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Relatório_Estágio_Carlos_Lopes_80773

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Escola Superior de Tecnologia de Abrantes 
 
 
Evolução do Sistema de Freio em 
 
Veículos Ferroviários 
 
 
Relatório de Estágio 
 
 
 
Carlos Miguel Figueiredo Lopes 
 
 
 
 
Licenciatura em Engenharia Mecânica 
 
 
 
Projeto de Formação em Sistemas de Freio 
 
 
 
Abrantes, julho de 2020 
 
 
 
 
Escola Superior de Tecnologia de Abrantes 
 
Carlos Miguel Figueiredo Lopes 
 
 
Evolução do Sistema de Freio em 
 
Veículos Ferroviários 
 
 
Relatório de Estágio 
 
 
Coordenado por: 
 
 
Doutor Luís António Rodrigues de Figueiredo Ferreira Pereira 
 
 
Engenheiro Vítor Manuel Reis Ângelo 
 
 
 
Relatório de Estágio 
apresentado ao Instituto Politécnico de Tomar 
para cumprimento dos requisitos necessários 
à obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia Mecânica 
Abrantes, junho 2020
 
 
 
 
 
 Há minha família… 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
_____________________________________________________ 
 
Durante as últimas décadas ocorreu um desinvestimento sistemático no setor 
ferroviário português, o qual se deveu entre outros, a fatores de ordem económica e à 
alteração de paradigmas de mobilidade. Recentemente, no entanto, tem havido por parte 
do governo um renovado interesse na ferrovia portuguesa que se traduziu no Programa 
Ferrovia 2020 com um investimento total previsto de cerca de 2000 milhões de euros para 
a modernização dos comboios e linhas ferroviárias nacionais. Naturalmente, para fazer 
face a este volume de investimento, é necessário aumentar ou requalificar a mão-de-obra 
qualificada da empresa Comboios de Portugal (CP), e em particular, nas áreas da 
manutenção e engenharia. E é precisamente aí que reside presentemente um problema, 
que é o fato da CP ter vindo continuamente a perder know-how precisamente nessas áreas. 
Este fator poderá e terá um impacto direto na disponibilidade, fiabilidade e manutibilidade 
dos veículos ferroviários, o que poderá levar muitas vezes à sua supressão precoce, 
quando simplesmente não existirem internamente soluções de reparação economicamente 
viáveis. Este cenário poderá ocorrer em particular no material circulante mais antigo, que 
beneficia da enorme experiência acumulada por diversas gerações de técnicos da CP que 
possibilitam o prolongamento da sua vida útil, muito para além do que era inicialmente 
esperado. Consequentemente, as ações de formação são de extrema importância, uma vez 
que diariamente estão a entrar novos colaboradores e, sendo a manutenção e engenharia 
uma área fulcral e de complexidade relativamente elevada, torna-se, imprescindível, 
capacita-los de conhecimentos técnicos, e dos métodos e práticas desenvolvidas dentro 
da CP. É neste contexto que emergiu a tarefa principal do meu estágio curricular: elaborar 
um plano de formação (e respetivos conteúdos) na área dos sistemas de freio do material 
circulante e que tenha como público-alvo técnicos da CP, nomeadamente, mecânicos, 
eletricistas e eletromecânicos. 
 
Palavras-chave: CP, Formação, Sistemas de Freio. 
 
 
 
ABSTRACT 
______________________________________________________ 
 
During the last few decades, there has been a systematic divestment in the 
Portuguese railway sector, among others due to economic factors and the changes in 
mobility paradigms. Recently, however, there has been a renewed interest from the 
government on Portuguese railway, which resulted in the Programa Ferrovia 2020 (2020 
Railway Program) with an estimated total investment of around 2000 million euros for 
the modernization of national trains and railway lines. Naturally, in order to face this 
volume of investment, it is necessary to increase or requalify CP's qualified workforce, 
particularly in the areas of maintenance and engineering. And that is precisely where a 
problem resides, which is the fact that CP has continually lost know-how, precisely in 
these areas. This factor may have a direct impact on the availability, reliability and 
maintainability of railway vehicles, which can often lead to their early suppression, when 
no economically viable repair solutions ca be found internally. This scenario may occur 
particularly in the oldest rolling stock, which benefited from the enormous experience 
accumulated by several generations of CP technicians who made it possible to extend its 
life beyond previously expected. 
Consequently, formation is of utmost importance since new employees are 
entering every day and, with maintenance and engineering being a central and relatively 
complex subject, it is essential to provide the new incomers with capable technical 
knowledge, methods and best practices developed within de CP. It is from this context 
that the main task of my curricular internship emerged: to elaborate a training plan (and 
respective contents) in the area of the brake systems of the rolling stock targeting CP 
technicians, namely mechanics, electricians and electro mechanics. 
 
Keywords: CP, Training, Brake Systems. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
What´s measured improves… 
[O que é medido melhora…] 
 
 
 
 
 
 Peter Drucker 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Tal como em qualquer trabalho ou tarefa, assim como na própria vida, existem 
altos e baixos, este estágio curricular, também não fugiu à regra e é nesse sentido que 
gostaria de prestar agradecimento a algumas pessoas que contribuíram positivamente para 
a sua realização. 
 Em primeiro lugar gostaria de agradecer à empresa CP – Comboios de Portugal 
E. P. E. [Entidade Pública Empresarial] pela oportunidade que me deram de poder 
realizar o estágio na empresa, com a certeza de ser uma mais-valia, dado a minha enorme 
experiência profissional, podendo continuar a desenvolver um trabalho objetivo e gerar 
bons resultados, contribuindo para o crescimento da empresa, uma vez que passei por 
várias experiências com grande sucesso nos 25 anos enquanto colaborador, sendo os 
últimos 10 no cargo de Técnico Oficinal. 
 Gostaria de agradecer ao Engenheiro Pedro Rita, à Doutora Sara Domingues, ao 
Engenheiro Pedro Guedes, pela celeridade, disponibilidade e prontidão em relação ao 
pedido e à documentação necessária, e ao Engenheiro Vítor Ângelo, pela motivação, 
orientação e a forma como disponibilizou os meios necessários para a elaboração do 
estágio. 
 Gostaria de agradecer também ao Doutor Luís Pereira pelo empenho, dedicação, 
acompanhamento técnico e metodológico no âmbito dos trabalhos desenvolvidos e um 
agradecimento especial a todos os meus colegas de turma e de trabalho, pelo 
companheirismo e incentivo. 
 Por último, à minha família, por todo o tempo que estive ausente e por todos os 
sacrifícios que passaram por mim. 
Sem a colaboração de todos, este trabalho nunca teria sido possível. 
Obrigado a todos!
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
I 
Carlos Lopes nº 80773 
 
