745/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114746/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114746/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114749/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114749/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114751/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/114752/860/9661 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/106578/800/3148 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/88979/730/83 Treinamento Provas Anteriores OAB/FGV- Trabalho Correção do XX Exame Correção do XXVII Exame Correçãodo XXVI Exame Correção do XXII Exame Correção do XVIII Exame Correção do XXIII Exame Correção do XXIV Exame Correção do XXV Exame Correção do XXVIII Exame Correção do XXX Exame 07 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Aulas Aulas Complementares 1. Correção da Prova 2ª Fase Trabalho I 37º Exame OAB 2. Kit Sobrevivência Processo do Trabalho 3. Kit Sobrevivência Direito do Trabalho 4. Conteúdos Inusitados 5. Identificação de peça I 6. Recalculando a Rota Trabalho 2ª Fase 38º Exame da Ordem 7. Mentoria de resolução de peça 8. Identificação de peça II 9. Mentoria de resolução de questões 10. Princípios, Fontes e Aplicação da norma jurídica trabalhista 11. Direito Constitucional do Trabalho 12. Princípios e Competência I Processo do Trabalho 13. Das partes e procuradores 14. Entendendo quando tem reflexos salariais 15. Ritos da Justiça do Trabalho 16. Sentença e Coisa Julgada 17. Teoria Geral dos Recursos 18. Empregados Especiais 19. FGTS 20. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) 21. Súmulas e OJ's que não se aplicam mais 22. Relação de Trabalho/Terceirização e Trabalhador temporário 23. Medicina e segurança do Trabalho e Força maior 24. Princípios, Fontes e espécies de execução 25. Liquidação: por arbitramento e por procedimento comum 26. Recursos Inusitados 27. Calculando verbas rescisórias 28. Ações Possessórias 29. Mentoria de acolheminto e direcionamento de estudo 30. Recomeços Extraordinários 31. Português Jurídico 1. Treinamento: MS, HC, HD. Recurso extraordinário em matéria trabalhista 2. Treinamento: Dissídio coletivo, ação de cumprimento, ACP e Ação coletiva. Ação anulatória 3. Treinamento: AR, Inquérito para apuração de falta grave, ação de prestação de contas, ação monitória. Ação de exibição de documentos. Acordo Extrajudicial 4. Treinamento: Agravo de Instrumento, Embargos de Declaração e Recurso Adesivo 5. Treinamento: Recurso de revista, Recurso de Embargos no TST. Reclamação Constitucional e Correição Parcial 6. Treinamento: Execução de títulos judiciais e extrajudicial. IDPJ. Exceção de Incompetência. Agravo de Petição Simulados com correção personalizadaMentorias de Acompanhamento de Desempenho 1. Mentoria de Comprometimento 2. Simulado 01 3. Simulado 02 4. Simulado 03 5. Simulado 04 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/800/163077/752 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/263873/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224805/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224854/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224849/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224834/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224807/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224807/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224825/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224829/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224814/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224819/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/262272/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/262261/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224856/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224858/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224863/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224865/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224822/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224816/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/224831/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/98922/800/21 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/247486/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/250348/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/252886/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/252886/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/254671/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/254671/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/257088/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula/934/260060/5763 https://ceisc.com.br/ead/aula_sem_video/106578/800/3148 R$ 15 de desconto Código: CEISCJUS15 R$ 15 de desconto Código: CEISCJUS15 Súmulas e OJs do TST Organizadas (2023) Direito do Trabalho - Teoria, Prática, Peças e Questões Diálogos sobre o Direito do Trabalho CLT Organizada *desconto especial para alunos no EAD *desconto especial para alunos no EAD Etiquetas CLT Ceisc *desconto especial para alunos no EAD CLT Organizada e demais indicações Ceisc 08 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra CLT Organizada (2023) + Etiquetas CLT Ceisc Cupom exclusivo para alunos no EaD R$ 15 de desconto Código: CEISCJUS15 0 5 10 15 Reclamação Trabalhista Ação de Consignação em Pagamento Mandado de Segurança Contestação Contestação com Reconvenção Recurso Ordinário Contrarrazões ao Recurso Ordinário Embargos de Devedor ou Embargos de Terceiros 09 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Peças cobradas e o respectivo exame XII, XIV, XX, XXII, XXVII, XXX, XXXIII, XXXIVReclamatória Trabalhista Ação de Consignação em Pgto. Contestação Contestação com reconvenção X, XXIX 2010.2, IV, V, VI, VIII, XI, XVII, XVIII, XXIII, XXVIII, XXXII, XXXVII XXV Recurso Ordinário 2010.3, VII, IX, XV, XVI, XIX, XXI, XXIV, XXV-POA, XXVI, XXXI, XXXV Contrarrazões ao Recurso Ordinário XX-RO Emb. de Devedor ou Emb. de Terceiros XIII Gráfico das Peças mais cobradas Mandado de Segurança XXXVI Peças mais cobradas 2ª Fase de Direito do Trabalho 10 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Conteúdos/Peças que podem ser cobradas na prova de 2ª Fase? Processo do Trabalho 1 Direito Processual do Trabalho. 1.1 Princípios. 