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BELO MONTE

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BELO MONTE – ANÚNCIO DE UMA GUERRA
A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte na bacia do Rio Xingu gerou muita polêmica no que diz respeito à questão ambiental, a questão social e cultural. 
	Os indígenas (25 povos/aldeias), ativistas e ambientalistas questionam os impactos da construção dessa usina, principalmente a dizimação da cultura indígena, a diminuição territorial, falta de peixes, a flora e a fauna vão sofrer drásticas mudanças, falta de alimentos para os povos que ali vivem. Estimam os biólogos que mais ou menos 100 Km do Rio Xingu teria sua vazão tão reduzida que poderia até secar. Em 1989, quando o Governo Sarney lançou essa ideia os índios Kaiapós foram a Brasília e declararam guerra contra essa construção. 
O Governo declarou na época que o povo ribeirinho não seria atingido com essa construção, e a partir dessa percepção e com muita politicagem e subornos, desde o alto escalão até a Funai que é o órgão que deveria proteger os interesses dos povos indígenas, ajudou na tramitação do projeto Belo Monte que não foi preciso ser aprovada no Senado. 
Segundo dados do Governo Federal a sua construção é em prol do aumento da produção de energia no país e o fim dos temores de uma eventual crise energética, o governo chegou a provocar um apagão no país para ganhar o apoio do povo em beneficio a essa obra.
. Uma vez concluída, Belo Monte se tornaria a segunda maior usina hidrelétrica do país, a maior 100% brasileira e a terceira maior do mundo.
Os protestos contra a construção de Belo Monte já ganharam repercussão internacional, ganhando respaldo de personalidades como James Cameron, diretor de filmes como Avatar e Titanic, e que prometeu realizar um documentário sobre a construção da usina, Sting, o Greempeach e outros órgãos internacionais.
De acordo com especialistas, ela não poderá operar a todo vapor durante todo o ano. No período de estiagem, que dura em média seis meses, a geração cairá pela metade da sua capacidade. No projeto original, esse número seria de 11.233 MW. 
Com um custo em torno de 30 bilhões, sem somar os custos dos fatores sociais e ambientais coloca em dúvida a viabilidade econômica da obra.
Nesta guerra muitas pessoas precisaram morrer, para que a humanidade se conscientize de que tecnologia nenhuma está acima de vidas humanas, essa obra na minha visão foi um crime ambiental e social, contra a sociedade como um todo, em que muitos políticos e donos de empreiteiras ganharam dinheiro e os nativos e simpatizantes por essa causa saíram perdendo. Mesmo com tanta luta em 2012 Belo Monte começou a funcionar.

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