Índice 
 
Lista de anexos ............................................................................................................... VI 
Índice de figuras ............................................................................................................ VII 
Índice de tabelas ............................................................................................................... X 
Lista de abreviaturas e siglas .......................................................................................... XI 
1. Introdução ............................................................................................................... 20 
1.1. Objetivos do estágio ....................................................................................... 21 
1.2. Estrutura do relatório ......................................................................................22 
2. Identificação da empresa ........................................................................................ 23 
2.1. História da empresa ........................................................................................ 23 
2.2. Volume de negócios ....................................................................................... 29 
2.3. Fusão entre a CP e a EMEF ............................................................................ 30 
2.4. Situação atual .................................................................................................. 31 
2.5. Organograma da empresa CP ......................................................................... 35 
2.6. Ordenamento Operacional .............................................................................. 36 
3. Tipos de manutenção .............................................................................................. 37 
3.1. Algumas definições importantes .................................................................... 38 
3.2. Manutenção planeada ..................................................................................... 38 
3.3. Manutenção não planeada .............................................................................. 39 
3.4. Manutenção planeada preventiva ................................................................... 39 
3.5. Manutenção preventiva sistemática ................................................................ 39 
3.6. Manutenção preventiva condicionada ............................................................ 40 
3.7. Manutenção preditiva ..................................................................................... 40 
3.8. Manutenção planeada corretiva ...................................................................... 41 
3.9. Manutenção não planeada de emergência ...................................................... 41 
3.10. Manutenção centrada na fiabilidade (RCM) .................................................. 41 
4. Oficinas de manutenção.......................................................................................... 42 
4.1. Parque oficinal do Centro (POC) - Instalações .............................................. 43 
4.2. Descrição e valências das oficinas [2] ............................................................ 46 
4.3. Tipos de reparações, visitas periódicas e outras intervenções planeadas e não 
planeadas. ................................................................................................................... 46 
4.3.1. Tipos de reparações .................................................................................. 46 
4.3.2. Visitas periódicas ...................................................................................... 47 
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
II 
Carlos Lopes nº 80773 
 
4.3.3. Outras intervenções planeadas.................................................................. 48 
Manutenção planeada condicional.......................................................................... 49 
4.3.4. Outras intervenções não planeadas ........................................................... 49 
4.4. Número e distribuição dos operários .............................................................. 50 
4.5. Situação atual dos veículos em reparação ...................................................... 51 
4.5.1. Parque Oficinal Norte ............................................................................... 51 
4.5.1.1. Oficinas de Manutenção de Contumil ............................................... 51 
4.5.1.2. UMAV – Unidade de Manutenção de Alta Velocidade .................... 53 
4.5.1.3. Oficinas de manutenção de Sernada do Vouga (Figura 16) .............. 53 
4.5.1.4. Oficinas de manutenção de Mirandela (Figura 17) ........................... 53 
4.5.1.5. Oficinas de Grande Reparação de Guifões ....................................... 54 
4.5.2. Parque Oficinal Centro ............................................................................. 55 
4.5.2.1. Oficinas de Manutenção e Grande Reparação do Entroncamento .... 55 
4.5.3. Parque Oficinal Sul ................................................................................... 60 
4.5.3.1. Oficinas de Manutenção de Oeiras .................................................... 60 
4.5.3.2. Oficinas de Campolide ...................................................................... 60 
4.5.3.3. Oficinas de manutenção de Santa Apolónia ...................................... 61 
4.5.3.4. Oficinas do Barreiro .......................................................................... 62 
4.5.3.5. Oficinas de manutenção de Vila Real Santo António ....................... 63 
4.6. Necessidades e importância de formação contínua ........................................ 63 
4.7. Qualificações da mão de obra na empresa CP ................................................ 64 
4.7.1. Soldadores qualificados segundo as normas EN 287-1 e ISO 9606-2 ..... 64 
4.7.2. Soldadores qualificados - Enchimentos segundo a Norma ASME IX ..... 65 
4.7.3. Ensaios finais (mecânica) T320/T500 - Norma Interna 0.NI.RHM.1 ...... 65 
4.7.4. Ensaios finais (elétrica) T320/T500 - Norma Interna 0.NI.RHM.1 ......... 65 
4.7.5. Ensaios finais - carruagens (mecânica) - Norma Interna 0.NI.RHM.1 .... 65 
4.7.6. Ensaios finais - carruagens (elétrica) - Norma Interna 0.NI.RHM.1 ........ 66 
4.7.7. Ensaios de freio de vagão - Norma Interna 0.NI.RHM.1 ......................... 66 
4.7.8. Operador de banco de ensaios de freio - Norma Interna 0.NI.RHM.1 ..... 66 
4.7.9. Medição de rodados - Norma Interna 0.NI.RHM.1 - F230 ...................... 67 
4.7.10. Equipamentos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor com 
fluidos que empobrecem a camada de ozono (HCFC; Ex: R22) ............................ 67 
4.7.11. Ar condicionado - gases fluorados com efeito estufa ........................... 68 
4.7.12. Ensaios não destrutivos de líquidos penetrantes, magnetoscopia e 
ultrassons 68 
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
III 
Carlos Lopes nº 80773 
 
4.7.13. Inspeção aos rolamentos ....................................................................... 69 
4.7.14. Ensaio de vibrações em motores de tração. .......................................... 69 
4.7.15. Equilibragem de induzidos e rotores dos motores de tração. ............... 69 
5. Sistemas de freio em veículos ferroviários ............................................................. 69 
5.1. Introdução histórica [2] .................................................................................. 69 
5.2. Evolução dos sistemas de freio em veículos ferroviários ............................... 77 
5.2.1. Freio de contravapor ................................................................................. 77 
5.2.2. Vagão de frenagem ................................................................................... 78 
5.2.3. Guarda freio .............................................................................................. 78 
5.2.4. Freio a vácuo ............................................................................................ 79 
5.2.4.1. Limitações do freio a vácuo .............................................................. 79 
5.2.5. Freio a ar comprimido .............................................................................. 80 
5.2.5.1. Tabela de comparação entre o Freio a Vácuo e Ar Comprimido ...... 81 
5.2.6. Freio a ar comprimido: Freio direto ......................................................... 81 
5.2.6.1. Freio a ar comprimido: Limitações do freio direto ........................... 82 
5.2.7. Freio a ar comprimido: Freio automático................................................. 82 
5.2.8. Freio a ar comprimido: Freio automático - Dual ...................................... 82 
5.2.9. Freio a ar comprimido: Freio automático de duas condutas (freio 
pneumático) ............................................................................................................ 84 
5.2.10. Freio a ar comprimido: Freio electropneumático - EP.......................... 84 
5.2.11. Freio a ar comprimido: Freio auxiliar ................................................... 84 
5.2.12. Freio a ar comprimido: Sistema blending ............................................. 85 
5.2.13. Freio de Estacionamento ....................................................................... 85 
5.3. Tipos de freio mais comuns em veículos ferroviários .................................... 85 
5.4. Sistemas de freio específicos a abordar na formação ..................................... 85 
6. Formação: Sistemas de freio em veículos ferroviários ........................................... 86 
6.1. Porque é que esta formação é necessária? ...................................................... 86 
6.2. Quem é o público alvo? .................................................................................. 86 
6.3. Objetivo da formação ..................................................................................... 86 
6.4. Tipo de formação ............................................................................................ 87 
6.5. Formato da formação ...................................................................................... 88 
6.6. Número de horas previsto ............................................................................... 88 
7. Estrutura de conteúdos da formação ....................................................................... 88 
7.1. Sistema de ar comprimido .............................................................................. 89 
7.2. Sistema de produção e tratamento de ar comprimido..................................... 90 
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
IV 
Carlos Lopes nº 80773 
 