1.2 Fontes. 1.3 Autonomia. 1.4 Interpretação. 1.5 Integração. 1.6 Eficácia. 2 Organização da Justiça do Trabalho. 2.1 Composição, funcionamento, jurisdição e competência de seus órgãos. 3 O Ministério Público do Trabalho. 3.1 Organização. 3.2 Competência. 3.3 Atribuições. 3.4 Inquérito civil. 4 Competência da Justiça do Trabalho: em razão da matéria, das pessoas, funcional e do lugar. 4.1 Conflitos de Competência e órgão competente para sua decisão. 5 Partes, procuradores, representação, substituição processual, litisconsórcio e intervenção de terceiros. 5.1 Assistência Judiciária. 5.2 Justiça Gratuita. 5.3 Jus Postulandi. 5.4 Mandato tácito. 6 Atos, termos e prazos processuais. 6.1 Despesas processuais. 6.2 Custas e emolumentos. 6.3 Comunicação dos atos processuais. 6.4 Aplicação do Direito Processual Comum na esfera trabalhista. 6.5 Instrução Normativa 39/16 do TST. 7. Nulidades no processo do trabalho: espécies, extensão, princípios e arguição. 7.1 Preclusão: conceito e espécies. 8 Dissídio individual e dissídio coletivo. 8.1 Dissídio individual: procedimentos comum, sumário (Lei 5.584/70) e sumaríssimo. 8.2 Petição inicial: requisitos, emenda, aditamento, desistência e indeferimento. 8.3 Pedido. 9 Audiência. 9.1 “Arquivamento” e revelia. 9.2 Conciliação. Homologação de acordo extrajudicial. 9.3 Resposta – contestação, exceção e reconvenção. 10 Provas: princípios, ônus e espécies. 10.1 Documentos: oportunidade de juntada. 10.2 Incidente de falsidade. 10.3 Perícia: dinâmica e responsabilidade pelos honorários. 10.4 Testemunhas: quantidade, contradita, compromisso, acareação,testemunha referida e multa. O informante. 11 Sentença nos dissídios individuais. 11.1 Honorários advocatícios. 11.2 Da Responsabilidade por Dano Processual. 12 Sistema recursal trabalhista. 12.1 Princípios, procedimentos e efeitos dos recursos. 12.2 Recurso ordinário, agravo de petição, agravo de instrumento, embargos de declaração, recurso de revista, recurso adesivo, recurso extraordinário em matéria trabalhista. Recurso de Embargos no TST (CLT, artigo 894). Reclamação Constitucional e Correição Parcial. 12.3 Pressupostos intrínsecos e extrínsecos dos recursos. 12.4 Juízos de admissibilidade e de mérito do recurso. 13 Execução Trabalhista. 13.1 Execução provisória e execução definitiva. 13.2 Aplicação subsidiária da Lei de Execuções Fiscais. 13.3 Execução de títulos judiciais e extrajudiciais. 13.4 Execução contra a massa falida e a empresa em recuperação judicial. 14. Liquidação da Sentença. 14.1 Mandado de Citação. 14.2 Penhora. 14.3 Incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 14.4 Responsabilidade do sócio retirante. 14.5 Garantia do juízo. 15 Embargos à Execução. 15.1 Exceção de pré- executividade. 15.2 Impugnação à sentença de liquidação. 15.3 Embargos de Terceiro. Fraude à execução. 16 Arrematação, Adjudicação e Remição. 16.1 Execução contra a Fazenda Pública: precatório e requisição de pequeno valor. 17 Execução das contribuições previdenciárias. 18 Inquérito para apuração de falta grave. 18.1 Cabimento e prazo. 18.2 Julgamento do inquérito. 18.3 Natureza e efeitos da sentença. 19 Procedimentos especiais: ação de consignação em pagamento, ação de prestação de contas, mandado de segurança, ação monitória, Habeas Corpus e Habeas Data. Ação de exibição de documentos. Produção antecipada de provas. 19.1 Ação anulatória. Limites de atuação do judiciário no exame de cláusula coletivas. 19.2 Mediação, arbitragem e modos alternativos de solução de conflitos. 20 Ação civil pública. 20.1 Ação civil coletiva. 20.2 Legitimados, condenação genérica e liquidação individual. 20.3 Coisa julgada e litispendência. 21 Dissídio Coletivo. 21.1 Conceito. 21.2 Classificação. 21.3 Competência. 21.4 Instauração: prazo, legitimação e procedimento. 21.5 Sentença normativa. 21.6 Efeitos e vigência. 21.7 Extensão das decisões e revisão. 21.8 Ação de Cumprimento. 22 Ação rescisória no processo do trabalho. 22.1 Cabimento. 22.2 Competência. 22.3 Fundamentos de admissibilidade. 22.4 Juízo rescindente e juízo rescisório. 22.5 Prazo para propositura. 22.6 Início da contagem do prazo. 23 Tutelas de urgência, evidência, antecedente e cautelar no Direito Processual do Trabalho. 24. Processo Judicial eletrônico. 25. Lei 13.467/17 (reforma da CLT) e Instrução Normativa 41/18 do TST. 26. Leis 13.709/18 (Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD); 14.010/20 - Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia do coronavírus -Covid- 19. Mapa Mental Linha do tempo do Processo do Trabalho 11 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Dec. Ação comp. origem Ex: AR Destranca recurso Recurso Ordinário Recurso Extraordinário Mandado de Segurança Petição Inicial Decisão Interlocutória Defesa Contestação Exceção Reconvenção Prova Audiência Inicial Em regra irrecorrível de imediato Audiência Prosseguimento Decisão da Execução Embargos à Execução Agravo Instrumento . . . ão ão ão Agravo Petição VA RA Recurso de Revista Divergência SENTENÇA Liquidação Execução TR T TS T Recurso Ordinário Embargos ao TST Ação Rescisória ST F Ritos: Ordinário (+ 40 SM) Sumário (Até 2 SM) Sumaríssimo (até 40 SM) Reclamatória Trabalhista Ação de Consignação em Pagamento Inquérito para apuração de falta grave Mandado de Segurança Embargos de Declaração Profa. Dra. Cleize Kohls @prof.cleizekohls Linha do tempo do Processo do Trabalho l Petição Inicial Aula Inaugural do dia 10/07/2023 https://www.instagram.com/prof.cleizekohls/# 12 Entender o passo a passo do processo é fundamental para não errar a peça. Por essa razão: tente montar a linha do tempo do processo no decorrer das aulas entendendo em que momento processual se está e o que cabe naquela situação. Além disso, após identificar a peça é necessário saber a sua estrutura. Durante o estudo vamos verificar que grande parte das peças seguirá uma das seguintes estruturas: 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Endereçamento Autor + qualificação Nome da peça + fundamento Réu + qualificação Teses: Preliminares, Mérito, Tutela Provisória, Honorários, Justiça Gratuita. Pedidos e requerimentos Valor da Causa Fechamento Endereçamento Número do processo Réu + qualificação Nome da peça + fundamento Autor + qualificação Teses: Preliminares, Prejudiciais, Mérito, Reconvenção, Honorários, Justiça Gratuita. Pedidos Fechamento