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EMBRIOLOGIA DA FACE RESUMO

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AULA 1 - EMBRIOLOGIA FACIAL 
Parte A - Tópicos de Embriologia Geral (recordação) 
Os eventos de transformação do embrião após a fecundação envolvem a formação do ovo ou 
zigoto, seguida pela multiplicação das células até originar a mórula. A mórula, por sua vez, por 
intermédio de sucessivas dobras, origina o blastocisto, um aglomerado de células embrionárias 
arranjadas em dois compartimentos distintos, separados por duas cavidades (embrioblasto e 
trofoblasto) contendo líquido em seu interior. Com esse arranjo, é possível notar no embrião os 
três folhetos embrionários (linhagens celulares) que formarão os diferentes sistemas do 
homem. 
 
O embrião começa a adquirir a forma humana quando esses três folhetos começam a proliferar 
e a se arranjar espacialmente, de modo a se concentrar nos locais que conterão, no futuro, os 
diversos órgãos em seus sistemas. Para a formação do sistema bucal, dois eventos são cruciais: 
a formação da crista neural e a migração das células dessa crista em direção à chamada boca 
primitiva ou estomódeo. 
A crista neural é formada pela multiplicação das células do ectoderma e migração dessas 
células sobre o mesoderma. Nessa migração, as células ectodérmicas arranjam-se de modo a 
formar duas cristas separadas por uma depressão. Em seguida, as células da crista neural 
migram para a boca primitiva e aí se alojam. 
 
As células da crista neural irão originar, no futuro, gânglios sensitivos, neurônios simpáticos, 
células de Schwann (as células que recobrem os axônios dos nervos periféricos, originando a 
bainha de mielina), células pigmentares (por exemplo, o melanócito, produtor da melanina), 
meninges e as cartilagens dos arcos branquiais (os arcos que irão originar a face). Essas células 
ainda formarão o sistema nervoso, os epitélios da cavidade bucal e o sistema ocular. 
As células do ectoderma originarão a epiderme e seus anexos. Já as de mesoderma darão 
origem ao tecido conjuntivo, ao esqueleto e à musculatura lisa, ao sistema circulatório e ao 
sistema urogenital. Por fim, as células do endoderma formarão o epitélio do trato digestivo e do 
sistema auditivo, alguns epitélios do trato urinário e o sistema respiratório. 
Esses folhetos embrionários são denominados de 
ectoderma (o mais externo), endoderma (o mais 
interno) e mesoderma (localizado entre o ectoderma 
 
Um outro evento importante para a formação da cavidade bucal, além da migração das células 
da crista neural e a formação dos três folhetos embrionários, é o dobramento céfalo-caudal que 
o embrião sofre. O embrião, originalmente, possui uma forma esférica. Com o desenvolvimento 
dos três folhetos germinativos e a migração das células, ocorre um dobramento dessa esfera, 
originando dois pólos distintos reconhecidos como a porção cefálica (da cabeça) e a porção 
caudal (dos membros inferiores). 
 
Parte B - Embriologia Facial 
Quando há o dobramento céfalo-caudal, imediatamente forma-se a membrana bucofaríngea, a 
qual, por sua vez, delimita a boca primitiva ou estomódeo. Assim, essas estruturas são 
originadas a partir de um dobramento do conjunto de células do embrião nessa fase do 
desenvolvimento. Esse dobramento provoca o aparecimento de outras dobras, as quais passam 
a ser denominadas, na face, de arcos branquiais. Nessa fase de formação da boca primitiva, 
nota-se a presença do 1º arco branquial. 
 
O embrião, sofre, então, sucessivas dobras, originando os demais arcos branquiais (existem, no 
total, seis arcos branquiais, cada qual responsável pelo desenvolvimento de uma estrutura 
específica da face). No desenho ao lado, estão representados somente 5, pois o 6º é 
praticamente imperceptível. 
O 1º arco branquial dará origem à maxila e à mandíbula; aos músculos mastigatórios e a 
alguns músculos faciais; alguns ligamentos e ao nervo trigêmeo. 
O 2º arco branquial formará os principais músculos faciais; alguns ligamentos; o nervo facial; 
o osso hióide e outras estruturas da região cervical. 
O 3º arco branquial também originará o osso hióide (juntamente com o 2º arco branquial); o 
músculo estilofaríngeo; o nervo glossofaríngeo e parte da faringe. 
O 4º arco branquial formará a faringe (em conjunto com o 3º arco branquial) e a laringe. 
O 5º arco branquial é temporário e participa da formação das estruturas citadas, juntamente 
com os demais arcos. 
O 6º arco branquial originará boa parte da laringe (em conjunto com o 4º arco branquial). 
LEMBRETE DE ANATOMIA: A face é composta por processos ou projeções ósseas. Os 
processos de interesse para este tópico da matéria são processo frontal (forma a testa e as 
têmporas); processo nasal (forma o nariz); processo maxilar (forma a maxila) e processo 
mandibular (forma a mandíbula). 
Lembre-se de que os processos são bilaterais, ou seja, existe um de cada lado da face. Cada 
uma dessas porções se encontra (fusiona) na linha média da face (na porção mais central). 
Formação do processo frontal 
O processo frontal origina-se do primeiro dobramento sofrido pelo embrião durante sua 
formação, conforme explicado anteriormente. 
 
Formação do processo nasal 
No processo frontal, surgem dois tubérculos (saliências), um mais próximo da linha mediana do 
embrião e outro mais distante. Esses processos são denominados, respectivamente, de 
processos nasais mediais (pnm) e laterais (pnl). 
 
Formação dos processos maxilar e mandibular 
Os processos maxilares e mandibulares são originados a partir de um sulco que se forma no 1º 
arco branquial. A porção do sulco mais cefálica denomina-se processo maxilar (pmax no 
desenho de cima à direita) e a mais caudal, processo mandibular (pm, no mesmo desenho). 
 
 
 
 
 
http://www.luciana.correa.nom.br/che/che2/aula_embriologiaB.htm#dobramento
Formação do lábio superior 
Quando o processo maxilar se funde com os processos nasais mesiais e distais, há a formação 
do lábio superior. 
 
Formação da língua - porção anterior 
O início da formação da língua se dá pela formação de tubérculos (proliferações) bilaterais na 
porção posterior do 1º arco branquial. Esses dois tubérculos se juntam na porção central do 1º 
arco e proliferam, originando então os 2/3 anteriores da língua. 
Formação da língua - porção posterior 
Na porção mais profunda do 1º arco branquial, ocorre fusão com o 2º arco branquial, 
definindo, então, 1/3 posterior da língua. A raiz da língua é formada, consecutivamente, pelos 
3º e 4º arcos branquiais. 
 
Formação do palato 
O palato é formado pela fusão dos processos maxilares. Essa fusão ocorre, inicialmente, na 
porção mais central dos processos, continuando-se, então, para a periferia (porções anteriores 
e posteriores). Com isso, a cavidade bucal está definitivamente formada, não se comunicando 
diretamente com a cavidade nasal. 
LEMBRETE DE PATOLOGIA: 
Quando há falha nessa fusão dos processos maxilares, o bebê nascerá com uma comunicação 
entre a cavidade bucal e a cavidade nasal. À essa falha ocorrida durante a embriogênese dá-se 
o nome de palato fendido. O mesmo pode acontecer com o lábio, quando não há fusão entre o 
processo maxilar e o processo nasal. Nesse caso, diz-se que o bebê nasceu com lábio leporino 
ou fenda labial.

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