7.2.1. Principais funções ..................................................................................... 90 
7.2.1.1. Purificação do ar atmosférico ............................................................ 90 
7.2.1.2. Compressão do ar atmosférico .......................................................... 91 
7.2.1.3. Órgãos de controlo da pressão do Ar Comprimido ........................... 94 
7.2.1.3.1. Válvula de Segurança .................................................................. 95 
7.2.1.3.2. Pressostato ................................................................................... 96 
7.2.1.3.3. Válvula de Retenção .................................................................... 96 
7.2.1.3.4. Válvula redutora de pressão ......................................................... 97 
7.2.1.3.5. Armazenagem do ar comprimido ................................................ 97 
7.2.1.4. Tratamento do ar comprimido: Órgãos do sistema ........................... 98 
7.2.1.4.1. Arrefecedor de Ar ........................................................................ 98 
7.2.1.4.2. Separador de óleo (Desoleador) ................................................... 98 
7.2.1.4.3. Órgãos de purga. ........................................................................ 100 
7.2.1.4.4. Unidade de secagem do ar (Torre de secagem) ......................... 101 
7.3. Sistema de freio pneumático......................................................................... 105 
7.3.1. Órgãos do sistema de freio pneumático UQE2300/2400 ....................... 107 
7.3.1.1. Válvula de Maquinista FHD4-3 (B1) e válvula relé RH3-EP (B2) 108 
7.3.1.2. Distribuidor de freio ........................................................................ 111 
7.3.1.3. Válvula de carga do freio RLV (C9) ............................................... 113 
7.3.1.4. Cilindros de freio/Blocos de freio ................................................... 114 
7.3.1.5. Timoneria de freio ........................................................................... 115 
7.3.1.6. Regulador de freio ........................................................................... 116 
7.3.1.7. Guarnições de freio ......................................................................... 116 
7.3.1.8. Funcionamento do aperto do freio pneumático ............................... 117 
7.3.1.9. Funcionamento do desaperto do freio pneumático ......................... 118 
7.4. Sistema de freio electropneumático .............................................................. 122 
7.4.1. Órgãos do sistema de freio electropneumático UQE2300/2400 ............ 122 
7.4.2. Funcionamento do aperto do freio electropneumático ........................... 122 
7.4.3. Funcionamento do desaperto do freio electropneumático ...................... 123 
7.5. Sistema blending .......................................................................................... 123 
7.5.1. Órgãos do sistema blending ....................................................................... 123 
7.5.2. Funcionamento do sistema blending ...................................................... 124 
7.6. Sistemas de freio de emergência .................................................................. 125 
7.6.1. Atuação pela válvula maquinista FHD4-3 B1 movimentada para 
emergência ............................................................................................................ 126 
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
V 
Carlos Lopes nº 80773 
 
7.6.2. Atuação pela válvula maquinista FHD4-3 B1 movimentada para 
emergência ............................................................................................................ 126 
7.6.3. Atuação pela válvula de emergência SBV1 B3 ou válvula de Murro .... 127 
7.6.4. Atuação pelo sinal de alarme .................................................................. 132 
7.6.5. Atuação pelo sistema Homem Morto ..................................................... 134 
7.6.5.1. Constituição do sistema HM ........................................................... 134 
7.6.5.2. Funcionamento do sistema mecânico do HM ................................. 135 
7.6.5.3. Funcionamento do sistema eletrónico do HM................................. 136 
7.6.5.4. Funcionamento da electroválvula L8 posição de serviço................ 137 
7.6.5.5. Funcionamento da electroválvula L8 atuação de emergência ......... 138 
7.6.6. Atuação promovido pelo sistema Convel ............................................... 140 
7.6.6.1. Funcionamento da electroválvula D1 posição de serviço ............... 141 
7.6.6.2. Funcionamento da electroválvula D1 atuação de emergência ........ 141 
7.6.6.3. Esquema de funcionamento do sistema Convel .............................. 141 
8. Conclusões ............................................................................................................ 143 
9. Recomendações .................................................................................................... 144 
Bibliografia ................................................................................................................... 145 
Webgrafia ..................................................................................................................... 145 
Anexos .......................................................................................................................... 147 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________VI 
Carlos Lopes nº 80773 
 
Lista de anexos 
 
Anexo 1 - Matriz de competências F250. 
Anexo 2 - Instrução de trabalho. 
Anexo 3 - Instrução de ensaio. 
Anexo 4 - Registo de ensaio. 
Anexo 5 - Auto de retorno ao serviço. 
Anexo 6 - Nota de recuperação. 
Anexo 7 - Ordem de manutenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
VII 
Carlos Lopes nº 80773 
 
Índice de figuras 
 
Figura 1. Organização do trabalho durante pandemia COVID – 19. ............................. 33 
Figura 2. Desinfeção de comboios. ................................................................................ 34 
Figura 3. Organograma da empresa CP - Comboios de Portugal. .................................. 35 
Figura 4. Ordenamento operacional. .............................................................................. 36 
Figura 5. Tipos de manutenção....................................................................................... 37 
Figura 6. POC – Instalações. .......................................................................................... 43 
Figura 7. Oficina material motor Entroncamento. .......................................................... 44 
Figura 8. Layout da oficina de material motor. ............................................................. 45 
Figura 9. Locotrator. ....................................................................................................... 51 
Figura 10. Locomotiva diesel 1900. ............................................................................... 51 
Figura 11. Automotora Dupla Diesel UDD. ................................................................... 51 
Figura 12. Locomotiva Elétrica 2600. ............................................................................ 52 
Figura 13. Locomotiva a vapor E170. ............................................................................ 52 
Figura 14. Composição de emergência........................................................................... 52 
Figura 15. CPA4000 (Pendular). .................................................................................... 53 
Figura 16. Automotora Diesel Série 9600. ..................................................................... 53 
Figura 17. Metro Ligeiro. ............................................................................................... 53 
Figura 18. Metro do Porto .............................................................................................. 54 
Figura 19. Carruagens SChindler ................................................................................... 54 
Figura 20. Locotrator Sentinel. ....................................................................................... 55 
Figura 21. Allan série 0350. ........................................................................................... 55 
Figura 22. UTE série 2240. ............................................................................................ 55 
Figura 23. UME série 3150/3250 ................................................................................... 56 
Figura 24. UQE da Série 2300/2400. ............................................................................. 56 
Figura 25. UQE3500. ..................................................................................................... 56 
Figura 26. CPA 4000 (Pendular) .................................................................................... 57 
Figura 27. Carruagem. .................................................................................................... 57 
Figura 28. Guindaste Ferroviário Y21. ........................................................................... 57 
Figura 29. Dresina. ......................................................................................................... 58 
Figura 30. Veiculo VCC. ................................................................................................ 58 
Figura 31. Reparação de bogies, cilindros de freio e amortecedores. ............................ 58 
Figura 32. Reparação de rodados e caixas de transmissão. ............................................ 59 
Figura 33. Reparação de equipamentos elétricos e eletrónicos. ..................................... 59 
Figura 34. Reparação de equipamentos mecânicos e pneumáticos. ............................... 59 
Figura 35. Reparação de motores de tração, máquinas rotativas e bobinagem. ............. 59 
Figura 36. UME série 3150/3250. .................................................................................. 60 
Figura 37. UQE da Série 2300/2400. ............................................................................. 60 
Figura 38. UQE3500. ..................................................................................................... 61 
Figura 39. Locotratores................................................................................................... 61 
Figura 40. Automotora Dupla Diesel UDD. ................................................................... 61 
Figura 41. Carruagem corrail. ........................................................................................ 62 
Figura 42. Comboio socorro. .......................................................................................... 62 
Figura 43. Locomotiva Diesel Série 1400. ..................................................................... 62 
Figura 44. Automotora Dupla Diesel UDD. ................................................................... 63 
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Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
VIII 
Carlos Lopes nº 80773 
 
