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Biologia dos Vertebrados Prática

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Aurélia Saraiva, Alexandre Valente, Paulo Fontoura 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tegumento e as faneras 
dos Cordados 
 
 
Atlas para Biologia dos Vertebrados 
 
 
 
 
 
DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DO PORTO 
 
 
PORTO, 2010 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Nota prévia 
 
 Este atlas foi concebido para ser usado nas aulas práticas da disciplina de Zoologia Geral II, curso 
de Biologia. 
 
Pretendeu-se elaborar um guia que permita aos alunos interpretar as preparações definitivas que 
lhes são fornecidas durante as aulas. 
 
Propositadamente não tem qualquer informação teórica, a qual pode ser consultada nas obras 
indicadas como textos de apoio aconselhados para a disciplina. 
 
Todas as fotografias foram realizadas pelos autores especialmente para este atlas, tendo sido 
obtidas a partir das preparações definitivas existentes no Departamento de Zoologia e Antropologia. 
 
 
A. Saraiva 
A. Valente 
P. Fontoura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota 
 
 São poucas as alterações feitas à versão original do atlas, tendo apenas sido feitas algumas 
correcções de erros detectados e pequenos cresescentos/melhoramentos ao texto das legendas. 
 
A. Valente 
 
 3 
 
Índice 
 
 
Índice ..................................................................................................... 3 
Classificação dos Cordados .................................................................... 4 
Cephalochordata..................................................................................... 5 
Cephalaspidomorphi............................................................................... 7 
Chondrichthyes .................................................................................... 10 
Osteichthyes ......................................................................................... 12 
Amphibia ............................................................................................. 16 
Reptilia ................................................................................................ 18 
Aves ..................................................................................................... 20 
Mammalia ............................................................................................ 24 
Índice das fotografias ........................................................................... 28 
Índice remissivo ................................................................................... 30 
 
 
 4 
 
Classificação dos Cordados 
 
 
Filo Subphylum Classe Página 
 
Chordata 
Tunicata (Urochordata) 
Cephalochordata 
Vertebrata 
Myxini 
Cephalaspidomorphi 
Chondrichthyes 
Osteichthyes 
Amphibia 
Reptilia 
Aves 
Mammalia 
 
 
 5 
Cephalochordata 
 
 
 
 
 
 
Fotografia 1 – Exemplar de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum, (a) e detalhe da sua 
região anterior (b). 
 
1. Região bucal 
2. Cirros bucais 
3. Órgão vibrátil 
4. Velo 
5. Goteira hipobranquial (endóstilo) 
6. Fendas e arcos branquiais 
7. Tubo neural 
8. Notocórdio 
9. Atrioporo 
10. Miómeros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
2 3 
5 
6 
7 
5 
8 
9 
10 
a 
b 
4 
 6 
a b 
 
Fotografia 2 – Corte transversal de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum, na região 
branquial (a) e na região do ceco intestinal (fígado) (b). 
 
1. Carena (barbatana dorsal) 
2. Miómeros 
3. Septos 
4. Tubo neural 
5. Notocórdio 
6. Goteira epibranquial 
7. Arcos branquiais 
8. Fendas branquiais 
9. Goteira hipobranquial (endóstilo) 
10. Cavidade peribranquial 
11. Prega metapleural 
12. Epiderme 
13. Derme 
14. Gónada 
15. Ceco intestinal (fígado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Hipoderme 
 
Fotografia 3 – Tegumento de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum. 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
10 
11 11 
12 
13 
14 
15 
1 
2 
4 
5 
7 
8 
9 
10 
11 
1 
2 
 
3 
 
 7 
Cephalaspidomorphi 
 
 
 
 
Fotografia 4 – Corte transversal de uma amocete de lampreia marinha, Petromyzon 
marinus, na região média do corpo. 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Miómeros 
4. Coluna adiposa 
5. Cordão nervoso 
6. Notocórdio 
7. Aorta dorsal 
8. Veia cardinal direita 
9. Veia cardinal esquerda 
10. Túbulos renais 
11. Gónada 
12. Intestino com tiflosole 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 7 
8 
9 
10 
11 
8 
12 
1 
2 
3 
4 
5 
6 7 
12 
 8 
 
 
 
Fotografia 5 – Odontóide de amocete de lampreia marinha, Petromyzon marinus. 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Camada queratinizada 
4. Camada de células estreladas 
5. Odontóide funcional 
6. Odontóide de substituição 
7. Camada muscular 
 
 
 
 
 
Fotografia 6 – Tegumento de uma amocete de lampreia marinha, Petromyzon marinus. 
 
1. Epiderme 
2. Glândulas mucosas 
3. Glândulas enoveladas 
4. Derme 
5. Camada subcutânea 
6. Tecido muscular 
7. Cromatóforo
1 
2 
3 
4 
5 
7 
3 
4 
6 
2 
 
1 
 
4 
 
3 
 
5 
 
6 
 7 
 
 9 
 
 10 
Chondrichthyes 
 
 
 
 
Fotografia 7 – Tegumento de Seláceo em vista dorsal. 
 
1. Escamas placóides 
2. Zona da epiderme sem escama 
 
 
 
 
Fotografia 8 – Corte longitudinal de tegumento de Seláceo. 
 
1. Epiderme 
2. Estrato esponjoso (tecido 
conjuntivo frouxo) 
3. Estrato compacto (tecido 
conjuntivo denso) 
4. Derme 
5. Cromatóforo 
6. Escama placóide 
7. Tecido muscular esquelético 
1 
2 
2 
4 
1 
3 
6 
7 
5 
 11 
 
 
 
Fotografia 9 – Escama placóide no tegumento de um Seláceo. 
 
1. Epiderme 
2. Estrato esponjoso (tecido 
conjuntivo frouxo) 
3. Estrato compacto (tecido 
conjuntivo denso) 
4. Esmalte 
5. Dentina 
6. Cavidade pulpar 
 
 
 
1 
3 
4 
5 
6 
2 
 12 
Osteichthyes 
 
 
 
 
 
Fotografia 10 – Corte transversal da região dorsal de um Teleósteo. 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Escama ciclóide 
4. Tecido muscular 
5. Tecido conjuntivo 
6. Vaso sanguíneo 
 
 
 
 
 
 
Fotografia 11 – Corte transversal da região dorsal de um Teleósteo mostrando as escamas 
ciclóides em corte transversal. 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Escamas ciclóides 
4. Tecido muscular 
 
1 
3 
2 
3 
4 
1 
2 
4 
5 
6 
3 
4 
 13 
 
b 
 
Fotografia 12 – Corte transversal da região dorsal de um Teleósteo mostrando as escamas 
ciclóides em corte longitudinal. 
 
1. Epiderme 
2. Células caliciformes (mucosas) 
3. Derme 
4. Escamas ciclóides 
5. Tecido muscular 
6. Tecido conjuntivo frouxo 
 
 
 
 
Fotografia 13 – Detalhe de tegumento de um Teleósteo mostrando as escamas ciclóides 
em corte longitudinal. 
 
Ver legenda da fotografia 10. 
2 
4 
1 
3 4 
5 
2 2 
4 
1 
3 
4 
5 
6 
2 
6 
 14 
 
 
Fotografia 14 – Escama ganóide, sendo visíveis as marcas de crescimento anual (setas) e 
os canais de Williamson (cw). 
 
 
 
 
 
 
Fotografia 15 – Escama ctenóide. 
 
1. Zona anterior e sobreposta da 
escama (separada pela linha) 
2. Zona posterior e visível da 
escama (separada pela linha) 
3. Focus 
4. Circuli 
5. Radii 
6. Ctenii 
1 
2 
3 
4 
6 
5 
cw 
 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotografia 16 – Escamas ciclóides. 
 
1. Zona anterior e sobreposta da 
escama (separada pela linha) 
2. Zona posterior e visível da 
escama (separada pela linha) 
3. Focus 
4. Circuli 
5. Annuli 
6. Cromatóforos 
 
 
 
1 
3 
2 
1 
2 
3 
5 
4 
6 
 16 
 
Amphibia 
 
 
 
 
 
 
Fotografia 17 – Cortes transversais de tegumento de rã, Rana sp.. 
 
1. Epiderme 
2. Tecido conjuntivo frouxo 
3. Tecido conjuntivo denso 
4. Derme 
5. Glândulas mucosas 
6. Glândulas serosas (venenosas) 
7. Cromatóforos 
 
 
1 
6 
7 
A 
C 
B 
1 
2 
3 
5 
6 
6 
5 
2 
4 
 17 
 18 
Reptilia 
 
 
 
 
Fotografia 18 – Tegumento de Lacerta sp. com escamas em corte longitudinal. 
 
1. Escama 
2. Camada granulosa 
3. Camada germinativa 
4. Epiderme 
5. Tecido conjuntivo frouxo com 
cromatóforos 
6. Tecido conjuntivo denso 
7. Derme 
 
 
 
Fotografia 19 - Tegumento de Lacerta
sp. com escamas em corte transversal. 
 
1. Escama 
2. Epiderme e tecido conjuntivo 
frouxo com cromatóforos 
3. Tecido conjuntivo denso 
4. Cromatóforos 
2 
3 
4 
1 
6 
5 
2 
3 
1 
4 
7 
 19 
 
 
 
Fotografia 20 – Tegumento de um Ofídio com escamas em corte longitudinal. 
 
1. Escama 
2. Epiderme 
3. Tecido conjuntivo frouxo com 
cromatóforos 
4. Tecido conjuntivo fibroso 
5. Derme 
6. Cromatóforos 
 
 
2 
3 
1 
4 
5 
6 
 20 
Aves 
 
 
 
 
Fotografia 21 – Corte transversal do tegumento de uma Ave. 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Folículo da pena 
4. Músculo erector da pena 
5. Tecido adiposo 
 
 
 
 
 
 
Fotografia 22 – Aspecto da epiderme do tegumento de uma Ave. 
 