Endereçamento Número do processo Recorrente + qualificação Nome da peça + fundamento Recorrido + qualificação Pressupostos de admissibilidade Pedidos Fechamento Endereçamento Informações preliminares Teses: preliminares, prejudiciais, mérito. Pedidos Fechamento Petição Inicial Contestação Recurso Peça de Interposição Razões 13 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Deve-se utilizar as informações do enunciado. Não pode ser inventado dados ou informações, que não estejam no enunciado. Em muitos casos, a lei vai ajudar com a estrutura, teses e pedidos da peça – por essa razão nosso lema é RESPIRA... NÃO PIRA... OLHA O ARTIGO. Quando na estrutura da peça tiver que ser colocada uma informação que não consta no enunciado, conforme edital, deve-se colocar ... ou XXX. Sobre o desenvolvimento da peça, você precisa saber: 14 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 840 da CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo A Petição Inicial é a peça que inicia o processo do trabalho. Primeiramente, é importante dizer que a peça deve ser elaborada com a análise dos seguintes artigos: art. 319 do CPC e art. 840 da CLT. 1. Reclamação Trabalhista Petição Inicial Estrutura da Reclamação Trabalhista O enunciado dirá que você foi procurado pelo cliente. O enunciado mencionará um relato desse cliente e irá orientá-lo a adotar a medida judicial cabível. Normalmente não há indicação de número de processo (a menos que seja para narrar a existência de um processo que já foi arquivado ou que trata de outras questões). Várias são as petições iniciais cabíveis na justiça do trabalho. Todas elas têm uma estrutura básica que deve ser observada. Reclamação Trabalhista; Ação de Consignação em pagamento. Quais as petições que já foram cobradas em exames anteriores da OAB/FGV? Como identificar no enunciado Endereçamento Autor + qualificação Nome da peça + fundamento Réu + qualificação Teses: Preliminares, Mérito, Tutela Provisória, Honorários, Justiça Gratuita. Pedidos e requerimentos Valor da Causa Fechamento 15 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 319 do CPC - A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no CadastroNacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; Requisitos (estruturação básica) a) Endereçamento: Será à autoridade competente. Ao autor cabe a indicação do juiz ou tribunal competente para processar e julgar a ação que é proposta. Torna-se necessário, pois, lembrar as regras de competência previstas no art. Art. 651 da CLT. * Para todos verem: esquema Exemplificando Competência da Vara Ao Douto Juízo da... vara do Trabalho de... Ao Juízo da... Vara do trabalho de... Competência originária do TRT Excelentíssimo Sr. Dr. Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho de... Importante Se não houver informações no enunciado, deve-se colocar “...” ou “XXX”. Mas se constar informação, deve-se observar a competência da Vara do local da prestação de serviço, como regra geral. OU b) Qualificação das partes: NOME, nacionalidade, estado civil, profissão, CPF, RG, CTPS, PIS, endereço completo: Rua, nº, bairro, cidade, município, e-mail. 16 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Os dados são fornecidos pelo enunciado: nesse caso deve-se utilizar tais dados na elaboração da peça. Não há indicação de nenhum dado: nesse caso deve-se colocar de forma genérica, podendo ser feita da seguinte forma: Alguns dados são fornecidos no enunciado, outros não são apontados. Nesse caso, deve-se colocar os dados fornecidos e os demais colocar de forma genérica. Há 3 situações que podem acontecer: a) Cada item de qualificação seguido de ... Ex: CARMELINDA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., RG..., CPF..., CTPS..., PIS..., residente e domiciliada na Rua..., número..., bairro..., cidade..., Estado...., CEP...., e-mail... b) Colocar o termo: qualificação completa..., endereço completo.... Importante Se for necessário qualificar mais de um reclamante ou reclamada, deve-se fazer da seguinte maneira: NOME, qualificação completa... e endereço completo..., e NOME, qualificação completa... e endereço cmpleto.... ATENÇÃO!!! Mas, se o enunciado der só um ou dois dados de qualificação? Normalmente só vem a profissão, mas isso nem está indicada como qualificação, mas como um elemento para alguma tese, logo, não tem problema fazer genérico. Mas, se a banca deu mais dados, percebendo de que ela quis efetivamente qualificar - deve-se fazer a qualificação item por item, deixando os dados não fornecidos de forma genérica - com .... Preliminares Não há muitas preliminares em petições iniciais. Das possíveis, destaca-se o pedido de tramitação preferencial. Deve-se, inicialmente, verificar a necessidade de alegação de alguma preliminar, por exemplo, tramitação preferencial (idoso, doença grave, etc). Caso o enunciado mencione sobre a passagem pela CCP, o examinando poderá fazer uma preliminar informando tal fato. Mas, lembre-se que a passagem pela CCP é uma faculdade conforme já decidiu o STF (ADI 2139 e ADI 2160). a) IDOSO: + 60 ANOS Fundamento: estatuto do idoso (Lei 10.741), art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. 17 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra b) Dissídio sobre salário (exclusivamente) e Falência do empregador Fundamento: Art. 652 - Parágrafo único, CLT Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. c) Portador de doença grave Art. 1.048 do CPC - Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988; Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988: (igual ao art. 151 da Lei 8.213/91) Art. 6º: XIV - os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em serviço e os percebidos pelos portadores de moléstia profissional, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome da imunodeficiência adquirida, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma; d) Pessoa com deficiência - Art. 9º, VII da Lei 13.146/2015 A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências. e) Adolescente – ECA (art. 4º) e CF (art. 227). Distribuição por dependência/prevenção Também é possível colocar uma preliminar de DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA ou PREVENÇÃO do juízo, quando existir uma das hipóteses do art. 286 do CPC Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza: I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3º, ao juízo prevento. 