Figura 45. Locomotiva a vapor 1804 (Richard Trevithick)............................................ 71 
Figura 46. Locomotiva a vapor - 1812 (John Benkinsop). ............................................. 71 
Figura 47. Locomotiva a vapor nº1 em Darlington Railway Center and Museum. ....... 72 
Figura 48. Locomotiva a vapor Rocket (foguete)........................................................... 72 
Figura 49. Bitola padrão 1435mm. ................................................................................. 73 
Figura 50. Locomotiva a vapor 141R 1199. ................................................................... 73 
Figura 51. Locomotiva a vapor "Mallard" ...................................................................... 74 
Figura 52. Locomotiva a vapor “Big Boy” .................................................................... 75 
Figura 53. Locomotiva a vapor “D. Luiz”. ..................................................................... 76 
Figura 54. Inauguração do primeiro serviço publico caminhos de Ferro em Portugal .. 76 
Figura 55. Vagão de freio 1254C. .................................................................................. 78 
Figura 56. Guarda freio. ................................................................................................. 78 
Figura 57. Diagrama de Blocos do Sistema Freio a Vácuo. ........................................... 79 
Figura 58. Cilindro de freio a vácuo. .............................................................................. 80 
Figura 59. Diagrama de blocos dos sistemas de freio a ar direto ................................... 81 
Figura 60. Esquema Simplificado do Sistema de Freio automático. .............................. 82 
Figura 61. Válvula de maquinista M8D ......................................................................... 83 
Figura 62. Distribuidor Ar e Vácuo ................................................................................ 83 
Figura 63. Diagrama de bloco freio automático de duas condutas. ................................ 84 
Figura 64. Filtro de malha de aço ................................................................................... 90 
Figura 65. Compressor de êmbolo UQE2300/2400. ...................................................... 92 
Figura 66. Diagrama de blocos funcionamento do compressor de êmbolo.................... 93 
Figura 67. Foto em corte do compressor de parafuso. ................................................... 93 
Figura 68. Esquema de funcionamento do compressor de parafuso. ............................. 94 
Figura 69. Válvula de segurança. ................................................................................... 95 
Figura 70. Pressostato. .................................................................................................... 96 
Figura 71. Válvula de retenção A5. ................................................................................ 96 
Figura 72. Válvula redutora de pressão. ......................................................................... 97 
Figura 73. Reservatório de ar comprimido. .................................................................... 97 
Figura 74. Arrefecedor de ar........................................................................................... 98 
Figura 75. Separador de óleo. ......................................................................................... 99 
Figura 76. Diafragma danificado por óleo...................................................................... 99 
Figura 77. Esquema de funcionamento dos equipamentos A7 e A14. ......................... 101 
Figura 78. Unidade de secagem UQE2300/2400. ........................................................ 101 
Figura 79. Esquema de funcionamento da torre de secagem UQE2300/2400. ............ 102 
Figura 80. Esquema funcionamento do sistema de produção e tratamento de ar. ........ 103 
Figura 81. Compressor auxiliar UQE2300/2400. ......................................................... 104 
Figura 82. Esquema de funcionamento do circuito do pantógrafo. .............................. 104 
Figura 83. Pantógrafo UQE2300/2400. ........................................................................ 105 
Figura 84. CP e CG no Cabeçote de um veiculo. ......................................................... 106 
Figura 85. Conduta dos Cilindros de Freio dos reboques UQE2300/2400. ................. 107 
Figura 86. Válvula relé RH3-EP e Válvula de Maquinista FHD4-3. ........................... 108 
Figura 87. Esquema de funcionamento válvula FHD4-3 posição aperto do freio. ...... 109 
Figura 88. Esquema de funcionamento válvula FHD4-3 posição desaperto do freio. . 110 
Figura 89. Esquema de funcionamento válvula relé RH3-EP. ..................................... 111 
Figura 90. Distribuidor de freio KE1dt – DTB01. .......................................................113 
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Estágio Curricular na Empresa CP 
 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
IX 
Carlos Lopes nº 80773 
 
Figura 91. Válvula de carga RLV 9 UQE2300/2400. .................................................. 114 
Figura 92. Bloco de freio UQE2300/2400.................................................................... 115 
Figura 93. Timoneria de freio. ...................................................................................... 116 
Figura 94. Foto em corte do Regulador de freio DRV2A 320K. ................................. 116 
Figura 95. Guarnições. ................................................................................................. 117 
Figura 96. Esquema pneumático motora UQE2300/2400. ........................................... 119 
Figura 97. Esquema pneumático reboque UQE 2300/2400. ........................................ 120 
Figura 98. Cabina de condução UQE 2300/2400. ........................................................ 121 
Figura 99. Digrama de Blocos do funcionamento do sistema blending. ...................... 125 
Figura 100. Esquema de funcionamento da válvula de murro. .................................... 128 
Figura 101. Desenho da válvula SBV1 - B3 (- válvula de murro) ............................... 129 
Figura 102. LE5613 acidente em Alfarelos ano de 2013. ............................................ 130 
Figura 103. CPA4007 Acidente em Santarém 23 de abril de 2020 .............................. 131 
Figura 104. Esquema de funcionamento do sinal de alarme. ....................................... 133 
Figura 105. Caixa de comando designada SIFA. ......................................................... 135 
Figura 106. Esquema de Funcionamento do sistema HM da LD1400. ........................ 136 
Figura 107. Esquema de Funcionamento do sistema HM da UQE2300/2400. ............ 136 
Figura 108. Quadro Lumitext da cabina condução UQE2300/2400. ........................... 137 
Figura 109. Esquema de Funcionamento L8 posição Serviço...................................... 138 
Figura 110. Esquema de Funcionamento L8 Atuação de emergência. ........................ 139 
Figura 111. Sistema Convel na Via. ............................................................................. 141 
Figura 112. Sistema Convel na Composição ................................................................ 142 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estágio Curricular na Empresa CP__________________________________________________________________________________________________________ 
 
X 
Carlos Lopes nº 80773 
 
Índice de tabelas 
 
Tabela 1. Número de passageiros por ano em milhões. ................................................. 32 
Tabela 2. Distribuição dos colaboradores na manutenção e engenharia do POC ......... 50 
Tabela 3. Soldadores Qualificados segundo a Norma EN287-1 e ISO 9606-2. ............. 64 
Tabela 4. Soldadores Qualificados - Enchimento segundo a Norma ASME IX. ........... 65 
Tabela 5. Ensaios finais (mecânica) - Norma Interna O N.I. RHM.1. ........................... 65 
Tabela 6. Ensaios finais (elétrica) - Norma Interna O N.I. RHM.1. .............................. 65 
Tabela 7. Ensaios finais - carruagens (mecânica) - Norma Interna O N.I. RHM.1........ 65 
Tabela 8. Ensaios finais carruagens (elétrica) - Norma Interna O N.I. RHM.1 ............. 66 
Tabela 9. Ensaios freio de vagão - Norma Interna O N.I. RHM.1 ................................. 66 
Tabela 10. Operador de banco de ensaios de freio - Norma Interna O N.I. RHM.1. ..... 66 
Tabela 11. Medição de rodados - Norma Interna O N.I. RHM.1 ................................... 67 
Tabela 12. Equipamentos que empobrecem a camada de ozono (HCFC; Ex: R22) ...... 67 
Tabela 13. Ar condicionado – gases fluorados com efeito de estufa ............................. 68 
Tabela 14. Ensaios líquidos penetrantes, magnetoscopia e ultrassons ........................... 68 
Tabela 15. Inspeção aos rolamentos ............................................................................... 69 
Tabela 16. Ensaio de vibrações em motores de tração ................................................... 69 
Tabela 17. Equilibragem de induzidos e rotores dos motores de tração ........................ 69 
Tabela 18. Tabela de comparação entre o freio a vácuo e Ar Comprimido ................... 81 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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XI 
Carlos Lopes nº 80773 
 