1. Camada córnea 
2. Camada granulosa ou de transição 
3. Camada germinativa 
 
 
1 2 
4 3 
3 
4 5 
1 
2 
3 
 21 
 
 
 a 
 
 b 
 
Fotografia 23 – Corte transversal de tegumento com vários folículos de pena (a) e detalhe 
de um folículo (b). 
 
1. Papila dérmica (medula ou pulpa) 
2. Barbas em formação 
3. Ráquis em formação 
4. Bainha epitelial 
5. Bainha folicular 
6. Derme 
7. Músculo erector da pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
2 
4 3 5 
6 
7 
 22 
 
 
 
Fotografia 24 – Detalhe de uma pena de cobertura. 
 
1. Ramus 
2. Bárbula distal 
3. Bárbula proximal 
4. Gancho ou barbicélio 
 
 
 
 
Fotografia 25 – Pormenor de uma penugem (a) e detalhe (b) de algumas bárbulas. 
 
1. Ramus 
2. Bárbulas 
3. Dentes nodais (homólogo dos 
ganchos) 
 
 
 
 23 
 24 
Mammalia 
 
 
 
 
Fotografia 26 – Tegumento de Mamífero de uma zona com pêlos (a), o couro cabeludo, 
e sem pêlo (b), a polpa do dedo. 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Pêlo 
4. Folículo piloso 
 
 
 
 
 
Fotografia 27 – Tegumento de Mamífero com pêlo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Epiderme 
2. Estrato córneo 
3. Estratos granuloso e 
espinhoso 
4. Estrato germinativo 
5. Derme 
6. Folículo piloso 
7. Bainha do pêlo 
8. Glândula sebácea 
9. Glândula sudorífera 
10. Porção condutora da 
glândula sudorífera 
11. Músculo erector do pêlo 
 
1 2 
1 
2 
2 
4 1 
5 
6 
7 8 
10 
9 
7 
11 
4 
3 
3 
 25 
 
 
 
Fotografia 28 – Tegumento de Mamífero mostrando a base 
de um folículo piloso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Papila do pêlo 
2. Bolbo piloso 
3. Bainha radicular 
externa 
4. Bainha radicular 
interna 
5. Zona queratogénica 
6. Vaso sanguíneo 
7. Tecido adiposo 
 
 
 
 
 
 
 
 a  b 
 
Fotografia 29 – Corte longitudinal da cabeça de um embrião de cobaia, Cavia porcellus, 
para ilustrar a localização (setas) das vibrissas (a) e detalhe da zona (b). 
 
1. Epiderme 
2. Derme 
3. Vibrissas 
4. Músculo erector do pêlo 
 
1 
6 
2 
3 
3 
4 
2 
3 
1 
4 
5 
7 
 26 
 b 
 
c 
 
A. Corte na raiz do pêlo 
1. Bolbo piloso 
2. Zona indiferenciada (medula e 
córtex) 
3. Bainhas epiteliais (interna e 
externa) 
4. Camada germinativa (vítrea) 
5. Bainha conjuntiva 
 
B e C. Cortes no pêlo em formação 
1. Medula 
2. Córtex 
3. Cutícula 
4. Bainha epitelial interna 
5. Bainha epitelial externa 
6. Bainha conjuntiva 
 
Fotografia 30 – Cortes transversais de vibrissas de embrião de cobaia, Cavia porcellus. 
 
 
 
3 
2 
1 
4 
2 
1 
3
5 
 
6 
6 
3 
5
5 
 
2 
5 
5 
9 
4 
A 
B 
C 
 27 
 
 
Fotografia 31 – Corte longitudinal da cabeça de um embrião de cobaia, Cavia porcellus, 
para ilustrar a localização (setas) dos dentes. 
 
 
 
a 
 
b 
 
Fotografia 32 – Cortes axiais (a) e transversal (b) de 
dentes de um embrião de Mamífero, 
Cavia porcellus. 
 
1. Esmalte 
2. Dentina 
3. Polpa dentária 
4. Ligamento periodontal 
5. Adamantoblastos e odontoblastos 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
2 
1 
3
5 
 
5 
2 1 
3 
4 
3 
1 2 
4 
4 
 28 
 
 
Índice das fotografias 
 
 
Fotografia 1 – Exemplar de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum, (a) e 
detalhe da sua região anterior (b). .......................................................... 5 
Fotografia 2 – Corte transversal de anfioxo, Branchiostoma 
lanceolatum, na região branquial (a) e na região do ceco 
intestinal (fígado) (b). ............................................................................ 6 
Fotografia 3 – Tegumento de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum. ............................. 6 
Fotografia 4 – Corte transversal de uma amocete de lampreia marinha, 
Petromyzon marinus, na região média do corpo. .................................... 7 
Fotografia 5 – Odontóide de amocete de lampreia marinha, Petromyzon 
marinus. ................................................................................................. 8 
Fotografia 6 – Tegumento de uma amocete de lampreia marinha, 
Petromyzon marinus. ............................................................................. 8 
Fotografia 7 – Tegumento de Seláceo em vista dorsal. ................................................ 10 
Fotografia 8 – Corte longitudinal de tegumento de Seláceo. ........................................ 10 
Fotografia 9 – Escama placóide no tegumento de um Seláceo. .................................... 11 
Fotografia 10 – Corte transversal da região dorsal de um Teleósteo. ........................... 12 
Fotografia 11 – Corte transversal da região dorsal de um Teleósteo 
mostrando as escamas ciclóides em corte transversal. .......................... 12 
Fotografia 12 – Corte transversal da região dorsal de um Teleósteo 
mostrando as escamas ciclóides em corte longitudinal.......................... 13 
Fotografia 13 – Detalhe de tegumento de um Teleósteo mostrando as 
escamas ciclóides em corte longitudinal. .............................................. 13 
Fotografia 14 – Escama ganóide, sendo visíveis as marcas de 
crescimento anual (setas) e os canais de Williamson 
(cw). .................................................................................................... 14 
Fotografia 15 – Escama ctenóide. ............................................................................... 14 
Fotografia 16 – Escamas ciclóides. ............................................................................. 15 
Fotografia 17 – Cortes transversais de tegumento de rã, Rana sp.. .............................. 16 
Fotografia 18 – Tegumento de Lacerta sp. com escamas em corte 
longitudinal. ......................................................................................... 18 
Fotografia 19 - Tegumento de Lacerta sp. com escamas em corte 
transversal............................................................................................ 18 
Fotografia 20 – Tegumento de um Ofídio com escamas em corte 
longitudinal. ......................................................................................... 19 
Fotografia 21 – Corte transversal do tegumento de uma Ave....................................... 20 
 29 
Fotografia 22 – Aspecto da epiderme do tegumento de uma Ave. ................................ 20 
Fotografia 23 – Corte transversal de tegumento com vários folículos de 
pena (a) e detalhe de um folículo (b). .................................................... 21 
Fotografia 24 – Detalhe de uma pena de cobertura. ...................................................... 22 
Fotografia 25 – Pormenor de uma penugem (a) e detalhe (b) de algumas 
bárbulas. ............................................................................................... 22 
Fotografia 26 – Tegumento de Mamífero de uma zona com pêlos (a), o 
couro cabeludo, e sem pêlo (b), a polpa do dedo. .................................. 24 
Fotografia 27 – Tegumento de Mamífero com pêlo. .................................................... 24 
Fotografia 28 – Tegumento de Mamífero mostrando a base de um 
folículo piloso. ...................................................................................... 25 
Fotografia 29 – Corte longitudinal da cabeça de um embrião de cobaia, 
Cavia porcellus,
para ilustrar a localização (setas) das 
vibrissas (a) e detalhe da zona (b). ........................................................ 25 
Fotografia 30 – Cortes transversais de vibrissas de embrião de cobaia, 
Cavia porcellus. .................................................................................... 26 
Fotografia 31 – Corte longitudinal da cabeça de um embrião de cobaia, 
Cavia porcellus, para ilustrar a localização (setas) dos 
dentes. .................................................................................................. 27 
Fotografia 32 – Cortes axiais (a) e transversal (b) de dentes de um 
embrião de Mamífero, Cavia porcellus. ................................................ 27 
 