18 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra No mérito será tratado os fatos e fundamentos que respaldam os pedidos. Uma sugestão recomendada é dividir em tópicos, pois facilita a identificação pelo examinador e demonstra organização lógica da peça. a) Breve exposição dos fatos (Ex: Do contrato de trabalho: relatar as datas de contratação e demissão, o valor do salário, a quantidade de horas realizadas por semana ou mês). b) Fundamentos (sempre buscar os fundamentos, pois há pontuação para a identificação de artigos, súmulas e OJs que respaldam a tese levantada). c) Conclusão – pedido. Mérito Exemplificando Das Horas Extras Carmelinda laborava das 8h às 18h, com uma hora de intervalo de segunda a sexta, e das 8h às 12 h no sábado. Em razão disso, Carmelinda excedia sua jornada diária em 1 (uma) hora, pois o art. 58 da CLT e o art. 7º, XIII da CF, limitam a duração do trabalho diário em 8 horas, sendo que Carmelinda laborava 9h por dia de segunda a sexta. Diante disso, requer a condenação da reclamada ao pagamento de 1 hora extra de segunda a sexta-feira, com adicional de 50%, conforme prevê o art. 59, §1º da CLT, com os correspondentes reflexos. Título da Tese = Tema Central Fato = Informações do Enunciado Fundamento = Artigo, Súmulas, OJ’s Conclusão = Pedidos Antecipação de Tutela / Tutela Provisória / Liminar A TUTELA PROVISÓRIA pode fundar-se em URGÊNCIA OU EVIDÊNCIA (ART. 294 do CPC). Conforme Art. 300 do CPC, a TUTELA DE URGÊNCIA será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Atenção NÃO ESQUEÇA DE VERIFICAR A PRESENÇA DESSESELEMENTOS: (A) Probabilidade do direito e (B) Perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. O art. 300 do CPC, ainda vai estabelecer em seus parágrafos que: 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 19 § 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Veja-se também que a parte tem responsabilidades ao pedir a tutela de urgência, pois se resultar prejuízo, poderá responder perante a parte adversa: Já a tutela de evidência vem disciplinada no art. 311, que estabelece que ela será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - As alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. III - Se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. IV - A petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. A CLT também aborda sobre a possibilidade de liminar, no Art. 659 – mencionando que cabe ao juiz do trabalho: IX – conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada pelos parágrafos do artigo 469 desta Constituição. X – conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspendo ou dispensado pelo empregador. Atenção Antecipação de tutela deferida ou indeferida – não cabe agravo – Súmula 414 do TST. Como não cabe recurso das decisões interlocutórias, a única possibilidade que há para insurgir quanto à concessão da tutela antecipada/liminar é a utilização do Mandado de Segurança. Justiça Gratuita Pedir quando o enunciado der informações sobre o preenchimento dos requisitos do Art. 790, §3º e §4º da CLT. 20 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Até a entrada em vigor da Lei 13.467/17, os honorários não derivavam da mera sucumbência, pois a Súmula nº 219 do TST estabelecia que eram requisitos: estar assistido por advogado do sindicato e receber salário não superior ao dobro do mínimo legal. Atualmente o tema é disciplinado pelo artigo 791-A da CLT, que dispõe que ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Ademais, o parágrafo 1º refere que os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. E, conforme § 2º, ao fixar os honorários, o juízo observará: II - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. A Reclamante recebe apenas um salário-mínimo. Em razão disso, nos termos do art. 790, §3º da CLT, preenche o requisito para a concessão do benefício da justiça gratuita, já que recebe menos de 40% do teto dos benefícios da previdência. DA JUSTIÇA GRATUITA Honarários advocatícios Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. Vide ADI 5766 STF: declara-se inconstitucional a cobrança de honorários do beneficiário da gratuidade da justiça, para pagamento com eventuais créditos daquele processo ou em outro. Atenção O STF declarou inconstitucional o pagamento por quem tem JG. Atenção São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 21 Atenção Lembrar que, conforme IN 41 do TST: Art. 6º Na Justiça do Trabalho, a condenação em honorários advocatícios sucumbenciais, prevista no art. 791-A, e parágrafos, da CLT, será aplicável apenas às ações propostas após 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017). Nas ações propostas anteriormente, subsistem as diretrizes do art. 14 da Lei nº 5.584/1970 e das Súmulas números 219 e 329 do TST. Pedidos e Requerimentos Finais Dos Pedidos É necessário colocar os pedidos de forma certa, determinada e com a quantificação dos pedidos. Deve-se repetir de forma objetiva todos os pedidos que foram realizados ao longo da peça (em cada tese). Exemplificando Diante do exposto, requer: a) A condenação da Reclamada ao pagamento de 1 hora extra, por dia de trabalho, durante toda a contratualidade, no valor de R$... b) A condenação da Reclamada ao pagamento de férias vencidas, pagas em dobro, do período aquisitivo de 2018-2019, no valor de R$... c) A condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de insalubridade, em grau médio, no valor de R$... DOS PEDIDOS Sem anotação na CTPS – pedido de reconhecimento de vínculo; Salário e remuneração – pedir que uma verba seja integrada ao salário; Justa causa – pedir anulação; Insalubridade – verificar o direito e o respectivo adicional; Dano moral ou dano existencial – pedido de indenização; Verbas rescisórias não pagas dentro do prazo – pedir a incidência das multas do art. 467 e 477 da CLT. Algumas situações importantes a serem consideradas nos pedidos: Atenção É importante requerer a parcela principal e seus reflexos. 