Lista de abreviaturas e siglas 
 
EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A. 
Empresa CP - Comboios de Portugal E. P. E. [Entidade Pública Empresarial]. 
RCM - Reabilitação Centrada na Manutenção. 
POC - Parque Oficinal do Centro. 
UROT - Unidade Rotáveis. 
Freio EP - Freio Electropneumático. 
AC - Ar Comprimido. 
B1 - Válvula de Maquinista. 
B2 - Válvula Relé. 
RLV - Válvula de Carga do Freio. 
CP - Conduta Principal. 
CG (HL) - Conduta Geral. 
CF (HP) - Cilindros de Freio. 
CI (AL) - Conduta Iqualizadora. 
UCC - Unidade Central de Comando. 
UCT - Unidade Central de Tração. 
HM - Sistema de Controlo Homem Morto. 
CONVEL - Sistema de Controlo de Velocidade. 
PEV - Plano Exploração de Vida. 
QAS - Qualidade Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho. 
HSST - Higiene Segurança e Saúde no Trabalho. 
UTE - Unidade Tripla Elétrica 
UME - Unidade Múltipla Elétrica 
UQE - Unidade Quádrupla Elétrica 
CPA 4000 - Comboio Pendulação Ativa 
VCC - Veiculo Conservação de Catenária 
HFC - Hidrofluorocarbonetos 
GWP - Potencial Aquecimento Global 
 
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1. Introdução 
 
Este relatório “Projeto de Formação em Sistemas de Freio” surge no âmbito do 
estágio curricular do curso de Licenciatura em Engenharia Mecânica, para cumprimento 
dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia Mecânica 
na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. O estágio foi desenvolvido na empresa 
CP – Comboios de Portugal E.P.E. [1], na secção de pneumáticos na UROT - Manutenção 
e Engenharia, Parque Oficinal do Centro (POC) e ocorreu entre o dia 06 de abril e o dia 
29 de junho de 2020, tendo uma duração de 297 horas. A CP trata-se de uma empresa 
portuguesa de transporte ferroviário, tendo sido criada em 11 de maio de 1860 pelo 
empresário espanhol José de Salamanca y Mayol com o nome de Companhia Real dos 
Caminhos de Ferro Portugueses. Desde dezembro de 1992 até 31 de dezembro de 2019, 
a manutenção de toda a frota dos veículos ferroviários da CP esteve a Cargo de empresa 
EMEF. A EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A. foi 
constituída em dezembro de 1992. O seu capital social era detido a 100% pela CP – 
Comboios de Portugal, E.P.E. Foi criada como resultado da autonomização da área 
industrial da empresa CP destinada à reparação e reabilitação do material circulante, 
inclui todo o material que circula (locomotivas, automotoras, carruagens, vagões…) por 
contraste com a infraestrutura (carris …) tendo sido nas últimas décadas a empresa 
portuguesa de referência no sector da metalomecânica ferroviária, desenvolvendo a sua 
atividade em cinco áreas distintas: 
 Manutenção qualificada pesada – grande reparação, modernização, reabilitação 
de material circulante ferroviário e reacondicionamento dos respetivos 
componentes e equipamentos; Manutenção qualificada ligeira – manutenção 
preventiva sistemática e condicionada e manutenção corretiva de material 
circulante ferroviário; 
 Projeto e fabrico (vagões); 
 Conceção e desenvolvimento de projetos no âmbito da tecnologia ferroviária; 
Operações de carrilamento, no âmbito de trabalhos de socorro a material 
circulante ferroviário. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comboios_de_Portugal
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1.1. Objetivos do estágio 
 
O principal objetivo deste estágio é a elaboração de um programa de formação em 
sistemas de freio destinado aos técnicos da CP da área da manutenção e engenharia. 
O programa de formação deverá ter em linha de conta a tipologia das 
competências que se pretende desenvolver nos formandos. Em particular o conhecimento 
em detalhe dos sistemas de freio, dos seus aspetos funcionais, bem como a partilha do 
conhecimento acumulado por diversas gerações de operários que passaram pelas oficinas 
da CP nas áreas da manutenção, reabilitação e fabrico de veículos ferroviários. Estas 
gerações desenvolveram soluções e metodologias internas mais económicas e/ou mais 
eficientes dos que as recomendadas pelos fornecedores dos diversos equipamentos que 
compõem um sistema de freio, e consequentemente é de absoluta importância fazer a 
divulgação deste corpo valioso de conhecimento ás gerações de operários que se vão 
sucedendo. 
Por outro lado, um conhecimento detalhado dos sistemas freio capacita os técnicos 
a diagnosticarem e resolverem de forma mais rápida e eficiente avarias mais complexas, 
que saem fora do âmbito das intervenções comuns de manutenção. 
Outro aspeto que deverá ser avaliado é o nível de formação do público-alvo, para 
que a formação seja efetivo e chegue de forma aproximadamente uniforme a todos os 
formandos ainda que com diferenças substanciais do nível de formação académica entre 
eles. 
Adicionalmente há um conjunto de atividades que serão desenvolvidas durante o 
estágio nomeadamente: 
 a identificação do público alvo da formação. 
 a identificação dos objetivos pedagógicos. 
 a identificação dos conteúdos programáticos 
 a elaboração de material didático de apoio à formação. 
 a definição das modalidades de formação. 
 a determinação dos recursos (tempo, recursos, humano, recursos técnicos, 
recursos materiais, recursos financeiros.). 
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1.2. Estrutura do relatório 
 
O relatório é constituído por oito capítulos, no primeiro capítulo foi apresentada 
uma introdução que contextualiza o objetivo do trabalho e dá a conhecer a estrutura do 
relatório. 
O segundo capítulo traz a identificação da empresa CP, onde se mostra um pouco 
da sua história, o volume de negócios, assim como a fusão que ocorreu recentemente no 
dia 1 de janeiro de 2020, entre a CP e a EMEF- o que potencialmente poderá vir a reforçar 
a capacidade operacional e funcional da principal operadora nacional de transporte 
ferroviário de passageiros. Aproveita-se também, para fazer uma pequena abordagem 
sobre a sua situação atual. 
O terceiro capítulo, pretende mostrar os diversos tipos de manutenção que são 
executados pela empresa CP. 
No quarto capítulo, é feita uma breve apresentação das oficinas de manutenção, 
assim como as suas valências, tendo por objetivo mostrar os vários tipos de reparações 
que são efetuadas ao material circulante que se encontram distribuídos pelas oficinas dos 
vários parques oficinais de Norte a Sul do País. 
Neste capítulo aponta-se ainda, para a necessidade e importância da formação 
contínua, assim como, as qualificações em áreas específicas dos trabalhadores da CP, 
como é o caso dos sistemas de freio, com uma implicação preponderante na manutenção 
dos veículos ferroviários. 
O capítulo cinco, descreve os sistemas de freio em veículos ferroviários, onde é 
feita uma descrição histórica e a sua evolução desde os tempos do vapor até aos dias de 
hoje. 
No capítulo seis irá ser abordada a formação em sistemas de freio. 
O capítulo sete apresenta a estrutura dos conteúdos da formação que foi preparada, 
com o objetivo de capacitar os técnicos da CP com o conhecimento técnico necessário 
que lhes permita no futuro mais competências para enfrentar os desafios inerentes aos 
desenvolvimentos nas suas áreas de ação. 
No Oitavo capítulo apresenta-se a conclusão e baseado nesta, fazem-se 
recomendações. 
 