 
 30 
 
Índice remissivo 
 
 
A 
Adamantoblastos .................................................. 26 
amocete.............................................................. 7, 8 
Amphibia ......................................................... 4, 15 
anfioxo............................................................... 5, 6 
Annuli .................................................................. 14 
Aorta...................................................................... 7 
Arcos branquiais..................................................... 6 
Atrioporo ............................................................... 5 
Ave ...................................................................... 19 
Aves ................................................................ 4, 19 
B 
Bainha conjuntiva ................................................. 25 
Bainha epitelial ...............................................20, 25 
Bainha folicular .................................................... 20 
Bainha radicular ................................................... 24 
Bainhas epiteliais ................................................. 25 
Barbas .................................................................. 20 
barbicélio ............................................................. 21 
Bárbula distal ....................................................... 21 
Bárbula proximal .................................................. 21 
bárbulas ............................................................... 21 
Bárbulas ............................................................... 21 
Bolbo piloso ....................................................24, 25 
Branchiostoma lanceolatum ................................ 5, 6 
bucal ...................................................................... 5 
C 
Camada córnea ..................................................... 19 
Camada de células estreladas .................................. 8 
Camada germinativa .................................. 17, 19, 25 
Camada granulosa ...........................................17, 19 
Camada muscular ................................................... 8 
Camada queratinizada ............................................. 8 
Camada subcutânea ................................................ 8 
Cavia porcellus ......................................... 24, 25, 26 
Cavidade peribranquial ........................................... 6 
Cavidade pulpar ................................................... 10 
Ceco intestinal ........................................................ 6 
Cephalaspidomorphi ........................................... 4, 7 
Cephalochordata .............................................. 4, 5 
Ch 
Chondrichthyes .................................................. 4, 9 
C 
Circuli............................................................. 13, 14 
Cirros bucais .......................................................... 5 
cobaia ....................................................... 24, 25, 26 
Coluna adiposa ....................................................... 7 
Cordados............................................................ 1, 4 
Cordão nervoso ...................................................... 7 
Córtex .................................................................. 25 
couro cabeludo ..................................................... 23 
Cromatóforo....................................................... 8, 9 
cromatóforos ................................................... 17, 18 
Cromatóforos ...................................... 14, 15, 17, 18 
Ctenii ................................................................... 13 
Cutícula ............................................................... 25 
D 
dentes .................................................................. 26 
Dentes nodais ....................................................... 21 
Dentina ........................................................... 10, 26 
Derme ...... 6, 7, 8, 9, 11, 12, 15, 17, 18, 19, 20, 23, 24 
E 
embrião ..................................................... 24, 25, 26 
endóstilo ............................................................ 5, 6 
Epiderme . 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 17, 18, 19, 23, 24 
Escama ...................................... 9, 10, 11, 13, 17, 18 
Escama ciclóide ................................................... 11 
Escama ctenóide ................................................... 13 
Escama ganóide ................................................... 13 
Escama placóide ................................................9, 10 
escamas ciclóides ............................................ 11, 12 
Escamas ciclóides...................................... 11, 12, 14 
Escamas placóides .................................................. 9 
Esmalte ........................................................... 10, 26 
Estrato compacto ...............................................9, 10 
Estrato córneo ...................................................... 23 
Estrato esponjoso ..............................................9, 10 
Estrato germinativo .............................................. 23 
Estrato granuloso .................................................. 23 
F 
Fendas branquiais ................................................... 6 
fígado .................................................................... 6 
Focus .............................................................. 13, 14 
folículo ................................................................ 20 
Folículo da pena ................................................... 19 
folículo piloso ...................................................... 24 
Folículo piloso ..................................................... 23 
folículos de pena .................................................. 20 
 31 
G 
Gancho ................................................................ 21 
Glândula sebácea .................................................. 23 
Glândula sudorífera .............................................. 23 
Glândulas enoveladas ............................................. 8 
Glândulas mucosas ........................................... 8, 15 
Glândulas serosas ................................................. 15 
Gónada .............................................................. 6, 7 
Goteira epibranquial ............................................... 6 
Goteira hipobranquial ......................................... 5, 6 
H 
Hipoderme ............................................................. 6 
I 
Intestino ................................................................. 7 
L 
Lacerta ................................................................ 17 
lampreia marinha ................................................ 7, 8 
Ligamento periodontal .......................................... 26 
M 
Mamífero .................................................. 23, 24, 26 
Mammalia ........................................................ 4, 23 
Medula ................................................................. 25 
Miómeros ....................................................... 5, 6, 7 
Músculo erector da pena
................................. 19, 20 
Músculo erector do pêlo .................................. 23, 24 
Myxini ................................................................... 4 
N 
Notocórdio ..................................................... 5, 6, 7 
O 
odontoblastos ....................................................... 26 
Odontóide .............................................................. 8 
Ofídio .................................................................. 18 
Órgão vibrátil ......................................................... 5 
Osteichthyes ..................................................... 4, 11 
P 
Papila dérmica ...................................................... 20 
pêlo ........................................................... 23, 24, 25 
Pêlo ..................................................................... 23 
pêlos .................................................................... 23 
pena ..................................................................... 21 
pena de cobertura.................................................. 21 
penugem .............................................................. 21 
Petromyzon marinus ........................................... 7, 8 
Polpa dentária....................................................... 26 
polpa do dedo ....................................................... 23 
Prega metapleural ................................................... 6 
R 
rã 15 
Radii .................................................................... 13 
raiz do pêlo .......................................................... 25 
Ramus .................................................................. 21 
Rana .................................................................... 15 
Ráquis .................................................................. 20 
Reptilia ............................................................ 4, 17 
S 
Seláceo ............................................................ 9, 10 
Septos .................................................................... 6 
T 
Tecido adiposo ............................................... 19, 24 
tecido conjuntivo ......................................... 9, 10, 17 
Tecido conjuntivo ........................... 11, 12, 15, 17, 18 
Tecido muscular ...................................... 8, 9, 11, 12 
tegumento .............................. 1, 9, 10, 12, 15, 19, 20 
Tegumento ............................... 6, 8, 9, 17, 18, 23, 24 
Teleósteo........................................................ 11, 12 
tiflosole .................................................................. 7 
Tubo neural ........................................................ 5, 6 
Túbulos renais ........................................................ 7 
Tunicata ................................................................ 4 
U 
Urochordata.......................................................... 4 
V 
Vaso sanguíneo .............................................. 11, 24 
Veia cardinal .......................................................... 7 
Velo ....................................................................... 5 
Vertebrata ............................................................ 4 
vibrissas ......................................................... 24, 25 
Vibrissas .............................................................. 24 
Z 
Zona queratogénica .............................................. 24 
 
 
 32 
 
 
 33 
 
 34 
 
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Guião das aulas práticas
Tudo o que é preciso saber sobre cada aula prática
Site: Moodle U.Porto
Unidade: Biologia dos Vertebrados
Livro: Guião das aulas práticas
Impresso por:Luís Augusto da Conceição
Data: Quinta, 14 de Maio de 2020 às 13:29
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Índice
1. Os Cordados
2. Protocordados
2.1. Cephalocordata
2.2. Urochordata (=Tunicata)
2.3. Visualização das preparações
3. Vertebrata
4. Agnatha
4.1. Tegumento e faneras
4.2. Visualização das preparações
5. Condríctios
5.1. Morfologia externa e interna de um Condríctio
5.2. Disseção da pata-roxa
5.3. Tegumento e faneras
5.4. Visualização das preparações
6. Osteíctios
6.1. Morfologia externa e interna de um Osteíctio
6.2. Disseção do carapau
6.3. Disseção da perca
6.4. Tegumento e faneras
6.5. Visualização das preparações
6.6. Identificação de peixes de água doce
7. Anfíbios
7.1. Morfologia externa e interna
7.2. Disseção da rã
7.3. Tegumento
7.4. Identificação de Anfíbios
7.5. Visualização das preparações
8. Répteis
8.1. Morfologia externa
8.2. Morfologia externa e interna de um Réptil
8.3. Identificação de Répteis
8.4. Tegumento e faneras
8.5. Visualização das preparações
9. Aves
9.1. Morfologia externa e interna
9.2. Morfologia externa e interna do Pombo-comum
9.3. Tegumento e faneras
9.4. Visualização das preparações
9.5. O bico das aves
9.6. Topografia do pé / pata
10. Mamíferos
10.1. Morfologia externa e interna de um Mamífero
10.2. Morfologia externa e interna de uma Ratazana-doméstica
10.3. Tegumento e faneras
10.4. Visualização das preparações
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1. Os Cordados
 
Os Cordados são metazoários celomados, deuterostómios (o ânus forma-se a partir do blastóporo, a clivagem é radial, o celoma de origem enterocélica e o esqueleto de origem
mesodérmica) e com simetria bilateral, apresentando as seguintes características gerais:
Possuem, pelo menos no estado embrionário, um cordão rígido que se estende desde a região craniana até à região caudal e que representa o órgão primordial do esqueleto axial
- notocórdio - ou corda dorsal.
Sistema nervoso central, constituído por um tubo nervoso dorsal de origem ectodérmica, em posição dorsal em relação ao notocórdio. Na grande maioria dos casos, este tubo nervoso
dilata-se na região anterior para formar o encéfalo. O tubo digestivo é ventral em relação ao tubo nervoso – são epineuros - e ao notocórdio
Primitivamente a faringe apresenta fendas branquiais, dispostas em pares, cujas paredes contêm brânquias que asseguram as trocas respiratórias.
Apresentam endostilo, ou um derivado, a glândula tiroide.
Com cauda pós-anal e musculatura somática, com miómeros.
Por este conjunto de características, particularmente pelas posições respectivas do tubo nervoso e do tubo digestivo, os Cordados opõem-se aos Invertebrados com simetria bilateral, que
são hiponeuros.
Os Cordados dividem-se em três grupos: os Cephalochordata, os Urochordata e Vertebrados. Os Cfalocordados e os Urocordados são muitas vezes considerados Protocordados.
Por não possuírem uma cabeça individualizada, os Protocordados são também chamados Acrânios, por oposição aos Vertebrados, que possuem uma cabeça bem desenvolvida, que
contém o encéfalo, e que são chamados Craniados.
 
Dois excelentes vídeos sobre os Cordados:
 
 
Classificação dos Cordados (Kardong & Zalisko, 2015; Hickman et al., 2019)
 
Filo Chordata
Cephalochordata
Urochordata (=Tunicata)
Ascideacea
Thaliacea
Com tecnologia Panopto
ShapeofLifeChordatesWereAllFamily

 

Com tecnologia Panopto
ChordatesCrashCourseBiology24

 

http://www.panopto.com/
http://www.panopto.com/
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Larvacea (=Appendicularia)
Vertebrata
Agnatha
Myxini
Petromyzontida
Gnathostomata
Chondrichtyes
Elasmobranchi
Holocephali
Osteichthyes
Actinopterygii
Sarcopterygii
Tetrapoda
Amphibia
Anura
Gymnophiona
Urodela
Amniota
Reptilia
Lepidossauria
Testudines
Crocodilia
Aves
Mammalia
Protheria (monotrematos)
Metatheria (marsupiais)
Eutheria (mamíferos placentários)
 
 
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2. Protocordados
 
Os Protocordata são animais marinhos onde se incluem dois grupos distintos:
Cephalochordata, cuja corda dorsal, ou notocórdio, se estende até à região cefálica
Urochordata, cuja corda dorsal existe geralmente apenas na cauda das larvas, existindo no entanto, na cauda de certos Urocordados adultos
(Apendiculários).
 