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 22 Dos requerimentos finais Sempre se deve pedir a notificação da Reclamada, a produção de provas e a procedência dos pedidos. Exemplificando Diante do exposto, requer: A NOTIFICAÇÃO da Reclamada para apresentar resposta e comparecer na Audiência, sob pena de revelia e confissão; A produção de todos os meios de PROVA em direito admitidos. Por fim, requer a PROCEDÊNCIA dos pedidos, com a condenação da Reclamada ao pagamento das verbas pleiteadas, acrescidas de juros e correção monetária. DOS REQUERIMENTOS FINAIS Valor da causa No CPC encontramos que, a toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível (Art. 291). O Art. 292 estabelece os critérios para estabelecer o valor da causa, devendo ser destacado que na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor deve ser pretendido. Ademais,lembre-se que o valor da causa define o rito: * Para todos verem: esquema Fechamento No fechamento, apenas lembre-se das regras do edital. Atenção Não colocar seu nome ou qualquer dado que possa identificar a peça! 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 23 Exemplificando Nestes termos, pede deferimento. Local..., data... Advogado... OAB ... CTPS l Empregado l Empregados Especiais l Empregador Aula Aberta do dia 11/07/2023 A CTPS é um documento obrigatório servindo principalmente para identificação do empregado e suas relações de emprego, lembrando que a falta da CTPS e a falta da devida anotação de um emprego por si só não afasta o direito do empregado do reconhecimento do vínculo. O conteúdo da Carteira de Trabalho e previdência Social está previsto na CLT nos arts. 13 ao 58 da CLT, sendo o principal artigo o 29, conforme segue transcrição: Prof. Me. Luiz Henrique Dutra @prof.luiz.henrique 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 24 Art. 29 da CLT - O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério da Economia. § 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. § 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: a) na data-base; b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; c) no caso de rescisão contratual; ou d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. § 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação. § 4º É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. § 5º O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. § 6º A comunicação pelo trabalhador do número de inscrição no CPF ao empregador equivale à apresentação da CTPS em meio digital, dispensado o empregador da emissão de recibo. § 7º Os registros eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas informatizados da CTPS em meio digital equivalem às anotações a que se refere esta Lei. § 8º O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação. Prazo para anotação da CTPS: 5 dias úteis Não pode anotação desabonadora Havendo anotação desabonadora, possível o pedido de indenização por dano extrapatrimonial, nos termos dos arts. 223-A a 223-G da CLT A prescrição não atinge pedido de anotação e retificação da CTPS para anotação da CTPS 5 dias úteis Uma informação importante: a prescrição não atinge o pedido de anotação e retificação na CTPS conforme previsto no art. 11, §1º, da CLT, vejamos: Art. 47 da CLT - O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. § 1º Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado, quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte. § 2º A infração de que trata o caput deste artigo constitui exceção ao critério da dupla visita. 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 11 da CLT. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho. § 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. EM SÍNTESE: Art. 47-A da CLT - Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o parágrafo único do art. 41 desta Consolidação, o empregador ficará sujeito à multa de R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado. OBS: As indenizações dos art. 47 e 47-A da CLT, não são para o empregado, mas sim para o governo, como forma de multa. OJ n. 82 da SDI-1 do TST – A anotação do término do Contrato de trabalho, é após o aviso prévio, ainda que indenizado Súmulas 225 do STF - Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira profissional. 25 Art. 41 da CLT - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador. Ter exclusividade não é requisito para configuração de vínculo. Todos os elementos devem estar presentes de forma concomitante para configurar o vínculo de emprego, como é o caso do policial militar que será considerado empregado se preenchidos todos os requisitos (Súmula n. 386 do TST), in verbis: Súmula nº 386 do TST - Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. ATENÇÃO! 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra A relação de emprego é firmada mediante contrato de trabalho e assinatura da Carteira de Trabalho do empregado mediante o preenchimento dos requisitos. O conceito e requisitos para que ocorra a configuração do vínculo de empregado estão previstos no art. 3 da CLT. Art. 3º da CLT - Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Conforme redação do artigo supracitado, são requisitos para configuração de vínculo de emprego: Ser pessoa física: pessoa jurídica não pode pleitear o reconhecimento do vínculo de emprego; Onerosidade: para todo trabalho haverá sempre uma retribuição. O contrato de trabalho é oneroso. Trabalho não-eventual: independentemente da pessoalidade ou da subordinação, aquele que presta serviço em caráter eventual não é empregado. Pessoalidade: ideia que o empregado não pode fazer substituir por outra pessoa sem autorização do empregador. Subordinação: Ocorre quando o empregador determina os serviços que o empregado deve fazer, não havendo a possibilidade de recusa do empregado. Não há distinção entre trabalho no domicílio do empregado a distância e o trabalho exercido na Empresa, conforme dispõe o artigo 6º da CLT: Art. 6º da CLT - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizadosos pressupostos da relação de emprego Parágrafo único.Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. ATENÇÃO! 