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2. Identificação da empresa 
 
A CP – Comboios de Portugal E.P.E. é uma entidade pública empresarial detida a 
100% pelo Estado. Como agente ativo da sociedade, a empresa CP assume a 
responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento económico e para a coesão social 
do país e dos seus cidadãos, através de um bom desempenho da sua atividade comercial. 
Com cerca de 145 milhões de passageiros transportados em 2019, mais 19 milhões do 
que em 2018, ou seja, um aumento de 15%, confirmando a tendência de crescimento, 
verificada em anos anteriores, tendo sido transversal a todos os serviços, faz com que, a 
CP seja uma das mais representativas empresas portuguesas e a maior empresa de 
transportes terrestres a operar em Portugal. 
 
2.1. História da empresa 
O princípio do caminho de ferro em Portugal, ocorre em 26 de outubro 1856, tendo 
sido um dos mais importantes acontecimentos da época. Desde então, muitos são os 
marcos que marcaram a história do transporte ferroviário em Portugal – de um projeto 
inicial de ligação ferroviária entre Lisboa e Porto e posteriormente à fronteira de Badajoz, 
alcançou-se numa verdadeira rede ferroviária, com ligações internas e externas, que em 
muito contribuíram para o desenvolvimento do País e da sua aproximação à Europa. Até 
ao ano de 1993, a CP assegurava a manutenção da sua própria frota, nesse ano, foi criada 
a EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários, como resultado da 
autonomização da área industrial da CP destinada à reparação e reabilitação do material 
circulante, tendo mantido essa responsabilidade durante os últimos 25 anos, tendo 
desempenhado um importante e fundamental papel na indústria metalomecânica do nosso 
país. 
Segue-se uma breve cronologia da evolução da EMEF [2]: 
1993 
Criação da empresa, EMEF a 30 de janeiro. 
A EMEF passou a desenvolver a atividade de reparação de material circulante e 
seus componentes, que anteriormente era desenvolvida pela CP, nos seguintes 
estabelecimentos: 
 Grupo Oficinal do Porto 
https://www.emef.pt/
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 Grupo Oficinal da Figueira da Foz 
 Grupo Oficinal do Entroncamento 
 Grupo Oficinal do Barreiro 
 
1994 
Alargou a sua área de atividade, englobando a manutenção do material ferroviário. 
Passaram também a fazer parte da EMEF as seguintes áreas oficinais: 
 
 Região de Manutenção Norte (que mais tarde passou a ter a designação de 
Manutenção Norte), incluindo as oficinas de Contumil, Boavista, Mirandela, 
Livração, Régua e Sernada do Vouga. 
 Região de Manutenção Centro (que mais tarde passou a ter a designação de 
Manutenção Centro), incluindo as oficinas de Entroncamento, Coimbra e Figueira 
da Foz. 
 Manutenção de Material de Mercadorias, incluindo a oficina de Entroncamento. 
 Região de Manutenção de Lisboa (que mais tarde passou a ter a designação de 
Manutenção de Lisboa), incluindo as oficinas de Campolide, Oeiras e Santa 
Apolónia. 
 Região de Manutenção do Sul (que mais tarde passou a ter a designação de 
Manutenção Sul), incluindo as oficinas do Barreiro e Vila Real de Santo António. 
 
1997 
 
Foi criada a Manutenção e Reparação de Material de Mercadorias – MRM. 
 
 
1998 
Iniciou-se, nas instalações do Grupo Oficinal do Porto, a atividade de manutenção 
qualificada de material circulante a afetar ao metro ligeiro de superfície da área 
metropolitana do Porto (metro do Porto). 
Em outubro, a responsabilidade do estabelecimento de Coimbra passou para a 
Região de Manutenção Centro. 
 
 
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1999 
A empresa iniciou a preparação para a internacionalização das suas atividades 
com uma participação na constituição da FERTREM – Operações Ferroviárias 
Internacionais, S.A., dedicando-se à assistência técnica, industrial e comercial a entidades 
nacionais e estrangeiras no sector ferroviário. 
 
2000 
Em agosto, foi obtida a Certificação da Qualidade de acordo com a Norma NP 
EN/ISO 9002/1995. 
 
2002 
O Sistema de Gestão da Qualidade foi certificado de acordo com a Norma NP EN 
ISO 9001. 
Em novembro foi efetuada uma restruturação no ordenamento operacional, 
nomeadamente no núcleo de Manutenção da Figueira da Foz, incluindo as oficinas da 
Figueira da Foz e de Coimbra. 
 
2004 
 Foi extinto o Grupo Oficinal da Figueira da Foz, em dezembro. 
 
2005 
 A empresa iniciou atividade no sector da construção ferroviária, sendo escolhida 
como unidade industrial, no âmbito de um contrato de fornecimento e reabilitação de 
vagões de mercadorias entre o Estado Português e a República da Bósnia & Herzegovina. 
 
 
2007 
Em janeiro, foi extinta a Manutenção e Reparação de Material de Mercadorias, 
tendo a sua atividade de manutenção de vagões sido integrada na Manutenção Centro. A 
atividade de reparação de vagões foi integrada no Grupo Oficinal do Entroncamento. 
Em dezembro foram criadas a Unidade de Inovação e Tecnologia Ferroviária 
(UITF) e a Unidade de Novos Projetos (UNP). 
 
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2008 
 Em janeiro foi desativada a oficina de Coimbra, da Manutenção Centro, sendo a 
sua atividade transferida para a Manutenção da Figueira da Foz. 
Em julho foi criada a Direção de Planeamento e Controlo da Produção. 
Em setembro foi criadoo Parque Oficinal do Entroncamento (POE), que absorveu 
o Grupo Oficinal do Entroncamento e a Manutenção Centro. 
 
2009 
Em janeiro os Serviços Centrais da EMEF foram transferidos de Lisboa para a 
Amadora. 
Em fevereiro foi criado o Parque Oficinal do Sul (POS), que absorveu o Grupo 
Oficinal do Barreiro e a Manutenção Sul. 
Na mesma data foram também criados os seguintes órgãos: Direção Comercial e 
de Marketing, Apoio Jurídico e Contencioso e Apoio Técnico, Património e Obras de 
Construção Civil. 
Foi constituído, a 28 de agosto, o ACE-Agrupamento Complementar de Empresas 
entre a EMEF S.A. e a Siemens S.A. para a reparação e manutenção das locomotivas 
elétricas da CP séries 5600 e 4700. 
Foi criada, a 1 de outubro, a Unidade de Manutenção de Alta Velocidade 
(UMAV), sediada em Contumil. 
Foi criado o Parque Oficinal do Norte (PON), que absorveu o Grupo Oficinal do 
Porto e a Manutenção Norte. 
 