Quanto às características que distinguem os Protocordados e os Vertebrados podemos referir, como exemplos, a ausência, nos Protocordados, de esqueleto cefálico, de membros pares, de
órgãos sensoriais pares, de glândulas endócrinas e a menor diferenciação do sistema nervosos cefálico.
 
 
Classificação:
Cephalocordata
Branchiostoma
Urochordata: Tunicata
Ascidiacea
Clavelina
Thaliacea
Salpa, Doliolum
Appendicularia
Oikopleura
 
Nota sobre a classificação: 
A Ordem Pyrosomida tem uma posição sistemática ainda incerta sendo geralmente incluída nas Thaliacea ou considerada como representando uma
Classe independente. 
 
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2.1. Cephalocordata
 
O representante mais estudado dos Cefalocordados é Branchiostoma lanceolatum, vulgarmente conhecido como anfioxo (note-se que a designação Anfioxo não é o nome de um género mas uma
designação genérica que abrange um grupo de espécies repartido por dois ou três géneros próximos).
O Anfioxo vive entre os 20 e os 30 metros de profundidade, em fundos arenosos, existindo ao longo de todas as costas europeias.
Organismo de forma lanceolada, com 5 a 6 cm de comprimento e 6 a 8 mm de espessura, achatado lateralmente (Figura 1).
Região anterior do corpo apresenta um rostro, uma fosseta olfactiva e uma boca rodeada por doze a quinze pequenos tentáculos que podem formar uma espécie de grelha.
Contorno do corpo com uma carena não muscular, impropriamente chamada barbatana dorsal, que se alarga na região posterior para formar uma barbatana caudal. Esta última continua-se
médio-ventralmente, até ao poro abdominal de saída da água que serviu para a respiração (atrioporo ou espiráculo), por uma barbatana anal. Para a frente do atriporo não existem mais
barbatanas, existindo duas bordaduras latero-ventrais, chamadas metapleuras, ou pregas metapleurais.
 
Figura 1 - O anfioxo, Branchiostoma lanceolatum.
 
Se o animal estiver bem iluminado pode observar-se, por transparência, um grande número de linhas em cunha com a extremidade dirigida para a frente – miosseptos - que são tabiques
conjuntivos que separam as massas musculares chamadas miómeros ou miótomos. Por baixo dos miómeros observam-se pequenas massas esféricas que são as gónadas.
 
Trabalho laboratorial
Observar o modelo de um corte sagital de um Anfioxo.
Figura 2 - Modelo do Anfioxo, Branchiostoma lanceolatum.
 
 Reparar nos seguintes aspectos:
corpo de forma lanceolada, achatado lateralmente
barbatanas: dorsal, caudal e anal
rostro
fosseta olfactiva (fosseta de Koelliker)
tubo nervoso com órgãos visuais primitivos
notocórdio
cirros bucais
cavidade bucal com órgão vibrátil
faringe com fendas branquiais
intestino com ceco intestinal/hepático (fígado)
atrioporo
gónadas
ânus
miómeros e mioseptos
 
Observar modelo de um corte transversal do Anfioxo.
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Figura 3 - Modelo de um corte transversal do Anfioxo, Branchiostoma lanceolatum, na região da faringe. 
 
Reparar nos seguintes aspectos:
barbatana dorsal
miómeros e miosseptos
tubo nervoso
notocórdio
faringe com fendas branquiais e goteiras
cavidade peribranquial
gónadas
pregas metapleurais
 
Observar o Anfioxo inteiro (preservados em álcool/plástico):
Figura 4 - Anfioxo, Branchiostoma lanceolatum, exemplar inteiro.
 
Reparar nos seguintes aspectos:
forma do corpo
rostro
tubo nervoso
notocórdio
cirros bucais
cavidade bucal com órgão vibrátil
faringe com fendas branquiais
intestino
atrioporo
gónadas
ânus
miómeros e mioseptos
barbatanas
 
 
Observar a preparação de adulto imaturo de Anfioxo (fotografia 1 do atlas "O tegumento e as faneras dos Cordados") e reparar nos seguintes aspectos:
notocórdio
mancha pigmentar e fosseta de Koelliker
tubo neural com órgãos visuais primitivos
abertura bucal com cirros
órgão vibrátil ou rotatório
velo
faringe perfurada (arcos branquiais)
goteira hipobranquial
cavidade peribranquial
intestino, “fígado” e ânus
miómeros e miosseptos
barbatana caudal
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Observar os dois cortes transversais de Anfioxo na região branquial (Figura 5 e fotografia 2 do atlas "O tegumento e as faneras dos Cordados") e reparar nos seguintes aspectos:
tegumento (epiderme simples, monocamada, com cutícula e derme
compartimento da barbatana
tubo neural
notocórdio envolvido por bainha fibrosa
miómeros e mioseptos
vasos sanguíneos
ceco hepático
goteiras epibranquial e hipobranquial
gónadas
faringe perfurada (arcos branquiais)
cavidade peribranquial
pregas metapleurais
 
Figura 5 - Esquemas de cortes transversais Branchiostoma lanceolatum, na região da faringe.
 
 
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2.2. Urochordata (=Tunicata)
 
Bastante mais numerosos que os Cefalocordados, os Urocordados (ou Tunicados) são caracterizados por:
o notocórdio estar localizada na parte posterior do corpo do animal, formando uma cauda locomotora na larva, que desaparece no estado adulto; a única exceção observa-se nos
Apendiculários, em que o notocórdio se conserva durante toda a vida do animal (os Apendiculários são considerados larvas neoténicas, sendo também chamados Larváceas).
o tubo nervoso está reduzido
perdem a cauda pós-anal do estado adulto
Os Urocordados são também chamados Tunicados, devido à presença de uma túnica que reveste a epiderme.
Os Urocordados incluem os seguintes grupos:
Ascidiáceas, que é o mais numeroso e cujos adultos são fixos e bentónicos, sendo as larvas livres e com uma organização semelhante à do anfioxo;
Taliáceas, que são formas livres, planctónicas e pelágicas
Apendiculários, que são formas livres e que conservam uma forma do corpo semelhante à larva dos outros Tunicados.
 
Por vezes, designa-se as Ascidiáceas e as Taliáceas como Caducicordes, porque a corda dorsaI, o notocórdio, desaparece no adulto, e os Apendiculários como Perenicordes, uma vez que a corda
dorsal se mantém no adulto.
1.2.1 - Ascidiacea
São Cordados fixos e bentónicos, rodeados de um revestimento espesso, a túnica (Figuras 1 e 2), e que possuem dois sifões localizados no mesmo lado do corpo.
 
 Figura 1 - Ascídeas.
 
Ciona e Clavelina lepadiformis (Figura 2) são exemplos.
Têm entre 2 e 5 cm de altura.
Em Clavelina podem distinguir-se três regiões no seu corpo: tórax (parte superior dilatada), abdómen e pós-abdómen, que se prolonga por estolhos cujas ramificações fixam a Ascídia ao seu
suporte. Todo o animal está envolvido numa túnica semitransparente.
 
Figura 2 - Esquemas de Ascideáceas. Ciona (à esquerda) e Clavelina (à direita).
O tórax com duas protuberâncias, os sifões, cada um dos quais se encontra perfurado por um orifício; os sifões podem comprimir-se e fechar-se por contração muscular.
O sifão bucal (oral ou inalante) situado no cimo do tórax é o orifício de entrada da água que sai depois pelo sifão atrial (cloacal ou exalante), situado na região dorsal. O sifão bucal conduz a
uma vasta faringe cujas paredes são perfuradas por um grande número de fendas branquiais. Estas fendas desembocam na cavidade atrial, ou peribranquial, situada lateralmente, cuja
confluência dorsal forma um átrio, ou cloaca, que se abre para o exterior pelo sifão atrial. Entre os dois sifões situa-se o gânglio nervoso.
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O abdómen contém o essencial das vísceras.
À faringe segue-se um tubo digestivo dobrado em ansa que abre na cloaca pelo ânus. É também no abdómen que se encontram o coração e os
órgãos genitais.
O pós-abdómen que forma os estoçhos, apenas contém vasos sanguíneos.
 
As Ascídias podem ser solitárias coloniais ou compostas.
Cada uma das formas solitárias ou coloniais tem a sua própria túnica, porém, nas formas compostas, muitos indivíduos podem compartilhar a mesma túnica.
Em algumas formas compostas cada indivíduo tem o seu próprio sifão inalante, mas a abertura exalante é comum ao conjunto dos indivíduos.
1.2.2 - Thaliacea
As Taliáceas reúnem três grupos de Tunicados pelágicos e plantónicos por oposição às Ascidiáceas, fixas, litorais e bentónicas.
Os indivíduos deste grupo, possuidores de um tórax largamente desenvolvido possuem os dois sifões, bocal e cloacal, opostos.
Apresentam reprodução sexuada que alterna com a assexuada podendo os blastozóides formar associações mais ou menos estreitas e permanentes.
Podem distinguir-se 3 grupos: os Pirosomatida, Salpida (Salpas) e Doliolida.
1.2.2.1 - Pyrosomatida
 
Os Pirosomas formam colónias flutuantes plantónicas que se podem encontrar nos mares quentes até aos 200 m de profundidade.
 