1.EMPREGADO 26 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.1.TRABALHO DA MULHER 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 389 da CLT - Toda empresa é obrigada: I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização dos métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e outros que se fizerem necessários à segurança e ao conforto das mulheres, a critério da autoridade competente; II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de cadeiras ou bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres trabalhar sem grande esgotamento físico; III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades afins, em que não seja exigida a troca de roupa e outros, a critério da autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam as empregadas guardar seus pertences; IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os recursos de proteção individual, tais como óculos, máscaras, luvas e roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da pele, de acordo com a natureza do trabalho. § 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período da amamentação. § 2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades sindicais. Art. 390 da CLT - Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. Art. 391 da CLT - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. 27 Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória para fins de adoção. Art. 392 da CLT - A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário. § 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste. § 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico. § 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias previstos neste artigo. § 4º É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho; II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares. Art. 392-A da CLT - À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392. § 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã. § 5º A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada. Art. 392-B da CLT - Em caso de morte da genitora, é assegurado ao cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por todo o período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu abandono. Art. 392-C da CLT - Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e 392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção. 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.1.TRABALHO DA MULHER 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 393 da CLT - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher terá direito ao salário integral e, quando variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como os direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à função que anteriormente ocupava. Art. 394 da CLT - Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação. Art. 394-A da CLT. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de insalubridade, a empregada deverá ser afastada de: I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação; II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vide ADIN 5938) III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a lactação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vide ADIN 5938) § 1º (VETADO) § 2º Cabe à empresa pagar o adicional de insalubridade à gestante ou à lactante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição Federal, por ocasião do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço. § 3º Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada nos termos do caput deste artigo exerça suas atividades em local salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-maternidade, nos termos da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o período de afastamento Art. 395 da CLT - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento. 28 Art. 396 da CLT - Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. § 1º Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente. § 2º Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador. Art. 397 da CLT - O SESI, o SESC, a LBA e outras entidades públicas destinadas à assistência à infância manterão ou subvencionarão, de acordo com suas possibilidades financeiras, escolas maternais e jardins de infância, distribuídos nas zonas de maior densidade de trabalhadores, destinados especialmente aos filhos das mulheres empregadas. Art. 399 da CLT - O Ministro do Trabalho, Industria e Comercio conferirá diploma de benemerência aos empregadores que se distinguirem pela organizaçãoe manutenção de creches e de instituições de proteção aos menores em idade pré-escolar, desde que tais serviços se recomendem por sua generosidade e pela eficiência das respectivas instalações. Art. 400 da CLT - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma instalação sanitária. 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.1.TRABALHO DA MULHER Nas empresas com mais de 30 funcionárias mulheres será devido um local apropriado para deixar seus filhos ou convênio com um local próximo. Limite de esforço físico de 20 quilos para trabalho contínuo e 25 quilos para eventual, não havendo limite se houve um meio que evite o esforço (ex. uma maca para as enfermeiras). Não abrange nesta proibição a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos (Art. 390, p. único da CLT). Quem adota e engravida possui estabilidade, conforme esquema que segue: Tanto a gestante quanto a adotante tem licença-maternidade de 120 dias após o nascimento ou adoção da criança, salvo se a empresa estiver inscrita no programa empresa cidadã, que esse período será de 180 dias A gestante ou lactante não pode trabalhar em local insalubre; Se a gestante sofrer um aborto não criminoso, terá direito a licença de 2 semanas Durante o período de amamentação (até o 6 mês da criança) terá direito a dois intervalos extras de 30 minutos 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra EM SÍNTESE: 29 *Para todos verem: esquema 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.2. TRABALHO DO MENOR (ART. 402 AO 440 DA CLT) 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra O art. 7º, XXXIII, da CF/88 estabelece a “proibição de trabalho noturno, perigosos ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos”. Assim, considera-se menor, para fins de trabalho, aquele que tenha idade inferior a 14 anos, sendo que o menor entre 14 e 16 anos somente pode ser aprendiz, uma vez que a condição de empregado só é admitida pelo legislador constituinte aos maiores de 16 anos. Art. 402 da CLT - Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos. Parágrafo único - O trabalho do menor reger-se-á pelas disposições do presente Capítulo, exceto no serviço em oficinas em que trabalhem exclusivamente pessoas da família do menor e esteja este sob a direção do pai, mãe ou tutor, observado, entretanto, o disposto nos arts. 404, 405 e na Seção II. Art. 403 da CLT - É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos. Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não permitam a frequência à escola. O trabalhador menor é aquele maior de 16 anos e menor de 18 anos. O menor não pode exercer: Trabalho noturno; Trabalho insalubre; Trabalho perigoso; Trabalho que prejudique a frequência no colégio; Trabalho que prejudique a sua moral. 30 Art. 404 da CLT - Ao menor de 18 (dezoito) anos é vedado o trabalho noturno, considerado este o que for executado no período compreendido entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.2. TRABALHO DO MENOR (ART. 402 AO 440 DA CLT) 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 405 da CLT - Ao menor não será permitido o trabalho: I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim aprovado pelo Diretor Geral do Departamento de Segurança e Higiene do Trabalho; II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. § 1º (Revogado pela Lei 10.097, de 2000) § 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua formação moral. § 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho: a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos, cabarés, dancings e estabelecimentos análogos; b) em empresas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras semelhantes; c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes, desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral; d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas. Art. 406 da CLT - O Juiz de Menores poderá autorizar ao menor o trabalho a que se referem as letras "a" e "b" do § 3º do art. 405: I - desde que a representação tenha fim educativo ou a peça de que participe não possa ser prejudicial à sua formação moral; II - desde que se certifique ser a ocupação do menor indispensável à própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e não advir nenhum prejuízo à sua formação moral. Art. 407 da CLT - Verificado pela autoridade competente que o trabalho executado pelo menor é prejudicial à sua saúde, ao seu desenvolvimento físico ou a sua moralidade, poderá ela obrigá-lo a abandonar o serviço, devendo a respectiva empresa, quando for o caso, proporcionar ao menor todas as facilidades para mudar de funções. Parágrafo único - Quando a empresa não tomar as medidas possíveis e recomendadas pela autoridade competente para que o menor mude de função, configurar-se-á a rescisão do contrato de trabalho, na forma do art. 483. 31 O menor não pode prorrogar a jornada de trabalho salvo: a) sejam compensadas as HE; b) quando ocorrer força maior. Art. 413 da CLT - É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outra inferior legalmente fixada; II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. Parágrafo único. Aplica-se à prorrogação do trabalho do menor o disposto no art. 375, no parágrafo único do art. 376, no art. 378 e no art. 384 desta Consolidação. Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas. Art. 414 da CLT - Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas. Art. 440 da CLT - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição. Não corre prazo prescricional para o menor. O menor não pode assinar sozinho o termo de rescisão do contrato de trabalho. Art. 408 da CLT - Ao responsável legal do menor é facultado pleitear a extinção do contrato de trabalho, desde que o serviço possa acarretar para ele prejuízos de ordem física ou moral. Art. 439 da CLT - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS1.2.3. TRABALHO DO APRENDIZ (ART. 402 AO 440 DA CLT) 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 32 SEMPRE deverá aparecer o termo TÉCNICO-PROFISSIONAL ATENÇÃO! De acordo com o art. 7º, Inciso XXXIII da CF, a idade mínima para o trabalhador é 16 anos, salvo se na condição de aprendiz, que é de 14 a 24 anos. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional (art. 429 da CLT). As empresas não poderão ter menos de 5% de aprendizes, sob pena de pagar multa administrativa à União, prevista no artigo 434 da CLT. O aprendiz pode ter de 14 até 24 anos; O prazo máximo do contrato de aprendizagem é de 2 anos, exceto: Pessoa com deficiência, sem limite de prazo; A idade máxima não é aplicada: Pessoa com deficiência A jornada do aprendiz é de 6 horas diárias O FGTS do aprendiz é na importância de 2% sobre a sua remuneração; EM SÍNTESE: 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 428 da CLT - Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. § 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 2o Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. § 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. § 5o A idade máxima § 6o Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. § 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. § 8o Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.5. TRABALHO DO APRENDIZ (ART. 424 AO 433 DA CLT) 33 Art. 429 da CLT - Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. § 1o-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional. § 1º-B Os estabelecimentos a que se refere o caput poderão destinar o equivalente a até 10% (dez por cento) de sua cota de aprendizes à formação técnico-profissional metódica em áreas relacionadas a práticas de atividades desportivas, à prestação de serviços relacionados à infraestrutura, incluindo as atividades de construção, ampliação, recuperação e manutenção de instalações esportivas e à organização e promoção de eventos esportivos. § 1o As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à admissão de um aprendiz. § 2o Os estabelecimentos de que trata o caput ofertarão vagas de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os estabelecimentos e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais. § 3º Os estabelecimentos de que trata o caput poderão ofertar vagas de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os estabelecimentos e os gestores locais responsáveis pela prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas. Art. 430 da CLT - Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber: I – Escolas Técnicas de Educação; II – entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10097.htm#art1 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.5. TRABALHO DO APRENDIZ (ART. 424 AO 433 DA CLT) III - entidades de prática desportiva das diversas modalidades filiadas ao Sistema Nacional do Desporto