2010 
Em 14 de junho foi constituída a EMEF INTERNACIONAL, S.A. tendo como 
principal objeto o fabrico de vagões e vocacionada para o mercado externo. 
 
2011 
Em janeiro foi criada a Direção de Inovação e Engenharia Ferroviária, que 
absorveu a Unidade de Inovação e Tecnologia Ferroviária e a Direção de Engenharia. 
Foi criado o Parque Oficinal Centro (POC), que absorveu o Parque Oficinal do 
Entroncamento e a Manutenção da Figueira da Foz. 
O Parque Oficinal do Sul (POS) absorveu a Manutenção de Lisboa. 
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Foi encerrada a oficina de Livração do Parque Oficinal do Norte, em fevereiro. 
Em dezembro, foram encerradas as oficinas da Régua (PON) e da Figueira da Foz 
(POC). 
 
2012 
O Sistema de Gestão de Recursos Humanos da EMEF foi certificado conforme a 
NP 4427. 
Em junho foi extinta a EMEF – INTERNACIONAL, S.A. 
Em novembro foi extinta a Direção de Inovação e Engenharia Ferroviária, tendo 
sido criadas a Direção de Engenharia e a Unidade de Inovação e Desenvolvimento. 
 
2013 
Em 9 de janeiro foi extinta a Unidade de Novos Projetos (UNP). 
Em 18 de Março foi criado o cargo de Diretor Geral, diretamente dependente do 
Conselho de Administração. 
Em 2 de abril foram criadas, na dependência direta do Diretor Geral, as Direções 
de Coordenação de Engenharia e Gestão Operacional e a Direção de Coordenação 
Financeira, Logística e Organizacional. 
Em 16 de julho houve uma reorganização global da empresa, que incluiu a criação 
de novas direções, de novas áreas e a redefinição das responsabilidades de alguns 
domínios de intervenção: 
 
 Foram criadas a Direção de Desenvolvimento de Negócio, a Área de Controlo de 
Gestão, a Área Jurídico e Secretariado Executivo e a Área da Segurança, 
Qualidade e Ambiente (dependentes do Diretor Geral), bem como a Área de 
Auditoria Interna (dependente do Conselho de Administração). 
 As Direções Financeira, de Recursos Humanos, Logística e de Sistemas de 
Informação passaram a depender do Diretor Coordenador das Áreas de Suporte. 
 
 A Direção de Engenharia, os Parques Oficinais do Norte, do Centro e do Sul, a 
Unidade de Manutenção de Alta Velocidade e a Área de Planeamento Integrado 
da Produção passaram a depender do Diretor Coordenador das Áreas 
Operacionais. 
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Em agosto foi obtida a certificação conforme a Diretiva 2004/49 (EU) nº 445/2011 
pela APNCF (Associação Portuguesa para a Normalização e Certificação Ferroviária), 
para a função Manutenção de Material Rebocado de Mercadorias – vagões. 
Em dezembro foi criada a NOMAD TECH, sociedade constituída pela EMEF S.A. 
e pela empresa britânica NOMAD DIGITAL. 
 
2015 
Em novembro foi obtida a certificação conforme a Diretiva 2004/49 (EU) nº 
445/2011 pela APNCF (Associação Portuguesa para a Normalização e Certificação 
Ferroviária) para as quatro funções previstas nesse Regulamento (função de gestão; 
função de gestão da manutenção; função de gestão da manutenção da frota e função de 
execução da manutenção), passando a ser Entidade Responsável pela Manutenção (ERM) 
de vagões e a única empresa portuguesa com esta certificação para todo o tipo de vagões. 
 
2016 
Em 26 de janeiro foi efetuado um ajustamento à organização da EMEF: 
 Alterou-se as atribuições da Direção de Desenvolvimento do Negócio que 
passou a centrar a sua atividade na área comercial e de negócio interno; 
 Foi criada a Área de Relações Internacionais e Comunicação Externa na 
dependência do Diretor Geral. 
 Foi criada a Unidade de Mercadorias (UMER), resultante da 
autonomização da atividade de manutenção e reparação de Material 
Rebocado de Mercadorias e de Material de Via, até aí integrada no POC, 
ficando na dependência do Diretor Coordenador das Áreas Operacionais. 
 Foi criada a Unidade de Rotáveis (UROT), resultante da autonomização 
da atividade de reparação de rotáveis, até aí integrada no POC, ficando na 
dependência do Diretor Coordenador das Áreas Operacionais. 
 A Área de Comunicação Interna foi integrada na Direção de Recursos 
Humanos. 
 Foi criada a Área de Contabilidade Analítica na Direção Financeira. 
 Em 02 de novembro foi efetuada a reorganização dos Serviços de 
Qualidade, Ambiente e Segurança. 
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 Foi criada a Direção de Segurança, que passou a integrar as áreas da 
Segurança no Trabalho e da Conservação e Segurança de Instalações e 
Bens. 
 A Área de Segurança, Qualidade e Ambiente passou a designar-se por 
Área da Qualidade e Ambiente; 
 Foi extinta a Área de Relações Internacionais e Comunicação Externa, 
passando o Diretor Geral a assumir as respetivas atribuições e funções. 
 
2017 
Em 27 de junho foi revista a organização dos Serviços Segurança e Saúde no 
Trabalho (SST) da seguinte forma: 
 
 A Área de Qualidade e Ambiente assumiu as atribuições relativas à 
Segurança e Saúde no Trabalho, passando a designar-se por Área de 
Qualidade, Ambiente e Saúde e Segurança no Trabalho. 
 
2019 
Foi constituído, o ACE-Agrupamento Complementar de Empresas entre a EMEF 
S.A. e a Medway para a reparação e manutenção de Vagões. 
 
2020 
 Em 1 de janeiro de 2020 ocorre a fusão entre a CP e a EMEF. 
 
 
2.2. Volume de negócios 
 
No ano de 2019 a empresa EMEF teve um volume de faturação de 74 milhões de 
Euros. 
 
 
 
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2.3. Fusão entre a CP e a EMEF 
 