Figura 3- Colónia de Pyrosoma.
A colónia (Figuras 3 e 4) tem a forma de um bastão cilíndrico-cónico, de 3 a 10 ou mais cm de comprimento; o bastão é arredondado e fechado na extremidade anterior abrindo-se na posterior
por um orifício colonial.
A parede do bastão é rodeada por uma túnica comum a todos os indivíduos (Figura 4), estando cada um deles (ascidiozóide) implantado em toda a espessura da túnica. O sifão bucal abre para o
exterior, enquanto que o sifão atrial desemboca numa cavidade central que é uma cloaca comum, saindo a água pelo orifício colonial.
Cada ascidiozóide tem a organização geral de uma Ascídia mas o sifão cloacal em vez de estar colocado dorsalmente em relação à faringe, está colocado no seu prolongamento.
Os Pirosomas apresentam alternância de gerações. A reprodução sexuada dá origem a oozóides que se reproduzem assexuada (gemiparidade) originando blastozóides que se reproduzem
sexuadamente.
Figura 4 - Esquema de uma colónia (esquerda) e de um ascidiozóide (direita) de um Pirossoma.
 
1.2.2.2 - Salpida
 
As Salpas são Taliáceas em que uma geração assexuada, constituída pelos oozóides (Figura 5) nascidos de ovos e solitários, alterna com uma geração sexuada formada pelos blastozóides,
agrupados numa cadeia flutuante.
O oozóide, cujo tamanho varia de 1 a alguns cm, tem uma estrutura análoga à das Doliáceas.
14/05/2020 Guião das aulas práticas
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O corpo, fusiforme e achatado dorsoventralmente, está rodeado por uma túnica resistente e transparente, que pode apresentar prolongamentos para trás. Existem dois orifícios opostos e
bastante estreitos: a boca, anterior e transversal, que dá acesso a uma faringe, e a cloaca, que ocupa a metade posterior do corpo e que se abre pelo sifão cloacal. Um tabique oblíquo constitui
a brânquia, estando perfurado por um par de grandes fendas branquiais.
O abdómen está reduzido a uma massa visceral alojada sob a parede da cloaca. A parede do corpo é percorrida por bandas musculares anulares, completas ou interrompidas ventralmente,
constituídas por fibras estriadas.
O oozóide reproduz-se unicamente por gemiparidade, através do estólon que se encontra enrolado na sua face ventral. Este origina gomos que se desenvolvem até se transformarem em
blastozóides. O blastozóide é semelhante ao oozóide, diferindo deste pela forma mais ovóide, pelo menor número de músculos e, sobretudo, pela ausência de estólon e pela presença de órgãos
genitais.
 
 
Figura 5 - Esquemas e fotografias de Salpa maxima (cima), individuo da geração solitária, e de cadeia flutuante de Salpa democratica (baixo).
 
1.2.3 - Larvacea (Appendicularia)
 
São pequenos tunicados livres e pelágicos, que asseguram o seu deslocamento através dos batimentos de um apêndice propulsor que está na origem do nome do grupo. Este apêndice é idêntico
à cauda das larvas das Ascidiáceas sendo suportado por uma corda dorsal permanente, daí o nome de Perenicordes que também se dá a este grupo. São transparentes e planctónicas, com 1 a 3
mm de comprimento (sem incluir a cauda que é duas a três vezes mais comprida do que o corpo do animal).
Tomando como exemplo um animal do género Oikopleura, este está alojado numa cápsula gelatinosa espessa, o invólucro, que forma um conjunto complexo de cavidades onde circula a água,
cujos movimentos são determinados pelos batimentos da cauda. O corpo tem a organização geral de uma larva de ascídia. Por este facto, os Apendiculários são considerados como formas
neoténicas de larvas de ascídia, que adquiriram a maturidade sexual sem se fixarem.
Figura 6 - Esquemas de um Larvacea. 
 
 
Trabalho laboratorial
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Observar as seguintes preparações:
Ascidiácea preservada em álcool, reparando nas seguintes estruturas:
túnica
sifão bucal e sifão atrial (dorsal)
estolhos
 
Pyrossoma (colónia de Taliáceas) preservado em álcool, reparando nas seguintes estruturas:
ascidiozóides inseridos na túnica
extremidade anterior da colónia (mais estreita)
extremidade posterior da colónia com orifício colonial
 
Salpa (colónia de blastozóides) preservada em álcool.
 
Forma solitária, oozóide, de Salpa preservada em álcool, reparando nas seguintes estruturas:
abertura bucal ou branquial
abertura cloacal ou atrial
músculo circular
placenta
núcleo (esófago, estômago e intestino)
eleoblasto (ceco)
 
 
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2.3. Visualização das preparações
 
Exemplar de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum.
Corte transversal de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum, na região branquial (à esquerda) e na região do ceco intestinal (fígado) (à direita).
 
Tegumento de anfioxo, Branchiostoma lanceolatum.
 
 
Material de apoio para a visualização das preparações:
O atlas O Tegumento e as faneras dos Cordados.
O protocolo sobre os Protocordados e Agnatas (Este capítulo ou a versão em formato pdf).
https://moodle.up.pt/pluginfile.php/102578/mod_book/chapter/565/Tegumento%20e%20faneras%20dos%20Cordados.pdf
https://moodle.up.pt/pluginfile.php/102578/mod_book/chapter/565/Protocordados%202019.pdf?time=1550084672479
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3. Vertebrata
Os Vertebrados são o sub-filo dos Cordados de maior êxito, compreendendo actualmente cerca de 40.000 espécies.
As características que dão a este grupo o nome de Vertebrados, ou Craniados, são a presença de uma coluna com vértebras, que formam o eixo esquelético principal do tronco, e um crânio, que
envolve o encéfalo.
O seu plano de organização apresenta uma uniformidade bastante grande que, para além das características principais dos cordados, tais como a presença de notocórdio, cordão nervoso dorsal,
faringe com fendas branquiais e uma cauda posterior ao ânus, apresenta as seguintes características:
1- Tegumento constituído por uma epiderme pluriestratificada, formada a partir da ectoderme, e uma derme de tecido conjuntivo, que deriva da mesoderme. O tegumento pode ser nú ou
possuir faneras (escamas, penas, garras, hastes, etc.)
2- Notocórdio que pode desaparecer no adulto, sendo mais ou menos substituído pela coluna vertebral, constituída por cartilagem, osso, ou ambos.
3- Endosqueleto, cartilagíneo ou ósseo, diferenciado em esqueleto cefálico, axial e dos membros.
4- Sistema digestivo completo e ventral, relativamente à coluna vertebral, possuindo um fígado e pâncreas como glândulas anexas.
5- Sistema circulatório com coração ventral de paredes espessas e contrácteis. Sangue com eritrócitos com hemoglobina e leucócitos.
6- Celoma bem desenvolvido, amplamente
ocupado por vísceras.
7- ApareÍho excretor formado por dois rins maciços, tipo mesonéfrico ou metanéfrico, nos adultos.
8- Sexos geralmente separados. Gónadas pares. Geralmente apresentam ligações entre canais genitais e excretores.
9- Parte anterior do tubo nervoso dilatada para formar um encéfalo, dividido em cinco vesículas e protegido por um crânio cartilagíneo ou ósseo. Dez a doze pares de nervos cranianos. Sistema
nervoso autónomo.
10- Órgãos sensoriais pares: olfactivos, oculares e auditivos, bem diferenciados e ligados ao encéfalo.
11- Sistema endócrino com glândulas bem individualizadas.
12- Plano estrutural que consiste em cabeça, tronco e cauda. Pescoço presente geralmente em tetrápodes. Geralmente dois pares de membros, que podem faltar em alguns grupos.
Os primeiros vertebrados descendem de um Protocordado nadador desconhecido. Estes primeiros vertebrados pisciformes deram origem aos Agnatas, sem mandíbulas, e aos Gnatostómios, com
mandíbulas.
De um ponto de vista. didáctico, vamos conservar a noção de Peixe para englobar os vertebrados mandibulados com habitat aquático, respiração fundamentalmente branquial e barbatanas
pares. Pelo seu modo de vida e, em Biologia dos Vertebrados particular, a estrutura dos seus membros pares, os peixes opõe-se aos tetrápodes, que são vertebrados que possuem membros
pares marchadores.
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4. Agnatha
 
Os Agnatas, ou Ciclóstomos, incluem organismos (Figura 1) distribuídos em duas classes:
Sub-filo Vertebrata
Super Classe Agnatha
Classe Myxiniformes
Classe Petromyzontiformes (Cephalaspidomorphi)
Figura 1 - Exemplos de Agnatas. Petromyzoniformes, Petromyzon marinus (em cima) e Myxiniformes, Myxine glutinosa (em baixo).
 
Os Agnatas caracterizam-se por:
ausência de mandíbulas
persistência da corda dorsal
endosqueleto cartilagíneo rudimentar
orgão olfactivo ímpar
um ou dois canais semicirculares
As formas actuais caracterizam-se por:
Tegumento nú
Tegumento desprovido de escamas
Ausência de membros pares
 
A classe Petromyzoniformes (Cephalaspidomorphi) caracteriza-se por:
Desova e fase larvar (ammocete) em água doce
Adultos marinhos ou dulciaquícolas (Figura 2)
Boca sugadora em forma de disco oral provido de odontóides (Figura 2)
Saco hipofisário fechado
Aqueduto respiratório
Dois pares de canais semi-circulares
Rim mesonéfrico
7 pares de bolsas branquiais
Sexos separados
 
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Figura 2-Exemplar de lampreia de riacho, Lampetra sp, e detalhe da boca (à esquerda), e exemplar de Petromyzon marinus, e detalhe da boca (à direita).
 
São exemplos de Agnata, na fauna portuguesa, a lampreia marinha, Petromyzon marinus, e as duas espécies do género Lampetra, L. fluviatilis (Lampreia de rio) e L. planeri (Lampreia de
riacho).
 