e aos Sistemas de Desporto dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. § 1o As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados. § 2o Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, será concedido certificado de qualificação profissional. § 3o O Ministério do Trabalho fixará normas para avaliação da competência das entidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo. § 4o As entidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo deverão cadastrar seus cursos, turmas e aprendizes matriculados no Ministério do Trabalho. § 5o As entidades mencionadas neste artigo poderão firmar parcerias entre si para o desenvolvimento dos programas de aprendizagem, conforme regulamento. Art. 431 da CLT - A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas nos incisos II e III do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora dos serviços. Parágrafo único. Aos candidatos rejeitados pela seleção profissional deverá ser dada, tanto quanto possível, orientação profissional para ingresso em atividade mais adequada às qualidades e aptidões que tiverem demonstrado. Art. 432 da CLT - A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. § 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelasforem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Art. 433 da CLT - O contrato de aprendizagem extinguir-se- á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas atividades; II – falta disciplinar grave; III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou IV – a pedido do aprendiz. Parágrafo único. Revogado. § 2o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo. 34 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10097.htm#art1 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.6. TRABALHO DO DIRETOR SÚMULA 269 DO TST: DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE SERVIÇO - O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego Art. 62 da CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 35 Não há impedimento legal para que o empregado seja eleito diretor de sociedade anônima, conforme se depreende da leitura da Lei n. 6.404/76. Se isso ocorrer, o contrato de trabalho ficará suspenso, com a cessação temporária da prestação de serviços subordinados, bem como a obrigação do empregador pagar salário. Com efeito, há evidente incompatibilidade entre a figura do diretor e a do empregado. Uma única pessoa não pode desempenhar, simultaneamente, as funções inerentes ao cargo de diretor, que é um órgão representativo da sociedade anônima, e as funções exercidas pelo empregado. Entretanto, a Lei n. 8.036/90, art. 16, faculta às empresas equipararem seus diretores não empregados aos demais trabalhadores para efeito de recolhimento do FGTS. O término do mandato do diretor que não seja reconduzido possibilita a movimentação da conta vinculada do Trabalhador respectivo. O TST tem entendimento pacificado em relação a essa matéria, por meio da Súmula nº 269: 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.7. TRABALHADOR DOMÉSTICO 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra É aquela pessoa que presta serviço à pessoa ou família, no âmbito de sua residência, ao qual seu serviço não gere lucros financeiros aos seus empregadores. São exemplos de trabalhadores domésticos: o caseiro, a enfermeira (no âmbito residencial), a babá e o motorista particular. Caracterização: Empregado doméstico X Diarista: 36 *Para todos verem: esquema *Para todos verem:esquema 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.7. TRABALHADOR DOMÉSTICO 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Principais direitos: Anotação na CTPS; Vedação de descontos com alimentação, vestuário, higiene ou moradia (o empregado normal pode ter esse desconto); Salário-mínimo; Jornada de Trabalho de 8h diárias e 44 semanais; Horas Extras com adicional de 50%; Adicional noturno; Irredutibilidade salarial; Repouso semanal remunerado; Aviso prévio; 13º salário; Licença maternidade de 120 dias; Salário maternidade pago diretamente pelo INSS; Licença paternidade de 5 dias; Férias de 30 dias corridos acrescidos de 1/3; FGTS (art. 34 da LC nº 150); Seguro-desemprego; Estabilidade da gestante; Benefícios previdenciários, inclusive aposentadoria; As férias podem ser fracionadas em até 2 períodos, sendo um com no mínimo de 14 dias corridos, conforme art. 17, §2º da Lei complementar n. 150). 37 Principais diferenças entre empregado doméstico e trabalhador normal: Lei complementar 150/2015 Art. 1º - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. Art. 3º - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais. § 1º O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial será proporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral. § 2º A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo parcial poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a 1 (uma) hora diária, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, aplicando-se-lhe, ainda, o disposto nos §§ 2º e 3º do art. 2º, com o limite máximo de 6 (seis) horas diárias. Art. 10 - É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecer horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. § 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943, e o art. 9o da Lei no 605, de 5 de janeiro de 1949. 1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS 1.2.8. TRABALHADOR DOMÉSTICO 2ª Fase 38º Exame de Ordem Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra Art. 11 - Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o art. 2o. § 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes. § 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal. § 3º O disposto no § 2o deste artigo poderá ser, mediante acordo, convertido em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado. Art. 12 - É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo. Art. 13. - É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos. § 1º Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, 1 (uma) hora, até o limite de 4 (quatro) horas ao dia. § 2º Em caso de modificação do intervalo, na forma do § 1o, é obrigatória a sua anotação no registro diário de horário, vedada sua pré- anotação. Art. 22. O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do empregador, não se aplicando
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