A fusão entre a CP e a EMEF [3], concretiza-se em 1 de janeiro de 2020, segundo 
o decreto-lei n.º 174-B/2019 que regulamenta a operação, no qual o governo português 
considera “essencial aumentar a capacitação da CP” para melhorar os serviços. 
Esta operação, procede à fusão por incorporação da EMEF - Empresa de 
Manutenção de Equipamento Ferroviário, S. A., na CP - Comboios de Portugal, E. P. E., 
e estabelece os respetivos termos e condições e extinguindo a primeira. 
Conforme se dispõe na Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres, 
aprovada pela Lei n.º 10/90, de 17 de março, na sua redação atual, a organização e 
funcionamento do sistema de transportes terrestres tem por objetivos fundamentais 
assegurar a máxima contribuição para o desenvolvimento económico e promover o maior 
bem-estar da população, designadamente através da adequação permanente da oferta dos 
serviços de transporte às necessidades dos utentes. Segundo o diploma, a operação 
ferroviária“tem-se caracterizado por atrasos, supressões e outros constrangimentos, em 
larga medida resultantes de um parque de material circulante que carece, pelas 
características e pela idade média, de intervenções regulares e com profundidade”. 
Neste contexto, é “essencial aumentar a capacitação da CP” para responder à 
melhoria do atual material circulante (automotoras, locomotivas), uma medida que, diz a 
lei, é complementar da outra medida de compra de novo material circulante. 
Segundo a lei, apesar de a EMEF ter sido criada em 1993 autonomizando da CP a 
área industrial, dedicada à reparação e reabilitação do material circulante, e com o 
objetivo de ter clientes além da própria CP, só mais tarde conseguiu lançar projetos de 
investimento para responder ao mercado, e só partir de 2012 com a privatização da CP 
Carga aumentou o volume de negócios originário em terceiros. 
“Neste quadro, a fusão por incorporação na CP da EMEF é uma medida de 
reorganização que visa garantir a normalização e o reforço da qualidade do serviço 
público prestado pela incorporante [CP], postulando-se como fator de um modelo de 
negócio social e economicamente sustentável (…), permitindo melhor afetação de 
https://eco.sapo.pt/2019/12/27/fusao-entre-cp-e-emef-concretiza-se-a-1-de-janeiro/
https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/333167/details/normal?l=1
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recursos e eliminando redundâncias e condicionamentos decorrentes da atual tipologia de 
organização” 
 
2.4. Situação atual 
 
Atualmente a CP – Comboios de Portugal através da sua componente manutenção 
e engenharia desenvolve a sua atividade em diversas áreas: 
 Manutenção qualificada pesada. 
 Manutenção qualificada ligeira. 
 Conceção e desenvolvimento de projetos. 
 Operações de carrilamento. 
 Metro do Porto 
A Manutenção qualificada pesada é definida por grandes reparações, 
modernização, reabilitação de material circulante ferroviário e recondicionamento dos 
respetivos componentes e equipamentos diversos. 
A Manutenção qualificada ligeira – manutenção preventiva sistemática e 
condicionada e manutenção corretiva de material circulante ferroviário. 
Conceção e desenvolvimento de projetos no âmbito da tecnologia ferroviária; 
Operações de carrilamento, no âmbito de trabalhos de socorro a material 
circulante ferroviário. 
Nos últimos anos, o nº de Passageiros que diariamente optam por transportes 
públicos ferroviários tem vindo a aumentar (Tabela 1) sistematicamente. 
 
 
 
 
 
 
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O ano de 2020, porém, tem sido um ano atípico, consequência da pandemia do 
“COVID-19”. 
O impacto da pandemia Covid-19 no nosso país e a consequente declaração de 
estado de emergência nacional obrigaram à adoção de medidas de organização do 
trabalho, alterando a forma convencional de trabalhar na CP. 
Neste contexto, de um total de 3 860 trabalhadores, 58% realizam atualmente o 
seu trabalho presencialmente - 2 151 pessoas, das quais 1 637 na área das operações e 
comercial, 430 na área de manutenção e engenharia, pertencendo os remanescentes 84 
trabalhadores às unidades organizacionais dos serviços centrais da empresa. 
Em maio de 2020, dos 42% de trabalhadores que não estão em serviço presencial, 
541 encontram-se a desempenhar funções em regime de teletrabalho, 539 estão 
dispensados do trabalho, 260 estão ausentes por motivos diversos, 143 estão em 
acompanhamento à família, 34 em quarentena, 8 em isolamento voluntário e, 4 estão de 
baixa médica por infeção por Covid-19. Na Figura 1 mostra-se a organização do trabalho 
durante pandemia Covid - 19). 
 
Tabela 1. Número de passageiros por ano em milhões. 
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A partir de 31 de maio, a CP – Comboios de Portugal reforçou a oferta de 
comboios Alfa Pendular e Intercidades, passa qual passou a representar cerca de 75% 
daquela que existia antes do período de pandemia de Covid-19. 
Nos percursos Lisboa-Viana do Castelo, Lisboa-Faro, Lisboa-Évora, Casa 
Branca-Beja e Lisboa-Guimarães os comboios Intercidades foram repostos a 100%, 
“cumprindo a oferta regular que estava em vigor antes do início da pandemia”. 
Já as ligações Lisboa-Guarda e Lisboa-Covilhã serão asseguradas por dois 
Intercidades, por sentido. Haverá ainda 10 ligações Alfa Pendular por dia, das quais duas 
são ligações diretas entre Porto e Faro. 
Quanto aos comboios urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra, assim como dos 
serviços Regionais e Inter-regionais, desde 4 de maio que a CP repôs os seus horários 
integrais. 
Desde o dia 17 de março, a CP tem vindo a proceder à desinfeção dos seus 
comboios, tendo em vista a contenção da propagação do vírus Covid-19, através da 
aplicação de um produto viricida de ação prolongada, recomendado pela Direção-Geral 
da Saúde, recorrendo à utilização de pulverizadores elétricos para o efeito. A CP - 
Comboios de Portugal já realizou cerca de 20 mil ações de desinfeção para mitigação da 
Figura 1. Organização do trabalho durante pandemia COVID – 19. 
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
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covid-19 nos seus veículos no último mês e meio, tendo uma operação montada em 23 
estações. As operações de desinfeção duram “cerca de 30 minutos por comboio” e são 
realizadas “no final de cada serviço comercial”, em que “os profissionais entram dentro 
do comboio e fazem a respetiva desinfeção”, estando o comboio pronto para circulação 
30 minutos depois. 
Todos os comboios que circulam na CP são desinfetados mais do que uma vez ao 
dia, numa operação que recorre a três funcionários das limpezas, em que dois limpam a 
parte dos corrimões, onde as pessoas colocam as mãos e outra pulveriza com desinfetantes 
recomendados pela DGS [Direção-Geral da Saúde]. 
Relativamente aos funcionários da empresa, cada maquinista tem um ‘kit’ de 
desinfeção pois têm de trocar os comandos das cabines, e então para não correr o risco de 
passar o vírus de uns para os outros, cada um tem um ‘kit’ de desinfeção com 
pulverizador, luvas e toalhetes para poderem limpar os comandos. 
A empresa dedicou ainda “zonas de acesso reservado para a tripulação, para os 
revisores e maquinistas, para evitar que os comboios parem e que haja contágio” dos 
operacionais ferroviários. 
Estão também envolvidas nas operações de desinfeção onze oficinas, no caso as de 
Contumil (Centro de Manutenção e de Alta Velocidade), Guifões (Metro do Porto e CP), 
Sernada do Vouga (Aveiro), Campolide, Santa Apolónia e Oeiras (Lisboa), Entroncamento, 
Barreiro e Vila Real de Santo António. Esta operação de reforço da limpeza e desinfeção 
de veículos (Figura 2. Desinfeção de comboios) visa todos os espaços e superfícies 
comuns partilhados pelos passageiros, como bancos, varões, vidros, mesas ou 
compartimentos de bagagem, bem como as casas de banho e as cabinas de condução. 
 
 
 
 
Figura 2. Desinfeção de comboios. 
http://publico.cp.pt/flashcp/boletimCP/boletim01/LimpezaAP.mp4
Estágio Curricular na Empresa CP 
 
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2.5. Organograma da empresa CP 
 
 Na Figura 3 mostra-se o organograma da empresa CP - Comboios de Portugal E.P.E. constituído pelo conselho de administração 
coadjuvado

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