A classe  Myxiniformes (Figura 3) caracteriza-se por:
Serem organismos marinhos durante todo o ciclo de vida
Desenvolvimento direto; sem estados larvares
Olhos atrofiados tapados pela pele
Boca terminal com quatro pares de tentáculos
Dentes córneos
Saco hipofisário que se abre na faringe
Sem aqueduto respiratório
Um par de canais semi-circulares
Rim pronéfrico anterior e mesonéfrico posterior
5 a 16 pares de bolsas branquiais
Algumas espécies serem hermafroditas
Figura 3 - > Região anterior de Myxine glutinosa.
São exemplos de Mixiniformes os Agnata dos géneros Myxine e Bdellostoma.
 
 
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4.1. Tegumento e faneras
 
O tegumento dos Agnatha (Figura 1) é formado por uma epiderme pluriestratificada, encontrando-se entre as células epiteliais algumas células secretoras (glandulares) unicelulares.
A derme está organizada em camadas  de tecido conjuntivo denso, com fibras de colagéneo, encontrando-se ente as fibras células pigmentares, os cromatóforos.
Sob a derme encontramos a hipoderme, que inclui tecido muscular, tecido conjuntivo e tecido adiposo.
 
Figura 1 - Tegumento de lampreia marinha, Petromyzon marinus.
 
Por baixo da hipoderme, ou camada sub-cutânea,  encontramos os miómeros, que constituem a cama muscular, a coluna adiposa, o cordão nervoso, o notocórdio e os três vasos sanguíneos (a
aorta e as duas veias cardinais).
Podem ainda ver-se o rim, as gónadas e o intestino com o tiflosole.
 
Figura 2. Corte transversal de uma ammocete.
 
As faneras dos Agnatha são os odontóides, que se encontram-se no disco oral dos Ciclóstomos.
São papilas epidérmicas córneas (Figura 2) caducas, que se substituem por novos odontóides que se formam por baixo do odontóide funcional. Por baixo da camada córnea funcional encontram-
se, geralmente, mais duas camadas córneas que estão separadas umas das outras por uma rede de células estreladas.
 
Figura 2 - Odontóide de Lampreia marinha, Petromyzon marinus.
Legenda:
1. Camada queratinizada funcional.
2. Camada de células estreladas entre os cones queratinizados.
3. Camada queratinizada de substituição.
4. Camada queratinizada de substituição.
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5. Epitélio oral e gengival.
6. Camada de células epiteliais subjacentes às capas queratinizadas.
 
 
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4.2. Visualização das preparações
 
Cortes transversais de uma amocete de lampreia marinha, Petromyzon marinus, na região média do corpo.
 
 
Odontóide de amocete de lampreia marinha, Petromyzon marinus.
 
Tegumento de uma amocete de lampreia marinha, Petromyzon marinus.
 
 
Material de apoio para a visualização das preparações:
O atlas O Tegumento e as faneras dos Cordados.
O protocolo sobre os Protocordados e Agnatas (Este capítulo ou a versão em formato pdf).
https://moodle.up.pt/pluginfile.php/102578/mod_book/chapter/550/Tegumento%20e%20faneras%20dos%20Cordados.pdf
https://moodle.up.pt/pluginfile.php/102578/mod_book/chapter/550/Agnata%202019.pdf
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5. Condríctios
 
Os Condríctios (Chondrichthyes) (do grego χονδρος chóndros, "cartilagem", e ιχθύς ichthýs, "peixe"), ou peixes cartilagíneos, incluem os tubarões, as raias e
as quimeras.
São muitas vezes referidos como Seláceos.
 
São peixes, geralmente oceânicos, que possuem um esqueleto totalmente formado por cartilagem, mas coberta por um tecido específico, a cartilagem
prismática calcificada.
Apresentam 5-7 fendas branquiais dos lados do corpo, ou na região ventral da cabeça, membranas nictitantes nos olhos (excepto nos Lamniformes) e
pterigopódios (órgão copuladores dos machos.).
 
As espécies actuais deste grupo de peixes (há um grande número de formas extintas) dividem-se em duas sub-classes:
Elasmobranchii – que inclui os tubarões e as raias.
Holocephali – que inclui as quimeras..
Características gerais dos Condríctios:
Esqueleto cartilagíneo
Barbatanas peitorais e pélvicas pares
Escamas placóides
Boca ventral ou sub-ventral
Barbatana caudal heterocerca
Fendas branquiais individuais
Sem bexiga natatória
 
 
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5.1. Morfologia externa e interna de um Condríctio
 
A Pata-roxa (Scyliorhinus canicula)
 
1-Morfologia externa
Repare na forma do corpo, alongado e com um plano de achatamento dorso-ventral, pelo menos até à região das barbatanas pélvicas.
Note a coloração do tegumento, que é mosqueada (com pintas escuras) dorsalmente e branca na face ventral.
Passe a mão sobre o tegumento, primeiro partindo da região anterior para a posterior e depois no sentido inverso; a diferença ao toque resulta da forma e organização das escamas. Raspe com
o bisturi o tegumento do exemplar, arrancando
deste modo algumas escamas. Coloque-as entre lâmina e lamela e observe-as ao microscópio. As escamas dos Condríctios são do tipo placóide
(ver subcapítulo Tegumento e faneras dos peixes).
 
Observe agora as principais estruturas externas do Condríctio (Figura 1).
Na cabeça, e numa vista dorsal, repare no olho, no espiráculo (situado atrás do olho) e nas cinco fendas branquiais. De uma vista ventral da cabeça note a boca; veja as âmpolas de Lorenzini,
pequenos orifícios organizados em várias linhas na cabeça; repare nas narinas, órgãos quimio-receptores, e nas pregas nasais.
Abrindo a boca do exemplar pode reparar nos dentes, pequenos e numerosos, encurvados para trás. Veja ainda a língua.
Observe a linha lateral, que se inicia logo a seguir à cabeça e se prolonga até à base da barbatana caudal.
Repare nas barbatanas pares, as peitorais e as pélvicas, ambas situadas na parte inferior do corpo, e ímpares, a 1ª dorsal, a 2ª dorsal, a anal e a caudal, que é heterocerca .
Entre as duas barbatanas pélvicas encontra o orifício ano-génito-urinário.
 
 
Figura 1 – Aspecto dorsal de uma Pata-roxa macho Scyliorhinus canicula (em cima) e detalhes dorsal (em baixo à esquerda) e ventral (em baixo à direira) da região anterior.
Legenda:
1. Olho      6. Barbatana anal      11. Narina
2. Espiráculo 7. Barbatana ventral ou pélvica 12. Boca
3. Primeira barbatana dorsal 8. Barbatana peitoral 13. Rostro
4. Segunda barbatana dorsal 9. Fendas branquiais 14. Prega nasal
5. Barbatana caudal 10. Pterigopódio 15. Órgãos laterais
 
 
Identifique o sexo do exemplar, observando a existência (ou não) dos pterigopódios, os órgãos copuladores do macho (Figura 2) que são extensões das barbatanas pélvicas. Note o contorno do
sifão, órgão muscular em forma de saco e ligado aos pterigopódios que se situa sob o tegumento. 
 
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Figura 2 – Face ventral na região das barbatanas ventrais de uma fêmea (a) e de um macho (b) de Pata-roxa, Scyliorhinus canicula.
Legenda:
1. Barbatanas pélvicas
2. Pterigopódios
  
2 - Morfologia interna
A dissecação do Condríctio faz-se pela sua face ventral. Comece por fixar o exemplar à tina de dissecação colocando alfinetes nas barbatanas peitorais.
Se o exemplar a dissecar for um macho as incisões iniciais (Figura 3) devem cortar apenas o tegumento.
A primeira é uma incisão longitudinal ao longo da linha média ventral, desde a cintura pélvica até à cintura peitoral.
Em seguida deve localizar a cintura peitoral (local de inserção das barbatanas peitorais) e praticar uma incisão paralela ao seu bordo posterior.
Finalmente deve praticar uma incisão transversal à frente da cintura pélvica, rodeando o espaço ano-genito-urinário.
Separar o tegumento da camada muscular subjacente e fixá-lo, com alfinetes, à tina de dissecação.
  
Figura 3 – Esquema das incisões a praticar para a dissecção da Pata-roxa, Scyliorhinus canícula.
 
Esta operação inicial permite observar, no macho, o sifão, órgão em forma de saco, de paredes musculares, ligado aos pterigopódios. Durante a cópula o sifão injecta água nos pterigopódios de
maneira a garantir a passagem do esperma para fêmea. 
 
Figura 4 – O sifão, visível após efetuar as incisões que permitem remover o tegumento da face ventral de um macho.
  
Só depois de observar o sifão se realizam as incisões, na mesma sequência, que desta vez irão cortar as camadas musculares, de forma a expor o conteúdo da cavidade visceral.
Caso o exemplar seja uma fêmea as incisões podem ser feitas desde logo de forma a cortar não apenas o tegumento mas ainda as camadas musculares subjacentes e abrindo imediatamente a
cavidade visceral.
 
Após a abertura da cavidade abdominal podem observar-se os diferentes órgãos (Figura 4), a maioria dos quais pertence ao tubo digestivo.
 
Tubo digestivo
O órgão que ocupa a porção mais anterior da cavidade abdominal é o fígado (Figura 5), com os seus três lobos, sendo visível a vesícula biliar no lobo mediano.
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Imediatamente atrás, e sobre a esquerda do exemplar, vemos o estômago, com o seu ramo descendente e de maior dimensão, o ramo cardíaco, e o seu ramo ascendente, o ramo pilórico. Note
os vasos sanguíneos (uma artéria e uma veia) sobre a porção cardíaca do estômago.
À volta do bordo da porção pilórica do estômago pode ver o baço, de cor avermelhada.
Na região mais anterior do estômago pilórico é ainda visível o pâncreas, de cor rosada, e que drena para a porção inicial do intestino. A sua porção posterior encontra-se sob o estômago.
Ao estômago segue-se o intestino, caracterizado pela estriação causada pela sua válvula espiral.
Na porção final do intestino, onde este se liga ao recto, pode ver-se a glândula rectal, responsáel pela regulação do sal no organismo.
Note o mesentério que liga todos os órgãos referidos.
 
Figura 5 – Aspecto dos órgãos visíveis após a realização das incisões indicadas (à esquerda) e pormenores do intestino
(a),do fígado e vesícula biliar (b) e da zona pélvica para mostrar a glândula rectal.
Legenda:
1. Fígado
2. Vesícula biliar
3. Baço
4. Pâncreas
5. Estômago
6. Intestino
7. Prega espiral
8. Ovário
9. Útero com ovo
10.  Oviducto
Embora alguns órgãos do sistema reprodutor possam ser já visíveis, é aconselhável remover o fígado e depois o tubo digestivo para melhor o observar. Comece por cortar o tubo digestivo junto
ao recto e depois na parte mais anterior possível do estômago, tendo cuidado para não espalhar o conteúdo estomacal sobre os restantes órgãos internos. Estas operações obrigam ainda a
cortar, em vário locais, vasos sanguíneos e as pregas do mesentério que suportam internamente os órgãos.
 
Sistema reprodutor
O sistema reprodutor feminino (Figura 6a e 6b) é formado por um único ovário, mantido pelo mesovário; os óvulos, após se terem formado, são libertados e tem de se deslocar até ao funil que
constitui a entrada para os ovidutos. Na sua passagem pelo oviduto os ovos (Figura 6c) ficam encapsulados num invólucro queratinizado, produzido na porção proximal do oviduto, a glândula
nidamentar, antes de serem libertados para o exterior.
 
O sistema reprodutor masculino (Figuras 6d e 6e) é formado por um par de testículos alongados, mantido no local pelo mesórquio. Os gâmetas passam pelo epidídimo, tubo muito sinuoso,
depois pelo canal deferente até às vesículas seminais; é armazendo em sacos espermáticos que abrem, por sua vez, para o exterior através poro ano-genito-urinário, sendo armazenados nos
pterigopódios. A água do mar injectada pelo sifão assegura a sua passagem para a fêmea durante a cópula.
 
 Figura 6 – Órgãos sexuais (a e b) e ovo (c) de uma fêmea e de um macho (d e e) de Pata-roxa, Scyliorhinus canicula. 
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Legenda:
1. Ovário e mesovário
2. Pavilhão da trompa
3. Infundíbulo
4. Glândula  nidamentar
5. Istmo
6. Útero com ovo
7. Oviduto
8. Invólucro do ovo
9. Embrião
10. Filamentos de
ancoragem
11. Testículos
12. Epidídimo
13. Canal deferente
14. Vesícula seminal
 
Aparelho urinário
O aparelho excretor da fêmea é completamente independente do sistema reprodutor, sendo formado por dois rins, em posição dorsal, que produzem a urina, que é conduzida pelo canal de Wolf
até aos ureteres secundários, destes até ao ureter até ao seio urinário, antes de ser libertada através do poro ano-genito-urinário.
O aparelho excretor do macho é semelhante ao da fêmea, embora não possua um seio urinário. Para além disso apenas a porção posterior do rim é funcionalmente excretora, uma vez que a
porção anterior está modificada para a função reprodutora, transformada no canal deferente.
 
 
Figura 7 – Aparelho excretor da fêmea (a) e do macho (b) da Pata-roxa, Scyliorhinus canicula.
Legenda:
1. Rim
2. Canal de Wolf
3. Ureteres secundários
4. Ureter
5. Bexiga e vesícula seminal
 
Para observar o sistema respiratório é necessário praticar várias incisões (Figura 8). A primeira é uma incisão de forma curva, na parte ventral do animal, entre as primeiras fendas branquiais;
seguidamente praticar uma outra incisão rectilínea e transversal, a passar pelo bordo anterior das barbatanas peitorais. Finalmente deve fazer-se uma incisão longitudinal média perpendicular
às anteriores. Depois de separar o tegumento dos tecidos subjacentes podem observar-se os aparelhos respiratório e circulatório da pata-roxa.
 
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Figura 8 - Incisões a realizar para expor os órgãos respiratórios e o aparelho circulatório.
 
Aparelho respiratório
Comece por olhar para as câmaras branquiais (Figura 9, à esquerda) para ver os filamentos branquiais das hemibrânquias anterior e posterior.
 
Aparelho circulatório
As incisões efectuadas expuseram também parte do aparelho circulatório, mais concretamente o pericárdio, que é cartilagíneo (Figura 9, à esquerda).
 
Figura 9 - Aparelho respiratório (à esquerda) e circulatório (à direita) da Pata-roxa, Scyliorhinus canícula.
Legenda:
1. Câmara branquial
2. Fenda branquial
3. Hemi-brânquia anterior
4. Hemi-brânquia posterior
5. Pericárdio
6. Ventrículo
7. Cone arterial
8. Aurícula
9. Seio venoso
 
Para observar o coração é necessário fazer algumas incisões para remover o pericárdio, expondo parte do aparelho circulatório (Figura 9, à direita).
Pode então observar, da parte posterior em direção á anterior, o seio venoso, de forma triangular e de paredes fina, a aurícula, que surge de cor escura e também de paredes finas, o
ventrículo, de cor avermelhada e de paredes musculosas, e o cone arterial, onde se inicia a artéria aorta.
 
Para observar a disposição dos órgãos num plano transversal do corpo deve praticar-se um corte transversal no corpo do Condríctio, atrás da barbatana dorsal.
Pode então observar-se  os órgãos expostos (Figura 10).
 
 Figura 10 – Corte transversal do corpo de uma Pata-roxa, Scyliorhinus canícula, atrás da segunda barbatana dorsal.
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1. Feixes musculares
2. Vértebra cartilagínea
3. Arco neural
4. Medula espinal
5. Corda dorsal
6. Arco hemático
7. Artéria caudal
8. Veia caudal
 
 
 
Trabalho laboratorial:
Observação da morfologia externa e interna de um Condríctio, a Pata-roxa, Scyliorhinus canícula.
Material necessário:
Protocolo de dissecação (este capítulo do Guião das aulas práticas)
Material de dissecação
Material opcional:
bata
luvas
Outro material de apoio
CD Rom - The Dogfish (disponível na Biblioteca da FCUP)
 
 
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5.2. Disseção da pata-roxa
 
Um excelente vídeo sobre a morfologia externa e interna da pata-roxa, Scyliorhinus canicula.
 
 
Versão resumida das principais caraterísticas das morfologia externa e interna (ver também aqui) 
 
 
 
Com tecnologia Panopto
Morfologia externa e interna da Pata-roxa - Versão integral

 

Com tecnologia Panopto
Morfologia externa e interna da Pata-roxa -Versão resumida

 

https://uporto.cloud.panopto.eu/Panopto/Pages/Viewer.aspx?id=946e01f2-b057-4404-83ce-ab7701642f8e
http://www.panopto.com/
http://www.panopto.com/
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5.3. Tegumento e faneras
O tegumento dos peixes atuais, tanto Condríctios como Osteíctios, formado pela epiderme e pela derme, não é, em geral, queratinizado.
São várias as funções do tegumento (forma um exosqueleto, fornece proteção contra agentes mecânicos, constitui uma barreira á entrada de agentes patogénicos, contribui para fora dos
organismos, regula o equilíbrio osmótico, etc..
O tegumento é formado pela epiderme e pela derme e, entre elas, pela membrana basal. Sob a derme e entre o tegumento e a musculatura corporal, existe uma região de transição formada por
tecido conjuntivo laxo e tecido adiposo, que forma a hipoderme. 
A epiderme dos peixes é um tecido vivo e activo à superfície do corpo, encontrando-se recoberta por muco, produzido por várias células individuais. Para além de uma função de protecção
ajuda ainda a assegurar um fluxo laminar da água sobre a superfície do corpo.
Existem cromatóforos na região basal da epiderme e superficial da derme a derme numerosas células.
A derme é formada por tecido conjuntivo fibroso, especialmente elástico, formado maioritariamente por fibras colagéneas.
A derme dos peixes origina frequentemente um tecido chamado osso dérmico, que está na origem das escamas dérmicas. As escamas estão frequentemente recobertas por esmalte, de
origem epidérmica, e uma camada mais profunda de dentina, de origem dérmica.
 
Nos peixes primitivos, Ostracodermes e Placodermes, o tegumento produzia placas ósseas proeminentes, que constituíam um exoesqueleto. Exceptuando a região da cabeça, onde formavam
escudos cefálicos, as placas ósseas tendiam a ser divididas em peças de menores dimensões, as escamas dérmicas. As escamas dérmicas apresentavam frequentemente ornamentações
superficiais. As escamas exibiam uma camada de esmalte, uma camada de dentina, uma camada de osso dérmico com cavidades vasculares e finalmente uma camada de osso dérmico lamelar
(Figura 2).
Figura 2- Escama cosmoide.
 
Nos Condríctios o osso dérmico está ausente, mas subsistem dentículos superficiais, as escamas placoides. Estas escamas desenvolvem-se na derme, mas projectam-se através da epiderme
para o exterior da superfície do corpo, dando a sensação de uma superfície rugosa.
As escamas placoides (Figuras 3 e 4) possuem uma camada de esmalte externa, uma camada de dentina e a cavidade pulpar. O osso dérmico não subsiste.
 
Figura 3 - Esquema de uma escama placoide e do tegumento de um Condríctio.
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Figura 4- Fotografia de um corte de uma escama placoide.
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5.4. Visualização das preparações
A visualização das preparações definitivas referentes aos Condríctios será em brevemente possível aqui.
Tegumento de um Condríctio com escamas placóides.
Escamas placóides de um Condríctios (clica na imagem da direita para veres o video).
Material de apoio necessário para a aula:
O atlas O Tegumento e as faneras dos Cordados (páginas 9 e 10).
O texto sobre  o tegumento e faneras (subcapítulo anterior).
Com tecnologia Panopto
Tegumento de condríctio

 

Com tecnologia Panopto
Escamas placóides

 

https://moodle.up.pt/pluginfile.php/102578/mod_book/chapter/576/Tegumento%20e%20faneras%20dos%20Cordados.pdf
http://www.panopto.com/
http://www.panopto.com/
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6. Osteíctios
Os Osteíctios (Osteichthyes, do grego ὀστεον/ósteon/"osso" e ἰχθύς/ichthus/"peixe") são Vertebrados Gnatostomados, ou seja com mandíbulas, grupo que inclui todos os peixes dotados de um
esqueleto ósseo.
As características básicas dos Osteíctios são as seguintes:
Esqueleto ósseo
Escamas ciclóides ou ctenóides
Boca terminal
Fenda opercular única
Bexiga natatória
A classificação dos Osteichthyes, e dos peixes em geral, não é consensual. Diferentes autores apresentam classificações diversas.
A classificação adoptada é a do manual Vertebrates. Comparative Anatomy, Function, Evolution (Kardong, 2012).
A classe dos Actinopterígios inclui a maioria dos peixes, caracterizando-se por possuírem uma estrutura radial nas barbatanas.
A classe dos Sarcopterígios inclui os peixes com barbatanas pares lobadas.
 
Entre as outras classificações, as mais consensuais são a classificação
de Nelson (2006), no seu livro Fishes of the world, e a de Eschmeyer (1998), no livro Catalog of fishes (que pode ser
consultada aqui).
De acordo com Nelson (2006) a classificação dos peixes será a seguinte:
 
Filo Chordata
Subfilo Craniata
Superclasse Myxinomorphi to Ostreostracomorphi
Superclasse Gnathostoamata
Classe Placodermi
Classe Chondrichthyes
Subclasse Holocephali
Subclasse Elasmobranchi
Classe Acanthodii
Classe Actinopterygii
Subclasse Cladistia
Subclasse Chondrostei
Subclasse Neopterygii
Classe Sarcopterygii
Subclasse Coelacanthimorpha
Subclasse Dipnotetrapodomorpha
De acordo com Eschmeyer (1998) a classificação dos peixes será a seguinte:
Classe Myxini
Class Petromyzonti
Class Cladistii
Class Elasmobranchii
Class Holocephali
Class Actinopteri
Class Coelacanthi
Class Dipneusti
Um instrumento útil é a base de dados FishBase, que usa, globalmente, a classificação de Nelson (2006), embora no caso os  Elasmobranchii e os Holocephali sejam considerados classes.
Contudo, ao nível das famílias a FishBase segue  a classificação de Eschmeyer (1998), que é atualizada mais frequentemente.
Na tabela 1 pode ver-se o número de ordens, famílias, géneros e espécies de cada classe.
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Classe
Número de
Ordens Famílias Géneros Espécies
Actinopterygii 46 488 4836 31835
Cephalaspidomorphi 1 3 10 47
Elasmobranchii 12 51 189 1166
Holocephali 1 3 6 50
Myxini 1 1 6 78
Sarcopterygii 3 4 48
Total 64 550 5051 33184
14/05/2020 Guião das aulas práticas
https://moodle.up.pt/mod/book/tool/print/index.php?id=57902 33/91
6.1. Morfologia externa e interna de um Osteíctio
 
 
Observação da morfologia externa e interna do carapau, Trachurus trachurus
 
1 - Morfologia externa
Observe a forma fusiforme do corpo, que é comprimido lateralmente (Figura 1).
Note a coloração geral, prateada e brilhante.
  
Figura 1 - Esquema dos principais aspectos da morfologia externa do carapau, Trachurus trachurus.
 
Na cabeça (Figuras 1 e 2) note a boca, protráctil (extensível) e de posição terminal.
Abra a boca e repare no esófago e nas  aberturas em direcção às brânquias, que abrem para o exterior na parte posterior da cabeça, através da fenda opercular.
Repare ainda nas narinas, situadas adiante dos olhos.
Os olhos são grandes e estão numa posição dorso-lateral.
Note que o opérculo é formados por vários ossos laminares, que encerram a câmara branquial. 
 
Figura 2 – Detalhe da cabeça de um carapau, Trachurus trachurus, mostrando a elasticidade da boca.
  
Note o órgão da linha lateral, um órgão sensorial, que se estende desde o opérculo até ao final do pedúnculo caudal.
Observe o tipo de escamas. Para o efeito raspe o corpo do animal com um bisturi, retirando algumas escamas. Coloque-as entre lâmina e lamela e observe-as ao microscópio.
Confira o número de barbatanas pares: as peitorais, posicionadas no flanco do exemplar, atrás da fenda opercular; as pélvicas, numa posição ventral junto à linha média ventral. 
Identifique as três barbatanas ímpares: a dorsal, bilobada, com uma porção anterior, com raios ósseos e uma porção posterior, de raios moles; a barbatana caudal, homocerca, situa-se na
extremidade do pedúnculo caudal; a barbatana anal situa-se ligeiramente atrás do orifício ano-génito-urinário.
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Não há dimorfismo sexual no carapau.
  
2 - Morfologia interna
 
Colocar o exemplar com a face dorsal virada para baixo e começar por praticar uma incisão na linha média ventral, iniciando-a um pouco anteriormente em relação à papila ano-genito-urinária
e prolongando-a até à zona opercular (Figura 3).
Figura 3 – Esquema das incisões a fazer para aceder á cavidade abdominal do carapau, Trachurus trachurus.
  
Fazer uma segunda incisão, desde a zona opercular até à regão posterior da papila ano-genito-urinária, de forma a remover a parede do corpo e expor a cavidade abdominal. Levante, com a
pinça, a parede do corpo à medida que vai executando a incisão, de forma a ver o interior da vaidade abdominal e, assim, não correr o risco de danificar os órgãos.
Comece por observar e identificar os órgãos na sua posição natural (Figura 4).
O sexo dos exemplares torna-se evidente. 
Na fêmea encontraremos os ovários, que são estruturas alongadas e volumosas, de cor alaranjada, que se ligam ao poro genital. Encontram-se revestidos por uma membrana fina e
transparente.  Os ovos são bem visíveis, como o são alguns vasos sanguíneos. Os ovários situam-se sob a bexiga natatória. 
No macho encontraremos, em posição idêntica, duas estruturas com uma forma geral semelhante, mas de cor branca e aspecto uniforme, os testículos.
  
Figura 4 – Aspecto do interior da cavidade geral de exemplares macho (a) e fêmea (b) do carapau, Trachurus trachurus.
Legenda: 1 - Testículo; 2 - Ovário; 3 - Bexiga natatória.
  
Para observar os restantes órgãos presentes na cavidade abdominal é necessário remover os órgãos reprodutores.
Comece por observar a bexiga natatória, de coloração prateada, situada dorsalmente (Figura 5). É um órgão volumoso.
Procure identificar as diferentes zonas do aparelho digestivo, afastando-as cuidadosamente. Localize o esófago, o estômago, o intestino e os cecos gástricos. 
Identifique o fígado, de cor acastanhada e formado por vários lobos; identifique também o baço, de cor avermelhada e situado ventralmente, sob o tubo digestivo.
 
Figura 5 – Aspecto da cavidade abdominal do carapau, Trachurus trachurus, após remoção das gónadas. 
Legenda: 1. Testículo; 2. Bexiga natatória; 3. Fígado; 4. Estômago; 5. Cecos gástricos; 6. Baço; 7. Intestino.
 
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Para observar os órgãos respiratórios é necessário começar por remover o opérculo (Figura 6). Ficam então visíveis as brânquias. Cada brânquia tem um arco branquial, ao qual se ligam as
branquiospinhas, na zona anterior, e as lamelas branquiais, na zona posterior. 
  
Figura 6 – Aspecto da região anterior do carapau após remoção do opérculo (à esquerda) e após a abertura da cavidade cardíaca (à direita). 
Legenda: 1. Arco branquial; 2. Coração; 3. Fígado; 4. Cecos intestinais.
 
Após a abertura da cavidade cardíaca fica exposto o coração (Figuras 6 e 7). No coração procure identificar a aurícula, de paredes finas e situada posteriormente, e o ventrículo, de paredes
musculosas, situado adiante da aurícula. À aurícula liga-se o seio venoso, que recebe o sangue que regressa ao coração. À saída do ventrículo encontra-se o bolbo arterial, ou aórtico, que
encaminha o sangue para as brânquias. 
 
Se removermos as brânquias podemos com detalhe a porção anterior do tubo digestivo (Figura 7).
  
Figura 7 – Pormenor da região anterior do carapau, Trachurus trachurus. 
Legenda: 1. Cavidade bucal; 2. Esófago; 3. Estômago; 4. Intestino; 5. Ventrículo; 6. Aurícula; 7. Bolbo arterial.
 
Finalmente, e após remover o aparelho digestivo, podemos encontrar  o aparelho excretor, o rim  (Figura 8), que ocupa a zona superior da cavidade abdominal, e que apresenta uma cor escura.
  
Figura 8 – Aparelho excretor do carapau, Trachurus trachurus.
Legenda: 1. Rins.
 
Procure observar as escamas e as brânquias à lupa ou ao microscópio.
 
Trabalho laboratorial:
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Observação da morfologia externa e interna do carapau.
Material necessário:
Protocolo de dissecação (este capítulo do Guião das aulas práticas).
Material de dissecação.
Material opcional:
bata.
luvas.
 
 
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6.2. Disseção do carapau
 
Um vídeo ilustrando a morfologia externa e interna do carapau, Trachurus trachurus.
 
Com tecnologia Panopto

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